O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XVIII Fevereiro de 2012

ESCRITORES

Cadeira 080 - Felícia Teresinha Soares Lopes - Patrono: Newton Camargo Costa

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: copiascia@copiascia.com.br

DOZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

ACADEMICUSPRAECLARUS

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PARTICIPEM TODOS DE NOSSOS CONCURSOS

2 3E D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A L

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba. CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor: Carlos Moraes Júnior, Mtb 20.836. E-mail: clube.escritores@uol.com.brSite: www.clubedosescritores.no.comunidades.net. Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência4252-8, Banco do Brasil. Diagramação e Arte Final, Administração e Publicidade: CoopiaDigitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, Cep 13420-410,Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusivaresponsabilidade de seus autores.

REVISTA “ESCRITORES”

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Carlos Moraes Júnior

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TEMOS SEMPRE UMA SOLUÇÃO PARA VOCÊ

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Rua Lima Barreto, 212/São Paulo/SPContato: (11) 2215-1133/vendas@sportbrindes.com.br

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C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

Como todos sabem o Clube dos Escritores está em recesso eretorna à sua vida normal em março. Mesmo assim, nossos Concursos de Poesia estãocom as inscrições abertas. Sentimos nos últimos anos que tem muita gente de fora epouca gente do Clube participando. Por que isso? Se você é Acadêmico do Clube etambém poeta, tem a obrigação de participar dos concursos que foram criados para você.Muita gente pensa que o Clube está enriquecendo com a taxa irrisória que é cobrada, aqual não cobre nem o preço que nos é cobrado para mandar imprimir os Certificados dePremiação. Muita gente reclama ainda que não temos mais o “Troféu Coruja”. E sabe porque não temos mais? Porque no ano de 2010 destruímos mais de 50 troféus que estavamainda em nosso poder porque, de repente, ninguém mais quer pagar sedex.

Se o Clube tiver que assumir todos os sedex que enviar, asanuidades vão ter que dobrar, ao invés de caírem. Como vocês estão percebendo ninguémpode presidir o Clube do “eu sozinho”, e quando a parte interessada não se interessa, osprojetos vão morrendo por falta de pessoas que continuem a ter a capacidade de sonhar.Vivemos num país capitalista, então todo mundo já sabe que paga para nascer, para vivere para morrer. Logicamente para fazer cultura é preciso pagar tudo e tudo o que se gastacom cultura é caríssimo. Nossas medalhas são caríssimas, nossos Títulos e os certificadosde premiação são caros, porque não são um diplominha vagabundo feito no computador,mas peças impressas em cores por um processo chamado silkscreen. O Registro emCartório é a coisa mais importante e a mais cara que o Clube paga.

Por isso meus amigos, se tem gente que tem coragem defazer diplominha vagabundo e medalha de papel alumínio para depreciar e não homenagearpessoas, fiquem sabendo de uma vez por todas que a nossa Academia não é uma entidademeia-boca, mas se tornou, por causa de sua filosofia e de sua maneira de encarar a cultura,uma das entidades mais respeitadas do Brasil. E todo aquele que desejafazer cultura sem dinheiro de político e sem gente rica para fazer doação,tem que se virar para preservar a qualidade. Vamos todos os 394 poetasdo Clube dos Escritores, valorizar e participar de nossos Concursos dePoesia para que eles não acabem por falta de quorum.

UM UNIVERSO DE TRISTES DESCOBERTAS!

A tarde está silenciosa e um simples ruído provocou-me umgrande susto. Meus batimentos cardíacos aceleraram, apossando-se de uma sonoridadealarmante. De tão fortes e desritmados, pareciam ruídos de uma picareta quebrando oasfalto bruscamente. A cada momento, a certeza de que a autenticidade e a sinceridadesão valores que não estão em moda. As pessoas estão tomando como princípio adissimulação. Isso coloca em dúvida suas personalidades e caracteres.

Estamos caminhando em terrenos movediços e arenosos.Palavras, gestos e olhares estão sendo veículos de traição, de mentiras e de falsidades;baixando a qualidade de vida. À medida que aumenta a degeneração dos bons valores,muitos deixam de usar da razão e da sensibilidade, equivalendo-se aos mais ferozesanimais, já que passam a agir por instinto. Estão sempre prontos a atacar aos demais,

independente desses lhes demonstrarem ou não perigo. Infelizmente,aqueles que não seguem essa teoria patológica são tão poucos que, embreve, serão ilhas.

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

ildabrasil@hotmail.com

ALMIR DINIZ FALA SOBRE AS MULHERES

Um livro intimista é este “Mulheres”, de Almir Diniz de Carvalho, deManaus/AM, Cadeira Cecílio Cury, da Área de Letras, do ColegiadoAcadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamento da ExpressãoGráfica. Contato com o autor pelo Fone: (0xx92)3234-8923.

Um livro de Histórias que o povo conta é este “Fantasia Amazônica”,co-autoria de Ruth Prestes Gonçalves, de Manaus/AM, Cadeira MárioDias Neme, da Área de Letras, do Conselho Acadêmico do Clube dosEscritores Piracicaba e Rene Costa Menezes de Souza. Lançamento doGoverno do Estado do Amazonas. Contato: ruthprestesg@hotmail.com

RUTH CONTA AS HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

4 5CONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOS--------------------------------------

VI CONCURSO DE POESIAS DA COSTA DA MATA ATLÂNTICA

XIV CONCURSO NACIONAL DE POESIAS DO CLUBE DOS ESCRITORES

Estão abertas até 30/06/12 as inscrições para o XIV ConcursoNacional de Poesias do Clube dos Escritores Piracicaba, nas Categorias Especial (somentepara os ganhadores do Troféu Coruja), Profissional e Amador. Cada poeta pode participarduma só Categoria, com até duas poesias, inéditas ou não, devendo conter, no máximo, 30linhas, escritas em língua portuguesa, tema livre e sem qualquer restrição. Somente serãoaceitos trabalhos datilografados ou digitados em papel A4, espaço simples, Fonte TimesNew Roman, corpo 12 em tres vias identificadas apenas por pseudônimo, enviados pelosistema de envelopes para a Rua Jacob Diehl, 77 – Bairro Morumbi, CEP 13420-410,Piracicaba/SP.

O envelope menor deverá conter identificação completa,obrigatoriamente, o nome do concurso e da categoria em que participa, pseudônimo, taxade R$ 5, 00 (cinco reais), em dinheiro ou através de depósito bancário na Conta 8013-6,Adência 4252-8, do Banco do Brasil. Os sócios do Clube dos Escritores devem pagar ataxa estipulada. É vedada a participação de membros do júri de seleção e integrantes daDiretoria do Clube dos Escritores.

Serão escolhidos 8 trabalhos em cada Categoria, que receberãoDiplomas de Honra ao Mérito, e destes, serão escolhidos tres vencedores de cada Catego-ria e mais o destaque do Júri, que receberão Diplomas de Premiação. Informações peloFone: (019) 3426-8568 ou pelo e-mail do Clube dos Escritores.

CORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBE-------------------------------------

Estão abertas até 30/10/12, as inscrições para o VI Concursode Poesias da Costa da Mata Atlântica. Cada poeta pode participar apenas com umapoesia, inédita ou não, com no máximo 30 linhas, em português, tema livre, sem qualquerrestrição. Somente serão aceitos trabalhos digitados, de um só lado, em papel A4, espaçosimples, fonte Times New Roman 12, em 3 vias, identificados por pseudônimo, contendono cabeçalho obrigatoriamente o nome do Concurso. Os trabalhos concorrentes devemser enviados pelo sistema de envelopes para a Rua Dr. Guedes Coelho, 85/52, CEP11050-231, Santos/SP.

Todo participante, inclusive sócios do Clube, deverá enviarno envelope menor: nome do concurso, nome, T[itulo das Poesias, pseudônimo, telefone,e-mail e a Taxa de inscrição no valor de R$ 5.00 (cinco reais), somente através de depósitobancário na Conta 1729.467-2, Agência 0297, do Banco Real. É vedada a participaçãode Membros do Júri de Seleção no concurso. Serão escolhidas 5 Menções Honrosas,Tres premiações, mais o Destaque do Júri e mais o Prêmio Hors Concours, que receberãoDiplomas de Premiação. Informações pelo Fone: (13) 3235-1608, ou através do endereçode e-mail: jose.ubaldo@terra.com.br

Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia de Letrase Artes do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia de Odontologia doEstado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia Itajubense de Letras, Itajubá/MG,Academia Luso-brasileira de Letras, Rio de Janeiro/RJ, Academia Mineira de Letras, BeloHorizonte/MG, Academia Piracicabana de Letras, Piracicaba/SP, Academia Pouso-alegrensede Letras, Pouso Alegre/MG, Academia Taubateana de Letras, Taubaté/SP, Adilson Cézar,Sorocaba/SP, Alberto Antonio Sequeira P. Gouveia, Nova Xavantina/MT, Almir de SouzaMaia, Piracicaba/SP, Almir Diniz de Carvalho, Manaus/AM, Angélica Villela Santos,Taubaté/SP, Antonia Martins Larrubia Segatto, Piracicaba/SP, Antonieta Elisa G. Antonelli,São Pedro/SP, Antonio Araújo Loiola, Campo Maior/PI, Antonio Carlos Fusatto,Piracicaba/SP, Antonio Moreira, Rio Claro/SP, Antonio Roberto de Oliveira Tutino,Piracicaba/SP, Associação Nacional de Escritores, Brasília/DF, Câmara de Vereadores dePiracicaba, Piracicaba/SP, Carmela Pereira, Piracicaba/SP, Carlos de Morais, São Paulo/SP, Celso Ricardo de Almeida, Fervedouro/MG, Cícero Pedro de Assis, São Paulo/SP,Clóvis Rolim da Silveira, Piracicaba/SP, Conrado Amstalden, Vinhedo/SP, Edison JanuárioSturion, Cerquilho/SP, Edson Rontani Júnior, Piracicaba/SP, Elda Nympha Cobra Silveira,Piracicaba/SP, Eliana Wissmann Alyanak, São Paulo/SP, Esalq Notícias, Ano 8/28/Dez/11, Piracicaba/SP, Gilmair Ribeiro dos Santos, Piracicaba/SP Felisbino de Almeida Leme,Piracicaba/SP, Fernanda Lúcia Niceas Pires, Recife/PE, Hazel de São Francisco, São Paulo/SP, Henrique Borlina de Oliveira, Piracicaba/SP, Hercília Gomes Siqueira, Ilário Correr,Piracicaba/SP, Inconfidência, Ano 17/173/Jan/12, Belo Horizonte/MG, Informativo SantaCasa de Piracicaba, Jan/12, Piracicaba/SP, Instituto Histórico, Geográfico e Genealógicode Sorocaba, Sorocaba/SP, Iolanda Martha Beltrame, Santa Maria/RS, Iracy Carrijo, SãoBernardo do Campo/SP, Irene Zanette de Castañeda, São Carlos/SP, Irenilda Paranhos deCastro, São José do Norte/RS, Iva da Silva, Francisco de Paula/RS, Jamile Assef, SãoBernardo do Campo/SP, João Manoel dos Santos, Piracicaba/SP João Umberto Nassif,Piracicaba/SP, Jornal da ANE, Anos 6/7/43/Jan/12, Brasília/DF, José Antonio de Godoy,Piracicaba/SP, José Arantes Júnior, Guarulhos/SP, José Carlos Masson, Piracicaba/SP,José Carlos Panazzolo, Ribeirão Preto/SP, José Rodrigues de Arruda, Serrinha/RN, ManuelCorrea Lopes, Piracicaba/SP, Maria Angélica Bernardes dos Santos, Belo Horizonte/MG,Maria Cecília Cosentino Franco, São José do Rio Preto/SP, Maria de Lourdes MaiaGonçalves, Itajubá/MG, O Experimental, Ano 10/46/Jan/12, Taubaté/SP, Pedro Luiz DiasGaluchi, São Paulo/SP, Pedro Natividade Ferreira de Camargo, Piracicaba/SP, RobertoTurchi de Morais, Piracicaba/SP, Rui Batista de Albuquerque Martins, Sorocaba/SP,Santo Joaquim Lopes Alarcon, Piracicaba/SP, Ruth Prestes Gonçalves, Manaus/AM,Severino S. de Sousa, Porto Alegre/RS, Terceiro Domingo, Ano 24/256/Dez/11, Itajubá/MG, Teresinha Ofélia Nascimento Rennó, Itajubá/MG, Terezinha de Jesus Mello Martins,Itararé/SP, Thales Ribeiro de Magalhães, Rio de Janeiro/RJ, Vera Lúcia de Abreu Camarda,Piracicaba/SP, Vera Maria da Penha, Vila Velha/ES, Vera Regina de Barcellos, Florianópolis/SC, Walter Jorge Geraldi, Piracicaba/SP, Wilson de Oliveira Jasa, São Paulo/SP, YvoneAvalloni de Morais Vilella Andrade Vicente, Ribeirão Preto/SP.

6 7C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A--------------------------------------------C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

paulo.valenca@ig.com.br

Jamile AssefTitular/São Bernardo/SP

Altair Sérgio VenarussoConselho/Dois Córregos/SP

bvenarusso@hotmail.com

PALCO DO PECADO

O automóvel estaciona.A moça morena, bonita, de short no banco da praça ergue o

rosto e fitando o carro espera, entendendo. O sujeito baixo, gordo, bem-vestido aproxima-se resoluto, movido pelo interesse carnal.

-- Vamos dar um giro minha linda?Ela sorri, aquiescendo e, lado a lado, sem palavras

encaminham-se ao veículo cinza-prateado que os espera, palco que é do pecado.-- Entra, coisa mais linda.A moça atende. E o “coroa” dando a volta entra pela outra

porta e logo, o carro parte, macio, para aonde? Não importa. Ela ganhou o freguês, o seujúnior amanhã terá o leite, não mais chorará de fome. E sorri. Tristemente sorri.

-- Sorrindo de quê, minha linda?A voz grossa, possante, do novo “patrão”.-- Nada não...Disfarçando, com o dorso da mão trêmula

então enxuga a vista embaçada pelas lágrimas.

BANALIZAÇÃO DA VIDA

A dificuldade de relacionamento entre os seres humanos setornou tão desastrosa, que na maioria das vezes, as soluções não são encontradas, e porisso começa a se criar o pensamento que solução boa é aquela em que o reclamantemorre, pois que os argumentos não são mais plausíveis e as regras são deformadas(mudadas) de acordo com a necessidade de quem está com o “poder” no momento.

O sentido de coletividade se foi há muito tempo atrás, umcorpo humano no meio da calçada não incomoda mais ninguém, nem 31 moradores de ruaassassinados em Maceió (Alagoas). E nós vamos ficando cada dia mais acomodado,

sentado em cima do nosso próprio...Viva a opressão! Viva a ideologiadominante! Viva os que não sabem o que é isso! Viva!

DIRCE RAMOS VISITA ESTÁTUA DO PADRE CÍCERO NO RIO

Dirce Ramos de Lima, de Piracicaba/SP, Cadeira Geraldo Nunes, da Áreade Letras, do Conselho Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba,junto à Estátua do Padre Cícero, na “Feira das Tradições Nordestinas”,deSão Cristóvão/RJ.

HOMENAGEM À MINHA MÃE

Quando crianças temos um amor muito grande, imenso pelanossa mãe. O medo de ficar sem ela é enorme, que adoeça, que vá embora e nos abandone.Quando adolescentes sentimos sua falta, mas os amigos são mais importantes, confidentes,mais alegres, brincalhões, mais interessantes. Quando quase adultos os namoradinhos, asnamoradinhas, a escola, o cinema, a roupa nova, tudo é muito mais apaixonante e a mamãe édeixada de lado, a não ser nas dores, nas decepções...

Já adultos somos donos da verdade, um “Você nem sabeo que fala”, é tão normal, um “você não entende”, corriqueiro e assim, as mamães vãoencolhendo de tamanho, até que o primeiro problema surge e a mamãe se torna uma aliada...Chora, reza, ri, fica noites insone e quando tudo se resolve ela é a última a ser informada.

E casados, sabemos de tudo, não queremos opiniões, somosmodernos, tudo é moderno, nada é igual ao que havia no tempo das mães... Até a primeira dorde barriga! Aí a mamãe aparece, como tábua de salvação!

Mas, só vamos dar valor a toda sua sabedoria, quando formosmãe. O cocô está duro, o cocô está mole, o que fazer? O menino não quer comer, não vai bemna escola, o que fazer? E quando nossos filhos se tornam adultos, aí sentimos na carne, asmesmas frustrações. Mamãe, não é de hoje que reconheço o quanto da sua sabedoria foinecessária, o quanto da sua abnegação, para formar e criar uma família.

Graças a Deus, eu que tenho meus filhos adultos, tenho asenhora como meu ídolo, tenho a senhora como nossa protetora, minha e dos meus filhos.Quantas orações para mim, para minhas irmãs, para meus filhos e para os meus sobrinhos!É necessário que você vá todos os dias à missa, pois suas filhas, seus genros e seus netosestão sempre pedindo que você ore por nós.

Obrigada mãe por você existir, obrigada por nos ouvir, nosaconselhar e orar por nós. Quantas promessas já cumpridas e quantas aindaa serem cumpridas... Obrigada mamãe. Que Deus a abençoe e guarde, poissua missão ainda é longa, graças a Deus. Continue sendo como sempre foipara nós, suas filhas, seus netos e bisneta.

ACADÊMICO RECEBE “PREMIO JOVEM CIENTISTA” COMO ORIENTADOR

Em dezembro/11, o Acadêmico Adilson Roberto Gonçalves, de Lorena/SP, Cadeira Cezário Azevedo Mota Magalhães, da Área de Letras, doColegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba comoorientador de Cibele Rosa Oliveira, segundo lugar na categoriaEstudantes de Ensino Superior, em Brasília para receber da PresidentaDilma Rousseff o “Prêmio Jovem Cientista”. O tema foi “CidadesSustentáveis”. Aos laureados os nossos parabéns.

8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

Alberto Sequeira P. GouveiaConselho/Nova Xavantina/MT

aaspgouveia@bol.com.br

Adelgício José de PaulaColegiado/Juiz de Fora/MG

ankharma@terra.com.br

Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/RSalaispickersgill@gmail.com

Agda de Carvalho FigueiredoDecana/Campo Grande/MS

acfeng@terra.com.br

Antonio Corazza NettoDecano/Piracicaba/SPtonycorazza@gmail.com

VATE DOS DEUSES

A Lua perambulaO caminho dos viventes,Qual dama da noiteCom veste branca ceifa o visco.Liberta o limite da forma,Lança-se além, das coisas tangíveis.Qual druidesa sopra aos ouvidos mortais,O vate mágico dos deuses.

LIVRE PARA VOAR Abro as asas e vôo procurandouma direção segura.Tão pouco conheço desseimenso universo.Decido ser um pequeno pássarovoando no espaço.Vou então, em busca de aventura. Nessa viagem passo a conhecera liberdade de voar.As nuvens, as estrelas tranqüilasque o céu apresenta.As palavras de amor que trazemo sucesso para a vida.Atravessam livre o mundoà procura de paz. Erguendo meus olhos observoa natureza esplêndida.Proporcionando o equilíbrioperfeito para o existir.Posso também pôr a minhacapacidade em ação.Missão da humanidade pararealizar a evolução. É magnífico ver a terra girandolivre no espaço.Idéias novas positivas causandoo bem estar à vida.Descobrindo os caminhos retos ede curvas para a felicidade,através do saber, agir e discernirlivremente o rumo para ser feliz.

Ana Cley Marques PizarroDecana/Itajubá/MG

ac.pizarro@bol.com.br

EXPLOSÃO SINCRÔNICA

Pelo desabrochar silenciosogloso a captura do olhardiante da estruturainspiradora do amor.

E junto a força da paixãoque ultrapassa os limites,beijo o ritmo que provocaa perfeita sincronia.

E adormeço deslumbradacom o destino oniformeda visão do paraíso...

E numa explosão admirávelabraço emocionadaa alma do artista!

PARABÉNS

Este teu cinqüentenárioPede comemoração:Um feliz aniversárioDesejo do coração.

Os anos juntos vividosEm ideal comunhãoSerão jamais esquecidosEm nossa p’regrinação.

Olhando ora um futuroQue já sabemos ridenteNum caminho bem seguro,

Julgo estar bem cienteQuando agora aqui t’auguroUm provir já transcendente.

IPÊ

É mês de agostomês das queimadas,de nuvens lentas esfumaçadasde massas cinzentasonde a fuligemvoa sem fim.

É nessa paisagem,Que o belo amarelo,Quebrando o eloA gente vê

Toda a belezaDa realezaNo seu esplendor,A flor do ipê.

VÕO

No corredor de luzes da noite queroCaminhar,Até chegar num ponto sem nenhuma luz,Somente a luz do luar.Preciso parar de tentar, tenho que meLibertar.Sem falar irei voar.

EDUCAÇÃO

O madrileño, Don Juan Carlos,El Rei de Espanha,em público, perguntoua Hugo Chaves porque não secalava. Este lhe fezouvido de mercador.Minha avó Irene,da Província de León,quando algun niñonão se comportavaà mesa, perguntava-lhe,também em espanhol:porque non te callas?e, todos se punham eminteligente silêncio!

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/DFalceubrito@uol.com.br

10 11POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

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Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

Ana Maria OsórioTitular/Pelotas/RS

anamariaposorio@hotmail.com

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP chn_191@hotmail.com

UM POEMA AZUL

Às sensações de odores e sabores,nas viagens de norte a sulsoma-se o jogo de coresdas aeronaves da Azul.

Agilidade e necessária adequaçãooferece essa empresa aérea já madura.

Vêm batatinhas famosas e goiabinhas no avião,tanto em dia claro, como em noite escura.

SOMBRAS

... são velhas lembrançasassim como as trancasdeixadas na infância,sem leme, a vagar –que o tempo insensível,severo, infalível,apressado, terrível,esqueceu de apagar.

São rastros, pegadasde coisas frustradas,de águas passadas— espumas de mar, —são restos sensíveis,que nem cicatrizes,rasgando, impassíveis,o véu do pensar.

...são ondas quebradas,são roupas rasgadas,são chamas cansadasmorrendo, sem ar...são só fragmentosde tristes momentos,de grandes tormentos,de louco penar.

São dores incríveisde doidos matizes,são ecos motrizesno ego a rodar...São cinzas aladas(poeira de estradas)caindo, molhadas,de tanto chorar.

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

priadi@uol.com.br

QUANDO

Quando o azul da tardeofuscar-se pelo véu da noitee a tristeza transparecerna face do dia.Quando no infinito estrelas despontaremsuavizando a escuridãoe a presença do dianão passar de uma saudade,estarei só, estarás distante...Quando dentro da noiteo mundo escurecere a realidade for transformada em sonho.Quando meu ser cansado e triste adormecere minha alma perder-se no irreal informenão estarei só, estarás comigo.

PALÁCIO, IMAGEM DA FUTILIDADE

Suntuosos,Desagradáveis, porém.Desatualizados,Pecam pela opulência,Cujo perfil é o ter.Em palácio as flores brotam,Às vezes nascem.Não vicejam, todavia.Inexiste amanhecerAs almas são frívolas,Quase sempre frias.A referência é o ter,Como sói acontecer.Tudo é preconceituoso,Inclusive leite e mel,Apartados do céu.Não há canduraNem brandura.Seu conjunto é artificial,Falso, inatural!

A VIOLETA

Melhor presente não existe queum vaso de violetas

Quando queremos dizer à umapessoa querida:— Te amo, te quero bem!

As pétalas multicores tem ossuaves matizesDe obra de arte perfeita doDivino Criador.Então, por que te ocultas humilde?

Levanta-te pois violeta comsegurança e altivezE por entre as verdes folhas grandese aveludadasExibe orgulhosa tuas flores.

Mostra tua formosura, tuascores variadas,A delicadeza das formas e teudiscreto perfume.

Não permita que outras floresDesdenhem ou zombem de ti,E nem que pés descuidadosVenham a te ferirPor estares rente ao chão.

Mas se tal acontecer, imitaas tuas folhasQue criam novas raízes secolocadas na terraE se desdobram em mudas paraflorir novamente.

Tua fragilidade é apenas aparente,Pois és capaz de lutar,De vencer, de reflorir.

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/SPnina.delima@hotmail.com

Antonio RodriguesAssinante/Santos/SP

tonicorodrigues2006@yahoo.com.br

MAGIA DA PAIXÃO

Eu sinto nela a magia da paixãoEsqueço assim, a solidão

Ela me beija devagar, ardentementeEu me entrego todo, dolentemente.

Às vezes brigamos, por ciúmeEla esquece, chegou-me ao lume

Esquentamo-nos, ela, então, me amaEu a aceito, a gente se inflama

Assim ficamos os nossos momentosCom amor, curtindo os sentimentos

Amamo-nos como dois adolescentesCom amor, em nossas mentes

Pouco a pouco, com beijos apaixonadosNos entregamos repletos de amor, embriagados

Ela me satisfaz com muito ardorEu me entrego, cheio de amor.

12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Areoaldo de PaulaTitular/Guará/DF

poetadpaula@ig.com.brArlette Octaviano Rodrigues

Praeclarus/Óleo/SPluizagian@yahoo.com.br

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/SParacy.ferrari@terra.com.br

Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Sorocaba/SP

AS OUTRAS... MALDORMIDAS

Digamos que do amoreu provei o sabore tudo o que de bomele acrescenta à vida.Tive, em contrapartida,dores sofridas,doloridas dores,(verdadeiros horrores),um sem-número de chegadase milhares de partidas...Amei.Chorei.Briguei.Me arrependi.Recomecei...Foi tanta coisa que nemmesmo eu sei.O que eu sei é que semum grande amor,sem um sentimento maiorque nos preencha a vida,ela não passa de umfardo sensabor.Transforma a noite num horror,na seguinte medida:uma noite de sono e as outras...maldormidas...

EU ERA FELIZ E NÃO SABIA

A vida premiou-me com omais belo que pode ofertar...Uma família feliz com pais,

irmãos e um belo lar...

Tudo era maravilhoso aos outros,só eu, inconformado, achava pouco...

Nada valorizava em minha vidade desvairado e semilouco...

Nada me faltava, era estalar osdedos e ter o que queria nas mãos...Julgando-me merecedor, tudo queria,pouco importando com meus irmãos...

Esbelto e inteligente, aprovado nauniversidade, ganhará um carro...

Endeusado comigo mesmo, desprezeia precaução, pagando hoje tão caro...

Meu cérebro doente não comandameu corpo inerte nesta cadeira de rodas...

Solitário, sem amigos e família, preso a este colchão de espinhos ao invés de rosas...

Malogro minha insensatez, arrogânciaEgocentrismo, desprezando meu semelhante...Sou hoje um vivo morto, vivendo do passado

E, arrependido, choro a todo instante...

Ah! Se pudesse voltaria no tempo,com a experiência de hoje, redimir-me-ia...

De todos meus erros antes cometidos,quando eu era feliz e não sabia...

CHEGOU CECÍLIA

Os anjos entoaram lindas canções,As estrelas saltitaram sorrindo.A lua brilhou intensamente eO sol emitiu raios coloridosPorque Cecília chegou.

Seus pais extrapolaram de alegriaCristina, sua irmã rezou agradecendoAs avós Aracy e Joana se emocionaram.E agradeceram ao Senhor!Toda a família comemorouPorque Cecília chegou.

APESAR DAS SERRAS

Belo Horizonte estáentre várias montanhassubindo, crescendotentando alcançarde todas elas o topo

Mas o curral de serrapermanece verdejanteem muitos arredoresapesar das serrasapesar dos tratoresapesar dos homens

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

bilabernardes@gmail.com

NÁUFRAGA

No mar solitário onde mergulhei,deixei ficar a rosa dos cabelos, a flutuar.Tocada pelo sal do mar, eladeixou-se despetalar.Náufraga agarrada aoseu lamento, numaanêmona do mar, procura a praia.Leva-a o sopro do vento.Vento que soprana praia, calor que chega de pronto.Não sepultem minha rosa,neste mar de esquecimento.

Arlete Mari RaminaDecana/Curitiba/PR

arlete.mari@yahoo.com.br

QUASE PLENO

Estou me deixando levarAos poucos me desprenderPara o teu ser encontrarNo âmbito do reviver

Lado a lado entrelaçarEm elos de amor embevecerAinda no efeito levitarEsta energia transcender

Após dimensão retornarO enlevo permanecerEsta forma preservarPara dual comprazer

O verdadeiro doce amarTem a força de sobreviverSempre na troca pactuarA cumplicidade valer

14 15POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Antomo Augusto AlmozaraConselho/São Pedro/SP

Aurélia Cunha KuryPraeclarus/Cuiabá/MT

aureliacunhakurykury@yahoo.com.br

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

reginamariatavares@yahoo.com.br

Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/SPalleonibn@hotmail.com

SECRETA ESCURIDÃO

O amor-menino trazia a magia no olhar,Vieste de um grande amor,de um certo universoQue rompera outras galáxiascheias de luzes e esplendorPara transpor uma flord’amor neste lugar.

As sementes de um novoespetáculo surgiram,Carregando as múltiplaspossibilidades de vencerOs mistérios da vida que tantonos provocam sensaçõesSecretas, para encantar nossoviver, nosso querer e amanhecer.

Por isso, cada manhã que selevanta sinto a explosãoque se rompe da escuridãocom muita sofreguidão,E sem pedir licença, atravessa emdécimos de segundoa Escuridão do meu ser

Assim, envolver-me de luzes para metranspor n’outro mundoQue silenciosamente aquece meucoração tricotado pela dor,Então:treme,salta e estremecede Emoção.Essa luz me traduz o amor,o sentido da vida!

POEMA DA MAGIA

Na noite com saudades...saudadesDa morena, meu amorA felicidade desse amor tão puroNasceu no meu coraçãoComo a magia deste poemaFalei de saudade na noitedo meu amorBusquei muitas palavrasFalei do amor faleida saudadeSó ficou a magiaE este poema quefala de amorQue fala de saudadeQue fala de magiaNa noite de um amorcom saudades da morenaSó restou a lembrançaneste poema da magia,

SONHO DE AMOR

Quem rouba um sonhode quem ama,Não rouba apenasum sonho,Mas rouba a ilusãode um sonho,De quem sonhoupor amor...

SEM MINHA FLORZINHA

Mais de três mulheres eu teriaUma casada seriaA outra separadaE por fim teria a minha amada

Uma vida seria “desregrada”Muitas festas e muita baladaCairia na night e o dia na gandaiaEh... Vida solitária

Uma noite estaria sóE na outra, sozinho estariaAh! Que vontade da Florzinha...

Correria ruas e avenidasCruzaria o céu e ferroviasSó, para amar a minha Florzinha

ORVALHO

O orvalho da manhãA tarde a cairCom os belosTons de laranjaA noite com suaCor prateadaSobre as águasDos riosO amanhecer róseoTudo issoÉ beloE vale a penaSer visto

Carla Rosane Lima de MoraesConselho/Brasília/DFcarla.tricolor@bol.com.br

CENA COTIDIANA

O cidadão de bem fogeaterrorizado -tenta escapar de seusperseguidoresque não sabe quem são.Sente-se acuado porsombras indistintasque espalham a mortesem alvo definido esem motivo algum.A mãe, levando ofilho à escola,tem a rotina diáriainterrompidae escondendo-se atrásde uma barracatenta proteger, com seucorpo magroa criança que chora, apavorada.Por outro lado surgemmais atiradores,misturam-se bandidos e policiaisnão identificáveis comoseres humanose irreconhecíveiscomo animais.O fogo cruzado vai se intensificandoe a bala perdida atinge mais alguémno dia a dia de terror, nacidade grande.Esse crime é mais um que nãoserá computadonas listas estatísticas,de tão banalizado.A bala perdida que hoje mataum cidadão de bem,torna-se apenasuma repetitiva notícia de jornal.

Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/MG

cecybc@oi.com.br

16 17C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A------------------------

C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A------------------------

João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP

g.pompermayer@indicapira.com.br

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P R E Ç O E S E S P E C I A I S P A R A S Ó C I O S D O C L U B E

CURSO DE PSICANÁLISE, PSICOSSOMÁTICA E GRUPANÁLISEAcadêmica da Galeria dos Academicus Praeclarus, do Clube dos EscritorePiracicaba, a Psicanalista Dra. Célia Gevartoski, Diretora do “Núcleo de For-mação” da Associação Brasileira de Psicanálise Contemporânea coordenamensalmente, no espaço do Hotel Nacional em Piracicaba, o “Curso de For-mação em Psicanálise; Psicossomática e Grupanálise” da ABPC, com apoio daAssociação Paulista de Medicina/SP. Contato pelos sites:www.psicanalisepiracicaba.ning.com ou www.celiagevartoski

O PODER DA GRATIDÃO

Tudo o que pensamos e sentimos se expressam e é pelalinguagem do corpo que nos certificamos das ações que estão em sintonia com opensamento e o sentimento. Em nossas ações é que se conduz um amplo efeito sobre aimportância da gratidão, pois ela traz a prosperidade. Por força da Lei da Atração é queuma atitude de gratidão faz com que a prosperidade chegue até você de múltiplaspossibilidades e oportunidades como jamais sonhou.

Estude, reflita, e entenda a Sincronicidade e aEspiritualidade, pois todas as coisas são dotadas de uma Inteligência e Sabedoria inatae percebem o que você diz, pensa ou sente sobre elas. Se você se referir às coisas, àspessoas e às condições de uma maneira positiva e próspera, você ganhará sua cooperaçãosubconsciente. Atente-se, pois o inverso também é verdadeiro e na mesma intensidade.Um coração agradecido se comunica com Deus. É a gratidão que ativa a Lei da Prosperidadee da Abundância em sua existência. A felicidade está dentro de você e esperando para serexternada, por isso, não tem absolutamente nenhuma relação com o que você possuineste momento, mas tem tudo a ver com quanto você é grato pelo que possui.

Lembre-se que é agradecendo pelas pequenas coisas quechegamos a amplitude dos desejos. Procure e viva nas coisas de Deus, em tudo o queestá certo e belo. Se assim pensar, sentir e agir sempre haverá uma vida abundante epróspera. Não negligencie o seu bem, você tem o livre arbítrio para seguir o caminho deDeus. Você a cada dia possui muito mais do que precisa e escolha este dia para renovar,criar e agradecer. Não despreze a beleza das coisas, pois, somente através do poder dedecisão é que terá prazer no estrelato. Os dois maiores ladrões do Universo são o passadoe o futuro que roubam a vitalidade do momento presente.

A maneira mais eficaz de garantir o futuro é através da gratidãoe começar no agora, enfrentar o presente com coragem e proveito. Você sabe que o futurosó pode nascer do presente e dele se constitui.

Onde quer que você esteja, esteja por inteiro. Qualquer queseja a situação do seu aqui e agora você pode mudar a situação ou aceitar totalmente asituação. Ao ter responsabilidade sobre a sua vida, as opções surgempara fazê-lo agora. Bom dia e Boas energias. Eu acredito em você.

HUMOR SEM GRAÇA

A arte mais difícil é a de fazer rir! E olha que sou uma pessoaalegre, sempre disposta a encontrar o lado divertido dos fatos da vida. Complicado é rircom sinceridade. Tenho lido e assistido verdadeiros horrores e absurdos, provocações,insultos que chamam de piadas. Lembro-me da triste época que amarravam busca-pésnos rabos dos gatos, acendiam e vê-los correr e gritar era engraçado.

Eu tinha era vontade de chorar com pena dos pobres felinos.E as famosas cascas de banana jogadas na calçada? O tombo de alguns era alegria e risopara outros. Pra mim eram apenas grosseria e falta de educação. E, quando se ofendiamdeliberadamente raças, deficiências, doenças...Credo! Aquilo era humor? Jogar tortas norosto dos outros, bater, criar tumultos, trocar palavrões! Qual a graça? O engano, adistração são engraçados. A ignorância, não! Como podem alguns rir de brincadeirasinocentes de crianças e animais? Como podem alguns insultar e se divertir com os limitesde idade? Ou acharem graça na longevidade que talvez nunca alcancem? E riem até danatural rejeição entre sogras, genros e noras na certeza, talvez, de que nunca serãopersonagens dessa triste comédia. Sempre acabo é rindo dos bestalhões que achamgraça nisso tudo.Só podem ser ignorantes ou Maria-vai-com-as-outras quem não teminteligência bastante pra perceber a tolice que está fazendo.

A vida é engraçada, sim. Mas rir de falsos apelos é incentivarmaldade, violência e discórdia. Lembro-me de certa vez em que aguardava a vinda deônibus num desses lugares distantes e desconhecidos. Eu era apenas mais umaprofessorinha que viera conhecer um nova escola. No mesmo ponto duas mulheresconversavam e riam muito. Uma dizia:

— Meu filho já está tão esperto que pega os gatinhos quenasceram, coloca na caixa de leite em pó vazia, fecha até que parem de miar. Dai percebeque está morto, tira joga fora e coloca outro! Sufocar e matar gatinhos recém nascidosera motivo de gargalhadas entre aquelas mães. Algo revirava em meu estomago enquantoum alerta soava em meus pensamentos.Será que esta mesma mulher vai achar graçaquando a policia vier lhe avisar que seu filho matou um outro ser humano, frágil eindefeso? Até professores riem dos erros dos alunos (de quem é a culpa?), mães riem dasmaldades dos filhos,estranhos riem das brigas entre famílias. E depoisdizem que querem mudar e melhorar o mundo. È preciso muita habilidade,talento e inteligência pra ser humorista. Mas, loucos, bêbados e drogadosriem de qualquer coisa... Riem sozinhos ou em grupos, do próximo oudeles mesmos!

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

dilidima@ig.com.br

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Benedito Daniel ValimDecano/Piracicaba/SP

b.daniel.valim@gmail.com

Caris Licia GarciaTitular/Campinas/SP

carisgarcia@hotmail.com

Carlos de MoraesDecano/São Paulo/SP

carmora@superig.com.br

SOMENTE PERAMBULO

Perambulo daqui...E de repente saiu de novo,fresco e quenteComo os pães das esquinasainda adormecidasSalientam que as palavras mais belasSão as mais simples, asmais extraordináriasAquelas que despertam pela manhãComo um suave Bom diada mãe de antigamente

Perambulo daqui, de lá...Percebo o adormecimentode certas partesOutras foram arrancadase mortascomo ervas daninha emmeu lindo jardimOutras sempre vão gostardo arroz com feijãoHá aquelas que vão querer algomais sofisticado mais elaborado

Perambulo daqui, de lá, de onde forCinzas petrificadas dovulcão que adormece, que jazno auditório vivo do temploque me transformeina floresta solta, diversa, respiro ocantar de um colorido beija-florque me recebe com a força dosguerreiros de outroraTão pequeno, mas tão voraz, tãoperfeito, tão forteE assim continuo

Vou perambulando...num eterno movimentoa cobra que engole o rabo..assim vou girando...sou um planeta, sou o cosmotalvez o infinitoe perambulo...

O MESTRE DA PINTURA                                    Usando pincel e tintaE muita imaginação,Eu realizo pinturasQue causam grande atração,Por isso estou satisfeitoCom a minha profissão.                                       De muitas exposiçõesEu tenho participado.O fruto de meu trabalhoÉ bastante procurado.Vou vivendo de meus quadrosQue são postos no mercado.                                                 Faço pintura da terra,Do céu, da mata, do mar,De gente, bichos e doutrosQue na arte desejar.O meu zeloso trabalhoProcuro aperfeiçoar.                                       Mesmo não sendo Da VinciGoya, Dali ou Picasso,Faço obra fascinante,Sem o menor embaraço.E por muito que me esforceNão me aparece cansaço.

Além de eu ser um pintor,Sou professor de pintura.Vivo me atualizando,Pra fazer boa figura.Espero que a minha obraMereça linda moldura.                                         Leciono aos meus alunosCom carinho e com amor.Quero vê-los diplomados,Demonstrando seu valor.Hão de mostrar seu talentoNo universo da cor.

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

cordelistacicero@yahoo.com.br

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/BAputzgrilla@oi.com.br

Djanira PioAssinante/São Paulo/SPopiosoa@yahoo.com.br

SINOS DA TORRE

O som dos sinos da torreemaranhou-sepor entre o embaçadovozerio da praça,por entre o barulho das buzinase o ronco dos motores.

E tua voz ressoa em meus ouvidos.

O som dos sinosdestacou-se no meio dos ruídos,acompanhando o ritmo da melodiaque o vento tangenas flores dependuradas.

E a folha molhada reflete teus olhos.

O som dos sinos da torrepesquisa em teu corpoo litoral sinuoso de além mar.E o rio de meus sonhosentremeia-se pelas serrasdas curvas de teus seios.

CONTEMPLAÇÃO

Olhe para o céu, poeta!Coloque-se a contemplar as estrelas,Chore baixinho ao vê-las eDeixe as lágrimas lavarem o seu coração.

Olhe para o sol, para o mar ePara toda natureza, e contemple,Então, a beleza da obra da criação!

Olhe para o ser humano que estiverMais próximo neste instante, e contempleO seu semelhante, e por que não dizer,Seu irmão!

Olhe para todas as maravilhas do universo,Olhe para a mulher e a florQue inspiram, a poesia, a música e os versos.Olhe-as com emoção!

Olhe para, este mundo divino, criado porUm Ser Poderoso, Santo e Cristalino,Faça a sua contemplação!

CERTEZA

Há que se viverA verdadeCom elaTeremos sempreO esclarecimentoDe todasE tantas coisas.

RAZÕES

LeioLogo existo.

Despego-me do exteriorExpando a consciênciaE a imaginaçãoConfronto o vazioE a solidão.

Revoluciono o espíritoRenovo experiênciasOuço se ter som.

EnriqueçoLiberto-me.

20 21PERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADE--------------------------

Texto deCarlos Moraes Júnior

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Cenira Almeida NogueiraColegiado/São Bernardo/SP

MESTRE WILLIAM.

Você é uma borracha especial.Que não apaga felicidade.Com cuidado retira os excessos.Com seu toque sensual.

Igual caneta mágica também,Escreve com habilidade em cada coração.Um modelo de temperançaEm cultivar as sentenças.Certamente isso nos faz um bem.

Seu tempo é sem preconceito.Como a Xerox, no seu jeito claro de ser.Assim nos ganha o coração.Ouvindo quem continua a viver.

Como folha aberta, é sua caminhada.Envelhecendo corno mestre sempre jovem.Percorrendo objetivo enquanto existir.Com harmonia e em tudo compartir.

PREZADO AMIGO

Bem-vindo!Ao mundo das artesde ciência, de economiadesenvolvendo sua espiritualidadeque nos envolve nas formas.nas linhas harmoniosase caminha para a sensibilidade.Bem-vindo!as águas flutuantes, o céu abertovoando sobre as águase nadando sob a águas.Bem-vindo!à beira-mar, pés no chãolavado de alma e coraçãoas avenidas movimentadasBem-vindo ao temploonde faz suas oraçõesde agradecimento,pela vida, pelos dons, pelas alegriase os sentidos.Bem-vindo!ao mundo, ao campo,à casa, aos amigos, à família,ao trabalhosempre bem-vindo!Bem-vindo! Bem-vindo!

Célia Rangel de Almeida e SilvaTitular/Guarartema/SP

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

ftsl@farrapo.com.br

EU SOU

Sou artistasou sobrasou manobrano cantona lutano mododo mundo

OS AMANTES

Um dia eles chegaram. Solidários,Braços dados, unidos fortementeComo os anéis de uma tenaz corrente,Como pólos elétricos contrários.

Eram velhinhos já, octogenários!Mas havia entre os dois o amor ardente,Como o que prende um par adolescenteE o acompanha por todos os calvários.

Quem eram, afinal, aqueles seres- Companheiros nas dores e prazeres -Já muito além das bodas de brilhantes?

Soube-se, então. Não eram nem casados,Somente um par de eternos namorados- Desde mocinhos um casal de amantes.

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Piracicaba/SP

TODA NOSSA ADMIRAÇÃO AO AMIGO NELSON BERTOLINI

É para nós um grande esforço amealhar traços e nuances biobibliográficas dos destacados,ao mesmo tempo, é sempre com orgulho que tentamos contar um pouco da vida e da obrada nossa gente. E durante esse trabalho todos são brindados com a mesma chance,porque não privilegiamos ninguém. Aliás, nem ligamos se quem é destacado é consideradoiniciante, profissional ou amador. O que vale para nós é a qualidade do texto, é a capacidadeque cada um tem de mostrar sua criatividade ao passar o sentimento. Desta forma, ésempre importante destacar neste espaço, todos os meses, um de nossos Acadêmicos.Como é oportuno e importante se falar do nosso Acadêmico Nelson Bertolini, de Piracicaba/SP, Jornalista, graduou-se pela Faculdade de Jornalismo “Cásper Libero” da PontificaUniversidade Católica de São Paulo, especializando-se em Relações Públicas, tendoparticipado de dezenas de seminários e congressos, no Brasil e no exterior, fazendovisitas técnicas às áreas de comunicações das Universidades de Sorbonne, em Paris, deNavarra, na Espanha e Universidade de Pensilvânia nós Estados Unidos. Ex-Professoruniversitário, foi Jornalista na Folha de S. Paulo, Rede Globo, Rádio Bandeirantes, O

Estado de S. Paulo e Jornal daTarde, tendo sido editor de ODiário de Piracicaba. Produziu eapresentou o programa “RádioRevista Cidade” pela RádioAlvorada de Piracicaba.Foisupervisor e/ou gerente deRelações Públicas na GeneralMotors do Brasil, CaterpillarBrasil, Dedini, Grupo Ultra, PhilipMorris. Foi assessor decomunicações das PrefeiturasMunicipais de Piracicaba e deMairinque, da Unimed Piracicabae da APM - Associação Paulistade Medicina de Piracicaba. Foiassessor da Secretaria Municipalde Turismo de Piracicaba. Éassessor da APM de SantaBárbara. Dirige a agência CidadeComunicações. É Titular daCadeira Juracy Neves de MeloFerracciú, da Área de Letras, doQuadro de Membros Titularesdo Clube dos EscritoresPiracicaba.

22 23POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL--------------------------------------------------------------------------------

Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam

cleidearanha2009@hotmail.com

Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/SPdarcy.rossi@terra.com.br

Flora ThoméDecana/Três Lagoas/MSflorathome@terra.com.br

SAUDADES LOUCAS DOS LOUCOS

Thomas Edson, Marconi,Mendel, Bell e Maomé,Einsten, Strauss e Sheaskpeare,Vejam só como é que é:Todos loucos como dizem?Ou homens de muita fé?

Inventos, composições,Teorias, religiões.Churchill, Napoleão,Braço forte e rédea à mão,Ghandi a luz da suave paz,Luther King, homem que a faz.

Tantos loucos necessários,Defenderam a humanidade,Antigos ou tão recentes,Que ainda dói a saudade,Ao lembrar de Oswaldo Cruz,E que dizer de Jesus?

ANOITECER

Ah, meus sonhos?tornaram-se escassose quando eu os tenhojá não é sonhar.Ah, minhas lembranças?tornaram-se vagase quando eu as tenhojá não é recordar.Ah, meus passos?tornaram-se lentose quando eu os doujá não é caminhar.Ah, meus dias?tornaram-se brevese quando eu os contojá não é somar.Ah, minhas dores?já não as tenho:foram só de amores!

Claudio Jucá SantosAssinante/Maceió/ALjucahpoeta@uol.com.br

O MAIOR LABORATÓRIO DA REGIÃO

RUA GOVERNADOR PEDRO DE TOLEDO, 1518oticapiracicaba@yahoo.com.br

Fone: (19) 3434-6488

ÓTICA PIRACICABA

Conrado Luiz AmstaldenColegiadoVinhedoSP

conradoart@yahoo.com.br

TUA BOCA

Fonte da vida – que a vida encurta,tua boca a um tempo só é vida e morte,que nutre e suga, ora é sul, ora é nortee sabe a mel sob um olor de murta...

A medo nela bebo, qual quem furtao vinho generoso e rubro e forte,que chega a transformar a minha sorte,embora eu dele libe, uma golada curta...

Mas, inda assim, quero sorver tua boca!Ainda que tua essência me quebrantee acenda, ainda mais, o meu desejo,

quero beijar-te e nessa angústia louca,não penso no futuro um só instante,pois meu melhor presente é o teu beijo!

ANEL DE NOIVADO

Toma querida! Guarda no teu dedo,Esse anel de noivado, esse anel de ouroQue representa o mais feliz tesouroPara nós dois. Que não te cause medo,

O nosso amor ser vítima do enredo!Esqueçamos, sorrindo, tal agouroE cantemos felizes num só coro,A estranha sinfonia de um segredo.

Dores são coisas próprias do destino,Mas para tudo sempre chega a hora...Eu sei que sempre fui um peregrino

Atrás do amor... Se agora achei, querida,Hei de ser teu pela existência aforaE serás minha para toda vida!...

ESQUERDA

Eu queria uma esquerdaQue funcionasseMas como não achoQue bom se eu aceitasse

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SPclomajurosi@uol.com.br

Alegria se espalhapelas ruas e arredores...Crianças saindo da escola.

Elvandro de Azevedo BurityAssinante/Rio de Janeiro/RJ

elvandroburity@gmail.com

AMANTE

Tal sol se indo...Se pondo...Meus desejosNascem explodindo.Desejos carnais aoVento se exaurindo...Sou teu amante furtivo.Sou um amante frustrado.

NUVENS INSTIGANTES...

Elas passeiam, displicentemente,Sob o azul sem par do firmamento...Desenham no seu curso, vagamente,Cenários de beleza e encantamento...

E vagarosamente se deslocamSem pressa, silenciosas, devagar...No seu trajeto silencioso evocamSegredos de uma história milenar...

E seguem no seu curso, lentamente,Como a instigar a multidão descrente,Com seus traçados pela imensidão...

Seguem seu rumo, sem atrelamentos,E lembram que os mais nobres sentimentosNão têm medidas e... não têm padrão...

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/RSeloisa.maciel@gmail.com

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Dorah Mussi MoussaAssinante/São Paulo/SP

sharidorahananda@hotmail.comElda Nympha Cobra Silveira

Colegiado/Piracicaba/SPeldanympha@yahoo.com.br

MOTIVAÇÃO

Impulso, estímulo, interesse, mexe,Justifica, explica o interesse, cresce.Alega, compõe, age,Vendo e escutando, perceberAo redor o movimento do silencioPerceber o ambiente que se mistura,Perceber-se isolado e único,Rodear-se de gente,Momento oportuno de perceber-se.Cruzar caminhos, encontrar pessoas,comunicar,Por gestos e palavras sem som.Partilhar, dividir, juntar, mover-se.Afinidade cresce o interesse de semotivar.Disposição, qualidades de influenciar.Persistir e qualificar o que é teu.Conseguir ir alem do motivo ou da razão,Livrar-se da pressãoSendo você mesmo.

DESTROÇOS

Ladainha das minhas primas.Esmeril fremente em mãos,...das minhas,em suas bocas finas...

Viril ao vestuário senil.Dispensa o portátil, frio.Meticulosas propostas honrosas,consideradas tolas, pomposas.

Trompas soando notascategóricas, eufóricas;empurrando abismo aforaantes firmadas retóricas.

Volátil presente em garras.Caprichadas matrizes na cara.Ríspido maço feito um mortal abraço...

As flores tornaram-se negras...tempo depois do ácido da chuva.No momento vem à lamúria,desta poesia feita com fúria.

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

cida.mancio@itelefonica.com.br

Eliseu OroConselho/Descanso/SC

Fátima SegattoPraeclarus/Santa Maria/RS

kocasegato@bol.com.br Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

iolandabeltrame2009@hotmail.com

Hazel de São FranciscoColegiado/São Paulo/SP

hazeldesaofrancisco@hotmail.com

BEM-TE-VI

Um passarinhoPassou no meu terraçoAbrindo o bico com carinhoFoi gorjeandoNaquela tarde de mormaço.

Parecia querer dizer-me algoOlhando no fundoDos meus olhos tristesOnde as lágrimasEm gotas penduradasFaziam-me sentirtão abandonada...

Tentei disfarçarMas ele, com seu olhar profundoQuem diz me deixar felizFoi dizendo: “Bem-te-vi”Fazendo-me companhia.

SIM, RENASCER

É bom renascerDepois das ilusõesE desilusões da vida...Voltar a sonhar,Acreditar em siE de per si lutar...

É fácil renascer,Basta o querer,Valorizar a razãoForte e poderosaQue abre ditosaVia pra gente ser...

É conveniente renascerDas mágoas, derrotasE desânimos para entãoCom renovado ânimoPromover a pazQue ao bom satisfaz...

É natural renascerDas cinzas da ingratidão,Do amor impossível,Assim, crer no poderDe ser e valer mais,Demais junto à Criação...

ESCOLHA

O escolhido foi vocêE mais uma vezNão acerteiEstou sofrendo pela tuaDesconsideração.

Nem uma palavraNem uma explicaçãoApenas a solidão.

Tão cheia de charmeAos olhos do poetaA Lua de Budha.

CHUVA

ChoveGotas diáfanasCélere uiva o ventoDevastaExauridos sacodem os ramosChovePingos aspergemEscorre a vidraçaChove lá foraInundamMares e pesaresNa janela dos meus olhosAqui dentroExplode dorEscorre pranto

26 27OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO----------------------------------OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Luis Antonio GroppoColegiado/Piracicaba/SPluis.groppo@am.unisal.br

Alba Christina Campos Neto Assinante/São Paulo/SP

clalima@matrix.com.br

O TREADO

Muito se tem falado sobre uma triste prática dentro de nossasescolas: o “bullyng”. Um dos meninos ou meninas da classe é escolhido como o pobrecoitado a sofrer provocações, violências físicas e psicológicas dos demais, em especialdos valentões e valentonas. Ele se torna excluído, humilhado, agredido, sofrido...

Nós que já passamos pela escola, nobre leitor, sabemos,porém, que esta prática é tão velha quanto a escola. O nome, apenas, é novo, inda maisimportado dos States. Eu nunca fui um valentão, nem bode expiatório das taras sádicasdos colegas, felizmente. Fui quase sempre daquela massa mais ou menos disforme queassiste complacente, às vezes participante, às vezes calada, os valentões humilhando obode expiatório. Lá pela 6ª ou 7ª série do Primeiro Grau, hoje Ensino Fundamental, um dosmeus colegas virou bode expiatório. Não sei direito como ou porque começou a escolha.

E se ele não parecia feito pra ser vítima, ele se tornou bemque na marra, como verá, prezado leitor. A coisa se tornou mais pública, mais explícita, emuma aula de Educação Física. Alguém chutara a bola de futebol em cima do telhado quecobria banheiro e bebedouros. O meu colega gritou:

-- A bola foi em cima do “treado”.Pronto! Era a origem do Treado! Ele cometeria o erro de

pronúncia pela primeira e última vez. Mas nunca esqueceria. Para quase todos, colegas,valentões e desconhecidos, ele não era mais André, mas simplesmente Treado.

Um rótulo que o marcou tal qual o nariz de palhaço marca opalhaço, um estigma que fere a fundo tal qual a tatuagem no tatuado. Tudo sem querer.Tudo sem se ver.

Ele se tornou vítima constante de chacotas. Nas vezes emque quis reagir, os valentões lhe deram um “fecha”. Cercaram-no e lhes ensinaram a secalar a socos e pontapés. Eu era amigo do André, um dos seus poucos amigos.

Mas nunca tive coragem de defendê-lo das graças eagressões. Assisti a tudo em silêncio, passivo como a maioria dos outros.

Nunca me esqueço. Em uma das aulas de Educação Física,tamanha foi a quantidade de agressões psicológicas que o André sofreu que ele foisentar-se longe, totalmente sozinho, abaixou a cabeça e deve ter tentado até chorar. Foium grito de desespero ao inverso. Os valentões se calaram naquele dia.

Por outro lado, ninguém, nem mesmo eu, fui lá conversarcom ele, mostrar que estava do lado dele. Arrependo-me um pouco até hoje de não terfeito diferença. Talvez fosse a chance de ajudar o Treado a voltar a ser André.

Hoje, não sei por onde anda o Treado, meu amigo André, osobrevivente do bullyng de meus tempos, o sobrevivente das surras das gangues detodos os tempos. Não sei se ao recordar das imagens de seu tempo de escola, ele se vêcabisbaixo, sentado no banco de concreto onde fazíamos Educação Física, totalmente só,muito mais que só, no meio de sádicos e omissos.

Talvez, lembre-se mais das piadas que contava para seuspoucos amigos e de como imitava, de modo muito hilário, a buzina de umbuggy.

Nada de bullyng, só a buzina do buggy.

EQUILIBRANDO

Entre as três, Alcina mantinha o equilíbrio. Bem diferentes todaselas, mas era possível equilibrar, graças ao empenho de Alcina. Era porque, vejam bem, trêspessoas diferentes, três mulheres de orientação distinta. Deolinda era roceira, nascida umuma fazenda distante da menor cidade perto da fronteira do estado.

Estudou em escola rural, e para poder tirar um diploma decurso primário, o que na época correspondia hoje à quarta serie do ensino fundamental,andava cinco quilômetros a pé... Tudo para depois de adulta, fazer o supletivo...

E se tornou uma grande poetisa... Não tinha posses, vivia dotrabalho como funcionaria publica, sustentando os filhos, já que o marido alem de não tercondições, acabou separando. Lucilia, o segundo lado do triângulo, era rica. ou pelo menosnunca trabalhou, teve pai e mãe burgueses, freqüentou grandes escolas, fez faculdade depatricinhas, (na época não havia a ousadia do termo, eram moças de família, simplesmente,que queriam estudar na única faculdade que existia para moças)...

E foi pela vida com marido rico, casa grande, mordomia. Nuncasoube o que é pegar no batente, nunca tomou um ônibus, nunca fez um sacrifício de tomarconta dos filhos. Tinha empregada, babá, motorista, fazenda com caseiros. Alcina estava nomeio. Nasceu de famílias remediadas, mas de mãe que queria bancar posse.

Tinha que ter boas maneiras, saber tratar bem em sociedade,embora nunca freqüentasse coisa alguma ;Vivia somente na casa dos parentes, do vovô, queera professor, e, portanto não tinha grandes lances sociais, nem financeiros. O pai era maisreal, vivia de salário, e achava que a filha podia aprender algo para trabalhar, mas enquantoisso a mãe, muito sonhadora, imaginava para a filha um futuro de moça grã-fina, e principalmenteum marido de posição social. E com tudo isso, Alcina caiu no desequilíbrio.

Não conseguiu estudar para uma coisa pratica, nem conseguiuo marido de projeção, pois que não vivia nesse meio.Casou-se com o seu grande amor, masquanto a dinheiro, tudo para sobrevivência, e um pouco de lazer.

Apesar de ter estudado, não chegou a lugar algum, foi deescola em escola lutando , estudando muito, mas no fim, ficou perdida no meio desonhos. Talvez por tudo isso, Alcina entendia as pessoas. Ficou amiga da Deolinda, quevinha de uma origem muito simples, que lutou, e venceu. E no seu meio

Caro(a) amigo(a): Se você ligar para o telefone do Clube dos Escritores e der ocupado,não insista, porque não temos mais o serviço de transferência quando ocupado. Liguenovamente para um número novo, colocando somente o DDD com o zero. Você nãoprecisa colocar número de operadora. Entendido? Então, ai vai: (019)2532-1285.

28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------------------------------- POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

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Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/RS

Maria de Fátima MussatoColegiado/Jales/SP

fatinhapoeta@gmail.com

Eliana Wissmann AlyanakConselho/São Paulo/SP

eliana.wissmann@terra.com.br

BEM-TE-VI

Bem-te-viBem que quisNa flor chegar

Dia de solAquele lindo céu azulMinhas asas libertarNum vôo leve

A brisaAssim num instanteMe deixei flutuarPensando no ninho

Trago folhas e ramosNos bicosPara os meus filhotesQue aprendem de tudo

Logo eles sairãoE conhecerão o horizonteO marAs montanhas, seu lar...

QUISERA EU...

Estou aqui neste momentoPara expressar meu sentimento...Quisera eu ter o dom da palavraPara dizer-te, que és a minha amada.

Quisera eu ser o solPara te tocar todas as manhãs...Quisera eu ser a luaPara te iluminar toda nua...

Quisera eu ser as horasPara poder parar o tempoE ter um momentoPerto de ti, para o meu contentamento...

Quisera eu ser o ventoPara bater no teu rostoSentir o teu gosto...Quisera eu ser o teu amorOlhar nos teus olhosApertar a sua mão e sentir o teu calor

Quisera eu ser doutorPara curar essa dorQue não sai daqui de dentroQue faz doer cada vez maisPor saber que eu te perdi...

O amor invadiu a minha vidaE agora o que eu faço,Para esquecer o teu beijo, o teu abraço?

Não me resta outra saída.A não ser, tentar tirar-te da minha vida...Quisera eu estar contigo agoraPara dizer baixinho no teu ouvido“Eu te amo, Fica comigo!”

Fabiana Frassão de CarvalhoTitular/Primavera do Leste/MT

caixafl18@gazim.com.br

Ivo Gomes de OliveiraColegiado/Itapema/SC

igdeol@terra.com.br

DECLAMAÇÃO

É uma torrente quenteDe vulcão sisudoO inquieto verboExpelido ao mundo.

Êxtase pleno de uma alma eclética,Geratriz sonora reza que se ora,Na tradução soleneda escrita poética!

O BELO

O vate ao metrificar e ao rimarDeve ter como supremo objetivo

O belo, o termo e o sublime propalar,Para o poema ter sabor superlativo.

Deve ser um “belo” assaz arrebatador,Desse belo por assim dizer deleitoso,

Como da tulipa o cálice da florE das violetas o aroma perfumoso.

A missão do poeta é o belo na poesia,Exercer o apostolado da beleza,Imbuir nos espíritos a alegria

E enfeitiçá-los nos jardins da natureza.

Propagar ao éter o dedilhar da lira,Doar à alma como bálsamo salutar,

Empolgar as mentes no céu de safiraE do “belo” enternecedor desfrutar.

Só há mérito num poema se for beloSe for exalado de coração sentimental,

Como terno hino harpejado com desveloE modulado no empíreo celestial.

Hosana ao belo romântico na poesiaDas meigas frases impregnadas de amor,

Nos arrulhos de juritis, quanta magia,No zelo do Pai Celeste, quanto favor.

MURMÚRIOS DO MAR!

As espumas das ondasQuando quebram na areia,Trazem em si o perfume,O cheiro do mar...

Trazem também o murmúrio,Os gemidos tristesDos amores que ali sucumbiram,No tempo a passar...

São palavras doces,Sussurradas apenas,Que são captadas ao longePor ouvidos que ouvem!

Palavras percebidasPor corações que sentem,A emoção que a dor de amorConsegue causar!

São saudades doídas,Emoções que maltratam,Corações sensíveisQue vivem para amar!

30 31PÁGINAPÁGINAPÁGINAPÁGINAPÁGINA --------------- DO MEIODO MEIODO MEIODO MEIODO MEIO-----------------AO MESTRE, COM CARINHO... VIDA E OBRA DE ELIAS BOAVENTURA

“Tudo bem, se melhorar estraga”. Essa expressão eraconhecida e cantada em verso e prosa pelo Prof. Elias Boaventura, que recentemente nosdeixou, mas cuja vida e contribuições permanecem conosco. É mais uma expressão, entreoutras que ele utilizava no cotidiano, como que passando sua própria filosofia de vida etrabalho que marcou a todos quantos com ele conviveram.

Ele era dessas pessoas cativantes, amiga, amorosa e todosgostavam de estar ao seu lado para admirar e perceber sua forma diferente de viver einterpretar a vida. Os que conviveram com ele podem avaliar a profundidade dos sentidosque ele transmitia na sua forma simples de comunicar. Este é um depoimento entre tantosque estão sendo escritos após o falecimento do Mestre Elias ocorrido em sete de janeiropassado, não chegando a celebrar seu aniversário que ocorreria em vinte e oito de janeiro.

Portador de sabedoria impar, afirmava ser necessário vivernão de forma instalada e passiva, mas com exposição aos conflitos. Não apreciava aacomodação propiciada pelas zonas de conforto, trabalhava na perspectiva dacomplexidade. Para ele as coisas e os processos tinham que ser tratados no contexto darealidade e necessidades humanas. Afirmava, por isso, que “atrás de morro tem morro” -outra frase curta usada pelo professor e que traduz sua maneira de enxergar a vida eensinar. Estimulava os processos de crise por acreditar que os conflitos e a explicitaçãodo contraditório ajudavam as pessoas e as organizações a crescerem.

Explicitou essa forma de viver concretamente durante operíodo em que foi Reitor da Universidade Metodista de Piracicaba (1978/1986).Pessoalmente, tive o privilégio de ser o seu Vice-Reitor, ao seu convite, durante mais desete anos e posso testemunhar sobre uma convivência de quase quatro décadas com oProf. Elias. Nessa convivência, senti bem de perto a sua coragem, o que ele representavapara a educação e sua preocupação com a inclusão social, democracia, justiça, equidade,daí a sua vida a serviço dos “sem-voz” e sua militância nos movimentos e processos delibertação social no contexto brasileiro.

A sua visão de educação destoava absolutamente do sensocomum, sobretudo em um período da história política do país em que ele se envolveu paramudá-la. Enquanto Reitor trabalhou uma proposta de “universidade alternativa” e crítica,que fosse além da educação de manutenção, para dentro e reprodutora do modelo vigente.Propunha uma educação para fora e como instrumento de transformação das pessoaspara a vida. Dizia que a sala de aula tradicional não contribuía para essa transformação,afirmação difícil de ser entendida e aceita pela comunidade acadêmica, mas que encerravaa perspectiva crítica e dialética que trazia da educação.Assim, trouxe para dentro da Universidade o debate das grandes questões sociais, quasesempre distante do mundo universitário. E a UNIMEP, como sabemos, foi espaço dessaexperiência praticamente inédita na universidade brasileira.

Certamente, ele não foi entendido na época e somente maistarde sua ideologia pôde ser mais bem processada e até aceita. A UNIMEP é depositáriadessa herança: Prof. Elias e o coletivo plasmaram a identidade de vanguarda que acaracteriza no cenário educacional.

A visão e atuação progressistas do professor não agradavama “segmentos reacionários da Igreja”, como ele dizia, e recebeu deles resposta contráriaao que se dizia e praticava na UNIMEP, de acordo com as “Diretrizes para a Educação naIgreja Metodista”. Sua postura crítica e socialista incomodou segmentos da Mantenedorae acabou culminando, em 1985, com uma intervenção desastrosa na Universidade, a qualreagiu para garantir a sua autonomia. Esse fato se tornou conhecido como “janeirada”,uma crise sem precedentes na história da educação metodista no Brasil.

O Reitor Elias foi demitido de suas funções e o mesmotambém aconteceu comigo, seu Vice-Reitor. Em defesa da autonomia universitária, ele foiprotagonista de um movimento que contou com o apoio integral da comunidade daUNIMEP e garantiu a retomada da normalidade institucional.

Esse movimento foi suficiente para instalar na Universidadeuma postura de defesa da autonomia universitária, à frente da qual ele sempre esteve, emconstante vigilância. Mais recentemente, no final de 2006 e em 2007, a UNIMEP novamenteteve a sua autonomia ameaçada por decisões do Conselho Diretor.

O Ex-Reitor Elias Boaventura, junto com outros ex-dirigentese segmentos da comunidade universitária, mais uma vez, pôde contribuir com suaexperiência em um momento complexo da vida unimepiana.

Esteve ao seu lado, refletiu, fez mediações, escreveu váriosartigos sobre a maneira inadequada da Igreja encaminhar as questões na sua relação coma Universidade. Em meio a esses momentos tensos e complexos, o Prof. Elias continuavaafirmando: “Tudo bem, se melhorar estraga”.

Ele estudou no Instituto Granbery, em Juiz de Fora, Minas.Durante seis anos foi aluno interno dessa tradicional escola metodista mineira. Amava asua “alma mater”, que soube respeitar. Chegou a dizer: “... foram seis anos ótimos,aprendi muito como aluno”. Sem dúvida, a sua condição de granberyense foi celebradaem toda a sua vida. Sempre se manteve ativo e participou da Associação dosGranberyenses, entidade que congrega os ex-alunos e vai completar noventa anos.

Em Piracicaba, criou, em 1995, o Setor Sudeste Paulista destaAssociação do qual foi presidente. No último encontro do Setor, em agosto passado,Prof. Elias recebeu expressiva homenagem dos colegas granberyenses.

No Granbery ele era conhecido como “Trombone”, por causade sua voz grave e mais por ser a voz de tantos estudantes que buscavam nele ajuda eapoio, especialmente quando em situação de injustiça e de crise.

Assim, desde cedo ele trazia em sua vida o compromissocom o sofrimento do outro. Confirmando essa relação com sua ex-escola, em seus planosacadêmicos se preparava para o pós-doutorado na Universidade Metodista de São Pauloe o tema seria o Granbery, não por acaso. Somos herdeiros e chamadosa continuar essa bela história de vida de nosso mestre, com carinho..

Almir de Souza MaiaPraeclarus/Piracicabamaia.almir@gmail.com

32 33POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-------------------------------------------

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-------------------------------------------

Gian Carlo de Carvalho Praeclarus/Piracicaba/SP

carvalhogiancarlo@yahoo.com.br

Felisbino de Almeida LemeConselho/Piracicaba/SP

racdal@terra.com.br

Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/DFfilemonfelix@bol.com.br

SEXO SUPERIOR

Encheu meus olhos, nudez sem fimEm minhas mãos a mais bela obraTudo se fez meu naquele jardimRetornastes a mim como outrora.

Elegeu-me rei de norte a oesteRevelou-me a verdade doce apogeuO ar não mais me enobreceO controle jamais foi meu.

Afinal és mulherA mais bela obra de todo jardimToma-me se é o que querTodavia fostes superior a mim.

O POETA

Por onde andas, poeta?Volta para nos falar da flor.Tua sensibilidade nos afeta,Em ti tudo é amor.

No riso da criança,No caminhar por uma estrada.Há um resto de esperançaNo olhar da moça apaixonada.

Tua vocação tem tantas magias,O teu dom é muito pertinente.Fala-nos das tuas lindas poesias,Volta, poeta. Volta pra tua gente.

FOFURITA(Cantiga para embalar uma flor)

Fofurita,Por que tu choras assim?É de fome?Então vem pra perto de mim.Dou-te um beijoE a mamadeira, enfim.Nos meus braçosEu sei que vais te nutrir.Fofurita,Por que tu choras assim?É de sono?Então vem pra perto de mim.Dou-te um beijoE a chupeta, enfim.Nos meus braçosEu sei que tu vais dormir.Fofurita,Por que tu choras assim?É de dengo?Então vem pra perto de mim.Dou-te um beijoE mil carinhos, enfim.Nos meus braçosEu sei que tu vais sorrir.

IMENSIDÃO

Ouvi o canto serenoE melancólicoDa curruíraEnquanto me balouçavaNa rede improvisadaSob o abacateiroO cheiro quase perene das roseirasChegavam em baforadasSilenciosas e quase programadasPensei no murmurar do córregoLogo ali tão próximoE deixei-me acalentarPela brisa já mornaQue brincava em redemoinhosCom as folhas secasMargarida, minha cachorrinha,Estava deitada ao ladoComo sempreEntre cochilos e orelhas em péO céu azul chamava-me para sua imensidãoTantas galáxias, tantos sóis, tantas terras,Onde alguém, como eu,Fitando o céuBuscava mergulhar nos segredos do infinito.

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

bianallin@uol.com.br

Hercília Gomes SiqueiraColegiado/Uberaba/MG

herciliagomessiqueira@hotmail.com

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/Taquaritinga/SP

santana.geraldo@gmail.comEU NÃO SABIA

Em todos os teus gestoshavia amore eu não percebiaem todas as tuas palavrashavia dormas eu não ouviaEm toda tua vidahouve harmoniasó eu não sabia...

QUATRO ESTAÇÕES

Brisa leve, primavera do teu olhar encantadoadornaram com flor rarameus cabelos emaranhadosas tuas mãos sutis.

Sonhos medram na poesia deteus lábios rubrostocando-me as fantasias, osdesejos, a tez jubilosaque delira ao encanto deste fascínio.

Noiva florescente,enraizada no teu jardim,exalando delícia da aurorasobre a pele exultante da relvadoada por tuas quatro estações.

Semeaste cada pétala queenvolve meu ser.Adubaste solo fértil.Regaste todos os dias deminha existênciacom o som da melodiadas tuas juras.

LANÇAMENTO DO LIVRO DE ARACY

O lançamento do livro “Mergulho Interior”, da escritora AracyDuarte Ferrari, de Piracicaba/SP, Cadeira Alcides Bernardi, daÁrea de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dosEscritores Piracicaba, aconteceu no dia 14 de dezembro de 2011,juntamente com a última Sessão do ano da AcademiaPiracicabana de Letras, na Biblioteca Municipal “Ricardo Ferrazde Arruda Pinto”, quando a autora recebeu o abraço e o carinhodos amigos de Piracicaba. À destacada os nossos parabéns.(Na foto: Aracy Duarte Ferrari autografando).

34 35 C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A ----------------------- ----------------------- C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A

MELHOR AMIGO DO HOMEM!

Sou fã número 1 dos quatro patas, tenho dois aqui em casae mais dois no interior do estado, que pega a bolinha quando chegamos e tudo mais. Sepudesse teria mais, mas soltos nas ruas é algo bem complicado e preferível não arriscar.Embora nunca tenha sido vítima, já vi algumas pessoas sendo mordidas em parques.Quando você passa correndo, o animal pode interpretar que você está fugindo e commedo. A elevada quantidade de cachorros abandonados pelas ruas de São Pauloliteralmente inferniza a vida dos moradores, especialmente na periferia da cidade.

Apesar de parecer uma questão simples, quem sente napele os incômodos da poluição sonora provocada por esses animais relata problemasque vão desde dificuldade para dormir durante a noite e a madrugada até o alto nível deestresse provocado pelo barulho constante. Além disso, os animais soltos representamum perigo a mais no trânsito. O barulho excessivo produzido por esses animais incomodasobremaneira quem tenta descansar depois de um dia cansativo de trabalho.

Para quem trabalha à noite, o problema é ainda maior, poisos cachorros passam o dia perambulando sem rumo pelas ruas, latindo, brigando entre sie instigando os animais presos nas garagens e telhados. Essa situação está virando uminferno. Mas, na prática, o direito a esse descanso merecido vem sendo tolhidoprogressivamente e o que é pior, sem a menor perspectiva de mudança. Alguém nessacidade tem que perceber que já é hora de cuidar desse problema.

Pelo amor de Deus, vamos iniciar uma campanha de controlede zoonoses para diminuir a quantidade de cachorros em São Paulo, que estão espalhadosem quantidade infernal pela cidade e causando uma poluição sonora insuportável. Oscachorros estão abandonados ou soltos, espalhados pelas calçadas e vias de trafego deveículos, causando ataques aos cidadãos e até acidentes de trânsito.

Cães abandonados nas ruas podem representar risco nãosó de doenças como também de ataques às pessoas. O que tem de ser feito é um trabalhode conscientização da posse responsável, com as pessoas tendo consciência do quesignifica ter um cachorro, para que não haja abandono e também pela adoção.

Acredito que com campanhas educativas e a castração,mesmo sendo os cães devolvidos às ruas, em quatro anos não haveria mais tantosperambulando pela cidade como se tem visto. Uma pesquisa de 2009 mostra que em SãoPaulo, 10 pessoas por hora foram atacadas por cães ferozes, o que dá uma média de 240por dia e 87.600 por ano. A população canina no país é simplesmente a segunda maior domundo, com cerca de 30 milhões, perdendo apenas para os EUA com cerca de 61 milhões.

O pior é que muitas pessoas abandonam seus cães na ruaquando vão viajar e não tem aonde os deixar, ou quando acham que não tem maiscondições de cuidar. Além de muito cruel e covarde, este ato é criminoso, pois de acordocom a Lei 9.605/98, abandono de animal é crime e a pena é de um a três meses de reclusão,ou multa de R$ 500 por animal abandonado. No mais, recomendo que cuidem muito bem

de seus animais, tratando-os com todo amor, carinho, atenção e nuncaesquecendo de sempre os levar para passear com coleira e guia.

Antonio Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP

antonio.neme@terra.com.br

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

baisa@matrix.com.br

INTERMINÁVEL COMO SABONETEVocê conseguiu terminar algum sabonete? Duvido. Quando

eles são em barra, sobram fatias finíssimas nos banheiros dos econômicos, ou seamontoam junto a outros de cores e aromas diversos nos banheiros dos desperdiçados.Mas não acabam. Do sabonete líquido fica quase um terço retido no frasco dosperdulários, ou ele se transforma num líquido ralo e quase sem espuma (porque misturado àágua) nos banheiros das mãos mais fechadas. E também dificilmente são usados até ofinal. Casamentos onde há filhos são mais ou menos assim: intermináveis. Quandoacabam bem, o que os eterniza são os traços, físicos ou de personalidade, dos filhos; asmanias, os gestos, a voz e outras características hereditárias.

Para os que terminam em litígio sobram explorações, calúnias,abusos, ameaças e um ressentimento eterno, maldizendo aqueles mesmos traços, físicosou de personalidade, que o pobre herdeiro ousou herdar do cônjuge detestado, ou docônjuge explorado. Dizem que quem pensa não casa e quem casa não pensa. Claro queesse pensamento é muito radical. Casamento, quando é bom, é a melhor coisa do mundo!É parceria, companhia, divisão, multiplicação e, sobretudo, soma.

Agora, quando esta união não tem bases sólidas, quandonenhum ou um dos dois não consegue renunciar a seu egocentrismo; ou quando valores,planos, metas são completamente díspares, o casamento se transforma numa sociedadefadada ao fracasso. Isso quando o nível não desce e aqueles beijos e abraços iniciais,embalados pelos hormônios, se transformam em pedradas e todo tipo de baixaria.

Seria muito bom que os jovens pensassem antes de ter filhos,que aquela união será eterna, mesmo que todos os juízes do mundo a anulem. Porquegenes e cromossomos não se anulam e, lá pelas tantas, surgirá, em cada geração, umpedacinho de cada um do casal inicial, por mais que eles se odeiem. Se do casamento,

feliz ou não, nasceram descendentes, é melhor tentar viver em paz,tentar uma conciliação possível, tentar um relacionamento mais próximodo amigável, porquanto esta união será, com certeza, interminávelcomo sabonete!

HISTÓRIAS CURTAS DE LOIOLA

Histórias custas com temas regionais traz este livro “Duro com duronão dá bom muro”, de Antonio Araújo Loiola, de Campo Maior/PI,Cadeira Moacyr de Oliveira Camponez do Brasil Sobrinho, da Área deLetras, da Galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dos EscritoresPiracicaba. Lançamento da Micro Arte Editora.Contato: (086)3252-2502.

36 37POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------

Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/SPinestafarelo@yahoo.com.br

Hugo Gonçalves RomaPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ

Hyêda Miranda CamposDecana/Rio Vermelho/MGladyeah2000@yahoo.com.br

O AMOR DECLARADOE O AMOR VERDADEIRO

Como é fácil se dizer:“Meu Deus, como eu te amo!”Dificil e, na verdade,trazer este sofrimentopleno, puro e sufocante,bem dentro do coração.Quase sempre a afirmaçãoé vazia e mentirosa.Ao contrário, o sentimentoé total e verdadeiro.Nao é preciso dizeraquilo que está nos olhos,nos gestos e no silênciode um amante apaixonado.Às vezes, por coincidência,poucas vezes, que se digaa palavra e o sentimentoressoam no mesmo tom.E quando isto acontecehá um reconhecimentode tudo o que se proclama,e os olhos, com as palavras,os gestos e o coraçãoconfessam toda a paixãoque se traz dentro do peito.

PENSAMENTO

Pelas ruas, a chuva molhou meu corpo.Como se o frio, pouco a pouco,Me despisse e me envolvesse.

Minha alma fria nada fez,Inerte, mórbida,Deixou que escapasse um pensamentoE o desejo insano de buscar você.

Você,Porque nenhum outro saberiaLer minhas fantasias,Nenhum corpo poderiaSer tão perfeito,Nenhum sonho poderia ser tão belo.

Quem, desconhecendo o amor,Poderia me dá-lo naquele momento?Mais que um desejo,Mais que um simples pensamento.

VAGOS MOMENTOS

Perdidos os sentimentos,por que vagar à procura do nada?Ilusões perdem-se a toda hora.O mundo é pequeninopara a busca do coraçio do homempreencher com o que não existe.Pequeninas coisas nos dão muita alegria,mas são vagos os momentosem que esquecemos do tempo,parado, soberbo,castigando nosso corpo,exigindo um turbilhão de coisas.O coração fica cansadode tantas preocupações,entrega-se aos compromissos exagerados,esquecendo-se de que para amarou dar carinho a alguém ê importante.Pequeninas coisas passam às vezes,mas quando nós acordamos,estamos procurando e vagandoem busca desse mesmo eu,que caminha ao nosso lado.

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

juzinhadiniz@hotmail.com

POETA

Quero escrever sobre uma obra de Deus

Quero escrever que tensO dom nas mãos e nas palavras.

tens o mundo na almaE alma na vida!

És forte como as ondasque se quebram nas rochas.Ou frágil como uma criança.

És a melodia tristede um pássaro na gaiola

Ou as notas festivasde uma canção em êxtase.

És o elo entre o sonhoe a realidadeEntre a vidae a morte.

És um poeta...

TALVEZ

O imponderável, o abstratoAgora também me compõem.Vivo dias de talvez!A certeza, agora, habita o espaço sideral,Não existindo de fato: é virtual.Talvez eu acorde amanhãDe um sono de curto descanso.Talvez eu não durma para não sonhar!Talvez, após a curva, eu veja o fim.Talvez, eu volte a dormir para sonhar,Talvez eu goze o sono do reparo,E acorde na primavera...Talvez...

Lauro TeixeiraPraeclarus/Itajubá/MG

biglauro@oi.com.br

PROPOSTA

Viveré caminhar sempre, sem jamais cederà pretensão de haver chegado

E ser para os companheirosde jornadaolhar de ternuravoz de esperançamãos de socorro

Morrer é apenasmais uma ilusão dos sentidos.Estaremos caminhandona larga estrada real.

Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/RSnadirsdias@yahoo.com.br

Cecília Cosentino FrancoConselho/S. José Rio Preto/SP

fazturquia@terra.com.br

SOLEDADE

Nos meus olhosde meninoVejo longe o alvorecerE o jeito simples de serNaquela imensidãoVerdejante dos pagosQue hoje jánão são maisSenãosaudade do que se foi

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

Karina Lima dos SantosDecana/Piracicaba/SP

karinalimasantos@hotmail.comJosé Nogueira da CostaAssinante/Itajubá/MG

Jose Arantes JuniorColegiado/Guarulhos/SPfenixlumini@bol.com.br

Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

s.iva@terra.com.br

Irene Zanette de CastañedaPraeclarus/São Carlos/SP

irene@power.ufscar.br

SOU DIFERENTE

Abro-me a mim mesma e me espantoCom o que vejo e me inflamoHá coração aberto, enlouquecido Aos gritos pulsantes de amor á vidaAos pobres sem eira nem beiraAos solitários esquecidosAos sem teto pedintes sem vozEsmagados pela ganânciaDos que têm muito e nada dãoHá um coração quechora a dor dos exploradosDos enganados por políticos psicopatasHá um coração que ama as criançasCom vontade de brincar ao ar livreLonge das prisões internasDe casas temerosas de ladrões do sossegoHá um coração que bate, que pulsa,que grita a dor de outrora agora

NÓ

Fazer o que se gosta,É o mais importante na vida,Viver sempre sorrindo,Junto às pessoas conhecidas.

Tudo na vida tem limites,Todos sabem, não é novidade,Mas a alegria constante,É a fonte da nossa felicidade.

Dinheiro é faca de dois gumesE nem sempre nos ajuda,Demais é um problemão,Se falta, é um Deus nos acuda.

A alimentação é a primeiracoisa,A saúde é o que mais interessa,O resto, vem ao natural,Com trabalho, sem ter pressa.

Encontrar o sentido da vida,Talvez seja o nó da questão.O caminho é acreditar em DeusE, em tudo, prestar atenção.

A PRESERVAÇÃO DAS VIRTUDES

O que dizer de um pobre sem adulação,E de um rico sem a nociva arrogância?Confúcio respondeu após sua reflexão:Muito bom mas há melhor concordância;

Como o caso do pobre que tem alegria,E do rico que demonstra consideração,Pois a pobreza não alijou a harmoniaE a riqueza não promoveu a presunção;

Talhar jade e polir pedras ou marfimNão trás a mesma idéia e o mesmo fim?Lógico, estás apto para um confronto!

Não te agastes por teus merecimentos,Mas preocupa-te ainda ao mesmo tempoSe não reconheces o valor dos outros.

A HONESTIDADE

Querido filho, escute o meu conselho!Você pode passar dificuldadeE até pedir favores de joelhoMas não despreze nunca a honestidade.

O seu pai tenha sempre por espelho!Já tive dias de infelicidadeMas nunca fui taxado de fedelho,Jamais usei com outros de maldade.

O pouco ou quase nada que hoje tenhoFruto é de meu labor, de meu empenho,Nunca um tostão furtei do semelhante.

Eu posso, nesta vida. passar fome,Minha fama, no entanto, meu bom nomeHá de sempre brilhar qual um diamante.

PERDÃO INTIMO

Pegaste tua ilusão e meFizeste de molduraNão quero mais olhar à frestaDe portas entreabertasVou escancarar as janelasDo meu peitoPara que o ar de dentroPossa fugirE os sonhos de fora nãoFiquem mais amontoadosNa soleira desse absurdo

Tu não és o menino que me tomouNem o super-homem que inventeiAs cores de teu ego deixaramMinhas águas turvasMas minhas mãos não trememMais diante de tiEstão agora abertasPara colher flores

Tua canção desafinouMinha menteE meu carrossel de errosJá tilinta doceAprendi a plantar osAcentos nas palavrasE a ouvir os trovõesVindos do fundo da terra

Teus olhos apagaram osSons de minha bocaMas meus gritos salvaramMeu caminhoAgora minhas trilhas azuis, rEspiram...

Tu não és o menino que me tomouNem o super-homem que inventeiMas te perdôo, fui eu que pequei...

BÁLSAMO

Quando a amada vem e me estende a mão,Torna muito melhor meu dia-a-dia.Só ela me dá enorme alegriaE, também, reconfortante emoção.

A amada me dá a máxima atenção,Me acalenta com voz doce, macia,Eu sinto seu amor como magia,Um bálsamo para o meu coração.

Se ela faz tudo isso porque quer,Porque me ama e endente do mister,Convicta e senhora do seu eu,

Eu digo que me peça o que quiser,Pois, somente, em ser minha, e ser mulher,É dádiva mor que o mundo me deu.

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

delkeid@yahoo.com.br

4140 C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A ----------------------- -----------------------

Camilo Irineu Quartarollo Conselho/Piracicaba/SP

camilo.i@ig.com.br

O RELÓGIO

O tio L.T, suas iniciais, mas o chamo de Lete, colecionavacoisas e histórias. Começava e aí vinha o inventário de memórias e amontoados doporão. Tartamudeava por minutos vazios, de tênues porquês.

Vi reluzir um metal em sua cintura, um instrumento deprecisão, aço puro, engrenagens, molas sem fadiga, que marcava o eterno ciclo dotempo. Então levantou pelas correntes douradas e finas o estojo arredondado das horasprecisas. Um autêntico relógio de marca.

Na infância eu quebrava brinquedos e ainda não realizara odesejo de ver “com as mãos” um relógio por dentro. Aquelas engrenagens virandooutras de vários formatos e tamanhos, num ajuste perfeito.

Meu pai jamais dera um em minha mão, mas mostrava o daparede e me acalmava com aquele brinquedo de adultos chamado de “téi-téi”, não sabiaainda que “não era uma espécie de grilo”.

Lembro-me de que o tio ficava virando um dispositivo norelógio, pondo-o na orelha vez ou outra. Era isso que fazia à noite antes de dormir. Olheina sua mão e rapidamente guardou o relógio dentro de um bolso próprio na calça, antesde verificar as horas e de que eu ia fizesse perguntas.

Então contou de um relógio carrilhão que veio no navio, depêndulos dourados. Não vi nenhum dentre os guardados no porão. Fora roubado, disseentristecido. O ladrão noturno levou a raridade. Somente o relógio fora levado, apesar deenorme. Caiu-lhe uma lágrima que se conteve num sumidouro de emoções.

Não era de chorar e disfarçava perto de crianças. Num temposem automóveis, não o carregariam por muito longe; porém ninguém viu o enormerelógio por vinte anos. Vinte anos!

As casas e toda região vasculhadas pela polícia em buscado raro objeto, de valor sentimental, de cuja caixa cantavam pássaros mecânicos, diferentesa cada hora. E...? Fora deixado no mato pelo ladrão. Vinte anos no relento.

Sob chuva e sol. No mato, ali perto e ninguém o viucamuflado na vegetação, numa forquilha de pau-brasil, em perfeito estado de uso econservação. O relógio estava intacto, a madeira não se estragara, ficou mais forte e orelógio marcava horas nesses vinte anos, inclusive as de horário de verão.

Como? Com o balouçar do vento, acionava o pêndulo quemovimentava as engrenagens do relógio, marcava as horas...

Pobre tio, como o relógio roubado são ossonhos, e este texto como a miniatura das horas, que vou acertando ànoite...

O ESCULTOR DE PALAVRAS

O escultor produz sua obra a partir da matéria-prima concreta.O escultor de palavras compõe a sua arte através da matéria não física, se vale da palavraescrita para expressar suas emoções. Suas coragem, como Castro Alves, ao recitar opoema Navio Negreiro a contragosto de fazendeiros que submetiam os negros àescravidão. O ato de escrever consiste em soltar-se para o mundo.

Trazer os sentimentos do coração ao papel não é uma tarefasempre fácil, é preciso acreditar nas causas que defende, é necessário saber mostrar asua essência, pois quem escreve expõe o seu estilo e, sobretudo, a sua alma.

José de Alencar, o precursor do romantismo no Brasil,escreveu seus romances indigenistas O Guarani e Iracema, numa época em que seuscontemporâneos brasileiros escreviam como se vivessem em Portugal. Alencar valorizouos do seu tempo e da sua terra. O idílio de Martim com Iracema pode ser entendido comoconversa de Alencar com seus conterrâneos.

Sem dúvida, um belo exemplo de amor à terra natal. Quemescreve, sabe que pode narrar fielmente uma história, sem, no entanto, abrir mão daliberdade de artista. A escritora e educadora Cecília Meireles, ao escrever Romanceiro

da Inconfidência deixa isto bem claro, ao afirmar “Liberdade, essa palavra que o sonho

humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”Dentro de sua liberdade poética, o escritor busca sempre a

perfeição técnica, mesmo que escreva sobre as coisas simples do cotidiano, como soubefazer com eficiência o escritor Mário Quintana, em Sapato Florido.

Há os que se imortalizaram escrevendo para crianças, comoMonteiro Lobato. O Sítio do Pica-Pau Amarelo encanta por sua criatividade e leveza.Outros usaram as palavras para construir uma análise profunda e realista do ser humano,destacando suas qualidades e defeitos, como acontece em Dom Casmurro, obra-primade Machado de Assis. Carlos Drummond de Andrade, ao imprimir o seu pensamentoatravés da escrita, retratou os conflitos sociais, a família e os amigos, a existência humana.

Seus poemas Canção de Berço e Os ombros suportam o

mundo, são centelhas da alma do poeta de Itabira. Portanto, quem escreve, traz no peitoa sensibilidade latejante. E neste terreno fértil de pensamentos germinam as idéias eflorescem as produções. O saber é dividido, o conhecimento é compartilhado e ganha omundo a plantar novas sementes. Como eu, aqui entre vocês.

Tenho a honra e a oportunidade de deixar minhas emoçõesse juntar às suas neste momento de congraçamento onde a colheita literária é farta, a

palavra ganha vida e se propaga numa cadeia ininterrupta e progressiva.É, meus amigos, escrever nem sempre é fácil, mas apaixona e contagia.

Maria de Lourdes Maia GonçalvesColegiado/Itajubá/MG

mlmaiagoncalves@yahoo.com.br

42 43POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL--------------------------------------------------------------------------------

Leyda Tubino AbelinPraeclarus/Porto Alegre/RS nancicechella@hotmail.com

Lígia Antunes LeivasColegiado/Pelotas/RS

liluleivas@yahoo.com.br

Leinecy Pereira DornelesColegiado/Rio Grande/RS

leinecy@vetorial.net

Levy Leal de SouzaPraeclarus/Cotia/SP

levydesousa@yahoo.com.br

MEU PORTO SEGURO

És uma estranha nave, que ancorou,junto ao cais de minha vida.Viestes de longe,de distâncias ignoradas.Correstes solidões adormecidas,os ventos que te impeliram,já pararam,e as ondas remotas que sulcaste,entre sargaços verdese espumas brancas,já desfaleceram...E ficaram perdidasnoutras noites.E as estrelas sem fim quete iluminaram,já perderam todo o brilhoe se esconderam,atrás de nuvens, quete tiraram as lindas cores.Viestes e te quedaste à sombra,do meu silêncio...E, aqui sobre a água mansae recolhida,tu me és a sugestão indefinidade tudo...De tudo em teu ser, que ficou distante,de minha vida.E quando me supões maisausente de ti de alma diluída,na infecunda tristezade mim mesma,é quando mais te sonho...Pois é...Quanto mais mergulhada , estouno teu mistério...Teu mistério de nave de outros mares,que ancorou junto ao cais de minha vida,e, que aos poucos foi se transformando,de repente, em meu porto seguro.Sim porto... Meu porto seguro,de amor, carinho e felicidade...

TANTAS OPRESSÕES

Senhor! São tantas opressões,são muitos que pereceme outros se enobrecem,são tantos maltratadose outros bem cuidados.

Porque tantos desfalecem?Crianças morrendo esquecidas,

velhice-abandono-esconder,e muitos mergulhados no prazer,

não enxergam os que estão prestes a morrer.

São tantos caminhos errados,são dores, tristezas, desavenças e pecados,são doenças e guerras por todos os lados,

são traumas e remorsos guardados,são loucuras e assassínios gerados.

Senhor! São tantas opressões,são torturas, reais extinções,são cobaias das civilizações,são poucos tendo bilhões,

são muitos oprimidos, aos montões.

São tantas prisões...São tantas indefinições...

São tantos que não amam...São tantas opressões...

VENTOS DE  GRATIDÃO. Terra molhadaChuva n’almaChuva recordaçãoChuva alegriaChuva saudadeChuva emoção.Dia abriu portasDos sentimentosPara todos os ventosDo passado, bendiçãoMuitas PrimaverasReencontros, comunicaçãoMelodias de outroraLuzes, mil auroras.CriançasCirandas, brinquedosCantares, folguedosTravessuras, vivênciasCorações aconchegadosDedicação, desvelo.No entardecerSempre sonhandoSegredo lembrando.PortasJanelas abertasRecebendo, levandoFrescor de outonoMaturidade, velhiceVidas recordando.Quantas quimeras!MensagensRamos de OliveiraPomba da pazVentos acalentandoRenascimento.

O SABOR DA NOITE

A noite saboreia-se a si mesma.Não para...

Ansiosa, procura um sonho...último desejo de saciar-se em seus devaneios.

— Ficar só?... nunca!Sai pelas ruas.

Entra onde parece achar guarida.Senta. Um lugar comum

...a mesa, o balcão, o banco, um bar qualquer.Ao fundo, Sinatra e “My way”,

Ellis numa canção cujo título se perdeu.Tipos variados transitam no espaço exíguo.

Cada qual traz na face a palavra não-dita,reflexo mudo do que lhe vai na alma, no coração.

A noite voltará amanhã...tantos outros (des)encantos.

A solidão refaz-se sem mudanças.

MÃES, CORAÇÕES NOBRES

Toda mãe possui riqueza,mesmo sendo muito pobre,na alegria ou na tristezao seu coração é nobre.

Sim, se ela é muito pobre,se muito pouco ela come,é para que sempre sobree dos filhos mate a fome.

Se a mãe, mesmo doente,chega a esquecer sua dorpara acudir o seu entecom todo o carinho e amor...

A todos sempre cativaenfrentando o dia-a-dia.Sua data tão festivasaudaremos com alegria!

Miguel GonzalesAssinante/São Bernardo/SP

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Lino VittiPríncipe dos Poetas de Piracicaba

poetalinovitti@ig.com.br

Maria de Lourdes Prata GarciaAssinante/Bragança Paulista/SP

lola@pratagarcia.com

FIM DE SEMANA

É domingo amanhã... Mais um fim de semana...É a vida que se esvai, tão bela e tão querida!Semana após semana, oh! que ordem soberana,Adoro eu, amas tu...Oh! como é boa a vida!

Muita felicidade eu vejo que dimanaDo sonhado prazer que a riqueza convida...Eu digo: como é bom; tu dizes, que bacana!...Todos dizem porém: tão curta e resumida!...

Fim de semana é triste e o poeta bisonho,Que só sabe rimar seu tresloucado sonhoE louvar o que é nada e cantar o que é vão,

Deixa aqui seu recado aos amigos queridos:“fim de semana” foi em nossos tempos idosdia de muito amor, dia do coração.

ANÚNCIO NOS CLASSIFICADOS

A quem possuir, de verdade,olhos de ver o verdeouvidos de ouvir silêncios,língua capaz de emudecer,pele sedenta de ar,olfato de romantizar odores,tato para agradar flores,

oferece-se oportunidadepara toda e qualquer idadede, na poeira, esboçar belos desenhos;de, na chuva, refrescar afazeres;de, ao vento, dispersar preocupações;de, com pedras, produzir esculturas;de, na solidão, gerar versos.

e, com muita dignidade,em alta espiritualidade,ficar íntimo da natureza,envolto em pura beleza.

SE TE AMEI Se um dia eu te amei, é certo que já nem sei. Andei nas nuvens, viajei no cosmos, contei estrelas. Cheguei a tê-las.   Senti perfumes, deixei queixumes, cedi espaços, busquei abraços e divaguei. Teci saudades, tive vontades, fiz meus planos. Cavei enganos. E nessa vala desfiz a mala,me fiz farrapos, guardei os trapos, e chorei.  Ergui os ombros por sobre escombros. Espiei o mundo,respirando fundo.   Deixei meu pranto de desencanto, tapei a ferida, confiei-me à vida e levantei. E, se um dia  eu te amei,— é certo que já nem sei.

Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

silviamunhoz.brasil@hotmail.com

Maria de Lourdes Lima GazettaColegiado/Itápolis/SPmd.gazetta@bol.com.br

HOMEM 2000

Homem dois mil dos sonhos floridos.Que navega e sabe navegar.Pelos mares da vida.E também nas avenidas.Onde não existe o mar.

Náutilo contemporâneoQue encerra em suas investidas,Esperanças ,e múltiplos desenganos.Em cada faceta sua eu vejo:Dualidade de amor e paz.Amores recônditos, música suave.Luta voraz...

Homem que ri com alegria.Sente euforia, também sabe chorar.Ao ver um pequeno ao lixo atirado.Pobre infante!Recém chegado ao mundodos humanos,inconseqüentes...Que devem aprender a ser gente.Ser amado e muito amar...

Homem forte do segundo milênio.Ser audaz!Não compactua com injustiças.Vibra e clama por igualdade.Foge às garras da servidão.Suspira por um pedaço de terra.Onde possa pousar a enxada,Assentar a família;E dar-lhe o pão.

O ÚLTIMO DIA

Eis a escola pequena.Eis o mestre na sala.Inicia o labor.É um dia felizA meninada canta.A hora voa.É um dia risonho.Soa o sinal.Eis o recreio.A turba é ruidosa.Grita, corre, ri.Soa o sinal.Cessa a balburdia.Canta o silencio.O mestre labora.A meninada avança.

A hora se arrasta.O murmúrio é constante.O sinal soa.A turba se alvoroça.Na despedida, abraços.É férias afinal

Maria Nazaré de Mello FrancoPraeclarus/Piracicaba/SPleandrobaptista@gmail.com

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

amorrp@superig.com.br

ORQUESTRA INVISÍVEL

Se todo ser humanoImprescindisse daExcelência do amor...Não haveria briga.Nem discussãoNem separação...Pois o verdadeiro amorConstrange...Comove...Transforma...Enleva... E transportaPara um céu azul infinitoOnde se convive comUma paz profunda ao somDa melodia de umaOrquestra invisível,Chamada amor!

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Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

malu818@hotmail.com

O ENTARDECER E A VIDA

Um lindo entardecerNo céu milhões de cores...O transpor de um ser humano,No coração uma bela história...Nos olhos, uma lágrimaNo limite da emoção...Fecha-se uma portaAbre-se um portão...Os caminhos São etéreosContaminam o coração...O que importa agora... é a açãoO que importa agoraÉ o que se traz nas mãos:Riquezas, apenas as do coração,Recursos saídos, contabilizados,Sentimentos... responsabilizadosAtitudes para com o teu irmão...Fizeste tudo dentro dos limitesQue tua consciência permitia?O entardecer é o descanso de outro dia.Uma nova vida que se anunciaDescansa o corpo, que a alma irradia...

Luiz Antonio Pereira da SilvaPraeclarus/Capivari/SP

luispereira4561@yahoo.com.br

Marialzira PerestrelloColegiado/Rio de Janeiro/RJ

marialziraperestrello1@bol.com.br

Magali Lovatto do NascimentoPraeclarus/Manduri/SP

megh37@hotmail.comNeida Rocha Wobeto

Praeclarus/Canoas/RSneidarocha@terra.com.br

Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

lubanet@brturbo.com.br

TODA MULHER CEDERÁ

Não desanima frente às negativasDe uma bela mulher que te desdenha.Desculpas, nada mais são que evasivas...Não é perdida a batalha ferrenha.

Não te retraias frente às defensivas,Pois, para abri-las, basta ter a senha.Precisa nada mais que iniciativasPara vencer a luta em que se embrenha.

Como um guerreiro, avança com destreza,Bramindo a espada nua irresistívelQue ao penetrá-la com delicadezaToca fundo o seu coração sensível.Vence a guerra do amor sem violência...

Mas, se falhares, não percas paciênciaAo perceber que ela não cederá...Nada mais há neste mundo que impeçaQue supliques! Que chores! Implora e peça.Toda mulher que nega, se dará!

FUGA LISTA DE COMPRAS

Minha filha: fazer lista de comprasÉ um pé no saco, pura chateação!Por isso, resolvi de uma vez,colocarUm fim nessa flagelação!Aqui segue, em poesia,Uma doméstica relação.Comece pela cozinha:Veja se tem sabão.Esponja, paninho, sapólio,Fósforos e esfregão.Passe ao banheiro e abraUma por uma das gavetas eA porta do armarinho:tem sabonete, xampu, pasta,E creme para o seu cabelinho?Não se esqueça da cera,Da água de lavadeira,E também do sabão em pó;Amaciante para as roupas e a comidaDo seu gatinho, o Bó.A ração da bicharada;O pão, a mussarela e a marmelada...Coco ralado, para o bom-bocado,E o leite, para o seu namorado...Não se esqueça do macarrão: tomates,Molho e queijo parmesão.De óleo também vou precisar;Fermento e farinha,Para petiscos preparar.Nem preciso falar: gostosuras,Para nossas boquinhas agradar;Bolachas, balas, salgadinhos,E tudo o que os seus olhinhosInventarem de cobiçar!Coloque também na lista umVidro de adoçante:Calorias é sempre bom cortar...PS :margarina, ovos e papelHigiênico; sei lá,Acho que não me esqueci de nada...

HISTÓRIA DE AMOR

Foge pássaro, foge deste porvir...Foge deste imenso mar!...É que nas claras ondas do mar,Sempre há um a caçar...Foge pássaro, foge desta desgraçaFoge deste perigoso mar!...Pois, mesmo em meio à tempestade.Sempre há um a nadar...Foge pássaro, foge desse castigoFoge deste ébrio mar!...Pois mesmo em tardes tranqüilasSempre há loiras a banhar...Foge pássaro, foge deste folgar,Pois aprendi com esse mar...Que na vida, não há lugarPara quem só sabe amar...

Era uma vez um príncipe.Era uma vez um Sapo.Era uma vez uma Princesa.Cada qual tinha seus sonhos.Seus caminhos se cruzaram.O Sapo virou Príncipe.O Príncipe envelheceu.A Princesa virou Rainha.Seus sonhos foram esquecidos.A vida passou.Cada qual em seu mundo,buscava ser feliz.O tempo passou.Suas vidas se cruzaram.A Rainha calava.O Príncipe julgava.O Sapo cresceu,encontrou a Rainha,declarou seu amore fez dela sua Princesa,pois tudo o que ele podiaera oferecer seu amor juvenil.

POR QUE TE PERDICOMPANHEIRO

Por que te perdimeu homem, meu amigo?

Íamos de mãos dadas pela vida.Um raio te colheu e fulminouFiquei sozinha, na estrada.

Alvejada, me ergui.Erguida volto a viver.Procuro-te, adivinho-te.E.Não posso esperar-te.

É de uma sutil beleza,o pôr-do-sol sobre o mar...Ondas rubras, com leveza,na areia vêm se espraiar!

TROVA

Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

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Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP hangelini@terra.com.br

Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG

miltonmariano@uol.com.br

Marcos Costa FilhoConselho/Rio Grande/RS

marpoeta.papareia@terra.com.br

MINHA PÁTRIA DO FUTURO

Nasci num gigante belo! Primoroso!De tudo ele tem, até mesmo não se sabeo quê de muitas coisas, dado à diversidade.Mas pra lá de sério, é por demais jocoso.

As mata verdejantes, frondosas e imensasainda existem. E as derrubadas persistem,criando lacunas, tão grandes e não vistas.Ganâncias avassaladoras, no estrago persistem.

Que tempo já faz, as matas eram tão densas.Hoje, a extensa terra nua, justifica a conquista.Riquezas tantas, minério, fauna e flora,cantadas em pelos versos e ufana prosa,lembram-me dos anos idos de minha infância.

E foi tanta cantoria que ficou na distancia,em meus lembrares, promessas grandiloquentesde dias futuros esplendorosos,ilimitados, fulgurantes.Oh!... Gigante, do mais lindoberço esplêndido.Adoro-te desde que o teu chãotive ao nascer.Mas, carrego até hoje neste longo vivero florão da América somente no prometido.

Canto tuas glórias, chão verde e céu de anil.Sei de tuas riquezas, amarelo ouro, ouro mesmo.O estrelado globo azul com belo lema enfaixado,marcou minha geração, minada de promessas mil.Nos tempos de hoje, tantasfalácias repetem a esmo,às novas gerações tudo, tudo igualàs gafes do passado.

Não levarei desta vida quando eu for embora:Oh!... Gigante, o ufanismo dever a América sob teu clarão.Recolhido ao berço esplêndido, no fim da jornada,terás a mim, não sei a que hora,em teu seio, ó Pátria amada!Mas, habitaste sempre meu coração!

LICITAÇÕES FRAUDULENTAS

Eu não quero ser MinistroEu não quero ser Ministro,Eu não quero me envolverSó em negócio ilícitoE depois ser demitidoSendo bode expiatórioDas licitações fraudulentasDas verbas desviadasE que não foram devolvidasE eu que pagarei o patoDestas cousas tão nojentas.O governo não descobre o ratoQue embolsou tantos milhões.Como pode prender alguémSe ele está preso nos grilhõesDe todas estas corrupções?Eu não quero ser MinistroNo meio de tantos ladrões.Eu não quero ser Ministro!

SILÊNCIO

O velho relógio de paredeQueda-se num silêncio profundoE o silêncio da solidãoEscorre pela sala deserta...Vou ao quintal verdejanteE as rosas continuam lá,Serenas e compenetradas.Será que as rosas não falam,Só exalam perfume, Cartola?Pois eu me aproximei delasE parece que ouviMe perguntarem, em coro,Por que demorei tanto a voltar...Uma lágrima teimosaEscorreu no meu rostoE fiquei ali, parado e perplexo,Num silêncio triste,Muito triste. Eu e as rosas.

Marcus Vinicius de MoraesPraeclarus/Poços de Caldas/MG

moraesdemv@hotmail.com

QUANDO EU MORRER...

Quando eu morrer, não chorem por mim.Eu não morri em vão!Em cada raio de sol,No cantar dos pássaros,No suave bailado das borboletas,No riso alegre de uma criança,Na força da palavra e na ternura de um gesto;Como nos meus singelos e sentidos versos eNos livros que tanto ameiEu estarei presente...Como a luz que não respeita barreiras;E, tal qual o amor que não conhece fronteiras,A minha imagem permanecerá para sempre...

VIVENDO A CHORAR

“Ai!Ai!Iái!” por que vive a chorá?Chorando você me entristeceEu sei que um dia chegaráQue terá tudo o que merece...

O merecimentoÉ Deus quem dáPor isso, em nenhum momentoEle por nada nos deixará.

Esse é o meu pensamentoQue vivo sempre a pensar:Por pior que seja o sofrimentoUm dia ele vai passar.

Pensando em DeusComo sou feliz!Por desvelos SeusEle mesmo me diz.

É no romper da auroraQue boto pra foraO que da noite ficouNão me lembro por lembrarE quando fico a pensarQuanto Ele me ajudou!

Nelson PolizelConselho/Piracicaba/SP

COMO SE UM TANGO BASTASSE

Nem sempre “frio en’el alma”;às vezes fogo no peito.Nem sempre o prazer e a calma;às vezes, a dor e o amor mal feito.

Nem sempre “lábios calientes” ;às vezes, dentes cerrados.Um sibilar de serpente.Um veneno inesperado.

Nem sempre mãos de veludo;às vezes garras e dentes;um rio alagando tudo,ondas “rompendo corrientes”.

E, como se um tango bastasse,saímos bailando “por el salon”,como se nada importassealém dos acordes “d’el bandonion”.

Paulo FrancoTitular/Rio de Janeiro/RJpauloanchietta@oi.com.br

50 51POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------------------------------- ----------------------------------------

Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/SPprofpauloneme@terra.com.br

Raimunda Lucena StrehlerColegiado/Sobradinho/DF

ray_lucena_strehler@terra.com.br Marcelo de Oliveira SouzaTitular/Salvador/BA

marceloosouzasom@hotmail.com

Menejú de Barros LinsColegiado/São Pedro/SP

menejulins@gmail.com

PENSAMENTOS EM V ÔOS

Pensamentos em vôos.Repentinamente povoamo espaço.A beleza que se abresentase confundecom a via-láctea a clarearas brumas do firmamento.Magníficas paisagensque embevecem o espíritoestimulando o alçar mais,e cada vez mais,dos vôos, sempre em direçãoao infinito imprevisível...Uma brisa suave acariciaa alma em êxtase.Uma melodia, ou muitas melodias,pressupondoviolinos divinos, celestiais.O perfume exalante tonifica o ambiente velozfixando-se na memóriados pensamentos.

OS BONS AMIGOS

Procure ter bondosos amigos,que você será muito feliz,eles nos alertam dos perigos,e nos conforta com tudo que diz.

O bom amigo sempre está por perto,é um fiel, puro e sincero defensor.O bom amigo tem um, coração aberto,de sua encantável alma jorra amor.

Sem amigo é muito difícil viver,o amigo nos estende sempre as mãos,ele sente imenso e intenso prazer,pois nos enxerga como irmão.

Com um bom amigo enfrentamos a vida,jamais, nunca será um vil traiçoeiro,é detentor de uma alma alegre e querida,é um ser humano muito verdadeiro.

O SILENCIO

Muitas vezes te vejoAo meu lado,Inquieto.Outras vezes,O silêncio da noite nos envolve,Mágico.Sei que estás comigoSem nuvens no olhar,Nem mágoas que afogar.Amanhece.Vejo com alegria a claridadePenetrar de leve nosso espaço,Espaço que é só nosso.Dormes ainda!Tua silhueta se impõeNa penumbra...Não estou só.Juntos vivemos o momento,Juntos relembramosTempos idos e vividos,Olhamos os objetosQue nos rodeiamE pressentimos o tempo fluir,Juntos.

NOITE DE LUAR

Na noite de luarPasso a me lembrar

De quando te encontreiCom o brilho lunar

Nesse rosto lindo a iluminar.

Te olhei e fiteiFicando a murmurar

Linda! Linda!Com você vou me casar!

No sertão sofrido e quase desertoA lua comanda os amantesIluminando os meus olhos

Como diamantesApontando-os para o

Caminho certeiroSelando um amor verdadeiro.

Essa inesquecível noite de luarDe tantas histórias e amores

Ficará para sempre na minha menteNão somente

Porque esse momento vivi intensamenteÈ porque numa mesma noite de luar

Passei a viver novamenteMovido pelo teu olhar!

TEXTOS TRAÇAM OS DILEMAS DAS JUVENTUDES

Textos organizados por Janice Tirelli Pontes de Sousa e por LuizAntonio Groppo, de Piracicaba/SP, Cadeira Yolanda Evangelista deMoura, da Área de Ciências, do Colegiado Acadêmico do Clube dosEscritores Piracicaba, é este “Dilemas e Contestações das Juventudes”.Lançamento da Editora Em Debate. Contato com os autores:luis.groppo@am.unisal.br

CRENÇAS

Reafirmo a descrençano regressono progressono anverso do bilheteescrito no estertor do espírito

prefiro crer na indolênciacaseira dos profetas:

no livro reabertonos dias de raciocíniosintransigentes em defesa do futuro.

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

pedro_dubois@terra.com.br

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

ritavelosa@bol.com.br

PARTIDA

Quem parte, leva o muito que ficou,O pouco que restou de tudo que ganhou.Quem parte, muito deixa do que deu... Leva parte do que prometeu.

As ondas que batem na praia,São como a vinda e a ida,Que a vida provoca, e ensaia.Areia vai, parte fica, é a partida.

Partida querida, partida forjada,Partida pensada, partida chorada;O começo sofrido da solidão sentida;Depois...a sensação da sina cumprida.

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Marilza de Fátima RezendePraeclarus/Guará/DF

marilzarezende@gmail.com

ALGUÉM

Praia, sol e mar.As grandes paixões,Num desejo de encontrarAo longe seus sonhos eOutra vez resgatar as emoções.

Revirar a vidaInteira, e tranqüiloCastrar seus anseiosPor vezes impulsivos.Retrata um perfilCom poucos devaneiosOu quem sabe até sutil.

De analista a pintorEm dados e telas com rigor.Bon vivant .As vezes é.Reprime as vontadesDa razão e do coração.As vezes inconstanteSem limite, sem intenção.“Somos maiores doQue nossos medos e fracassos”.

VERDADES ESCONDIDAS

Minh’alma de poetaMeu peito de solidão

Meu sorriso engrandecidoQuando sinto na pele tuas mãos,

Minhas lágrimas estreitasLargo rio de correnteza

Minha alegria se desmanchaQuando encontra a tua tristeza.

Minhas noites tão eternasMinha angústia vã e certaTúneis longos na caverna

Encontros de alerta,Meu devaneio, último suspiro

Minha loucura e desvarioAr denso que respiro

Densa sutileza vil.Minhas veias ensangüentadas

Fervem meu corpoE minhas entranhas

Eis tua mulher amadaNão te recolhes nem te estranhas,

Que o sono infinito tu não me tragasQue não faças notas de ingratidão

Busca-me minha doce farsaNão me transpareça amor não.

Minha nova fantasiaMinha máscara de gesso pintada

Buscar-me-ei dentro de tiPra ninguém ver quem carrego nessa estrada!!

Mirian CuryColegiado/São Carlos/SPcurymirian@yahoo.com.br

ESPERANÇA

Por um bom tempo,Folhas Persistem em secar.Já falecidas no chão,Mostram a modificação.No vento, no mar, é fácil!Vejo-as navegar.

As lagrimas deslizam.As folhas umedecem.Secas e por cantos caídas,

Mudas não se revelam.O coração as acolhe,Desconfiando do esperado.Firme prevalece,Nada o intimida.E a esperança agradece as folhasA virtude de um dia que brilha.

Patribel Sheila MellegaDecana/Piracicaba/SP

belmellega@hotmail.com

Reginaldo Honório da SilvaDecano/Rio Claro/SP

honorio@polmil.sp.gov.br

Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

reginaldoalbuquerque@uol.com.br

VITÓRIA-RÉGIA

Diz que era uma florzinha tão mimosacrescida às margens de sereno lago,que enamorado num encanto mago,cortejava-a imodesto e sempre prosa.

“Ai, flor, vem como a espuma maliciosanadar sob a meiguice de um afago...Vem conhecer do afeto que ora trago!”“Deixa-me!” Afugentava-o receosa.

Mas eis que o vento, em tarde embalsamada,vem com intenso sopro arremessá-lana água fria, que sorve ao fundo a amada...

E um anjo azul deixando o lar celeste,bem transmudou, com perfeição e gala,na ímpar vitória-régia a flor agreste.

QUANDO PENSAM POR MIM

Quando pensam por mimDizem o que eu não digoSentem o que eu não sintoAduzem o que eu não aduzoMentem o que eu não minto

Quando pensam por mimSupõem o que eu não supusTraduzem o que não seiSentem o que não sentiPensam o que não pensei

Quando pensam por mimPõem-me burro de mim mesmoSe é que famigerado quadrúpedeRealmente burro éPensando bem!

Victória FalavignaConselho/Porto Alegre/RS

victoriafalavigna@yahoo.com.br

Maria Luiza de M. MarinhoDecana/Rio de Janeiro/RJml.marnho@terra.com.br

SE O AMOR FALTASSE Se de amor tivesse faltafecharia meus braçosamordaçaria meu sentire pensaria em você

Mas o tendo a meu ladodeste amor não tenho ausênciapois que completa meus diase seqüestra meu dormir

Não me importa o frioo calor não me aborreceo amanhecer é sempre luze a noite meu louvor

Saúdo este meu amorque cultivo com paixãovocê sendo minha prendae eu sua sempre prisioneira .

MAGIA

A vida é uma grande magia,onde rir, brincar,pular e dançarsão importantese muito lindos.A vida é um encantador luarque nos iluminae nos faz felizes, tri legal!.

54 55 C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A----------------------------------------- ------------------------

NOS SEUS BRAÇOS

Eu fecho os olhosE imagino você aqui.O seu calor posso sentir.

Sua respiração está ofegante,Seu coração bate acelerado,Isso em apenas um instanteEm que estou ao seu lado.

Nos braços você me pegaE um doce beijo posso provar.Sei que é apenas um sonho,Porém, não quero acordar.

Esse é o momento maisLindo que já vivi.De um jeito faceiro você sorri.Entrego-me a essa emoção.Agora somos um só coração.

Não, não quero acordar.Quero para sempre juntoDo meu amor ficar.Para que a felicidade jamais tenha fimEu só preciso ter você assim:De corpo e alma se entregando a mim.

Não, não vou acordar.Antes eu preciso te amar.Nesse momento, tudo posso.Afinal, estou apenas sonhando,E nos seus braços me deliciando.

Selma Queiróz GradilDecana/São Paulo/SPselmagradil@bol.com.br

Thereza Freire VieiraConselho/Taubaté/SPtherezafv@uol.com.br

HOMENAGEM À NATUREZA

Sinto a caricia do ventoembaralhando meus cabelos,acariciando o meu rosto,balançando a corola das floresimpregnando o ambientecom seu perfume e coloridode mil cores: amarelo, azul, rosa,encarnado, violeta e branco...Beleza deslumbrante.despertando ciúmesdos bem-te-vis, beija flores,rolinhas, pardais e canarinhosQue lhes sugam a seiva.E as lindas borboletasmulticores, brilhantes e festivasnos seus volteios o ritual da dançaenvolvendo festivamente as flores.O arco-íris enciumadoforma círculos protetoresencobrindo as floresquer protegê-lasdo assédio dos outros seres...Mas, de repente... É primavera!Com os pássaros e borboletasnuma belíssima e deslumbrante festa.Dançam e cantamem homenagem à Natureza!

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

CHEGADA E RECEPÇÃO

Sol a pino, Sol do meio-dia. O tropel anunciava poeira elatido dos cães vira-latas, a presença de estranhos. Sentado na sua tifanga, com seu jucána mão, o Coroné Rui Placenta, bufava com os olhos entreabertos, quando à portaalguém bradou:

-- Oh! De casa! Bons dias...— O que você quer? - resmungou o Coronel, sem devolver a

saudação do cavaleiro, que tranqüilo, do lombo de seu pangará, acompanhava cadagesto do homem. Era o mesmo que fazia o cacete na mão, escondido debaixo da baladeira.

— Quero nada, não! Inté pruquê num falo cum home deitado.Impressionado com a figura impoluta do homem, Rui levantou-se, de porrete em punho eencarou o caboclo, que fazia aparecer aflorando dos alforjes, o cabo do papo-amarelo.

— Tá bom, estou de pé, apei-se e fale da sua pretensão, quenão tenho tempo a perder, não.

— Tá bom nada! E este troço na mão? Tá pensando que eusou égua? Eu conheço o sinhô e as suas falsidades.

O Coronel, feito corante, trêmulo de raiva e impaciente, atiroulonge o jucá e esperou o sujeito apear-se.

— Coroné: num sei conversá cum home em pé.— Pois senta, satanás! Mas eu fico em pé!Bradou o visitante cofiando o bigode:— Pois fica mais fácil de cair!

Rubem Alves Catulé de AlmeidaTitular/Santo Anastácio/SP

Regina Célia R. TavaresDecana/Bebedouro/SP

reginacrt@yahoo.com.br

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

ASSASSINATO

Eu lavei a minha alma,Coloquei pra fora  um fantasmaQue por muito tempo, dentro de mim,Eu carreguei... È...eu te matei ...Duas sensações antagônicas,Tomam conta agora do meu ser:Uma é alívio, porque eu  teExorcizei.Outra é o vazio de umsentimento sem respostaque aos poucos,percebo agora,sem querer eu me acostumei...

VEM DE DEUS

Outra coisa que me intrigaÉ a música que dispus inventar.Ela da própria poesia irrigaAs notas que ponho a cantar.

Procura-se som harmoniosoQue acasale bem com a poesiaE a gente se dá por vitoriosoAo descobrir nova melodia.

Não há como explicarO fenômeno que acontece.O certo é mesmo deixarSe a Deus isso apetece.

QUEM AMAQuem ama, imagina,sonhasimula tão completamenteque esquece que é invenção.Traja versos, faz poesia,vê lugares, fantasiasimplesmente,vivem movido â paixão!

Não te criei, mas queriapois te vejo em minha menteirreverente,um primor de criação!

Vilma Ávila ViannaDecana/Pelotas/RS

viannavilma@gmail.com

56 57CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------REFLEXÕES

“A verdadeira caridade é sempre boa e benevolente, tantoestá no ato quanto na maneira de fazê-lo. Um serviço prestado com delicadeza tem dignovalor, se for com altivez a necessidade, pode fazer o certo, mas o coração mal serátocado.” “Se o fato de os criticar e divulgar há muita culpa, porque isso é falta de atençãocom a caridade. Se é com compreensão pessoal, evitando para com os defeitos alheios éuma das virtudes compreendidas na caridade de censurar as imperfeições dos autoritáriosvede se não pode fazer o mesmo a vosso respeito.”

“Deus lhe deu este aspecto, e também é sobretudo por seuspais, cujo o amor é necessário à fragilidade infantil e este amor seria extraordinariamenteenfraquecido pela presença de um caráter impertinente e acervo, enquanto supondo osfilhos bons e ternos, dão-lhes toda a afeição e os envolvem nos mais delicados cuidados.Com efeito, ponderai que o espírito da criança que nasce entre vós pode vir de ummundo em que tenha adquirido hábitos inteiramente diferentes como quereis quepermanecesse vosso meio esse vosso noivo ser.”

“E com perseverança que chegaremos a recolher o frutodos teus trabalhos. A satisfação que terás vendo a doutrina propagar-se e bemcompreendida será para ti uma recompensa cujo o valor total reconhecerás talvez nofuturo do que no presente. Não se inquiete pois, os espinhos e as pedras que incrédulosou os maus espalharão no teu caminho, conserve a confiança, com ela chegará ao alvoe merecerá sempre a nossa ajuda. Lembre-se que os bons só assistem aos que servem aDeus com humildade e desinteresse e repudiam a qualquer que procure, no caminho docéu, um degrau para as coisas da terra, eles se afastam dos orgulhosos edos ambiciosos. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira entreo homem e Deus, são um véu lançado sobre as caridades celestes e Deusnão pode servir-se do cego para fazer que compreender-mos a luz.”

CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA

TRAIÇÃO E TRAIDORES

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O que dizer da traição? Para quem já foi traído ela é sempredorida, talvez uma das dores mais difíceis de suportar e ultrapassar. Deixa uma mágoaprofunda, uma confusão de sentimentos e muitas vezes acaba por desmotivar aquele queé traído. Segundo Friedrich Nietzsche, filósofo alemão nascido em Rockem, o conceitode traição vai além de ser enganada apenas, já que seu inimigo nunca a engana, pois delevocê tudo espera. Dizia “fiquei magoado, não por teres mentido, mas por não podervoltar a acreditar em ti” .Então além de ser alguém de sua confiança existe o “crer” quejamais retorna á sua origem. Uma vez que a confiança acaba, jamais ela volta a existir emrelação àquela pessoa. Nelson Rodrigues dizia “Só o inimigo não trai nunca”.

A traição é marca dos covardes, daquele que já está “emcima do muro” mas que por simples calhordice continua sendo o amigo, o amor, aqueleque luta pelo mesmo ideal até que a covardia os separe. A história nos mostra muitostraidores, Brutus se uniu ao general Longinus para tomar o poder de Júlio César, na RomaAntiga. Judas Iscariote vendeu por algumas moedas seu grande amigo Jesus Cristo, masna verdade ele não vendeu Jesus Cristo, ele se vendeu. Aldriche Ames, espião da CIA sevendeu para a KGB, serviço secreto da Rússia, entregando todos os que trabalhavampara os EUA, por dinheiro também, num dos maiores casos de traição do serviço secretoamericano. Na Inconfidência Mineira encontramos Joaquim Silvério dos Reis traindouma causa, um amigo: Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e assim dá paracontinuar a lista dos traidores que fizeram parte de nossa história, todos por dinheiro oupoder, sempre traindo uma causa ou traindo um amigo.

Ah! E o amor, o relacionamento curto ou longo que éabruptamente ceifado com uma cruel traição? Nesse caso, a traição é muito mais doloridaporque nos leva a alma e o coração! Muitas vezes ficamos descrentes da vida tal omalefício causado à pessoa traída. Eu sempre digo: o que vai, sai da relação e continua aestrada feliz da vida, o que fica, se perde num emaranhado de tristezas e falta de sonhos,num vazio tão grande que não consegue encontrar a si próprio.

Traição e traidores, partes de nossa vida que se volvemcontra nós. Pedaços de nossa alma que se vão, deixando-nos com osentimento de ausência, falta de uma parte de nós. Se os traidorestivessem sentimentos certamente não seriam traidores!

Teresa PicinatoColegiado/Piracicaba/SP

tpicinato@uol.com.br

Valdemar Alves JúniorTitular/Fortaleza/CE

Pricila Boareto FerrazTitular/Piracicaba/SP

apoetisa@hotmail.com

JOVEMVeja menina moçaViaje para a roçaDarei a ela floresCacheados de cores

Menina prosaDê-me uma rosaPara enfeitarO nosso flertar

A rosa na lapelaGuardada no vestido delaO moço na janelaVelava por ela

Na sombra do solPor entre a neblinaPassa a ciganaAndaluza Marisol...

CINQUENTA ANOS DE CARREIRA

Carlos Moraes Júnior, de Piracicaba/SP, Cadeira JoãoChiarini, da Área de Letras, da Galeria dos AcademicusPraeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba, tambémEditor desta revista e Presidente da nossa Academia,completará em 26 de outubro deste ano 50 anos de umaprofícua e pródiga carreira literária e jornalística, quecomeçou na cidade de Tatuí/SP, aos 13 anos de idade, coma publicação de uma poesia no Jornal “OJATA”,informativo da “Juventude dos Amigos de Tatuí”. Paracomemorar a efeméride vai-se inventar alguma coisa.

58 59POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

A SOCIEDADE QUE NÃO SENTE

Yasmin Anefalos MachidaTitular/Paulínia/SP

yas_anef@yahoo.com

Hoje, andava eu na rua, quando vi, ao longe, um menininhocair acidentalmente na calçada pavimentada. Ralou-lhe os minúsculos joelhos e, após ofrio olhar de sua mãe, voltou à postura militar, eliminando qualquer sinal de fraqueza.Observei-o até sair de meu campo visual; nenhum sinal de lágrimas.

Nesse breve momento, divaguei, aprofundando essepensamento que havia me custado milésimos de segundos. No entanto, leitor, a passagemda caneta ao papel tenciona em demasia meus dedos, tomando-me o tempo duplicado.

Retornando à visão inicial, tive uma sensação de repulsaimediata. Como uma mãe poderia ser capaz de agir de tal forma, tão vil? Senti-me tãoridiculamente humana, querendo derramar rios de lágrima, enquanto aquele garotinho,pouco menor que a metade de mim, ao menos demonstrara um relance de fragilidade.

Foi então que me dei conta da tamanha interferência que asociedade nos impõe. Há um mínimo espaço para os sentimentos; você, leitor, apenassabe que transmiti-los representa um sinal de fraqueza.

Sinceramente, não compreendo. A sociedade corrompe,remete a todos atitudes simplórias e robotizadas , mortas. Mas digo, não somos merosseres vivos. Somos humanos: um complexo de carne com pigmentos de sentimento.

Portanto, por que fingir que não é assim? Por que transformar uma pessoaem pedras cobertas por pele? Por que fingir que somos de ferro quandotemos plena consciência de que essa não é a verdadeira origem dohomem?

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INSPIRAÇÃO

As palavras arrumaram as malasE foram-se emboraE agora me pergunto, de ondeMe virá inspiração?Não sou capaz de pensar em outraCoisa a não ser em vocêAssim a caneta e o papel seguemAs linhas do meu coração.

Enquanto houver sua presençaEm mim, haverá inspiraçãoEnquanto tua voz soar em meusOuvidos eu sempre irei te amarVocê representa cada letra queEscrevo em meus versosVocê é a estrela que me iluminaE me faz caminhar.

Só agora pude perceber o quantoÉs importante para mimMinha vida não tem mais sentidoSe você estiver distanteEu realmente já me esqueci comoÉ que se vive longe de tiLonge desta alegria que carregasContigo, tão contagiante.

Aquela semente que há temposLançaste em meu coraçãoCom tanta esperança, amor eCarinho você a regouHoje vejo e contemplo a tãoBela flor que desabrochaE posso sentir a felicidadeQue dela se resultou.

A sombra da noite não foi maisCapaz de esconder este amorEle nasceu e transbordou atéQue todos puderam lhe verTornou-se tão claro como a luzDo sol raiando no céu

Talita MellegaAssinante/Piracicaba/SPtalita_mga@hotmail.com

Rodolfo Galvão de OliveiraDecano/Piracicaba/SP

r.g.de.oliveira@ig.com.br

SONETO CCI

AMOR DE DOUTORA

Um menino que andava maltrapilhoPelas sarjetas comida ele achavaResto dos banquetes aquele filhoAlimento para o corpo que usava !

Não havia nenhum fubá de milho,Mas nesga de pão em que flutuavaNa cor fluorescente que tantobrilhoA sua vida em miséria ofuscava...

Filho do mundo ele não tinha paisQue o socorressem de umsofrimento.Para quem ele ia dizer seus ais.

Mas a caridade era soberanaReinante nas ações sem argumentoOnde o rico ri e o pobre se dana...

Não sei que faço agoraJá tive tantos amoresMas nunca de uma doutoraQue cuida das dores

E esconde atrás dos seusSegredos de amoresQue a cada atitude delaDeixa em mim

Um sabor de curiosidadeQuanto mais delaTento me aproximarEle passa a se afastar

Mas esse poetaNão vai desistirDo amor dessa doutoraEnquanto ele tiver floresPara lhe dar...

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/SCvera.de.barcellos@gmail.com

Vicente de Paulo HiginoColegiado/Uberaba/MGstarkhigino@terra.com.br

José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP

ESSÊNCIAS

O essencial: a hospitalidade.O acidental: perder-se na multidão.O essencial: o encontro humano.O acidental: o perigo da solidão.A essência temporal: o perfume da flor.A emergência essencial: a vida.A essência existencial: o caminho.A pendência social: comezinho.A incidência atual: a dor.O sinal de perigo: rubor.A essência da paixão: calor.

LEIO AS ENTRELINHAS...

A chuva vai pincelando sem tréguastodas as curvas de si mesma...Nas composições literáriasas nuances poéticas despertamcada coração em sua nova etapaVislumbras um arco-íris que despontaalém da tua própria visão...Trás ele em sua busca a ré que descortinaum novo rumo para chegar perto da Luz...Busquemos no silencio da noite solitáriaum canto suave de Paz e Consoloas almas em turbulência.O aprendiz no caminho sente-se seguroamparo pela mão do Mestre Jesus!

BAIÃO PIZZARIA E CHOPERIA

GALERIA COMERCIAL DO COOP

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MALUKA CALÇADOS & ACESSÓRIOS