Escola Psicanalitica i - Aula 10-12-2011

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A ESCOLAS PSICANALÍTICAS I A CONSTRUÇÃO DAS ESCOLAS PSICANALÍTICAS (ESCOLAS EUROPÉIA, AMERICANA E MODERNA) ABPC/UNIG PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA Prof: Lázaro Tavares

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A ESCOLAS PSICANALÍTICAS I

A CONSTRUÇÃO DAS ESCOLAS PSICANALÍTICAS (ESCOLAS EUROPÉIA, AMERICANA E MODERNA)

ABPC/UNIGPÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA

Prof: Lázaro Tavares

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-FUNDAMENTOS GERAIS DA PSICANÁLISE-

ESCOLAS PSICANALÍTICAS I

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–Psicanálise -

Ciência do inconsciente–Teoria Geral do comportamento

– Uma cosmovisão ou filosofia de vida

– Método psicoterapêutico

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Estudar Psicanálise é estudar o Inconsciente.

Estudar o Inconsciente é estudar o funcionamento do Sistema Psíquico: Suas formações e influências sobre a vida do

indivíduo.

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ISTO SIGNIFICA:

1 – Formação e funcionamento da Psique;

2 – Psique: Consciente e Inconsciente;

3 – Experiências determinantes para o equilíbrio da Psique;

4 – Psique aqui relaciona-se com a formação da Personalidade;

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5 – Logo, fatores que irão influenciar a nossa vida psíquica de forma positiva ou de forma negativa.

6 – Nossa vida psíquica possui duas naturezas: CONSCIENTE E INCONSCIENTE.

7 – Como temos vivido o nosso CONSCIENTE? Estamos bem? Algo nos incomoda?

8 - Como temos vivido o nosso INCONSCIENTE? O que há “dentro de mim” que não conheço? O que há “dentro de mim” que interfere em minha vida consciente?

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Tudo o que vimos até agora é fundamental para a compreensão da TEORIA GERAL DA PSICANÁLISE.

Nosso Inconsciente lida com todas essas coisas.

-Como é formado o Trauma e qual a ação do ID, EGO E SUPEREGO?-Como surgem os conflitos psíquicos e qual a ação dos mesmo na vida psíquica?

CAMPO DE AÇÃO DA PSICANÁLISE E ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NO INDIVÍDUO

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Livre AssociaçãoLivre Associação AnamneseAnamnese Associação LivreAssociação Livre Linha Histórico BiográficoLinha Histórico Biográfico Mapa Psíquico Mapa Psíquico

1 - Nome 1 - Nome Psicanálise Psicanálise

Reconhecimento CientíficoReconhecimento Científico

2 - M2 - Méétodo todo Livre Associação Livre Associação Interpretação de SonhosInterpretação de Sonhos Técnicas PsicanalíticasTécnicas Psicanalíticas Análise de DesenhosAnálise de Desenhos Correção CorretivaCorreção Corretiva HipnoseHipnose Etc...Etc...

3 - Objeto de Estudo3 - Objeto de Estudo

InconscienteInconsciente

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4 - OBJETIVOS DA PSICANÁLISE

a) Liberar materiais inconscientes anti inacessíveis, de modo que se possa lidar com eles conscientemente.

b) revelar os complexos reprimidos por causa do desprazer e que produzem sinais de resistência ante as tentativas de leva-los a consciência.

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“Uma das atribuições da Psicanálise como sabem, é erguer o véu da amnésia que oculta os anos iniciais da infância e trazer à memória consciente as manifestações do início da vida sexual infantil que estão contidas neles.

(1933, livro 28, p. 42, na ed. bras.).

 

Se uma pessoa liberar-se das inibições do inconsciente, o ego estabelecerá novos níveis de satisfação em todas as áreas de funcionamento.

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5 - PRINCÍPIOS

1. Energia Psíquica - Libido

2. Pulsões ou instintos básicos (Vida - Eros e Morte - Thanatos)

3. Existência de Fatores inconscientes determinantes do comportamento humano (Determinismo Psíquico)

4. Ambivalência

5. Catexias

6. Etc...

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As Cinco Premissas da Psicanálise:

1. Existe um inconsciente dinâmico.

2. Existe uma sexualidade infantil.

3. O núcleo da neurose é o complexo de édipo.

4. A neurose do adulto é a repetição da neurose infantil.

5. O indivíduo adoece com a diminuição da capacidade de amar

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Energia PsíquicaEnergia Psíquica

ESTÍMULOESTÍMULO

tensão atividade cessaçãotensão atividade cessação

IMPULSO IMPULSO necessidade atividade cessaçãonecessidade atividade cessação

INSTINTOINSTINTO Sexual (Eros) e Agressivo (Thanátos) Sexual (Eros) e Agressivo (Thanátos)

PULSÃO PULSÃO Desvio do Instinto (Morte, etc...)Desvio do Instinto (Morte, etc...)

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Energia PsíquicaEnergia Psíquica ESTÍMULOESTÍMULO

Em fisiologia, um Em fisiologia, um estímuloestímulo é qualquer alteração externa ou interna, que é qualquer alteração externa ou interna, que provoca uma resposta fisiológica, ou comportamental num organismo.provoca uma resposta fisiológica, ou comportamental num organismo.

Um estímulo é toda atividade física, interna ou externa, capaz de disparar (iniciar) um impulso nervoso

IMPULSO IMPULSO É um componente psíquico que sob a ação de estímulos gera um É um componente psíquico que sob a ação de estímulos gera um

estado de tensão ou necessidade, e tende a impelir o indivíduo a uma estado de tensão ou necessidade, e tende a impelir o indivíduo a uma atividade que busca a cessação da tensão ou gratificação da necessidade.atividade que busca a cessação da tensão ou gratificação da necessidade.

Um impulso nervoso é a ativação sequencial de neurônios em um sistema nervoso, através das sinapses que os conectam.

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INSTINTOS

São pressões que dirigem o organismo para determinados fins. De acordo com Freud, os aspectos físicos dos instintos correspondem às necessidades e os aspectos mentais podem ser denominados de desejos. Eles são as forças propulsoras que incitamos pessoas à ação.

A Pulsao é apoiada no instinto – Também pode ser dito que deve ser entendida como o desvio do instinto.

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DUALIDADE INATA DOS INSTINTOS

InstintoDe Morte

SEIOMAU

PROJEÇÃO

CONSERVAÇÃONO EGO –AGRESSIVIDADEÓDIOINVEJA

InstintoDe Vida

Deflexão do Instinto de morte / Suícidio

CONSERVAÇÃONO EGO –AMORLIBIDO

SEIOBOM

PROJEÇÃO

INSTINTOS

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DETERMINISMO PSÍQUICO

 

Não há descontinuidade na vida mental. Os processos mentais não ocorrem ao acaso. Há uma causa para cada memória revivida, cada pensamento, sentimento ou ação.

•Isto significa que não devemos admitir qualquer fenômeno psíquico como sem significado ou como acidental. Devemos sempre nos perguntar, em relação a qualquer fenômeno psíquico no qual estejamos interessados.

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Todos os eventos psiqícos possuem uma causa e a maioria deles são causados por impulsos insatisfeitos e medos e desejos inconscientes.

- Os sonhos- O humor- Esquecimento- Atos falhos

Servem para aliviar a tensão psicológica pela gratificação de impulsos proibidos ou desejos insatisfeitos

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Estado da pessoa em que se sente atraída por dois impulsos de sentido oposto, ficando na indecisão de seguir este ou aquele. Designa a existência simultânea de sentimentos conflitantes. Ambivalência é a experiência de ter pensamentos e emoções simultaneamente positivas e negativas para alguém ou alguma coisa. Um exemplo comum de ambivalência é o sentimento de amor e ódio para uma mesma pessoa.

A palavra "ambivalente" deriva do latim prefixo ambi, que significa "dois" e

valência, que é derivado do latim valentia, significando "força".O termo foi

proposto pelo psicanalista Eugen Bleuler (Vortrag über Ambivalenz, 1910) e foi

depois redefinido por Freud.

Na ambivalência tem que existir o opostoAmor ________________ Ódio

AMBIVALÊNCIA

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CATEXIA: Concentração de energia psíquica num dado objeto. Investimento da energia psíquica de uma pulsão numa representação mental consciente ou inconsciente, como um conceito, idéia, imagem, fantasia ou símbolo.

(1) Catexia do ego, quando a energia psíquica se liga à divisão consciente do ego. Daí ter surgido a expressão libido do ego ou narcisismo. Alguns usam o termo libido do eu ou auto-libido, em contraposição à libido do objeto.

(2) Catexia da fantasia, quando a energia psíquica é investida em formações de desejos ou fantasias, ou às suas fontes originais no inconsciente. Tanto a catexia do ego como a catexia da fantasia estão associadas ao narcisismo primário.

(3) Catexia do objeto - A expressão é empregada quando se refere à energia psíquica que está conectada com algum objeto fora do próprio sujeito, ou à representação desse objeto na mente do sujeito (Ambivalência).

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PERSONALIDADE

Formação e Desenvolvimento

         Até 6 a 8 anos = 80% total. Acima 8 anos = 20% total.

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A PSICANÁLISEFreud (1856-1939)

ESTRUTURA DA PSIQUÊ

1ª Teoria (1ª Tópica)

•Consciente•Pré-consciente•Inconsciente

2ª Teoria (2ª Tópica)Inconsciente:

•ID•EGO

•SUPEREGO

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www.damedpel.com www.damedpel.com [email protected]@damedpel.com

CONSCIENTECONSCIENTE Idéias que estão em nossa mente a qualquer Idéias que estão em nossa mente a qualquer

momentomomento

PRÉ-CONSCIENTEPRÉ-CONSCIENTE Seu conteúdo pode ser facilmente trazido à Seu conteúdo pode ser facilmente trazido à

consciência por esforço da atenção ou memóriaconsciência por esforço da atenção ou memória

INCONSCIENTEINCONSCIENTE Não presente no campo da consciência, são Não presente no campo da consciência, são

impedidos por força de repressão, também impedidos por força de repressão, também inconscienteinconsciente

O Aparelho PsíquicoO Aparelho Psíquico

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CONSCIENTE

PRÉ-CONSCIENTE

INCONSCIENTE

medos

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IDID É inconsciente, regido pelo prazer.É inconsciente, regido pelo prazer.

EGOEGO Estabelece a relação do indivíduo com a realidade, Estabelece a relação do indivíduo com a realidade,

instância executora da personalidade, faz o “meio de instância executora da personalidade, faz o “meio de campo” entre Id e Superego.campo” entre Id e Superego.

SUPEREGOSUPEREGO Herdeiro do complexo de Édipo, é a nossa Herdeiro do complexo de Édipo, é a nossa

consciência moral.consciência moral.

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ID Parte mais primitiva da personalidade.Impulsos biológicos básicos:

- Comer, eliminar resíduos, evitar e obter prazer.- Impulsos sexuais e agressivos.

OPERA PELO PRINCÍPIO DO PRAZER

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EGO A criança aprende que seus impulsos nem sempre podem ser gratificados imediatamente.

É o executivo da personalidade: ele decide que impulsos do ID serão satisfeitos e de que maneira

PRINCÍPIO DA REALIDADE

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SUPEREGO Representação internalizada dos valores e costumes da sociedade

Julga se as ações são certas ou erradas.

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EGO ID SE

Fusão com o ID Fusão com o SE: Ideal do ego Ser o Superego. Caso isto ocorra teríamos um SUPER SEPEREGO

ID SE

EGO

Função do EGO

Os perigos em relação ao EGO

Caso isso ocorra teríamos um ID descontrolado, com características de: Super ID, Soberano, Controlador, Tirano, Gerador de estados neuróticos (por ter se rebelado contra o mundo exterior), etc.

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MECANISMO DE DEFESA DO EGO

»Fixação

»Repressão

»Identificação

»Projeção

»Racionalização

» Etc...

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O P

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Vulnerabilidade“Genética” e “Hereditária”

Eventos de VidaPrecocesEstressantes

Indivíduo Predispostoa conflitos psiquícos EVENTOS

ESTRESSANTES

SINTOMASCLÍNICOS

Desencadeantes

Mantenedores

Desencadeantes

Mantenedores

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DESENVOLVIMENTO TEMPORAL DO TRAUMA

PASSADO PRESENTE FUTURO

1 6

X X X

2 5

X X X X X X

3 4

A linha horizontal é a linha do tempo que, iniciada no passado, passa pelo presente em direção ao futuro. Os três pequenos traços verticais significam o presente. Aí se encontra o paciente com seus sintomas. As cruzes representam os traumas psíquicos. Os números indicam a ordem do raciocínio que explica os sintomas. O raciocínio desenvolve-se da seguinte maneira.

1. Traumas psíquicos infantis que devem ser levados a sério

2. Repressão dos mesmos

3. Traumas psíquicos em estado inconsciente

4. Sua presença permanente inalterável

5. Influencia dos mesmos sobre o presente

6. Sintomas no presente do paciente

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Conceito de Cena Traumática e Cena primária

Experiência que uma pessoa quer esquecer, porque a recordação de seu papel ou sua participação nessa experiência...

1. Lhe fere o amor próprio

2. É contrária ao seu sistema de valores

Cena primária Na psicanálise Cena primária refere-se ao fato da criaça

presenciar relação sexual entre seus genitores (C.P. Real) ou entre outras pessoas (C.P. Deturpada)

Toda Cena Primária também é Cena Traumática, mas, nem toda Cena traumática é Cena Primária.

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O que é Neurose Traumática?

Neurose (especialmente nos casos de histeria(transtorno de conversão) e ansiedade), precipitada por um trauma psíquico ou somático, em que os sintomas estão intimamente relacionados com o trauma original.

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NEUROSES (CONFLITOS DA ESTRUTURA TRIPARTITE DO INCONSCIENTE)

ETIOLOGIA DA NEUROSE

NEUROSE

=Disposição por fixação + Acontecimento acidental

da Libido (traumático)

Constituição sexual Acontecimento

(Acontecimento pré-histórico) infantil

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Fase oral (0 a 6 meses / 0 a 1 ou 2 anos)Fase oral (0 a 6 meses / 0 a 1 ou 2 anos) Fase anal (6 a 18 meses / 1 a 2 ou 3 anos)Fase anal (6 a 18 meses / 1 a 2 ou 3 anos) Fase uretral (6 a 18 meses / 1 a 2 ou 3 anos)Fase uretral (6 a 18 meses / 1 a 2 ou 3 anos) Fase fálica / genital (18 meses aos 5 anos / 2 a 3 ou 4 anos)Fase fálica / genital (18 meses aos 5 anos / 2 a 3 ou 4 anos) Fase da Latência (6 anos a puberdade / 6 a 10 anos)Fase da Latência (6 anos a puberdade / 6 a 10 anos) Fase da Puberdade (Genitalidade total)Fase da Puberdade (Genitalidade total) ComplexosComplexos:: Castração / Édipo Castração / Édipo

Desenvolvimento da PsicosexualidadeDesenvolvimento da Psicosexualidade • FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL (Fundamentais na formação da Personalidade e na formação da Sexualidade)

• CONFLITOS PSÍQUICOS PODEM SURGIR NESSAS ETAPAS

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PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA

AS PARAPRAXIAS

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2 - ATOS FALHOS lapsus linguae lapsus calami (escrita) lapsus memoriae

1 - O ESQUECIMENTO

3 - CHISTES = GRACEJOS

4 - DEVANEIOS

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ESCOLAS PSICANALÍTICAS I

A CONSTRUÇÃO DAS ESCOLAS PSICANALÍTICAS (ESCOLAS EUROPÉIA, AMERICANA E MODERNA)

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“ Se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta freudiana, essa palavra seria

incontestavelmente inconsciente”

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ESCOLAS PSICANALÍTICAS I (Construção das escolas européia, americana e moderna)

UNIDADE I – INTRODUÇÃO E PANORAMA DAS ORIENTAÇÕES ATUAIS UNIDADE II – PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PSICANALÍTICAS NA EUROPA 1. Karl Abraham 2. Anna Freud3. Alfred Adler 4. Hanns Sachs 5. Sandor Ferenczi6. Otto Rank7. Wilhem Stekel8. Wilhem Reich9. Theodor ReikUNIDADE III - PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PSICANALÍTICAS NA AMÉRICA 1. Franz Alexandre2. Karen Horney3. Erich Fromm4. H. Stack Sullivan5. W.R.FairbairnUNIDADE IV – PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PSICANALÍTICAS MODERNAS1. Winnicott3. Bion

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BIBLIOGRAFIA:1. BRENER, Charles – Noções Básicas de Psicanálise, Martins Fontes SP 1991.

2. FADMAN, JAMES – Teorias da personalidade – Harbra, SP. 19983. FENICHEL, Otto Teoria Psicanalítica das Neuroses, Atheneu, SP 2000.4. FREUD SIGMUND Obras Completas, Imago RJ 1990.5. FREUD, S. (1921) Psicologia de grupo e análise do ego. E.S.B. Rio de Janeiro:

Imago, 1976, vol.XVIII6. GREENSON Raph A técnica e a prática da Psicanálise, Imago RJ 1981.7. HAL LINDZEY – Teorias da personalidade. Epu SP 19978. HENRI, Gratton – PSICANALISES DE ONTEM E DE HOJE – Trad. Alcântara Silveira

Edições Loyola – SP.9. HORNEY, KAREN A personalidade neurótica do nosso tempo – Zahar, 1996.

12. LAPLANCHE, Pontalis Vocabulário de Psicanálise, Martins Fontes SP 1991.13. LOPEZ, Emílio Mira y – AVALIAÇÃO CRÍTICA DAS DOUTRINAS PSICANALÍTICAS

– Trad. Maria Cecília Ruas Abramo – Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro.14. MARX, MELVIN Sistemas e teorias em psicologia Cultrix SP 1997.15. OSBORNE, Richard. Freud para principiantes. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva 1993.16. RUDNESCO, Elisabeth. PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro:

Ed. Jorge Zahar, 1998.17. STEKEL, Wilhelm. Atos impulsivos. Rio de Janeiro: ED Mestre jou: Ed.18. SCHINTMAN, Dora Paradigma, cultura e subjetividade, Artes Médicas, 199719. ZIMERMAN , DAVID – Fundamentos Psicanalíticos, Artmed . RS,1999.

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Psicanálise é a ciência do inconsciente que foi fundada por Sigmund Freud (1856-1939). Um método de investigação, que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito.

  Este método baseia-se principalmente nas associações livres do

sujeito, que são a garantia da validade da interpretação. A interpretação psicanalítica pode estender-se a produções humanas para as quais não se dispõe de associações livres. A psicanálise é um método psicoterápico baseado nesta investigação e especificado pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo. O emprego da psicanálise como sinônimo de tratamento psicanalítico está ligado a este sentido; exemplo: começar uma análise.

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As chamadas Escolas Psicanalíticas (Freudismo Dissidente), são reconhecidas e identificadas através dos nomes que marcaram a Psicanálise em épocas diferenciadas.

 Existem diversas doutrinas psicanalíticas, neo-analíticas,

post e paranalíticas que disputaram e disputam o monopólio da interpretação da vida mental normal e patólogica, ao mesmo tempo que se proclamam possuidoras da chave da felicidade humana individual e coletiva.

 

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Ao expormos cada doutrina procuramos, tanto quanto possível, adotar um critério evolutivo, que vá desde sua gênese até seu estado atual e rumos previsíveis em um futuro próximo.

A proposta de estudo será desenvolvida via pesquisas feitas pelos alunos que serão apresentadas e discutidas em sala de aula, com o objetivo de assinalar as coincidências e divergências das doutrinas psicanalíticas ao longo de sua história, bem como, servir de apoio ao processo clínico.

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QUADRO HISTÓRICO (Fins do Século XIX / Psicogênese da Psicanálise / Pré-origens das Escolas Psicanalíticas).

 Não poderíamos compreender o

significado do vasto e diverso movimento psicanalítico atual se não nos remontássemos antes, seguindo sua própria técnica de trabalho, à sua gênese.

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O passado fim do século parecia justificar o orgulho de não poucos profissionais das ciências biológicas e das esperanças de muitos cultores da psicologia.

A fisiologia e a patologia haviam progredido – Os trabalhos de Virchow, Pasteur, Lister e Claude Bernard – haviam dado uma sólida base objetiva e experimental à medicina, permitindo-lhe, inclusive, um rápido avanço no campo terapêutico.

A psicologia começa a separar-se como disciplina autônoma, adotando as normas metodológicas da ciência analítico-experimental repudiando sua longa tradição especulativa – Temos os trabalhos de Wundt, W.James, Ribot e outros.

Surgem as diversas especialidades médicas, dentre elas a neuropsiquiatria.

Ainda haviam cirugiões que atribuíam `obra do diabo as mortes pós-operatórias, agora os psiquiatras explicavam o delírio místico por alterações de uma determinada zona cerebral.

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A psiquiatria ficava reduzida à patologia encefálica. Não obstante, restava um reduto de alterações que, apesar de serem estas consideradas como de natureza nervosa, resistia a toda a tentativa de localização material Essas enfermidades foram designadas pelo qualitativo de “Neuroses”e entre elas se incluíram, duas que estavam muito em voga: a histeria e a neurastenia, a primeira considerada então como própria do sexo feminino e a segunda, do masculino.

Triunfava o pensamento cartesiano.

Entronizava-se a razão e o positivismo dominava o pensamento de uma grande parte dos médicos europeus. (Contentavam estes em tentarem sanar o corpo e deixavam os males do “espírito” aos cuidados dos sacerdotes.

A chamada moral vitoriana reinava em todo o Velho Continente e se considerava que o homem vale na medida em que se opõe a seus instintos de origem animal.

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A família estava obrigada a ser um grupo intimamente unido, hierarquicamente estratificado em forma irreversível e com papéis rigidamente estabelecidos para cada um de seus membros.

A mesma rigidez reinava na escola e no ambiente de trabalho.

Quando FREUD terminou seus estudos de Medicina existiam muitos sinais de mudanças e de protestos contra essa situação As antíteses fermentavam em todos os terrenos:

No campo político-social cresciam os círculos anarquistas;

Surgiam as “internacionais”, com a pretensão de romper as barreiras no campo do trabalho.

Na educação “surgiam diversos movimentos que hoje triunfam com os nomes de “nova-pedagogia”, “escola ativa”.

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No campo das artes, como uma afirmação de subjetividade frente às pressões ambientais, surgia o impressionismo;

No campo do Direito penal surgiam movimentos que proclamavam a necessidade de ajudar o delinqüente mais que a de castigá-lo;

No campo da filosofia começavam a filtrar-se as idéias do vitalismo e do existencialismo, as do neokantismo, de krausiano,como uma reação ante um excesso de influências tomistas e cartesianas. (Dilthey escreveu que: “nas veias do homem pensador do século XVIII (homo philosophicus sive theoreticus) não corre sangue, mas idéias”

 

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PANORAMA DAS ORIENTAÇÕES ATUAIS ((Texto retirado de Arte do Renascimento - Eduardo Goat - ed.Nova Fronteira)

 O conjunto das principais psicoterapias atuais é bastante

complexo, de forma que – tendo em vista uma maior clareza – decidimos dividi-lo em seis orientações distintas:Psicodinâmico-Analítico Cognitico-Comportamental Humanístico-Experiencial Sistêmico-Relacional Biofuncional-Corporal Apoio breve

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O primeiro agrupamento, Psicodinâmico-Analítico, inclui as quatro terapias tradicionais:

 a) a Psicanálise Clássica Freudiana,b) a Psicanálise Neofreudiana (Erikson, Kohut, Fromm,

Klein, Horney, Maher-Kerenberg, Winnicott, Hartmann, Jacobson, Spitz),

c) a Psicologia Analítica, de Jung (Hillmann Neumann),d) a Psicologia Individual, de Adler (Sullivan, Bion,

Ansbacher, Dreikurs).

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No segundo grupo, Cognitivo-Comportamental, as quatro aproximações mais conhecidas são:

a "RET": Terapia Racional Emotiva, de A. Ellis, a "AT": Análise Transacional, de E. Berne, a Terapia de Modificação do Comportamento, de

Skinner (Ey-senck, Wolpe, Lazarus, Bandura, Mahoney),

a Terapia do Biofeedback (exercida com o auxílio de aparelhagem eletrônica).

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A terceira orientação é a Humanístico-Experencial, que apresenta as seguintes quatro subdivisões fenomenológicas principais:

a Terapia Existencial e a Antropanálise (Laing, May, Yalom, Binswanger, Frankl, Buber, Boss, Bugental),

a Terapia Centrada na Pessoa, de Carl Rogers(Carlkhuff, Maslow, Jourad, Gendlin),

a Terapia da Gestalt (Perls, Fromm, Simkin, Polster),

a Reintegração Primária, de A. Yanov.

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No quarto grupo, Sistêmico-Relacional, relacionado principalmente com a terapia do casal e da família, encontramos mais quatro subdivisões fundamentais:

o Modelo Sistêmico Cibernético (Bateson, Halley, Watzlawick),

o Modelo Intra-sistêmico Aberto (Minuchin), o Modelo Formativo Existencial (Bowen,

Bosromenyi e Nagy, Whitaker, Satir), o Psicodrama Sociométrico(Moreno, Ancelin-

Schutzenberger).

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No quinto agrupamento, Biofuncional-Corporal, encontramos mais quatro tendências:

a Vegetoterapia, de W. Reich, a Terapia Bionergética, de A. Lowen, a Integração da Postura (Rolfing), de I. Rolf, as Terapias Sexuais (Master & Johnson,

Kaplan, Abraham & Pasini).

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Quanto ao sexto grupo, finalmente, aquele definido como de Apoio Breve, podemos dar algumas indicações acerca de:o Relax Training (Schultz, Jacobson, Desoile,

Sapir), a Terapia do Movimento (Feldenkreis,

Alexander), a Hipnoterapia e P.N.L. – Programação

Neurolingística (Erikson, Rossi, Blander & Grinder),

as Técnicas Microtranscendentais (Psicossíntese, Zen, Yoga, Meditação, Dinâmica Mental, Ondas Alfa, Taí Chi, etc.).

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OS VÁRIOS PROCEDIMENTOS PSICOTERAPÊUTICOS

A abordagem Cognitivo-Comportamental

DESCRIÇÃO TEÓRICA: é o ambiente que molda o indivíduo através da seqüência "estímulo-resposta", de forma que o comportamento nada mais é do que o resultado da aprendizagem. Os problemas e os sintomas decorrem, portanto, de uma aprendizagem inadequada, e a solução está na reeducação sistemática do indivíduo, que lhe permite (re)construir esquemas comportamentais mais funcionais. Enquanto a "RET" trabalha principalmente com o pensamento irracional e a "AT" interpreta as transações e os jogos interpessoais, os seguidores do Behaviorismo de Skinner moldam comportamentos novos e alternativos, às vezes recorrendo até a aparelhagens eletrônicas para induzir ao relaxamento.

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A abordagem Humanístico-Experencial

DESCRIÇÃO TEÓRICA: refuta a visão redutora seja do

pessimista determinismo analítico, seja da simplificação mecanicista do behaviorismo e propõe a filosofia existencial da autodeterminação ao tornar pessoas livres e responsáveis, capazes de escolher a auto-realização e dar um sentido às suas vidas (Frankl). A consciência de nossa própria identidade torna-se mais forte ao enfrentarmos com coragem a solidão e a angústia da morte e do não-ser (Existencialismo). A inspiração básica encontra-se em Dostoievski, Kierkegaard, Nietzche, Heidegger, Sartre, Buber, Camus, Jasper, Russel e Tilich, além de, em tempos mais recentes, na Psicologia Humanística (Movimento do Potencial Humano, de Esalen).

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A abordagem Sitêmico-Relacional

DESCRIÇÃO TEÓRICA: é centrada nos problemas interativos das crises de relacionamento de casal ou no interior da família. As tensões negativas e os vários ressentimentos impedem a recíproca colaboração dentro do sistema e a comunicação baseia-se amiúde em mensagens paradoxais (a assim chamada "dupla constrição"), que criam na família membros gravemente perturbados (esquizofrenia, anorexia, alcoolismo, drogas, comportamentos anti-sociais). A terapia tem curta duração, com cerca de quinze sessões em média, e nela se utilizam, a fim de provocar mudanças evolutivas em relação dinâmica, as teorias cibernéticas, e sistêmicas e paradoxais. As intervenções são do tipo reorganizativo e mitopoético (dramatização do romance familiar).

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A abordagem Biofuncional-Corporal

DESCRIÇÃO TEÓRICA: Presume que todas as nossas emoções são físicas e não apenas mentais; torna-se portanto indispensável entrar em contato com o corpo, juntamente com a verbalização, se quisermos desfazer os nós da armadura muscular do caráter. O objetivo é recriar uma circulação energética natural, que favoreça uma expressão unificada da libido (emoções e sexualidade).

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A abordagem de Apoio Breve

DESCRIÇÃO TEÓRICA: comporta um envolvimento terapêutico limitado, seja no tempo, seja do ponto de vista emotivo. É um apoio intermitente momentâneo, para a obtenção de um parecer sobre um problema específico, ou um esclarecimento, ou ainda um ponto de referência e de apoio num momento crítico, sem que isto, por outro lado, chegue a ter a menor influência sobre a estrutura básica da personalidade. Isto significa que não está prevista uma mudança existencial, mas que apenas são fornecidas indicações de caráter informativo e de orientação.

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Psicanálise: Dissidentes e Descendentes

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1 – Psicanalistas Ortodoxos que ampliaram as concepções Freudiana

1. Karl Abraham 2. Anna Freud 2 – Psicanalistas Dissidentes que ampliaram as concepções

Freudiana 1. Alfredo Adler 2. Hanns Sachs 3. Sandor Ferenczi 4. Otto Rank 5. Wilhem Stekel 6. Wilhelm Reich 7. Theodor Reik 3 – Os Culturalistas 1. Franz Alexandre 2. Karen Horney 3. Erich Fromm 4. Harry Stak Sullivan 5. W. R. Fairbairn

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PSICANALÍTICAS MODERNAS1. Winnicott2. Bion

Serão estudadas em outra disciplina

1. Lacan2. M. Klein3. C.G.Jung

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DEPOIS DA FUNDAÇÃO

20 anos após a fundação do movimento, este se dividiu em facções concorrentes

Tentativa de corrigir deficiências e inadequações

Freud não aceitou bem

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DISSIDENTES

Eram freudianos ortodoxos e deixaram o círculo do mestre para promover suas próprias concepções

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DESCENDENTES

Desenvolveram suas abordagens depois da morte do Freud

Nunca foram freudianos ortodoxosDerivaram suas idéias apoiando-se

nas idéias de Freud ou opondo-se a elas

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NEOFREUDIANOS

Aqueles que aceitam os fundamentos e premissas centrais da psicanálise

Ampliaram e modificaram poucos aspectos do sistema de Freud

Ênfase ampliada no egoO ego é independente do id, possui

energia própria

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NEOFREUDIANOS

Influência das forças sociais e psicológicas na personalidade

Tornar a psicanálise parte da psicologia científica

Traduziram, simplificaram e definiram as noções freudianas

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PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PSICANALÍTICAS NA EUROPA

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1. KARL ABRAHAM (MÉDICO - 1877-1925) – O FORMADOR DE ANALISTAS

Psicanalista alemão, firme seguidor de Freud. Foi presidente do grupo de Berlim, integrante da IPA - entrou em contato com a psicanálise em Zurique, através de Carl Gustav Jung.

psicanalista alemão, um dos primeiros discípulos de Freud, nasceu em 03 de maio de 1877 (Bremen, Alemanha) e faleceu em 25 de dezembro de 1925 (Berlim, Alemanha), aos 48 anos de idade, vítima de uma doença nos pulmões

• Congressos da Associação Psicanalítica Internacional realizados até sua morte, tendo sido eleito presidente da Associação em 1924 e reeleito no ano seguinte.

• 1908, fundou a Sociedade Psicanalítica de Berlim, que presidiu até sua morte. Sua iniciativa o transformou no primeiro psicanalista alemão a ter um consultório psicanalítico particular.Formador de analistas - Ficou conhecido pelo seu empenho em formar analistas. Foi o primeiro analista na Alemanha. Após haver conhecido Freud, permaneceu até sua morte como um de seus mais fiéis amigos. Foi analista de Melanie Klein, Theodore Reik e outros.

Desenvolveu estudos importantíssimos sobre a melancolia. Aborda a relação que existe entre a depressão e o luto, influenciando Freud a

escrever o artigo “Luto e Melancolia”. Diferencia a tristeza da depressão, alegando que a primeira é um sentimento de natureza

consciente, enquanto que atribuía à segunda uma natureza inconsciente, ligada à necessidade de abandonar um objetivo sexual sem que se tivesse obtido a satisfação desejada.

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A obra de Abraham é dividida em três partes.

Seus primeiros escritos versam sobre a demência precoce, o alcoolismo e artigos sobre sonhos e mitos.

No segundo grupo, destacam-se ensaios sobre a ejaculação precoce, fantasias oníricas histéricas, neuroses de guerra, e o complexo de castração nas mulheres.

No terceiro grupo, Abraham desenvolve sua teoria sobre o estágio pré-genital do desenvolvimento, escrevendo dois livros: um sobre formação do caráter, e outro a respeito da evolução da libido.

******************************************************************************

No campo da psicopatologia inseriu grandes contribuições sobre a psicose

maníaco-depressiva e a diferenciou da neurose obsessiva através da análise

minuciosa das relações com o objeto.

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Esquema de Karl sobre a evolução da libido:

Amplia a visão Freudiana sobre as fases da libido dividindo-as em várias caracteristicas:

Fase oral narcísica primária (passiva)- O oral / O narcísico / O primário / O passivo

O estágio oral-passivo ou oral dependente se caracteriza pelo prazer derivado de chupar.

Fase oral narcísica secundária (agressiva)- O narcísico / O secundário / O agressivo / O Canibalistico

O estágio oral-agressivo se caracteriza pela “chegada” da ambivalência e pela compreensão de que a mãe não é parte dela (da criança). Os dentinhos podem começar a surgir aqui. Temos o que é chamado por Karl Abraham e por Freud de tendência canibalística.

Dividiu a fase anal em sádica com dois períodos: Primário, de onde regem as tendências agressivo-destrutivas. - O anal / O sádico / Pré-édipo

Secundárias, de onde imperam os impulsos de conservação e possessão amigável para com o objeto.

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INTERESSOU-SE PELA SEXUALIDADE INFANTIL (LIBIDO)INTERESSOU-SE PELA SEXUALIDADE INFANTIL (LIBIDO)

-A fase oral primitiva, caracterizada pela sucção, auto-erótica, sem objeto externo e pré-ambivalente;

-A fase oral posterior, canibalesca, narcísica, com incorporação total do objeto e ambivalente;

- A fase sádico-anal primitiva, com amor parcial pelo objeto, comincorporação, ambivalente;

- A fase sádico-anal posterior, com amor parcial pelo objeto, semincorporação e ambivalente;

- A fase genital inicial (fálica), com amor objetal não genitalizado,ambivalente;

- A fase genital final, caracterizada pelo amor objetal, livre do conflitoambivalente.

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TEORIAS DAS RELAÇÕES OBJECTAIS1. objecto parcial: partes não integradas de um objecto;

2. objecto interno: resulta da internalização do objecto

3. ambivalência de sentimentos em relação ao objecto (mistura de amor e ódio)

Fases libidinais Fases de amor objectal Nosologia I-1ª fase oral (de sucção)

0-6m

auto-erotismo (sem objecto)

Pré-Ambivalente

Esquizofrenia

II-2ª fase oral (mordedura)

6-18m

Narcisismo (incorporação

total do objecto)

Ambivalente Melancolia

III-1ª fase anal -sádica

(expulsiva) 18-26m

Amor parcial com

incorporação

Ambivalente Paranóia

IV-2ª fase anal-sádica (retentiva)

26-48m

Amor parcial Ambivalente Neurose obsessiva

V-1ªfase genital (fálica) 4-7 anos

Amor objectal com exclusão

dos orgãos genitais

Ambivalente Histeria

VI-2ªfase genital 11+anos

Amor objectal Pós ambivalente

Normalidade

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(Gráfico de Karl sobre Tipos caracterológicos baseados nos estágios de evolução da libido)

Tipos gerais Tipos caracterológicos

Características

GENITAIS

ANAIS

ORAIS DE 2ª ETAPA

ORAIS RECEPTORES

Maduros ou

Genitais

Fálicos

Anais Canibalistícos

Frustrados

Sublimações

primitivas

Sublimam os impulsos sexuais, e não estão dominados pelo princípio do prazer – São amavéis, afetuosos, seguros de si mesmos, previsores, etc.

São videntes, dominadores, agressivos, etc

São tipos inacessíveis, reticentes, ternos, hiostis, conservadores, não criadores (criativos), temem perder o tempo, etc..

Sublimam as ganas de morder. São agressivos, aproveitadores, envidosos, ambiciosos, etc..

São pessimistas, desiludidos, não suportam a solidão, etc..

Sào amavéis, generosos, otimistas, justos, consolam paternalmente, etc...

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2 - ANNA FREUD - 1895-1982 – Pedagoga (Magistério)

Quando Freud publicou em 1905 a obra “análise de fobia de um menino de 5 anos”, indicava a rota para a aplicação da psicanálise com crianças – Agora era só encontrar um método adequado para estudar as diferenças entre a mente do adulto e do infante.

Psicanalista britânica, de origem austríaca, foi a caçula dos seis filhos de Sigmund e Martha Freud.

Presidente do Instituto de Formação Psicanalítica de Viena, de 1925 a 1938, refugiou-se com o pai em Londres, em 1938, onde fundou, em 1951, a Clínica Hampstead, centro de tratamento, formação e pesquisas em psicoterapia infantil.

Duas grandes contribuições efetuadas por Anna Freud a psicanálise: a) uma ampliação dos conceitos sobre os mecanismos de defesa

b) a extensão da psicanálise ao tratamento de transtornos infantis Psicanálise Infantil

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O EGO E SEUS MECANISMOS DE DEFESA Apesar de ser questionável se a importância de Anna Freud se dava por ser ela filha de

Freud ou por suas contribuições a Psicanálise , deve se enaltecer o significado que tem para o processo de compreensão da psicologia do Ego, os mecanismos de defesa onde ela se aprofunda nas funções do ego.

Em "O Ego e os Mecanismos de Defesa" (1946) [1], formula a hipótese de que o maior temor do ego é o retorno ao estado de fusão inicial com o id, caso a repressão falhe ou os impulsos sejam intensos demais. Para manter o grau de organização atingido, o ego procura proteger-se da invasão das demandas instintivas/pulsionais, provenientes do id, e do retorno dos conteúdos reprimidos, desenvolvendo os chamados Mecanismos de Defesa.

Seu trabalho teórico abarcou o exame das funções que o ego desempenha no sentido de tornar tolerável a intensidade da ansiedade despertada por idéias e sentimentos penosos, diante das demandas pulsionais.

Os Mecanismos de defesas devem ter função provisória. Caso este aspecto não se realize é necessário o trabalho analítico para resolução do conflito neurótico ou traumático.

EGOID SEFusão com o ID

Ideal do ego Ser o Superego. Caso isto ocorra teríamos um SUPER SEPEREGO

ID SE

EGO

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Psicanálise Infantil / Transferência

Difere de M. Klein que diz que toda pertubação anímica infantil pode ser tratada pela psicanálise – Anna Freud diz que a psicanálise só deve ser aplicada diante de uma verdadeira neurose e em uma idade que permita o desenvolvimento da transferência (cerca de 6 anos).

A referência ao tratamento infantil em Freud = Pequeno Hanns (5 anos) Anna Freud tem uma visão pedagógica, daí a limitação à idade para o

tratamento infantil

Transferência A criança experimenta amor e ódio para com o analista, nega que o pequeno

pode desenvolver uma neurose de transferência.

Os principais recursos da análise-infantil, segundo Anna Freud: A ajuda dos pais Os sonhos As fantasias

Anna Freud criou um curso de formação de analistas de crianças (1947) e fundou uma clínica(1952).

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DISSIDENTES DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO

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3 - ALFRED ADLER (1870 - 1937) Médico e psicólogo austríaco)

Adler foi o pioneiro da Psicologia Social (psicologia individual)

Adler desenvolveu a PSICOLOGIA INDIVIDUAL que aborda basicamente: : Os sentimentos de inferioridade Os impulsos de poder O impulso de comunidade

COMPLEXO DE INFERIORIDADE Adler tem toda uma teoria sobre o complexo de inferioridade – Os sentimentos de

inferioridade será um fator desencadeador de neuroses.

Adler em oposição a Freud, defendia que a neurose não é apenas uma consequência da repressão dos instintos, mas uma fuga do indivíduo para não enfrentar o que ele chamava das três áreas vitais:

O amor. O trabalho. As relações sociais

A análise desse transtorno dentro do enfoque da psicologia do indivíduo de ALFRED ADLER, elaborador dos conceitos do COMPLEXO DE SUPERIORIDADE E INFERIORIDADE mostra que as três áreas são fundamentais para o pleno desenvolvimento e felicidade humana - Em nenhuma delas poderia prevalecer sentimentos de competição, desejo de superioridade ou complexo de inferioridade; caso isto ocorresse, se obstaria o livre fluir dessas potencialidades humanas.

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O neurótico nessa concepção é o real criador de sua neurose, e não vítima de instintos inconscientes como prega a psicanálise, dessa forma qualquer elemento neurótico é sempre direcionado para uma determinada tarefa ou finalidade que sempre acaba encobrindo sentimentos ou complexos de inferioridade.

Foi o primeiro dos discípulos de Freud que se revelou contra a afirmação postulada por este a respeito de que “as neuroses tem sempre seu núcleo na libido”, o que o levou a separar-se de Freud.

Adler lançou o conceito pioneiro de que a neurose é uma escolha do próprio indivíduo, e o tipo da mesma dependerá das condições do ambiente familiar e social dessa pessoa

Isto está baseado no seguinte fato:O indivíduo era portador na maioria das vezes de um complexo de

inferioridade ou de superioridade, sendo que há um sentido dialético entre ambos. Por detrás de um desejo de superioridade, esconde-se o temor e a insegurança e vice-versa. O sujeito debilitado sonha em galgar postos mais altos, nem que lance mão da doença para tal finalidade.

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ADLER demonstrou como o instinto de poder esconde-se sob a capa da sexualidade, pois é muito mais fácil discutir perversões ou fantasias sexuais do que a imensa frustração de não se galgar uma posição de destaque e domínio sobre outras pessoas.

Se como dizia FREUD a sexualidade é a estrela do ID (impulsos sexuais inconscientes), o poder é o centro do ego em nossa sociedade, e pior, nunca admitido, mas sempre desejado.

O neurótico nessa concepção é o real criador de sua neurose, e não vítima de instintos inconscientes como prega a psicanálise, dessa forma qualquer elemento neurótico é sempre direcionado para uma determinada tarefa ou finalidade que sempre acaba encobrindo sentimentos ou complexos de inferioridade.

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ALFRED ADLER (1870-1937)

Sistema sociopsicológico que denominou de “Psicologia Individual”

Só podemos compreender a personalidade investigando os relacionamentos sociais

Interesse social se desenvolve na infância, por meio da aprendizagem

EM

RE

SU

MO

...

EM

RE

SU

MO

...

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ALFRED ADLER (1870-1937)

Reconhecia a importância dos primeiros anos

Minimizava o papel do sexoImportância da consciênciaSomos influenciados por aquilo que

pensamos que o futuro nos reservaEnfatizava a unidade da

personalidade

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ALFRED ADLER (1870-1937)

Inferioridade é a força determinante do comportamento, lutamos pela superioridade ou perfeição

“certas capacidades e experiências nos vêm por hereditariedade ou pelo ambiente, mas é o modo como usamos e interpretamos ativamente estas experiências que nos fornece a base da nossa atitude diante da vida”

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4 - HANNS SACHS (FORMADO EM DIREITO - 1881-1947) Hanns Sachs não era médico. Era formado em Direito, porém

interessou-se pela Psicanálise Aplicada, pela mitologia, pela arte, pela literatura e pela religião.

Aprofundou-se na Psicanálise aplicada. Depois de ler a Interpretação dos Sonhos

Tornou-se discípulo fervoroso de Freud. Especializou-se no estudo dos sonhos acordados (devaneios), das

condições da atividade artística, dos autores literários e dos personagens históricos, de acordo com as idéias freudianas.

Procurou demonstrar a importância da Psicanálise a fim de compreender os problemas sociológicos.

Tornou-se auxiliar de K. Abraham e, depois, continuou sua obra. Foi convidado pela Universidade de Harvard para ministrar cursos

de Psicanálise. Ficou amplamente conhecido na Psicanálise por implantar o TRIPE

ANALÍTICO: ANÁLISE PESSOAL / DIDÁTICA / SUPERVISÃO.

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Sachs tornou-se o primeiro analista didata e, aparentemente, o primeiro psicanalista a estabelecer uma distinção entre análise pessoal e supervisão clínica.

Desenvolve estudos sobre a fobia, fetichismo e o exibicionismo.

Bibliografia Sachs: SACHS, H. (1923/1986). On the Genesis of Perversions.

Psychoanalytic Quarterly. 55: 477-488. SACHS, Hanns. As perspectivas da psicanálise, p. 102-107. IN: Moustapha

Safouan (org). O mal-estar na psicanálise. São Paulo: Papirus, 1995.

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5 - SANDOR FERENCZI (PSIQUIATRA - 1873-1933) A “TERAPÊUTICA DO RELAXAMENTO – TERAPIA ATIVA”

Ligado a Rank, embora não haja aceitado as idéias teóricas deste.

Discorda de Freud em relação ao processo de análise.

Dotado de um grande entusiasmo terapêutico, a exemplo de Rank e Stekel, irritava-se ante a lentidão do progresso curativo da psicanálise.

Segundo ele a cura psicanalítica deveria Ter duas fases:

De técnica ativa – Destinava-se a criar reações emocionais no paciente, isto é, a sacudi-lo e abalá-lo afetivamente, para o que se lhe teria de impor não somente uma abstinência sexual mas uma limitação na satisfação das demais necessidades, instintivas ou não (alimentação, limpeza, distrações, etc.), com o fim de aumentar sua tensão intrapsíquica e, deste modo, favorecer o aumento secundário de sua necessidade de afeto e apoio. Ferenczi, com isto, supunha que assim se acelerariam a confissão e a manifestação de tudo quanto o paciente tivesse reprimido.

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De relaxamento – Nesta fase, as proibições eram liberadas progressivamente. Tinha-se mais tolerância e, sobretudo, prodigalizava-se mais carinho e simpatia ao neurótico, de modo que lhe fosse satisfeita a “sede de carinho”que, segundo Ferenczi, remontava da infância.

Assim o psicanalista

reservava para si um papel paradigmático e se transformava ativamente em uma espécie de genitor substituto e ideal, permitindo ao neurótico uma humanização de que tanto necessitava: não somente lhe dava ocasião de viver as situações primitivas sob novas formas e experiências vitais, mas, além disso, procurava ele também confessar ao paciente seus próprios defeitos e erros.

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Procurou realçar as privações de ordem sexual recomendada por Freud aos seus pacientes durante as análises. Segundo ele, essa situação psicológica peculiar das análises mascarava os verdadeiros problemas.

Segundo ele, deve haver no processo de análise a experiência de relações amigáveis que deveria corrigir as infelizes experiências infantis, sob o regime parental. – Diz ele que deve haver da parte do analista um amor paternal a respeito do analisando. O analista deve desempenhar o papel do pai ideal.

Freud opôs energicamente a essas idéias (o analista prodigalizar afeto e confessar erros, como também, Freud dizia que é necessário que o analista se mantenha em um puro plano de silêncio e interpretação).era contrário à idéia.

Foi Ferenczi, não Freud, que introduziu na psicanálise o conceito de introjeção.

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6 - OTTO RANK (FILOSOFIA - 1884-1939) – A CHAMADA TEORIA DO TRAUMATISMO DE NASCENÇA

Rompe com Freud em virtude de sua teoria sobre o trauma do nascimento.

As idéias de Rank ameaçaram a ortodoxia. Ainda que Freud estivesse satisfeito em deixar que o tempo decidisse acerca de seu valor - Com a aprovação entusiástica de Freud, ele tinha sido o mais importante analista não médico do mundo

Suas investigações estão relacionadas a: teoria acerca do nascimento da individualidade a vontade a origem do mito a criação da estética a técnica analista

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Um dos primeiros trabalhos de Otto Rank é o mito do nascimento do herói, em que examina diversos mitos do nascimento como reis gregos Edipo, Hercules, Paris e Perseo, e partindo para o lado religioso, estudos sobre Buddha e Jesus. Com esse estudo dos mitos Rank chega a conclusão de que o ser

humano, na infância, venera os pais, mas, porque estão crescendo, os pais começam a interferir em seu desenvolvimento e os filhos descobrem que os pais não são absolutamente como pareciam. O mito reflete um desejo de tudo ao nosso redor e ao retorno a esse período do reconfortante onde nós acreditamos na perfeição de nossos pais e que nos deram à atenção que nós merecemos.

O trauma do nascimento Em O Trauma do Nascimento, concluiu que a ansiedade, tanto

neurótica quanto normal, derivam do nascimento - separação primal. Vem em seguida o trauma do desmame, e em seguida o trauma da castração

Em 1924, Otto Rank desenvolve sua principal teoria: Traumatismo de Nascença. Onde ele afirma que o nascimento é um choque emocional muito grande para o ser humano. É a origem de toda a angústia do homem. Uma vez que ao sair do útero, um lugar aconchegante.... sem perigos... , o homem sofre muito... em princípio pela separação da mãe.

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Essa separação é o primeiro grande acontecimento emocional no momento do nascimento, uma vez que o bebe “se via” como um todo com a mãe e derrepente, eles se separam. Passa a existir um vazio.

O segundo grande acontecimento emocional do nascimento é que passa a existir um mundo totalmente estranho, totalmente imprevisível. Rank afirma que aqui se instaura um forte medo do desconhecido, que pode ser mantido pelo restante da vida.

O terceiro grande momento são os próprios traumas da passagem do bebe pelo canal pelviano, o parto em si. Importante dizer que não se trata apenas daqueles nascidos por parto natural, Rank coloca em seus trabalhos que aqueles nascidos de outras formas (cesária, por exemplo), também são traumatizados, pelo fato de serem retirados do ambiente em que viviam.

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Para Otto Rank, quanto maior a vivencia desse trauma, maiores serão as angustias, o medo e a ansiedade quando essa pessoa tiver que enfrentar na vida um perigo ou uma situação desconhecida.

Os mais diversos fenômenos psíquicos estão relacionados a esta explicação fundamental de que o homem teria uma tendência a desejar a felicidade semelhante a que gozaza no útero materno. Todo o período de infância seria necessário para fazer desaparecer tal traumatismo, como segue:

O Masoquismo exprime, através da alucinação de prisão e do garroteamento (matar, estrangular por meio de garrote), essa tendência de retornar ao estágio uterino;

O sadismo incita a descobrir a estrutura interna do corpo e manifesta o ódio de se haver sido, outrora, expulso desse estado de bem-aventurança;

O exibicionismo é o anelo ao retorno ao estado de nudez pré-natal;

O ato heterossexual do homem, mesmo normal, satisfaz-lhe em parte o desejo de voltar ao útero materno.

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PERSONALIDADE - Descreve três tipos de pessoas, de acordo com a busca do ser humano pela sua independência:

a) Tipo Adaptado/ normal/ ajustado – Essas pessoas conseguem se adaptar aos outros; obedecem à autoridade, ao seu código moral, social, além de seus impulsos sexuais, da melhor maneira possível. São considerados pessoas de voz passiva. Otto Rank acreditava que a maioria dos povos era desse tipo de pessoa.

b) Tipo Neurótico – Este não consegue adaptar-se, não consegue nem mesmo realizar seus próprios desejos devido ao conflito de suas próprias vontades. Essa pessoa não aceita a vontade alheia mas também não é enérgico o suficiente para impor a sua.

c) Tipo Produtivo/ Artista – Este consegue realizar as suas obras. Em vez de enfrentar ele mesmo, esse tipo de pessoa se aceita e se auto-afirma, criando um ideal que lhe serve como um guia positivo para sua vontade. É o tipo consciente de si mesmo. Ele primeiro “se cria” e logo depois tenta criar ao seu redor um mundo novo para si.

Outro estudo interessante de Otto Rank é relativo a competição entre a vida e a morte. Ele acredita que o homem tem um “instinto de vida” que o empurra a buscar a individualidade, a competir e a buscar a independência, assim como todos nós temos o “instinto de morte” que nos leva a fazer parte de uma família ou da humanidade.

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Esses instintos são acompanhados por um medo particular a cada um deles. Por exemplo, o medo à vida é o medo da separação, medo da solidão e do isolamento. O medo à morte é o medo de se perder dentro do “todo” ou medo de não ser ninguém.

Nossas vidas são cheias de separações, a começar pelo nascimento. Evitar as separações é literalmente evitar a vida e escolher a morte, onde nunca saberemos o que queremos, nunca cortaremos o cordão umbilical.

Para Rank o neurótico é uma pessoa com fortes impulsos criativos tendo a sua vontade predominantemente organizada no lado negativo - ele é incapaz de internalizar os impulsos através de canais criativos.

Um outro fator interessante a ser destacado sobre a psicanálise de

Otto Rank foi sua forma de analisar seus pacientes. Adere a Ferenczi, na Terapia Ativa.

Para ele a análise teria um inicio e um fim, depois desse período, o paciente deveria “caminhar sozinho”. Além disso ele defendia a participação ativa do analista durante as análises, da maneira que encorajasse o paciente a encontrar sua própria individualidade, essa forma de abordagem era conhecida como Terapia Ativa, que foi duramente criticada por Freud.

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TRANSFERÊRENCIA - Rank declarou que a transferência não tinha importância nenhuma nas análises. Para ele, a transferência aparece mais como um dos elementos que favorecem o aprendizado das boas relações com o círculo de amizade, assim como o melhor conhecimento de si mesmo. Segundo ele, o doente não sofre tanto de qualquer trauma passado quanto de um mal atual, que se encontra sob a constante influência do passado.

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SUPEREGO – Síntese da concepção rankiana do superego.

O superego é derivado exclusivamente da relação mãe-filho e nutrido por um sadismo reprimido. Diferencia em sua formação 3 estádios:

biológico a criança sente precocemente a falta do seio materno, determinando a eclosão das tendências oral-sádicas (desejo de morder em vez de sugar); seu desejo insatisfeito transforma-se em hostilidade contra a mãe, mas, se essa ira não pode ser totalmente descarregada, permanecerá no “eu” e ocasionará – dirigida contra ele – a formação de privações e inibições;

moral produz-se no estádio anal, durante a luta pelo controle dos esfíncteres, da qual deriva a adoção do mecanismo sádico-masoquista;

social ocorre durante o período edipiano (entre os 3 e os 5 anos geralmente) como efeito não só da introjeção de imagens paternas como também de inibições provocadas pelos membros mais ativos da família.

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Também foi a primeira vez que alguém no círculo interno se atrevera a sugerir que haveria um complexo "pré-Edipiano" - um termo que não existira até aquele ponto.

Rank foi o primeiro a usar o termo "pré-Edipiano" em um fórum público psicanalítico

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O núcleo real do superego é a “mãe restrita”(não a real), ou seja, uma mãe sadicamente concebida pela criança.

Diferenciação do superego do homem e da mulher – O primeiro constitui-se à base do superego sádico materno primário, associando-se-lhe o superego social paterno, e se encontra dominado pela ansiedade. O segundo (feminino) está constituído somente pela fase biológica e consiste mais em inibições que em sentimentos de culpa.

Foi Rank, não Freud, que introduziu na psicanálise o conceito de negação e o conceito de narcisismo

Otto Rank não chegou a fundar uma escola psicanalítica, embora, seguidores, adeptos às suas teorias, organizaram movimentos Rankianos. Porém, sua influencia pode ser vista em outras teorias.

Em resumo de seu trabalho, pode ser dito que ele tinha um grande

desejo de fazer o paciente superar o trauma de separação (vivido desde a infância) e encoraja-o a viver e não mais temer situações novas, buscando descobrir quem realmente é e passando assim a não temer a si mesmo.

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7 – WILHELM STEKEL (PSIQUIATRA - 1868-1942) – A ANÁLISE RÁPIDA E ATIVA – O MÉTODO INTUITIVO

Renomado psiquiatra. Discípulo e amigo de Freud., embora tenha separado-se dele (antes de Jung.) também por questões ligadas ao processo analítico – Para ele, a análise deve ser rápida, breve e ativa.

Acredita que o prolongamento indevido das sessões de análise provoca, no paciente, uma preocupação exagerada de si mesmo. Ele acredita que pode satisfazer resultados satisfatórios, em um máximo de 12 a 16 semanas. Não admite que o silêncio do analisando (resistência freudiana) deva ser suportada passivamente pelo analista.

Procura concentrar a atenção do paciente sobre os problemas imediatos de sua vida. Como Ferenczi e Rank, achava que o analista não deve se comportar como uma esfinge, mas que deve participar e compartilhar com seu paciente das situações emocionais vividas durante a análise, demonstrando-lhe simpatia e inclusive dando-lhe algumas manifestações de afeto, se o julga conveniente.

Principais pontos: Segredos da vida sexual, frigidez, impotências, aberrações sexuais, sadismo, masoquismo, homosessualidade, masturbação, etc.

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1 - FATOS MARCANTES NA VIDA DE Wilhelm Stekel

-Estudou Medicina em Viena, onde se estabeleceu como Clinico Geral; Em 1895 publicou um artigo sobre experiências sexuais precoces na infância; este artigo chamou atenção de Freud que naquela época já estava empenhado em desenvolver a sua teoria da sexualidade;

-Foi o fundador de numero quatro da Sociedade Psicológica das Quartas Feira;

-Consultou-se com Freud para tratar de sua impotência sexual e sua compulsão masturbatória. Tratamento que durou apenas algumas semanas, mas não encontrou uma solução definitiva para o seu problema;

-Foi um obcecado pela questão da sexualidade e suas mais variadas formas de expressão (bestialismo, perversões, pan-sexualismo, homossexualismo, etc);

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-Entre 1908 e 1912, Stekel publicou três obras que foram de vital importância para a disseminação da doutrina Psicanalítica:

•1908 Os estados de angustia nervosa e seu tratamento. Obra prefaciada por Freud;•1911 A linguagem do sonho e•1912 Os sonhos do poeta.

-Pesquisou também sobre o papel desenvolvido pelo recalque propagado pela religião e a moral;

-Sua vida moral, apesar de sua inteligência era promiscua e pervertida. Estes “desvios” causaram tanto mal estar entre os membros do circulo psicanalítico de Viena, que alguns chegaram a acusá-lo de criar casos com objetivo de justificar suas colocações teóricas;

-Em 06 de Novembro de 1912 se desliga formalmente do movimento Freudiano. - Stekel foi o segundo a tomar esta decisão, o primeiro foi Adler;

-Após o desligamento do movimento, Stekel tomou a iniciativa de criticar o movimento psicanalítico e suas teorias, afirmava que varias teorias apresentadas por Freud, estavam na verdade alicerçadas em suas descobertas. - Em sua biografia Stekel expressa “Ele (Freud) usou minhas descobertas, escreveu sem mencionar meu nome”;

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-Seus ataques ao movimento foram ficando mais agressivos e radicalizados com o passar do tempo chegando a afirmar que a teoria Freudiana de Thanatos tinha origem em suas descobertas;

-Empenhar se na investigação sobre este impulsos e de forma bastante destacada o suicídio, que o vitimou em 1940.

Anos passaram após seu desligamento do grupo. Porém Stekel continuou fiel às teorias e argumentações Freudianas; abandonou a idéia de fazer criticas ao movimento Freudiano e, durante este período, passou a escrever utilizando o pseudônimo de Serenus;

-Em 1940 ele se suicida. Acometido de diabete, procura no suicídio um alivio. - Morreu em um quarto de hotel com altíssima dose de insulina;

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2 - A INTERPRETAÇÃO DE SONHOS SEGUNDO O MÉTODO DE STEKEL

Em 1911 Stekel publica um extenso trabalho intitulado “A Linguagem dos sonhos” que segundo suas próprias palavras se converteu na “Bíblia onírica dos Freudianos ortodoxos” onde propõe uma infinidade de símbolos oníricos com suas possíveis interpretações.

2.1 - FUNÇÃO E ESSÊNCIA DOS SONHOS.

Segundo o autor, no sonho trava-se um eterno combate entre o instinto e a inibição, uma luta entre o homem primitivo e o homem civilizado, teremos que conceber os sonhos como reflexo dessa luta, cada sonho leva a imagem dessa encantada luta pelo fato de que tanto os instintos como as inibições, isso porque ambos buscam soluções das questões por eles não resolvidas.

2.2 – Três conclusões sobre os sonhos;

A primeira é que o simbolismo é fundamental na vida psíquica consciente e inconsciente, que toda a maneira de pensar primitiva tem originariamente um caráter simbólico. Stekel afirma também que todo simbolismo onírico é próprio e exclusivo de cada ser humano.

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A segunda questão apresentada diz respeito a bipolaridade de todo fenômeno psíquico e que leva uma parcela a reivindicar com certa prudência a importância do conteúdo manifesto nos sonhos diante da predominância exclusiva da linha ortodoxa outorgava ao latente.

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Deste modo stekel consideras o ódio um elemento primário ao fundamento dos impulsos altruístas, nas neuroses se estabelecem a conseqüência da percepção deste ódio através da “lente da consciência de culpa”.

O conteúdo onírico manifesto nos mostra um dos pólos da vida psíquica, observa-se ainda que muitos casos o elemento principal do sonho , enfatizando o papel que o ódio joga na vida psíquica, e portanto, os sonho é responsável pela manifestação das neuroses contrapondo – se assim a posição clássica do complexo de Édipo e ao amor incestuoso. Stekel afirma ser possível comprovar que os impulsos do ódio constituem no fundamento de todo o adoecer psíquico.

O conteúdo onírico manifesto nos mostra um dos pólos da vida psíquica, observa-se ainda que muitos casos o elemento principal do sonho , enfatizando o papel que o ódio joga na vida psíquica, e portanto, os sonho é responsável pela manifestação das neuroses contrapondo – se assim a posição clássica do complexo de Édipo e ao amor incestuoso. Stekel afirma ser possível comprovar que os impulsos do ódio constituem no fundamento de todo o adoecer psíquico.

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2.3 – Livro intitulado “Progresso e Técnica na interpretação de sonhos” publicado em 1935

- Desenvolve seu próprio método de interpretação onírica, que denominou “Método Intuitivo” pela importância que concedeu a intuição do interprete, compreendida como sendo uma “projeção sentimental e penetração intelectual sobre o sonhante, que contrapõe ao método passivo de associação livre, as quais Stekel passa a considera-las com maior espírito critico ao mesmo reivindicar o valor intrínseco manifesto nas interpretações funcionais”.

-Para ele não há interpretação de um sonho único. A interpretação em serie levará o analista a conhecer exatamente a totalidade dos sonhos do paciente e entender a repetição de motivos através deles – A interpretação de uma serie completa possibilita a compreensão de um sonho inicial.

A interpretação em serie tem grandes vantagens, posto que quando aparece um símbolo que cuja a interpretação é impossível teremos que esperar tranqüilamente que os sonhos seguintes reproduzem novos símbolos.

Os sonhos se trata de achar a solução para os conflitos da vida.

A concepção geral dos sonhos são como um espelho que reflete a situação conflitual do sujeito, suas relações entre os sonhos e a transferência assim como seus interesses pelas series oníricas que antecipa o conceito de continuidade da vida onírica.

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REGRAS PARA INTERPRETAÇÕES DE SONHOS: VISÃO DE STEKEL REGRAS PARA INTERPRETAÇÕES DE SONHOS: VISÃO DE STEKEL

-Simplificado: “Todo sonho é reduzido a uma formula simples, deixando-se de lado os detalhes, para perceber e reduzir o núcleo onírico”. O sonho é algo simples que revela sempre algo de muita complexidade – a vida psíquica do sonhante;

-Redução ao afeto ou à serie afetiva: Os afetos revelados nos sonhos nunca são homogêneos. Um afeto pode representar vários outros que devem ser cuidadosamente analisados pelo analista. Geralmente, na figura de um afeto existem vários outros sentimentos;

-As antíteses: Os contrastes encontrados nas figuras oníricas representam a existência de conflitos psíquicos. A correta interpretação dessas antíteses revelam o núcleo do conflito neurótico.

- Motivos oníricos repetitivos: Motivos repetitivos em sonhos podem revelar os principais conflitos do paciente. Ao analisar uma serie de sonhos, do mesmo paciente, é perfeitamente possível identificar estes motivos que se repetem em figuras similares ou repetidas;-

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-Todo sonho possui uma tendência analógica (idealista) e uma tendência catagica (institual), impulsiva): Geralmente as tendências idealistas se refletem nos sonhos e nas figuras que encerram em si ideais elevados do sonhante (ideais éticos, religiosos, românticos, etc); já as tendências catogogicas se revelam em figuras que retratam as profundidades da vida psíquica, inconsciente – sexualidade, instintos, atitudes egoísticas, etc;

- O nascimento e a morte sempre se acham representados nos sonhos: O nascimento e a morte são os “pólos” de vida. Em todos os sonhos, sem exceção, esses temas aparecem sob as mais diversas figuras, tais como, afogamentos, quedas, hospitais, etc; já as figuras que o nascimento são normalmente, representadas por partos, ressurreições água, plantas, e alguns animais que representam fecundidade;

-Todo sonho traz consigo três aspectos que devemos observar – presente, passado e futuro: O analista deve estar atento à diversificadas manifestações temporais que existem nos sonhos. Elementos do passado, presentes e futuros são revelados com exatidão nas figuras oníricas;

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-Todo sonho se relaciona com a religião: Na maioria dos sonhos, o aspecto religioso é preponderante, e as figuras oníricas referem se a algum tipo de dogma, crença ritual etc., de cunho religioso. Por isso mesmo, é que o conhecimento da simbologia e em particular a simbologia religiosa é imprescindível ao analista;

- Todo sonho durante a analise tem estreito relacionamento com o tratamento analítico e com o analista e sempre revela a posição do sonhante em relação ap processo: Isto será constatado por qualquer analista atento. Vale destacar que neste evento sempre aparecerá a figura do analista, e se constitui numa peça analítica principal para compreendermos o significado do material onírico em termos mais gerais, o que revelará todo o significado oculto por trás do sonho;

-Todo sonho se relaciona com a sexualidade secreta do sonhante: Temas como o homossexualismo, heterossexualismo, infantilismo, perverso~es etc. constitui material representa materiais encontrados com freqüência nos sonhos, que normalmente se manifestam simbolizando fragmentos de ordem sexual/ sexual;

- O sonho é o espelho do pensamento: Quando interpretado o sonho nos revela processos mentais muito complexos da vida do paciente.

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8 – THEODOR REIK – (FILOSOFIA)

Principais idéias:a) Foi um dos freudianos dissidentes que mais tempo permaneceu fiel ao

credo ortodoxo da doutrina.

b) Fez algumas críticas a Freud em relação a etiologia sexual e sobre a Libido.

c) Separou o conceito do amor do conceito de atração sexual – Disse que o amor é um fenômeno cultural, ao passo que a atração sexual é um fenômeno ancestral, instintivo e universal.

d) Nega a priori um amor materno, e muito menos um instinto maternal, comum a todas as mulheres O amor é, segundo ele, inicialmente sentido como uma necessidade de ser cuidado e protegido, nos primeiros dias da vida, como consequência do íntimo sentimento de invalidez biológica e de inépcia do recém-nascido.

Não médico, seguidor de Freud desde o início do começo da formação de psicanalista.

Foi um dos psicanalistas mais considerados de sua época, mesmo sem uma formação médica.

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Em 1925 foi processado por não ser médico e exercer a psicanálise

– Freud o defende e elabora o texto (sua tese da defesa da psicanálise) “análise Leiga”, onde levanta a questão de que a psicanálise pode ser praticada por não médicos e estabelece as bases da formação do psicanalista.

Sempre foi um seguidor ortodoxo de Freud – Mais tarde, entra no grupo dos DISSIDENTES, por discordar de Freud sobre a etiologia sexual das neuroses (Seu livro: Psicologia das relações sexuais).

Reik foi um investigador que parte das teses básicas de Freud, pois, não se limita a aceitá-las passivamente, e que termina por sustentar algumas hipóteses diferentes de Freud.

Discrepâncias com o freudismo: As teorias da evolução psicosexual, da libido e do amor. A teoria das neuroses. A técnica psicanalista.

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Elaborou a Teoria da Melodia Obcecante

Teoria que mostra o poder que determinadas melodias tem em gerar “traumas” ou relembrar/reviver idéias ou experiências traumáticas.

Criador do termo “A TERCEIRA ORELHA/OUVIDO” Mostra a importância da Escuta Analítica.

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9 - WILHELM REICH

(Médico)

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Membro da Sociedade Psicanalítica de Viena - Procurava Membro da Sociedade Psicanalítica de Viena - Procurava conciliar as teorias de Freud e Marx.conciliar as teorias de Freud e Marx.

Assistente de Freud – Clínica Psicanalítica em Viena. Mais Assistente de Freud – Clínica Psicanalítica em Viena. Mais tarde vice-Diretor.tarde vice-Diretor.

Dirigiu Seminário para Terapia Psicanalítica – 1º Instituto de Dirigiu Seminário para Terapia Psicanalítica – 1º Instituto de Treinamento para Psicanalistas – análise pessoal e Treinamento para Psicanalistas – análise pessoal e treinamento de jovens.treinamento de jovens.

Conflito com Freud – análise pessoal – diferenças teóricas: Conflito com Freud – análise pessoal – diferenças teóricas: envolvimento marxista/neurose → insatisfação sexual.envolvimento marxista/neurose → insatisfação sexual.

Controvérsias no círculo psicanalítico – recusa em romper Controvérsias no círculo psicanalítico – recusa em romper com suas atividades políticas.com suas atividades políticas.

Reich morreu de doença cardíaca, em 1957, na prisão Reich morreu de doença cardíaca, em 1957, na prisão federal. federal.

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Antecedentes Intelectuais:Antecedentes Intelectuais: Psicanálise:Psicanálise:

Trabalho baseado na Teoria Psicanalítica.Trabalho baseado na Teoria Psicanalítica.

Conceitos de Caráter e Couraça Conceitos de Caráter e Couraça Caracterológica.Caracterológica.

Fundou o Instituto Orgon. Ocupou-se com Fundou o Instituto Orgon. Ocupou-se com experimentos envolvendo acumuladores de experimentos envolvendo acumuladores de energia orgônica. energia orgônica.

Energia Vital e Energia Orgônica – concepção Energia Vital e Energia Orgônica – concepção freudiana de libido.freudiana de libido.

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Sexualidade Humana:Sexualidade Humana:Grande interesse pela sexualidade humana.Grande interesse pela sexualidade humana.

Defendia a livre expressão de sentimentos Defendia a livre expressão de sentimentos sexuais e emocionais dentro de um sexuais e emocionais dentro de um relacionamento amoroso e maduro → enfatizou relacionamento amoroso e maduro → enfatizou a natureza essencialmente sexual das energias a natureza essencialmente sexual das energias bioenergéticas bloqueadas na parte pélvica dos bioenergéticas bloqueadas na parte pélvica dos pacientes.pacientes.Meta da Terapia: libertação dos bloqueios do Meta da Terapia: libertação dos bloqueios do corpo e obtenção de plena capacidade para o corpo e obtenção de plena capacidade para o orgasmo (homens e mulheres). orgasmo (homens e mulheres).

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CONCEITOS PRINCIPAISCONCEITOS PRINCIPAISCaráterCaráter – – De acordo com Reich, o caráter é De acordo com Reich, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo).movimentação do corpo).

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Reich foi o primeiro analista a tratar Reich foi o primeiro analista a tratar pacientes pela interpretação da natureza e pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de analisar função de seu caráter, ao invés de analisar seus sintomas.seus sintomas.Couraça CaracterológicaCouraça Caracterológica – Soma total de – Soma total de todas as forças defensivas repressoras, que todas as forças defensivas repressoras, que são organizadas num modelo mais ou são organizadas num modelo mais ou menos coerente dentro do ego.menos coerente dentro do ego.Para Reich o caráter se forma como uma Para Reich o caráter se forma como uma defesa contra a ansiedade criada pelos defesa contra a ansiedade criada pelos intensos sentimentos sexuais da criança intensos sentimentos sexuais da criança e o conseqüente medo da puniçãoe o conseqüente medo da punição. – . – Repressão – Couraça Caracterológica. Repressão – Couraça Caracterológica.

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Sintomas Neuróticos – medos, fobias, etc. Sintomas Neuróticos – medos, fobias, etc. (estranhos ao indivíduo).(estranhos ao indivíduo).Traços de Caráter Neurótico – ordem Traços de Caráter Neurótico – ordem excessiva, timidez ansiosa (partes excessiva, timidez ansiosa (partes integrantes da personalidade).integrantes da personalidade).Defesas de Caráter – são efetivas ao Defesas de Caráter – são efetivas ao indivíduo, fazem parte do seu auto-indivíduo, fazem parte do seu auto-conceito.conceito.Reich queria tornar seus pacientes Reich queria tornar seus pacientes conscientes de seus traços de caráter:conscientes de seus traços de caráter:Imitando suas características, gestos ou Imitando suas características, gestos ou posturas;posturas;

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Trabalho Psiquiátrico – libertação das Trabalho Psiquiátrico – libertação das emoções (prazer, raiva, ansiedade) emoções (prazer, raiva, ansiedade) através do trabalho com o corpo. Isso através do trabalho com o corpo. Isso conduzia a uma vivência muito mais conduzia a uma vivência muito mais intensa do material infantil na análise.intensa do material infantil na análise.

Primeiro - técnicas de análise de caráter Primeiro - técnicas de análise de caráter a atitudes físicas; depois, trabalho com a atitudes físicas; depois, trabalho com as mãos sobre os músculos tensos - as mãos sobre os músculos tensos - soltar as emoções presas a eles.soltar as emoções presas a eles.

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Descobertas:Descobertas: Tensões musculares crônicas servem para Tensões musculares crônicas servem para bloquear uma das três excitações biológicas: bloquear uma das três excitações biológicas: ansiedade, raiva ou excitação sexual.ansiedade, raiva ou excitação sexual.Couraça física e psicológica eram Couraça física e psicológica eram essencialmente a mesma coisa. Couraças de essencialmente a mesma coisa. Couraças de caráter = hipertonia muscular.caráter = hipertonia muscular.Introduziu o conceito de “identidade funcional” – Introduziu o conceito de “identidade funcional” – as atitudes musculares e atitudes de caráter têm as atitudes musculares e atitudes de caráter têm a mesma função no mecanismo psíquico, a mesma função no mecanismo psíquico, podem substituir-se e influenciar-se podem substituir-se e influenciar-se mutuamente.mutuamente.

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– Caráter GenitalCaráter Genital – Para Freud – último – Para Freud – último estágio do desenvolvimento psicosexual. estágio do desenvolvimento psicosexual. Para Reich - a pessoa que adquiriu potência Para Reich - a pessoa que adquiriu potência orgástica.orgástica.

Renuncia à couraça muscular e Renuncia à couraça muscular e desenvolvimento da potência orgástica – desenvolvimento da potência orgástica – mudança espontânea de funcionamento mudança espontânea de funcionamento neurótico de muitas áreas. Capacidade neurótico de muitas áreas. Capacidade para auto-regulaçãopara auto-regulação

Caráteres genitais- não estão encouraçados só Caráteres genitais- não estão encouraçados só quando necessário.quando necessário.

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Superego – “sexo-afirmativo”.Superego – “sexo-afirmativo”.Id e Superego – harmonia. Id e Superego – harmonia. O caráter genital é capaz de experimentar O caráter genital é capaz de experimentar livre e plenamente o orgasmo sexual, livre e plenamente o orgasmo sexual, descarregando por completo toda libido descarregando por completo toda libido excessiva. excessiva. Clímax da atividade sexual – movimento Clímax da atividade sexual – movimento desinibido, involuntário, contrário dos desinibido, involuntário, contrário dos movimentos forçados e até mesmo movimentos forçados e até mesmo violentos dos indivíduos encouraçados.violentos dos indivíduos encouraçados.