ESCOLA INGLESA TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS II DANNIELE VARELLA RIOS DEBORAH DONATO DE SOUZA...
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ESCOLA INGLESAESCOLA INGLESA
TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS II
DANNIELE VARELLA RIOSDANNIELE VARELLA RIOSDEBORAH DONATO DE SOUZADEBORAH DONATO DE SOUZA
FELIPE PENIDO PORTELAFELIPE PENIDO PORTELAPÂMELLA ÀGATA TÚLIOPÂMELLA ÀGATA TÚLIO
Contexto Histórico Movimento intelectual: Comitê Britânico de
Teoria de Política Internacional a partir de 1958; Prática do comitê: cada membro escrevia um
artigo, cujo tema dominante foi o sistema de Estados;
Ideia: discutir as relações entre os Estados; Troca com o Comitê Americano que foi criado ao
mesmo tempo, mas não durou muito tempo; Principais expoentes: Martin Whight e Hedley
Bull;
Descrição Evolutiva da Escola Inglesa Fase 1: 1959-1966 Discussões sobre o sistema internacional e sociedade
internacional no Comitê Britânico; Fase 2: 1966-1977 Wight: O Sistema de Estados; Bull: A sociedade anárquica; Fase 3: 1977-1922 Consolidação da Escola Inglesa e transição para uma
nova geração de intelectuais; Dissolução do comitê; Fase 4: 1922 até o presente 3ª geração de acadêmicos, grande discussão teórica
de Relações Internacionais; Confronto de idéias: neorrealismo e o construtivismo
Martin Wight (1913-1972)
Diplomata e historiador que refletiu sobre a
interação dinâmica das ideias
fundamentais nas relações
internacionais.
As três tradições:REALISMO RACIONALISMO REVOLUCIONISMO
Conflito e guerra
Coexistência pacífica Unidade moral
Política de poder
Mudança evolucionária
Mudança revolucionária
Pessimismo Esperança sem ilusões
Utopia antiestatal
Três níveis de responsabilidade:
Responsabilidade Nacional
Responsabilidade Internacional
Responsabilidade Humanitária
Realismo (Maquiavel)
Racionalismo (Grotius)
Revolucionismo (Kant)
Hedley Bull (1932-1985)
Filósofo da política mundial que tentou
elaborar uma teoria sistemática
da sociedade internacional.
Sociedade Internacional
Conhecida como uma teoria intermediária por conseguir uma posição entre o Liberalismo e o Realismo;
Recusam o pessimismo do realismo e o otimismo do idealismo;
Via intermediária no aprendizado clássico de RI;
Sistema Internacional X
Sociedade Internacional
“Um sistema de Estados é formado quando dois ou mais Estados têm contato suficiente entre si e impacto suficiente sobre as decisões do outro... para tornar o comportamento de cada um necessário aos cálculos do outro.”
“Uma sociedade de Estados existe quando um grupo de Estados, cientes de certos valores e interesses comuns, forma uma sociedade no sentido de se conceberem vinculados por um conjunto comum de regras em suas relações e por participarem do funcionamento de instituições.”
Hedley Bull
Visão pluralista
“Em certos momentos é possível haver um conflito entre o direito da não intervenção e os direitos humanos, nesta situação, quais destes valores devem ter prioridade?”
John Vicent
Sociedade Internacional Final do século XV: estrutura
baseada em relações econômicas; Século XIX:relações estratégicas; Após a Segunda Guerra
Mundial:consolidação como sociedade internacional global
RI: devem ser compreendidas como uma “sociedade” de Estados soberanos;
Importância da análise histórica das RI (mundo humano e histórico);
Sociedade Internacional Abordagem tradicionalista da sociedade internacional:
Filosofia, História e Direito; RI: não está livre de valores neutros, rejeita o positivismo; Exemplo de sociedade internacional: União Européia; Para a Escola Inglesa, os regimes internacionais (Bretton
Woods, OMC) são exemplos de sociedades internacionais temáticas já que possuem certas características que aproximam os Estados mais da sociedade internacional que do sistema internacional;
A Sociedade Anárquica Convergência com os Realistas:1. Estados soberanos: base da política mundial;2. Sociedade de Estados: inexistência de um governo
mundial acima dos Estados soberanos; No entanto, há interesses que contribuem para a
interação entre os Estados; Sistema de Estados: conceito realista; Sociedade de Estados: conceito do liberalismo; Realistas: inexistência de sociedade internacional diante
da anarquia internacional; Hedley Bull: Sociedade Anárquica: ordem social mundial
composta por Estados independentes; Bull: as sociedades internacionais podem ser mantidas
em um ambiente anárquico; Nega o estado de natureza hobbesiano do sistema internacional;
Ordem e Justiça
A política mundial envolve questões tanto de justiça quanto de ordem e esses dois fatores devem ser analisados em conjunto;
Tendência cosmopolita ou solidarista: foco nos Estados, mas preocupação com os seres humanos;
A guerra internacional como determinante da configuração do sistema internacional diminuiu em relação à guerra civil;
Tipos de Ordem na Política Mundial
Ordem na vida social
Ordem internacional
Ordem mundial
Ordem Internacional Ordem: coexistência social ordenada dentro
de um Estado, interesses em comum, regras (DI), instituições;
Equilíbrio de Poder X Direito Internacional; Preservação do próprio sistema e da
sociedade de Estados; Manutenção da soberania externa; Manutenção da paz; Limitação da violência; Ordem mundial inclui Estados, ETNs, OINGs
etc;
Três níveis de justiça
Justiça humana – direitos humanos;
Justiça interestatal – soberania;
Justiça mundial - questões ambientais.
Justiça Justiça comutativa (principal forma de
justiça internacional): todos os Estados jogam com base nas mesmas regras da sociedade internacional. Tais normas são expressas por meio do direito internacional e das práticas diplomáticas;
Justiça distributiva: questão de como as mercadorias deveriam ser distribuídas entre os Estados. Nem todos os Estados jogam com as mesmas regras, já que alguns conseguem tratamento especial.
Características da Política Mundial Contemporânea Integração regional de Estados (UE); Desintegração dos Estados (URSS, Ex-
Ioguslávia); Expansão da violência internacional
privada – terrorismo internacional; Crescimento das OI e corporações
transnacionais; Avanço da tecnologia – globalização.
Críticas à Sociedade Internacional Críticas Realistas:
• Não há norma internacional que determine o comportamento da política do Estado;
• Preocupação do Estado – orientam a Política externa;
Críticas à Sociedade Internacional Defesa às Críticas Realistas:
• Interesses legítimos;
• Princípio de reciprocidade;
• Pactos vinculatórios.
Críticas à Sociedade Internacional Críticas Liberais:• Subestima a Democracia;• Mudanças progressistas;• Analise de aspectos nacionais de
política externa; Defesa: • Ideias de Racionalismo e
Revolucionismo dos acadêmicos.
Críticas à Sociedade Internacional Críticas da EPI (Interação da Política e
Economia nos Estados):• Não valoriza os aspectos econômicos
e sociais das Relações Internacionais; Defesa:• Dificuldade – pouca discussão;• Comércio relação elementar entre os
Estados.
Referências bibliográficas BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2002. SARAIVA, José Flávio Sombra. Revisitando a Escola
Inglesa Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/358/35849107.pdf Acesso: 17 out. 2009.
SARFATI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.
JACKSON, Robert H. Introdução às Relações Internacionais: teorias e abordagens / Robert Jackson, George Sorensen, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2007.