Escola de magia - O roubo do livro mágico

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Neste primeiro livro da série, Matt e Karen, dois corajosos adolescentes, ingressam, após uma grande confusão, na Escola de Magia – um fantástico colégio, escondido em Manhattan. Rapidamente, surge a amizade com Douglas, Andry, Lion e Glacy, e juntos viverão uma grande aventura. Ao desconfiarem que um dos professores está tentando roubar novamente o Livro Mágico, eles passam a investigar e acabam caindo em uma perigosa armadilha. Agora, com a ajuda de Cronus, o diretor do colégio, irão se deparar com o início de um grande confronto...

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NelsoN lameiras

São Paulo, 2013

COLEÇÃO NOVOS TALENTOS DA LITERATURA BRASILEIRA

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Copyright © 2013 by Nelson Lameiras

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográficoda Língua Portuguesa (Decreto Legislativo no- 54, de 1995)

Lameiras, NelsonEscola de Magia : o roubo do livro mágico / Nelson Lameiras – Ba-rueri, SP : Novo Século Editora, 2013. – (Coleção novos talentos da literatura brasileira)

1. Ficção brasileira I. Título. II. Série.

13-11124 cdd-869.93

Índices para catálogo sistemático:1. Ficção : Literatura brasileira 869.93

2013IMPRESSO NO BRASIL

PRINTED IN BRAZILDIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO

À NOVO SÉCULO EDITORA LTDA.CEA – Centro Empresarial Araguaia II

Alameda Araguaia, 2190 – 11o- andarBloco A – Conjunto 1111

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Coordenação Editorial Nair Ferraz Diagramação Edivane Andrade de Matos/Efanet Design Capa Monalisa Morato Preparação Patrícia Almeida Revisão Equipe Novo Século

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

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Para meus lindos e amados filhos,

Victor e Felipe e

à minha querida esposa Andréia,

que participaram ativamente

de todas as etapas da elaboração deste livro.

Sem eles, esta obra nunca teria

o brilho que alcançou.

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– Bum, bum, bum! – Uma barulhada vinha do final da rua.– Eles estão fugindo! – ouviu Matt, assustado, ao lado de

sua amiga, Karen.A menina ficou completamente paralisada ao ver quatro

adolescentes e um adulto correndo desesperadamente por uma rua escura, vindo em sua direção.

Cazur, o mais velho, estava um pouco atrás e parou de forma abrupta. Ele se virou, ficando de costas para as crian-ças, ergueu os braços e gritou umas palavras que, de longe, eram impossíveis de entender. Repentinamente, surgiu em sua mão uma bola de fogo pequena, que foi crescendo até ficar enorme. Um instante depois, Cazur a arremessou com fúria. Sua aparência era asquerosa e tinha a expressão de alguém completamente louco.

O que eles presenciaram não era um truque de mágica co-mum, muito menos a exibição de um mero engolidor de fogo. Ele gargalhava de maneira doentia, era apavorante.

– Esconda-se agora! – Matt falou para sua amiga. O meni-no sentiu que tinha algo muito errado ocorrendo.

1Entrando na escola

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Ao notar que havia um carro estacionado bem próximo a eles, Matt não pensou duas vezes. Como a menina não se me-xia, agarrou a mão dela e a puxou. Sem tirar os olhos do que acontecia, conduziu Karen para trás do veículo.

Cazur, ao falhar em seu ataque, voltou a correr pelo meio da rua, alucinadamente. Foi então que percebeu Matt e Karen. Su-bitamente, interrompeu a sua fuga e se aproximou das crianças. Ao chegar bem perto, do outro lado do carro, fixou o seu olhar em Matt de tal forma que parecia enfeitiçado pelo menino. Os outros que o acompanhavam e aparentavam ser seus amigos continuavam correndo. Lopes, ao perceber que Cazur havia fi-cado para trás, parou, um pouco mais adiante, e voltou ao en-contro de seu mestre.

Cazur esticou o braço em direção às crianças e disse: – Totalis morta...! – Bum! – Ouviu-se uma grande explosão, bem próxima do

local no qual se encontravam Matt e Karen, irradiando um calor fenomenal até eles. A detonação havia acontecido bem em cima de Cazur, de Lopes e dos outros que corriam em desespero. Após o barulho, pedaços dos corpos ensanguentados voaram para todos os lados.

Karen continuava paralisada, e Matt tomou uma atitude:– Deite-se agora! – ele disse, empurrando sua amiga ao

chão. Matt ficou por cima de Karen, bem encostado ao carro que os protegera da explosão. O menino, aos poucos, foi levan-tando a cabeça, junto ao capô, para observar o que acontecia.

De repente, vindo pela rua, em perseguição aos que fu-giam, apareceram, a uns setenta metros, várias pessoas com vestes esquisitas. Matt não conseguia ver ao certo quantos eram. Eles não corriam, contudo, andavam a passos fortes.

O menino olhou para baixo e notou que a amiga começava a esboçar alguma reação. Ele, então, ergueu a cabeça novamente

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e tornou a observar o grupo que fugia. Karen, ao recobrar a consciência, mas ainda atordoada, fez como o seu amigo e acompanhou o seu olhar. Os pedaços dos três rapazes que cor-riam ainda caíam no chão, um pouco mais adiante, muito perto de onde se encontravam.

Cazur e Lopes, apesar de estarem no meio da explosão, de alguma maneira, não foram atingidos. Cazur voltou-se para os perseguidores, manteve as mãos erguidas e as mexeu de um modo estranho.

– reNDa-se, agora! – Uma voz grave, quase berrando, veio de uma das pessoas que caçavam Cazur.

– iDiotas! – Cazur não deu atenção ao alerta. Ele conti- nuava furioso.

– O que está acontecendo? – perguntou Karen, apavorada. A menina colocou as mãos na cabeça.

– Não sei, é tudo muito louco! – Seu amigo não conseguia acreditar no que via.

Mal terminara de responder à pergunta de Karen, Matt viu surgir, do nada, dois monstros, ao lado das pessoas que vinham andando. Eles saíram em disparada em sua direção, cada um de um lado da rua. As criaturas tinham mais de dois metros de altura e se pareciam com tigres de cor negra. Com um rugi-do muito alto, pisavam sobre os veículos que estavam parados junto à calçada, esmagando-os como se fossem feitos de papel.

– Deixe-os comigo! – exclamou Cazur, ao ver seu aluno se aproximar. – Somente observe... e aprenda! Eu os destruirei!

– Sim, senhor.As feras negras foram para o centro da rua, dando sequên-

cia à sua perseguição apavorante.– morram! – disse Cazur, e, com muita ira, arremessou

vários carros que estavam estacionados próximos a ele, in-clusive o que abrigava Matt e Karen, contra os bichos e os perseguidores.

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– Nããão! – gritou Karen, com o susto que tomou ao ver o automóvel que os protegiam voar. Ela, então, se levantou rapi-damente e deu vários passos para trás.

– meu Deus! – Matt acompanhou o movimento de sua amiga, segurando a sua mão.

– O que está acontecendo? – Karen apertou forte a mão do garoto.

– Eu não sei!As crianças, que estavam lado a lado, ficaram ainda mais

apavoradas.Os carros já quase atingiam as feras quando elas pularam

agilmente para o lado, evitando o choque. Ambas se desequili-braram e caíram girando pela rua, atrasando-as em seu ataque.

– Não! – gritou Matt. – Os monstros... Eles não foram atingidos!

– Vamos morrer! – Karen quase esmagava a mão do seu amigo, tamanho era o desespero.

– Não podemos ficar aqui parados... – Matt precisava agir com urgência.

– Deus do Céu! – A menina observava os carros que foram arremessados. Eles iam na direção exata do grupo com vestes esquisitas. Foram lançados a mais de dez metros de altura e giravam em baixa velocidade.

As feras se reergueram e retomaram a sua persegui- ção alucinante.

– Vem comigo! – Matt tentava arrastá-la para um local seguro. – rápiDo!

Karen permanecia imóvel. A menina via os carros voando ao encontro daquelas pessoas, as quais ela não tinha a menor ideia de quem eram. Eles certamente iriam morrer...

Os carros se aproximavam do alvo, porém, algo estranho novamente aconteceu. Os veículos foram arremessados contra

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as paredes dos prédios laterais e caíram próximos à pessoa que se encontrava mais à frente do grupo... Ninguém foi atingido.

As feras continuavam a sua caçada. O rosnado, cada vez mais alto, era perturbador.

– Monstros imbecis! – gritou Cazur.– Caramba! – Matt esfregava os olhos. Ele tentava acre-

ditar no que via.– Isto não pode estar acontecendo! – Karen colocou as

mãos na cabeça.– Não podemos ficar aqui! – O menino tentava arrastar

sua amiga.– Eu vou matar... toDos vocês! – Cazur pegou uma pe-

quena pirâmide prateada de seu bolso, segurou-a em sua mão esquerda e esticou os braços. Ele voltou sua mão direita em direção às crianças e a outra, que segurava a pirâmide, ao grupo que se aproximava e às feras. – Hahaha!

Matt e Karen, assustados, recuaram ainda mais. Os dois tentavam se afastar, entretanto, começavam a sentir uma falta de ar enorme, como se alguém tivesse colocado um capacete em suas cabeças e dele fosse retirado todo seu ar. A situação era desesperadora. As crianças pararam de andar. Matt largou a mão de sua amiga e se ajoelhou no chão. Karen fez o mesmo. Os dois não conseguiam emitir nenhum som sequer. O sufoca-mento os pegou de surpresa. Eles não sabiam o que fazer...

– morram! – Cazur lançou um raio na direção de seus inimigos que se aproximavam, porém, ao acertá-los, o raio su-bitamente perdeu sua força. Elas não se machucaram e con-tinuaram a andar. Já as duas feras foram atingidas e ficaram atordoadas, por isso pararam por alguns segundos.

As crianças deitaram no chão. Karen segurava o seu pes-coço, tentando, alucinadamente, pegar um sopro de ar, mas não conseguia. Ela estava pálida, quase sem forças, quando colocou

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sua cabeça de lado, a poucos centímetros de seu amigo. Matt, numa última gota de energia, também acabava de voltar o rosto para sua amiga. Os dois se entreolharam, por alguns segundos, enquanto as suas vidas se extinguiam. Karen fechava e abria os olhos com extrema dificuldade. Matt ficou apavorado, uma última lágrima escorria lentamente pelo seu rosto. Eles não tinham mais reação. Por mais que tentassem, não conseguiam respirar, era desesperador! Em um súbito clarão, ambos perde-ram a consciência.

– Hahaha – Cazur olhava para as crianças e vibrava ao vê-las sofrendo, morrendo, porém, nessa observação doentia, se distraiu. Uma lança de fogo surgiu repentinamente bem em cima dele. Ele foi pego de surpresa porque parara para se deliciar com a cena em que a vida daquelas crianças se acabava. – Não! – Cazur ergueu as duas mãos, como se fosse se proteger de um soco, e se encolheu, ajoelhando ao chão. Logo em seguida, desapareceu...

Uma das feras que ia em direção à Cazur pulou sobre ele, mas deu de cara no chão. Já a outra, foi ao encontro de Lopes. Ela estava muito próxima. Os seus enormes dentes eram assus-tadores. E os pelos sacudiam de um lado para o outro enquan-to se movimentava. A sua respiração ofegante reforçava a sua raiva; e seus olhos mostravam uma determinação enorme em atingir o seu objetivo.

– Nããão! – Lopes, apavorado, tentou se virar para fugir.Ao se aproximar, já com a boca aberta, a fera pulou so-

bre ele e o engoliu por inteiro. Logo depois, as duas feras desapareceram...

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Alguns minutos se passaram, Matt e Karen começavam a acordar. Aos poucos, a visão embaçada de ambos voltava ao

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normal. Os dois despertaram ao mesmo tempo. Eles estavam deitados juntos, sobre um colchonete, em um dos cantos de um pequeno cômodo, iluminado por uma única tocha, que flutuava no ar, ao lado da porta. O ambiente, sem janelas, tinha uma orna-mentação esquisita com paredes de pedra em toda volta. Alguns quadros com desenhos de dragões e quatro cadeiras de estilo antigo, forradas com mantas coloridas, decoravam o local.

– Karen, você está bem? – Matt sentou-se e olhou para a sua amiga, preocupado.

– Mais ou menos... – A menina, deitada, olhava para o seu corpo à procura de algum machucado.

– Onde será que nós estamos? – Matt esfregava os olhos.– Não sei.– Acho que estamos no céu! – exclamou Matt.– Aqui não tem cara de céu... – Karen olhava em volta.– Nós estamos mortos! – Matt colocou as mãos na cabeça.– Pode ser um sonho.– ... Ou um pesadelo!Um barulho alto surgiu repentinamente, na porta. Alguém

estava ali, abrindo-a. – Estou com medo... muito medo! – Karen se aproximou

de seu amigo e segurou sua mão. Os dois se levantaram e fica-ram de pé.

– Calma! – disse Matt.– Meu Deus! – O coração de Karen acelerava.

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Era domingo, final de agosto. Fazia uma bela noite, sem nuvens, quando as crianças se depararam com Cazur e seus amigos em fuga. Os pais de Karen e de Matt combinaram um

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jantar em um restaurante de Manhattan, próximo à Quinta Ave-nida, no qual já tinham ido algumas vezes. Matt, como sem-pre, ficava muito feliz quando seus pais se reuniam com seus amigos Jim e Cindy, pois era mais uma oportunidade de ver sua adorável amiga. Para o menino, os seus sentimentos eram esquisitos, pois seu coração sempre batia mais forte quando se encontrava com Karen. Suas mãos suavam... Era uma sensação diferente, mas, ao mesmo tempo, prazerosa.

– Mãe, já está na hora da gente ir? – perguntou o menino, com seu Ipad na mão. Claire proibia o filho de levar o seu apa-relho quando saíam para comer. O jovem ficava irritado com isso, porém, por Karen, ele largava tudo imediatamente e ainda ficava de ótimo humor.

Matt tinha posto uma calça jeans azul-clara, uma camisa nova listrada verde e azul da Abercrombie e um tênis branco Nike. O menino deixou o cabelo meio despenteado e um pouco arrepiado. Ele estava todo estiloso; queria impressionar.

Matt tinha treze anos. Era um menino muito bonito, alto e magro, mas atlético, apesar da pouca idade. Tinha olhos verdes grandes, que se destacavam, cabelos castanhos-claros e a pele um pouco bronzeada. Ele morava em um apartamento de tama-nho médio em Manhattan, bem próximo ao Central Park.

O garoto estudava em um bom colégio a poucos quar-teirões de sua residência. Apesar de ser um pouco tímido, ti-nha muitos amigos e era bem popular. Sempre preocupado em agradar as outras pessoas, seu comportamento era exemplar e suas notas, excelentes. Ele conhecia Karen desde os seis anos e adorava o jeito da amiga em conversar, sempre mexendo em seus cabelos. Para Matt, a menina era fascinante. Encantado-ra! Karen tinha um sorriso cativante, que o deixava paralisado. Desde o primeiro dia em que se conheceram, ficaram amigos.

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– Sim, Matt! – Claire ficava feliz com o interesse de seu fi-lho por Karen, uma menina tão amável. – Já vamos para o carro.

Claire vestiu uma calça jeans Diesel justa, uma camisa branca elegante e calçou um sapato alto de couro de cobra sin-tético, que parecia ser um bicho de verdade, prestes a atacar al-guém que chegasse próximo. Ela sempre era a primeira pessoa a ficar pronta em casa.

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Já do outro lado da cidade, Karen, se produzia para sair de casa. Ela usava um vestido frente única azul-clara, estampado com pequenos rabiscos, que ia até um pouco abaixo do seu joe-lho. Nos pés, uma sapatilha de laço marrom. A menina pôs seu perfume Gucci favorito, que ganhara de sua tia Diana e, como sempre, ficou um bom tempo arrumando o seu cabelo. Karen sabia que era bonita e usava a beleza a seu favor. Ela se sentia muito bem ao lado do amigo e imaginava que seria mais uma noite agradável.

Karen também tinha treze anos. Ela era uma menina alta, com longos cabelos loiros lisos. Seu rosto parecia ter sido es-culpido, com todo cuidado, por Picasso. Tinha um formato har-mônico e lindos olhos azuis. Sua beleza era estonteante, todos os meninos a paqueravam. A menina dava muito trabalho para os seus pais, pois os garotos sempre batiam à sua porta, o que os enfurecia, já que ela era muito nova. – Imagina quando esta menina crescer um pouco mais! – seu pai vivia dizendo que iria colocá-la num convento, que ela seria freira, só por ciúmes. Ela gostava muito de estudar e adorava ler histórias de magia. Vivia com um livro embaixo do braço, inspirada pelo exemplo de seus queridos e amados pais, que eram professores.

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A menina morava em um pequeno apartamento, também localizado na ilha de Manhattan. Ela e Matt cursavam o mes-mo ano, contudo, sempre estudaram em colégios separados. Os seus pais eram grandes amigos. Eles, frequentemente, se reu-niam e ficavam horas de papo, o que fez com que as crianças se aproximassem bastante.

– Vamos jantar? – Cindy perguntou para sua filha.– Eu já estou pronta – disse Karen. A menina admirava a

beleza de sua mãe, que era ainda mais ressaltada quando co-locava seu vestido preto de seda, o qual marcava o seu corpo, deixando-a sensual. A garota sonhava em se parecer com ela quando crescesse.

Naquele momento, Matt e Karen ainda não sabiam, mas as suas vidas tomariam um rumo jamais imaginado. Um mundo com muitos perigos, aventuras e desafios os aguardava. Somen-te os mais corajosos e hábeis conseguem sobreviver a ele. As decisões que tomarem, a partir de agora, serão determinantes para seus futuros...

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Alguns minutos depois...Matt e seus pais chegaram primeiro e foram para o segun-

do andar do restaurante, como de habitual. O local era muito agradável, de estilo moderno e bem amplo. Havia dois andares, que estavam sempre cheios, e era preciso fazer reserva, com bastante antecedência, para garantir um bom lugar.

No momento em que eles se sentaram, perceberam a che-gada de seus amigos. O pai de Matt fez um gesto com a mão, chamando-os.

– Quase chegamos juntos – disse John. Ele era uma pessoa muito séria e responsável. Para o jantar, colocou sua calça de

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sarja marrom Armani, uma blusa social caqui e um sapato pre-to, que poderia cegar uma pessoa de tão brilhoso. Todos diziam que Matt era a cópia do pai.

– Está uma noite muito bonita – falou o pai de Karen.Jim gostava de se vestir de modo informal e pôs uma calça

jeans azul-escura e uma blusa polo básica azul. Nos pés, um tênis cano alto, marrom.

Eles se sentaram. Matt ficou em frente à Karen.– Oi, Karen!“Ela está mais linda do que nunca...” – pensou o menino.

Sempre que a via, Matt não conseguia tirar os olhos da garota.– Oi! – exclamou Karen, contente com a presença de

seu amigo.Após o jantar, ao terminar a sobremesa, Karen sabia que,

como de costume, seus pais, juntamente com Claire e John, iriam permanecer por um bom tempo sentados conversando. Por isso, teve uma ideia e perguntou ao seu amigo:

– Matt, vamos descer um pouco para fazer a digestão do jantar?

– Tudo bem, pai? – perguntou Matt.John calmamente voltou seus olhos verdes, como os do

filho, e disse:– Excelente sugestão! Se Jim e Cindy concordarem e vo-

cês não forem para longe...– Podem ir, mas não se afastem nem demorem muito –

falou Cindy.Karen e Matt se entreolharam, sorrindo. A menina segurou

a mão de seu amigo, pela primeira vez, e puxou-o delicadamen-te. Matt ficou com o rosto vermelho, mas contente.

– Vamos logo! – falou a garota.– Cuidado! – disse Claire.

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A súbita decisão de sair do restaurante que Karen tivera os levará a um caminho sem volta...

Eles passaram pela entrada principal do restaurante, vi-raram à direita e seguiram pela rua. Karen soltou a mão de Matt, e eles andaram lado a lado. Muitas pessoas caminha-vam pela calçada.

– Matt, você quer ir à livraria que fica na rua de trás? Tem um monte de livros legais lá!

– Sim!Então, viraram à direita na primeira esquina, entrando em

uma ruazinha pequena e escura com cerca de cinquenta metros de distância. Ninguém passava por ali naquele momento. Se-guiram por ela até o final, quando chegaram perto de um carro que estava estacionado, onde, de repente, surgiram os magos em fuga...

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