ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ...

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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ ELIZÂNGELA CARVALHO AZEVEDO PATRÍCIA KELLY LOPES RIBEIRO SUZIMARA RIBEIRO MACHADO INTOXICAÇÔES EXÓGENAS: perfil dos pacientes atendidos em um pronto atendimento ITAJUBÁ-MG 2014

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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ

ELIZÂNGELA CARVALHO AZEVEDO PATRÍCIA KELLY LOPES RIBEIRO

SUZIMARA RIBEIRO MACHADO

INTOXICAÇÔES EXÓGENAS: perfil dos pacientes atendidos em um pronto atendimento

ITAJUBÁ-MG

2014

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ELIZÂNGELA CARVALHO AZEVEDO PATRÍCIA KELLY LOPES RIBEIRO

SUZIMARA RIBEIRO MACHADO

INTOXICAÇÔES EXÓGENAS: perfil dos pacientes atendidos em um pronto atendimento

Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação ”Lato Sensu” em Urgência e Emergência e Terapia Intensiva, da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Urgência e Emergência e Terapia Intensiva.

Orientadora: Prof.ª M.ª Aldaíza Ferreira Antunes Fortes

ITAJUBÁ-MG 2014

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C255 Azevedo, Elizângela Carvalho. A994i Intoxicações exógenas: perfil ... / Elizângela Carvalho Azevedo ; Patrícia Kelly Lopes Ribeiro ; Suzimara Ribeiro Machado. – Itajubá, 2014. 83 f. Orientadora: Prof.ª M.ª Aldaíza Ferreira Antunes Fortes. Monografia (Especialização “Latu Sensu” em Urgência e Emergência e Terapia Intensiva)-Escola de Enfermagem Wenceslau Braz - EEWB, Itajubá, 2014. 1. Perfil de saúde. 2. Envenenamento. 3. Substâncias tóxicas. 4. Necessidades e demandas de serviços de saúde. I. Ribeiro, Patrícia Kelly Lopes. II. Machado, Suzimara Ribeiro. III. Título.

NLM: ZQV 600

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB)

Bibliotecária - Karina Morais Parreira - CRB 6/2777

© reprodução autorizada pelas autoras, desde que citada a fonte.

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esta monografia:

A Deus, por iluminar e por estar sempre presente em nossas vidas para nunca

desistir;

Aos nossos pais, pelo incentivo constante, dedicação e por reconhecer nossos

esforços durante essa caminhada e sempre estar ao nosso lado;

A todos, que contribuíram com esse estudo.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos:

A Deus por nos proporcionar forças, sabedoria e iluminar nossos caminhos,

estando sempre a frente abençoando, ajudando-nos a enfrentar os obstáculos ao

longo dessa conquista;

As nossas famílias que sempre estiveram ao nosso lado, entendendo nossas

ausências e sempre nos incentivando;

Em especial, à orientadora Profª. M.ª Aldaiza, pelos seus ensinamentos,

paciência, atenção, dedicação, generosidade, compreensão e incentivo, não

medindo esforços para nos orientar na realização desse estudo.

A Santa Casa de Misericórdia de Itajubá, que contribuiu de forma

significativa para que este estudo fosse concretizado.

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“O conhecimento do perfil dos pacientes atendidos contribui para o planejamento e

execução de ações que visem atender ao ser humano com qualidade”.

(ROSA et al., 2011, p.51).

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RESUMO

Estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo, retrospectivo, transversal e de caráter documental, tendo como objetivo: delinear o perfil dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas atendidos no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – Minas Gerais, no período de janeiro a outubro de 2013. A amostra foi constituída por 323 Fichas de Atendimento Ambulatorial (FAAs) desses pacientes no período em destaque. O tipo de amostragem foi intencional, de método não probabilístico. A coleta de dados foi realizada após a autorização do Diretor Técnico e da Gerente de Enfermagem da referida Santa Casa e a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, de Itajubá-MG. Os dados foram coletados por meio de registro escrito em um instrumento formulado pelas próprias pesquisadoras, utilizando-se como referencial a FAA desse PA. Posteriormente foram inseridos eletronicamente em um banco de dados construído pelas próprias pesquisadoras com o auxílio do programa Microsoft Office Excel 2007. Para a análise destes dados foi utilizada a estatística descritiva, por meio de frequências absoluta e relativa, sendo que apenas para a característica idade calculou-se a média e o desvio padrão. No tocante aos dados pessoais dos sujeitos do estudo a média de idade foi de 32,79 anos (DP=16), prevalecendo o gênero masculino com 61,92%, o convênio SUS com 100%, Itajubá como município de residência com 86,38%, a zona urbana com 80,19% e o horário de chegada das 13h00min às 19h00min com 38,50% dos casos. No que tange aos dados referentes ao atendimento dos sujeitos do estudo 39% dos sujeitos não foram classificados na triagem clínica. Dos que foram classificados, sobressaiu cinco minutos como tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco, verde como prioridade clínica, 30 minutos como tempo decorrido entre a triagem e o atendimento médico, ausência de alergia medicamentosa, diarreia e/ou vomito como fluxograma de apresentação, mais de duas horas como tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica, via oral como via de exposição, forma proposital como a forma de contaminação, álcool como agente causador da intoxicação, alta hospitalar com encaminhamento para a residência como desfecho do caso, ausência de realização de procedimentos e de solicitação de exames, solução de SG 5%, GH 50%, dipirona, plamet e complexo B e C como medicamentos utilizados no atendimento, seis a 12 horas como número de horas que permaneceu em observação na unidade, vômito como sinais e sintomas e intoxicação alimentar como diagnóstico médico. Diante de tais resultados, averigua-se a necessidade de adotar medidas adequadas visando a amenização da realidade evidenciada. Palavras-chave: Perfil de saúde. Envenenamento. Substâncias tóxicas. Necessidades e demandas de serviços de saúde.

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ABSTRACT

Study of quantitative approach, a descriptive, retrospective, cross-sectional and documentary character, aiming to: define the profile of patients poisoned by exogenous substances met the PA of the Santa Casa de Misericordia de Itajubá - Minas Gerais, in the period January-October of 2013. A sample consisted of 323 Sheets Ambulatory Care (GOEFs) of these patients in the period destaque.O type of sampling was intentional, non-probabilistic method. Data collection was performed after approval of the Technical Director and Director of Nursing, said Santa Casa and approval of the research project at the School of Nursing Wenceslau Braz, Itajubá-MG Committee for Research Ethics. Data were collected by means of an instrument in writing made by the researchers themselves, using as reference the FAA that PA record. Subsequently were entered electronically into a database constructed by the researchers themselves with the help of Microsoft Office Excel 2007. To analyze these data descriptive statistics were used, using absolute and relative frequencies, and only calculated for the characteristic age the mean and standard deviation. With regard to the personal data of the subjects of the study, the mean age was 32.79 years (SD = 16), prevailing males with 61.92%, the agreement with SUS 100% Itajubá as city of residence with 86 38% urban area with 80.19% and the arrival time of 13:00 to 19:00 with 38.50% of the cases. With respect to data relating to attendance of the study subjects 39% of the subjects were not classified in the clinical trial. Of those who were classified excelled as five minutes elapsed between arrival and risk classification, green as a clinical priority, 30 minutes as elapsed time between screening and medical care, lack of drug allergy, diarrhea and / or vomiting as flowchart presentation , more than two hours as time elapsed between the exogenous intoxication and medical care as oral route of exposure, purposeful way the form of contamination, alcohol as a causative agent of intoxication, discharged with referral to the residence as the outcome of the case, absence to perform the procedures and order tests, 5% solution of SG, GH 50%, dipyrone, plamet and B complex and C as medicines used to serve six to 12 hours as the number of hours that remained under observation in the unit, signs and symptoms such as vomiting and food poisoning as medical diagnosis. Given these results, ascertains the need to adopt appropriate measures aimed at alleviating evidenced reality. Keywords: Health Profile. Poisoning. Toxic substances. Needs and demands of healthcare services.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)....................................................40

Gráfico 2 - Prioridade clínica dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG2013 (n= 323)..................................................................................................................................41

Gráfico 3 - Tempo decorrido entre a classificação de risco e o atendimento médico dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)...............................41

Gráfico 4 - Alergia a medicamentos nos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)......................................................................................................................42

Gráfico 5 - Tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323) ...............................43

Gráfico 6 - Via de exposição dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)..................................................................................................................................44

Gráfico 7 - Forma de contaminação dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)......................................................................................................................44

Gráfico 8 - Desfecho do caso dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323) ...........................................................................................................................46

Gráfico 9 - Número de horas que os sujeitos do estudo permaneceram em observação na unidade. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)............................................49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados pessoais dos sujeitos do estudo. Itajubá – MG, 2013 (n=323)..................................................................................................................................38

Tabela 2 - Fluxograma de apresentação dos sujeitos do estudo. Itajubá-MG, 2013 (n= 323)............................................................................................................42

Tabela 3 - Agente causador da intoxicação exógena nos sujeitos do estudo Itajubá - MG, 2013 (n= 323) .....................................................................................45

Tabela 4 - Procedimentos realizados nos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)......................................................................................................................46

Tabela 5 - Exames solicitados para os sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323).....................................................................................................................47

Tabela 6 - Medicamentos utilizados no atendimento dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323) ......................................................................................48

Tabela 7 - Distribuição dos sujeitos do estudo de acordo com os sinais e sintomas. Itajubá - MG, 2013 (n=323).....................................................................49

Tabela 8 - Distribuição dos sujeitos do estudo de acordo com o diagnóstico médico. Itajubá - MG, 2013 (n= 323).......................................................................50

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LISTA DE SIGLAS

BPM Batimento por Minuto CEP Comitê de Ética em Pesquisa

CID Classificação Internacional de Doença

CKMB Creatinofosfoquinase fração MB CPK Creatinofosfoquinase

DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde

DP Desvio Padrão DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DNV Distúrbio Neurovegetativo

ECG Eletrocardiograma

FAAs Fichas de Atendimento Ambulatorial FCC Ferimento Corto-contuso

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

GH Glicose Hipertônica GECA Gastroenterocolite Aguda

H Hora

HIV Vírus da Imunodeficiência Humana HCV Vírus da Hepatite C

HBSag Indicador de Infecção pelo Vírus da Hepatite B

IEs Intoxicações Exógenas

IM Intra Muscular IV Intra-venosa

Kg Kilogramas

MG Minas Gerais Mg Miligramas

MIN Minutos

ML Mililitros N Números

PA Pronto Atendimento

RENACIAT Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica

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RX Raio X

SAME Serviço de Arquivo Médico e Estatístico SCIH Serviço de Controle de Infecção Hospitalar SF Solução Fisiológica SG Solução Glicosada SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINOTOX Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas SNC Sistema Nervoso Central SUS Sistema Único de Saúde TCE Traumatismo Crânio Encefálico UBSs Unidades Básicas de Saúde

UPAs Unidades de Pronto Atendimento

UTI Unidade de Terapia Intensiva

VO Via Oral

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................15

1.1 INTERESSE PELO TEMA..............................................................................17

1.2 JUSTIFICATIVA O ESTUDO..........................................................................17

1.3 OBJETIVO DO ESTUDO................................................................................20

2 MARCO CONCEITUAL..................................................................................21

2.1 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS: o que retrata a literatura ...............................21

2.2 O ENFERMEIRO FRENTE ÀS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS......................28

3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA ..................................................................30

3.1 CENÁRIO DO ESTUDO.................................................................................30

3.1.1 Caracterização do local de estudo..............................................................32

3.2 DELINEAMENTOS DO ESTUDO...................................................................32

3.3 SUJEITOS DO ESTUDO, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM....33

3.3.1 Critérios de inclusão ....................................................................................34

3.3.2 Critérios de exclusão ...................................................................................34

3.4 COLETA DE DADOS......................................................................................34

3.4.1 Instrumento para a coleta de dados ...........................................................35

3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados ......................................................35

3.5 ESTRATÉGIAS PARA A ANÁLISE DE DADOS.............................................36

3.6 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA.............................................................36

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................38

4.1 DADOS PESSOAIS DOS SUJEITOS DO ESTUDO ......................................38

4.2 DADOS REFERENTES AO ATENDIMENTO DOS SUJEITOS DO ESTUDO39

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................................................52

6 CONCLUSÕES ..............................................................................................60

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................61

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REFERÊNCIAS..............................................................................................64

APÊNDICE A - Solicitação de autorização para a coleta de dados, destinada ao Diretor Técnico, Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG .......................................................................................................................70

APÊNDICE B - Solicitação de autorização para a coleta de dados, destinada à Gerência de Enfermagem, Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG.....................................................................................................72

APÊNDICE C - Instrumento para a coleta de dados ..................................74

ANEXO A - Ficha de Atendimento Ambulatorial do Pronto Atendimento da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG ...........................................76

ANEXO B - Parecer Consubstanciado n. 489.660/2013.............................78

ANEXO C - Folha de Rosto para Pesquisa Envolvendo Seres Humanos83

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1 INTRODUÇÃO

O uso de substâncias naturais pelo homem é considerado por muitos um fator

que o distingue dos outros animais, isso devido ao seu proveito inadequado. Desde

o império mesopotâmio (XI sec. antes de Cristo) o consumo de substâncias

extraídas de plantas serve de fonte de nutriente e de prazer. Para uso medicinal,

entretanto essas substâncias surgem com uso inadequado a partir do século XI

depois de Cristo com superdosagens e consumos de anestésicos. (AMARAL;

MALBERGIER; ANDRADE, 2010).

Existem mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, porém menos

de 3.000 causam a maioria das intoxicações, praticamente qualquer substância

ingerida em grande quantidade pode ser tóxica. (CHAGAS et al., 2012).

A intoxicação é caracterizada como uma síndrome reversível específica de

uma determinada substância, o contato e a ingestão da droga, causa no organismo

alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente importantes e mal

adaptativas, decorrentes do efeito da substância no sistema nervoso central (SNC).

(MENDES et al., 2010).

Para Smeltzer e Bare (2010), intoxicação é qualquer substância tóxica que

lesa o corpo devido sua ação química podendo ser ingerida, inalada, absorvida,

aplicada à pele ou produzida no corpo em quantidade pequena.

Por sua vez, Dantas et al. (2013) comentam que a intoxicação exógena (IE)

pode ser definida como a conseqüência clínica e/ou bioquímica à substâncias

químicas encontradas no ambiente ou isoladas. Como exemplo de substâncias

intoxicantes ambientais, dentre estes o ar, água, alimentos, plantas, animais

peçonhentos ou venenosos. Sendo que, os principais representantes de substâncias

isoladas são os pesticidas, os medicamentos, produtos químicos industriais ou de

uso domiciliar.

Na perspectiva de Graff (2011) IE consiste na exposição a qualquer

substância ou aos seus metabólitos, que pode produzir um efeito tóxico no

organismo, causando alterações bioquímicas, prejuízos as funções biológicas e até

sua morte.

As IEs ou envenenamentos são causados por substâncias tóxicas que geram

manifestações patológicas, relacionadas a situações de emergência, que

manifestam dados clínicos evidentes de risco de vida. (LIMA et al. 2008).

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No Brasil, as informações sobre IEs podem ser adquiridas pelo Sistema

Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) criado em 1980 e

vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que é responsável pela coleta,

compilação, análise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento

registrados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica

(RENACIAT), atualmente composta de 36 unidades localizadas em 19 estados e no

Distrito Federal, tendo como principal atribuição fornecer informação e orientação

sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção das intoxicações, assim

como sobre a toxicidade das substâncias químicas e biológicas e os riscos que elas

ocasionam à saúde. (BOCHNER, 2007).

Oliveira e Menezes (2003) acrescentam que o paciente intoxicado dentro de

um Pronto Atendimento (PA) difere de outros pacientes em relação aos aspectos

clínicos, patológicos e farmacológicos. Sendo que são pessoas saudáveis que

desenvolvem sinais e sintomas que advém de contato com substância externa e dos

seus efeitos. Corroborando com essa afirmação, Dantas (2013) ressalta que o paciente

intoxicado difere, em alguns aspectos, daqueles assistidos no cotidiano de um

atendimento de emergência e, também, no relacionamento profissional de saúde-

paciente. A investigação da história clínica é de extrema importância, pouco se pode

confiar nas informações acerca das substâncias utilizadas, das quantidades e do

tempo decorrido. O exame físico completo e frequente sistematicamente é o melhor

processo para o diagnóstico e orientação do tratamento, devendo confrontar a

história obtida com os achados do exame físico. Se houver discrepância, levar em

consideração as informações do último.

Um bom exame físico revela algumas lesões decorrentes de exposição a

produtos químicos, seja por contato físico ou inalatório (avaliar vias aéreas com

atenção). A maioria das drogas causa depressão do SNC, sendo de suma

importância a avaliação do nível de consciência, pupilas e o reflexo fotomotor.

(LOPES, 2009).

Sob esse prisma, certifica-se que a definição do perfil dos pacientes

intoxicados por substâncias exógenas atendidos em um pronto atendimento constitui

um instrumento de planejamento das ações de saúde, pois oferta dados

fundamentais para a efetivação de uma assistência especializada e de qualidade,

que atenda as reais necessidades desses indivíduos.

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1.1 INTERESSE PELO TEMA

O despertar pelo tema surgiu pautado em nossa vivência profissional e foi

fortalecido durante nossos estágios na pós-graduação ao percebemos uma grande

procura de pacientes intoxicados por substâncias exógenas no PA. Dessa forma, se

distanciando em muito da aleatoriedade ou de um interesse puramente teórico.

Nesse lume, a inquietação diante de tais situações nos fez refletir acerca da

necessidade da concretização de mais estudos que possam favorecer o

posicionamento dos profissionais de saúde, especialmente do enfermeiro, frente a

esse considerável problema de saúde pública.

É notório o ensejo ímpar que este estudo nos proporciona um aprimoramento

teórico no tocante as intoxicações exógenas e a atuação eficiente do profissional de

enfermagem no PA, haja vista que a mesma é de fundamental importância para a

sobrevivência e qualidade de vida desses pacientes.

Ademais a nossa experiência profissional, incorporada ao nosso

aprimoramento teórico obtido com essa pesquisa, certamente nos guia para uma

assistência mais assertiva aos pacientes intoxicados assistidos nos serviços de

emergência.

Os conhecimentos advindos com a pesquisa servem também para expandir a

identidade da Enfermagem, pois a prática baseada em evidências fortalece a

Enfermagem como profissão.

Por sua vez, Andrade e Martins (2005) reforçam nossa inquietação ao

exporem que identificar o perfil da demanda nos serviços de saúde pode auxiliar na

reorganização dele, sendo tanto nos hospitais, quanto na atenção básica de saúde.

1.2 JUSTIFICATIVA O ESTUDO

O SINITOX divulgou dados referentes ao ano de 2010, consolidando 103.184

casos de intoxicação humana, incluindo 154 óbitos registrados, o que corresponde a

uma participação de 109, 49%. Casos registrados no estado de Minas Gerais

correspondem a 10.843 casos, relacionado a 42,26%, com 154 casos de óbitos,

totalizando 51,46%. (BRASIL, 2009).

Completando o autor acima, Macedo, Silva e Chagas (2012) relatam que 1,5

a 3 % da população são intoxicadas anualmente.

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Minas Gerais foi o terceiro estado que mais apresentou notificação de IE em

2009, foram 738 casos (10,3% do total), ficando apenas atrás de Paraná e São

Paulo, respectivamente. Sendo que no Brasil foram notificados um total de 2.729

notificações. (Brasil, 2009). O referido autor acrescenta que no ano de 2006, no Brasil, foram realizadas

apenas 10 (0,1%) notificações; em 2007, 2.057 (28,8%); em 2008, 2.338 (32,8%); e

em 2009 (38,3%).

No Brasil, só no 1º trimestre de 2013 foram notificados pelo Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 36.796 casos de intoxicação

exógena. Em Minas Gerais 6.340. (BRASIL, 2013). A dimensão desses números aponta para a necessidade de conhecer a

realidade sobre intoxicações em cada município, principalmente naqueles onde não

existe o SINITOX. Cabendo ao serviço de vigilância sanitária em conjunto com a

vigilância epidemiológica, registrarem os casos de IEs utilizando-se o Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (SINAN) como sistema de informação. São

relevantes para mostrar a extensão do problema nos municípios e contribuindo para

a ação dos serviços de vigilância sanitária, de monitoramento dessas substâncias,

criação de bancos de dados com informações e medidas de controle da sociedade

para intervenção nos danos causados. (SILVA FILHO, 2009).

Completando o autor acima, Brasil (2009) fala que a intoxicação por

agrotóxico, embora não seja um agravo de notificação compulsória em todo o país, é

considerada agravo de interesse nacional, e notificada pelas unidades de saúde no

SINAN, através da ficha de IE. Silva et al. (2011) afirmam que os dados oficiais brasileiros sobre intoxicações

por Agrotóxicos são insuficientes, parciais, fragmentados, desarticulados e dispersos

em várias fontes de dados, não retratando a realidade do país. O Brasil experimentou, nas últimas décadas, importantes melhorias em sua

situação de saúde. Dentre estas, a queda da taxa de mortalidade infantil, a redução

na mortalidade por doenças infecciosas e o aumento da expectativa de vida. No

entanto, algumas questões continuam sendo objetos de preocupação para os

profissionais de saúde, ou seja, ainda é elevado o número de pessoas que procuram

os serviços de saúde para tratamento de intoxicação exógena. Destacando o fator

de morbimortalidade, o qual passou a ocupar o segundo lugar entre as causas de

morte no país desde 1980. (SIQUEIRA et al., 2008).

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Em busca de melhorias, o acolhimento aos pacientes que chegam para ser

atendidos no PA é essencial, se utiliza a classificação para diminuir o tempo de

espera. Santos (2008) afirmam que o ideal é que o cliente ao chegar ao PA seja

acolhido pelos funcionários para a realização do cadastro de identificação e após,

encaminhado ao espaço destinado à Classificação de Risco onde é acolhido pelo

profissional qualificado que utilizando informações da escuta e da tomada de dados

vitais se baseia no protocolo de Manchester e classifica o usuário em:

• VERMELHO: Emergência (será atendido imediatamente na sala de

emergência);

• LARANJA: Muito Urgente (o paciente necessita de atendimento o mais

prontamente possível).

• AMARELO: Urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes

classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação);

• VERDE: Sem risco de morte imediato (somente será atendido após todos

os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO);

• AZUL: Quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social (deverá ser

preferencialmente encaminhado para atendimento em unidade básica de

saúde ou atendido pelo serviço social). Se desejar poderá ser atendido

após todos os pacientes classificados como VERMELHO, AMARELO, e

VERDE.

Com base nas argumentações expressas, percebe-se a notoriedade de se

conhecer o perfil dos indivíduos que estiveram envolvidos com a intoxicação

exógena e são atendidos em PA.

Acredita-se que os conhecimentos advindos com esse estudo são úteis aos

segmentos profissional, científico e social.

As informações colhidas são de grande valia para os profissionais que atuam

nesta área, pois diante da realidade evidenciada podem estabelecer estratégias de

planejamento e execução de ações visando uma assistência emergencial com

qualidade e humanização. Assim, toda sociedade se beneficia, haja vista que

quando o indivíduo apresentar um quadro clínico dessa natureza e for assistido

nesta unidade, o atendimento será diferenciado e de melhor qualidade.

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Espera-se, também, que os dados obtidos possam orientar e incrementar

campanhas de prevenção de acidentes tóxicos promovida pelos órgãos públicos de

saúde.

Ademais, os resultados constatados podem ser comparados com os achados

de estudos análogos concretizados em outras realidades, fortalecendo-os ou

refutando-os. Também, servem de base para o desenvolvimento de novas

pesquisas. Considerando-se o que foi exposto anteriormente, apresenta-se como

questão de pesquisa:

Qual será o perfil dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas

atendidos no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – Minas

Gerais?

1.3 OBJETIVO DO ESTUDO

O presente estudo tem como estudo:

Delinear o perfil dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas

atendidos no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – Minas Gerais,

no período de 01 de janeiro a 31 de outubro de 2013.

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2 MARCO CONCEITUAL

Esta etapa do trabalho apresenta uma fundamentação teórica do seu objeto

de estudo ao discorrer o tema intoxicações exógena, abordando definição, tipos

mais frequentes e tratamento.

2.1 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS: o que retrata a literatura

Smeltzer e Bare (2010) destacam que qualquer substância que quando

ingerida, inalada, absorvida, aplicada na pele ou produzida dentro do corpo em

quantidade pequena, lesionando o organismo por sua ação química é substância

tóxica.

Intoxicação pode ser classificada como aguda e crônica, sendo que a primeira

os sintomas surgem após a exposição excessiva, porém em um curto período, já a

crônica, surgem os sintomas tardiamente, em meses ou anos, por intoxicação

pequena ou moderada a produtos tóxicos, causando danos irreversíveis à saúde.

(LACERDA ; FERRARI, 2011).

O mesmo autor define que, o agente tóxico pode ser absorvido no organismo

por vários meios como a ingestão, inalação, absorção e injeção. Dentre os agentes

tóxicos mais comuns estão os medicamentos, substâncias químicas industriais,

agrotóxicos, raticidas, formicidas, alimentos contaminados, entre outros. (LACERDA;

FERRARI, 2011).

A toxicidade é a capacidade de o agente químico causar lesão, dependendo

da quantidade de substância química absorvida, intensidade da exposição e dose.

(BARBIÉRI; GOUVÉIA; FELÍCIO JÚNIOR, 2012).

As pacientes vítimas de intoxicação, na maioria dos casos, são pessoas

saudáveis, que desenvolvem sinais e sintomas decorrentes do contato com

substâncias externas e dos efeitos sistêmicos dela. (PARANHOS, 2010).

Uma das principais substâncias causadoras de intoxicação são os

anticolinesterásicos, utilizadas em produtos agropecuários e domiciliares,

conhecidos como pesticidas. Podem ser absorvidas pela pele, vias respiratórias ou

digestivas, atuando na inibição da acetilcolinesterase eritrocitária e plasmática,

levando ao acúmulo de acetilcolina nas terminações nervosas, causando os

seguintes sintomas muscaríneos como, bradicardia, broncoespasmos, broncorreia,

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diarreia, diaforese, êmese, espasmos, incontinência urinária, lacrimejamento e

salivação. Sintomas nicotínicos como, fasciculações, câimbras e paralisia. São

comprometimentos do músculo estriado, podendo levar a comprometimento

respiratório. E os sintomas neurológicos centrais como, ansiedade, voz pastosa,

ataxia e convulsões. O tratamento utilizado é a droga anticolinérgica atropina. No

adulto é administrado 2 a 4 mg por via intravenosa. Em crianças é administrado 0,05

mg/Kg via intravenosa. Devendo a dose ser repetida em intervalos de 5 a 10 minutos

até o aparecimento de sinais como midríase, boca seca, ausência de estertores,

frequência cardíaca de 90 a 100bpm. (LOPES, 2009).

Outra substância comum a intoxicação são os Betabloqueadores, que são

rapidamente absorvidas pelo trato gastrointestinal e excretadas pelos rins e fígado.

Os sinais são: bradicardia, bloqueio atrioventricular de grau variado, insuficiência

cardíaca e hipotensão arterial, podendo causar broncoespasmo, convulsões, letargia

e tontura. Tratamento é lavagem gástrica e uso de carvão ativado nas primeiras

horas de ingestão, reposição volêmica e correção da bradicardia com Atropina,

glucagon por produzir ação inotrópica e cronotrópica positiva, em casos de bloqueio

atrioventricular total ou bradicardia refrataria usar marcapasso temporário,

monetarização por 24 horas. (LOPES, 2009).

Também é de parecer de Silva et al. (2011) que um dos tipos de Intoxicação é

causado por animais peçonhentos, têm como agentes causadores os ofídios,

aranhas, escorpionídios, lagartas, peixes e celenterados. O tratamento consiste em

manter vítima em repouso e observação por 4 a 6 horas. Manter o membro picado

elevado, solicitar exames de sangue, realizar balanço hídrico, aplicar soro

antiveneno especifico, analgésicos e anti-inflamatórios, aplicar profilaxia

(antitetânica).

Segundo Lopes (2009) a intoxicação por opiáceos, conhecidos também como

narcóticos, tem a morfina como protótipo. Atuam em receptores específicos no

sistema nervoso central produzindo euforia, analgesia e sedação. A sintomatologia

inclui miose, depressão do sensório e depressão respiratória, delírio, convulsões,

alucinação e coma, hipotensão, alteração do ritmo cardíaco, edema pulmonar agudo

e rabdomiólise em caso de intoxicação grave. O tratamento inclui Naloxona e

monitoração por, pelo menos, 24 horas na unidade de terapia intensiva.

Para Prates et al. (2008) intoxicação alcoólica tem como características

essenciais, as mudanças de comportamento devido a ingestão recente de

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considerável ingestão de álcool. Caracterizada por iniciar com uma marcha instável,

fala pastosa, diminuição da atenção, labilidade emocional, faces avermelhadas,

agressividade, incapacidade de julgamento, euforia, depressão e até mesmo outras

manifestações de comprometimento do desempenho social ou ocupacional levando

a pessoa à emergência psiquiátrica.

O tratamento para intoxicação por álcool segundo Amaral, Malbergier e

Andrade (2010) constitui em monitoramento em ambiente seguro e calmo,

manutenção da vias aéreas, administração de solução fisiologia e solução glicosada,

uso de Tiamina para controle do risco de desenvolver síndrome de Wernicke.

Os efeitos da cocaína e outros estimulantes são bem conhecidos, o aumento

da pressão arterial, da frequência cardíaca e respiratória, da temperatura corporal,

dilatação pupilar, estado de alerta elevado e aumento da atividade motora até

convulsões, delírio e agressividade. O atendimento requer monitorização e uso de

benzodiazepínicos e antipsicóticos para pacientes agitados, eletrocardiograma e

hemograma (AMARAL; MALBERGIER; ANDRADE, 2010).

Os benzodiazepínicos são depressores do SNC, com efeitos de intoxicação

agudas semelhantes ao do álcool. Com risco de depressão respiratória, além da

hipotensão e bradicardia, é mais pronunciado quando existe intoxicação associada a

outras substâncias. Pode levar ao coma profundo e óbito. Pode se utilizar o

flumazenil como antagonista específico dos benzodiazepínicos, dose inicial de 0,3

mg IV pode ser seguida de outras doses, até o limite de 2mg. Caso essa dose não

provoque a reversão do quadro em cinco a dez minutos, deve-se considerar que a

depressão do SNC pode ter outra causa. Em pacientes que utilizam antidepressivos

tricíclicos ou outros agentes como aminofilina ou cocaína, que envolvem risco de

convulsões, o uso do flumazenil é contraindicado. (AMARAL; MALBERGIER ;

ANDRADE, 2010).

A maconha é a droga ilícita mais utilizada em todo o mundo. Entre seus

efeitos agudos, podem ser observados sintomas psicóticos e episódios agudos de

ansiedade semelhantes aos ataques de pânico. Os efeitos ansiosos podem ser mais

comuns tanto em altas doses quanto em usuários principiantes. A presença de

sintomas ansiosos é uma das mais importantes razões para a procura de tratamento

por usuários de maconha. O tratamento desses sintomas é primordialmente feito

com benzodiazepínicos, preferindo-se a VO. A intoxicação por maconha pode levar

o usuário a comportamentos agressivos, muitas vezes pelo comprometimento da

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percepção da realidade associada à ansiedade e à ideação paranoide. O tratamento

dos sintomas psicóticos decorrentes do uso de maconha segue os mesmos

princípios básicos do tratamento desses sintomas em usuários de cocaína.

(AMARAL; MALBERGIER; ANDRADE, 2010).

O tratamento da intoxicação aguda por opioides deve basear-se no nível de

intoxicação. Em níveis de intoxicação leve a moderada, o tratamento específico

normalmente não é necessário. A superdosagem deve ser considerada diante de

sinais de miose e bradicardia acentuadas, depressão respiratória, estupor ou coma.

Nessa condição, o paciente deve ser internado em ambiente de emergência e o

médico de emergência deve considerar a necessidade de assistência ventilatória. A

superdosagem com opioides de meia-vida longa, como a metadona, por outro lado,

exige atenção maior. O paciente deve ficar em observação por 24 a 48 horas e a

depressão respiratória, que pode ser fatal, deve ser tratada com Naloxone. Seu uso

pode ser IV ou IM e a dose está diretamente relacionada ao status de dependência

da substância e à extensão da depressão respiratória. Em pacientes com depressão

do SNC, mas sem depressão respiratória, a dose inicial recomendada é de 0,05-

0,4mg IV. As doses de naloxone podem ser repetidas até o máximo de 10mg IV39 e

no caso da não reversão da depressão respiratória com esta dose, a hipótese de

superdosagem de opioides deve ser reconsiderada. (AMARAL; MALBERGIER;

ANDRADE, 2010).

Síndrome Tóxica é um conjunto de sinais e sintomas ocorridos pelas doses

tóxicas de substâncias químicas. O conhecimento desta síndrome permite a

identificação rápida do agente causador da intoxicação, gerando um atendimento

adequado. (LACERDA; FERRARI, 2011).

Graff (2011) define as principais Síndromes Tóxicas:

a) Síndrome Anticolinérgica: Os sinais são agitação psicomotora e/ou

sonolência, confusão mental, alucinações visuais, mucosas secas, rubor

cutâneo, hipertermia, retenção urinária, diminuição dos ruídos intestinais,

midríase. Podendo ocorrer nas intoxicações por antagonistas H1 da

histamina, atropina, escopolamina (hioscina), antidepressivos tricíclicos,

fenotiazínicos;

b) Síndromes Colinérgicas: caracteriza-se por: sialorreia, lacrimejamento,

diurese, diaforese, diarreia e vômitos, fraqueza muscular, bradicardia e

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miose. Comum nas intoxicações por pesticidas inibidores das

colinesterases e nas superdosagens por fisostigmine e pilorcapina;

c) Síndrome Beta Adrenérgicas: Presença de taquicardia, hipotensão,

hipertensão e tremores, nos casos de superdosagem de albuterol, cafeína,

terbutalina e teofilina;

d) Síndrome Alfa Adrenérgica: O paciente apresenta sinais como hipertensão,

bradicardia e midríase, podendo acorrer nos casos de doses elevadas de

fenilpropanolamina e fenilefrina;

e) Síndrome Beta e Alfa Adrenérgica: há substâncias que atuam nos dois

receptores, causando uma mistura dos sinais descritos nos itens c e d, as

substâncias são anfetaminas, cocaína, efedrina, fenciclidina e

pseudoefedrina;

f) Síndrome Sedativo Hipnótica: os sinais são sonolência e coma, confusão

mental, fala pastosa e distúrbios respiratórios. As substâncias são

depressores do SNC, como anticonvulsivantes, antipsicóticos, barbitúricos,

benzodiazepínicos, etanol e opiáceos;

g) Síndrome Alucinógena: Os sinais são alucinações, psicoses, pânico, febre,

midríase, hipertermia e sinestesias, que são causados por anfetaminas,

maconha, cocaína, ácido lisérgico (LSD) e fenciclidina (por apresentar

miose);

h) Síndrome Extrapiramidal: Rigidez generalizada, tremores, opistótono,

trismo, hiperreflexia, coreatetose. Causada por haloperidol, fenotiazínicos,

risperidona, e metoclopramida;

i) Síndrome Narcótica: Apresenta como sintoma, alteração mental, respiração

lenta, miose, bradicardia, hipotensão, hipotermia, diminuição do

peristaltismo intestinal, frequentemente no uso dos opiáceos e opioides,

dextrometorfano e propoxifeno;

j) Síndrome da Serotonina: irritabilidade, hiperreflexia, diarreia, sudorese,

hiperemia, febre, trismo, tremores e mioclonias. A fluoxetina, meperedina,

paroxetina, sertralina, trazodone e clomipramina são os principais

causadores;

k) Síndrome Epileptogênica: observam-se a hipertermia, hiperreflexia,

tremores, convulsões, por intoxicação estricnina. Nicotina, organoclorados,

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lidocaína, cocaína, xantinas, ioniazidas, hidrocarbonetos, anticolinérgicos,

cânfora e fenciclidina;

l) Síndrome por solventes: letargia, confusão, cefaleia, inquietação,

incoordenação e despersonalização. As substâncias causadoras são

hidrocarbonetos, acetona, tolueno, naftaleno, tricloroetano e

hidrocarbonetos clorados;

m) Síndrome da Desacoplação da Fosforilação Oxidativa: os sinais são

hipertermia, taquicardia e acidose metabólica, ocorrem nas intoxicações por

fosfato de alumínio, salicitos, glifosato, fósforo, pentaclorofenol, e fosfato de

zinco.

Na perspectiva de Silva et al. (2011) o tóxico destroi ou neutraliza o processo

de redução e oxidação ao nível dos tecidos, é eliminado através dos rins, pulmões e

pele e fixa nos tecidos do fígado, rins, sistema nervoso central e sangue.

No entender de Graff (2011) o tratamento para pacientes intoxicados inclui a

avaliação inicial (ABCD da reanimação), diminuir a absorção do toxicante,

administrar antagonistas e antídotos, dar medidas de suporte e correção de

distúrbios e aumentar a excreção do toxicante.

Tratando deste tema Couto e Moreira (2011) escrevem que os primeiros

socorros constituem a ventilação adequada, aspirar secreções, oxigenação,

intubação (sempre atento para possibilidade de fraqueza respiratória e risco de

parada súbita).

Algumas substâncias têm seus metabólitos eliminados por via urinária. Com

aumento da hidratação venosa e ou com uso de diuréticos, o incremento do débito

urinário pode levar a excreção da droga. Outro recurso utilizado é alcalinizar a urina

nos casos de drogas ácidas como fenobarbital e ácido acetilsalicílico. (LOPES,

2009).

Couto e Moreira (2011) vêm discordar dizendo que não são indicadas diálise,

hemoperfusão, pois, há risco de interação com depressores do SNC (opiáceos,

barbitúricos) potencializando a depressão respiratória.

De acordo com Lopes (2009) se o paciente estiver consciente, acordado e

sem risco de depressão do SNC, optar por indução de êmese por ser mais eficaz

que a lavagem gástrica. Deverá ser realizado até 1h após a ingestão do agente

químico, sendo Ipeca o agente indicado, porque atua irritando o trato gastrointestinal

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e no SNC, induzindo o vômito. Em crianças de 6 meses a 1 ano são administrados

10 ml seguidos de 1 a 2 copos de água, não podendo ser repetida a dosagem nessa

faixa etária. Em crianças de 1 a 2 anos administrar 10 ml seguidos de 1 a 2 copos de

água, podendo a dose ser repetida após 30 minutos. Em adultos administrar 30 a 60

ml seguidos de 2 a 3 copos de água, repetindo a dosagem após 30 minutos. Em

casos de pacientes com depressão do SNC ou que possam evoluir com

rebaixamento do nível de consciência, está indicado a passagem de sonda

nasogátrica para realização de lavagem gástrica.

A lavagem gástrica deve ser realizada em até uma hora após a ingestão, nos

casos em que pacientes tenham ingerido quantidade significativa de agente tóxico.

O paciente mantido em decúbito lateral esquerdo deve-se infundir 250 ml por vez em

adultos, 5 a 10 ml por quilograma de peso em crianças. A utilização de carvão

ativado deve ser considerada em casos em que haja ingestão de quantidade

potencialmente tóxica, ele absorve substâncias presentes. A dose deve ser de um

grama por quilograma de peso em crianças e 50 a 100 gramas para adolescentes e

adultos. Sendo contra indicado, nos casos em que tenha risco de broncoaspiração,

risco de sangramento ou perfuração, e para tóxicos como ácidos, álcalis e alcoóis e

metais, que não são absorvidos pelo carvão ativado. (GRAFF, 2011).

O autor acima acrescenta que o uso de laxante é para minimizar os efeitos

colaterais do carvão ativado, não tendo papel específico no tratamento de

intoxicação.

Na ótica de Smeltzer e Bare (2011) o tratamento de emergência tem como

objetivos iniciais remover ou inativar as substâncias tóxicas antes de ser absorvidas,

fornecer cuidados de suporte para manter a função de órgãos vitais, utilizar

antídotos específicos para neutralizar uma substância específica, iniciar o tratamento

que acelere a eliminação da substância tóxica no trato gastrointestinal, formando um

complexo e diminuindo a absorção.

Lopes (2009) enfatiza que manter a homeostase do paciente é mais

importante que o uso imediato do antídoto, com exceção no caso de intoxicação por

cianeto de potássio. Acrescenta que a diálise é indicada em casos graves nos quais

há risco de morte iminente ou naqueles com instabilidade hemodinâmica.

Segundo Moklesi (2010 apud Graff, 2011) diz que a hemodiálise pode ser

muito útil nas intoxicações graves por metanol, etilenoglicol, acido bórico, Salicilatos

e lítio.

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Durante o atendimento, Paranhos (2010) destaca que a preocupação deve

ser com a manutenção das funções vitais, estabilização do paciente e com o Suporte

básico de vida, ou seja, obedecendo aos passos apresentados a seguir:

• Desobstrução das vias aéreas, aspiração de secreções e até

traqueostomia;

• Manutenção da respiração, ventilação e incubação;

• Manutenção da circulação, estabilizando hemodinamicamente, obter

acesso venoso, coleta de sangue para exames,

• Tratamento sintomático específico e monitorização.

Para o autor citado anteriormente é fundamental a história clínica, idade,

sexo, substância causadora da intoxicação, quantidades, tempo de uso, via de

exposição, avaliação do estado geral, principalmente neurológico, condições físicas

e psíquicas.

Segundo Graff (2011) o diagnóstico de IE é difícil, deve-se suspeitar se o

paciente estiver apresentando sinais e sintomas como: depressão do sistema

nervoso central, arritmias cardíacas, edema pulmonar, crise convulsiva, hipotensão

severa ou choque, acidose metabólica, hipoglicemia severa, alterações

comportamentais, agitação e alucinações. Devendo a história clínica incluir os cinco

Ws:

1. Who?(Quem?),

2. What?(O que?),

3. When?(Quando?)

4. Where?(Onde?),

5. Why?(por quê?).

2.2 O ENFERMEIRO FRENTE ÀS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

O profissional enfermeiro que atua na unidade de PA necessita ter

"conhecimento científico, prático e técnico, para assim tomar decisões rápidas e

concretas, transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os

riscos ao paciente. (BRITO, 2014).

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Segundo CAVEIÃO, C; HEY, A.P; MONTEZELI, J.H ( 2013), o enfermeiro ao

realizar o gerenciamento e o cuidado, planeja, delega ou o faz, capacita a equipe,

interrelaciona-se com outros profissionais, prevê ou provê recurso e ensina o

usuário. Ele participa de todas as atividades realizadas para que haja melhorias no

cuidado.

Amorim, Soares e Gerelli ( 2010) afirmam que a assistência de enfermagem a

vitima de IE, deve-se confirmar a intoxicação em tempo para tratamento clínico como

lavagem gástrica e uso de medicações antagonistas, caso não se confirme ou não

haja mais tempo procurar falar com o paciente de maneira calma e firma,

perguntando seu nome e o que aconteceu; colocá-lo com privacidade no leito;

orientá-lo quanto aos procedimentos sem julgá-lo pelo ato; verificar sinais vitais;

avaliar necessidade de acompanhante ou não e coletar informações com o

acompanhante caso o paciente não consiga responder.

O enfermeiro deve buscar informações relacionados com o tóxico e

características da exposição com o indivíduo envolvido, destacando o histórico de

enfermagem como uma importante ferramenta de coleta de dados. (MORAES;

AMARAL, 2007).

Ressalta-se que durante a prestação de assistência a estes pacientes, o

enfermeiro deverá usar equipamentos de proteção individuais, tais como luvas

procedimentos e avental. (MORAES; AMARAL, 2007).

Considerando o papel da enfermagem é relevante destacar que a assistência

de enfermagem está vinculada com o tratamento. Por outro lado, é importante que

enfermeiros estejam preparados para cuidar destes, não só do ponto de vista físico,

mas também do ponto de vista social e psicológico. (MORAES; AMARAL, 2007).

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3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA

Nesta fase do estudo são descritos os aspectos relacionados com a

metodologia utilizada na pesquisa, ou seja, o cenário onde foi desenvolvido o estudo

(com caracterização do local da pesquisa), o delineamento do estudo, os sujeitos da

pesquisa, a natureza da amostra e amostragem, a coleta de dados (que inclui o

instrumento e os procedimentos para a coleta de dados), as estratégias para análise

de dados, bem como os aspectos éticos da pesquisa.

No entender de Dyniewicz (2009) a estrutura metodológica compreende o

caminho que será adotado na realização da pesquisa, devendo ser redigida de

forma breve e objetiva.

3.1 CENÁRIO DO ESTUDO

O município de Itajubá situa-se ao sul do estado de Minas Gerais, numa

altitude de 1.746 metros no seu ponto mais alto e de 830 metros no ponto mais

baixo, acima do nível do mar, sendo que a área urbana, sem considerar os morros,

fica numa altitude média de 842 metros. (ITAJUBÁ, 2013).

Possui 193 anos e sua população estimada em 2012 é de 90.658 habitantes,

sendo predominantemente urbana, com 93% dos habitantes vivendo em sua região

urbana e apenas 7% habitando a zona rural. (INSTITUTO BRASILEIRO DE

GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2012).

Possui 57 bairros limitando-se, ao norte, com os municípios de São José do

Alegre e Maria da Fé; ao Sudeste, Wenceslau Brás e ao Sudoeste com o de

Piranguçu; ao Oeste, Piranguinho e ao Leste com Delfim Moreira, exercendo

influência direta sobre 14 municípios da microrregião, sendo a sua população

equivalente a 0,47% da população mineira. (ITAJUBÁ, 2013).

Há uma grande população estudantil, principalmente em cursos de graduação

e pós-graduação oferecidos pelas faculdades abrigadas na cidade como a Escola de

Enfermagem Wenceslau Braz, Unifei, Universitas, Faculdade de Medicina de Itajubá,

entre outras. (ITAJUBÁ, 2013).

A cidade destaca-se como polo industrial devido às indústrias de alta

tecnologia na área de telecomunicações, informática e biomedicina, abrigando

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indústrias de grande e médio porte, de renome nacional e internacional. (ITAJUBÁ,

2013).

É centro de referência em assistência à saúde para 16 municípios da

chamada microrregião do Alto Sapucaí. Conta com dois hospitais credenciados para

o Sistema Único de Saúde - SUS, Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Escola

da Faculdade de Medicina de Itajubá, com níveis de atendimento de atenção básica

até alta complexidade. (ITAJUBÁ, 2013).

Oferece, ainda, assistência na área privada de convênios com o Hospital

Médico e Odontológico (Odontomed), a Clínica Especializada em Assistência Médica

(SAÚDE CEAM), a Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. (UNIMED de Itajubá) e o

Hospital Bezerra de Menezes, voltado à saúde mental. (ITAJUBÁ, 2013).

Dentre as Instituições de Saúde de Itajubá selecionou-se uma para

desenvolver este estudo: a Santa Casa de Misericórdia de Itajubá. A escolha dessa

instituição, que será descrita, a seguir, de forma mais detalhada, se deu em função

de uma das pesquisadoras trabalhar na referida instituição.

A Santa Casa de Misericórdia de Itajubá localizada na Avenida Cesário Alvim,

nº 632, Bairro Centro, em Itajubá-MG, é uma entidade civil, com personalidade

jurídica de direito privado, para fins não econômicos, sem divisão lucrativa, de

caráter beneficente, assistencial e filantrópico, com autonomia administrativa,

financeira e patrimonial. Foi inaugurada em 02 de maio de 1897, pela Sociedade

Beneficente de Itajubá. (ITAJUBÁ, 2007).

É uma instituição que contribui para o aprendizado de técnicos de

enfermagem, enfermeiros, residentes de medicina, fisioterapeutas, psicólogos e

aprendizes da Mahle, proporcionando associação do conhecimento científico e

prático. É caracterizada por atendimentos de ambulatório, internação clínica,

atendimento de emergência, atendimento intensivo, obstétrico e cirúrgico, possui

cerca de 70 leitos ativos.

O Pronto Atendimento oferece atendimento humanizado, com acolhimento

pela classificação de risco, através do Protocolo de Manchester. Composto por uma

sala de emergência com dois leitos, uma sala de observação com cinco leitos, uma

sala para sutura, uma para aplicação de medicações e inalações, um consultório

médico, uma sala de triagem (Protocolo de Manchester), um posto de enfermagem,

uma sala Pediátrica com dois leitos, sanitários masculinos e femininos.

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3.1.1 Caracterização do local de estudo

O estudo foi desenvolvido no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME)

do da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá– MG.

Segundo informações colhidas pela assistente administrativo, o atendimento

no PA é realizado por meio de Fichas de Atendimento Ambulatorial (FAAs), sendo os

pacientes classificados de acordo com o risco, na sala de triagem, por um (a)

enfermeiro (a) e, em seguida, atendidos pelo médico plantonista. Dispõe de um

clínico geral para atendimentos de ambulatório e urgências/emergências. As FAAs

ficam arquivadas por um período de cinco anos, sendo que diariamente é realizado

a contagem dos atendimentos e o fechamento das faturas para serem lançados no

programa de Departamento de Informática do SUS (DATASUS, 2013).

3.2 DELINEAMENTOS DO ESTUDO

O presente estudo foi de abordagem quantitativa, do tipo descritivo,

retrospectivo, transversal e de caráter documental fundamentado na análise de

dados coletados nas Fichas de Atendimento Ambulatorial (FAAs) de pacientes

intoxicados por substâncias exógenas atendidos no PA da Santa Casa de

Misericórdia de Itajubá – MG, no período de 01 janeiro a 31 de outubro de 2013.

Dentro das concepções de Polit e Beck (2011) o estudo quantitativo é aquele

que os fenômenos se prestam à mensuração precisa e a quantificação, envolvendo

delineamento rigoroso e controlado. Tal delineamento refere-se ao plano geral do

pesquisador para responder as questões de pesquisa ou testar a suas hipóteses.

As autoras acima acrescentam que no estudo quantitativo, o delineamento de

pesquisa reproduz as estratégias que o pesquisador planeja adotar para

desenvolver informações precisas e interpretáveis.

O estudo quantitativo reúne opiniões e dados, através de coletas, informações

e técnicas estatísticas (GIL, 2010).

A pesquisa descritiva no entender de Marconi e Lakatos (2010) observa,

registra, correlaciona e descreve fatos ou fenômenos de uma determinada realidade

sem manipulá-los. Procura conhecer e entender as diversas situações e relações

que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos que ocorrem na

sociedade.

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Dyniewicz (2009) ressalta que o estudo descritivo tem como propósito

observar, descrever, explorar e interpretar aspectos de fatos ou fenômenos,

buscando-se frequência, características, relação e associação entre as variáveis.

No estudo retrospectivo, os participantes são relacionados pela presença do

desfecho, criando-se subgrupos para o passado desses indivíduos (DYNIEWICZ,

2009).

Para Polit e Beck (2011) os estudos transversais envolvem a coleta de dados

em um ponto do tempo. Os fenômenos sob estudo são obtidos durante um período

de coleta de dados. Os delineamentos transversais são especialmente apropriados

para descrever a situação, o status do fenômeno, ou as relações entre os

fenômenos em um ponto fixo.

A pesquisa documental é utilizada praticamente em todas as ciências sociais

e constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da história e da

economia. Vale-se de toda sorte de documentos, elaborados com finalidades

diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação e outros e constitui

uma técnica importante na pesquisa quantitativa quando o material consultado é

interno à organização (GIL, 2010).

O referido autor acrescenta que esse tipo de pesquisa tem como objetivo a

interpretação de dados disponíveis em documentos.

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados

está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de

fontes primárias. (MARCONI; LAKATOS, 2010).

3.3 SUJEITOS DO ESTUDO, NATUREZA DA AMOSTRA E AMOSTRAGEM

Os sujeitos do estudo foram representados pelas FAAs dos pacientes

intoxicados por substâncias exógenas atendidos no PA da Santa Casa de

Misericórdia de Itajubá–MG, no período de janeiro a outubro de 2013. Tais FAAs

foram utilizadas após a autorização do Diretor Técnico (APÊNDICE A) e da Gerente

de Enfermagem (APÊNDICE B) dessa Instituição de Saúde.

A amostra é uma parcela selecionada criteriosamente dentre o universo ou população a ser estudada e tem relação com o problema de pesquisa e depende de muitos fatores para a sua seleção, tais como, entre outros, variáveis selecionadas, recursos disponíveis e outras técnicas de coletas de dados. (DYNIEWICZ, 2009, p. 100).

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Para Polit e Beck (2011), a amostragem é o processo de seleção de uma

porção da população para representar uma população inteira. Seu objetivo é

conseguir informação sobre a população.

A amostragem, neste estudo, foi do tipo intencional, proposital ou teórica, de

método não probabilístico, no qual como relata Dyniewicz (2009) o pesquisador

seleciona os sujeitos para a pesquisa baseado em critérios que atendem ao objeto,

aos objetivos da pesquisa, à relação direta com representatividade ou produtividade

efetiva da pesquisa.

O tamanho da amostra deste estudo foi de 323 FAAs.

3.3.1 Critérios de inclusão

• As FAAs dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas atendidos

no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá - Minas Gerais, no

período de janeiro a outubro de 2013;

• As FAAs dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas atendidos

no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – Minas Gerais

preenchidas com os dados que contemplaram o instrumento utilizado para

a coleta de dados.

3.3.2 Critérios de exclusão

• As FAAs dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas atendidos

no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – Minas Gerais, nos

períodos, a saber: anterior a janeiro de 2013 e posterior a outubro de

2013;

• As FAAs dos pacientes atendidos no PA da Santa Casa de Misericórdia de

Itajubá – Minas Gerais com outros diagnósticos que não seja IE.

3.4 COLETA DE DADOS

Neste tópico são descritos o instrumento e os procedimentos para a coleta de

dados.

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3.4.1 Instrumento para a coleta de dados

Foi utilizado um instrumento (APÊNDICE C) elaborado pelas próprias

pesquisadoras contendo perguntas inerentes ao perfil dos pacientes intoxicados por

substâncias exógenas atendidos no PA envolvido no estudo, utilizando como

referencial a FAA desse PA (ANEXO A).

Este instrumento está dividido em duas partes. A primeira contempla

informações sobre os dados pessoais dos pacientes intoxicados por substâncias

exógenas atendidos no PA em epígrafe e a segunda parte aborda os dados

referentes ao atendimento deles.

3.4.2 Procedimentos para a coleta de dados

Para a coleta de dados foram utilizadas as seguintes estratégias:

A coleta de dados foi realizada pelas pesquisadoras, por meio da análise

de FAAs, após a autorização do Diretor Técnico e da Gerente de

Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá–MG e, a

aprovação desse projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa

(CEP) da EEWB;

A coleta de dados nas FAAs foi realizada em data e horário agendados

pelos responsáveis pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME)

da Santa Casa em questão, onde as referidas fichas ficam arquivadas por

um período de dez anos;

A coleta de dados nas FAAs foi realizada em local apropriado determinado

pelos responsáveis pelo SAME do local deste estudo;

Foram separadas 323 FAAs presentes em pacotes que continham todas

as FAAs do PA enredado neste estudo separadas e arquivadas

quinzenalmente de acordo com o mês e ano registro. Nesta pesquisa

foram utilizados 20 pacotes de FAAs referentes aos meses de janeiro a

outubro de 2013;

Os dados foram anotados no instrumento próprio (APÊNDICE C) de forma

manual.

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3.5 ESTRATÉGIAS PARA A ANÁLISE DE DADOS

Os dados coletados foram inseridos eletronicamente em um banco de dados

construído pelas próprias pesquisadoras, por meio do programa Microsoft Office

Excel 2007. Para análise desses dados, foi utilizada a estatística descritiva, por meio

de frequências absoluta e relativa, sendo que apenas para a característica idade

calculou-se a média e o desvio padrão.

Tais dados estão expostos em gráficos, tabelas e na forma descritiva, na

apresentação dos resultados desta pesquisa. Em seguida, na discussão dos

resultados, são tratados com base na correlação com a literatura pertinente.

3.6 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

O presente estudo seguiu os preceitos estabelecidos pela Resolução nº

466/12, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.

Os aspectos éticos da pesquisa foram resguardados em todos os momentos

do estudo, ressaltando-se, como exposto anteriormente, que a coleta de dados

apenas foi iniciada após o consentimento do Diretor Técnico e da Gerente de

Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá–MG e, a aprovação, do

projeto de pesquisa, pelo CEP da EEWB, de Itajubá–MG, conforme parecer

consubstanciado nº 489.660/2013 (ANEXO B)

O anonimato de cada sujeito do estudo foi preservado utilizando a codificação

F de ficha seguida do numeral ordinal conforme a ordem que a FAA foi sendo

analisada. Ex: Ficha 1 – F1. Este dado foi registrado no item codinome presente no

APÊNDICE C.

A folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos encontra-se

devidamente preenchida conforme ANEXO C.

Os resultados deste trabalho foram divulgados para a comunidade acadêmica

da EEWB e para os profissionais que atuam na instituição de saúde envolvida nesta

pesquisa. Uma cópia, em CD, da pesquisa está disponível na biblioteca da EEWB,

outra foi entregue ao CEP da referida Escola, uma cópia impressa e com

encadernação capa dura foi entregue ao Núcleo de Estudo e Pesquisa em

Enfermagem (NEPE) da EEWB e outra para o local de estudo desta pesquisa.

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Também, foi elaborado, a partir do trabalho, um artigo que foi encaminhado para

apreciação do Conselho Editorial de um periódico da área da saúde.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Esta etapa do trabalho apresenta os resultados desta pesquisa e está dividida

em duas sessões. A primeira exibe e comenta os dados pessoais dos sujeitos do

estudo, relacionados à primeira parte do instrumento utilizado para a coleta de

dados (APÊNDICE C). A segunda expõe e descrevem os dados referentes ao

atendimento dos pacientes assistidos no PA envolvido neste estudo, relativos à

segunda parte do referido instrumento. Em ambas os dados estão detalhados e

contidos em gráficos e tabelas e na forma descritiva.

4.1 DADOS PESSOAIS DOS SUJEITOS DO ESTUDO

Os dados pessoais dos sujeitos do estudo estão contidos na Tabela 1,

apresentada a seguir, sendo expostos na seguinte ordem: idade, gênero, convênio,

município de residência, zona e horário de chegada.

É importante ressaltar que o dado bairro foi utilizado para identificar a qual

zona o usuário pertencia.

Tabela 1 - Dados pessoais dos sujeitos do estudo. Itajubá – MG, 2013 (n=323)

Dados Pessoais Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Média Desvio Padrão

Idade (anos): 32,79 16 Gênero: Masculino 200 61,92% Feminino 123 38,08% Total 323 100% Convênio SUS 323 100% Município de Residência: Itajubá 279 86,38% Piranguçu 11 3,42% Piranguinho 8 2,48%

(continua...)

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Tabela 1 - Dados pessoais dos sujeitos do estudo. Itajubá – MG, 2013 (n=323)

(conclusão)

Dados Pessoais Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Média Desvio Padrão

Wenceslau Braz 7 2,17% Brasópolis 4 1,24% Delfim Moreira 4 1,24% Maria da Fé 3 0,93% Marmelópolis 3 0,90% Camanducaia 1 0,31% Lorena 1 0,31% São Paulo 1 0,31% São José do Alegre 1 0,31% Total 323 100% Zona: Urbana 259 80,19% Rural 56 17,33% Periurbana 8 2,48% Total 323 100% Horário de chegada Das 07h00min às 13h00min 86 26,50% Das 13h00min às 19h00min 124 38,50% Das 19h00min às 07h00min 113 35% Total 323 100% Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Em relação aos dados pessoais dos sujeitos do estudo, observou-se, como

expresso na Tabela 1, que a média de idade foi de 32,79 anos (DP=16),

prevalecendo o gênero masculino com 61,92%, o convênio SUS com 100%, Itajubá

como município de residência com 86,38%, a zona urbana com 80,19% e o horário

de chegada das 13h00min às 19h00min com 38,50%.

4.2 DADOS REFERENTES AO ATENDIMENTO DOS SUJEITOS DO ESTUDO

A seguir, são exibidos nos Gráficos de 1 a 9 e nas Tabelas de 2 a 8 os dados

referentes ao atendimento dos sujeitos do estudo de acordo com a disposição, a

saber: tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco, prioridade clínica,

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tempo decorrido entre a triagem e o atendimento médico, alergia a medicamentos,

fluxograma de apresentação, tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a

assistência médica, via de exposição, forma de contaminação, agente causador da

intoxicação, desfecho do caso, procedimentos realizados, exames solicitados,

medicamentos utilizados no atendimento, número de horas que permaneceu em

observação na unidade, sinais e sintomas e diagnóstico médico.

Os sinais e sintomas e o diagnóstico médico foram acrescentados aos dados

referentes ao atendimento dos sujeitos do estudo, visto que durante a coleta de

dados das FAAs verificou-se que era importante mencioná-los.

Gráfico 1 - Tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No tocante ao tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco,

averiguou-se que 39% dos sujeitos não foram classificados na triagem clínica. Dos

que foram classificados, a maioria (21%) aguardou pela triagem no máximo 5

minutos, 12% aguardaram de 5 a 10minutos, 8% de 10 a 15 minutos, 7% de 15 a 20

minutos, 4% de 20 a 25 minutos, 2% de 25 a 30 minutos, 2% de 30 a 35 minutos e

apenas 1% aguardaram 2 horas que foi o tempo máximo de espera, como mostra o

Gráfico 1.

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Gráfico 2 - Prioridade clínica dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informaçes extraídas do Instrumento de Pesquisa

Considerando a prioridade clínica, verificou-se, em consonância com o

Gráfico 2, que a maioria, ou seja, 39% dos sujeitos não foram classificados, 35%

foram classificados como verde, 15% como amarelo, 6,2% como laranja, 3% como

azul e apenas 1,80% como vermelho.

Gráfico 3 - Tempo decorrido entre a classificação de risco e o atendimento médico dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Quanto ao tempo decorrido entre a classificação de risco e o atendimento

médico dos sujeitos do estudo, em 49% das FAAs não foi registrado esse dado, 39%

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dos sujeitos não foram classificados, 5,26% aguardaram no máximo 30 minutos para

serem atendidos, 3,02% de 30 minutos à 1 hora, 2,72% de 1 a 2 horas, e apenas

1% esperaram o tempo máximo de 2 a 4 horas, conforme demonstra o Gráfico 3.

Gráfico 4 - Alergia a medicamentos nos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No que se refere à alergia a medicamentos certificou-se que 99,07% não

apresentavam alergia a medicamentos e apenas 0,93% apresentavam, como ilustra

o Gráfico 4.

Tabela 2 - Fluxograma de apresentação dos sujeitos do estudo. Itajubá-MG, 2013 (n= 323)

Fluxograma de Apresentação

Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Não foi classificado 127 39,00% Diarreia e/ou vômito 59 18,04% Mal estar em adultos 39 12,08% Embriaguez aparente 17 5,26% Overdose e envenenamento 16 4,95% Dor abdominal em adultos 12 3,72% Alteração do comportamento 8 3,00% Mordeduras e picadas 14 4,34% Cefaléia 4 1,24% Problemas em extremidades 3 0,93% Dispnéia em adultos 3 0,93% Dor abdominal em criança 2 0,62% Desmaio no adulto 2 0,62%

(continua...)

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Tabela 2 - Fluxograma de apresentação dos sujeitos do estudo. Itajubá-MG, 2013 (n= 323)

(conclusão)

Fluxograma de Apresentação

Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Convulsões 2 0,62% Exposição a agente químico 2 0,62% Palpitações 2 0,62% Autoagressão 2 0,62% Não registrado 2 0,62% Hemorragia digestiva 1 0,31% Dor torácica 1 0,31% Erupção cutânea 1 0,31% Problemas em olhos 1 0,31% Dor leve recente 1 0,31% Feridas 1 0,31% Quedas 1 0,31% Total 323 100,00%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No que diz respeito ao fluxograma de apresentação dos sujeitos do estudo,

39% não foi classificado, 18,04% dos casos foram designados como diarreia e/ou

vomito, 8,67% como mal estar em adulto, 12,08% como embriaguez aparente,

4,95% como overdose e envenenamento, conforme expressa o Tabela 2. Gráfico 5 - Tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Quanto ao tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência

médica, 77% das FAAs não apresentavam o registro deste dado, 6% dos sujeitos do

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estudo procuram assistência médica cerca de 2 a 4 horas após a intoxicação

exógena, 5% de 4 a 6 horas, 3% de 6 a 12 horas, 2 % até 30 minutos, outros 2 % de

30 minutos e uma hora, 2% de 1 a 2 horas, outros 2% de 12 a 24 horas e apenas

1% procurou assistência médica 24 horas após intoxicação, como exibido no Gráfico

5.

Gráfico 6 - Via de exposição dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No tocante a via de exposição dos sujeitos do estudo, como demonstra o

Gráfico 6, sobressaiu a via oral com 75,54%, seguida da via tópica com 7,12%, via

oral e inalatória com 7%, mucosa ocular com 0,31% e via endovenosa também com

031%. Entretanto, 5,72% das FAAs não contemplavam o registro deste dado.

Gráfico 7 - Forma de contaminação dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

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Em se tratando da forma de contaminação, predominou a forma proposital

com 64,40% dos sujeitos, seguida da acidental com 25,39% dos casos, da

terapêutica com 1,24%, por acidente de trabalho com 0,31%, e em 8,67% da

amostra não foi possível determinar em função da ausência desta informação na

FAA, conforme elucida o Gráfico 7.

Tabela 3 - Agente causador da intoxicação exógena nos sujeitos do estudo Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Agente causador da intoxicação Exógena

Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Álcool 110 34,06% Alimentos 78 24,46% Álcool e drogas ilícitas 31 9,59% Não informada 33 9,91% Medicamento 29 8,98% Animais peçonhentos 16 4,95% Veneno 6 1,86% Produto químico 4 1,24% Material biológico 2 0,62% Álcool e medicamento 2 0,62% Álcool e pétalas de flor 1 0,31% Álcool e produto químico 1 0,31% Álcool, medicamento e drogas ilícitas 1 0,31% Acetona 1 0,31% Água contaminada 1 0,31% Café 1 0,31% Contraste para Urografia 1 0,31% Espuma de sofá 1 0,31% Inseto 1 0,31% Produto químico, álcool e drogas ilícitas 1 0,31% Produtos sanitários e medicamento 1 0,31% Suco 1 0,31% Total 323 100,00%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No que tange ao agente causador da intoxicação exógena nos sujeitos do

estudo, como apresenta a Tabela 3, predominou o álcool com 34,06%, seguido de

alimentos com 24,46% e em 9,91% da amostra não foi possível determinar em

função da ausência deste dado na FAA.

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Gráfico 8 - Desfecho do caso dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

No que se refere ao desfecho do caso dos sujeitos do estudo, a maioria

(68,11%) teve alta hospitalar, sendo encaminhada para sua residência, em 30,34%

foi constatado como outros, 0,93% necessitavam de internação, 0,31% foram

transferidos para outro hospital e outros 0,31% para UTI, como exibido no Gráfico 8.

Tabela 4 - Procedimentos realizados nos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)

Procedimentos Realizados

Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Não houve 295 91,33% Lavagem gástrica 13 4,12% Sutura 3 0,93% Limpeza e sutura 3 0,93% Monitorização cardíaca 2 0,62% Lavagem gástrica e monitorização cardíaca 2 0,62%

Entubação, monitorização 2 0,62% Lavagem gástrica e sutura 1 0,31% Encaminhamento ambulatorial oftalmologia 1 0,31% Curativo 1 0,31% Total 323 100,00%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

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Em relação aos procedimentos realizados nos sujeitos do estudo, predominou

a não realização com 91,33% dos sujeitos, seguido por lavagem gástrica com 4,12%

e sutura e limpeza e sutura com 0,93% cada um, como ilustra a Tabela 4. Tabela 5 - Exames solicitados para os sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Exames Solicitados

FrequênciaAbsoluta

Frequência Relativa

Não houve 269 83,28% Glicemia capilar 20 6,18% Eletrocardiograma 7 2,17% Pressão arterial e glicemia capilar 7 2,17% Pressão arterial 3 0,93% ECG e Glicemia capilar 2 0,62% Exame de sangue 2 0,62% Glicemia capilar, Pressão arterial 1 0,31% Hemograma 1 0,31% Hemograma e ionograma 1 0,31% ECG, Pressão arterial e glicemia capilar 1 0,31% RX 1 0,31% Pressão arterial e ECG 1 0,31% Raio X tórax, coluna cervical e pelve 1 0,31% Anti HIV, HVC, HbsAg 1 0,31% Rx cotovelo D, glicemia capilar 1 0,31% Rx crânio e Rx perfil 1 0,31% Rx ombro 1 0,31% Urina I + bacterioscopia 1 0,31% Total 323 100,00%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Dentre os exames solicitados para os sujeitos do estudo, pode ser visualizado

na Tabela 5, que a não solicitação prevaleceu com 83,28% dos sujeitos, seguido por

glicemia capilar com 6,18% e eletrocardiograma e pressão arterial mais glicemia

capilar com 2,17% cada um.

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Tabela 6 - Medicamentos utilizados no atendimento dos sujeitos do estudo. Itajubá - MG, 2013 (n=323)

Medicamentos Utilizados

Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Solução glicosada (SG) 5%, Glicose Hipertônica (GH) 50%, dipirona, Plamet, complexo B,C

55 18,29%

Solução de buscopam composto, Plamet, Ranitidina, solução fisiológica (SF) 0,9%

52 16,14%

Não foram medicados 44 13,72% Solução de dramin, Ranitidina, Buscopam composto, e Decadrom

24 7,45%

GH 50% 13 4,03% Lisador 13 4,03% SF 0,9%, GH 50% 13 4,03% Diazepam 12 3,73% Fenergam 11 3,41% Dipirona e Decadrom 10 3,10% Bromoprida e SG 5% 10 3,10% SG 5% 10 3,10% SF 0,9% e Bromoprida 10 3,10% Bromoprida 11 3,01% SF 0,9% e flumzenil 10 3,01% SF 0,9% 10 3,01% Bromoprida e Ranitidina 10 2,17% Lisador e Profenid 5 1,55% Total 323 100%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Dos medicamentos utilizados no atendimento dos sujeitos do estudo verificou-

se, em consonância com a Tabela 6, que a solução de SG 5%, GH 50%, Dipirona,

Plamet e Complexo B e C dominou com 18,29%, seguida por solução de Buscopam

composto, Plamet, Ranitidina e SF 0,9% com 16,14% e dos sujeitos que não foram

medicados com 13,72%.

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Gráfico 9 - Número de horas que os sujeitos do estudo permaneceram em observação na unidade. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

Quanto ao número de horas que os sujeitos do estudo permaneceram em

observação no PA, sobressaiu, como exposto no Gráfico 9, de 6 a 12 horas com 4%,

seguido de 1 a 2 horas e de 2 a 4 horas com 3%, cada um, sendo que em 84% da

amostra não foi possível especificar devido a ausência deste dado na FAA.

Tabela 7 - Distribuição dos sujeitos do estudo de acordo com os sinais e sintomas. Itajubá - MG, 2013 (n=323)

Sinais e Sintomas Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Vômito 25 23,66% Mal estar geral 21 20,55% Embriaguez 14 18,07% Náuseas, vômito e mal estar 8 16,21% Não consta 6 4,34% Vomito e cefaleia 5 4,03% Diarreia e vômito 5 4,03% Dor abdominal e epigástrica 5 4,03% Embriaguez e corte contuso 4 1,55% Hiperemia 3 1,24% Agitação psicomotora 2 0,93% Tentativa de autoextermínio 1 0,62% Sem alterações 1 0,62% Total 323 100%

Fonte: Das autoras Nota: Informações extraídas do Instrumento de Pesquisa

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Em relação aos sinais e sintomas dos sujeitos do estudo, conforme pode se

observar na Tabela 7, prevaleceu vômito com 23,66%, seguido de mal estar geral

com 20,55%, embriaguez com 18,07%, náusea vômito e mal estar com 16,21%.

Tabela 8 - Distribuição dos sujeitos do estudo de acordo com o diagnóstico médico. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

Diagnóstico Médico Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Não consta 82 25,39% Intoxicação alimentar 69 21,36% Etilismo 19 5,88% Embriaguez 17 5,26% Intoxicação Alcoólica 17 5,26% Alcoolismo 12 3,72% Intoxicação medicamentosa 10 3,10% Gastroenterocolite Aguda (GECA) 7 2,17% Intoxicação 5 1,55% Vômito 4 1,24% Intoxicação alimentar e dispepsia 3 0,93% Picada de Aracnídeo 4 1,24% Picada de inseto 2 0,62% Intoxicação Alimentar e GECA 3 0,93% Intoxicação química 2 0,62% Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Embriaguez 1 0,31%

Embriaguez e Ferimento corte contuso (FCC) em supercílios D 1 0,31%

Etilismo/ depressão leve 1 0,31% FCC polegar E 1 0,31% Atopia 1 0,31% Cólica intestinal 1 0,31% Intoxicação alimentar, Dispepsia e GECA 1 0,31% Intoxicação alimentar/ enxaqueca 1 0,31% Intoxicação com agrotóxico e intoxicação exógena 1 0,31%

Acidente Escorpiônico 1 0,31% Intoxicação Exógena e alcoolismo 1 0,31% Intoxicação exógena e taquicardia sinusal 1 0,31% Intoxicação exógena por etílicos e Traumatismo crânio encefálica (TCE) leve 1 0,31%

Alergia alimentar 1 0,31% Intoxicação por água 1 0,31% Mal estar 1 0,31% Abuso de maconha 1 0,31%

(continua...)

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Tabela 8 - Distribuição dos sujeitos do estudo de acordo com o diagnóstico médico. Itajubá - MG, 2013 (n= 323)

(conclusão)

Diagnóstico Médico Frequência Absoluta

Frequência Relativa

Picada de abelha 1 0,31% Picada por escorpião 1 0,31% Reação alérgica 1 0,31% Síndrome Dispéptica 1 0,31% Síndrome de abstinência alcoólica e crise convulsiva 1 0,31%

Tentativa de autoextermínio 2 0,62% Uso de Drogas 1 0,31% Vertigem 1 0,31% Distúrbio Neuro vegetativo (DNV) 1 0,31% Alergia 1 0,31% Alergia química 1 0,31% Total 323 100,00%

Fonte: Das autoras Nota: Informaçes extraidas do Instrumento de Pesquisa

Considerando o diagnóstico médico dos sujeitos do estudo, predominou a

intoxicação alimentar com 21% dos sujeitos, seguido por etilismo com 5,88%,

embriaguez e intoxicação alcoólica com 5,26%, cada uma e em 25,39% da amostra

não foi possível averiguar devido à ausência desta informação na FAA, como ilustra

a Tabela 8.

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5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O diagnóstico das vítimas de intoxicação exógena atendidas em um PA é de

extrema importância, pois como enfatizam Rosa e at. (2011, p. 53) por meio dele

“pode-se estabelecer critérios de atendimento, de assistência, de capacitação da

equipe e de feedback tanto para a população quanto para o sistema de saúde”.

Para Lacerda e Ferrari (2011, p.34) ao se ter o referido diagnóstico “é

possível melhorar a qualidade do tratamento destas vítimas e prevenir novas

ocorrências”.

Por sua vez, Coelho et al. (2010, tela 3) comentam que caracterizar o perfil

dos casos atendidos no serviço de emergência “fornece subsídios para o enfermeiro

elaborar rotinas e estratégias para melhor adequar recursos humanos e

tecnológicos, para atender às necessidades do usuário”.

Em relação à idade dos sujeitos do estudo detectou-se que a média foi de

32,79 anos (com desvio padrão = 16). Em estudo análogo Lacerda e Ferrari (2011)

constataram que a faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos de idade.

Enquanto Jesus, Beltrão e Assis (2012) averiguaram uma média de idade de 35

anos (com desvio padrão = 12).

Já no estudo de Dantas et al. (2013) a maioria dos casos (55,7%) sucedeu

entre a faixa etária de 18 a 28 anos.

Quanto ao gênero prevaleceu o masculino com 61,92% dos casos, que vai ao

encontro dos dados evidenciados em estudos similares, sendo um realizado por

Lacerda e Ferrari (2011), em que os homens representaram 51,3% da amostra

analisada e o outro efetivado por Macedo, Silva e Chagas (2010), em que o gênero

predominante foi o masculino, com 52% dos sujeitos.

Os dados encontrados também se aproximam do averiguado em pesquisa

feita por Dantas et al. (2013), onde as maiores ocorrências (52,8%) aconteceram

com homens.

Contrapondo essa constatação, o estudo desenvolvido por Gomide et al.

(2012) aponta uma predominância da população feminina (57%) nos atendimentos

de um PA. Também os resultados da pesquisa de Olivati et al. (2010) mostraram

maior procura por atendimentos em PS efetuada pelo sexo feminino (54,34%).

No tocante ao convênio, a procura pelo PA foi de 100% SUS, devido a própria

característica de atendimento da instituição de saúde envolvida na pesquisa.

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Situação também observada em estudo semelhante concretizado por Olivati et al.

(2010), em que 97,71% dos atendimentos foi pelo SUS.

Estes achados confirmam reflexões e observações que no entender de Olivati

et al. (2010, p. 248) “conferem ao SUS uma grande representatividade como política

pública na assistência à saúde dos brasileiros, principalmente se for comparada a

assistência atual com a de algumas décadas anteriores”.

Corroborando Kopsel e Vicensi (2012) afirmam que quando se trata de

atendimentos no setor de urgência e de emergência o número de atendimento pelo

SUS aumenta significativamente.

Considerando o município de residência sobressaiu Itajubá com 86,38%, ou

seja, a frequência de usuários atendidos no PA envolvido neste estudo foi maior

para pessoas procedentes da cidade onde o mesmo se localiza. Talvez esse dado

se deva pela facilidade de acesso das pessoas da cidade de Itajubá ao PA e as

cidades vizinhas ao acesso as Unidade Básicas de Saúde. Tal comprovação vai ao

encontro dos dados elucidados em estudo realizado por Fortes, Souza e Lima

(2013), no qual 74,01 % dos pacientes atendidos no PS de um hospital escola eram

procedentes da cidade onde o PS se alojava.

Resultado semelhante foi encontrado no estudo de Olivati et al. (2010) sobre

o perfil da demanda de um PS em um município do interior do estado de São Paulo,

onde a maior parte dos atendimentos (87,12%) foi de indivíduos residentes no

próprio município do estudo.

Os residentes na Zona urbana destacaram com 80,19% dos sujeitos do

estudo. Tal dado também foi constatado em outros estudos sobre o perfil dos

pacientes atendidos em um PS, um deles concretizado por Fortes, Abrão e Oliveira

(2013) e outro por Fortes, Souza e Lima (2013), nos quais, respectivamente, 80,6%

e 80,18% dos usuários residiam na zona urbana. Macedo, Silva e Chagas (2012),

também, elucidaram que 97% dos pacientes investigados pertenciam à zona urbana.

Isso é justificável por Scott (2012) ao dizer que o Brasil deixou de ser um País

eminentemente agrário e passou a ser um País industrializado com predomínio da

população urbana, apresentando uma taxa de urbanização que chega a 85%.

Os dados encontrados se aproximam do averiguado por Lima et al. (2008) ao

investigarem o perfil das vítimas de intoxicação exógena por agrotóxico em um

hospital de emergência, onde evidenciaram que 88,7% delas pertenciam a zona

urbana. Para as autoras esse dado foi surpreendente, pois ao contrário do esperado,

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mesmo as intoxicações por agrotóxico estão ocorrendo nos grandes centros urbanos

e não na zona rural. Elas acrescentam que isso pode estar relacionado “à facilidade

com que os produtos agrícolas são encontrados no comércio, e também à sua venda

indiscriminada à população” (LIMA et al., 2008, p. 291).

No que se refere ao horário de chegada ao PA prevaleceu das 13h00min às

19h00min com 38,50% da amostra. Esse dado, de acordo com Coelho et al. (2010,

tela 05), “é importante para a organização da escala diária de trabalho da unidade,

que deve direcionar maior número de profissionais para esses horários, nos quais a

demanda é mais elevada”.

O resultado acima se assemelha ao apurado nos estudos de Souza et al.

(2010) e de Zanini et al. (2013), que, respectivamente, verificaram, que 42% dos

pacientes chegaram entre 14h00min e 21h00min e 61,63% das 12h00min às

24h00min. Rosa et al. (2011), igualmente, constataram maior percentual no turno da

tarde, correspondendo a 49% da amostra.

A visualização deste dado no presente estudo e nos demais, associado ao

fato de 26,5% dos sujeitos chegarem ao PA desta pesquisa no período das

07h00min às 13h00min, representando um montante de 65% quando somado aos

38,5% do período das 13h00min às 19h00min, permite identificar que o grande

volume de atendimento é no período de funcionamento da Rede Básica, ou seja,

das 7h00 às 17h00. Enquanto que 35% dos atendimentos ocorrem no turno das

19h00min às 7h00min. Esta constatação mostra a baixa resolutividade da Rede

Básica ou dificuldades de acesso à mesma.

Quanto ao tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco,

verificou-se que 39% dos sujeitos não foram classificados na triagem clinica. Tal

fato, provavelmente, ocorre devido o enfermeiro de o serviço noturno ficar

responsável por três unidades hospitalares. O mesmo ocorrendo, no período diurno,

nos feriados e fins de semana.

A proposta é de que o profissional enfermeiro(a) realize avaliação e

classificação de risco. Entretanto, em razão do número existente deste profissional,

no PA envolvido neste estudo, esta ação deveria ser realizada pelos médicos de

plantão no período de ausência do enfermeiro responsável. O que não ocorre, pois

como mencionado anteriormente, um número expressivo de sujeitos não foram

classificados.

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Dos classificados, a maioria, 21%, aguardou pela triagem no máximo 5

minutos, 12% aguardaram de 5 a 10minutos, 8% de 10 a 15 minutos, 7% de 15 a 20

minutos, 4% de 20 a 25 minutos, 2% de 25 a 30 minutos, 2% de 30 a 35 minutos e

apenas 1% aguardou 2 horas que foi o tempo máximo de espera. Gouvêa (2013) ressalta que a metodologia do Sistema de Triagem de

Manchester (STM) propõe um tempo máximo de espera de 10 minutos entre a

chegada à unidade de emergência e a classificação de risco. Nesse estudo, para

33% dos sujeitos foi respeitado o referido tempo, enquanto que para 24% não. Fato

que provavelmente esteja relacionado ao envolvimento do enfermeiro responsável

pela triagem em outras atividades na unidade de PA em questão.

No tocante a prioridade clínica, a maioria, ou seja, 39% da amostra, não foi

classificada. Dos que foram classificados, 35% receberam a cor verde (pouco

urgente), seguido de amarelo (urgente) com 15%, laranja (muito urgente) com

6,20%, e 3% cor azul (não urgente) e apenas 1,8% classificado como vermelho

(situação emergente). Achado similar ao de Fortes, Abrão e Oliveira (2013), que ao

realizaram um estudo em um Hospital Escola observaram 66,4% dos pacientes

classificados como não urgentes e apenas 34,6% como urgentes e emergentes.

Os dados acima demonstram o exposto por Araujo, Ferreira e Rocha (2010,

p. 184) de que “os prontos socorros são utilizados como uma ‘válvula de escape’ dos

serviços de saúde, prejudicando o atendimento dos casos considerados

adequados”.

Em relação ao tempo decorrido entre a classificação de risco e o atendimento

médico dos sujeitos do estudo, em 49% das FAAs não foi registrado esse dado, 39%

dos sujeitos não foram classificados, 5,26% aguardaram no máximo 30 minutos para

serem atendidos, 3,02% de 30 minutos a 1 hora, 2,72% de 1 a 2 horas, e apenas 1%

esperou o tempo máximo de 2 a 4 horas. O elevado número de sujeitos que não

obtiveram registro nas FAAs nos leva a crer que há um despreparo da equipe quanto

ao preenchimento. No que se refere a alta porcentagem de sujeitos não

classificados, podemos suspeitar de que seja devido a sobrecarga de trabalho do

enfermeiro e falha no dimensionamento.

Em função da ausência de informação, o dado acima ficou acometido,

podendo ser analisado apenas para 12% da amostra, para os quais se averigua que

o tempo foi respeitado, pois o protocolo do STM, como menciona Gouvêa (2013,

p.49), “define tempo alvo para os atendimentos médicos dos pacientes, de acordo

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com a prioridade estabelecida na classificação de risco, podendo variar de

atendimento imediato a 4 horas”.

No que se refere à alergia medicamentosa certificou-se que 99,07% dos

pacientes atendidos no PA explorado não apresentavam alergia a medicamentos e

apenas 0,93% apresentavam. Dado parecido ao estudo desenvolvido por Fortes,

Abrão e Oliveira (2013), em que se detectou que 91,8% da amostra não

apresentavam a referida alergia.

Em relação ao fluxograma de apresentação, observou-se diarreia e/ou vômito

como maioria com 18,04% da amostra. Já em estudo de Gouvêa (2013) dentre os

4282 pacientes pesquisados prevaleceu o mal estar em adulto correspondendo a

973 casos, seguido de cefaleia com 572 casos, enquanto que a diarreia foi

detectada em apenas 230 casos.

Quanto ao tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência

médica, 77% das FAAs não apresentavam o registro deste dado, 6% dos sujeitos do

estudo procuram assistência médica cerca de 2 a 4 horas após a intoxicação

exógena, 5% de 4 a 6 horas, 3% de 6 a 12 horas, 2 % até 30 minutos, outros 2 % de

30 minutos e uma hora, 2% de 1 a 2 horas, outros 2% de 12 a 24 horas e apenas

1% procurou assistência médica 24 horas após intoxicação.

Apesar da escassez de registro do dado acima, nota-se que a procura pela

assistência médica não é imediata, haja vista que apenas 4% procuram assistência

na primeira hora.

Em pesquisa realizada por Dantas et al. (2013) certificou-se que o tempo

decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica, foi de mais de duas

horas para 15,7% dos pacientes investigados. Enquanto que no presente estudo

esse tempo foi para 17% da amostra.

Em estudo de Takahama, Turini e Girotto (2014) a grande maioria (78%) das

pacientes recebeu atendimento médico em até cinco horas após a exposição.

Prevaleceu a via oral, como via de exposição, com 75,54% dos casos. O que

vai ao encontro de dados dos estudos de Rebelo et al. ( 2011), de Lacerda e Ferrari

(2011) e, de Macedo, Silva e Chagas (2012) em que 84%, 53,12% e 84%,

respectivamente, das intoxicações avaliadas ocorreu por via oral.

Resultado semelhante foi encontrado no estudo de Dantas et al. (2013) em

que a via predominante de intoxicação nos prontuários dos pacientes analisados foi

a oral, destacando-se com 87,1% dos casos.

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No que tange a forma de contaminação sobressaiu a proposital com 64,40%.

Achado parecido foi encontrado no estudo de Takahama, Turini e Girotto (2014) ao

detectarem que a maioria das ocorrências que investigaram, ou seja, 90,5% foram

intencionais.

Entretanto, em investigações efetivadas por Rebelo et al. (2011) e Macedo,

Silva e Chagas (2012) as intoxicações acidentais dominaram com 47,1% e 40% dos

casos, respectivamente.

No que se refere ao agente causador da intoxicação exógena nos sujeitos do

estudo predominou o álcool com 34,06%.

Contrapondo essa constatação, Santos, Legay e Lovisi (2013), em estudo que

concretizaram evidenciaram medicamentos com 46,2% da amostra. Dado

semelhante foi encontrado no estudo de Macedo, Silva e Chagas (2012), em que os

medicamentos predominaram, representando 31% dos pacientes investigados.

Já Lacerda e Ferrari (2011) constataram que no sexo feminino, a intoxicação

medicamentosa foi a mais evidente, enquanto que, no sexo masculino, a intoxicação

alcoólica obteve o maior número de casos.

Como desfecho do caso dos sujeitos do estudo, a maioria (68,11%) teve alta

hospitalar, sendo encaminhada para sua residência, 30,34% foi classificado como

outros, 0,93% necessitava de internação, 0,31% foi transferido para outro hospital e

outros 0,31% para UTI. Situação também observada em estudo de Macedo, Silva e

Chagas (2012) em que grande maioria dos pacientes estudados, 95% (n=78) evoluiu

com cura sem sequela. Contudo 04 pacientes evoluíram para óbito como

consequência da intoxicação sofrida, enquanto que no presente estudo não houve

óbito.

Zambolim et al. (2008) aferem que anualmente 1,5 a 3% da população

intoxicam-se. Isto representa, para o Brasil, aproximadamente 4.800.000 casos

novos de intoxicação a cada ano, dos quais, 0,1 a 0,4% resultam em óbito.

Entretanto os dados do estudo de Dantas et al. (2013) apontam que a

maioria dos casos precisou de internação (98,6%), destes, 68,5% tiveram cura

confirmada.

Quanto aos procedimentos realizados nos sujeitos do estudo, predominou a

não realização com 91,33% dos sujeitos, seguido por lavagem gástrica com 4,12% e

sutura e limpeza e sutura com 0,93% cada um. É preocupante a elevada

porcentagem em relação a não realização de procedimentos, pois demonstra um

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descaso no atendimento e compromete a qualidade da assistência. Observa-se

também que não há um protocolo para atendimento as vítimas de intoxicação, as

condutas são muito divergentes.

Leidnz, Júnior e Lucciola (2012) ressaltam que a lavagem gástrica é um

procedimento que vem sendo usado de maneira bastante indiscriminada pelos

profissionais de saúde na terapêutica de intoxicação exógena. Ela visa a remoção

da substância ingerida antes que atinja o intestino delgado, local de maior absorção,

porém deve ser feita com até uma hora da ingestão.

Dantas et al. (2013), averiguaram em estudo que desenvolveram a sondagem

nasogástrica como o segundo procedimento mais realizado, com 34 execuções,

representando 48% da amostra.

No entender de Tavares e Oliveira (2012, p.47) como geralmente “a

exposição oral constitui a principal via de introdução do agente tóxico das

intoxicações, a lavagem gástrica é um método de descontaminação gástrica

amplamente utilizada em unidades de urgência”.

Por sua vez, Fortes, Sousa e Lima (2013) evidenciaram em estudo que

concretizaram que o procedimento mais realizado foi a administração de

medicamentos com 43,17% dos pacientes pesquisados.

Dentre os exames solicitados para os sujeitos do estudo, a não solicitação

prevaleceu com 83,28% da amostra. Dado corroborado pela pesquisa de kachava e

Escobar (2005), em que os exames foram realizados na minoria dos pacientes

investigados.

Dos medicamentos utilizados no atendimento dos sujeitos do estudo verificou-

se que a solução de SG 5%, GH 50%, Dipirona, Plamet e Complexo B e C dominou

com 18,29%. Situação similar evidenciada em estudo de kachava e Escobar (2005),

em que se utilizou antieméticos em 20% dos casos e analgesia em 7,7%.

Todavia em estudo de Dantas et al. (2013) evidenciou-se que na maioria dos

pacientes foi administrado o carvão ativado como tratamento específico e mais da

metade precisou de atropinização.

Quanto ao número de horas que os sujeitos do estudo permaneceram em

observação no PA, sobressaiu de 6 a 12 horas com 4%, seguido de 1 a 2 horas e de

2 a 4 horas com 3%, cada um, sendo que em 84% da amostra não foi possível

especificar devido à ausência deste dado na FAA.

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Em um estudo semelhante apresentado por Reis et al. (2013) comenta-se que

a maioria dos pacientes investigados (77,7%) ficou em observação em PS, porém

não menciona o tempo de permanência. Os referidos autores descrevem que a

maioria dos internados permaneceu em unidade de atenção às urgências,

evidenciando quadros de intoxicação aguda, necessidade de intervenção rápida de

suporte de vida, para prevenção do agravamento do quadro clínico e o

restabelecimento do estado de saúde.

Em relação aos sinais e sintomas dos sujeitos do estudo prevaleceu vômito

com 23,66%, seguido de mal estar geral com 20,55%, embriaguez com 18,07%,

náusea, vômito e mal estar com 16,21%. Percebe-se com esses dados, mais uma

vez um despreparo da equipe em descrever a sintomatologia adequadamente, neste

caso embriaguez se refere ao estado geral do paciente e não sinal e sintoma.

De acordo com estudo de Martins (2012) as queixas mais frequentes,

independente do nível de classificação de risco foram vômito, febre e tosse.

Contudo Magalhães et al. (2009) em seu estudo relatam sialorréia,

hipotensão, taquicardia e miose como sinais e sintomas mais apresentados nos

casos de intoxicação.

Considerando o diagnóstico médico dos sujeitos do estudo, predominou a

intoxicação alimentar com 21% dos sujeitos, seguido por etilismo com 5,88%,

embriaguez e intoxicação alcoólica com 5,26%, cada uma e em 25,39% da amostra

não foi possível averiguar devido a ausência desta informação na FAA. Averigua-se,

novamente, despreparo quanto ao preenchimento das FAAs, pois em muitos casos

não foi relatado o diagnostico médico e em outros não condiz com o CID

(Classificação Internacional de Doença).

Reis et al. (2013) constataram em seu estudo que a maioria dos pacientes

pesquisados (77,8%) foi internada com diagnóstico de intoxicação por drogas de

abuso, sendo que a droga mais relacionada à internação foi o álcool, presente em

1.287 (96,0%) dos casos.

No estudo de Siqueira et al. (2008) foi evidenciado um predomínio da

intoxicação medicamentosa com 34%, seguida da dos raticidas com 14% e da dos

produtos químicos de uso domiciliar com 13%.

Em pesquisa efetivada por Rosa et al. (2011) todas as intoxicações atendidas

tiveram ligação com tentativas de suicídio (intoxicação por medicamentos e

agrotóxicos).

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6 CONCLUSÕES

Ao delinear o perfil dos pacientes intoxicados por substâncias exógenas

atendidos no PA da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá – MG, no período de

janeiro a outubro de 2013 constatou-se que:

No tocante aos dados pessoais dos sujeitos do estudo a média de idade foi

de 32,79 anos (DP=16), prevalecendo o gênero masculino com 61,92%, o

convênio SUS com 100%, Itajubá como município de residência com

86,38%, a zona urbana com 80,19% e o horário de chegada das 13h00min

às 19h00min com 38,50% dos casos.

No que tange aos dados referentes ao atendimento dos sujeitos do estudo

39% dos sujeitos não foram classificados na triagem clínica. Dos que foram

classificados, sobressaiu cinco minutos como tempo decorrido entre a

chegada e a classificação de risco, verde como prioridade clínica, 30

minutos como tempo decorrido entre a triagem e o atendimento médico,

ausência de alergia medicamentosa, diarreia e/ou vomito como fluxograma

de apresentação, mais de duas horas como tempo decorrido entre a

intoxicação exógena e a assistência médica, via oral como via de

exposição, forma proposital como a forma de contaminação, álcool como

agente causador da intoxicação, alta hospitalar com encaminhamento para

a residência como desfecho do caso, ausência de realização de

procedimentos e de solicitação de exames, solução de SG 5%, GH 50%,

Dipirona, Plamet e Complexo B e C como medicamentos utilizados no

atendimento, seis a 12 horas como número de horas que permaneceu em

observação na unidade, vômito como sinais e sintomas e intoxicação

alimentar como diagnóstico médico.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos neste estudo possibilitam demonstrar que os dados

referentes aos pacientes intoxicados por substâncias exógenas atendidos no PA da

Santa Casa de Itajubá – MG, ora diferem ora assemelham-se aos achados

descobertos em pesquisas anteriores correspondentes.

Sob esse prisma Lacerda e Ferrari (2011, p. 33) afirmam que estudos

similares que abordam o tema intoxicações exógenas podem apresentar alguns

resultados diferentes, haja vista que é “necessário levar em consideração a

regionalidade, pois cada população isolada apresenta particularidades devido à

diferença de modos e costumes”.

Averigua-se que dentre os estudos que abordam perfil das IEs poucos

expõem todos os dados referentes ao atendimento das vítimas como foram

explorados nesta pesquisa. Ademais vários estudos exploraram apenas um tipo de

intoxicação específica como por agrotóxicos, por chumbinho. Outros contemplaram

como sujeitos do estudo somente as crianças.

Cumpre destacar que na coleta de dados do presente estudo evidenciaram-se

deficiências relacionadas à disponibilidade dos dados, pois foi expressivo o

preenchimento inadequado das FAAs, contemplando muitos dados em branco

referentes ao tempo decorrido entre a classificação de risco e o atendimento médico,

ao tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica, à via de

exposição, à forma de contaminação, ao agente causador da intoxicação exógena,

ao número de horas que os sujeitos do estudo permaneceram em observação no PA

e ao diagnóstico médico. Tal evidência limitou o escopo desta pesquisa.

Para não ocorrer falhas no preenchimento dos dados das FAAs, verificado

nesta pesquisa, os profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento na

unidade de PA devem receber treinamentos específicos que os capacitem e os

tornem capazes de preencher sem dificuldades tais dados e de relatarem

corretamente as condições evidenciadas e as condutas adotadas para com os

pacientes em questão. Souza et al. (2010, p.68) consideram “necessário e urgente à

melhoria desses registros, pois deles dependem a continuidade da assistência ao

paciente, bem como sua avaliação por parte da equipe multidisciplinar”.

Também é mister ressaltar que 39% dos sujeitos do estudo não passaram

pela classificação de risco. Tal fato, provavelmente, ocorre, como exposto na

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discussão dos resultados, devido o enfermeiro do serviço noturno ficar responsável

por três unidades hospitalares. O mesmo ocorrendo no período diurno dos feriados e

dos fins de semana.

Outro ponto importante a mencionar é o trabalho exaustivo e tempo gasto na

coleta de dados, pois foi necessário procurar no arquivo geral e ler todas as FAAs

dos meses de janeiro a outubro de 2013, visto que as relacionadas com as IEs não

estavam separadas. Há um controle realizado pelo Serviço de Controle de Infecção

Hospitalar (SCIH), que notifica as IEs, porém esse controle não facilitou nossa

procura. No arquivo as FAAs são apenas separadas por período de 15 dias e o

SCIH tem como controle apenas o número das FAAs.

Detectou-se que um número expressivo de sujeitos ao darem entrada no PA

obteve pouca urgência como classificação do atendimento e esperaram 24 horas

para procurar atendimento desde a intoxicação. Com isso, tais sujeitos deveriam ter

sido assistidos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) próximas as suas

residências, pois ocasionam uma superlotação no PA e na maioria das vezes sem

necessidade.

Por sua vez, Rosa et al. (2011, p. 58) ressaltam que “torna-se imprescindível

adotar medidas que visem diminuir esse estado de ‘aglomerado humano’ vivenciado

nos PAs”.

Certificou-se, neste estudo, a constatação, também, referenciada em estudo

de Rosa et al. (2011, p. 58) de que a “política de territorialização em saúde possui

um bom funcionamento já que a maioria dos usuários corresponde à área de

abrangência do hospital a ser pesquisado”.

Fica evidente que pesquisar o perfil dos pacientes vítimas de IE atendidos em

um PA é de grande relevância científica, social e profissional.

Neste sentido, Lacerda e Ferrari (2011, p. 34) destacam que “com a

realização de mais estudos nesta mesma linha de pesquisa, é possível melhorar a

qualidade do tratamento destas vítimas e prevenir novas ocorrências”.

Considera-se que os resultados deste estudo proporcionem uma mudança

não somente na definição da visão do usuário, como também, na reestruturação dos

serviços de saúde, pois os profissionais comprometidos ao tomarem ciência das

informações colhidas podem estabelecer estratégias de planejamento e execução

de ações visando uma assistência emergencial com qualidade e humanização às

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vítimas de IE. Com isso todos os atores envolvidos serão beneficiados: usuários,

profissionais, administradores e gestores.

Espera-se que os pesquisadores que desejam realizar outros estudos

voltados para o assunto em epígrafe utilizem, como apoio, os dados constatados

nesta pesquisa.

Finalmente, sugere-se a:

Efetivação deste estudo em outras realidades com o intuito de se comparar

os dados evidenciados com os que foram constatados nesta pesquisa e,

também, de se enriquecer o campo científico;

Realização de novo estudo no mesmo local deste com o intuito de conhecer

os motivos dos principais agentes causadores de IE na população estudada

serem o álcool e os alimentos e de desvendar quais as medidas a serem

tomadas para amenizar tal realidade;

Acepção pelos gestores do hospital em destaque da real missão da

unidade estudada e da exigência da efetivação de sua prática;

Articulação do Sistema de Referência e Contra-Referência entre os

profissionais de saúde que atuam na unidade pesquisada, as UBSs e

programas de saúde Mental e saúde do trabalhador do município;

Exposição para a população itajubense sobre a real função e finalidade dos

PAs e das UBSs, conscientizando-a a procurar o serviço adequado a sua

necessidade;

Esclarecimento para população pelos profissionais envolvidos no pronto

atendimento a cerca da finalidade de um PA;

Conscientização da equipe multiprofissional do PA acerca do

preenchimento adequado e completo das FAAs;

Incrementação à população estudada de campanhas de prevenção de

acidentes tóxicos promovidas pelos órgãos públicos de saúde, atentando

aos agentes tóxicos evidenciados neste estudo;

Implantação de protocolo de assistência a vítima que sofreu intoxicação

exógena.

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SOUZA, C. R. da F. et al. Tentativa de auto-extermínio em um hospital da região leste de Minas Gerais. Revista de Enfermagem Integrada, Ipatinga, v. 4, n. 1, p. 708-715, jul./ago. 2011. Disponível em: <http://unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v4/07-tentativa-de-auto-exterminio-em-um-hospital-da-regiao-leste-de-minas-gerais.pdf>. Acesso em: 19 maio 2014. SOUZA, C. et al. Perfil dos pacientes internados em um centro de urgências médicas. Revista Técnico-Científica de Enfermagem, Curitiba, v. 8, n. 24, p. 64-69, ago./set.2010. TIBÚRCIO, R. V.; LUCENA, A. F. de; LUCENA, I. F. de. Perfil das intoxicações exógenas atendidas em uma unidade de emergência adulto na zona norte do Ceará. In: CONGRESSO ABRAMEDE, 2009, Ceará. Resumos... Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2009. VIEIRA, A. S. Laboratório de Análises Toxicológicas de emergência em hospitais. Revinter Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 60-75, out. 2012. Disponível em: <http://revinter.intertox.com.br/ phocadownload/Revinter/v5n3/rev-v05-n03-05.pdf>. Acesso em: 19 maio 2014. ZAMBOLIM, C. M. et al. Perfil das intoxicações exógenas em um hospital universitário. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 5, n. 10, p, 5-10, 2008. Disponível em: <http://www.medicina.ufmg.br/rmmg/index.php/rmmg/article/ viewFile/33/59>. Acesso em: 30 maio 2014. ZANINI, M. T. B. et al. Perfil dos atendimentos de um pronto socorro hospitalar do Extremo Sul Catarinense. Enfermagem Brasil Criciúma, Criciúma, v. 12, n. 5, p. 280-286, set./out. 2013.

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APÊNDICE A - Solicitação de autorização para a coleta de dados, destinada ao Diretor Técnico, Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG

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APÊNDICE B - Solicitação de autorização para a coleta de dados, destinada à Gerência de Enfermagem, Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG

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APÊNDICE C - Instrumento para a coleta de dados

(Baseado na ficha de atendimento ambulatorial do PA da Santa Casa de

Misericórdia de Itajubá - MG)

Codinome: ............................... 1ª PARTE - Dados pessoais dos sujeitos do estudo 1. Idade: ........................................................................................................................

2. Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino

3. Convênio: ..................................................................................................................

4. Município de residência: ............................................................................................

5. Bairro: .......................................................................................................................

6. Zona: ( ) urbana ( ) rural ( ) periurbana 7. Horário de chegada: .................................................................................................

2ª PARTE - Dados referentes ao atendimento dos sujeitos do estudo

8. Tempo decorrido entre a chegada e a classificação de risco: ..................................

........................................................................................................................................

9. Prioridade clínica: ( ) vermelho ( ) laranja ( ) amarelo ( ) verde

( ) azul

10. Tempo decorrido entre a triagem e o atendimento médico: ....................................

........................................................................................................................................

11. Alérgico a medicamentos: ( ) sim ( ) não

12. Fluxograma de apresentação: .................................................................................

13..Tempo decorrido entre a intoxicação exógena e a assistência médica: .................

........................................................................................................................................

14.. Via de exposição: ...................................................................................................

.......................................................................................................................................

.......................................................................................................................................

15. Forma de contaminação: ........................................................................................

........................................................................................................................................

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16. Agente causador da intoxicação: ............................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

17. Desfecho do caso:

( ) Internação ( ) UTI ( ) Transferência para outro hospital

( ) Residência ( ) Outros ( ) Óbito

18. Procedimentos realizados: ......................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

19. Exames solicitados: ................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

20. Medicamentos utilizados no atendimento: .............................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

21. Número de horas que permaneceu em observação na unidade: ...........................

........................................................................................................................................

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ANEXO A - Ficha de Atendimento Ambulatorial do Pronto Atendimento da Santa Casa de Misericórdia de Itajubá-MG

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ANEXO B - Parecer Consubstanciado N. 489.660/2013

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ANEXO C - Folha de Rosto para Pesquisa Envolvendo Seres Humanos