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ESCOLA ESTADUAL GODOFREDO MACHADO ENSINO FUNDAMENTAL Rua Margarida Negrelli Moletta, 110 –– Fone/Fax: 3588-0437 CEP: 83040 - 560 - São José dos Pinhais PR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2015

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ESCOLA ESTADUAL GODOFREDO MACHADO – ENSINO FUNDAMENTAL

Rua Margarida Negrelli Moletta, 110 –– Fone/Fax: 3588-0437

CEP: 83040 - 560 - São José dos Pinhais – PR

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

2015

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 04 1.IDENTIFICAÇÃO................................................................................................... 06 1.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...................................................... 06 1.1.1 Organização do tempo escolar........................................................................ 06 1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO........................................................................... 07 1.2.1 Biografia do Senhor Godofredo Machado........................................................ 07 1.3 OBJETIVOS GERAIS......................................................................................... 08 2. MARCO SITUACIONAL...................................................................................... 08 2.1 LOCALIZAÇÃO.................................................................................................. 08 2.2 COMUNIDADE ESCOLAR................................................................................. 09 2.3 CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICO E SUA FORMAÇÃO... 13 2.4 CORPO DOCENTE E SUA FORMAÇÃO.......................................................... 13 2.4.1 Equipe Docente.............................................................................................. 13 2.5 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR......................................................... 14 2.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO............................................. 17 2.7 ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS...............................................................................................................

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2.8 RESULTADOS EDUCACIONAIS........................................................................ 18 2.8 RESULTADOS EDUCACIONAIS EXTERNOS................................................... 19 3. MARCO CONCEITUAL........................................................................................ 21 3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS........................................... 21 3.1.1 Concepção de homem.................................................................................... 21 3.1.2 Concepção de infância..................................................................................... 22 3.1.3 Concepção de adolescência............................................................................ 23 3.1.4 Concepção de sociedade................................................................................. 24 3.1.5 Concepção de cidadania................................................................................. 25 3.1.6 Concepção de Escola...................................................................................... 26 3.1.7 Concepção de Educação................................................................................. 27 3.1.8 Concepção de cultura...................................................................................... 28 3.1.9 Concepção de trabalho.................................................................................... 30 3.1.10 Concepção de tecnologia............................................................................... 31 3.1.11 Concepção de conhecimento......................................................................... 32 3.1.12 Concepção de ensino e aprendizagem.......................................................... 33 3.1.13 Concepção de alfabetização e letramento..................................................... 34 3.1.14 Concepção de avaliação................................................................................ 35 3.1.15 Concepção de currículo................................................................................ 38 3.1.16 Concepção de Gestão Escolar..................................................................... 40 3.1.17 Concepção de Educação inclusiva................................................................ 41 4. MARCO OPERACIONAL..................................................................................... 42 4.1 MISSÃO DA ESCOLA......................................................................................... 42 4.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA............................................................................... 43 4.2.1 Integração do Ensino Fundamental – séries iniciais e finais........................... 43 4.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO............................................................................ 44 4.3.1 Recuperação paralela e reavaliação................................................................ 45 4.3.2 Conselho de Classe......................................................................................... 46 4.3.3 Pré-Conselho................................................................................................... 47

4.3.4 Classificação.................................................................................................... 47 4.3.5 Revalidação..................................................................................................... 47 4.3.6 Adaptação/aproveitamento de estudos............................................................ 47 4.3.7 Progressão....................................................................................................... 47 4.4 Formação continuada......................................................................................... 48 4.5 AÇÕES DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS........................................................ 49 4.5.1 Conselho Escolar............................................................................................. 49 4.5.2 Grêmio Estudantil............................................................................................ 50 4.5.3 Associação de pais, mestres e funcionários – APMF...................................... 51 4.6 PROGRAMAS E PROJETOS............................................................................. 52 4.6.1 Projetos desenvolvidos pela instituição........................................................... 52 4.6.2 Equipe Multidisciplinar..................................................................................... 57 4.6.3 Sala de Apoio a Aprendizagem........................................................................ 57 4.6.4 Sala de Recursos Multifuncional – tipo I.......................................................... 58 4.6.5 Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar......................... 60 4.6.6 Combate ao Bullying........................................................................................ 60 4.7 Avaliação Institucional....................................................................................... 62 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 63 5. PLANO DE AÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR...................................................... 69 5.1 Justificativa do programa.................................................................................... 70 5.2 Objetivo geral...................................................................................................... 70 5.3 Objetivos específicos.......................................................................................... 70 5.4 Estratégia............................................................................................................ 71 5.5 Atividades permanentes...................................................................................... 73 Referências............................................................................................................... 73 6. ANEXOS............................................................................................................... 74 6.1 MATRIZ CURRICULAR – MANHÃ...................................................................... 74 6.2 MATRIZ CURRICULAR – TARDE....................................................................... 75 6.3 CALENDÁRIO ESCOLAR/2015.......................................................................... 76 7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR........................................................ 78

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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico se constitui como um processo de

permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas, da organicidade, da

intencionalidade da escola, subsidiando a organização do trabalho pedagógico, que inclui

o trabalho educativo em sala de aula. É a partir do trabalho coletivo de todos os

envolvidos que visa-se garantir as necessidades da comunidade escolar inserida em um

contexto sócio histórico do século XXI e habilitar nossa Escola para as mudanças que,

com certeza acontecerão.

Falar em inovação e Projeto Político Pedagógico tem sentido se não esquecermos

qual é a preocupação fundamental que enfrenta o sistema educativo: melhorar a

qualidade da educação pública para que todos aprendam mais e melhor. Essa

preocupação se expressa muito bem na tríplice finalidade da educação em função da

pessoa, da cidadania e do trabalho. Desenvolver o educando, prepará-lo para o exercício

da cidadania e do trabalho significam a construção de um sujeito que domine

conhecimentos, dotado de atitudes necessárias para fazer parte de um sistema político,

para participar dos processos de produção da sobrevivência e para desenvolver-se

pessoal e socialmente.

A conquista dos objetivos propostos neste Projeto Político Pedagógico depende,

sobretudo, de uma prática educativa. Entendemos que o corpo docente deverá estar

preparado, a fim de cumprir suas funções. Para tanto, a pesquisa, o debate, o diálogo e

os estudos são formas de auxílio para que o professor esteja preparado para esta nova

realidade, desenvolvida, não somente pela escola, como também em âmbito estadual e

nacional.

Sob estas perspectivas, pudemos ao longo de muitas pesquisas, realizar algumas

discussões e reflexões e concluir, portanto, outras tantas considerações e conceitos,

alicerçados pelas teorias de especialistas no referente à educação escolar que deram a

este projeto um formato linear, com objetivos claros e caminhos traçados para o alcance

de tais objetivos.

Além dos autores e pesquisadores, pudemos por meio da Lei 9394/96, de

Pareceres, Resoluções e as orientações do Núcleo Regional e Secretaria da Educação do

Paraná – SEED compreender melhor a função da escola e como desempenhá-la,

acompanhando o tempo e suas inovações.

Conceber o processo de aprendizagem é considerar, também, procedimentos e

atitudes metodológicas no contexto escolar, relacionando teoria à prática. Assim, há que

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se considerar a realidade, pois a tornando conhecida podemos interagir com ela,

modificando-a física e mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a

realidade e construir significados, como também construir novas possibilidades de ação e

de conhecimento.

Nesse processo de interação do sujeito com o objeto a ser conhecido, pressupõe

que os educandos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que estes

construam significados, para que aprendam por meio de múltiplas e complexas

interações, tendo para tanto, o professor como mediador, o que vale lembrar que a

interação dos educandos entre si também é outro fator essencial para a evolução do

processo.

Cabe ao professor compreender os fundamentos de cada disciplina, para poder

exercer um determinado procedimento e considerar possível ao educando analisar cada

etapa realizada, adequá-la ou corrigi-la e assim poderemos atingir a meta proposta.

As estratégias de ensino e aprendizagem requerem um posicionamento claro e

consciente sobre que tipo de educando queremos formar. Esse posicionamento só pode

ocorrer a partir do estabelecimento das intenções do projeto educativo da escola, assim,

que a equipe pedagógica, acompanhará junto aos educadores, durante o ano, a

observação e o registro dos itens avaliados e o desempenho dos educandos, por meio do

Conselho de Classe Participativo.

O método se constitui no ato educativo, no ato de constituição e reconstituição

constante de uma aprendizagem, através de conteúdos caracterizados pela flexibilidade e

pluralidade. O encaminhamento metodológico de uma proposta pedagógica é a prática do

discurso, a práxis que pretendemos, ou seja, o homem transformando consciente e

livremente, tanto a si como ao mundo que o rodeia.

O educador não pode ser mero informante, mas o agente mobilizador, estimulando

no educando a motivação para a ação. A atuação do educador estará voltada, portanto,

para a busca da participação, deixando de ser o único responsável por todas as decisões

em aula para dividi-la com o próprio educando, onde o seu papel é essencialmente o de

estimulador e facilitador do desenvolvimento das potencialidades e capacidades do

educando.

A reorganização estrutural do sistema educacional propulsiona a busca da

autonomia, da qualidade de ensino e da competência na Escola. A sociedade atual nos

impões novos modelos, e assim, não é diferente em relação a educação.

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IDENTIFICAÇÃO

Escola Estadual Godofredo Machado – Ensino Fundamental

Endereço: Rua Margarida Negrelli Molletta, nº 110

Bairro: Vila Margarida

Cidade: São José dos Pinhais – Paraná

CEP: 83.040-560

Telefone: (41) 3588-0437

E-mail: [email protected] / [email protected]

Facebook: Godofredo Machado-SJP/PR 2015

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

NRE: Área Metropolitana Sul.

1.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

1.1.1 Organização do tempo escolar

A escola atende alunos na modalidade de Ensino Fundamental de nove anos, nos

períodos matutino e vespertino. As aulas são organizadas com a duração de 50

(cinquenta) minutos e cinco aulas por dia. A organização destas aulas é por disciplina e é

trimestral.

As turmas são organizadas por série procurando mesclar os educandos de forma

que se torne propício um ambiente de aprendizagem, pois acreditamos que a troca de

experiências entre os educandos favorece a aprendizagem dos mesmos.

Segue abaixo os horários específicos para cada turno:

MANHÃ TARDE

Das 7h 30min às 11h 45min

7h30min – 8h20min – 1ª aula

8h20min – 9h10min – 2ª aula

9h10min – 9h55min – 3ª aula

9h55min – 10h10min - intervalo

10h10min – 11h – 4ª aula 11h – 11h45min – 5º aula

Das 13h às 17h15min

13h – 13h50min – 1ª aula

13h50min –14h40min – 2ª aula

14h40min – 15h30min – 3ª aula

15h30min – 15h40min - intervalo

15h40min – 16h30min – 4ª aula 16h30min – 17h15min – 5ª aula

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1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A Escola Estadual Godofredo Machado, hoje é mantida pelo Governo do Estado,

foi fundada em 12/01/79 e chamava-se Escola Municipal Godofredo Machado, mantida na

época pela Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais.

Sua construção se deu em uma área de terreno doada pela Prefeitura Municipal de

São José dos Pinhais, localizada na Vila Margarida. Na época de sua inauguração era

composta de 2 salas de aula, 3 sanitários, e somente na gestão do Sr. Prefeito Moacir

Piovesan, em 1981, é que foi construída a nova Escola, contendo mais duas salas de

aula, 1 cantina, 1 secretaria e 5 sanitários, na ocasião a diretora era a Sra. Iracema

Miravalhes, que permaneceu até o ano de 1983.

A Escola foi oficialmente inaugurada no dia 18 de abril de 1982, pelo Sr. Prefeito

Moacir Piovesan, a diretora do departamento de Ensino do Município, Sra. Altiva Karam, o

deputado Airton Cordeiro. Outras pessoas ligadas ao ensino, também participaram da

inauguração.

A escola passou às mãos do Governo do Estado do Paraná a partir de 1º de

fevereiro de 1999, por meio da Resolução nº 716/99 de 03/03/99 e atende de 6º a 9º ano

do Ensino Fundamental. Mantida pelo Governo do Estado, tem por finalidade atender ao

disposto na Constituição Federal, na Constituição Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional de nº 9394/96 e ainda, Deliberações da Secretaria Estadual de

Educação.

1.2.1 Biografia do Senhor Godofredo Machado

Godofredo Machado nasceu no dia 13 de outubro de 1901, em Campo Largo da

Roseira, no Município de São José dos Pinhais, filho de Joaquim Gregório Machado e

Luíza Bührer Machado. Estudou na cidade de Curitiba e, no mesmo período, trabalhou no

Louvre, na época, casa de tecidos de propriedade de Braun S. Cia., onde aprendeu o

manejo do comércio. Posteriormente teve sua própria casa comercial em Ambrósio,

comarca de São José dos Pinhais.

Casou-se no ano de 1924 com Maria Darcy Machado, continuando com o labor do

comércio. Em seguida, foi convidado pelo então Prefeito Municipal de São José dos

Pinhais, Sr. Benjamim Claudino Ferreira, para ocupar as funções de tesoureiro, cargo este

entregue em 1930 em consequência da Revolução.

Mais tarde passou a trabalhar na Companhia Força e Luz do Paraná – COPEL, por

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algum tempo, sendo novamente chamado para a Tesouraria da Prefeitura, pelo Sr.

Prefeito da época, Alcidio Sprenger Viana, cargo que ocupou por mais de 18 anos.

Após este período, foi trabalhar para a Cooperativa de Produtos de Mate de

Curitiba Ltda., como gerente. Mais tarde, foi nomeado pela Fundação de Assistência ao

Trabalhador Rural como Tesoureiro Geral, permanecendo até seu falecimento em 27 de

novembro de 1959, deixando sua esposa, dois filhos e netos.

1.3 OBJETIVOS GERAIS

Este projeto surge como um instrumento de construção e reconstrução

permanentes do conhecimento, neste sentido os objetivos gerais do mesmo são:

a) Proporcionar a todos, igualdade de condições para acesso e permanência na

escola, sendo dever da escola construir uma educação emancipadora e inclusiva,

instituindo continuamente novas relações educativas onde as pessoas devem ser

respeitadas para que possam decidir, pensar e se tornar livres e responsáveis.

b) Conservar e preservar a qualidade de ensino e aprendizagem para todos, sem

exceção, organizando-se de forma adequada com o propósito de constituir um espaço

favorável à formação plena do estudante, respeitando as diferenças raciais, culturais e

econômicas, visto que a maturidade social, cultural e cognitiva para apreender os

processos relacionados à construção do conhecimento não é a mesma de um educando

para outro.

c) Trabalhar numa perspectiva de uma gestão democrática, abrangendo as

dimensões pedagógicas, administrativa e financeira, compreendendo que a

democratização da educação implica a garantia de processos de progressiva autonomia

da escola e de efetiva participação dos diferentes segmentos que compõe a comunidade

escolar seja nas questões pedagógicas, administrativas e financeiras.

2. MARCO SITUACIONAL

2.1 LOCALIZAÇÃO

Nossa instituição está localizada na Vila Margarida, bairro este vizinho ao

Aeroporto Internacional Afonso Pena.

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A vila onde está situada a Escola Estadual Godofredo Machado originou-se de uma

área de terra que foi dividida em lotes. Terras estas pertencentes à família de Afonso

Molletta que anos atrás foi vereador da cidade de São José dos Pinhais. O bairro recebeu

o nome de Vila Margarida em homenagem à mãe do senhor Afonso.

A vila faz fundos com o Aeroporto e o seu primeiro morador há 28 anos é o senhor

Realino Eliziario Firmino mais conhecido como seu Firmino. Logo em seguida vieram

outros moradores entre os quais a senhora Irene Oliveira de Andrade, ex-funcionária da

Escola.

É atualmente uma vila pequena e não existe possibilidade de ampliação por causa

da área reservada ao Aeroporto.

Existem na vila algumas indústrias, como por exemplo: Latal, Cortimade, Jaque

Gold Perfumaria, Lataria e Pinturas Fogiatto, Risotolândia, entre outras. Há um pequeno

conjunto comercial, com panificadora e lanchonete; farmácia; restaurante; loja de

miudezas e copiadora; loja de conserto de motos; pizzaria; um pequeno supermercado,

entre outros.

Suas ruas possuem asfalto e há uma igreja Católica como o nome de Cristo Rei, a

qual não possui pároco próprio pois o mesmo vem da comunidade de São Cristóvão, uma

vez por semana a fim de rezar a missa. Existe, também, um salão para encontros

Evangélicos.

2.2 COMUNIDADE ESCOLAR

Com a intenção de definir melhor o perfil da comunidade que nossa instituição

atende, elaboramos, em 2015, um questionário sócio-econômico familiar que foi aplicado

junto aos alunos e suas famílias para que caracterizássemos nossa comunidade. Dentre

os pontos abordados considerou-se importante questionar sobre a situação de moradia, a

escolaridade dos pais, com quem nossos alunos moram, a relação pais e filhos, a

situação financeira, locomoção para vir a escola, as preferências dos alunos, e sobre as

atividades que eles desenvolvem, fora da escola, problemas enfrentados no bairro onde

residem...

O atendimento da Escola abrange aos bairros: Vila Margarida, Jardim Aviação,

Conjunto Apolo, Jardim Santos Dumont I, Bom Retiro e muitos alunos são provenientes

do bairro Afonso Pena, esse de grande destaque na infraestrutura do nosso município.

Pelo fato da escola estar situada numa região onde a demanda é de educandos do

Ensino Fundamental séries finais, se torna necessário o reconhecimento da sua

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importância para a comunidade em seu entorno.

Após aplicação do questionário sócio-econômico observou-se muitas mudanças

em relação ao perfil das famílias Os alunos em sua grande maioria residem com seus

pais, ficando uma pequena porcentagem de alunos que moram somente com a mãe ou

com o pai.

As famílias são compostas geralmente de três a cinco pessoas que em grande

parte são formadas por pai, mãe e filhos, mas há ainda um número expressivo de famílias

que são formadas, ora pela mãe e filhos, ora pelo pai e filhos ou avós.

É sabido que o governo Federal oferta as famílias de baixa renda bolsas de auxilio,

neste quesito constatou-se que cerca de 10% das famílias são beneficiadas pela Bolsa-

Família, uma porcentagem bem baixa, perante ao número de alunos da instituição.

No que se refere a moradia, 75% residem em imóvel próprio, ficando o restante

residindo em imóveis alugados ou cedidos. Quanto as características que descrevem a

moradia dos alunos, mais de 80%, julgam suas moradias com perfeito acabamento e 20%

com alguns itens a concluir.

A maioria das famílias relatam que possuem rede de esgoto e água encanada,

tendo a maioria das casas entre 5 e 7 cômodos. A maioria das famílias possuem em suas

casas: de 2 a 3 TVs, vídeo ou aparelho de DVD, máquina de lavar roupa, geladeira.

As tecnologias estão fazendo parte cada vez mais da vida das pessoas e,

principalmente dos estudantes. Curtir, compartilhar, dividir arquivos e discutir abertamente

sobre qualquer assunto é uma realidade que os alunos já participam, e é necessário que

os educadores conheçam esse cenário e saibam utilizar tais recursos a favor da

educação. Entre as famílias pesquisadas obteve-se um percentual de 80% das famílias

que possuem computador ou notebook em suas residências.

Outra tecnologia que tomou conta do cenário mundial foi o uso dos telefones

celulares, onde o telefone fixo está perdendo sua colocação como um dos mais

importantes meios de comunicação, visto que muitas famílias já não possuem essa

prestação de serviço. Podemos constatar que nas famílias dos nossos alunos o celular

passou a ser o melhor e mais fácil meio de comunicação, porém uma das maiores

dificuldades enfrentadas pela escola é a rotatividade dos números, pois muitas vezes os

pais trocam os números e não informam a secretaria da escola, prejudicando assim a

comunicação com os pais. A metade das famílias pesquisadas tem TV por assinatura, o

restante assiste somente canais abertos.

No que se refere a escolaridade dos pais, percebe-se que a grande maioria

concluiu o Ensino Médio, porém há uma parcela considerada de pais que não concluíram

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o Ensino Fundamental ou Médio, já as mães em sua maioria concluíram o Ensino Médio e

uma boa quantidade de mães também tem o Ensino Fundamental ou Médio incompletos.

Quanto a profissão dos pais, muitas estão relacionadas as indústrias ou ao trabalho

informal, sem carteira assinada. Já o trabalho das mães está relacionado ao comércio,

banco, indústria e outros serviços ou as mães não exercem nenhuma atividade

remunerada. A quantidade de desempregados foi relativamente baixa, não chegando a

5%. A renda familiar em poucos casos é menor a R$ 800,00 e diversas famílias vivem

com renda superior a R$ 3.000,00, havendo assim uma abrangência a diferentes classes

sociais.

Nas últimas décadas, nossa sociedade passou por várias mudanças econômicas e

culturais, que refletiram diretamente nas relações familiares. Os pais trabalham muito,

incluindo as mães, que com a necessidade econômica familiar, foram obrigadas a saírem

em busca de trabalho e desta forma tiveram menos tempo para repassar valores

importantes para seus filhos, como: respeito, caridade, honestidade, fraternidade...

situação esta, que interfere principalmente no processo de formação dos filhos e nas

atividades escolares o que consequentemente causam defasagens no processo de

ensino aprendizagem.

De acordo com Prestes (2005, p.35) seria este um dos fatores que causa esse

distanciamento entre pais e filhos, pois a

educação dos filhos assume um caráter de maior permissividade junto aos pais, com as mudanças ocorridas na estrutura familiar, permitindo maior liberdade aos filhos, esquecendo que eles necessitam de apoio e educação. Nesta dinâmica familiar, temos visto a crescente “crise de gerações” a dificuldade no relacionamento pais/filhos, no estabelecimento de laços familiares.

A escola na medida do possível vem promovendo encontros e atividades para

elevar o nível de participação da comunidade em geral, visando uma aproximação do

aluno ao contexto escolar e consequentemente maior apresso pela instituição.

A principal fonte de informação dos alunos sobre os acontecimentos atuais é por

meio da televisão, Internet e a escola.

Quando questionados sobre a forma que a família fica sabendo sobre os

acontecimentos da escola, como por exemplo: reuniões, eventos, calendário anual e de

avaliações..., os mesmos alegam receber essas informações por bilhete, pelo próprio

aluno ou por meio das tecnologias de comunicação, como o site da escola e o facebook.

Os pais relatam que na rotina dos estudantes estão incluídas atividades diversas,

como por exemplo: atividades esportivas, passeios no shopping, teatro, cinema. Relatam

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também que entre as atividades consideram importante a participação em missas e cultos

religiosos. Quanto a religião, cerca de 75% relatam serem católicos e o restante,

evangélicos e adventistas ou não possuem religião.

O meio de transporte mais utilizado para chegar na escola é o transporte escolar

(Van ou ônibus escolar) ou os pais os trazem de carro, há também muitos alunos que vem

a pé para a escola, pois residem próximo a mesma.

Quando questionados sobre as atividades praticadas pela família, alguns alunos

comentaram praticar esportes como: vôlei, futebol, natação e muitos relataram não

participar de nenhum tipo de atividade física. Percebeu-se após o preenchimento do

questionário que uma das preocupações em relação ao bem estar físico está relacionado

com as práticas das atividades físicas, que precisam cada vez mais serem estimuladas

entre os estudantes.

Poucos alunos têm acesso a cursos fora da escola, como os relacionados a artes,

inglês e computação. Muitos afirmam ajudar nas atividades da casa e a cuidar dos irmãos

menores.

Quando questionados quanto aos problemas relacionados aos bairros onde

residem, o primeiro item destacado foi a falta de atividades para as crianças e jovens,

ficando destacado como segundo maior problema a questão das drogas e da violência.

Outro item apontado como problema nos bairros é a questão do transporte coletivo que

tem sua passagem muito cara e são poucos os horários, fazendo com que muitas vezes

os ônibus fiquem lotados.

A indisciplina, principalmente em sala de aula, é um dos difíceis problemas

enfrentados pelas escolas. Somente levantar casos de indisciplina não resolve o

problema.

Conforme Aquino (1996, p, 09),

Há muito os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais.

Muitas são as causas da indisciplina, que devem ser levantadas para cada aluno,

onde não pode-se generalizar situações de mal comportamento em sala de aula.

Somente no diálogo com aluno/família/escola é que podemos traçar um perfil dos casos

de indisciplina e para cada caso tomar atitudes no sentido de ajudar o educando a

superar suas dificuldades e fazê-lo compreender a importância da escolarização para seu

futuro.

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2.3 CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICO E SUA FORMAÇÃO

Nome Função Formação

Fabiano Banach Agente Educacional II Ensino Superior Incompleto

Fernanda de O. Enumo Agente Educacional II Pedagogia

Ivonete A. F. dos Santos Agente Educacional I Ensino Médio

José Carlos Sasso Secretário Ensino Médio

Janete Antines Campello Pedagoga Pedagogia

Jussara de F. Haracenko Pedagoga Pedagogia

Jurema M. de Oliveira Agente Educacional I Letras Português

Maria Madalena Braz Agente Educacional I Ensino Médio

Marta Conceição Munhoz Diretora Letras Português/Inglês

Paula Cristina Damasio Pedagoga Pedagogia

2.4 CORPO DOCENTE E SUA FORMAÇÃO

Nossa instituição conta com cerca de 70% professores QPM – Quadro Próprio do

Magistério e 30% de professores PSS – Processo Seletivo Simplificado. Os professores

QPM tem formação acadêmica e são pós-graduados nas suas respectivas áreas e os

professores PSS tem formação acadêmica concluída ou em curso.

A maioria dos professores participou da elaboração do Projeto Político Pedagógico,

fato este que contribui para a efetivação dos objetivos e ações descritos neste. São

professores empenhados na busca por uma educação de qualidade, pois acreditam na

escola pública como um direito humano, que não deve depender das condições

econômicas dos estudantes ou estar sujeita as regras do mercado, pois o mais importante

é conseguir que todas as pessoas possam exercer e estar conscientes de seus direitos.

2.4.1 Equipe Docente

Abaixo relatamos os professores QPM, visto que há rotatividade dos professores

PSS, no início de cada ano:

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Nome Formação Disciplina em que atua

Ana Cristina G. N. Do Vale Letras/Inglês Língua Inglesa

Ana Isabel C. I. Schultz Letras/ Português Língua Portuguesa

Ana Marques Braz Geografia Geografia

Andréa de Cássia S. Cardoso Ciências Ciências

Ari Mendonça Letras/ Inglês Língua Inglesa/ Sala de

Apoio a Aprendizagem

Claudemir Felipe da Cruz Educação Física/

Educação Especial

Sala de Recursos

Multifuncional – Tipo I

Eunice de P. Dos Santos Ciências Ciências

Fernanda K. Prandi Inglês Inglês

Gabriel Ribeiro de Lima Matemática Sala de Apoio a

Aprendizagem

Gislaine Mateus da Rocha Educação Física Educação Física/ PAEE

Glaci Terezinha Purkote História História

Lenice Ap. dos S. Furquim Pedagogia Sala de Recursos

Multifuncional – Tipo I

Liane M. Barreto de Azevedo Arte Arte

Lusinete dos Reis Letras

Português/Inglês

Língua Portuguesa

Marcia Cristina Simioni Letras Port. /Inglês Língua Portuguesa

Maria Isa R. De Oliveira Matemática Matemática

Maria Rute Rocha Pedagogia PAEE

Marilene da Cruz Oliveira Matemática Matemática

Maristela Silva Vileirine História História

Nancy Nunes de Souza Filosofia Ensino Religioso

Reginaldo Pazinatto Ed. Física Ed. Física

Sandra M. de Oliveira Costa Geografia Geografia

2.5 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

A escola conta com os seguintes espaços físicos:

07 salas de aula, sendo 01 sala exclusiva para Sala de Apoio a

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Aprendizagem e 06 salas de aula;

01 sala de aula exclusiva para alunos com necessidades educacionais

especiais – Sala de Recursos Multifuncionais – tipo I

01 sala multimídia;

01 biblioteca;

01 sala de Direção;

01 Secretaria;

01 sala para os professores;

02 salas para pedagogas;

01 laboratório de informática;

01 cozinha equipada com utensílios domésticos necessários para o preparo

da merenda escolar;

01 pátio coberto;

01 pátio aberto;

01 sanitário feminino, com acessibilidade para cadeirantes;

01 sanitário masculino, com acessibilidade para cadeirantes;

01 sanitário feminino para professoras e funcionárias;

01 sanitário masculino para professores e funcionários;

01 dispensa para materiais de serviços gerais;

01 depósito para a merenda escolar;

01 sala para material esportivo.

As turmas e seus respectivos turnos são distribuídos ano a ano, conforme oferta e

demanda. No ano de 2014 as turmas ficaram distribuídas da seguinte forma: no período

da manhã 05 turmas compreendendo - 02 turmas de 7º anos, 01 turma de 8º ano e 02

turmas de 9º anos e a tarde 06 turmas compreendendo: 03 turmas de 6º anos, 01 turma

de 7º ano, 01 turma de 8º ano e 01 turma de 9º ano.

Em 2015 a escola passou a ter 06 turmas no período da manhã, sendo 01 turma de

6º ano, 02 turmas de 7º ano. 02 turmas de 8º ano e 01 turma de 9º ano e a tarde, 06

turmas, sendo 03 turmas de 6º ano, 01 turma de 7º ano, 01 turma de 8º ano e 01 turma de

9º ano.

Em seguida relata-se sobre os ambientes pedagógicos existentes na instituição:

Sala de Apoio a Aprendizagem: atende alunos de 6º e 7º anos, em contra

turno e que possuem dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de

Língua Portuguesa a Matemática. Nos anos de 2014/2015 atendeu/e

16

somente alunos que estudam no período da tarde, pois houve a liberação da

Sala de Apoio a Aprendizagem somente para o período da manhã. Possui

uma sala específica para as aulas de apoio à aprendizagem, onde há

armários onde são guardados livros e materiais de uso dos professores e

alunos.

Laboratório de Ciências: está em processo de ampliação. Está sendo

organizado um espaço específico para aulas práticas, no qual todos os

equipamentos estão à disposição dos professores e alunos.

Biblioteca: conta com um acervo significativo e que atende as

especificidades dos alunos do Ensino Fundamental. É de responsabilidade

do bibliotecário o empréstimo e a devolução dos livros de literatura, bem

como a distribuição dos livros didáticos que são utilizados pelos alunos no

decorrer do ano letivo. Este espaço é destinado a todos os educandos,

desde que estes tenham autorização para sua frequência no período da aula

ou no contra-turno.

Laboratório de Informática: conta com equipamentos eletrônicos ofertados

pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), sendo ele um

programa educacional criado pela Portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de

1997, para promover o uso pedagógico das tecnologias de informática e

comunicações (TICs) na rede pública de ensino fundamental e médio. O

laboratório de informática é destinado aos professores e aos educandos que

solicitarem agendamento prévio para sua utilização e com a finalidade única

de pesquisa, podendo ser utilizado por ex-educandos, também com

agendamento prévio. A comunidade pode fazer uso do laboratório de

informática, bem como a biblioteca, o que fará mediante autorização e

agendamento, com o monitoramento do bibliotecário, sempre com a

finalidade única de pesquisa.

Sala Multimídia: conta com equipamentos de informática, tais como:

computador, Datashow, caixa de som e também acesso à internet. Nesta

sala os professores oferecem aos alunos aulas diferenciadas com

apresentação de slides, vídeos e aulas com acesso direto a internet.

Relação de Materiais Didáticos – Educativos

17

A instituição conta com os seguintes materiais didáticos/educativos:

01 TV pendrive em cada sala de aula;

01 aparelho de DVD para cada sala de aula;

22 computadores

03 aparelhos de televisão;

quadros de edital em cada sala de aula;

03 aparelhos de som;

mapas geográficos;

01 retroprojetor;

03 globos terrestres;

jogos completos de xadrez;

bolas de voleibol;

bolas de basquetebol;

bolas de handebol;

bolas de futebol de salão;

bolas de futebol de campo;

01 bomba pneumática;

equipamentos para jogo de tênis de mesa, sendo: 2 mesas, bolinhas e

raquetes;

material específico para Sala de Recursos Multifuncional;

Caixa de rochas;

Busto do corpo humano;

Partes do corpo humano, como: pulmões, olhos, coração...;

Microscópio;

Sistema solar;

2.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

A escola tem por finalidade contemplar a modalidade de Ensino Fundamental,

observada a legislação e as normas especificamente aplicáveis. É gratuita e de direito da

população, estando a serviço das necessidades e características do desenvolvimento e

da aprendizagem de seus educandos, independentemente de sexo, raça, cor, situação

econômica, credo religioso e político.

A Escola Estadual Godofredo Machado, atende atualmente à modalidade de

18

Ensino Fundamental de nove anos, onde atende os objetivos da modalidade de ensino

que é garantir ao educando a apropriação ativa e crítica do conhecimento científico

historicamente produzido e acumulado pela humanidade, em consonância com as

diretrizes pedagógicas da Secretaria do Estado da Educação.

2.7 ATENDIMENTOS AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS

ESPECIAIS

Nossa instituição faz atendimento diferenciado para alunos com necessidades

educacionais especiais em Sala de Recurso Multifuncional - tipo I - em período contra

turno. Ainda não possui condições de acessibilidade favoráveis para os alunos de

inclusão, mas, por seu histórico de escola acolhedora e preocupada com as dificuldades

dos alunos com necessidades educacionais especiais, vem nos últimos anos ganhando

visibilidade pelas famílias destes.

Possibilita aos alunos com necessidades educacionais especiais todo o desvelo

em relação ao seu atendimento cumprindo e adaptando currículos, métodos, técnicas,

recursos educativos e organização específica para atender às necessidades de cada

deficiência. Para aqueles que não conseguirem atingir o nível exigido para a conclusão do

Ensino Fundamental, em virtude das suas deficiências, beneficiar-se-á da terminalidade

específica. Para aqueles educandos que apresentem laudo de altas

habilidades/superdotação, serão encaminhados a sala de recursos para altas habilidades/

superdotação e se necessário incluídos em programa de aceleração para a conclusão em

menor tempo.

Os professores com especialização adequada para atendimento a esses alunos,

bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses

educandos nas classes comuns, trabalham em consonância com os professores das

Salas de Apoio a Aprendizagem e Sala de Recursos e Multifuncional, desta forma dando

mais condições a estes educandos de êxito na aquisição do conhecimento.

2.8 RESULTADOS EDUCACIONAIS

Aqui procurou-se descrever os resultados educacionais de aprovação, reprovação

e abandono. Segue abaixo os resultados obtidos em 2013, onde obteve-se os seguintes

índices:

Ensino/Série Taxa de Aprovação Taxa de Taxa de

19

Total de Aprovados

Aprovados por Conselho de Classe

Reprovação Abandono

6º Ano 89,89% 6,25% 6,74% 3,37%

7º Ano 87,88% 10,34% 10,61% 1,52%

8º Ano 88,89% 8,33% 8,64% 2,47%

9º Ano 95,65% 3,03% 1,45% 2,90%

Total do Ensino 90,49% 6,88% 6,89% 2,62% Fonte: Portal dia a dia educação - PR

Em 2014, os índices foram:

Ensino/Série Taxa de Aprovação Taxa de

Reprovação

Taxa de

Abandono Total de

Aprovados

Aprovados por

Conselho de

Classe 6º Ano 88,16% 1,49% 7,89% 3,95%

7º Ano 87,36% 3,95% 8,05% 4,60%

8º Ano 76,56% 10,20% 20,31% 3,13%

9º Ano 94,37% 2,99% 1,41% 4,23%

Total do Ensino 86,91% 4,25% 9,06% 4,03% Fonte: Portal dia a dia educação - PR

Há um percentual de 17,3% dos educandos, aproximadamente, com distorção de

idade e série, o que dificulta ainda mais o trabalho em virtude das consequências que

esta situação provoca como, a evasão, a indisciplina, o desestímulo dos jovens e a falta

de incentivo e credibilidade por parte das famílias quanto à escola e ao possível avanço

do educando.

2.9 RESULTADOS EDUCACIONAIS EXTERNOS

Paralelamente as avaliações internas, temos algumas avaliações que são

realizadas a nível federal e estadual. O IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e

estabelecer metas para a melhoria do ensino.

Segundo o Portal do MEC, o IDEB,

funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de

20

alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos. (PORTAL MEC, 2013, s/p)

Os índices da nossa instituição são:

Ensino 2005 2007 2009 2011 2013

Ensino

Fundamental –

séries finais

3,7

4,3

4,6

5,1

5,2

Fonte: Portal dia a dia educação - PR

Somos atualmente a 2ª (segunda) melhor escola do município de São José dos

Pinhais, motivo de orgulho para nossos alunos, professores e comunidade escolar.

Abaixo, segue índices de aprovação, reprovação e abandono referentes aos anos

de 2007 até 2014.

Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Aprovação 81,9% 83,1% 88,2% 88,7% 89,1% 89,2% 91% 87,2%

Reprovação 14,6% 12,5% 7,1% 7,6% 8,5% 8,9% 6,6% 9,3%

Abandono 3,5% 4,4% 4,7% 3,7% 2,4% 1,9% 2,4% 3,5% Fonte: Portal dia a dia educação - PR

Por meio destes dados, pode-se perceber que a escola vem avançando bons

resultados, mas que ainda há muito que fazer para alcançar uma educação de qualidade.

Em 2012 passamos a fazer parte das avaliações do SAEP – Sistema de Avaliação

da Educação Básica do Paraná. De acordo com a Revista do Sistema SAEP, essa

avaliação é,

um sistema próprio de avaliação do Estado do Paraná e tem como objetivo disponibilizar informações relevantes quanto ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, descrevendo os conhecimentos desenvolvidos em Língua Portuguesa e Matemática, além de se deter nos fatores associados a esse desempenho, com resultados e análises produzidos desde o nível do estudante até o do Estado. A avaliação externa fornece informações para que gestores da escola e professores possam realizar um diagnóstico nas áreas em que atuam e planejar ações educativas mais eficientes. Em Língua Portuguesa é avaliada a leitura, prática que perpassa todas as disciplinas da escola. Na disciplina de Matemática, os conceitos são avaliados por meio da metodologia de resolução de problemas. Essa metodologia pode proporcionar ao estudante condições para que pense matematicamente, aplicando conhecimentos matemáticos, também, em situações problemas do cotidiano (REVISTA DO SISTEMA SAEP, 2013)

O SAEP proporciona a instituição o índice de proficiência média, bem como a nota

individual de cada educando.

Resultados do SAEP em 2012 – Língua Portuguesa e Matemática, onde foram

21

avaliados alunos do 9º ano do Ensino Fundamental:

9º ano – Ensino Fundamental

Língua Portuguesa Matemática

253,2 251,1

Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/

Resultados do SAEP em 2013 – Língua Portuguesa e Matemática, onde foram

avaliados alunos do 6º ano do Ensino Fundamental:

6º ano – Ensino Fundamental

Língua Portuguesa Matemática

218,8 233,2

Fonte: http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/

3. MARCO CONCEITUAL

3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

3.1.1 Concepção de Homem

Partindo de uma citação de Morin (2001, p. 40) ao se referir sobre a complexidade

do ser humano: "ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural",

apresentamos nossa concepção de homem e, em consequência, as aspirações

pretendidas em relação ao cidadão que queremos formar.

O homem é um ser natural, social, histórico-cultural, político, ele age na natureza

transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de

transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim,

acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Para tanto a

escola precisa promover metodologias que consigam enfrentar alguns desafios que são

fundamentais no que se refere à formação dos sujeitos, como: desenvolver competências

para contextualizar e integrar os indivíduos, para situar qualquer informação em seu

contexto, refletir e tratar os problemas, ou seja, formar sujeitos que possam enfrentar

22

realidades cada vez mais complexas. Assim, acredita-se na possibilidade de formar um

cidadão mais indignado com as manifestações e acontecimentos da vida cotidiana, um

cidadão que saiba mediar conflitos e propor soluções criativas e adequadas a favor da

coletividade, que tenha liberdade de pensamento e atitudes autônomas para buscar

informações nos diferentes contextos, organizá-las e transformá-las em conhecimentos

aplicáveis.

Preparar o homem para o exercício da cidadania não é apenas transmitir

conhecimento, conteúdos, mas sim mediar o conhecimento, de modo que ele possa ter

condições de buscar as fontes, sendo que nesse processo o professor é aquele que deve

mostrar os caminhos e orientar de forma, que possibilite a ampliação de um olhar crítico

que lhe permita enfrentar as dificuldades do cotidiano.

3.1.2 Concepção de Infância

Infância é uma concepção que os adultos fazem sobre os primeiros anos da vida

do homem, já para o sujeito real que vive essa fase denominamos de criança. Portanto,

pode-se dizer que tem uma função analítica, isto é, para facilitar a discussão e a análise

destas questões.

Segundo o Dicionário Informal, infância possui dois significados, são eles:

Período da vida humana compreendida desde o nascimento até a

puberdade.

Período de crescimento no ser humano que vai do nascimento á puberdade puerícia, meninice (DICIONÁRIO INFORMAL ONLINE)

Por mais estranho que pareça, a sociedade nem sempre viu a criança como um ser

especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais. A criança era tratada

como um adulto em miniatura. Percebe-se que com o passar dos anos essa criança

passou a ter uma concepção diferente, passou a ser considerada um ser dotado de

particularidades e cuidados especiais, principalmente as mais pequeninas.

Segundo os Parâmetros Nacionais de qualidade para a Educação Infantil (2006, p.

13), define a criança como “ser competente para interagir e produzir cultura no meio em

que se encontra”. Segundo o mesmo documento essa interação trata-se,

23

de interação social, um processo que se dá a partir e por meio de indivíduos com modos histórica e culturalmente determinados de agir, pensar e sentir, sendo inviável dissociar as dimensões cognitivas e afetivas dessas interações e os planos psíquico e fisiológico do desenvolvimento decorrente (VYGOTSKI, 1986 e 1989 apud PARAMETROS NACIONAIS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 2006, p.17)

Neste sentido, essa interação torna-se o espaço de constituição e desenvolvimento

da consciência do ser humano desde que nasce.

Embora que no período da infância a criança precise do adulto para sobreviver, é

um ser completo porque tem características necessárias para ser considerado como tal:

constituição física, formas de agir, pensar e sentir. É um ser em crescimento, ele aumenta

seu corpo em peso e altura, é um ser em desenvolvimento, porque ele está em constante

mudança. O crescimento e o desenvolvimento da criança pequena ocorrem tanto no plano

físico quanto no psicológico, pois um depende do outro.

A criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e que precisa

ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas,

caracterizando um atendimento integral e integrado da criança.

3.1.3 Concepção de adolescência

O primeiro conceito que nos vem à cabeça sobre o que é adolescência, quase

sempre tem uma conotação pejorativa, pois muitas vezes esses adolescentes são

designados por expressões como: “ Adolescente é aborrecente”, “Adolescente é

consumista, imediatista, inseguro e irresponsável” ou “adolescente é aquele ser grande

demais para ser criança e pequeno demais para ser adulto”. Vale a pena então buscar a

definição para esse termo.

Segundo o dicionário Priberan, adolescência é,

Fase da vida humana entre a infância e a idade adulta, que se caracteriza por mudanças físicas e psicológicas que ocorrem desde a puberdade até ao completo desenvolvimento do organismo.

24

Pode-se então perceber que a adolescência vem acompanhada por mudanças

físicas e psicológicas e que esta é diferente de pessoa para pessoa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adolescência é o período

que se estende dos 10 aos 19 anos de idade, já para o Estatuto da Criança e do

Adolescente define adolescência como o período compreendido entre os 12 e os 18

anos de idade.

A escola para o jovem é um território que acolhe tudo é onde eles se sentem à

vontade para exercitar suas vivências e convivências. É na escola que se dão encontros e

relações, que o jovem questiona valores e começa a construir seu projeto de vida. Na

adolescência, o jovem busca identificação e segurança em grupos de iguais, está na fase

de comparar valores para estabelecer seu próprio código de ética, neste período também

está se individualizando, rompendo vínculos e buscando autonomia.

O adolescente, assim como todo o ser humano, precisa ser respeitado,

compreendido e amado por seus semelhantes. Estes são os princípios nos quais a escola

deve priorizar ações dirigidas aos adolescentes. A compreensão de que as concepções

dele estão vinculadas a uma fase peculiar e de extrema importância para a sua

constituição física, mental, emocional e espiritual, são primordiais para o cumprimento da

obrigação maior que cabe a adultos e professores: educá-los.

3.1.4 Concepção de Sociedade

Tendo já atravessado várias fases com características próprias, desde os

primórdios da civilização humana, a sociedade, em geral, está compreendida dentro de

um sistema denominado capitalista onde quem “governa” nossas vidas é o capital, ou

seja, é a sociedade do ter, desencadeando uma série de novos valores que impelem as

pessoas a buscar, mais do que nunca o progresso financeiro e econômico a fim de

sentirem-se mais seguras e felizes. Mas, a condição para que cada pessoa possa, de

fato, sentir-se segura e feliz está atrelada a uma série de outras condições referentes à

estrutura familiar, qualidade de vida, conhecimento, equilíbrio psicológico, equilíbrio

ecológico, entre outras. O que percebe-se no entanto, é que, lamentavelmente, a

sociedade mundial está sobrevivendo em meio a um caos, onde os valores humanos

estão se perdendo, onde o individualismo cresce a cada dia, onde a pobreza (entendida

como a incapacidade de satisfazer as necessidades básicas) é elemento referencial de

exclusão social, onde as desigualdades sociais são bastante agudas e, em particular nos

25

países em desenvolvimento como o Brasil.

A sociedade em que se vive é a sociedade da insegurança, do desemprego, de

muitas famílias diferenciadas, onde os pais já não têm mais tempo de educar seus filhos

no sentido amplo da palavra, em virtude da luta pela sobrevivência e da falta de tempo,

delegando esta responsabilidade a outras instituições ou a pessoas sem preparo e sem

afeto. É a sociedade do trabalho informal, do subemprego, da economia global que,

apesar de toda a sua vitalidade, está agravando a exclusão social.

Vive-se a era da ciência e da tecnologia que cresce a cada minuto e o seu contínuo

avanço não parece garantir que as sociedades futuras possam gerar, por mecanismos de

mercado, postos de trabalho para todos os cidadãos com nível de equidade e justiça.

Vive-se numa sociedade, onde as crianças não podem mais brincar na rua, porque a rua

se tornou perigosa demais em vários sentidos. O medo toma conta das minorias que

contam com menor segurança em seus bairros, em suas casas e até em seus campos de

trabalho. Nesta sociedade, a televisão prepondera na vida das crianças e adolescentes,

especificamente, que passam mais tempo com ela do que com os livros. Vive-se numa

sociedade em que poucos têm confiança nos nossos governantes e nas políticas públicas

porque estas parecem não ser muito favoráveis à população, porque muitas são

paliativas, ou seja, não atendem realmente as suas necessidades. Mesmo em face de

alguns projetos contra a fome, quase 50 milhões de brasileiros ainda passam fome e

milhões de pessoas vivem ainda na escuridão do analfabetismo. Vivemos numa

sociedade que está, em nome de um projeto de desenvolvimento econômico caótico,

matando nossas florestas, poluindo nossos rios, lagos e mares, poluindo nosso ar e

extinguindo nossos animais.

Como se pode perceber os problemas sociais que envolvem não somente a

população brasileira mas as populações dos países subdesenvolvidos também são

muitos. Em face de todos esses problemas e mais aqueles que, consequentemente, são

criados em virtude destes, o homem precisa sobreviver, desenvolver suas

potencialidades, ser criativo e dar conta de sua vida social e psíquica buscando melhorar

sua qualidade de vida, num processo coletivo de humanização e desdobramentos de que

é capaz.

3.1.5 Concepção de Cidadania

26

Cidadania, a grosso modo, é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e

sociais estabelecidos na constituição. Uma boa cidadania implica que os direitos e

deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma

sociedade mais equilibrada.

Segundo Boff (2000, p. 51) cidadania é,

um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador e de seu próprio destino.

A escola pode ser um excelente lócus para a construção da cidadania, pois a

mesma se expressa em cada movimento do cidadão em uma comunidade como um todo.

Para que nossos alunos possam exercer a cidadania é preciso primeiramente que

eles tenham consciência de seus direitos e deveres e que aprendam a lutar para que eles

sejam colocados em prática, sendo assim, preparar o cidadão para o exercício da

cidadania é um dos objetivos da nossa instituição.

3.1.6 Concepção de Escola

A escola é uma instituição social com objetivo explícito: o desenvolvimento

das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem

dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores) que

devem acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos discentes a capacidade

de tornarem-se cidadãos participativos e atuantes na sociedade em que vivem.

A escola é o espaço responsável para que o aluno tenha acesso aos

conhecimentos produzidos pelo conjunto da humanidade de forma sistematizada. É um

espaço de socialização dos conhecimentos que permite a compreensão da realidade e

suas contradições, a fim de poder nela intervir.

Eis o grande desafio da escola, fazer do ambiente escolar um meio que favoreça o

aprendizado, onde a escola deixe de ser apenas um ponto de encontro e passe a ser,

além disso, encontro com o saber e com as descobertas, conforme ressaltam os autores:

27

Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos, o domínio dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005, p. 117)

Neste sentido, a escola deve ser uma instância de democracia, de igualdade,

de solidariedade, de liberdade de expressão, onde as consciências sejam libertadas dos

grupos dominantes e criem uma nova cultura não elitizada, mas, criativa e democrática,

sem divisão de grupos ou castas.

3.1.7 Concepção de Educação

O homem, como os animais irracionais, também possui instintos, mas a maior parte

do seu comportamento está determinada pela sua capacidade de aprendizagem. Através

desta capacidade, o homem pode adquirir uma série de conhecimentos e desenvolver

tantas outras que ele não traz por hereditariedade. O aprendizado se faz através de suas

fontes básicas:

pela experiência individual diante da curiosidade, do questionamento, que conduz

a uma descoberta independente;

pela transferência de conhecimentos de indivíduo para indivíduo, ou seja, os

indivíduos aprendem a partir das referências de outros humanos, sejam elas

puramente intelectuais e/ou práticas.

Destas duas fontes, aprender através de outros indivíduos tornou-se mesmo a

grande arma do homem na luta pela conservação da vida. Esta fonte ofereceu ao homem

aprendiz a possibilidade de aproveitar das experiências de seus contemporâneos e

antepassados, sem precisar descobri-las novamente. Herdar experiências de outros

indivíduos só foi possível para o homem através do uso da linguagem, a herança cultural

humana se transmitiu através da linguagem expressa pela escrita e/ou pelas artes, em

geral.

A linguagem constitui um papel decisivo na compreensão do mundo e na

transmissão de valores pessoais, sociais e culturais. É através dela que a criança formula

seus sentimentos, suas sensações e valores, para transmitir e receber as informações. O

uso da linguagem dependerá muito do meio em que está inserida, de seus contatos

28

sociais e de sua exercitação e treino.

Através da capacidade linguística, o homem pode compreender a realidade que o

cerca e passar suas experiências para outras gerações criando e recriando cultura e

assim, humanizando-se.

Costuma-se dizer que se mede a inteligência de uma pessoa através da sua

capacidade linguística, a qual só pode se desenvolver no contato social. Esta capacidade

que o homem apresenta de aprender experiências e desenvolver outras tantas a partir

delas deu origem ao fenômeno denominado educação.

educação não é só ensinar, instruir, treinar, domesticar, é, sobretudo formar a autonomia do sujeito histórico competente, uma vez que, o educando não é o objetivo de ensino, mas sim sujeito do processo, parceiro de trabalho, trabalho este entre individualidade e solidariedade”. (DEMO, 1996, p.16)

Educação, portanto, é compreendida aqui como a capacidade que o ser humano

tem de desenvolver suas capacidades e seu potencial, na relação que trava com o

mundo, podendo receber deles todos os tipos de influências ambientais (naturais ou não),

moldando assim seu comportamento, seus valores, suas atitudes, sua visão de mundo,

numa crescente aprendizagem.

A sociedade precisa estimular o indivíduo a explorar suas inteligências e trazer à

tona suas capacidades que o auxiliarão a construir, junto aos outros homens, o mundo e a

si mesmo.

A escola exerce, desse modo, um papel importantíssimo na construção deste

homem, visto que é ela um espaço e um tempo capaz de promover não somente a

socialização que é uma forma de educação, mas também a descoberta do indivíduo como

um ser capaz de relacionar-se com o mundo de forma criativa e produtiva, na busca

incessante daquilo que é objeto de busca de todo homem: a felicidade.

A escola deve incitar em seus alunos a consciência de se tornarem cidadãos

críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de

compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica,

social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais

justa. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos,

habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo. Estes conhecimentos

devem constituir-se em instrumentos para que o aluno compreenda melhor a realidade

que o cerca, favorecendo sua participação em relações sociais cada vez mais amplas,

possibilitando a leitura e interpretação das mensagens e informações que hoje são

29

amplamente veiculadas, preparando-o para a inserção no mundo do trabalho e para a

intervenção crítica e consciente na vida pública. Dentro desta perspectiva, a escola deve

propiciar ao educando o domínio dos conteúdos socialmente construídos, da leitura e

escrita, das ciências, das artes, das letras, sendo que sem estes, dificilmente poderá

exercer seus direitos de cidadania.

3.1.8 Concepção de cultura

Popularmente conhecemos várias concepções do termo cultura usado em

situações diferenciadas e revestida de significados muito diferenciados. Buscou-se

consultar nos dicionários o seu significado, porque os mesmos registram as diversas

acepções da palavra.

Segundo o dicionário Aurélio online, cultura é,

Ato, arte, modo de cultivar. Lavoura. Conjunto das operações necessárias para que a terra produza. Vegetal cultivado. Meio de conservar, aumentar e utilizar certos produtos naturais. Aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual). Instrução, saber, estudo. Apuro; perfeição; cuidado. (DICIONÀRIO AURÈLIO ONLINE)

Ainda consultando o dicionário Informal online,

Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc (DICIONÁRIO INFORMAL ONLINE)

No dicionário Léxico de Português, cultura tem seu significado na área de

Sociologia, sendo,

Agrupamento ou aglomerado de preceitos e normas sociais, regras religiosas, manifestações intelectuais ou artísticas e padrões partilhados por determinada sociedade ou povoação, refletindo-se nas suas crenças, doutrinas, saberes, valores, associações, entre outras, e que pertencem à vida individual e coletiva de todos os seus indivíduos. (DICIONÁRIO LÉXICO ONLINE)

Ao verificar o conceito do termo cultura, o que se percebe é uma rede de muitos

30

nós. Mas a rede e os nós são compostos sempre por um mesmo fio condutor: o homem.

É sempre dele que se fala quando se faz referência ao fenômeno da cultura. O homem

produz símbolos, isto é, ideias, leis, linguagens, sonhos e fantasias e para permanecer

vivo, ele produz bens materiais que lhe suprem as necessidades do corpo e biológicas.

Então designa-se o que vem a ser cultura: é uma realidade humana e, mais do que

isso, o humano se dá na cultura.

Outra concepção seria a que corresponde aos diversos modos de vida, valores e

significados compartilhados por diferentes grupos (nações, classes sociais, grupos

étnicos, culturas regionais, geracionais, de gênero etc) e períodos históricos. Trata-se de

uma visão antropológica de cultura, em que se enfatizam os significados que os grupos

compartilham, ou seja, os conteúdos culturais.

Segundo Moreira (2007, p. 27),

cultura identifica-se, assim, com a forma geral de vida de um dado grupo social, com as representações da realidade e as visões de mundo adotadas por esse grupo. A expressão dessa concepção, no currículo, poderá evidenciar-se no respeito e no acolhimento das manifestações culturais dos(as) estudantes, por mais desprestigiadas que sejam.

Nesse enfoque, quando um grupo compartilha uma cultura, compartilha um

conjunto de significados, construídos, ensinados e aprendidos nas práticas de utilização

da linguagem. A palavra cultura implica, portanto, o conjunto de práticas por meio das

quais significados são produzidos e compartilhados em um grupo. São os arranjos e as

relações envolvidas em um evento que passam, dominantemente, a despertar a atenção

dos que analisam a cultura, na ideia de que cultura representa um conjunto de práticas

significantes. Logo a escola tem papel determinante na aquisição e compartilhamento da

cultura.

3.1.9 Concepção de trabalho

Damos início a definição de trabalho com a definição de três autores. Locke, Adam

Smith e Marx, citados por Arendt,

A repentina e espetacular afirmação do trabalho, desde a mais baixa e desprezada posição ao nível supremo e à mais apreciada entre as atividades humanas, começou quando Locke descobriu que o trabalho é a fonte de toda propriedade. Continuou quando Adam Smith afirmou que o trabalho era a fonte de toda riqueza e encontrou sua culminância no ‘sistema do trabalho’ de Marx, onde o trabalho tornou-se a fonte de toda produtividade e a expressão da verdadeira humanidade do homem (ARENDT, 1995, p. 113)

31

Hegel também define trabalho como,

uma manifestação dialética que se estabelece entre objeto e sujeito, entre o impulso cego da necessidade e a satisfação que libera o ser humano do círculo fechado do si e o faz encontrar com os outros: “o que o indivíduo faz para si torna-se um fazer para toda a espécie” (HEGEL, 1991, p. 182)

Então pode-se definir que o trabalho faz parte da vida do ser humano, faz parte da

sua humanidade e está relacionado não é só satisfação das próprias necessidades

individuais e imediatas, mas é a expressão de um valor maior, nele se forma a

consciência pessoal e social, se manifesta o caráter público e universal do ser humano.

Portanto, se o ser humano se constrói individual e socialmente como resultado do seu

próprio trabalho, significa que este, além de produtivo, tem um caráter cognitivo, cultural e

social.

3.1.10 Concepção de tecnologia

Para Kenski (2008, p.15), “as tecnologias são tão antigas quanto a espécie

humana”. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu

origem às mais diferenciadas tecnologias. Muitos dos produtos, equipamentos,

ferramentas que utilizamos no nosso cotidiano não são considerados por muitos como

tecnologia. Óculos, alimentos, medicamentos, próteses, vitaminas, o próprio giz escolar e

outros produtos são resultados de sofisticadas tecnologias.

Para entender o que vem a ser tecnologia na educação, buscou-se alguns

conceitos.

De forma geral, pode ser entendida como toda a ação educativa convertida em uma técnica apoiada em uma ciência. No entanto, diante do impacto das chamadas “novas tecnologias”, a expressão tecnologia educacional tem sido mais utilizada com referência às ferramentas tecnológicas que podem ser empregadas no dia-a-dia do professor, no intuito de incrementar o processo de ensino. [...] Entre as modalidades apresentadas atualmente que usam a tecnologia educacional, pode-se destacar como principais categorias, as que se aplicam em apoio à educação presencial, à educação a distância e à autoaprendizagem. O satélite, o cabo, o telefone, as redes de computadores e a Internet, que podem distribuir sons, imagens e textos de um ponto para outro, são consideradas, neste contexto, tecnologias educacionais por suportar diferentes graus de diálogos entre professores e estudantes e entre os estudantes (MENEZES,2002, s.p.)

O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada desde

o início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. A

32

tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas.

Da mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação

e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios do mundo contemporâneo

consiste em adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de

comunicação.

De acordo com a Diretoria de Tecnologias Educacionais (2010, p. 6),

A acelerada renovação dos meios tecnológicos nas mais diversas áreas, influencia, consideravelmente, as mudanças que ocorrem na sociedade. O acesso às tecnologias da informação e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. A escola, bem como os outros lugares onde se fomenta o currículo, não pode desconsiderar esses movimentos [...] Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo. Contudo, é importante que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um procedimento continuado de formação docente, potencializando o pensamento sobre as práticas pedagógicas.

Frente a esse cenário e devido as muitas mudanças sociais oriundas do uso das

tecnologias, tem-se a preocupação em construir novas concepções pedagógicas

elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando em

práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos, dentro do sistema

educacional.

3.1.11 Concepção de conhecimento

O conhecimento se dá através da educação que pode se desenvolver através do

processo assistemático e sistemático, conforme Lakatos e Marconi,1991.

O processo assistemático é aquele que ocorre na vida cotidiana do indivíduo, no

seio da família, na rua, no lazer (cinema, teatro, televisão), na igreja, dentre outros, sem

nenhum tipo de ordenação ou intenção, ou seja, não há regras e nenhuma metodologia

destina àquele tipo de aprendizagem. O indivíduo aprende naturalmente, sem a imposição

de quaisquer tipos de regras. Tudo dependerá dos estímulos ambientais naturais.

O processo sistemático é aquele que o próprio nome revela, está inserido por meio

de um sistema, com normas, regras e leis que organizam o trabalho a ser realizado com o

indivíduo, como é o caso da escola, à qual sistematiza o saber, através dos inúmeros

conhecimentos cristalizados pela humanidade e considerados importantes, de maneira

33

geral, na formação do ser humano.

Estes conhecimentos universalizados vão compor a base intelectual, moral e

afetiva do indivíduo para que o mesmo possa desenvolver seu potencial humano na

relação com o mundo e consigo mesmo.

Partindo deste pressuposto, a escola cumpre com o seu papel na aquisição do

conhecimento socialmente produzido.

Concebe-se o conhecimento escolar como uma construção específica da esfera

educativa, não como uma mera simplificação de conhecimentos produzidos fora da

escola. O conhecimento escolar tem características próprias que o distinguem de outras

formas de conhecimento. É um tipo de conhecimento produzido na e pela escola, pelo

contexto social e econômico mais amplo, produção que se dá em meio a relações de

poder estabelecidas na escola e entre a escola e a sociedade, conforme Santos(1995).

3.1.12 Concepção de Ensino e Aprendizagem

Nas instituições onde a promoção humana é a principal preocupação, o processo

de socialização do conhecimento passa basicamente pelo processo de ensino e

aprendizagem, para isso se faz necessário desenvolver o pensamento teórico do

educando, não se preocupando somente com o desenvolvimento do pensamento

empírico, fundamentado nos saberes espontâneos.

Saviani (1995, p. 17) define que:

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.

Sendo assim, o objeto da educação, de um lado diz respeito a identificação dos

elementos culturais que humanizaram o homem e, de outro, a descoberta das formas

mais adequadas para atingir essa humanização. Desta forma, o ato de ensinar e aprender

implica principalmente, num processo mediado por conceitos, conhecimentos de um

contexto histórico da humanidade, pelo coletivo humano, pelo sujeito que aprende, pelo

sujeito que ensina e pelo objeto de aprendizagem. Assim se explica o conceito de

34

mediação, pois o ensino não se reduz ao papel do professor, mas no conjunto dos

conceitos que explicam um determinado conhecimento.

Para Oliveira (1997, p. 57), aprendizado é

o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc, o meio de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos, [...] e dos processos de maturação do organismo, independentes da informação do ambiente (a maturação sexual, por exemplo).

O aprendizado antecede o desenvolvimento, ele é consequência dele, assim,

percebe-se que existe uma estreita relação entre aprendizado e desenvolvimento, ou

seja, o aprendizado permite ao indivíduo a maturação das suas funções psicológicas

propiciando o seu desenvolvimento.

Sujeitos e objetos nesta relação são históricos e a relação entre ambos também é

histórica, mediada pelas condições concretas de vida. Por esta razão, o trabalho

educativo deve ser intencional e impulsionado pela necessidade, pelas aspirações

humanas e pelo seu trabalho.

A interferência da escola faz-se necessária no sentido de oferecer ao aluno

oportunidades significativas de construção de conhecimentos e valores que estão

atrelados a atual conjuntura social, e principalmente, promovendo a utilização das

tecnologias, também definidos como TICs (Tecnologias da Informação e comunicação), os

quais são instrumentos auxiliares à prática pedagógica com o objetivo de promover

interação, cooperação, comunicação e motivação a fim de diversificar e potencializar as

relações inter e intrapessoais mediante situações mediatizadas, que venham a dar um

novo significado ao processo de ensino aprendizagem.

3.1.13 Concepção de Alfabetização e Letramento

A alfabetização é um processo complexo ligado à construção do conhecimento.

Antigamente era o nome dado a aquisição do processo de escrever e ler da criança,

atualmente já é utilizado para outras áreas do conhecimento, como por exemplo,

alfabetização musical, alfabetização matemática, alfabetização na informática além de

muitas outras. Alfabetizar é um conceito amplo, portanto, torna-se fundamental

35

compreender as várias concepções que o envolvem.

Segundo Soares (2008, p.15), pode-se definir alfabetização como, “processo de

aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita.”

Para Azevedo (1995, p. 87) alfabetização é,

progredir no domínio fonético-fonológico, é caminhar para uma "correspondência termo a termo" entre as unidades/elementos da palavra falada e escrita. Mas é também fazer associações, estabelecer sentidos e correlacioná-los às especificidades da vida.

Fazendo um paralelo entre as concepções percebe-se que os autores tem

definições muito parecidas, porém Azevedo salienta que alfabetizar é também manter

uma relação do que se aprende com as especificidades da vida, ou seja, o aluno precisa

aprender a ler e escrever e estabelecer sentido com a sua própria vida.

Após buscar as definições sobre alfabetização se faz necessário conhecer o termo

letramento. Foi no contexto das grandes transformações culturais, sociais e políticas que

surgiu o termo letramento como uma ampliação do sentido que tradicionalmente se

conhecia por alfabetização.

Kleiman (1995, p. 19) define letramento como o “conjunto de práticas sociais que

usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos

específicos, para objetivos específicos”.

Soares (1998, p. 39) define letramento como,

o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas, e ainda, enfatiza que a leitura e a escrita são uma condição necessária, muito embora não sendo a

única para o pleno exercício da cidadania.

Pode-se então concluir que o letramento é todo o processo para aquisição da

leitura e da escrita e que permite o indivíduo incorporar as práticas sociais.

O autor americano David Barton (1998) apud Xavier ( 2002, p. 135) afirma que,

antes de constituir um conjunto de habilidades intelectuais, o letramento é uma prática cultural, sócio e historicamente estabelecida, que permite ao indivíduo apoderar-se das suas vantagens e assim participar efetivamente e decidir, como cidadão do seu tempo, os destinos da comunidade à qual pertence e as tradições, hábitos e costumes com os quais se identifica. A capacidade de enxergar além dos limites do código, fazer relações com informações fora do texto falado ou escrito e vinculá-las à sua realidade histórica, social e política são características de um indivíduo plenamente letrado.

Então para além de serem alfabetizados nossos alunos precisam ser

36

letrados para que possam enfrentar situações reais. Podemos identificar que um sujeito

letrado é aquele que usa socialmente as práticas letradas em seu convívio, conforme as

demandas e necessidades que vivencia. É aquele que se apropria desse mecanismo e o

utiliza em seu cotidiano, para orientar-se de maneira autônoma.

Como educadores, é essencial que tenhamos comprometimento com o ser humano

que pretendemos e queremos formar. Através de nossas práxis estará incutida a

sociedade almejada. É fundamental aliar à nossa prática os ideais de transformação das

desigualdades, a fim de que todos conquistem seus direitos de Educação, não apenas em

acesso, mas em qualidade.

3.1.14 Concepção de avaliação

Avaliar significa, conforme dicionário de português Léxico online, “análise ou

parecer acerca do desenvolvimento, progresso ou nível do trabalho de um aluno ou de um

profissional”. O elemento chave da definição de avaliação está na palavra análise, onde o

aluno, como também o processo passa pelo friso da análise dos acertos e erros. É por

meio da avaliação que o professor adquire conhecimentos que o tornam capaz de se

situar, de modo correto e eficaz, na ação dos estímulos, metodologias, conteúdos e

também permite verificar em que aspectos o aluno deve melhorar durante o processo de

aprendizagem.

Segundo Sant’Anna (1995, p. 7),

A avaliação escolar é o termômetro que permite confirmar o estado em que se encontram os elementos envolvidos no contexto. Ela tem um papel altamente significativo na educação, tanto que nos ariscamos a dizer que a avaliação é a alma do processo educacional.

Ainda segundo Sant’Anna, a avaliação precisa ser formativa, então define, Avaliação formativa tem como função informar o aluno e o professor sobre os resultados que estão sendo alcançados durante o desenvolvimento das atividades; melhorar o ensino e a aprendizagem; localizar, apontar, discriminar deficiências, insuficiências, no desenvolvimento do ensino-aprendizagem para eliminá-las; proporcionar feedback de ação (leitura, explicações, exercícios) (SANT’ANNA, 2001, p. 34).

O educador, ao lidar com a avaliação da aprendizagem escolar, precisa refletir

sobre seu posicionamento, se colocando como formador, mas principalmente como

mediador do conhecimento. Deve ter em mente a necessidade de colocar em sua prática

37

diária, novas propostas, estratégias e instrumentos que visem a melhoria do ensino, pois

a avaliação não pode ser considerada como um fim em si, mas como parte de um

processo e que deve ser utilizada como um instrumento para a melhoria da aprendizagem

dos educandos. Hoffman salienta essa função quando afirma que,

A avaliação, enquanto mediação, significa encontro, abertura ao diálogo, interação. Uma trajetória de conhecimento percorrida num mesmo tempo e cenário por alunos e professores. Trajetos que se desencontram, por vezes, e se cruzam por outras, mas seguem em frente, na mesma direção (HOFFMAN, 2005, p. 40).

A avaliação não deve ser somente um instrumento para a aprovação ou

reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de uma situação, visando

encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem. O princípio básico e

fundamental para que a avaliação venha a ser diagnóstica, é, sobretudo, levar em

consideração o conteúdo apreendido pelo educando e não simplesmente, reprová-lo,

mantendo-o na atual situação.

Por isso, é que devemos colocar a avaliação escolar a serviço de uma pedagogia

que entenda a educação como parte integrante de um objeto de transformação social, e

dar condições, ao professor, para que seja possível a tomada de decisões quanto ao

aperfeiçoamento das situações de aprendizagem dos educandos. Os professores devem

dar valor e relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal,

sobre a memorização.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática pedagógica,

na medida em que favorece o processo de construção do conhecimento. Por meio dos

procedimentos e mecanismos, a avaliação pode constatar, compreender e intervir no

processo de construção do conhecimento.

Para que ela possa, de fato, se efetivar, é preciso compreender que o tempo terá

que ser considerado, tendo em vista que os resultados dos processos de aprendizagem

aparecem ao longo da vida e o tempo escolar é imprescindível para o amadurecimento

intelectual e afetivo.

A avaliação nesta instituição de ensino acontece continuamente, mas também de

forma sistematizada e organizada, pois é direito do educando ter a oportunidade de

conhecer e familiarizar-se com avaliações formais, pois as mesmas se farão presentes ao

longo de sua vida acadêmica, como por exemplo: Prova Brasil, ENEM, vestibular,

concursos públicos, etc.

A avaliação dos resultados do processo ensino aprendizagem proporcionam

informações para a tomada de decisão, com vistas ao melhoramento deste processo, bem

38

como, fornecer as bases para o planejamento, ajustar as práticas curriculares, facilitar o

diagnóstico, melhorar a aprendizagem e o ensino, individual e em grupo.

Quando realizada em função de objetivos claros e definidos, a avaliação alcança

melhor resultado, a partir daí, se traduz as reais intenções do professor. O ato de avaliar,

ao buscar compreender os diferentes momentos do processo de aprendizagem, procura

intervir neles de forma construtiva, buscando criar conflitos cognitivos, necessários à

construção do pensamento autônomo.

O processo de avaliação deve ser algo que venha a criar condições necessárias

para que os educandos possam participar dele, podendo intervir positiva e

conscientemente no sentido até de buscar melhorias no seu modo de conhecer e

desenvolver conhecimentos, isso significa dizer que a avaliação deve ser, em primeira

mão, diagnóstica, a qual dará respaldo ao professor de conhecer seu ponto de partida e a

partir daí, não pular as fases que compreendem o todo no ato do ensino frente aos

conteúdos a serem trabalhados.

A avaliação está comprometida com a proposta pedagógica histórico-crítica e nesta

concepção estamos preocupados com a perspectiva de que, o educando deverá

apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização

como sujeito sócio histórico.

Enfim, avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A avaliação tem grande

importância social e política, presente em todas as atitudes e estratégias adotadas pela

escola. A avaliação deve ser entendida como um meio de se obter informações e

subsídios para fornecer o desenvolvimento integral do educando. Ao se dispor dessas

informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,

planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da instituição.

3.1.15 Concepção de currículo

Ao definir currículo se faz necessário lembrar dos diferentes fatores sócio

econômicos, políticos e culturais que contribuem para que currículo venha a ser entendido

como os conteúdos a serem ensinados e aprendidos, os planos pedagógicos, os objetivos

a serem alcançados... Sem considerar qualquer uma das concepções como certas,

passamos a analisar e descrever o que vem a ser currículo para nossa instituição.

Segundo Dicionário Interativo da Educação, currículo é,

39

Conjunto de disciplinas sobre um determinado curso ou programa de ensino [...] Também pode ser entendido como um documento histórico na medida em que reflete expectativas, valores, tendências etc. de um determinado grupo ou tempo. (DICIONÁRIO INTERATIVO DA EDUCAÇÂO)

Ainda no mesmo dicionário Interativo da Educação, encontramos o significado de currículo escolar,

Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. (DICIONÁRIO INTERATIVO DA EDUCAÇÂO)

Atualmente, o currículo é uma construção social, na acepção de estar inteiramente

vinculado a um momento histórico, à determinada sociedade e às relações com o

conhecimento. Nesse sentido, a educação e currículo são vistos intimamente envolvidos

com o processo cultural, como construção de identidades locais e nacionais.

Vários autores apontam para a possibilidade de o currículo não ser organizado

baseando-se em conteúdos isolados, pois vivemos em um mundo complexo, que não

pode ser completamente explicado por um único ângulo, mas a partir de uma visão muito

variada construída pelas visões das diversas áreas do conhecimento. A organização do

currículo deve procurar viabilizar uma maior interdisciplinaridade, contextualização e

transdisciplinaridade; assegurando a livre comunicação entre todas as áreas.

Veiga define,

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito (VEIGA, 2002, p.7)

Moreira e Candau ressaltam que,

O currículo é, em outras palavras, o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração. O papel do educador no processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos grandes artífices, queira ou não, da construção dos currículos que se materializam nas escolas e nas salas de aula (MOREIRA, CANDAU, 2008,p. 19)

40

É necessário que se leve em conta para a organização do currículo o

conhecimento escolar, pois ele é um dos elementos centrais do currículo e sua

aprendizagem constitui condição indispensável para que os conhecimentos socialmente

produzidos possam ser apreendidos, criticados e reconstruídos por todos os alunos. Daí a

necessidade de um ensino ativo e efetivo, com professores comprometidos, que

conheçam bem, escolham, organizem e trabalhem os conhecimentos a serem

aprendidos, lembrando da importância de selecionarmos, para inclusão no currículo,

conhecimentos relevantes e significativos para a vida individual e em grupo de nossos

alunos.

Desta forma, teremos um currículo voltado para a formação necessária ao

enfrentamento objetivando à transformação da realidade social, econômica e política de

seu contexto, que para tanto, é preciso ver o currículo em várias dimensões que

possibilitem a totalidade do conhecimento como a própria produção científica construída

ao longo do tempo, as produções artísticas e pensamento filosófico da humanidade, o que

possibilitarão aos educandos compreenderem as suas ações bem como a sua

humanização.

3.1.16 Concepção de Gestão Escolar

É um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões

pedagógicas, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na prática

administrativa da escola, com o enfrentamento das questões da exclusão e reprovação e

da não-permanência do educando na sala de aula, o que vem provocando a

marginalização das classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva

de um Projeto Político Pedagógico ligado à educação das classes populares.

A gestão democrática exige a compreensão em profundidades dos problemas

postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e

execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do

processo e do produto do trabalho pelos educadores.

A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da

escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da

participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a

41

exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a

dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais, das quais a

escola é mera executora.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos

representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-

pedagógicas ali desenvolvidas. Para Marques 1990. p. 20 (apud Veiga, 2004, p.18)

a participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação.

A gestão democrática, na escola, não é uma prática fácil de ser consolidada, pois

se trata da participação crítica na construção deste projeto político pedagógico, onde

todas as instâncias colegiadas desta escola deverão participar ativamente para que

realmente a gestão democrática seja efetivada. A participação do colegiado deve dar-se

de maneira atuante, sempre que houver necessidade, e sempre que decisões e atitudes o

requeiram.

3.1.17 Concepção de Educação Inclusiva

Vivemos num período de luta pela igualdade de direitos e pela equiparação de

oportunidades para todos, onde a escola busca incluir os alunos com necessidades

educacionais especiais, garantir a igualdade de direitos e a consequente inclusão social

de grupos excluídos de nossa sociedade, devido a diferença de raça, etnia, status

econômico, aparência física e desempenho acadêmico.

Segundo Carvalho (2005, p. 15) apud Silva ( 2010, p. 97), a inclusão escolar:

deve ser entendida como princípio (um valor) e como processo contínuo e permanente. Não deve ser concebida como um preceito administrativo dado “a priori”, que leva a estabelecer datas, a partir das quais as escolas passam a ter o estado de inclusivas, em obediência a hierarquia do poder ou a pressões ideológicas.

Pensando a educação inclusiva desta maneira, entendemos que ao sistema

educacional precisa ser reestruturado para atender as necessidades dos alunos e,

consequentemente, proporcionar meios para que esses alunos alcancem progressos

escolares e sucesso acadêmico. Sendo assim, para que a inclusão escolar ocorra é

42

necessário que haja a reformulação dos currículos, das formas de avaliação, da formação

de professores e da política educacional voltada para a diversidade.

Mantoan (2004, p.81) revela-nos que:

A inclusão escolar envolve, basicamente, uma mudança de atitude face ao Outro: que não é mais um, um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e com o qual convivemos um certo tempo, maior ou menor, de nossas vidas. O Outro é alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa e dessa Alteridade é que subsistimos, e é dela que emana a Justiça, a garantia da vida compartilhada.

Isso nos remete ao pensamento de que a educação inclusiva deve ser um

ambiente que aceite as minorias sociais, independente de sua cor, classe, gênero, etnia

ou limitações individuais, e deve atender ao princípio de aceitação das diferenças.

De acordo com Salend (2008) apud Silva (2010, p.100) existem quatro princípios

fundamentais a serem seguidos para que uma inclusão escolar bem sucedida seja

alcançada:

acesso para todos os alunos;

aceitação dos pontos fortes e desafiadores dos alunos assim como na diversidade;

práticas reflexivas e instruções diferenciadas;

noções de comunidade e colaboração.

Sendo assim, nossa instituição na perspectiva de incluir os alunos com

necessidades educacionais especiais, procura repensar o processo de inclusão,

reavaliando sua prática profissional, atuando de forma a valorizar os potenciais dos

alunos, a identificar as necessidades desses alunos, e principalmente desenvolvendo

estratégias para atender as necessidades identificadas, pois entendemos que a inclusão

beneficia a toda a sociedade, pois os alunos, professores e comunidade escolar terão

contato direto com a diversidade e aprenderão a conviver com as diferenças o que

futuramente reduzirá o preconceito entre as pessoas.

4. MARCO OPERACIONAL

Ao tomar conhecimento da realidade onde atua o educando da Escola Estadual

Godofredo Machado e entendendo a escola como lugar onde o processo de construção

do conhecimento se dá de forma sistematizada, buscam-se alternativas que propiciem a

qualificação do ensino e o combate a mecanismos de exclusão. O ato operacional aqui

43

presente, delineia as mudanças significativas a serem alcançadas e define as linhas de

ação e a reorganização do trabalho pedagógico da escola. Para consolidar a nossa

prática pedagógica, relata-se abaixo parcerias, programas, projetos, que buscam melhorar

os índices da instituição e proporcionar maior integração entre a família e a escola.

4.1 MISSÃO DA ESCOLA

A missão de nossa escola é fortalecer a qualidade da escola pública, e incorporar

uma postura de ensino de qualidade, proporcionando o desenvolvimento das dimensões

de aprendizagem e a excelência humana, através de ações democráticas, transparentes,

éticas e solidárias, frente aos desafios propostos no Projeto Político Pedagógico.

4.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA

4.2.1 Integração do Ensino Fundamental - séries iniciais e finais

Nossa instituição preocupada com a adaptação dos alunos oriundos das Escolas

Municipais, alunos estes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, desenvolve ações que

buscam amenizar os conflitos existentes, tais como:

Visitas as escolas do entorno: Direção e equipe pedagógica, próximo ao final de

cada ano letivo, realizam uma visita as escolas (próximas da nossa instituição) com

o intuito de aproximar seus dirigentes, verificar o nível de aprendizagem que esses

alunos alcançaram, conhecer o currículo acadêmico, verificar os alunos que

frequentam sala de apoio ou sala de recursos multifuncional tipo 1, para dar

continuidade aos programas. É por meio deste encontro que surgem parcerias para

melhor atender e adaptar os novos alunos, frequentadores do 6º ano. Neste

encontro os alunos egressos são convidados a conhecer nossa instituição e

nossos professores, criando assim um ambiente acolhedor para os mesmos. Neste

dia são realizadas atividades de artes, educação física, etc, pelos professores e

reconhecimento do espaço escolar, também é realizada pela direção e equipe

pedagógica, uma reunião para os pais onde são repassadas as normas da

instituição, seus projetos e programas, suas especificidades em geral.

Visitação dos alunos egressos: Os professores fazem uma visitação as áreas da

44

escola, como: laboratório de informática, secretaria, biblioteca, salas da direção,

dos professores e da equipe pedagógica, banheiros e demais dependências, para

que os alunos se sintam acolhidos e familiarizados com o ambiente.

Reuniões com as famílias: Já no início do ano letivo são realizadas reuniões com

as famílias do 6º ao 9º ano, para ciência do regimento interno, sistema de

avaliação, direitos dos alunos, normas da escola e demais informações importantes

para o bom andamento durante o ano letivo.

Entrega de boletins: Ao final de cada trimestre é realizada a entrega dos boletins,

onde os pais novamente têm oportunidade de saber do desenvolvimento

acadêmico dos seus filhos.

Reuniões extraordinárias: Sem datas previamente definidas e sempre que

surgir a necessidade da participação da família na vida escolar.

4.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

A verificação do rendimento escolar obedecerá o disposto na legislação vigente,

onde a avaliação do aproveitamento será entendida como um dos aspectos do ensino

aprendizagem e permitirá ao professor interpretar os dados da aprendizagem e avaliar o

seu próprio trabalho.

A avaliação do desempenho do educando e de seu rendimento escolar será

contínua e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

podendo ser realizada através de variados instrumentos como: trabalhos de pesquisa

científica, debates em sala de aula, confecção de materiais diversos que possam ilustrar o

conhecimento adquirido e/ou desenvolvido, representações artístico/cultural, avaliações

escritas (objetivas e/ou subjetivas), participações em seminários, além de outros trabalhos

que a escola venha a desenvolver coletivamente. Sendo a avaliação um dos aspectos

fundamentais de um plano pedagógico, é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica,

justa, criativa e coerente com proposta pedagógica. Nesta perspectiva de avaliação,

devem ser envolvidos professores, educandos, orientadores, diretores, funcionários e

pais.

Será ofertado ao educando, no mínimo, duas oportunidades de avaliação escritas

com direito à recuperação de estudos e reavaliação, totalizando 6,0(seis vírgula zero) e o

restante dos pontos, ou seja, 4,0(quatro vírgula zero) serão distribuídos nas demais

45

avaliações individuais ou em grupos.

A avaliação, bem como a recuperação dos conteúdos e a reavaliação, deverá ser

realizada durante todo o processo de ensino aprendizagem, de forma que o aluno possa

apresentar suas dificuldades e facilidades em relação a determinado conteúdo e

recuperá-lo, permitindo ao professor o acompanhamento do processo de construção do

aluno.

Os resultados das avaliações serão expressos em notas na escala de 0,0 a 10,0

(zero a dez vírgula zero), totalizando a soma dos valores atribuídos em cada instrumento

avaliativo. Neste caso, consideramos os valores cumulativos resultantes das várias

aferições, obedecendo uma sequência e ordenação dos conteúdos.

Após a verificação dos resultados finais de aproveitamento e frequência, serão

definidas as situações de aprovação ou retenção na mesma série.

Assim será considerado aprovado o educando que apresentar:

Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga

horária (aulas-dadas) anual e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

Será considerado reprovado o educando que apresentar:

Frequência inferior a 75% do total da carga horária (aulas-dadas anualmente) das

disciplinas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

O educando que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco

por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os estudos de

recuperação e reavaliação ao longo do ano, será submetido à análise do Conselho de

Classe Final que decidirá sobre a sua aprovação ou não.

Para fins de registros no Histórico Escolar a Síntese do Sistema de Avaliação

considerar-se-á aprovado o educando que apresentar frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) e rendimento igual ou superior a 6,0. (seis vírgula zero).

Para o cálculo anual de aprovação, utilizar-se-á:

1º trim. + 2º trim. + 3º trim. : > ou igual a 6,0 (seis vírgula zero) - nota mínima

3

4.3.1 Recuperação paralela e reavaliação

Para os educandos com baixo desempenho escolar será proporcionada a

recuperação de estudos, que de acordo com a Deliberação 007/1999 – CEE/PR, deverá,

46

Art. 13 - A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

Na recuperação de estudos, o professor considerará a aprendizagem do educando

no decorrer do processo e, para aferição entre a nota da avaliação e da reavaliação,

prevalecerá sempre a maior.

O educando também tem direito a recuperação e reavaliação de trabalhos, que

acontecerá em data previamente marcada, prevista em calendário e de conhecimento de

todos (educandos, familiares e comunidade em geral).

É direito do educando participar dos momentos de recuperação, mesmo aqueles

que já estejam com a média mínima exigida (6,0), pois sempre há a possibilidade destes

melhorarem seu desempenho.

4.3.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do

estabelecimento de ensino, tendo como objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem

na relação professor/educando, e os procedimentos adequados a cada caso.

O Conselhos de Classe será para todas as turmas existentes no Estabelecimento

de Ensino, constituído pela Equipe Pedagógica, Professor Pedagogo, e por todos os

professores que atuam na mesma classe.

O educando será submetido ao Conselho de Classe sempre que se fizer

necessário, independente do fato de já ter sido aprovado por eles em ocasiões anteriores.

De acordo com o Caderno de subsídios para elaboração do Regimento Escolar são

atribuições do Conselho de Classe:

I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem; II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem; III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola; IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem; V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do

47

aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno; VI. analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital (CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA ELABORAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR, 2010)

A Presidência do Conselho de Classe está a cargo da Diretora do Estabelecimento

que em sua falta ou impedimento, deve ser substituído pela Professora Pedagoga.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada trimestre, em datas

previstas no calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que um fato relevante

assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita através de Edital, com antecedência de

48 (quarenta e oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros

convocados, ficando os faltosos passíveis de descontos no vencimento.

O conselho de classe desempenha o papel de avaliação dos alunos e de

autoavaliação de suas práticas, com a intenção de diagnosticar a razão das dificuldades

dos alunos, e apontar as mudanças necessárias nos encaminhamentos pedagógicos para

superar tais dificuldades.

4.3.3 Pré-conselho

Momento que antecede o Conselho de Classe, geralmente acontece na metade do

trimestre, com a intenção de analisar o desenvolvimento dos educandos, pois é neste

momento que podemos intervir, rever metodologias, convocar os familiares para ajudar

seus filhos, encaminhar o educando para Sala de Apoio quando necessário, entre outras

atitudes que podem fazer a diferença no sentido de ajudar e colaborar com o educando

em sua aprendizagem e seu aproveitamento escolar realmente efetivo. Neste momento

os professores fazem relatos do desempenho da turma, principais dificuldades e fazem as

recomendações dos alunos com dificuldades de aprendizagem, ficando a cargo das

direção/pedagogas o contato e atendimento aos pais destes alunos.

Na semana que antecede o pré-conselho a pedagoga realiza um momento de

diálogo com as turmas procurando identificar pontos positivos e negativos das

metodologias dos professores para posterior intervenção com os mesmos.

4.3.4 Classificação

48

Estão conforme as leis vigentes contidas no Regimento Escolar.

4.3.5 Revalidação

Estão conforme as leis vigentes contidas no Regimento Escolar

4.3.6 Adaptação/aproveitamento de estudos

Estão conforme as leis vigentes contidas no Regimento Escolar

4.3.7 Progressão

Estão conforme as leis vigentes contidas no Regimento Escolar

4.4 FORMAÇÃO CONTINUADA

Sabe-se que todas as pessoas que trabalham no ambiente escolar são

responsáveis, cada um a seu modo, pela educação dos educandos. Assim a escola

compreende que é de grande importância para a qualidade de seu trabalho auxiliar tais

pessoas a reciclarem seus conhecimentos e apreenderem novos métodos de trabalho

para que nosso alunado possa, consequentemente avançar também.

Em conformidade com o cronograma de cursos, minicursos, seminários, palestras

e outros eventos para os diversos profissionais da educação que a SEED, anualmente,

coloca à disposição da escola, será respeitado o direito e o dever que todos têm de

participarem destes eventos. A escola além de incentivar seus funcionários, professores e

técnicos a realizarem os cursos, estará elaborando um cronograma de trabalho com vistas

à substituição daqueles que se ausentarem.

Além da participação nestes eventos, o professorado e funcionários terão a

oportunidade de realizarem no espaço escolar grupos de estudos, tendo como objetivo

principal refletir sobre a prática educacional, considerando toda a complexidade de

nossas ações com seus ganhos e suas perdas. Este tipo de estudo será interessante

também para que todos os envolvidos possam desenvolver um trabalho interdisciplinar de

melhor qualidade.

Quanto à formação continuada, a escola participa das Semanas de Capacitação

promovidas pela SEED e organizadas pela Equipe Pedagógica da escola, do Formação

49

em Ação, Grupo de Trabalho em Rede (GTR) além de cursos que possuem temas

específicos oferecidos pela SEED à professores e pedagogos. Vale salientar que os

professores e funcionários também procuram formação continuada em cursos de

especialização – presencial e online, cursos a distância, como os ofertados pelo projeto

da Gazeta do Povo/ RPC, intitulados como “Ler e pensar”, no qual nossa instituição é

apadrinhada por uma empresa de São José dos Pinhais.

Nos Conselhos de Classe e pré-conselhos fazemos valer o encontro de todos os

professores para discutir propostas, encaminhamentos e metodologias diferenciadas para

as turmas com problemas de aprendizagem, utiliza-se então esses momentos para uma

formação in locus, ou seja, na própria instituição.

O momento da hora atividade também é utilizado para leitura e reflexão de textos,

além do planejamento das aulas e organização das atividades. Neste período também

faz-se atendimento aos pais de alunos, com encaminhamentos designados e discutidos

no dia do pré-conselho e do conselho de classe de cada trimestre.

Por tudo isso, percebemos um avanço na formação dos profissionais da educação,

contudo somos sabedores que, ainda há muito que se fazer para melhorar a formação

dos profissionais no que diz respeito à qualidade do ensino superior e da formação

continuada.

4.5 AÇÕES DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

4.5.1 Conselho Escolar

Conforme caderno de subsídios para elaboração do Estatuto do Conselho Escolar,

esta instância é,

um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de Estado da Educação observando a Constituição Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola. (PARANÀ, 2009, p. 9)

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre vários

segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e qualidade

50

de seu funcionamento. Este conselho se reúne sempre que necessário para deliberar

sobre vários assuntos, como: analisar junto com as outras instâncias a situação de risco

na estrutura física da escola; rever ou incluir novo texto ao Regimento Interno, deliberar

sobre questões relativas a alunos em situação de risco (familiar, social ou dele para com

ele mesmo), etc.

O Artigo 5º, do mesmo caderno de subsídios para elaboração do Estatuto do

Conselho Escolar afirma,

Art. 5º - O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do estabelecimento de ensino.

O Conselho Escolar tem como principal atribuição discutir, aprovar e acompanhar

a efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser

desenvolvida no estabelecimento de ensino, sendo assim, todas as decisões da

instituição passam pelo crivo desta instância colegiada. A presidência do Conselho

Escolar é exercida pela Diretora da escola, cabendo a ela diligenciar pela efetiva

realização das decisões do colegiado e da consolidação do Projeto Político Pedagógico

da instituição.

Entre as ações desempenhadas pelo Conselho escolar, podemos destacar:

participação ativa nas reuniões para construção de planejamento, discussão e definição

do dinheiro recebido por meio do PDDE, acompanhamento e fiscalização das compras

realizadas, discussão para aquisição de livros e materiais didáticos, acompanhamento

de serviço de reforma do prédio escolar, participação ativa dos eventos escolares e da

divulgação na chamada da população, acompanhamento do desempenho dos alunos e

sugestão de medidas para superar as dificuldades, mobilização da comunidade escolar e

local na participação das ações escolares, divulgação do plano de aplicação e prestação

de contas dos recursos financeiros.

4.5.2 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é mais das instâncias colegiadas da escola, que representa os

estudantes na instituição. Segundo Portal Educacional do Estado do Paraná o Grêmio

Estudantil é,

51

uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.[...] As atividades dos Grêmios Estudantis representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

Seu maior objetivo é unir e movimentar os estudantes para a discussão de seus

direitos e deveres, debatendo assuntos diversos sobre escola, comunidade e sociedade.

Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos Grêmios Estudantis

ficou assegurado pela Lei n. 7.398, como entidades autônomas de representação dos

estudantes.

Nossa instituição, por várias vezes tentou implantar o Grêmio Estudantil, porém

não obteve êxito. No ano de 2015 passa novamente por todo o processo de eleição para

manter garantido o direito dos alunos de representação dentro da instituição de ensino.

Ficando, a partir da eleição e de acordo com todos os alunos, estabelecido o estatuto do

Grêmio Estudantil da Escola Godofredo Machado.

4.5.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é de grande importância para a

escola no sentido de que por meio do seu trabalho poderão ser atingidos uma série de

objetivos que visam a melhoria da qualidade da escola pública. Sendo assim, a escola

fará grande esforço para que consigamos manter uma APMF que garanta um trabalho de

base e que efetivamente possa atingir seus objetivos, conforme instrução do Portal

Educacional do Estado do Paraná,

I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa; II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino; III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade; IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do Conselho Escolar; V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal;

52

VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportivas, ouvido o Conselho Escolar; VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata; VIII - colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

Segundo o mesmo Portal Educacional do Estado do Paraná,

É de suma importância que pais, professores, funcionários e equipe diretiva, que compõem a diretoria da APMF, tenham consciência que toda e qualquer decisão tomada em reunião por esse colegiado deverá ser discutida e amplamente debatida, sejam questões de ordem pedagógica ou administrativa, pois essas decisões terão um papel fundamental no processo de ensino aprendizagem dos alunos (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

A representatividade da APMF, precisa ser composta por todos os segmentos da

escola, ou seja, pais, professores, funcionários, equipe pedagógica e diretiva para que as

decisões possam agradar a todos e principalmente atingir o principal objetivo, que é uma

escola de qualidade para todos os alunos.

Este aspecto de representatividade da APMF é confirmado por Hora (2000 p.136)

quando afirma,

Na medida em que se consegue a participação de todos os setores da escola – educadores, alunos, pais e funcionários – nas decisões a respeito de seus objetivos e de seu funcionamento, a escola tem melhores condições para pressionar os escalões superiores, no sentido de apropriar-se de autonomia e recursos. Será muito mais difícil dizer não quando a solicitação não for de uma pessoa, mas de um grupo, que representa todos os segmentos e que esteja instrumentalizado pela conscientização que sua própria organização proporciona. (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

A APMF é um órgão importantíssimo dentro da escola, pelo fato de movimentar

toda a comunidade a favor da instituição, e do mesmo modo, a favor da educação.

Entre as ações da APMF, podemos destacar: discussão e participação na

construção e elaboração da proposta pedagógica, integração de professores,

funcionários, alunos e comunidade escolar nas atividades promovidas pela escola,

envolvimento nas reais necessidades da escola para superação das mesmas, integração

com o Conselho Escolar, a fim de discutir juntos, as necessidades da instituição,

programação de atividades culturais e de lazer que envolvam a participação de toda a

53

comunidade escolar, colaboração com a manutenção e conservação do prédio escolar e

suas instalações, divulgação das ações para a comunidade escolar e prestação de

contas.

4.6 PROGRAMAS E PROJETOS

4.6.1 Projetos desenvolvidos pela instituição

A escola desenvolve projetos que buscam enfrentar os desafios educacionais

contemporâneos, tais como: Educação ambiental, Educação para Relações Étnico-

Raciais, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas,

questões de gênero, doenças sexualmente transmissíveis, educação sexual, entre outros

temas correlatos. Abaixo fazemos a descrição destes projetos:

Cuidando da Saúde: O projeto foi estabelecido devido à necessidade de reforçar

conceitos importantes para o amadurecimento dos adolescentes. Consiste no

aprofundamento de temas como a higiene corporal, prevenção ao uso de substâncias

químicas, prevenção à gravidez precoce, alimentação saudável, doenças sexualmente

transmissíveis, entre outros.

Neste projeto destinamos algumas aulas para apresentação de vídeos, palestras e

debates com os diversos temas propostos e/ou convidamos alguns palestrantes para

trabalhar os temas. São grandes parceiros da nossa instituição os profissionais da

Secretaria de Saúde do município, que sempre estão prontos para nos atender quando

solicitados.

O projeto é dividido em três partes, sendo um tema a cada trimestre.

Educação para o trânsito: No dia destinado à Educação no Trânsito, algumas aulas

são reservadas para exposição de vídeos, palestras e debates com todas as turmas. A

justificativa deste tema refere-se ao fato de que, no entorno da escola há muitas ruas com

tráfego intenso, sem sinalização de “cuidado escola” ou uma lombada para que os

motoristas diminuam a velocidade. Muitos de nossos alunos usam bicicletas para virem à

escola e percebemos a necessidade de orientação com relação ao uso deste meio de

transporte.

Educação Ambiental: O projeto de Educação Ambiental vem sendo desenvolvido

54

desde 2008 e tem como finalidade educar nossos alunos quanto ao destino certo do lixo

produzido por nossa escola. São ministradas palestras quanto ao uso consciente dos

recursos naturais, como a água, por exemplo. No ano de 2015, devido à escassez da

água, as professoras das disciplinas de Ciências e Geografia, estão trabalhando o tema e

desenvolvendo junto aos alunos o desafio de como economizar água.

Um dos objetivos do projeto de educação ambiental é tornar nossos alunos agentes

disseminadores, multiplicadores das informações e dos conhecimentos adquiridos, pois

de alguma forma podemos ajudar nossa comunidade. No início do ano são escolhidos

dois alunos por turma para serem os fiscais ambientais, estes auxiliam os(as)

professores(as) a cuidar do ambiente escolar, incentivando seus colegas na limpeza das

salas de aula e da escola em geral.

Lei 9.795/99 Educação Ambiental: A escola também possui um projeto específico que é

realizado no dia do Meio Ambiente, onde são tratados os temas referentes ao assunto por

meio de vídeos, imagens e debates e culmina com a produção de cada disciplina sobre o

tema. Procura-se trabalhar com análise e construção de gráficos (barras, setores,

colunas, linhas, etc) com porcentagem, utilizando dados sobre temas como aquecimento

global, temperaturas média dos lugares, quantidade de produção de lixo nas grandes

cidades e de reciclagem (unidades de medida), índice de matas nativas no planeta...

Educação financeira: Com relação ao projeto Educação Financeira, os professores

de Matemática, além de trabalharem os conteúdos previstos no planejamento docente,

adaptam estes para a realidade dos educandos e suas famílias, no sentido de orientar a

necessidade de conhecimento sobre dinheiro, como usá-lo, poupá-lo, aplicá-lo, etc. São

orientações simples, conforme o grau de entendimento da turma, até noções básicas de

contabilidade (ativo/passivo).

Atividades cívicas: Quinzenalmente, os alunos da Escola cantam o hino nacional.

São despertados para a importância do patriotismo e à conscientização dos direitos e

deveres de cidadão.

Olimpíadas de Matemática: A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas

Públicas (OBMEP) é uma realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada

- IMPA - e tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área.

Nossa instituição a vários anos vem participando das Olimpíadas da Matemática, o que

vem proporcionando aos alunos um incentivo ao estudo da matemática.

55

Semana de Integração família/escola: Conforme calendário escolar, a semana de

integração família/escola acontece em meados do mês de junho/julho. Por ocasião deste

evento a escola organiza num ano a Gincana Solidária e no outro ano, Oficinas Culturais,

descritos abaixo:

- Gincana solidária: Nossa Gincana é realizada anualmente - desde 2011 - sempre com

temas diferentes para que haja socialização entre a comunidade escolar e propiciar aos

educandos um momento de aprendizado diferente do habitual. Na gincana procuramos

despertar nos nossos alunos o espirito de solidariedade, onde por meio de provas, da

própria gincana, eles arrecadam alimentos, produtos de higiene... para fazermos doação a

instituições necessitadas, como: lar de idosos, casas abrigo para menores, ou para

famílias em situação difícil com crianças internadas no Hospital Erasto Gaertner, de

Clínicas, etc. Elaboramos cestas e junto com alguns alunos voluntários fazemos a

entrega.

Os pais são informados da gincana, suas normas e provas por meio do site ou facebook

oficial da escola.

- Oficinas culturais: Desde 2011, também realizamos alternadamente com a gincana as

Oficinas culturais, onde os professores e alunos preparam trabalhos relacionados ao tema

escolhido. Nesta ocasião os pais são convidados a prestigiarem os trabalhos

desenvolvidos pelos alunos.

Tem sido um aprendizado, tanto para os educandos quanto para a equipe diretiva

e de professores, pois temos observado que alunos com problemas de indisciplina e

socialização se mostram muito participativos nestas atividades e na maioria das vezes

mudam de comportamento com relação à escola e a vida.

Projeto leitura na escola: A leitura provoca a necessidade da compreensão e

interação com a sociedade e o mundo, enriquece ideias e experiências intelectuais,

dinamiza o raciocínio e a interpretação, porém é algo que ainda precisa ser melhorado e

muito nas escolas de modo geral.

O desenvolvimento da competência leitora dos alunos, nas séries finais do Ensino

Fundamental, é uma preocupação frequente em nossa instituição e imprescindível à

consolidação da capacidade crítica dos estudantes. Por isto, torna-se necessário o

trabalho com textos de forma constante em sala de aula, enfatizando aspectos discursivos

a fim de contribuir com a produção de seus conhecimentos.

Nosso maior objetivo com a prática de leitura é a formação de um leitor crítico e,

56

para tanto, torna-se decisivo o desenvolvimento do aluno como sujeito que infere, reflete e

avalia o texto que lê. São habilidades necessárias à formação do aluno-leitor, as quais,

certamente, propiciarão que ele, também, adquira competência para ler o que não está

escrito no texto, identificando elementos implícitos, estabelecendo relações entre o que lê

e os textos lidos, além de saber interpretar os diversos sentidos que podem ser atribuídos.

Nesse sentido, pensamos ser importante a participação de todas as disciplinas

neste incentivo, não ficando somente a cargo da disciplina de Língua Portuguesa, sendo

assim, todas as disciplinas trabalham com textos relacionados a suas disciplinas, mas

também que venham ao encontro das expectativas dos alunos. Além da leitura como

informação e, consequentemente, como fonte de acesso ao conhecimento e ao poder, o

mais importante é a capacidade de se aliar isso ao prazer e entretenimento, pois é de se

deduzir, por essa linha de pensamento que, o prazer na prática da leitura levará

automaticamente o leitor ao conhecimento. Com essa ideologia na prática pedagógica,

propomos alternativas de promoção de leitura, objetivando despertar o interesse e a

vontade de ler por parte dos alunos. Deste modo todas as disciplinas possibilitam a leitura

dos mais variados tipos de textos, cada qual dentro de sua disciplina, quinzenalmente.

Vale a pena salientar que a disciplina de Língua Portuguesa incentiva o empréstimo de

livros e que proporciona momentos de leitura semanalmente.

4.6.2 Equipe Multidisciplinar

A principal função da Equipe Multidisciplinar é levantar os problemas relacionados

aos preconceitos existentes na comunidade e por meio de estudos subsidiados com

leituras e reflexões, visar ações para o combate do racismo e do preconceito ainda tão

presentes em nossa sociedade.

Segundo a Secretária de Estado da Educação do Paraná, as equipes

multidisciplinares são,

espaços de debates, estratégias e de ações pedagógicas que fortaleçam a implementação da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08, bem como das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo escolar das instituições de ensino da rede pública estadual e escolas conveniadas do Paraná. (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

57

Sendo assim, a Equipe Multidisciplinar justifica seu trabalho pelo fato de que o

processo de naturalização das diferenças étnico-raciais que marcou mais de quinhentos

anos da história deste país, vinculou-se à restrição do acesso à educação e,

consequentemente, à cidadania, a negros e indígenas. Trabalhar com a problemática das

relações étnico-raciais, o que significa abordar conjuntamente o preconceito e o racismo,

não é apenas uma questão de obrigatoriedade das escolas públicas do estado do Paraná,

mas sim de urgente necessidade, pois, por mais que se tenha avançado na luta contra o

racismo ao longo da nossa história, há ainda imensos desafios para vencer as

discriminações étnico-raciais produzidas e reproduzidas em todos os espaços da vida

social brasileira, dentre eles, à escola.

Dentre os objetivos propostos pela Equipe Multidisciplinar, pode-se citar:

Conhecer e valorizar a história dos povos africanos e afro descendentes para

superação do preconceito racial;

Fortalecer a identidade negra pelo conhecimento de suas culturas e tradições;

Propiciar reflexão sobre a diversidade cultural e a pluralidade étnico-racial;

Ampliar o estudo sobre a questão racial (discriminação, preconceito e racismo);

Desenvolver o conhecimento sobre a história, cultura e arte indígena;

Perceber e valorizar a influência da cultura africana e indígena no Brasil;

Refletir sobre o racismo e as formas de discriminação existentes no contexto

escolar.

É importante ressaltar que o trabalho desenvolvido pela Equipe Multidisciplinar

conta com a participação da direção, das pedagogas, dos professores, e dos funcionários

para a sua efetivação. Os eventos realizados pela Equipe Multidisciplinar conta também

com a colaboração da comunidade em geral, que não mede esforços para colaborar e

participar sempre que convidados.

Durante todo o ano letivo e em todas as séries, são trabalhados temas

relacionados com:

História do Paraná ( Lei Estadual nº 13.381/01): Crescimento populacional, etnias,

desenvolvimento econômico, área, densidade demográfica, participação de gênero ( na

economia, na política, nos níveis de ensino, etc), as geometrias utilizadas na arquitetura,

no artesanato e nas artes do Paraná, etc.

Lei 10.639/03 História e Cultrura Afra- Brasileira: Pesquisar e investigar os jogos

matemáticos de origem africana, a diversidade étnico-cultural em meio às manifestações

matemáticas presentes na população afro-brasileira.

58

4.6.3 Sala de Apoio à Aprendizagem

A sala de apoio à aprendizagem tem o objetivo atender às defasagens de

aprendizagem apresentadas pelos educandos que frequentam o 6º ano do Ensino

Fundamental. O programa prevê o atendimento aos educandos, no contraturno, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, que têm como finalidade trabalhar as

dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos nessas disciplinas, sendo estas

essenciais para a aprendizagem das demais disciplinas.

O governo do estado do Paraná, institui a partir de 2011, em caráter permanente, o

Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na Educação

Básica na Rede Estadual de Ensino. Por meio da resolução nº 1690/2011 – GS/Seed,

resolve:

Art. 1.o Instituir a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino. § 1.o O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno visa a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que está situada, em contraturno, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos. § 2.o As atividades complementares curriculares ofertadas em contraturno devem estar vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade (RESOLUÇÃO nº 1690/2011- GS/SEED)

No ano de 2015 nossa instituição conta com uma sala de apoio à aprendizagem

que no período da manhã, que atende alunos do 6º ano do período da tarde.

4.6.4 Sala de Recursos Multifuncional - tipo 1

De acordo com a Instrução n° 016/2011 – SEED/SUED, a sala de recursos

multifuncional tipo 1, na educação básica,

é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Pública de Ensino. [...]

59

Visa apoiar o sistema de ensino, com vistas a complementar a escolarização de alunos com deficiências (INSTRUÇÃO, nº 016/2011 – SUED/SEED)

Este programa é um dos exemplos de oferta da educação especial em forma de

serviços e recursos especializados, que possibilitam um atendimento direcionado, um

trabalho objetivo e intencional que respeita as necessidades pedagógicas diferenciadas

dos educandos.

De acordo com a mesma instrução, serão atendidos neste programa, alunos

matriculados na rede pública com:

Deficiência intelectual: Em conformidade com a Associação Americana de Retardo Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade. Deficiência física neuromotora: aquele que apresenta comprometimento motor acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se comunicar ou para comunicação. Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicose) e transtornos invasivos sem outra especificação. Transtornos funcionais específicos: Refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas, na atenção e concentração (INSTRUÇÃO, nº 016/2011 – SUED/SEED)

A sala de recursos multifuncional tipo 1, está organizada com materiais didáticos de

acessibilidade, recursos pedagógicos específicos adaptados, tecnológicos e mobiliários

adequados. Entre estes destacam-se os jogos pedagógicos que valorizam os aspectos

lúdicos, estimulam a criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovem o

desenvolvimento dos processos cognitivos.

O trabalho pedagógico desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I,

na Educação Básica deve partir dos interesses, necessidades e dificuldades de

aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos,

contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum e, utilizando-se ainda,

de metodologias e estratégias diferenciadas, objetivando o desenvolvimento da

autonomia, independência e valorização do aluno. Segundo a Instrução, nº 016/2011 –

SUED/SEED) o trabalho pedagógico deverá ser realizado em 3 eixos:

60

Eixo 1- Atendimento individual: Sala de Recursos Multifuncional tipo I, na Educação Básica – anos finais: trabalhar o desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva (áreas do desenvolvimento) e os conteúdos defasados dos anos iniciais, principalmente de leitura, escrita e conceitos matemáticos. Eixo 2 - Trabalho colaborativo com professores da classe comum: Tem como objetivo desenvolver ações para possibilitar o acesso curricular, adaptação curricular, avaliação diferenciada e organização estratégias pedagógicas de forma a atender as necessidades educacionais especiais dos alunos. Eixo 3 - Trabalho colaborativo com a família: Tem como objetivo possibilitar o envolvimento e participação desta no processo educacional do aluno (INSTRUÇÃO, nº 016/2011 – SUED/SEED)

A sala de recurso multifuncional tipo 1, objetiva acompanhar o desenvolvimento do

aluno e traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica. O desenvolvimento do

aluno será observado/analisado no contexto comum de ensino e no atendimento

educacional especializado. Os avanços acadêmicos dos alunos, tanto na sala de recurso

multifuncional tipo 1, como na sala regular, são registrados em relatório pedagógico,

elaborado a partir do parecer dos professores das disciplinas no conselho de classe, com

o professor da Sala de Recursos Multifuncional tipo 1.

4.6.5 Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar

Segundo o Portal Educacional do Estado do Paraná, o Serviço de Atendimento à

Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh),

oferece apoio educacional aos alunos que estão impossibilitados de frequentar a escola devido à internação hospitalar ou tratamento de saúde. O objetivo é que os alunos possam continuar o processo de escolarização e voltem ao ambiente escolar sem perdas de conteúdo das disciplinas. O acompanhamento dos alunos é feito por um pedagogo e por três professores do quadro do magistério, que realizam atendimento hospitalar e domiciliar [...]No atendimento hospitalar o pedagogo e os três professores atuam em áreas diferentes: ciências exatas, ciências humanas e linguagens. No atendimento domiciliar, há liberação de um professor que acompanha pedagogicamente o aluno em suas atividades escolares (PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO)

Então o Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar objetiva o

atendimento educacional aos estudantes que se encontram impossibilitados de frequentar

a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde,

permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção

em seu ambiente escolar.

Os alunos que se encontram impossibilitados de comparecerem à escola são

61

atendidos com atividades pedagógicas, ficando a cargo das famílias entrarem em contato

com a equipe pedagógica, para que a mesma providencie junto aos professores as

atividades do período de afastamento do aluno. Esse tipo de auxílio às famílias somente é

disponibilizado mediante atestado médico que comprove que o educando não pode

comparecer as aulas.

4.6.6 Combate ao Bullying:

Nossa escola participa do Programa de Combate ao Bullying, instituído pelo

Governo Estadual, como ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas Escolas

Públicas do Paraná e aprovado pelo Ato Administrativo nº 292/2008 – Núcleo Regional da

Área Metropolitana Sul, do município de São José dos Pinhais. Constante de nosso

Regimento Interno com a seguinte redação:

Art. 64 – De acordo com a Lei nº 17335 de 10 de outubro de 2012, aprovada pela

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, e sancionada pelo Governador do

Estado do Paraná, Senhor Carlos Alberto Richa, fica instituído na Escola Estadual

Godofredo Machado e comunidade em geral, o Programa de Combate ao Bullying,

de ação interdisciplinar, intersetorial e de participação comunitária.

No parágrafo único, da Lei nº 17335/2012 a definição de bullying é a seguinte:

Entende-se por bullying atitudes de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, praticadas por um indivíduo (bully) ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Em seu artigo 2º define como pode ser evidenciada a violência física ou psicológica,

Art. 2º A violência física ou psicológica pode ser evidenciada em atos de intimidação, humilhação e discriminação, dentre os quais: I - insultos pessoais; II - comentários pejorativos; III - ataques físicos; IV - grafitagens depreciativas; V - expressões ameaçadoras e preconceituosas; VI - isolamento social; VII - ameaças;

VIII - pilhérias.

O programa vem ao longo dos anos se aprofundando e se tornando assunto diário

62

em algumas aulas, principalmente nas aulas de Ensino Religioso, para os 6º e 7º anos.

Para melhor entender a função deste programa especificamos abaixo quais são os

seus objetivos, descritos na Lei de combate ao Bullying:

I - prevenir e combater a prática de bullying nas escolas; II - capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema; III - incluir, no Regime Escolar, após ampla discussão no Conselho de Escola, regras normativas contra o bullying; IV - esclarecer sobre os aspectos éticos e legais que envolvem o bullying; V - observar, analisar e identificar eventuais praticantes e vítimas de bullying nas escolas; VI - discernir, de forma clara e objetiva, o que é brincadeira e o que é bullying; VII - desenvolver campanhas educativas, informativas e de conscientização com a utilização de cartazes e de recursos de áudio e audiovisual; VIII - valorizar as individualidades, canalizando as diferenças para a melhoria da autoestima dos estudantes; IX - integrar a comunidade, as organizações da sociedade, as políticas setoriais públicas e os meios de comunicação nas ações interdisciplinares de combate ao bullying; X - coibir atos de agressão, discriminação, humilhação e qualquer outro comportamento de intimidação, constrangimento ou violência; XI - realizar debates e reflexos a respeito do assunto, com ensinamentos que visem à convivência harmônica na Escola e na comunidade; XII - promover um ambiente escolar seguro e sadio, incentivando a tolerância e o respeito mútuo. XIII - propor dinâmicas de integração entre alunos, professores, demais profissionais da educação e da comunidade; XIV - estimular a amizade, a solidariedade, a cooperação e o companheirismo no ambiente escolar. XV - orientar pais e familiares sobre como proceder diante da prática de bullying; XVI - auxiliar vítimas e agressores, orientando-os e encaminhando-os para a rede de serviços sociais, sempre que necessário.

Percebe-se que dia após dia o assunto é melhor discutido e abordado nas aulas,

também ficando a cargo da Patrulha Escolar, no início de cada ano, fazer uma palestra

alertando sobre as consequências do bullying.

4.7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O Projeto Político Pedagógico será acompanhado pela Equipe Técnico Pedagógica

do estabelecimento de ensino, semestralmente, com base nos resultados obtidos no

processo de ensino e aprendizagem. Estes resultados dizem respeito aos avanços ou não

do educando que poderá ser demonstrado por meio de quadros estatísticos e/ou

relatórios elaborados pelos próprios professores. Todos os segmentos da escola deverão

participar no sentido de relatar verbalmente e/ou por escrito, em reuniões ou fichamentos

onde poderão ser feitas as leituras do quadro atualizado dos resultados e, em resposta às

63

necessidades apresentadas, novas propostas para a melhoria das ações da escola.

Para a avaliação do Projeto Político Pedagógico será convocada a comunidade

escolar em Assembleia, onde serão repassados os objetivos, as finalidades, os

problemas, e o compromisso de cada um para com o sucesso da escola. O Projeto

Político Pedagógico ficará à disposição de todos para análise e reflexão, ficando os

mesmos com a decisão da aprovação e/ou das possíveis alterações para o bom

funcionamento do Colégio.

Esperamos, assim, estarmos possibilitando à comunidade escolar a produção de

reflexões que possibilitem uma gestão democrática comprometida com a construção da

cidadania e da transformação social.

REFERÊNCIAS

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AQUINO, J. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

AURÉLIO. Dicionário Aurélio online. Disponível em: http://www.dicionariodoaurelio.com/cultura. Acesso em: 25/01/2015. AZEVEDO, M. A; MARQUES, M. L. (Orgs.). Alfabetização hoje. São Paulo: Cortez, 1995.

BOFF, Leonardo. Projetos políticos e modelos de cidadania. In: BOFF, Leonardo. Depois dos 500 anos: Que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf >. Acesso em: 17/01/2015. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais

64

de qualidade para a educação infantil – Brasília, DF, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf. Acesso em: 27/08/2015. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: do que estamos falando? Revista Educação Especial. Santa Maria, n. 26, p. 19-30, 2005. Disponível em: http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/cedu/pos-graduacao/mestrado-e-doutorado-em-educacao/dissertacoes/2011-mestrado-minter-ifpe/maria-zivaneide-de-carvalho-moraes-lefosse/at_download/file. Acesso em: 29/01/2015. DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas/SP, Ed. Autores Associados, 1996. FREIRE. P. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Moraes, 1980. HEGEL, G. W. F. O Sistema de vida ética. Lisboa: Edições 70, 1991. HOFFMANN, J. Avaliar para promover. 7. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005. HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola. 7. ed. Campinas: Papirus, 2000. IDEB – Indice de desenvolvimento da educação básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=337&id=180&option=com_content&view=article. Acesso em: 31/07/2015. INFORMAL. Dicionário informal online. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/cultura/. Acesso em: 25/01/2015. KENSKI, Vani M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2008. KLEIMAN, Ângela (org.). Os Significados de Letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas – SP: Mercado de Letras, 1995. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo. Editora Atlas, 1991. LÉXICO - Dicionário de português online. Disponível em: http://www.lexico.pt/avaliacao/ Acesso em: 21/01/2015.

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________ - Dicionário de português online. Disponível em: http://www.lexico.pt/cultura/ Acesso em: 25/01/2015. LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA J. F.; TOSCHI, M. S.; Educação escolar: políticas estrutura e organização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Caminhos pedagógicos da Educação Inclusiva. IN: GAIO, Roberta & MENEGHETTI, Rosa G. Krob (Orgs.). Caminhos pedagógicos da educação especial. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. “Tecnologia Educacional” (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002. Disponível em: http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=50. Acesso em: 25/01/2015. ______ "Currículo" e “Currículo Escolar” (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002. Disponível em: http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=349 Acesso em: 23/01/2015.

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura - Antônio Flávio Barbosa Moreira , Vera Maria Candau – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf . Acesso em: 24/01/2015. MOREIRA, Antonio Flavio; CANDAU, Vera Maria (Orgs.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Trad. Eloé Jacobina. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. OLIVEIRA. M. K. de. Vygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento, um Processo Sócio Histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997.

PARANÀ. Lei 17.335 de 10 de outubro de 2012. Disponível em: http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibirImpressao&codAto=77838. Acesso em: 13/06/2015.

PARANÁ. Deliberação 007/1999 – CEE/PR. Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/deliberacoes/deliberacao071999cee.pdf. Acesso em: 04/02/2015.

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PARANÁ. Instrução nº 10/10 – SEED/DAE/CDE. Orienta os procedimentos relacionados à Equivalência e Revalidação de Estudos realizados no Estrangeiro Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao102010seeddaecde.pdf. Acesso em: 06/03/2015. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão Escolar. Caderno de subsídios para elaboração do regimento Escolar. 2010. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/3_ed_Regimento_com_ISBN.pdf. Acesso em: 05/03/2015.

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PARANÁ. Portal dia a dia educação. Revista do sistema SAEP. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/saep/. Acesso em: 25/04/2015. PARANÁ. Casa Civil – Sistema Estadual de Legislação. Resolucão nº 1690/2011 – GS/Seed. Disponível em: http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=69240&indice=1&totalRegistros=1. Acesso em: 27/02/2015. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da Educação Instrução N° 016/2011 – SEED/SUED. Estabelece critérios para o atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica – Área da Deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos. Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011.pdf. Acesso em: 10/05/2015. PARANÁ. Portal dia a dia educação – Sala de apoio à aprendizagem. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=28. Acesso em: 27/02/2015. PARANÁ. Secretaria de Estado de Governo. Sistema Estadual de Legislação. Institui o Programa de Combate ao Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas Escolas Públicas e Privadas do Estado do Paraná. Disponível em: http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/legis/estadual/lei_17335_2012_pr_institui_o_programa_de_combate_ao_bullying.pdf. Acesso em: 10/05/2015. PRESTES, Irene Carmen Piconi. Psicologia da educação. Curitiba: IESDE, 2005.

REGIMENTO ESCOLAR. Escola Estadual Godofredo Machado – Ensino Fundamental. São José dos Pinhais/PR, 2015. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? como avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995. _________. Por que avaliar? Como avaliar?: critérios e instrumentos. 7. ed. Vozes. Petrópolis 2001. SANTOS, L. L. C. P. O processo de produção do conhecimento escolar e a didática. In: MOREIRA, A. F. B. (Org.) Conhecimento educacional e formação do professor. Campinas: Papirus, 1995.

68

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações, 5ª ed. São Paulo, Autores Associados, 1995.

SILVA, A. M. Educação especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. Revista do sistema SAEP,

Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/saep/. Acesso em: 18/01/2015.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

________. Alfabetização e letramento. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008. VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 17 ed. Campinas: Papirus, 2004. VEIGA NETO, Alfredo. De geometrias, currículo e diferenças IN: Educação e Sociedade, Dossiê Diferenças: 2002.

XAVIER, Antônio C. S. O Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação digital. Tese de Doutorado, Unicamp: inédito, 2002.

69

5. PLANO DE AÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ÁREA METROPOLITANA SUL

ESCOLA ESTADUAL GODOFREDO MACHADO – ENSINO FUNDAMENTAL

PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

ABRIL/2013

70

5.1 Justificativa do programa

A Escola Estadual Godofredo Machado- Ensino Fundamental vem implantar o

Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola, visto que trata-se de Decreto

Federal 7.257 de 4 de agosto de 2010, priorizando fundamentalmente a condição de

prevenção de acidentes ou ainda no salvamento de vidas em casos de desastres

naturais ou provocados pela intervenção do homem.

“Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros”. (SEED/DEFESA CIVIL, p. 3)

É fato que não se pode prever uma ocorrência de larga escala muito menos a

dimensão que se pode atingir, mas a escola pode e deve formar cidadãos para a cultura

prevencionista que acalma, planeja e organiza pessoas e (re) ações diante de uma

emergência.

Perpassa também pela educação a formação de conteúdos e conhecimentos

relacionados ao projeto em questão como: primeiros socorros, prevenção e combate a

incêndios, locais de moradias/risco entre outros.

5.2 Objetivo geral

Promover a conscientização e capacitação da comunidade escolar do Escola

Estadual Godofredo Machado – Ensino Fundamental para ações mitigadoras e de

enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como o enfrentamento

de situações emergenciais no interior da escola para garantir a segurança dessa

população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um

grande contingente da população ao entorno.

5.3 Objetivos específicos

• proporcionar à comunidade escolar uma cultura de prevenção a partir do

71

ambiente/espaço físico atual;

• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do

Corpo de Bombeiros;

• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações

de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com

vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro,

destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de

incêndio;

• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida

dos ocupantes desses locais.

5.4 Estratégia

O Coordenador local do Programa é a Diretora do estabelecimento de ensino.

A diretora do estabelecimento escolar cabe a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atua em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no

sentido de:

• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por

meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser

registrado em calendário escolar;

• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta

72

da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e presencial..

OS BRIGADISTAS SERÃO CAPAZES DE:

efetuar revisões no Plano de Abandono da escola,

realizar o mapeamento de risco das edificações e nas condutas da comunidade

escolar,

desenvolver ações de resposta a algumas situações que requeiram atendimento de

primeiros socorros,

prestar atendimento de suporte básico de vida a situações como parada

cardiorrespiratória, obstrução de vias aéreas e outras,

além de combater princípios de incêndios com o emprego de extintores.

AS FUNÇÕES DOS CINCO BRIGADISTAS SÃO:

1. Coordenador Geral (direção) abertura de portões e organização de toda equipe

escolar,

2. Alarme: responsável pelo acionamento do alerta intermitente ao abandono do

espaço escolar,

3. Ligação: responsável pelas ligações aos órgãos de salvamento: Corpo de

Bombeiro - 193, Guarda Civil - 153 e/ou Polícia Militar – 190,

4. Coordenação de saída: organizar as saídas dos alunos dos pavilhões e

colocação dos cones de proteção na rua, onde será o ponto de encontro,

73

5. Coordenação de Ponto de Encontro: organizar a chegada na rua ao lado da

escola, visto que não há possibilidade de fazer o ponto de encontro na quadra

esportiva.

O Programa consta com três eixos que norteiam o trabalho a ser desenvolvido:

a) Capacitação dos Brigadistas e repasse de conteúdos/informações aos demais

professores, funcionários e alunos;

b) Plano de abandono, suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;

c) Prevenção de riscos do espaço físico escolar através de extintores de incêndio, luz de

emergência nos corredores e salas de aula e placas com indicação de saídas de

emergência.

5.5 Atividades permanentes

O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o

trabalho de implantação e implementação do Plano de

Abandono permanente.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de

exercícios simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e

as datas estarão registradas em Calendário Escolar.

Na secretaria da escola estarão para consulta o calendário escolar do ano vigente,

o Projeto Político Pedagógico com o plano de ação em anexo e o Regimento Escolar

devidamente aprovado pelo Núcleo Regional de Educação, afim de que possam ser

amplamente divulgados para a comunidade local e órgãos responsáveis. Na secretaria

também há um cartaz com a planta do plano de abandono, informativo das funções de

cada participante da brigada escolar, telefones de emergência...

REFERÊNCIAS

SEED/ DEFESA CIVIL. Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola. Casa

Militar. Abril 2012.

74

6. ANEXOS

6.1 MATRIZ CURRICULAR - MANHÃ

NRE: 03 – ÁREA METROPOLINA SUL MUNICÍPIO: 2570 – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

ESTABELECIMENTO: 00400 – E.E.GODOFREDO MACHADO – ENS. FUNDAMENTAL

ENDEREÇO: RUA MARGARIDA NEGRELLI MOLETTA, 110 – VILA MARGARIDA

TELEFONE: 41-3588-0437

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANO

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO* 1 1 – --

GEOGRAFIA 2 3 3 3

HISTÓRIA 3 2 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 5 5 5 5

MATEMÁTICA 5 5 5 5

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFI-

CADA

LEM – Inglês

2

2

2

2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

*Ensino Religioso: Disciplina facultativa.

75

6.2 MATRIZ CURRICULAR - TARDE

NRE: 03 – ÁREA METROPOLINA SUL MUNICÍPIO: 2570 – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

ESTABELECIMENTO: 00400 – E.E.GODOFREDO MACHADO – ENS. FUNDAMENTAL

ENDEREÇO: RUA MARGARIDA NEGRELLI MOLETTA, 110 – VILA MARGARIDA

TELEFONE: 41-3588-0437

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANO

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO* 1 1 – --

GEOGRAFIA 2 3 3 3

HISTÓRIA 3 2 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 5 5 5 5

MATEMÁTICA 5 5 5 5

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFI-

CADA

LEM – Inglês

2

2

2

2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

*Ensino Religioso: Disciplina facultativa.

76

6.3 CALENDÁRIO ESCOLAR/2015

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇAO ÁREA METROPOLITANA SUL

ESCOLA ESTADUAL GODOFREDO MACHADO – ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2015

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 5 6 7 15

4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 15 16 17 18 19 20 21

18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 22 23 24 25 26 27 28

25 26 27 28 29 30 31 29 30 31

1 Dia Mundial da Paz 16 a 18 - Carnaval 19 – Feriado Municipal

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 6

5 6 7 8 9 10 11 17 3 4 5 6 7 8 9 0 7 8 9 10 11 12 13 16

12 13 14 15 16 17 18 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias

19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27

26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30 28 29 30

31

3 Paixão 5 Páscoa 1 Dia do Trabalho 4 Corpus Christi

21 Tiradentes

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 25 1 1 2 3 4 5

5 6 7 8 9 10 11 dias 2 3 4 5 6 7 8 22 6 7 8 9 10 11 12 23

12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26

26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 31

7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 24 1 2 3 4 5 6 7 22 6 7 8 9 10 11 12 20

11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 21 20 21 22 23 24 25 26

25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28 27 28 29 30 31

29 30

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política / PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

77

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 6 7 8 9 10 11 12

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 19

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 26

24 25 26 27 28 29 30 28 29 27 28 29 30 31

31

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇAO ÁREA METROPOLITANA SUL

ESCOLA ESTADUAL GODOFREDO MACHADO – ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2015

Início/Término das aulas Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Planejamento/Replanejamento janeiro 30 janeiro/ férias 30

Férias julho/agosto 00 julho/recesso 00

Recesso dezembro 08 dez/recesso 08

Semana Pedagógica Total 38 Total 38

Sem atividade

Formação Continuada

Pacto

Sábado letivo/Reposição

Conselho de Classe

Semana Cultural

Reunião Pedagógica

Brigada Escolar

1º sem. 100 dias; 2º sem. 101 dias = 201 dias

Observações:

- No dia 27 de abril teve aulas normais, a paralisação iniciou no dia 28 de abril.

- Serão utilizados 3 sábados do pacto, no turno da tarde, dia 26/09 para

Conselho de Classe, e dias 22/08; 21/09 para Reunião Pedagógica.

78

7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR