Escola Municipal Paulo Mendes Campos

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APRESENTAÇÃO Ao tomar posse na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte em 1992, depois de escolher para lecionar na Escola Municipal Mares Guia no bairro São Bernardo soube, por acaso, que seria inaugurada uma Escola Municipal perto do viaduto da Floresta. Fui à Escola e o diretor Vinícius Natanael Ramos indicado juntamente com Terezinha, aceitou minha transferência desde que eu levasse uma autorização de lotação fornecida pela Secretaria. Através de influência política, consegui acesso à Secretária de Educação e recebi autorização para minha transferência de escolas. Quando me apresentei aos diretores, os colegas presentes à EMPMC ainda estavam matriculando alunos e recebendo professores e funcionários. Começamos o ano escolar com a falta de alguns professores e educadores e ficamos neste prédio, super precário, por 5 anos. Na gestão Sérgio Bandeira de Melo e Juarez Melgaço Valadares, depois de muita luta e com a verba de R$200.000,00 reais conquistados no orçamento participativo nos mudamos para o prédio da Assis Chateaubriand em 1997 sem esperarmos pela reforma. Da turma de 92 ainda estão trabalhando na escola além de mim, Lúcio Maia Arantes, Sérgio Eduardo Bandeira de Melo, Márcia Salles Vidal, Dilce Laranjeiras, Antônio Augusto Lisa, Maria Cristina Tavares, José Mendonça Gianonni e Moacyr Praxedes. Depois de haver trabalhado por dez anos em duas escolas particulares, e nesses 20 anos de lutas e alegrias, muitos alunos, colegas, trabalho, dedicação e noites mal dormidas construí minha história profissional. Entre as salas de aula lecionando Matemática, coordenação, vice direção e direção por quatro mandatos, posso me aposentar em 2012, realizada, nesta segunda etapa da minha vida, satisfeita por ter trabalhado na EMPMC e muito

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Historia da Escola Municipal Paulo Mendes Campos.

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APRESENTAÇÃO

Ao tomar posse na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte em 1992, depois de escolher para lecionar na Escola Municipal Mares Guia no bairro São Bernardo soube, por acaso, que seria inaugurada uma Escola Municipal perto do viaduto da Floresta.

Fui à Escola e o diretor Vinícius Natanael Ramos indicado juntamente com Terezinha, aceitou minha transferência desde que eu levasse uma autorização de lotação fornecida pela Secretaria. Através de influência política, consegui acesso à Secretária de Educação e recebi autorização para minha transferência de escolas.

Quando me apresentei aos diretores, os colegas presentes à EMPMC ainda estavam matriculando alunos e recebendo professores e funcionários.

Começamos o ano escolar com a falta de alguns professores e educadores e ficamos neste prédio, super precário, por 5 anos.

Na gestão Sérgio Bandeira de Melo e Juarez Melgaço Valadares, depois de muita luta e com a verba de R$200.000,00 reais conquistados no orçamento participativo nos mudamos para o prédio da Assis Chateaubriand em 1997 sem esperarmos pela reforma.

Da turma de 92 ainda estão trabalhando na escola além de mim, Lúcio Maia Arantes, Sérgio Eduardo Bandeira de Melo, Márcia Salles Vidal, Dilce Laranjeiras, Antônio Augusto Lisa, Maria Cristina Tavares, José Mendonça Gianonni e Moacyr Praxedes.

Depois de haver trabalhado por dez anos em duas escolas particulares, e nesses 20 anos de lutas e alegrias, muitos alunos, colegas, trabalho, dedicação e noites mal dormidas construí minha história profissional.

Entre as salas de aula lecionando Matemática, coordenação, vice direção e direção por quatro mandatos, posso me aposentar em 2012, realizada, nesta segunda etapa da minha vida, satisfeita por ter trabalhado na EMPMC e muito agradecida a essa Escola especial que tanta importância teve em minha vida.

Nas próximas páginas e com a ajuda de diversos colegas, contaremos as experiências da Paulo Mendes Campos em busca de uma educação inclusiva e de qualidade. São tantos projetos que talvez não seja possível lembrarmos todos, mas, com certeza, deixaremos uma grande colaboração para essa pequena grande Escola.

Maria Flávia Horta Barbosa – professora de Matemática e diretora da EMPMC

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AVENIDA DO CONTORNO 1313

1992 - Criada em fevereiro para atender uma demanda de alunos de escolas particulares na Floresta, a Escola foi inaugurada em março, sob a direção de Vinícius Natanael Ramos e Terezinha, ambos professores de Matemática, indicados pela Secretaria de Educação. Funcionando na Avenida do Contorno 1313, num prédio com quatro andares, alugado pela Prefeitura, com 12 salas de aula, um laboratório, uma sala de vídeo, sala de professores, sala de coordenadores, secretaria, sala de direção, uma cozinha pequena, quarto de material de limpeza, e no último andar cantina de revenda de merenda juntamente com a distribuição de biscoitos enviados pela Secretaria de Abastecimento, sala de pingue-pongue e quadra. Os alunos foram matriculados seguindo uma lista enviada pela Regional Leste. Trabalhavam na escola além dos funcionários da limpeza, uma secretária e dois auxiliares de secretaria, cantineiras, um coordenador por turno, Sérgio Eduardo Bandeira de Melo, professor de Matemática, Lúcio Maia Arantes, professor de Ed. Física, e Juarez Melgaço Valadares, professor de Física e quatro especialistas. Os professores lecionavam 25 aulas por semana pois a escola não tinha Projeto. Ao final do ano, a mesma direção foi eleita para o biênio 93/94 com chapa única inscrita em uma eleição democrática como já acontecia há alguns anos na rede.

1993 - Acontece o projeto “Oficina de Tapeçaria”, coordenado pelas professoras Dilce Laranjeira e Inês Marçal, professoras de Arte, projeto extra turno, envolvendo os alunos da manhã e tarde e o projeto de Música com “Canto Gregoriano”, coordenado pelo professor Paulo Maurício, de Biologia. A escola continuou seu funcionamento tendo que administrar problemas de caráter pedagógico, administrativo e de estrutura física, como prédio antigo e mal conservado. Acontece a 1a Mostra “Arte na Escola” no Minas Shopping com trabalhos de arte e artesanato de alunos de todos os turnos, sob a coordenação de Dilce Laranjeira e Inês Marçal, professoras de Arte.

1994 - Realizado o Projeto Político Pedagógico da Escola, os professores passaram a lecionar 20 horas/aula por semana, reunindo-se por área para planejamento. Ao final do ano, os coordenadores Sérgio Bandeira de Melo e Juarez Melgaço Valadares disputaram e ganharam a eleição para diretor e vice, com propostas de mudanças, com uma visão mais dialógica, emancipatória, democrática e inclusiva, com o apoio de alguns professores e muitos alunos. Acontece a 2a Mostra “Arte na Escola” no Minas Shopping, coordenada pelas professoras Dilce Laranjeira e Cacá, de Arte.

1995 - São eleitos coordenadores de turno, Maria Flávia, professora de Matemática, Lúcio, de Educação Física e Márcia Luzia, professora de Português. Inicia-se o trabalho com Pedagogia de Projetos no Ensino Fundamental Regular noturno, “Belo Horizonte, Ontem e Hoje”, com Simone Nogueira, professora de História, coordenando. Nesse ano, através do colegiado, é aprovada a média aritmética, para sanar os problemas causados pelas constantes reprovações de alunos.

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É realizado a “1ª Festa Junina do Paulão” com a participação de toda Comunidade Escolar.A comunidade escolar participa e a escola ganha uma verba para reforma do prédio, através do orçamento participativo. A escola garante um grêmio atuante que consegue a mobilização dos alunos para reforma do prédio e melhores condições de ensino. Interditam a Avenida do Contorno através de uma passeata que provoca um confronto com a polícia, que dispersa os alunos e professores com bombas de gás lacrimogêneo. Começa a ser implantado na Rede o Projeto “Escola Plural”. Acontece a 3a Mostra “Arte na Escola “ no Minas Shopping.

1996 - É implantado na escola o Projeto da Rede Municipal “Escola Plural” que trabalha com ciclos de formação. Temos então o final do 2º ciclo, 3º ciclo, Ensino Médio e Ensino Fundamental noturno. Nesse ano, inicia-se uma mobilização da comunidade escolar, junto à Câmara Municipal, para a compra de um novo prédio, situado na Av. Assis Chateaubriand. Através dessa mobilização, consegue-se não só a compra do prédio pela Beprem, fundo de seguridade dos trabalhadores da rede, como também a garantia de que a verba do orçamento seria usada para a reforma do prédio novo. A Ficha de Avaliação do 2º Ciclo é discutida e implantada pelos professores. A Escola participa da “1a Mostra Plural no Minas Centro”. No final do ano, os atuais diretores Sérgio e Juarez são eleitos novamente, através de chapa única, para o biênio 97/98. Faz-se a mudança da Escola para o novo prédio mesmo sem que a reforma tivesse começado.

Ensino Médio

Energia...

Definição: Apesar de não se restringir a isso, a energia pode ser entendida como a capacidade de realizar trabalho, a capacidade de colocar as coisas em movimento, e movimento é algo fundamental no nosso dia a dia. (Wikipédia).Bom... A EMPMC acaba de perder um tipo de energia que durante vinte anos fez parte de sua história: A energia adolescente do Ensino Médio.Assim como outros tipos de energia, esta trouxe desafios em sua canalização para o lado produtivo. Porém, quando  foi devidamente canalizada, gerou grandes benefícios individuais e coletivos a curto e longo prazos.Eu, particularmente, me beneficiei desta energia irreverente durante alguns anos, o que tornou minhas manhãs menos monótonas. A simples presença dos alunos do Ensino médio pelos corredores da escola, com a intensidade dos seus sentimentos e suas atitudes contestadoras, afastava a rotina e me reabastecia.Apesar de toda a comunidade escolar ter se empenhado bravamente   para a continuidade do Ensino Médio na EMPMC, teremos no ano  de 2012 a comemoração dos seus vinte anos, e também , a contragosto, o fim do ensino médio: esgotando-se assim, uma das nossas fundamentais fontes de energia.

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Elaine Gilmara – professora de Matemática

Comemoração dos 10 anos da EMPMC

Os 10 anos da EMPMC foram comemorados de uma maneira muito especial. Os três turnos da Escola se envolveram para transformar aquela data em um momento de celebração. Reunimos todas as nossas lembranças através de fotos que documentavam a nossa trajetória.

As fotos foram transformadas em um belo mural mostrando as atividades desenvolvidas pelos alunos, as festas realizadas na Escola, os torneios de futebol disputados dentro da nossa quadra, e também as nossas participações em competições externas.

O auditório foi transformado em um espaço para uma mostra de trabalhos realizados pelos alunos com o tema “A Escola e os seus 10 anos”. Eles construíram um álbum apresentando os principais fatos políticos da década, elaboraram desenhos sobre o bairro Floresta e pintaram um quadro com um trecho de uma das obras do escritor Paulo Mendes Campos.

A comemoração também foi marcada por apresentações musicais no nosso auditório, com os talentos da Escola e convidados.

Milene Jonusan – Professora de História

Avenida Assis Chateaubriand 429

1998 - Insere-se no semi-presencial do noturno o projeto “ Mundo da Copa”, posteriormente estendido para o 1º turno, com a participação de todos alunos. É também desenvolvido no noturno o projeto “Músicas como retratos da vida cotidiana”. Em novembro, começa a reforma do prédio e são eleitos diretores para o biênio 99/00, os professores Adilton Gandarela Gomes e Maria Flávia Horta Barbosa, com propostas semelhantes às da direção anterior, isto é, uma escola democrática, com a participação dos alunos nos problemas de interesse da escola.

1999 - O ano letivo inicia no mês de março em função da reforma do prédio. Há a reestruturação do 2º ciclo. A Escola passa a ter 4 turmas de 2º ciclo no 1º turno e 6 turmas de ensino médio, que passa a se chamar 4º ciclo. 10 turmas de 3º ciclo à tarde e Ensino Fundamental e 4º ciclo no 3º turno. São eleitos coordenadores, Teresa Pontes, professora de História, Ricardo Dantas, professor de Matemática, Cristina Raposo, professora de Inglês, Márcia Vidal,

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Exzovildres Queiroz e Rosmare, professora de Sociologia. Estes últimos trabalham o projeto “Agrupando para reeducar” com os alunos do noturno. Nesse ano são gestados projetos de professores com suas turmas como, teatro, livro de poesias, murais e trabalhos manuais. Os trabalhos são sempre apresentados para a Comunidade Escolar. É elaborada pelos professores do noturno a Ficha de Avaliação Coletiva, que é apresentada no I Encontro Nacional de Escola Pública, Plural e Inclusiva.

2000 - A partir desse ano não temos mais as supervisoras e orientadores no nosso quadro de escola. São eleitas, no final do ano, as professoras Maria Flávia e Márcia Vidal, diretora e vice para o biênio 01/02, sem que houvesse outra chapa concorrente. O turno da noite, em sintonia com o projeto “Passo da escola no compasso da vida”, resolve adotar como eixo temático a pesquisa. E o ensino fundamental noturno decide usar a obra “Ouvires Sapador do Pólo Norte”.

2001 - São eleitos coordenadores, Sérgio Eduardo, Sandra, professora de Português, Cristina e Ricardo, Queiroz e Rose. No início do ano é trabalhada com os alunos, por todos os professores e todos os turnos, a construção do projeto “Princípios Básicos de Convivência”. Oficinas e agrupamento passam a fazer parte do currículo da escola. A escola é convidada a relatar, na rede de trocas, no Cape, suas experiências com o 2º ciclo, citadas no livro “Imagens Quebradas”, de Miguel Arroyo. Antônio Augusto, professor de História, é eleito coordenador do noturno, em substituição à professora Rose. Há o projeto “Guernica”, com os alunos do turno da tarde e, no noturno, desenvolve-se o projeto “Mundo do Trabalho”.

2002 - A diretora Flávia acompanha, junto com as engenheiras da Sudecap e o professor da UFMG, Marco Antonio Vecchi, a construção do projeto de revestimento acústico do prédio. Desenvolve-se durante todo o ano o projeto “10 anos do Paulão”, com o envolvimento de toda a escola. Os alunos da manhã e do noturno fazem uma passeata reivindicando professores, intérpretes para os surdos e revestimento acústico para o prédio. Há um confronto com a polícia acarretando na prisão de dois alunos do noturno. É desenvolvido o projeto “Pensando Paulo Mendes” como uma preparação para o Congresso da Rede Municipal. Nesse ano, acontece o “1º Seminário Político-Pedagógico” da escola, como uma preparação para o 1º Congresso a ser realizado em 2003. São eleitas, no final do ano, Márcia Vidal e Cacá, diretoras e vice para o biênio 03/04, sem que houvesse outra chapa concorrente.

2003 - São coordenadores dos turnos, Sérgio, Ilíada, Milene, Edna, Maria Flávia e Antônio Augusto. Há entraves burocráticos e administrativos para a contratação de intérpretes para os alunos surdos. O ensino fundamental noturno desenvolve o projeto “Sou do Mundo, Sou Minas Gerais”, orientado por Antônio Augusto e Cristina, com apresentações Artísticas e Culturais. Em todos os turnos acontecem oficinas e agrupamentos. No 1º turno, realiza-se o “1º FIPEC”, Festival Interativo de Esporte e Cultura do Paulão,

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orientado pelo professor Lúcio e demais professores do 2º ciclo. No 2º turno, são realizadas, com a participação de todos os professores, oficinas artísticas com os alunos do 3º ciclo. Acontece no Ensino Médio Noturno o projeto “Meio Ambiente” seguindo o “Passo da Escola no Compasso da Vida”. Professores e alunos dos três turnos envolveram-se na sensibilização da comunidade escolar para a implementação do Laboratório de Informática.

2004 - São mantidos os agrupamentos e as oficinas nos turnos da manhã e noite. Acontecem oficinas no turno da tarde, oferecidas pelos professores, com atividades lúdicas, artesanais, pedagógicas e esportivas. É realizada a “2ª edição do FIPEC”, Festival Interativo de Esporte e Cultura do Paulão, com orientação do prof. Lúcio e monitoria de alunos do Ensino Médio. É organizada, com o apoio do Grêmio Estudantil, a “1ª edição da Olimpíada da EMPMC”, com jogos de vôlei, peteca, handebol e futsal, no Ginásio do Colégio São José. É inaugurado o Telecentro/Laboratório de Informática da EMPMC, com a parceria da SMED e da UFMG através do Projeto Rede Lê. Acontece o “1º Congresso Político-Pedagógico da EMPMC”, com o objetivo de organizar um currículo para a Escola e discutir assuntos do cotidiano escolar e do fazer pedagógico. No turno da tarde, surge o projeto “Viver e Conviver” com o objetivo principal de melhorar as relações entre os alunos e o corpo docente da Escola. É realizado o projeto “Saúde e Alimentação” com alunos do 2º ciclo, com o objetivo de compreender que a saúde é um direito de todos e uma dimensão essencial do crescimento e desenvolvimento do ser humano. Nesse ano, a última gestão do Grêmio Estudantil Peraí fecha o ciclo de grêmios na EMPMC. Desde então, os alunos não conseguem se articular para a formação de um novo Grêmio Estudantil.

2005 - Primeiro ano de mandato da direção de Cacá e Ilíada. São coordenadores pedagógicos: Dilce (2º ciclo) e Luiz Carlos (Ensino Médio) no turno da manhã; Cristina e Júnior (3º ciclo) no turno da tarde, Antônio Augusto (Ensino Fundamental) e Flávia (Ensino Médio) no turno da noite. Desenvolvem-se oficinas de teatro, dança, artesanato, desenho, pintura e capoeira, nos três turnos, com instrutores de diversas origens, entre eles, ex-alunos e pessoas da comunidade. É mantido o apoio pedagógico na área de Língua Portuguesa, para os alunos dos turnos da manhã e tarde do Ensino Fundamental. Permanecem os projetos esportivos FIPEC e Olimpíada da EMPMC, com cada vez mais participação de alunos e comunidade escolar. Acontece uma exposição de trabalhos no turno da tarde, sobre os diversos países, suas culturas e principais características em uma parceria das áreas de Geografia, Ciências e História. Implanta-se a Rádio Escola, projeto escrito e coordenado pelos professores Ronaldo (Ciências) e Júnior (História) do turno da tarde. A rádio passou a funcionar nos intervalos do turno da manhã e tarde e no início do turno da noite.

2006 - Depois de diversos anos de luta, finalmente a Escola tem o seu projeto de revestimento acústico realizado pela SMED. A Escola é transferida para a rua Carangola, sede da Secretaria de Educação,onde permanece até meados

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de junho quando se concluem as obras. A Escola tem o prédio fechado por janelas de tijolos de vidro e ganha um sistema de ventilação artificial. Desenvolve-se nos 3 turnos um projeto sobre a “Copa do Mundo na Alemanha”, com apresentações teatrais, feiras de cultura e diversas atividades pedagógicas. É ano de eleição para diretores na Rede Municipal de Educação. Na EMPMC, inscrevem-se, em uma única chapa, os professores Flávia (Matemática) e Júnior (História, Filosofia e Sociologia).

2007 - Primeiro ano de mandato de Flávia e Júnior. São coordenadores: Maria José (2º ciclo) e Ilíada (Ensino Médio) do turno da manhã; Cristina e Edna (3º ciclo) no turno da tarde e Teresa (Ensino Médio) e Tarcísio (Ensino Fundamental) no turno da noite. É realizado o 2º Congresso Político-Pedagógico da EMPMC, com o objetivo de discutir a avaliação na Escola e construir uma nova Ficha de Avaliação. Outros assuntos entram na pauta como a revitalização da Biblioteca, educação e novas tecnologias, o Ensino Noturno e outros. A Escola desenvolve parceria com o projeto “2º Tempo”, organizando uma equipe de handebol feminino e uma de futsal masculino, participando de diversos torneios, entre eles, o “Torneio Intercolegial”. Desenvolve-se, em parceria com a GERED e SMED, um projeto de “Apoio Pedagógico” em Língua Portuguesa, com a professora Ercy Cardoso, que faz atendimento no turno da tarde em tempo integral, aos alunos do 2º e 3º ciclos. A PBH traz uma inovação para as escolas da Rede com a entrega de kits escolares, com agenda, caderno e material básico a ser utilizado pelos alunos do Ensino Fundamental e do Noturno. Numa iniciativa da direção da Escola, é realizada uma votação para a escolha do novo uniforme. Pela primeira vez, é realizado o Orçamento Participativo Juvenil. Os alunos dos 3 turnos, representados por colegas eleitos em sala de aula, ajudam a decidir o destino da verba do PAP (Plano de Ação Pedagógica). Decide-se que a Escola passaria a investir essa verba em oficinas, excursões e compra de materiais didáticos, pedagógicos e eletrônicos.

2008 - A Escola continua investindo na área esportiva, com a permanência da equipe de handebol feminino e a criação de duas equipes de futsal masculino (Infantil e Juvenil). As equipes participam da “30ª edição da Copa Sesc”. Os alunos do Ensino Médio participam pela primeira vez da Mini-Onu, uma simulação de reuniões da ONU, realizada pelo Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas. A Escola participa com uma delegação de 15 alunos. É criado o blog da rádio da escola, em parceria com o Departamento de Comunicação da UFMG. A Escola é convidada a participar do “2º Encontro Nacional de Rádio e Ciência” para apresentar o seu projeto de Rádio Escola, juntamente com representantes da Rádio do Ministério da Educação. A Escola amplia o projeto de “Intervenção Pedagógica”, mantendo as aulas de Língua Portuguesa, com a professora Ercy, criando horários alternativos para o atendimento do professor Ricardo, de Matemática. A Escola desenvolve uma parceria com o professor Bráulio Fernandes, aluno da UNI-BH, na área de Matemática, para atender os alunos do último ano do Ensino Fundamental e Médio, nos sábados pela manhã. A Escola começa a trabalhar no turno da noite com “Agrupamentos

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Flexíveis” (5º e 6º anos e 7º e 8º anos do Ensino Fundamental) para alunos deficientes auditivos, passo importante para a implementação da “Educação de Jovens e Adultos” no turno da noite.

2009 - Inicia-se a segunda gestão de Flávia e Júnior, com a seguinte equipe na coordenação: Dilce (2º ciclo) e Cláudia / Tarcísio / Cacá (Ensino Médio) no turno da manhã; Cristina e Selma (3º ciclo) no turno da tarde, e Wânia (Ensino Fundamental) e Tarcísio (Ensino Médio) no turno da noite. A Escola é transferida, temporariamente, para o prédio do Colégio Marconi, devido ao surto do vírus H1N1 e das condições de pouca ventilação das salas de aula. Com a participação da comunidade escolar, a Escola se mobiliza rapidamente para a limpeza dos dutos de circulação de ar e consegue dar condições adequadas para alunos, professores e funcionários. Inicia-se o projeto “Leitura do 2º ciclo” desenvolvido pela professora Cacá Olímpio em parceria com a equipe da Biblioteca, Soraia, Iramira e Elaine. O principal objetivo do projeto é apresentar aos alunos o universo da leitura de forma lúdica e espontânea.A Escola é informada da perda de turmas de 1º ano do Ensino Médio para o ano de 2010, e organiza uma mobilização em conjunto com as Escolas Carlos Lacerda, Santos Dumont e outras para pedir a SMED que reveja o seu posicionamento em relação ao fim do Ensino Médio. Mesmo assim, a PBH não se sensibiliza e a Escola começa a repensar a forma de atendimento aos alunos desta comunidade. A Escola participa da “10ª edição da Mini-Onu”, com a participação do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. A Escola é representada por uma delegação de 8 alunos, devido à política de fechamento do Ensino Médio. A Escola participa novamente da “Copa Sesc”, com equipes de handebol feminino e futsal masculino (categorias infantil e juvenil) e consegue, pela primeira vez, classificar-se para as finais nas categorias de futsal e handebol feminino. No mês de novembro, é formada uma equipe de futsal feminino, do 3º ciclo do turno da tarde, sob a supervisão do vice-diretor Júnior e contando com atletas da equipe de futsal masculino como assistentes. A equipe estreia contra o Colégio Ilumina, no Bairro Fernão Dias. A Escola é indicada a participar pela primeira vez do projeto “Parlamento Jovem”, uma parceria do Curso de Ciências Sociais da PUC Minas e da Escola do Legislativo. A Escola realiza a 3ª edição do Congresso Político-Pedagógico, desta vez mudando o formato, oferecendo palestras para professores com o objetivo de repensar a prática pedagógica (Juventude e Escola – Prof. Dr. Juarez Dayrell; Currículo – Profª Drª.Vanessa Sena Tomaz; Avaliação – Profª Drª. Cláudia Caldeira Soares) e exibindo filmes (Entre os Muros da Escola e Toda Criança é Especial). A Escola amplia o projeto de intervenção pedagógica, com uma equipe de três professores: Ercy Cardoso e Selma Cristina (Língua Portuguesa) e Ricardo Dantas (Matemática). Numa iniciativa da equipe do Telecentro e da professora Caroline Craveiro é criado o blog da Escola, espaço de interação entre alunos, comunidade e Escola (empmcbhmg.blogspot.com). Além do kit escolar básico, entregue no início do ano letivo, os alunos do Ensino Fundamental passam a receber um Kit Literário, contendo 10 livros de literatura dos mais diversos gêneros.

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2010 – A escola alcança excelentes resultados, ultrapassando a meta estipulado pelo MEC.

IDEB16º lugar geral4º lugar na Rede MunicipalNota média padronizada33º lugar geral3º lugar na Rede MunicipalLíngua Portuguesa23º lugar geral1º lugar na Rede MunicipalMatemática43º lugar geral6º lugar na Rede Municipal

A Comunidade Escolar é convidada a participar do Arraial do Paulão. Encerrando as atividades da contadora de histórias, diretora teatral e estudante de biologia, Janaína Garcia, houve apresentação de flauta, peça teatral e dança.As universidades públicas que adotam o Enem como vestibular em fase unica participam do Sistema de Seleção Unificada ( SISU). O aluno que faz a prova pode se inscrever nos diferentes cursos das instituições de ensino superior federal cadastradas no sistema usando o resultado do exame. As inscrições são feitas após a divulgação do resultado do Enem e apenas pela internet, no portal do Sistema de Seleção Unificada ( sisu.mec.gov.br), criado pelo MEC. Iniciam-se as discussões sobre o Regimento Escolar de toda Rede Municipal. Acontece, no turno da noite, o “Festival de Música” da Escola Municipal Paulo Mendes Campos, Rock N' Roll com a Banda Monossal e muitas outras. O alunos da tarde interpertam a peça“ Casamento artificial muito interessante”. Os alunos participam de uma “Prévia das eleições de 2010”. Os alunos da 1MF e 1MF, durante as aulas do professor de Arte Tristão produziram aquarelas e encheram de cores a escola. Alunos do 3º ciclo realizam o "Minicenso" sob orientação da professora Neilda de Geografia para terem idéia da importância da realização de um censo e da qualidade das informações que pode ser obtida por meio dele: 192 alunos do Ensino Fundamental, 144 alunos do Ensino Médio, 21 professores e 20 funcionários. Como se a nossa escola, no turno da manhã, fosse um mini país e os entrevistados a sua população (quase 380 pessoas),os "funcionários do nosso IBGE'', todos alunos do 7º ano. Alunos da tarde, orientados pela professora de matemática Grassy, realizam trabalhos aliando Matemática e arte.

2011 - A professora de artes, Tatiana, promoveu um concurso de fotografia na EMPMC, envolvendo todos os alunos do 3º ano do Ensino Médio.O tema "Pra ficar na história”, faz uma reflexão sobre o último ano do Ensino Médio nesta escola. No turno da tarde, os alunos do 9º ano receberam a presença da escritora e ilustradora Ana Terra. Com cinco livros infantis já publicados e mais de 40 livros ilustrados, a escritora gaúcha agradou a todos num bate-papo descontraído e enriquecedor. Os alunos do 9º ano, já estão

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tendo a experiência de serem escritores e por isso, tiveram oportunidade de conversar sobre o processo de escrita com Ana Terra. A professora Elizabete, desenvolveu o projeto “A Cor da Cultura” com os alunos do turno da tarde. Todos os trabalhos realizados foram utilizados na ornamentação da festa junina e pudemos conferir a beleza dos trabalhos produzidos.Os alunos do noturno, orientados pela professora Tônia, contribuiramproduzindo objetos para ornamentação.