Escritores - Novembro -...

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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XVII Novembro de 2011 ESCRITORES Cadeira 046 - João Gilberto Pompermayer Pereira - Patrono: Luiz Henrique Fernandes da Silva Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] ONZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO COLEGIADO ACADÊMICO 211 ÚLTIMA SESSÃO MAGNA DO ANO FOI SUCESSO

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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XVII Novembro de 2011

ESCRITORES

Cadeira 046 - João Gilberto Pompermayer Pereira - Patrono: Luiz Henrique Fernandes da Silva

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

ONZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

COLEGIADOACADÊMICO

211ÚLTIMA SESSÃO MAGNA DO ANO FOI SUCESSO

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2 3E D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A LE D I T O R I A L

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba. CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor: Carlos Moraes Júnior, Mtb 20.836. E-mail: [email protected]: www.clubedosescritores.no.comunidades.net. Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência4252-8, Banco do Brasil. Diagramação e Arte Final, Administração e Publicidade: CoopiaDigitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, Cep 13420-410,Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusivaresponsabilidade de seus autores.

REVISTA “ESCRITORES”

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Carlos Moraes Júnior

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TEMOS SEMPRE UMA SOLUÇÃO PARA VOCÊ

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Rua Lima Barreto, 212/São Paulo/SPContato: (11) 2215-1133/[email protected]

ÚLTIMA SESSÃO MAGNA DO ANO FOI SUCESSO

As nossas Sessões Magnas de Posse e Homenagens estãocada vez mais concorridas e sempre com a casa cheia, o que prova que a cada ano quepassa o prestígio do Clube dos Escritores é cada vez maior e que cresce muito o amor quea cidade de Piracicaba tem pela sua Academia mais popular e que a representa no Brasilinteiro, seja através da revista “Escritores”, a mais querida de todos os escritores, sejapelo trabalho que desenvolve na Internet, mantendo o “Grupo Escritores” no facebook, oSite da entidade, além do blog da “Confraria da Coruja” e centenas de seguidores dotweeter. Tudo isso que representa com tanta propriedade o trabalho que estamosdesenvolvendo.

Pedimos àqueles que ainda não têm e-mail que arranjem umendereço de e-mail com algum parente ou mesmo numa lanhouse para que consigamreceber a revista, agora enviada pela Internet. Estamos planejando como fazer para mandaruma revista em papel para quem não tem e-mail, se esse for o caso, mas essa idéia estáainda muito complicada, porque, no fundo é um retorno à revista publicada em gráfica,situação que acabamos de abandonar por ser insustentável.

Em estudo também o aumento de páginas da revistainformatizada, o que proporcionará a publicação de um maior número de autores todos osmeses. Como isso será gradativo, este número já tem 68 páginas. E prometemos um aumentosignificativo para os próximos meses.

O valor das anuidades não vão baixar por enquanto por causadas dívidas que ainda estão pendentes e porque os custos de hospedagem, construçãode site e de outros serviços da Internet também são bastante altos. Pedimos para quemmudou de e-mail, de telefone, que está de celular novo, que não se esqueça de avisarestas mudanças, porque se o Clube perder contato com o Acadêmico fica tudo mais difícil.Pedimos ainda para que aqueles que escrevem não se esqueçam de enviar trabalhos paraserem publicados na revista, e para os concursos do Clube.

Nunca se esqueça que você é a parte maisimportante de todo este processo e a razão da nossa existência, porqueé você quem faz a revista, como é você quem movimenta os nossosconcursos, as nossas Coletâneas, enfim, tudo o que realizamos.

C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

Estamos em momentos conflituosos, pois nossa economiase encontra no buraco, depois de um desastroso governo que utilizou o mesmo artifíciodo colega Saddam Hussein: a política da terra arrasada, quando se retirou do Kuwait masdestruiu os poços de petróleo do país vizinho. Com o Brasil foi um pouco diferente, aoinvés de destruição o “Fome Zero”, como uma guerra declarada ao monstro da fome, quetem como grande aliado o dragão da inflação e o consumismo exacerbado, completandoesse verdadeiro eixo do mal! Os produtos diminuem em tamanho, mas o preço aumenta,espantosamente, vitimando milhares de inocentes.

As prestadoras de serviço com suas cartas-bombas, mutilamo consumidor com valores a pagar cada vez mais insuportáveis. Nesse quesito asprivatizadas de energia elétrica e telefonia, por exemplo, são piores que o mais malvadodos imperialistas, pois acabam em minutos com a paz dos trabalhadores, que nãoconseguem impedir que suas despesas explodam, ou sejam corroídas pelo gás silenciosoe semelhante ao antraz, que termina sempre na asfixia dos juros escorchantes e nopurgatório do Serviço de Proteção ao Crédito!

Um projeto ambicioso do inimigo devasta valorososcidadãos são as falsas liquidações, que fazem os preços caírem milagrosamente. enquantoos juros continuam maliciosamente altíssimos. Se o consumidor souber fazer contas: secomprasse à vista o que financiou daria para levar o dobro, naquilo que os espertalhõesdizem que venderam pela metade do preço. Durante essa sangrenta batalha osobservadores da ONU resolveram intervir no genocídio econômico, lançando o propaladoCódigo de Defesa do Consumidor, que consome a paciência dos pobres usuários masretornam pelo menos com alguma esperança. Os inimigos preparam grande bombas deefeito moral quando escandalosamente vendem, entregam a Nação aos especuladoresinternacionais, que fuçam no que têm ou não direito, propondo mudar o nome da nossamaior indústria petrolífera para Petrobrax, e dando o tiro de misericórdia, ao compraremnossas maiores estatais a preço de banana, para fornecer por valores absurdos os mesmosprodutos que antes tinham valor muito menor. Esses lucram igual ou mais do que os seusaliados políticos, ou às administradoras de cartões de crédito, que conseguiram lucrosde trilhões de dólares oferecendo seus serviços a preços estratosféricos. Assim, só

restam alguns bolsões de resistência, representado por aqueles que,escondidos nos porões e abrigos antifinanceiros, resistem à compulsãoda gastança vivendo a pão e água, tentando sobreviver com o saláriomínimo!

A GUERRA DO BOLSO

Marcelo de Oliveira SouzaTitular/Salvador/BA

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4 5CONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOS--------------------------------------

VI CONCURSO DE POESIAS DA COSTA DA MATA ATLÂNTICA

XIV CONCURSO NACIONAL DE POESIAS DO CLUBE DOS ESCRITORES

Estão abertas até 30/06/12 as inscrições para o XIV ConcursoNacional de Poesias do Clube dos Escritores Piracicaba, nas Categorias Especial (somentepara os ganhadores do Troféu Coruja), Profissional e Amador. Cada poeta pode participarduma só Categoria, com até duas poesias, inéditas ou não, devendo conter, no máximo, 30linhas, escritas em língua portuguesa, tema livre e sem qualquer restrição. Somente serãoaceitos trabalhos datilografados ou digitados em papel A4, espaço simples, Fonte TimesNew Roman, corpo 12 em tres vias identificadas apenas por pseudônimo, enviados pelosistema de envelopes para a Rua Jacob Diehl, 77 – Bairro Morumbi, CEP 13420-410,Piracicaba/SP.

O envelope menor deverá conter identificação completa,obrigatoriamente, o nome do concurso e da categoria em que participa, pseudônimo, taxade R$ 5, 00 (cinco reais), em dinheiro ou através de depósito bancário na Conta 8013-6,Adência 4252-8, do Banco do Brasil. Os sócios do Clube dos Escritores devem pagar ataxa estipulada. É vedada a participação de membros do júri de seleção e integrantes daDiretoria do Clube dos Escritores.

Serão escolhidos 8 trabalhos em cada Categoria, que receberãoDiplomas de Honra ao Mérito, e destes, serão escolhidos tres vencedores de cada Catego-ria e mais o destaque do Júri, que receberão Diplomas de Premiação. Informações peloFone: (019) 3426-8568 ou pelo e-mail do Clube dos Escritores.

CORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBECORREIO DO CLUBE-------------------------------------

Estão abertas até 30/10/12, as inscrições para o VI Concursode Poesias da Costa da Mata Atlântica. Cada poeta pode participar apenas com umapoesia, inédita ou não, com no máximo 30 linhas, em português, tema livre, sem qualquerrestrição. Somente serão aceitos trabalhos digitados, de um só lado, em papel A4, espaçosimples, fonte Times New Roman 12, em 3 vias, identificados por pseudônimo, contendono cabeçalho obrigatoriamente o nome do Concurso. Os trabalhos concorrentes devemser enviados pelo sistema de envelopes para a Rua Dr. Guedes Coelho, 85/52, CEP11050-231, Santos/SP.

Todo participante, inclusive sócios do Clube, deverá enviarno envelope menor: nome do concurso, nome, T[itulo das Poesias, pseudônimo, telefone,e-mail e a Taxa de inscrição no valor de R$ 5.00 (cinco reais), somente através de depósitobancário na Conta 1729.467-2, Agência 0297, do Banco Real. É vedada a participaçãode Membros do Júri de Seleção no concurso. Serão escolhidas 5 Menções Honrosas,Tres premiações, mais o Destaque do Júri e mais o Prêmio Hors Concours, que receberãoDiplomas de Premiação. Informações pelo Fone: (13) 3235-1608, ou através do endereçode e-mail: [email protected]

Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia de Letrase Artes do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia de Odontologia doEstado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Academia Itajubense de Letras, Itajubá/MG,Academia Luso-brasileira de Letras, Rio de Janeiro/RJ, Academia Mineira de Letras, BeloHorizonte/MG, Academia Piracicabana de Letras, Piracicaba/SP, Academia Pouso-alegrense de Letras, Pouso Alegre/MG, Academia Taubateana de Letras, Taubaté/SP,Adewval Romano, Santa Rita d’Oeste/SP, Antonio Dias Neme, São Paulo/SP, Arlete MariRamina, Curitiba/PR, Arlette Octaviano Rodrigues, Óleo/SP, Associação Nacional deEscritores, Brasília/DF, Aureo de Mello, São Paulo/SP, Benedito Antonio Aparecido deMorais, Piracicaba/SP, Benedito Augusto de Moura, Piracicaba/SP, Calendário Nordestinopara 2012, Condado/PE, Carmelinda Rodrigues da Silva, Campinas/SP, Cecília da SilvaSoares, Piracicaba/SP, Cezário de Campos Ferrari, Piracicaba/SP, Cícero Pedro de Assis,São Paulo/SP, Ciro Celso Piazza, Piracicaba/SP, DCL Divulgação de Concursos Literários,Ano 16/213//214, Santos/SP, Elisabete A. De Nadai Fernandes, Piracicaba/SP, EmanuelleTronco Bueno, Restinga Seca/RS, Elza Pinto Alemão, Curvelo/MG, Esalq Notícias, Ano8/25/Nov/11, Piracicaba/SP, Flávia Rita C. de Freitas, Rio Grande/RS, Gilmair Ribeiro daSilva, Piracicaba/SP, Guido Negri, Piracicaba/SP, Hugo Gonçalves Roma, Rio de Janeiro/RJ, Ilda Maria Costa Brasil, Porto Alegre/RS, Inconfidência, Ano 17/170/Out/11, BeloHorizonte/MG, Informativo Santa Casa de Piracicaba, Out/11, Piracicaba/SP, InstitutoHistórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, Sorocaba/SP, Hyêda de MirandaCampos, Rio Vermelho/MG, Izidoro Camolese Filho, Piracicaba/SP, Jamile Assef, SãoBernardo do Campo/SP, Jornal da ANE, Ano 6/42/Out/Nov/11, Brasília/DF, José Antoniode Godoy, Piracicaba/SP, José da Costa Lopes, Piracicaba/SP, José de Medeiros,Piracicaba/SP, Karina Lima dos Santos, Piracicaba/SP, Levi Maurício da Silva, Piracicaba/SP, Lourdes Araci Pizzol Grigolon, Tietê/SP, Luiz Andreello Filho, Piracicaba/SP, LuizAntonio Pereira da Silva, Capivari/SP, Magali Aparecida Lovatto Nascimento, Manduri/SP, Margarida Aguiar Perecin, Piracicaba/SP, Maria de Fátima Mussato da Silva, Jales/SP, Maria de Lourdes de Lima Gazetta, Itápolis/SP, Maria Helena Corazza, Piracicaba/SP,Maria Luiza Vargas Ramos, Florianópolis/SC, Maria Luiza Vieira, Sorocaba/SP, MariaApparecida Tricta Sallum Neme, São Paulo/SP, Marlene Georgette Cury Abbas Cassab,Piracicaba/SP, Marli Aparecida Garcia da Silva, Piracicaba/SP, Museu Histórico do Exércitoe Forte de Copacabana, Rio de Janeiro/RJ, Nadir Silveira Dias, Porto Alegre/RS, NatashaAraújo Fernandes, São Paulo/SP, Neuza Mainardi, Piracicaba/SP, Newman Ribeiro Simões,Piracicaba/SP, Nilza Pinheiro de Athayde Lieh, Rio de Janeiro/RJ, O Experimental, Ano 9/45/Jul/Ago/11, Taubaté/SP, Olga Maria Salati Marcondes de Moraes, Sorocaba/SP, OthnielFabelino de Souza, Ribeirão Preto/SP, Patribel Sheila Briganti Mellega, Piracicaba/SP,Paulo Dias Neme, São Paulo/SP, Paulo Murilo Carneiro Valença, Recife/PE, Paulo Patreze,Piracicaba/SP, Prefeitura Municipal de Restinga Seca, Restinga Seca/RS, Regina CéliaRibeiro Tavares, Bebedouro/SP, Reginaldo Costa de AQlbuquerque, Campo Grande/MS,Ricarda Maria Leal Alvim, Miracema/RJ, Rui Batista de Albuquerque Martins, Sorocaba/SP, Santo Joaquim Lopes Alarcon, Piracicaba/SP, Saulo Cardoso, Piracicaba/SP, TerceiroDomingo, Ano 24/253/254;Set/Out/11, Itajubá/MG, Teresinha Ofélia Nascimento Rennó,Itajubá/MG, Vera Lúcia Perpétuo, Brasília/DF, Vera Maria da Penha, Vila Velha/ES, Vicentede Paulo Higino, Uberaba/MG, Vincent Carmel Porsella-Flores, São Paulo/SP, WaldemarRomano, Piracicaba/SP.

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6 7C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A--------------------------------------------C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

CRÔNICA PARA UMA MENINA DE TRANÇAS

Ela usava tranças, gostava do campo, de brincar na terra,de subir em árvores, e principalmente de rios, lagos, riachos, beira d’agua. Mas moravana cidade. Então, toda vez que ia ao campo, a uma fazenda, se deliciava. Procurava asarvores, queria subir, e embora fosse pequena, dava um jeito, e daí a pouco estava lá emcima. Gostava da água, e queria saber onde tinha um rio. Certa vez, numa chácara amiga,ouviu uma menina dizer que lá em cima do morro havia um rio.

E pediu que a levasse lá. E foi subindo e a outra dizendo queera difícil, que a vaca ia dar uma chifrada, mas o que... Depois ela ficou sabendo pelamãe que lá em cima do morro não existe rio. Foi uma lição bem aprendida. Mas voltemos àságuas da menina. Foi numas férias que encontrou um lago, muito bonito, na fazenda. Enão saía dali. Queria mesmo encontrar o seu elemento. Só que era difícil para ela ter oque gostava. Saiam pouco, ia pouco a ao campo, ela sempre esperando a hora derealizar os desejos, de brincar na terra. Outra vez, numa fazenda muito grande, quenunca lhe saiu da memória, ficou vários dias.

Gostava de jogar bolacha para as galinhas, de manhã cedo,debaixo da janela do quarto Acordava antes de todos e ia para a janela ficar jogandobolacha para as galinhas. Assim, pensava em ter um sitio, um lugar seu, próprio, parabrincar daquilo que gostava. Foi quando o pai alugou um sitio próximo á cidade, e quepodiam ir todos os sábados. Ela adorou. Tinha chegado a sua vez.

Era bonito, tinha as arvores, tinha uma caseira simpática,que a agradava, e principalmente, um riacho, no fim de um declive, perto da casa. Haviaconseguido. Ficava a semana esperando o sábado para ir para lá. Gostava até da criaçãode porcos, que o pai fez , uns bichos sujos, mas ela gostava assim mesmo. E da mata, asarvores plantadas para fornecer lenha. Mas principalmente o riacho, onde ela ia brincar, comos patinhos. E seguiu um tempo feliz, pés na água, brincadeiras ao ar livre, sem preocupaçãode estar sempre bem arrumada. Jogava as tranças para traz, e seguia.

Tirava fotos, de todo jeito. Com os patinhos, nas arvores, naágua. Até que o destino cruzou. Era época da guerra, e houve o racionamento da gasolina. Opai não podia mais transportar lenha, mandar comida para a criação, nem tampouco ir láaos sábados. Acabou. De tudo só restou uma foto, dela, a mãe, e o irmão, na porta dacasa, que até mandaram ampliar porque estavam os três muito bem. E ela olhavaaquela foto, o seu rosto emoldurado pelas tranças, e um sorriso feliz. Que pena, entregaramo sitio, e adeus brincadeiras, adeus a esperança de ter um sitio.

Mas ficou para sempre na memória aquela foto, daquele lugartão gostoso, que durou tão pouco... E para terminar a historia, eu gostaria de saber em queponto da minha vida eu me separei daquela foto, eu minha mãe, emeu irmão, na porta daquele sitio, que eu gostaria que tivesse sidonosso

Camilo Irineu Quartarollo Conselho/Piracicaba/SP

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Alba Christina Campos Neto Assinante/São Paulo/SP

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LOBISOMEM

Um caipira me contou do cachorro mais feio e bravo que pit-bull e num baita cagaço. A mãe dele prevenira do perigo. Se numa família o filho caçulafosse o sétimo filho, virava Lobisomem. Em noite de lua cheia tinha de correr sete fazendase comer bosta de galinha. Quando amanhece o feitiço se desfaz, volta a ser homem, umpouco amarrotado, com lanhos de mato e espinhos, bicadas de galinhas e de insetos,chegava a casa, humano. Só a mãe sabia e deixa uma bacia onde põe água quente para ofilho se lavar. O rosto vai voltando às feições familiares, as garras se encolhem comounhas, os pelos dão lugar a barbicha rala e o focinho era de novo aquilino, o corpovoltava à compostura e, para a mãe, o filho era o mais lindo do mundo outra vez.

Dizia o caipira que não se podia tirar sangue dessa fera, sobpena de se tornar igual a ela e que por Deus, nunca ninguém alvejou um lobisomem equase sempre a arma falhava ou ele fugia no mato. Eu, um cético de plantão, disse a eleque jamais vi lobisomem, alma do outro mundo, assombrações, espírito zombeteiro, etc.;daí ele veio com uma de “mai o cê nunca iscuitô?”. Bem, pensando melhor, até que escuteicoisas estranhas ou escuto ainda, mas se estou deitado viro-me de lado e durmo comobebê, os fantasmas que passeiem sem mim.

Na roça, contava ele, a coisa era brava. O lobisomem vinhamesmo, “inziste”. Já o encontrou, perguntei. Viu de relance e era mesmo um cachorrão,enorme. Uma noite os cachorros ladravam no quintal, tinha alguma coisa lá fora. Sua mãeo proibia de sair. Abriu uma fresta para tentar ver e a noite era um breu. Os cães latiam delá para cá até que percebeu um animal acuado num canto, sob muitos latidos.

Tirou a cara na porta para ver aquele tropel, enquanto a mãefazia o sinal da “cruiz”. Pensou que os cachorros iam deter o bichão, mas qual! A fera veiofeito um demônio, passou com o focinhão igual ao de urso, soprando perto da cara dele,a mãe lhe puxou pela camisa com praguejamento pela desobediência. Ele ainda se lembravada caatinga do bicho. Era lobisomem mesmo. Os olhos vermelhos e aquela feiúra, eparecia que queria dizer alguma coisa. Padecia de sua sina, mas por pouco...

O caipira disse que foi fuça com fuça, se o bicho lhearranhasse podia ser o próximo lobisomem do bairro. Foi por Deus. Osinal da “cruiz” da mãe valeu.

NERE MADRINHA DA FEIRA DO LIVRO DE RESTINGA SECA

Acadêmica Nere Maria Beladona de Abreu, de Restinga Seca/RS, Titularda Cadeira Maria Meduneckas, da Área de Letras, do ColegiadoAcadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba, foi Madrinha da II FeiraMunicipal do Livro, realizada no último dia 26/10 pela Prefeitura de suacidade. À destacada os nossos parabéns.

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8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

José Airton MellegaAssinante/Piracicaba/[email protected]

Agda de Carvalho FigueiredoDecana/Campo Grande/MS

[email protected]

Alberto Sequeira P. GouveiaConselho/Nova Xavantina/MT

[email protected]

Adelgício José de PaulaColegiado/Juiz de Fora/MG

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DEIXA AS ÁGUAS FLUÍREM

Deixa as águas fluírem.Não as paralise jamais.Água que é também fogo,E que abrasa por dentroÁgua que é terra,Que nutre a sementeNas entranhas de si.Água que é vento,Que cria fantasiase move os sonhos.Água que é água,Que flui, que se lança ao mar.

 FANTASMA 

Eram os ruídos das portas e das janelas.As crianças corriam gritando de pavor.O medo criava o mostro nesse lugar.

Assustadas as criançasSe escondiam debaixo do cobertor.

 O mundo moderno.

Deixou estes fantasmas no passado.Tornou-se mundo evoluído,

existindo apenas o que é real. 

Entretanto os fantasmas continuam atuando hoje.Andando nos nossos caminhos.

Assustando a vida de maneira cruel.Provocando morte, pânico, desordem.

 Os fantasmas que habitam o mundo hoje.

São monstros ausentes de amor.Tem o coração cheio de ódio e rancor.

Provocam dor e lagrimas de solidão na vida.

ENCONTRO DE RETAS NO INFINITO

Tive a visão do infinitosendo um lugar protegido

por um guardião,que disse que antigamente

as retas se cruzavam ali,mas a confusão foi tão grande

porque se chocavam e foram banidas.Seus encontros vinham na forma de raios

que tentavam se chocar e explodiam...É o sono matinal de uma segunda-feira

de indefinição no lar!

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

VOCÊ PRECISA ME CONHECER

Ah, se você me conhecessenão viria com interesse,nem me magoaria assim.

Ah, se você me conhecessenunca me deixaria nesse,abismo de soluço e dor.

Ah, se por apenas um instantevocê, num gesto elegante,pensasse um pouco só em mim,garanto-lhe com altivez,reconheceria nesta timidez,um grande amor sem fim.

A PRAIA DO DESTINO

O rio correu para o marenquanto a noite desceuno céu pintado de estrelas.Eu senti a saudadeolhar apaixonadapara as minhas lembranças.E como passageira do tempo,viajei no espelhodas águas azuis.E junto as ondasdo infinito oceano,naveguei a alma...E adormeci na praia,enlaçada pelos braçosmolhados do destino!

Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/[email protected]

ANIVERSÁRIO

Quinze de Dezembro!Glória! Dia do Santo Graal.Da obra reza a história.Que grande data, afinal!

Desceu ‘ma pomba dos CéusPra isso ao mundo anunciar.Dia em que nos olhos teusBrilhou o primeiro olhar!

Nativa de São LourençoVivendo num Paraíso,Catarina, inda penso

Que este mundo sem sisoSe alegre, mesmo tenso,Com teu angélico riso!

REFLEXÕES

de que me adianta teu sorrisotua voz, teu olhar, teu corpoteu jeito, assim, sozinhaàs vezes tuas mãos nas minhasteus ais e teus lindos cabelosse a ti , jamais, poderei darnada mais além deste meu ardente amor!

DAS FORMAS

Universo de formas,Perfeitas formasDo amor incondicionalQue cura, transmuta!Formas de que somosSoma as formasPara a vontade- Qual deidade!Materializar-se.Eu Sou a formaQue transforma!

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]

Anésio Luciano de Oliveira Titular/Brasília/DF

[email protected]

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10 11POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

CURSO DE PSICANÁLISE, PSICOSSOMÁTICA E GRUPANÁLISE

Acadêmica da Galeria dos Academicus Praeclarus, do Clube dos EscritoresPiracicaba, a Psicanalista Dra. Célia Gevartoski,,Diretora do “Núcleo deFormação” da Associação Brasileira de Psicanálise Contemporânea coordena hácinco anos, mensalmente, no espaço do Hotel Nacional em Piracicaba, o “Cursode Formação em Psicanálise; Psicossomática e Grupanálise” da ABPC, com oApoio da Psicologia Médica, da Associação Paulista de Medicina/SP.Contato pelo Fone (19)3433-3267 ou acessando os seguintes sites:www.psicanalisepiracicaba.ning.com ou www.celiagevartoski.ipira.net

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

A TAPERA SOLITÁRIA

De repente a floresta se auto-inclinana busca do desvão, chamando o rioque lá na várzea impera!A vereda serpeia, vai, procuraum plano no barranco que segurauma única tapera.

É de taipa e sapé, buçu e argila,de natural e agreste arquiteturaque o sol dourado inflamade amor e luz... E ao império da manhã;no conchego da choça uma cunhãEm cantos se derrama.

No entorno do chalé nativas floresdizem das mãos que ás tratam com ternura— finas mãos de mulher —;da janela discreta pendem tiras— cortinas trabalhadas com enviras —e com muito prazer.

O vento sopra e tange o cortinadoinvadindo o aposento pobre e belocom nativo zum...zum...pelas frestas ousadas da cortinavê-se um corpo desnudo, ou se imaginana rede de tucum

A espanejar delírios solitáriosa moça espanta o sono e o adulto sonho— sonho de mulher —;e em delíquio — fascínio passageiro –abraça-se, sorrindo, ao travesseirono desejo de ser....

O SENTIDO DA DOR

Acorda!O tempo corre demais...Ninguém volta atrás!Acorda:Descobre as cores.São tantas, tantas!Descobre...a cor das cores,na mais pura essência.Penetra nas sombras,nas sombras mais densase descobre as cores...do universo.Canta os sonhose as esperanças,em.verso.Descobre as cores,as belas coresque o olharainda não alcançou.

Acorda!No acorde da vida,procura o azul do céu,límpido e profundo,bem mais longe...além do mundo.Acorda!Descobre a beleza,descobre a paz,descobre o amor,o verdadeiro Amor.

Acorda!Flora, fauna e rios:entrelaçamentos verdes,sob um céu azul!

Amália Marie G. BornheimAssinante/Caxias do Sul/RS

Ana Cley Marques PizarroDecana/Itajubá/MG

[email protected]

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

ESPANTALHO

Com espanto,o espectro espantalhotorna-se espetáculodo esperto espectadorque deveria espantá-lo.

PAZ

Tens morada nas entranhas das matasonde a luz passeia nas ramagens.Percorres águas escondidasde algum riacho que a natureza encerra.Voas, asas de aves, olhos-crianças,peregrina quietude de silêncios...Vem socorrer a humanidade,habitantes das terras desta terra.Forças se esgotam,corações debatem-seentre angústias e soluções,a intranquilidade estende-sejá quase sem searas.Vem, esvai tua paz por estas chagas,és o último alento de nossos ais.

Antonia Martins Larrubia SegattoDecana/Piracicaba/SP

[email protected]

Ana Maria OsórioTitular/Pelotas/RS

[email protected]

UM APELO EM TEMPO

O natal aproxima-seVinte e cinco de dezembro.Pobres, ricos esperam,Famintos, maltrapilhos,bem ou mal vestidos.Todos o esperam:mãe, pai, filhos e convidados...

Papai Noel com sua barba branca,Para os pequenos, entrarápor certo por algum lugar.Aos pés da cama o presente colocará.É certo que nos acordarão para vermoscom o que Papai Noel nos presenteou.

Eu e seu pai sabemos que não foi fácil.Durante o ano inteirinho trabalhou econseguiu mais um ano ser Papai Noel.

Senhores do poder na terra:Esqueçam, um pouco só,no natal, a política!E pensem no Pai eternoEstendam a mão aos famintos:justiça, crença e carinho!

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Preçoes Especiais para sócios do Clube

MÃE

Mãe, sinônimo de bondade!Pai, trabalho e honestidade;Filhos, continuação da humanidade!

A família com amor e sempre unida,Só pode vencer na vida!E lembranças do tempo de criançaDe Deus recebemos essa herança!

Mãe, carisma, ternura e amor.É a felicidade com todo resplendor.Recordar e viver com alegriaÉ o desiderato ao renascer todos os dias!

Mãe, cheia de luz, cheia de graça,Sempre com tanto carinho nos abraça.Com seu semblante de amor e dedicaçãoEmbala seus filhos bem perto do coração!

Lembranças inesquecíveis e eternas,Das cantigas de ninar antigas, hoje modernas.Alimenta seus filhos e fazem ninar,Estando sempre com Deus a abençoar!

Mãe, ama e cuida dos filhos sem nada pedir,Mãe, feliz espera o bem deles a sorrir.Mãe, és estrela do céu a Deus refletir...Mãe, é a a luz do nosso porvir!

Antomo Augusto AlmozaraConselho/São Pedro/SP

A SENHA

Como um audaz ladrão,assaltei seu pensamento...Aprisionei sua mente nesteassalto de momento...

Elevei a mil sua adrenalina,sem piedade ou compaixão...Entrei e tranquei por dentro a portado seu coração...

Fui tão sutil quevocê nem percebeu...Quando tentou despertar, seu coração era meu...

Ao fechar, rapidamente a porta, crieiuma senha sem você perceber...A você, jamais a revelarei, pois nãoquero te perder...

Lute o quanto puder, jamaissairei de seu coração e da sua mente...Se não mais me quiser, morrereie, deixando-a, ficará doente...

Se um dia repudiar-me seu cérebro,seu coração chamar-me-á: venha...Só comigo estarás feliz,pois só eu conheço-lhe a senha...

Areoaldo de PaulaTitular/Guará/DF

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BEBÊ

Com seus olhinhos meigos e brilhantesUltrapassando forças e preceitosNos deslizes doces e empolgantesEnvolve e submete aos encantos

A alvura de sua delicada peleOs gestos suaves como pétalasO sorriso brejeiro e contagianteDa inocência natural e singela

Com reflexos límpidos da perfeiçãoA graciosidade frágil e serenaNo momento de sentir, de vibraçãoNeste valor que invade a alma

Cândido e belo como um anjoCom tanto calor e grandiosidadeEm seus poucos meses de existênciaTransmite o portento da realidade

Arlete Mari RaminaDecana/Curitiba/PR

[email protected]

PAX

Parem as guerrasQue as balas sejam de amorQue cospem as metralhadorasRespeito, união e fraternidadeAh! Não é Sonho e quimerapara os irmãos do oriente.Iranianos, tenho certezaQue procuram ser entendidosEgípcios, quero a bandeira de pazTremulando em tuas ruas.Meus queridos irmãos iraquianos e israelenses,iranianos e egípciosQuero dar-te minhas boas vindasPara que a fraternidadeos una cada vez maisGrandes povos de maviosas naçõesComo é belo e agradávelSenti-los irmãosQue não seja quimeraMas realidade em breve este sonho.

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

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14 15POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

O POETA E A MUSA

Venha, venha, venha!Venha para mim!Por anos andei no vale perdidoCom um sorriso de mistérioBebi no gargalo seu amor por mimDoce. Doce... Doce! Doce mistério.

As coisas são permitidasOutras proibidasVivo pela última como osEspanhóis pela prataVai-se calada, deusa desinibidaVolte para o lençol dosDesejos realizados..Amei seu jardim, comoUma erva daninha calei seu bicoCom leites amargosVlvi ao bel prazer comoDeuses deveriam morri com o vírusDe um mundo calado.

Renasci da sombra para o pó,Do oriente destruídoFui ate você como um louco varrido

Destrua-me de prazer,Pois preciso renascerNas loucas ruínas perdidasQuero espairecer.

Venha! Venha! Venha!Venha ao meu bel prazer!

HOMENAGEM

Um metro e noventa e seis de altura.De inteligência e cultura,Meu primo José Almeri Bastos da SilvaAcaba de deixar a terra dos homens,Onde, com brilho invulgar,Honrou a família humana,Infenso à realidade insana.Do nada, Construiu uma vida honrosa,Luminosa, sem alardes,Cheia de claridades.Pródigo em sentimentos,Professor de várias matérias,Múltiplo no saber,Que habitava suas artérias.Na vida foi lição do ser,Pouco se lhe importando o ter,Na sala de aula, mestre senhorial,Amava sua profissão e sua família,Em manifestação sem igual.Incansável em seu labor,Professava o cristianismo,Amando Cristo com ardor.Dominava o Português,Bem assim o Francês,Redação e Inglês. Cultuava sua terra,Como o ser humano ama.Notadamente porque,Bela e humana, É a Feira de Santana,Para ele orgulho da Bahia,Onde nasceu e viveu,Com grande civilidade,Lutando arduamente,Numa simbiose, Nobre,De trabalho, honradez e generosidade.Nossa dor é profunda,De amor e perplexidade,Temos certeza, posto que verdade,De que alegre ele habitaO belo Jardim do Éden,Que chamamos de eternidade!

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

[email protected] Corazza NettoDecano/Piracicaba/[email protected]

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]

[email protected]

MENINO PANTANEIRO

São tantas as lembranças queridas,Guardadas a sete chaves no UniversoDos encantamentos, dos mistérios da vida.São noites, dias, meses, anos gritando versos

De esperanças, de lutas travadas entreO sonho e realidade, vida e morteDas ilusões de menino carregado de sorte,Trazendo um mundo de estrelas para que encontre

A luz capaz de inundar o vazio,De norte a sul do teu coração,Tão sem cor, sem luar, sem emoção.

E neste caminhar de “Menino Pantaneiro”Descobre a chave dos mistérios salpicados de floresE vai cantando, gritando as “saudades de cada Janeiro!”

AMOR DE UM MORENO

O amor de um morenoÉ um amorQue não termina,É um amorQue não tem fim,É um amorQue falaDe beijos puros,É um amorQue gritaDentro da noiteNoite estreladaNoite de lua,Noite de perfume,Noite de ciúmes,Que não me deixa dormir,Que não me deixa sonhar,Que me faz sofrerPor saberQue a mulherQue eu tanto amoMe desprezaNão me quer.O amor de um morenoNão morre jamais !

Aurélia Cunha KuryPraeclarus/Cuiabá/MT

[email protected]

ATENTADO

Homens testavam a natureza do solonas preliminares da guerraem que a natureza era vítima.Decepadas, as árvores caíam,uma a uma, .atingidas pelas presas famintasdas máquinas implacáveis.Caminhões, bêbados de gasolina,cambaleavam nos montes de terra.Iam e voltavam,recolhendo os cadáveres.O Deus-Progresso justificava o atoe punha dinheiro nos bolsosdos assassinos,(que riam com euforia.)

Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/MG

[email protected]

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16 17C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A------------------------

C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A------------------------

Jorge Magalhães MendonçaDecano/Rio de Janeiro/[email protected]

A ÁRVORE NO MEIO DO CAMINHO

Um sessentão de cabelos mesclados, físico ereto, expressãoforte e ligeiro sorriso, assíduo freqüentador da Avenida Cruzeiro do Sul, lugar onde osonoro barulho das águas do rio Piracicaba, o ar fresco da manhã, a sombra das ramagensdas árvores, provocam nas pessoas muitas sensações; caminhava fazendo sempre omesmo percurso durante uma hora e para finalizar alguns exercícios de relaxamento.Sempre reflexivo e calado, quando alguém o interpelava, sempre respondia em voz alta:“Conversa só no final da caminhada”.

Por motivo não conhecido ausentou-se por um longoperíodo. Todos sentiram sua ausência. Num determinado dia retornou e ficou entusiasmadocom as melhorias na pista de caminhada, na avenida e na rodovia.

Sentiu orgulho de ser piracicabano e não fez como decostume, que era caminhar de imediato, mas dedicou tempo observando os arbustosmais verdes e serenos, o rio descendo calmo, as árvores podadas.

Num dado momento, iniciou sua caminhada, de costas poralguns metros e bateu numa árvore que estava bem no meio do caminho.Assustado disse: “Minha amiga, aí é seu lugar? Antes não a tinhaobservado... Por sinal és muito bela!”

UMA VIDA IDEAL

Era uma simples dona de casa que havia abandonadoseus sonhos para se dedicar a um marido machista que queria tudo na mão e que sópensava em futebol. Olhava-se no espelho e via que seu corpo perdera a formosura.Evitava sair de casa para não dar de cara com a sua insuportável sogra que morava emseu quintal. Sua vida se resumos em lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos.

O melhor momento do dia era quando as crianças estavamna escola e o marido no trabalho. Diante do espelho ficava nua admirando sua silhuetaescultural, tinha um outro nome, uma outra família, vivia numa casa linda e espaçosa eao chegar na janela via um lindo rio com águas límpidas.

O inferno era quando alguém chegava e via no espelhoaquele rosto envelhecido e aquele valão podre que se via pela janela de sua casa.

Sabia que tinha que esperar pelo diaseguinte para ficar sozinha e viver a sua vida ideal.

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

A BARATA

Quinta-Feira Santa, quinze horas... Não lhes temo, nemmorro de amores por elas. Encontrava-me numa agência bancária no centro de PortoAlegre, aguardando numa fila quilométrica, quando vi um funcionário se aproximar dagarota que auxiliava os clientes nos caixas eletrônicos. Ele lhe sussurrou algumas palavras.Ela, imediatamente, virou-se e olhou na direção do elevador. Paralisei, pois imaginei quehavia, no ambiente, alguém suspeito, um possível assaltante. Porém, ao olhar para orosto da atendente, percebi um sorriso sarcástico e dissimulado. Virei-me e notei que, novidro da divisória, caminhava, tranqüilamente, uma visitante indesejada e nada oportuna.

O rapaz, rapidamente, encaminhou-se ao corredor e, aalguns passos da enxerida turista, agachou-se, retirou o tênis do pé direito e,impetuosamente, atacou a sua vítima, a qual, zonza, tentou proteger-se. O garoto, naânsia de livrar-se da bichinha e numa nova investida, desequilibrou-se um pouco. Refez-se logo e, com o tênis na mão direita, voltou a atacar a indefesa vítima que, embora ferida,defendeu-se do inimigo. O duelo homem-barata esquentou: ele, atacava; ela, defendia-se. O seu ir e vir irritou o jovem funcionário o qual acreditava dar-lhe fim, sem ser notadopor clientes. A atrevida barata corria pelo vidro, balançando, descompassadamente, suasanteninhas, como a desafiar o agressor: “- Vem... vem...”

Esse a olhou com desprezo e a atacou, outra vez, commais força e agressividade. O terceiro e último golpe a derrubou agonizante e, em segundos,começou a escorrer de seu corpo um líquido gosmento e esbranquiçado. Agressor, vítimae expectadores, silenciosos. De repente, passou-me um frio desconfortante e fiquei naespera do gesto final. O cruel agressor abaixa-se, pega o corpo estraçalhado, joga no lixoe, a seguir, retorna às suas atividades. Faço meus pagamentos e me retiro pensando noquanto os homens têm sido cruéis com os seus semelhantes; logo, dar fim a um bichinhoconsiderado uma praga, não provocaria em ninguém piedade, conflitospessoais ou remorsos.

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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IZETE ASSUME PRESIDÊNCIA DA AMART

Acadêmica Izete de Souza Oliveira, de Aracaju/SE, Cadeira PauloMartins Sorini, da Área de Artes, da Galeria dos Decanos doConselho do Clube dos Escritores Piracicaba, viajando muitodesde que assumiu a presidência da ONG “Amigos da Arte”,AMART voltada para o desenvolvimento e a preservação dacultura sergipana. A ela os nossos parabéns.

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18 19POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

DECLARAÇÃO

Como é bom fazer o bem,sem nada receber,è uma alegria intima do meu viver.Como é ditoso,feliz viver a vida,ter carinho e amor de alguém querida.

Acho que não poderia resistir,se teu amor náo conseguir possuir.Te desejei,com paixão em toda vida,foste sempre minha preferida.

Sou um ser que admira tua boca,de carmim,carnuda,uma cousa louca.Teu nariz aquilino,olhos verdes brilhantes,com olhares muito,muito, ofuscantes.

Tens o dom de cativar, enfeitiçar,eu náo resisto,quero muito te amar.Teu ar de moleca é algo,náo sei descrever,apenas aumenta a vontade de te querer.

Foste feita sob medida para o meu amor,sinto no teu corpo, a volúpia do calor.Não quero sentir de ti,qualquer desilusão,junto a ti,meus sentimentos,ficam em ebulição!

Vem amor, vem logo me abraçar,quero inteirinho a ti, me entregar.Sei que amas,com intensidade,vivamos juntos, nossa realidade.

Esquece o que pensa o nosso mundo,meu amor por ti, e muito profundo.Ambos, seremos felizes para sempre,Teus carinhos,tomam meu coração,minha mente.

Nunca deixemos que nos ataque o ciúme,não quero ter de ti,nenhum queixume.Nossa relação é linda, parecemos criança,o elo que no une é de muita segurança.

Antonio RodriguesAssinante/Santos/SP

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FORCA

Com a corda no pescoço,Parece que o bravo moçoEstá entre a cruz e a espada.Bem pouco importa o político,Porque o povo, paralítico,Já não espera mais nada.

FELIZ DIA DAS MÃES

Feliz dia das mãesCom saudade ao coraçãoPensamentos que se cruzamMeu presente minha voz

Faz-se ouvir a minha mãeUm soneto em cançãoPessoas que lhes amamNão só eu, mas todos nós

Filhos somos todos gratosPor carinho e educaçãoHoje eu sei, não me engano

Às comidas ponham pratosO momento é de uniãoParabéns mais este ano.

Benedito Pereira da Costa Praeclarus/Brasília/DF

[email protected]

Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/[email protected]

ONZE DE FEVEREIRO

Alívio da gaiola vaziapintura sem brilhotosco pálido, trem sem trilhoguerras sem sentidoréguas cartões e alaspara tudo existe razãoliberdade metálicae a sensação falsa de chuvabolsas que desobedecem o padrãopaíses que desenvolvem para o chão

Mobílias e imóveis quebradosteto e luz da escuridãosonhos sentados na areia,sentimentos sentados no chão

Variáveis e números calculadosdespesas gastas inutilmentedinheiro que entra honestamentedinheiro que sai pelo portãoe quem controla o cartão?presidência sonhadaa conta exageradaa vida arruinadacoerência abandonadaainda existe luzpara existir a escuridão

LUA CHEIA

Por que o luar ficou cor de cinzade repente se era lua cheiae o céu descoberto fervia de azulacalmando o mar?

Por que o velho sabiá emudeceurepentinamente se a melodia de seu cantoainda ressoava pela manhãque ardia nas réstias de solentremeando sombras, nas folhas caídas?

Por que a noite ficou tão longasubitamente se as horas continuama contar o tempo com a pressa dos relógiose o sol preguiçoso parou no poentea espera da noite toda molhada de chuva?

Por que se irradiou uma profunda tristezainesperadamente, se a tarde até agoraencantava as palmeiras enfileiradasque pareciam orar de mãos postasa dançar entre as tranqüilas sombrasabençoando as avenidas buliçosas?

Por que uma saudade cresceu tantoimprevistamente se sua imagem,que às vezes se dilui entre palavras,permanece nos suspiros prolongados,sua presença persistea preencher os vaziose seu sorriso continua permanentementedependurado em meus olhos?

Carlos de MoraesDecano/São Paulo/SP

[email protected]

Caris Licia GarciaTitular/Campinas/SP

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OS SENTIMENTOS DE RICARDA

Ricarda Maria Leal Alvim, de Miracema/RJ, Cadeira José Mourão Fraga,da Área de Letras, da Galeria dos Decanos do Conselho, do Clube dosEscritores, lançando seu novo livro de trovas e poesias “Sentimentosdo dia-a-dia”. Lançamento da autora. Contato:[email protected]

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20 21PERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADE--------------------------

Texto deCarlos Moraes Júnior

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

TEMOS ORGULHO DA GARRA E DA CRIATIVIDADE DO MOURA

Temos tentado contar aqui neste espaço histórias de vidas e das experiências reaisvividas por centenas de pessoas que conheci durante estes anos como editor da revista.Todos eles, sem dúvida, merecedores de elogios, nas suas respectivas áreas de atuação,todos eles nossos amigos sinceros, que povoam o Clube com o seu talento e a suacapacidade infinita de sonhar, de colocar a sua Academia cada vez mais em lugar dedestaque dentre todas as instituições deste gênero. E muitos amigos que destacamosaqui não estão mais entre nós. Passaram para a história, a demonstrar que o Clube dosEscritores também tem uma história que já foi escrita. É para nós um grande orgulhocontar um pouco da vida e da obra de nosso Acadêmico Benedito Augusto de Moura, dePiracicaba/SP, é professor formado pelo Instituto Educacional Piracicabano e graduadoem Agronomia pela Escola Superior de Agricultura, Luiz de Queiroz, quando foiPresidente do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz .Foi Diretor Presidente da RevistaCientífica “O Solo” do CALQ, Sub-Chefe do Departamento de Insumos Agrícolas daCooperativa Central Agropecuária do Paraná e Assistente Técnico Parlamentar naAssembléia Legislativa/SP. Professor de Inglês, foi ainda do Centro de Defesa do

Consumidor da Câmara deVereadores de Piracicaba,Membro do ConselhoConsultivo dos Ex-Alunosda ESALQ, Conselheiro doLar dos Velhinhos e Diretore Apresentador doPrograma Radiofônico“CALQ em notícias”. Foiainda Presidente da Uniãodas Escolas de Samba dePiracicaba, Diretor daEquipe Unidos FutebolClube da Paulicéia eRepresentante Discente naCongregação da ESALQ.Foi premiado muitas vezes,participou como cidadão dediversas lutas populares ede classe, foi tradutor detestos tecno-científicos,sendo ativo Conselheiro doCentro de Documentação,Cultura e Política Negra dePiracicaba. Atualmente éDiretor-Presidente do jornal“Gazeta Regional” dePiracicaba.

A AGONIA DO RIO

Olho para o rio, queoutrora ia cantando,hoje vai chorandosuas águas,pelo peso de tanta impureza.A chuva que agora cai, sãoas lagrimas do rio,que subiram aoCéu e voltarampara demonstrarsua tristeza.Galhos, folhas, todaa sorte de coisassuas águas a transportar,nos mostrama morte das árvores,em seu caminho a levar!Até os animais que levaboiando comoo jacaré do Pantanal,que perdendo o seu“habitat” natural, seencontra só, procurando ...Outras coisas estão acontecendo:o pássaro das matas,sem as árvores, migra,faz seu ninho no poste.E até já vi na cruz duma igrejaQue bendito seja!Agora vemos os riossaindo de seus leitos,invadindo com fúria, cidades,a casa dos homens.Acorda humanidade,se ainda houver tempo.Mergulha em ti mesma.Procura a tua Verdade!

COMPROMISSO COM A VIDA

O que tem lá fora (mundo)melhor que dentro?Que aprecias aqui dentroé melhor que fora?O que sensibiliza sua alma... é fora ou dentro?O que precisa para o crescimentointerior está fora ou dentro?Depende do envolvimento com a arte?Das orações? Da prática do pensamento altruísta?No desejo ardente de alcançar a felicidadeMas, a felicidade não é alcançada, conquistada?A cada minuto!O que mais o envolveriapara o seu crescimentoVerdade... Bem ... Belo?São palavras de conduta, postura,bom-senso, sinceridade, honestidade,credibilidade, dignidade de vida?Para a vida? Com a vida?

Célia Rangel de Almeida e SilvaTitular/Guarartema/SP

Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Sorocaba/SP

LIMIAR

Silente DormenteAmeno de esculturaNão rasga rendaNão espreita fendaNão tem arquitetura

MolenteImpotenteSem estaturaNão penetra carneNão se encaixa em ranhura

DementePendenteEm berço esplêndidoDorme e perduraNão goza e choraA perdida carnadura

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

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22 23POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL--------------------------------------------------------------------------------

Cenira Almeida NogueiraColegiado/São Bernardo/SP

HOMENAGEM À ASSIS

Para mim! Assis, belo passado.Breve tempo que iá morei.Valioso foi meu retorno.

Quando no seu solo pisei. Restaurei felicidade.

Em pisar no antigo solo.Do tempo que lá vivi.

Uma cidade chamada saudade.

Lembrança dos belos sítios.Do leite tirado na hora.

Das canoas navegando livre.No Rio Paranapanema.

Das charretes e carroças. Com seu motor a cavalo.Um relógio bem natural.Do galo cantante cedo.Que jamais desaprecio.

Assis está fagueira, bonita e principal.Assunto do lugar é usina de açúcar.

Ouro verdejante, largo campo de emprego.Assisense é nome nobre.

Da cidade brasileira.

Na distancia da memória.Vi saudade do passado.No cartório da cidade.

Registro de minhas filhas amadas.

Ao pisar aquela terra.Relembrei quando em donzela.

Minha raça em união. Junto a mim o meu consorte.

A memória imagina.Rico outrora nada em vão.

Meu agora, pensar sozinha.Nunca mais meu braço forte.No andar de cima meu Varão.

O CEMITÉRIO Não visito cemitérioPorque sou muito nervoso,E olhando sepulturas,Fico  muito desgostoso,Lembrando dos que partiram,Pra o mundo misterioso. No campo-santo lembrança,Tristeza, dor e saudade,Pranto, aflição, desengano,Cada um sem dó invadeOs corações amorososCom rigor de tempestade. Quando é dia de finadosA grande recordação,É pior que grave corteDe um afiado facão,Dado impiedosamente,                               Por uma pérfida mão.Quem ama sem fingimento,Ao campo-santo pisar,Ou chora ou fica tristonho,Não pode se dominar,Lembrando todo  um passadoQue se foi pra não voltar.                                        Eu que sempre estou lembradoDaqueles que tanto amei,E amo depois de mortos,Ali não visitarei, Pra não sofrer recordandoDo que com eles passei.                              Para não ficar sentido,Nem refletir  o passado,No dia 2 de novembroEu fico sempre afastadoDe quem chora amargamente

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

[email protected]

O IMIGRANTE

Era um forte e sonhava sonhos altos.Deixou, por isso, um dia, a sua terra.O trabalho, para ele, era uma guerraPara vencer-se em mais de mil assaltos.

Transpôs rios e montes, mares, saltosEm busca de riquezas. Subiu serraE aprofundou o arado sob a terraNo sonho louco dos homens incautos.

Mas foi-lhe ingrata a vida. E o coitadoQuando sentiu o sonho terminado,Velho demais para que alguém se engane,

Olhou atrás de si o que ficara.Com desencanto impresso lhe na caraSuspirou com tristeza: “- mondo cane.”

A SECA DO SERTÃO

Sertão em flor do meu Brasil querido!Tocam na viola em meio do terreiro,Uma canção que embala o meu ouvidoNas noites de um luar bem brasileiro.

Vejo o sertão agora desflorido!Chegou a seca- pássaro agoureiroQue com seu grito fúnebre e dorido,Faz transformar o campo num braseiro.

O gado morre todo. A sede, a fomeE a morte, disfarçadas noutro nome,São portadoras da desolação.

Mas o caboclo de viola no ombro,Deixa tristonho, a casa, agora escombro,Para fugir da seca do sertão.

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Piracicaba/SP

Claudio Jucá SantosAssinante/Maceió/[email protected]

Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam

[email protected]

ÉS LINDA PRIMAVERA

Sob um azul de céu, independente,Desabrochando flores coloridas,Sublima a alma e o coração da gente,Ao ver cair mil pétalas perdidas.

No renovar de flores em seus ramos,A perfumar, o imenso, das campinas,Se longe estamos, de quem sempre amamos,Resta-nos só, no coração, ruínas.

Mas a florada ao perdurar, intensa,Nos trás à alma uma vontade intensa,Que nos incute uma paixão mais densa.

O amor assim, um novo ano espera,Para reencontrá-la, outra vez, quem dera,No esplendor da doce primavera.

BRILHO

A estrelaD’Alva me diz:-- A vidaÉ imensaE pode terO meu brilho.

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

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SERÁ DEUS QUEM ME OLHA?

Será que Deus me olhaassim lá do infinito espaçovelando por mim no céue eu aqui me deito em olhos na sua imensidão-regaço?alço meu vôo corpo lassoem asas de falso açofazendo de meu o quase laço. eu me envolvo, revolvoe me dissolvo finalmentenum sem fim abraço,amor, dor, perdão e o nãosão mãos que reclamamda solidão que me ardee em chama me chamampra dentro do coração,e pra dar paz ao sime à rejeição eu faço de mimà guisa de um poemaeste ser que te contemplae reinventa a oração.

Dalila Cunha e Mello BalekjianConselho/Rio de Janeiro/[email protected]

VEJA O AMOR NASCER

Veja o amor nascer:

Vos olhos de uma criança,Na experiência do ancião,Na prática de uma bonança.

Veja o amor nascer:

Junto à natureza,No lindo cantar das aves,No céu, com sua beleza!

Sinta o amor espalhar-se:

Na força do vento a soprar,Nos rios cortando a terra,Unindo força com o mar

Veja o amor em si próprio:Tornando-lhe a alma e o peito,Purificando seus pensamentos,Gerando-lhe um novo conceito!

Benedito Daniel ValimDecano/Piracicaba/SP

[email protected]

ENSAIOS SOBRE A AMIZADE DE FILEMON FÉLIX

UM LIVRO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA DE VERA PERPÉTUO

Muita sinceridade e beleza neste livro “Cartas Fraternas”, de FilemonFélix de Moraes, de Brasília/DF, Cadeira Álvaro Augusto Carvalho, daÁrea de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba. Lançamento da Editora Lima e Félix. Contato:[email protected]

Um livro de extrema importância é este “Eu tenho medo de dirigir”, de VeraLúcia Perpétuo, de Brasília/DF, Cadeira Alfredo Alencar Aranha, da Áreade Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba.Lançamento da Editora Lima e Félix. Contato:[email protected]

A FAÇANHA DO QUERER Entrelaço-meEm seus braçosE seu abraçoDispersa meus anseios,Dissipa meus desejos,Acalma meus medos. DisfarçoOs gemidosPara aumentar a libidoE excitar você...Como é possívelNão desejar lhe ter?

Daniela PachianiDecana/Piracicaba/SP

[email protected]

ROSA AZUL

Desabotoa...a tua rosa azul!Mostra as cores das tuas pétalas internas...escondida, assim, ó flor das flores,faz do meu coração, tua rosa,e da tua rosa, minha vida...

Sôfrego botão...entreaberto, assim,

ficas a meio caminho, indeciso,entre a vida e a morte...

Magnética flor, que ameaçou se abrir,não podes mais cerrar-te, em recolhimento,habita teu solitário de cristalbanhada em meu vinho de ternura e prece...

Esta rosa é minha!Esta cor sou eu! Rosa azul!Fica, divina... na janela do paraíso,

no peitoril, onde brincam gêmeos,

o raio de luar e o raio solar...

Por onde vagueia o absorto colibride bico dourado de tanto sorver o pólenda tua rosa. Desabotoa, amor!Desabotoa amor, a tua rosa azul!

Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/[email protected]

CALAFRIO: FRIO E TERROR

Aquece e esquece!O frio também fervea gema dupla do ovo frito,fim dos gêmeos pardais.

Calafrio de terror.Monstro que aquece o frio!O pardal gêmeo não nasceu...Nasceria uma crianos invernos de terror,se não fosse o calor da fritadeira,se não fosse o calor do cobertor!

O frio aquece.O frio cria!Não se esqueça:somente no frioo monstro nasce e cresce.

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

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26 27OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO----------------------------------OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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Luis Antonio GroppoColegiado/Piracicaba/[email protected]

ESQUEÇA SEU AUTOMÓVEL

A vida, a mídia, os amigos, o cunhado concorrente... todosnos ensinam que, para se dar bem na vida, para ser bom na vida, é preciso ter um beloautomóvel. O automóvel penetrou nossas cidades, tragando-as em ruas e avenidas cadavez mais largas, perigosas. Avenidas que abrigam carros velozes quando somos pedestres,congestionamentos quando somos motoristas ou passageiros. Como os cidadãos debem são apenas aqueles com seu próprio automóvel, mofamos nos congestionamentos eatropelamos os seres suspeitos.

Berenice lutou bravamente por sua carteira de motorista. Elafoi reprovada em dez exames. Seu corpo tremia, sua mente sumia... Terríveis circuitos,fazendo suar frio os examinadores. Passou na baliza só na quarta tentativa. Na faixa, lápela sexta ou sétima. Numa bela manhã, em sua décima tentativa de ser aprovada nocircuito, pegou o examinador feliz da vida por ter passado a noite com a amante, de cabeçaainda cheia de bom vinho. O examinador tirou um cochilo e, quando deu por conta, viu-secompleto o roteiro. Só restava aprovar a dona teimosa. Por que, dona Berenice, quis tantotirar esta carteira? Pra que tanto esforço, tremedeira, desvario, pavor?

Ela ingressara no tempo lento dos congestionamentos, nohumor irascível dos carros apressados, atrasados e irresponsáveis, no espaço apertadoentre um carro e outro, no instante infecundo de um abrir e fechar de semáforo. Primeiropasseio de carro. “Não, eu vou sozinha”, disse ela ao assustado esposo. E foi mesmo,bem pro centro da cidade, com aquele trânsito terrível, motoqueiros nervosos, carrosbuzinando e pedestres distraídos. Sem falar na dificuldade de achar uma vaga paraestacionar. Mas estava com sorte! Parecia que todos os motoristas, naquele dia, tinhamdormido com a amante e se entupido de vinho na noite de véspera.

E nem precisou fazer a hedionda balisa para estacionar seucarro. Havia uma vaga bem na esquina. Foi só dar uma rezinha, sendo que o carro de trásteve sorte de não ter o farol esmagado. A dona pagou contas, comprou brincos, uma ououtra roupa. Estranhamente, para um observador externo, não se entupiu de pacotes, oque seria esperado de uma dama com alguma grana e um carro transporte só pra ela.

A força do hábito era a culpada. Não é que Berenice desceucom seus poucos pacotes em direção ao terminal urbano e, para o horror de qualqueroutro motorista iniciado e proprietário de um veículo ... tomou um ônibus? Entrou pelaporta da frente, pagou com trocado e tudo, achou lugar para sentar e ficou admirando como mesmo tédio freqüente a mesma paisagem de sempre.

Quando o ônibus atravessava a ponte que ligava as duaspartes da cidade, no meio de seu caminho, sentiu uma coisa apertando no bolso da calça.“O que será isto?”, pensou. Antes mesmo de puxar, já sabia a resposta: “É a chave docarro!” Lembrou-se, enfim, que tinha ido de automóvel para o centro. Seráque ela precisava mesmo do seu carro? Precisamos mesmo?

ESTE LUIZ DE QUEIRÓS QUE EU AMO

Material para falar sobre Luiz de Queirós encontra-se nasmais diversas formas como livros, jornais, revistas, no “google” atualmente, em sites... Ésó procurar e copiar, e isso, qualquer um de nós pode fazer. Contudo, meu grande amore respeito por ele tiveram início desde minha adolescência quando vinha passar as fériasem Piracicaba na casa dos meus avós e não me cansava de pegar o bondinho com minhastias, e “passear na Escola Agrícola”. Muito pelas belezas naturais (tantas árvoresdeslumbrantes, plantações, e também as dezenas de prédios e casas (de funcionários,professores e diretores), uns já prontos, outros em construção para moradias, aulas,estudos e laboratórios futuros... Sempre percebi muito movimento lá...).

E então, cada vez mais crescia a minha admiração que sempreeste homem magnífico, demonstrou em seus sonhos e anseios que eram “fazer umaescola agrícola prática para ensinar a arte da agricultura valorizada pela experimentaçãonecessária no sentido de promover uma produção agrícola sustentável para o agricultor,com respeito ao meio ambiente, com pouca teoria, mas com as pesquisas necessárias”.Suas obras e objetivos em prol não só de alunos onde seriam instruídos e formados, daílevando para outras plagas as bagagens de conhecimentos recebidos nesta eméritafaculdade de agronomia que se transformaria numa das maiores do mundo, mas, pelapotencialidade de trazer em si e levar à tona e a cabo, essa suntuosidade de bens voltadosao progresso. Sobretudo na alimentação saudável do homem que, para a sorte de nossacidade, de nosso Estado e principalmente para o Brasil surgiu iniciando aqui em nossacidade um dia, pelas mãos deste jovem agrônomo e ser humano batalhador dos maisvalorosos, visionário por vocação dos mais criativos e competentes, nas suas idéiasincríveis de avanço, sobretudo na área agrícola de um país. Luiz de Queirós rompeutodas as barreiras possíveis indo mostrar em outros lugares do mundo a riqueza decompartilhar sua participação inestimável! Por essas e por tantas outras questões amoLuiz de Queirós! Pela sua genialidade e sagacidade, pulso firme e forte, que nada o faziadesanimar ou desistir de seus sonhos. Amo este tipo de gente! Amo a derrubada debarreiras e o desafio que parece sempre querer destruir tudo o que necessita de dedicação,carinho e afinco para se chegar lá. Por isso fiz de Luiz de Queirós meu patrono naAcademia Piracicabana de Letras, da qual hoje exerço o cargo de presidente.

Com muito orgulho, principalmente por levar adiante o nomee o prestígio desta figura exuberante e bem resolvida desde tempos passados, quandoos tabus eram mais ferrenhos ainda, os preconceitos e as dificuldades, grilhões a pretenderderrubar ou não deixar florescer ideais, pelo simples fato da acomodação, da inércia,inanição ou indiferença (porque não dizer, por falta de capacidade e competência?).

Vaidades que perderam seu lugar, em confronto com odinamismo e perseverança de Luiz de Queirós que foi o grande vencedor. Luiz de Queirósnão teve um monumento à sua altura. Não foi possível! Como diz a placa em frente aoprédio principal da Esalq: “À Luiz Vicente de Souza Queirós, o teu Monumento é a tua

Escola”. Magnífica e eficiente homenagem àquele que levantandosua bandeira de fé em realizar um ensino maior para grandesconquistas nacionais e internacionais traz com ele até os dias dehoje, a glória de seu desejo concretizado no seu magnífico projeto decultura, eficiência e amor para um mundo melhor.

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28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------------------------------- POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

----------------------------------------PRECE

Senhor Deus,Quão pequenaSou diante de ti,Mas creio na tuaInfinita bondade,

Com este serQue chora de saudade,Com esta alma aflitaQue implora piedade

Senhor,Na tua infinita misericórdiaDá-me de beber do teu amorAquece o meu corpoCom teu divino calor

Sabes o quanto sofroNa vida terrenaNão deixe senhorQue minha alma seja pequena

Pequena diante de tiFraca...Diante dos homensDá-me a tua luz.Ajuda-me conduzir esta cruz

Toma leve o meu fardoQuando a minha força faltarAmpara-me em teus braçosQuando eu não mais puder caminhar.

AS ESTAÇÕES DA VIDA

Na primaverasou criança:frágil, inquieta, inocente!

No verãosou jovem ou adolescentetentando acomodaros apelos de meu corpo ardente,desafiando novos perigos,morrendo em acidente...

No outono,santa maturidade,trabalho muito,reorganizando o mundo,salvando a humanidade!

No invernosou ancião de qualquer idade,quieto num canto,curtindo mistérios e solidão,que ninguém mais conhece,e, como a primavera não voltae nenhum verão me aquece,querido irmão, por favor,empresta-me seu cobertor?

Dinair Pereira de AssisTitular/Jataí/GO

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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IMAGINE Imagine não haver o paraísoÉ fácil se você tentarNem inferno abaixo de nósAcima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoasVivendo para o hoje

Imagine que não há nenhum paísNão é difícil imaginarNenhum motivo para matar ou morrerE nem religião, também

Imagine todas as pessoasVivendo a vida em pazVocê pode dizer que eu sou um sonhadorMas eu não sou o únicoEspero que um dia você junte-se a nósE o mundo viverá como um só

Imagine que não ha possesEu me pergunto se você podeSem a necessidade de ganância ou fomeUma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoasPartilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhadorMas eu não sou o únicoEspero que um dia você junte-se a nósE o mundo será como um só

Antonio Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP

[email protected]

FILOSOFAR

Racionar acerca de temas filosóficosEntrega à especulaçãoDiscorrendo sobre a matéria, Ciências.Meditar, cismar, maturar,Conceber teorias do ser,O homem e seu papel no universo,Na reflexão crítica,Fundamenta o conhecimento,Entendimento de valores cognitivos,Lógica, ética e estética.Valores normativos,Saber racional, conhecimento.No conjunto de toda ciência do viver.Aprender, humanizar,Sabedoria de quem suportaCom serenidade e firmezaOs acidentes da vida.Condicionado, rotina repetida.Maturidade dos anos,Diretrizes nas condutas,Lutas e desafios,Filosofia de vida.Sistema que explica e sintetiza.As escolhas, na ordemDe conhecimento vivido.Não aprendido, filosofia perene,Permanente e única na essência,Contradição das doutrinas,Caráter eterno,Reveste-se nos princípios deSão Tomas de Aquino,Filosofia primeira,Amor á sabedoria, Sophia.Reflexão critica das normasDo pensar e agir de nós mesmos,Consciência critica da nossa experiência,Considerada em sua totalidade.

Dorah Mussi MoussaAssinante/São Paulo/SP

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-------------------------------------------

Eliana Wissmann AlyanakConselho/São Paulo/SP

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Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

SONHOS E SONHARES

Os meus sonhosSão profusos, são fecundos...Se liberto a imaginaçãoE abro o túnel do tempo,Deslizam, voam, vagueiam...Percorrem o mundo.

Os meus sonhosJá me deram varinha de condão,Me levaram a palácios e castelos,Montaram cavalos alados,Escalaram pés de feijão...

Passaram por canais,Rios, vilas, ruelas...Singraram mares,Planaram nos ares...

Escalaram montanhas,Colocaram-me na corda bamba,Arremessaram-me pelos aresA alçar o preciso trapézio.

Passaram por apinhadas favelas,Pelo burburinho efervescenteDas grandes cidades...Se hospedaram em castelos medievais.

Vestiram roupas elegantes,De grifes internacionais,Foram a belos restaurantesA joalherias fulgurantes.

APRENDIZADO

Talvez a vidaMostre-nosOs erros que cometemosEmbora nos desgosteFingimos que não os vemos

Assim vamos perdendoO ensejo de burilarNosso espírito, masNão adianta burlarAs oportunidades que temos

Vão se os anosAprendendo a dorDos desenganosO que escondíamosAgora sabemosOh! Como sabemos!

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

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Elba Matos Mendonça Conselho/Urubici/SC

[email protected]

PÓLEN

A pétala de rosaTem o pulso aberto,O peito rasgado,A carne ferida(cá dentro de mim)

E se esvaiNum filete de sangue,Numa gota de seiva,Num sopro de vidaenfim ...

Eliseu OroConselho/Descanso/SC

AGORA

Agoraque você não vemAgoraque você não querAgora que você não senteAgoraque você não se importaTudo que eu queroé sua chegadaTudo que eu esperoé que você queiraTudo que eu praticoé para que você sintaTudo que eu façoé para tornar-se importantenesse vaivém de emoçõesatitudescomportamentosquebrasrecomeçosreleiturasreinvençõesdo nosso entreatoem meio a tantoamorpouco a pouco

O PÔR-DO-SOL

O pôr-do-sol fenomenal,Indescritível e sem igual,Ei-lo de mui rara beleza...A vencer até a tristeza...

O colorido era admirávelE aves, num gesto louvável,Buscavam um lugar para passarA noite serena, tal doce lar...

Todavia, a Saudade se fez sentirNessa hora, pungente a persistir,Enquanto nuvens pelo céu se adelgaçavam.E pela mente as recordações perpassavam.

Foi ao pôr-do-sol o primeiro encontroDaqueles dois amantes que, de pronto,Começaram a falar a suave linguagemDo amor, como a benfazeja aragem...

Que o nosso Deus Criador,Onipotente e bom Senhor,Zele sempre pelo gracioso encantoDo pôr-do-sol, qual mavioso canto...

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32 33POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-------------------------------------------

IVAN MARQUESCABELEIREIROS

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-------------------------------------------

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

Maria de Fátima MussatoColegiado/Jales/SP

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Hazel de São FranciscoColegiado/São Paulo/SP

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AS LUZES DA VERDADE

As luzes da verdade não têm dono,Não têm partido e não têm patrono,Não têm por guia doutos sacerdotes...

As luzes da verdade não ostentamRiquezas e honrarias que sustentamO apogeu de reis e seus nepotes...

As luzes da verdade subsistemA iluminar aqueles que persistemAo desvendar ao mundo a realidade.

As luzes da verdade luzidiaSão desveladas na sabedoria,Que tende a desvelar a eternidade.

AS ESTAÇÕES DO ANO E NÓS!

Passados os dias da primavera,Que foram vividos com ardor,

Amados com intensidade,Com a urgência da juventude.

Chegamos ao verão ardenteQue faz despertar em nós a paixão,

Queremos que nossa vida nunca acabeE cometemos nesta fase todo tipo de loucuras.

É chegado então o outono, tempo feliz da vida,Em que amadurecem as emoções,Equilibram-se nossos sentimentosE noss’alma amadurece também.

Quando em nós chega por fim, o inverno,Preparamo-nos para as mudançasQue conosco ainda ocorrerão...

Tornamo-nos mais amáveis, mais ternos,Compreensivos e enchemos de afeto

O nosso já maduro e apaziguado coração!

O BANDEIRANTE

Viajo eternamenteLuas e sois, meses e diasCom o pe na estrada, acompanhoA nuvem solitária.Caminho sob a neblinaNo céu da madrugadaPelo caminho,Os ipês floridos...Será que os verei na próxima floradaCaminho sem olhar para pra’tras.

ACABOU

Como tudo acaba na vidaO amor acabouNo inverno prescritoCaminhávamos juntosMãos dadasNas alamedas floridasDo roseiral no jardimAinda trago nos lábiosA doce pressão do teu beijoO gosto amargo da tua lágrimaA fragrância do teu cheiroGuardo fundo no peitoTudo o que sentimos unidosTodos os momentos vividos

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

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ATÉ UM DIA

Sentindo saudade,No vaivém desta lida.A gente aprende com vontade,Quando se é amado na vida.

Que herói e que gigante.Ah! Tão enorme coração.Dono de uma bondade marcante,Hoje me calo diante de sua imensidão.

Foi-se de mansinho,Coma parte o homem correto.Em minha prece digo baixinho:Até um dia Dr. Losso Netto!

Lená de Barros IglésiasConselho/Pelotas/[email protected]

Felisbino de Almeida LemeConselho/Piracicaba/SP

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BOM ÊXITO

Bom êxito é a obtenção da venturaDe atingir plenamente objetivos,Tanto na vida familiar de ternuraComo efeitos laboriais positivos.

O sucesso é estritamente pessoal,Só terá valor se causar felicidade,Será o apanágio de esforço magistralAvivando o lume do vigor da vontade.

Poucas palavras exercem um encantoMaior que – sucesso – em nossas mentes,Parece conter uma energia, porquantoLibera incredíveis forças latentes.

Os anseios: Paz, Saúde, Sucesso e AmorQualificam as pessoas que se realizam,O sucesso vem pela eficácia do labor,Paz e amor é o prêmio dos que fraternizam.

O sucesso emita uma escala gradualPessoas poderão ter alvos diferentes,O que para os humanos é naturalLevando em conta a profusão de mentes.

Quem tem saúde, tem o corpo atiladoPara a busca da evolução humana,Deve ser grato por esse predicadoQue da benevolência de Deus emana.

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/RS

TUA PARTIDA

Saudade imensa de ti,que maltrata minh’alma dorida, sofrida.Recordações surgem:Cantando, sonhando, sorrindoFelicidade distribuindo.

Recordo tua face serena,já desta vida saindo,deixando-me... deixando...Mas, continuo de ti lembrandoe, te amando, amando;Sempre, para sempre:Amando-Te...

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34 35 C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A ----------------------- ----------------------- C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A

A FONTE ÚNICA

A sua mente sempre aceita toda a idéia dominante, entreduas, seja harmônica ou desarmônica. A escolha é sempre sua. Toda ação está vinculadanos laços de futuras gerações e cada um de nós tem grandes e profundas responsabilidadesna escala evolucionária. Procure raciocinar mais claramente sobre todos os motivos pelasquais todas as coisas visíveis e invisíveis partem da Fonte única. A sua mente sempreinscreve e sem questionamentos todos os desejos verdadeiros e mantendo mais interesseem cada um desses desejos passe a pensar tranqüilamente, nutrindo cada um deles com fée esperança. É verdade que atitudes modificadas alteram tudo. Se você der ênfase às energias do perdão e boa vontadepara com todos e também se perdoar e nutrir pensamentos de promoção, riquezas eexpansão, a sua mente profunda reagirá e florescerá. A vida sempre continua, por issosempre existe a possibilidade de alguém pedir o reajuste no amor e na caridade, em tuacompanhia. Muitas vezes o temporal nos faz buscar abrigo, embora queira parecer e entãoa conhecer, quem simpatiza, nosso caminho, às vezes entristecido pelas falhas humanas,pelas coisas que oprimem e pelo brilho no olhar, desde o começo dos tempos, muitaspessoas se fascinam pelos detalhes e simplesmente se esquecem o que procuram.

É preciso conhecer a alegria e a paz interior, que o mundohumano ainda não conhece, pois as flores refletem bem o verdadeiro, quem tenta possuiruma flor, verás a sua beleza murchando, mas quem olhar uma flor no campo, permanecerápara sempre com ela. Certas coisas são tão importantes em nosso cotidiano que precisamser descobertas sozinhas. As pessoas sempre chegam na hora exata nos lugares ondeestão sendo esperadas, pois nada acontece ao acaso.

É por isso que quando todos os dias ficam iguais, é porquedeixamos de perceber as coisas boas que aparecem em nossas vidas. Escute sempre o seucoração. Ele conhece todas as coisas, porque veio da dimensão oculta do mundo e um diaretornará para ela. Quem sempre interfere no destino dos outros, jamais descobrirá o seu.É justamente a possibilidade de realizar um sonho, que torna a vida muito mais interessantee harmônica. Quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudopassa a acontecer plenamente dentro de nós. Bom dia e boas energias. Euacredito em você.

João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP

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Ouvindo a leitura do texto de Rubem Alves “O galo”,evoquei passagens de minha infância e de outras pessoas, que também conviveram emambiente campesino. Era uma festa ficar à tardinha, vendo a volta dos colonos, após maisum dia de trabalho, com as carroças cheias de capim verde, ou ponta de cana para osanimais; outros, com enxadas e facões, vestidos com trajes de tecido grosso, grandeschapéus de palha, luvas nas mãos, na época do corte da cana.

Prolongava o meu passeio, para ver e ouvir o cacarejardas galinhas, na hora de se acomodarem nos galinheiros e nos poleiros, por elasimprovisados nos galhos das árvores. Nos meus cinco anos, não entendia comoconseguiam dormir tão desajeitadamente. Imaginava que o galo de penas de um marromavermelhado, sempre cantando e fazendo a corte para um grande número de galinhas,durante o dia, as velaria no sono noturno, tal como o rei bondoso de uma história que mecontaram. Este sim velava pelos seus súditos.Quantas vezes corri em companhia deminha mãe, para acudir as galinhas caipiras, (de um vermelho bronzeado), as suas“queridas popocas”, com as quais ela conversava! Elas, e também o galo quandoassustados emitiam o que chamávamos canto de guerra. Foi num desses alvoroços, quenosso pai foi verificar o que havia de estranho, e a cobra jararacuçu o picou.

‘ Mas, esquecendo esse lado do galo, de líder mandão,tenho saudade do seu canto, muitas vezes até estridente, que nos acordava e avisavaque a aurora chegara. Os tempos são outros e não ouço mais seu canto, principalmentena paisagem urbana. Chego a desejar, ser de novo despertada por ele. Dá até para repetiraquele jargão popular: “A gente era feliz, e não sabia.”

Ao escrever sobre esses galináceos, que tanto marcaram nossa infância ejuventude, lembrei-me da querida amiga escritora, Virgínia Prata Gregolim, que tambémteve grande parte de sua vida em ambiente rural, e descreveu-os poeticamente, atravésdo seu livro “O canto do galo preto” Ele foi o símbolo dos dias áureos de sua trajetórianesse Planeta-Terra. Quanta lembrança boa o canto do galo nos traz! Coincidentementeescrevi esse texto próximo do dia vinte de setembro, data de natalício de Virgínia Pratta

Gregolin, autora do livro “O Canto do Galo Preto”. Cara amiga, na pazdivina, receba o carinho de todos os amigos escritores

O CANTO DO GALO

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

APRESENTAMOS O NOVO LIVRO DE ARACY FERRARI

Aracy Duarte Ferrari, de Piracicaba/SP, Cadeira Alcides Bernardi, daÁrea de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba, apresenta seu novo livro de poesias, contos e crônicas,intitulado “Mergulho Interior”. Lançamento da Editora Equilíbrio.Contato: [email protected]

HISTÓRIA BEM CONTADA DE UMA ESCOLA

Livro de História contemporânea é este “Egressos de Sucesso Históriada Escola Estadual Professor Chaves”, de Vicente de Paulo Higino,de Uberaba/MG, Cadeira Danilo Sancinetti, da Área de Letras, doColegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba.Lançamento da Publi Editora e Gráfica. Contato:[email protected]

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/Taquaritinga/SP

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CINZAS AO VENTO

Sou livre como o ventoPercorrendo montanhas,pastagens e acampamentosAssim vivo e tentoEspalhando sorriso e lamentoEntre bosques e alamedasQue se contorcem nos limites severosDas prisões

Vento, ah o vento bisa em seu acalentoViragem tufão pensamentoTurbilhão de idéias e comportamentos

VentoQuisera acompanhar-te entre tantos recantosE tornar a vida um encantoSilencioso, parco ou barulhentoVentoMolhadoNum manto de areiaCoberto de folhas

Redemoinho giganteEólicoEm puro movimentoÉs o ventoQuando morrer quero minhas cinzasLançadas ao ventoE viajarei por terras que não pude conhecer

Vou provar aromasTocar flores e pântanosEscalar barrancosTocar as nuvensBeijar o cume das montanhasE mergulhar no marPara que numa onda barulhentaSurja e desapareçaNo ciclo infindável da vida.

CORPO SEM VERDADE

A veracidade de suas palavrasAfogaram-se em cinismoEm sua arrogância e falsidadePerco o juízo.

A vida passa pela minha frenteE só vejo fúria ao invés da curaNão enxergo. O que é coerente?Cega-me com sua loucura.

Grito por socorroEm meus olhos mostroo monstro que criouDe nada adianta.

Com os pés em minha gargantaCanta vitóriaSegurando nas mãos toda verdadeQue de mim arrancou.

Gian Carlo de Carvalho Praeclarus/Piracicaba/SP

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Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP

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LOURA

És todinha um brinquedoque meus olhos desde cedonão se cansam de olhar.És criança intransigente,tão bonita, displicente,que não canso de amar,És de curva construída,uma tela coloridaque não canso de tocar.Tens um ar insidiosoum olhar terno e malicioso,que me faz arrepiar.És mulher insatisfeita,és mulher quase perfeitaque me dá o que pensar.

UM QUADRO NA NOITE

É! Passou ...me passou mais um dia...vejo o crepúsculoque se chega,e se achegaa hora do aconchego,não só nosso ...os bichos, os pássaros,também se recolheme encolhemcom a leve brisaque nos bate no rosto.Quando ela chegar, a noite,e já começa a dar seus ares,o frio deste julhocompletará o quadro que se pinta.O negro estreladode tudo vai tomar conta,podendo escurecer os corações.E por que não?

ETERNO AMOR

Bate forte no peito,quando largado no leitopor conta de uma paixão,recordo-me daquele beijo...Toda vez que eu te vejopalpita meu coração.

Em meu corpo um calor,flama do nosso amor,que nasceu duma amizade...Oh! Minha doce amada,pretérita namorada,que está presente na saudade!

Herdaste-me com um adeus,porém, vi nos olhos teusque me amarias eternamente,como também viste nos meus,que meu coração é teu,apaixonado para sempre!

Gilberto Peter Caramão Titular/São Sepé/RS

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Gilson Santos de Jesus Decano/São Paulo/SP

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ESTOU INQUIETA !

Andarilhos da felicidade,caminheiros da beleza,peregrinos do amor...O coração bate,bate forte,está inquieto,exige sempre.No fundo a saudade surge...Como ânsia de encontrar o sumo bem,o sumo amor, o total da beleza...A plenitude da paz e da esperança.Encontrar á DEUS !

Leinecy Pereira DornelesColegiado/Rio Grande/RS

[email protected]

NOITE

É noite,Apagam-se as luzes,Oculta-se a face.

Sonhar, encantar...Não se vê lá foraum só passear.

Casa escura por dentro...felizes a contento,tristeza ao relento.

Espera-se o momentode ver novamentea face brilhar.

Levy Leal de SouzaPraeclarus/Cotia/SP

[email protected]

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DECLARAÇÃO

Declaro-me aberta a confissãoConfesso penitentementeque errei de profissão.Deveria ser... bem não seimas só sei que assim não.Meio mestra, meio patroa,meio doméstica, meio mãe.Tudo meio, por quenão ser inteiro, então?Por que não mergulhar inteiranuma só ocupação?

Caminhos váriosNunca uma só estrada iluminadaSó atalhos, mais atalhostodos tão pequenosque eu percorri com amor.Quando, porém, surgiuuma estrada iluminada,esta tão cheia de entravesque quase me perdi...mas consegui percorrê-laapesar dos tropeçose dos fantasmas da hostilidade.Hoje estou aqui,e voltei aos atalhossó atalhos,que eu faço virar caminho...

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

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 MEU CORAÇÃO, MINHA EXTREMA (Para Rose)

Ao olhar tuas serras diversas,em cores vicejantes nestebelo tapete de relva verde,vejo deslumbrada o “Portal de Minas”separando a “Selva de Pedras” queno passado deixei adormecer.Procurei abrigo no “Circuito das serras”verdes e encontrei a exaltar-se em festa:meu canto, meu ninho...Nesta trilha encantadaposso contemplar misturadas as bromélias,touceiras douradas ressequidas pelo astro rei,assim como deslumbro inebriadaos espaços imensos do verde-esperança,do verde-vida.Sinto ao entardecer sobre minha pele,o rubro quente do sol se pondopara o repouso merecido.Gentilmente sua majestade cede sua vezà lua e às estrelas, com passagem livrepara outra exibição magnífica.Minh’alma feliz deixa-se embalarpelo bálsamo de nova vida,acompanhada por umagente simples e sossegada.Posso ouvir a música entoada ao meu peito.Meus tímpanos jamais se cansarãode sua contínua repetição,que se faz nesta melodia sublimeritmada de tanto sentimento...Sem que eu preciseolhar para trás,do alto da serra maisbrilhante percebo feliz,as fagulhas de luzespalhadas e repletas de amor.Iluminando nossa estânciaCom seu brilho inocenteque nos acompanhaem olhos de querubim azuis.

Hercília Gomes SiqueiraColegiado/Uberaba/MG

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O IMIGRANTE

Quando o imigrante deixasua pátria, seus irmãos,atravessando oceanos,transpondo elevados montes,percorrendo mil caminhosem busca de condiçõesmelhores de se viver,ou foge de algum perigoque, na pátria, lhe atormenta,tem rasgado o coraçãopela saudade cruelde seus pais, de seus irmãos,dos campos e pradariasem que nasceu e cresceu.

Mas ao chegar noutro solo,criando novas raízes,constituindo seu lar,com melhores condiçõesde trabalho e de lazer,fatalmente irá fazeralguns amigos fiéis,tão bons quanto os que deixoulá, na terra onde nasceu.

E a falta daqueles entestão queridos e saudososserá bem diminuídapelas novas amizades,amigos que a saudadefoi-lhe ensinando a fazer.

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PARTIDA Hoje acordei diferente...invisível corpo etéreoVolátil, qual som da sinfoniadedilhando o feitiço da harpaEstonteante harmonia da vidaecoando no recôndito da almaqual fetiche da madrugada...qual maestro levitando sonsOrquestrando perdido na magiaRompendo douradas aurorascheio de graça e brilhono olhar e no sorrisoNesta ópera da fantasiapor efêmeros instantesnossos lábios entregaram-seao instinto humanoe uniram-se no pecadoAcordei fadasem vida...O sonho estava de...partida

VIOLÊNCIA

O medo povoaos corações.Armados apenascom olhos de ódio,boca trancadae corpo tenso...Já não sabemos distinguiros que apenas têmpurezaa nos oferecer.

Ilka BossePraeclarus/Blumenau/SC

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Marina RolimPraeclarus/Santo André/SP

[email protected] Gonçalves Roma

Praeclarus/Rio de Janeiro/RJ

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4140 C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A C R Ô N I C A ----------------------- -----------------------

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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EROTIZAÇÃO PRECOCE

Você tem filha, neta, sobrinha, afilhada? Tem, enfim, umamenina em sua família? Se tem, preste bem atenção no que agora vou colocar, se não tem,compartilhe com as pessoas que tem, porque só assim a gente pode tentar mudar algumacoisa. A pedofilia é uma praga deste mundo virtual difícil de ser extinta.

Um desvio de caráter nojento, uma tara inqualificável einjustificável para a qual a prisão perpétua deveria ser pouco. Agora, se nada justifica aatitude covarde desses tarados da internet e do mundo real, algumas atitudes podemalimentá-la, reforçando a mente doentia e até incentivando os abusos. Refiro-me àerotização precoce das crianças, sobretudo das meninas, rebocadas de maquilagem, deunhas vermelhas e roupas curtas e apertadas desde tenra idade.

Pra cabeças ocas sempre há alguém que veja aí uma mina dedinheiro e os concursos de misses e rainhas disso e daquilo chegaram ao Brasil e àprimeira infância. Os cabeças de vento dos pais pagam quase dois mil reais só de inscrição,fora figurino e diabo a quatro, viagens, hospedagens e tudo o mais para ver aquelearremedo de mulher se requebrando toda, de cílios postiços, próteses dentárias nosdentes de leite que caíram, unhas pintadas, maquilagem pesada, penteadosmirabolantes, enfim,  nada que combine com infância, com brincar, com ser criança.

Com estudar então... As meninas devem ainda participar deum show de talentos e para isso treinam com professores de dança, de música, de canto,o que me parece a melhor parte de história. Duro é saber que pouco importa se elas tem ounão talento, o que vale é garantir a nota no concurso.

Minha netinha, que obviamente é mantida bem longe dessesholofotes, vira e mexe reclama que não gosta de calça comprida, só de saias com movimentoe detesta casacos grossos, porque a deixam “gorda”. Ela só tem três anos e é magra atédemais. Ah! E o colégio onde estuda é de freiras. De onde sai isso tudo?

Dos coleguinhas? Da TV (mais provável)? Dos assuntosfalados em sua frente? Não sabemos. Não dá pra pular etapas, criança tem que ser criança,tem que brincar, se sujar, descobrir, inventar, sem se preocupar com assuntos de adulto,ou hábitos de gente grande. A turma é determinante, o diferente é sempre discriminado,por isso a mudança tem que ser feita em conjunto.

O colégio da Bruna primeiro alertou, depois proibiumaquilagem , esmaltes e congêneres nas crianças. Muito bem, estão certíssimas. Se osadultos cuidarem mais de suas crianças, prolongando a infância, resguardando-as e

aprimorando mais seu intelecto do que  sua aparência, quem sabe assima sociedade desencoraja a pedofilia, ou pelo menos, minimiza oproblema? Quem sabe?!

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/[email protected]

AMOR E PAIXAO

Mesmo sendo sentimentos inteiramente diferentes, o amor ea paixão se tornaram uma relação constante em nossas vidas, para se ter idéia, estessentimentos estão tão próximos que se confundem. Existe a paixão que nos avassala, quetransforma nossa razão, que por ser arrebatadora, logo passa e se transforma em amor. Damesma forma, existe o amor que já se fez costumeiro, que está se enroscando na rotina,somente aguardando que possa ser revivido com um pouco de paixão. Mas existe aquelacoisa que nos arrebata e nos envolve, quando aquela boazuda de saia curta provoca agente atravessando a rua, fingindo que não é notada e que finge não ser notada, pelosseus dotes físicos e pelas vestes sumárias. É apenas excitação momentânea.

Mas experimentamos na vida diversas nuances de um mesmosentimento: aquele especial que todo mundo deseja encontrar no casamento, o amorpelos nossos filhos, pelas flores, pela música, por aqueles que nos adotam, porque existemtambém pais adotados, amor por filhos adotivos, as vezes sobrinhos que adotam tios,netos que adotam avós. E existe o sentir especialíssimo dos apaixonados, que vivem paraamar e fazer sexo como se fosse somente esse o sentido da vida. Mas o que acontece namaioria das vezes é que toda essa magia, esse fogo, essa paixão, com o passar do tempoarrefece, e dá lugar, ou ao desenlace, ou ao nascimento de um tipo diferente de amor,porque a paixão sempre tende a acabar, porém, o amor, esse não acaba nunca. Um filhosempre amará os pais, e vice-versa, porque o amor entre pais e filhos é eterno.

Existem relações dilaceradas, infelizes, que não se consertam,a não ser que uma paixão apareça do nada para reacendê-las. E desta forma, brincandocom diversos tipos de paixões, vivem homens e mulheres que têm experiência e conhecembem os caminhos do sexo, tendo vários relacionamentos, mas não encontrando nelesnada mais do que a felicidade passageira.

O conceito de felicidade aqui é mais amplo, pois ser feliz éamar e ser amado, é ter paz e prosperidade, é criar os filhos em ambiente de harmonia, enão, ficar experimentando vários relacionamentos fugidios que não têm alicerce e nemfuturo. Para aqueles que se desiludem com a vida, a felicidade é um presente de Deus.

Mas infelizmente poucas pessoas compreendem que afelicidade tem que ser repartida compartilhada, porque o ser humano é um bicho que nãoconsegue viver e nem ser feliz sozinho. Afinal, para que a paixão nos arrebate necessitamossempre o motivo que a faz irromper, para que o amor se manifeste, existe sempre um grandesentimento que se direciona ao outro. Para se ter felicidade, não é preciso ter religião,

mesmo que ela seja uma dádiva de Deus. Tem gente feliz com poucodinheiro, com uma vida simples, mas jamais, sem ter alguém paracompartilhar seu sentimento.

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Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

SONHO

Quando estiver longe - sonharei,E nos meus sonhos conversarei.Baixinho, direi tudoQue vai dentro de mim.Farei mil planos paraAnossa felicidade.Ultrapassarei montanhasE rios, muros e pontes...Viajarei a todos os cantos da terra.Sentir-me-ei como um pássaro,E nada me impedirá de ir buscar,O que o coração clama com ansiedade.Viverei todo o momentoEm que te vir perto.Farei valer cada hora e cada minuto.Envolverei com carinho todasAs palavras de doçura,Saídas de teus lábios.Guardá-las-ei bem fundo,Onde ninguém possa encontrar.E com ternura e silêncio, zelarei,Conservando assim minha vida feliz.Mas se algum dia acordar,Talvez a realidade seja outra,E aí não encontrarei mais paz,E não acharei maisO que nos meus sonhos eu vi.

CORPO NO MAR BRILHO NO CÉU

Andar por aí sem rumoOlhar o céu.Tantas estrelas falantes!Ouvir as águas do rio.Mensagens alucinantes!Deslizar o corpoNas ondas do mar .Um prazer estonteante!Desenhar o corpoNas areias da praia.Apenas marcas delirantes!Ah desenhar o corpo no mar!O corpo no mar...O corpo no mar .Instante invisível,Um rastro no olharUma lembrança de longe.Um amor triste a rememorar.Um corpo no mar.Um corpo no mar.Um corpo no ar.Um corpo que falaPor símbolos, por filosofiasFilosofias adormecidas,Apenas uma brisa triste.São pensamentosQue nascem e morrem.Como um corpo no mar.Um corpo na areia calado.Um corpo no céu :Um corpo no ar:Uma luz aos imortaisAh meu corpo no mar!

Irene Zanette de CastañedaPraeclarus/São Carlos/SP

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Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

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A POESIA QUE EU SEI ESCREVER

A poesia que eu sei escrever,Ela nasce do fundo da alma,Tanto em horas agitadas,Como nas horas mais calmas.

A poesia que eu sei escrever,Ela nasce do coração,Mas não tem nada de passional,Pois ela segue a lógica e a razão.

A poesia que eu sei escrever,São palavras que se combinam,Que têm sentido profundo,E, às vezes, também rimam.

A poesia que eu sei escrever,Não tem alegria, não tem tristeza,Contém a verdade puraDe acordo com a natureza.

A poesia que eu sei escrever,Retrata a sabedoria do povo,É a própria história da humanidade,Contada por um contador novo.

A poesia que eu sei escreverNão tem lamentos de febre, ou de dor,Tem, em si, a simplicidade e a purezaDa vida vivida com amor.

A poesia que eu sei escreverÉ esta que aqui se vê,É agradável para quem a escreveE, é útil, para quem a lê.

CALENDÁRIO

Para que computarOs segundos vividosSe na essência do tempoNão há ouvidos ao lamentoDo tempo perdido?

O arcano do tempoMantém-se escondidoNo templo da vida!

O que foi ou seráA todo instante se dá!

O momento vividoÉ energia latente,Sem passado ou futuroToda a Lei é o Presente

Ivo Gomes de OliveiraColegiado/Itapema/SC

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SEM RUMO...

Calço meus pés descalço,Como quem encapa o medo,Descalço meus pés calçadosComo quem tem coragem.

Marilza de Fátima RezendePraeclarus/Guará/DF

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Jenifer Cristina B. SimãoAssinante/Piracicaba/SP

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UM DIA ALUNO,HOJE O PROFESSOR

Como um livroDo começo ao final,A viagem de quem lê,A vida além do ponto final.Como um livro,É o professor,O educador,O sonhadorUm velho amigoTão sábio é ele,Olhando-me lá da frente,O aluno que venceu seus talentos.Como um livro,O professorO retrato na capa o vencedor,O guerreiro revelado o autor.Suas paginas mostram,Sonhos transformados.Ao professor o livro realizado,O segundo mestre da vidaMeu reconhecimento a ele é dedicadoHá quem um dia foi aluno,Hoje é o professor.

O INDIGENTE

No hospital, solitário, abandonado à sorte,Pouco lhe preocupava a vida, e sim a morte.Sozinho, não aparecia nenhum cristão,Que lhe oferecesse um aperto de mão.

Dias compridos, as noites não acabavam,Só tristezas duras nasciam e se somavam,Ninguém a perguntar-lhe o nome, sequer,Um homem sem nome, um qualquer.

Mágoas rudes que o peito sacudiamLágrimas que os olhos não escondiamA tortura de um abandono desgraçadoE o coração ferido e duro, destroçado.

Esta a situação do pobre indigente,Que da justiça e do amor ficou descrente,Sem esperar mais nada, só a sepultura,Que haveriam de dar-lhe, a esta altura.

Até que o homem, tão amesquinhado,Poderia pensar em todo o seu passadoE lembrar de coisas com saudadeMas não tinha nem mesmo identidade.

O indigente que ficou jogado, ao léu.Pensava com os seus botões: haverá o céu?Não vou ter direito a velas e oraçãoNem direito, sequer, a um caixão.

O indigente que não tinha mais nomeQue a cada minuto a doença o consomeVai deixar a vida, no rumo da amplidão,Não vai ter túmulo, nem uma inscrição.

Pra quê? No céu já estava assinalado,O seu nome como um puro premiadoA ficar com Deus com a sua santidade,No merecido prêmio da eternidade.

José de Anchieta M. OliveiraDecano/Teresina/PI

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José Nogueira da CostaAssinante/Itajubá/MG

A FORMIGA

Ela é do agricultor grande inimiga.Com sua amoladíssima tesouraSurripia, destrói, fere, fustigaSeu pomar, seu jardim, sua lavoura.

Pratica o mal sem trégua, sem fadiga,Como se disso fosse professora.Tudo corta a malvada da formiga,Nada lhe escapa à ação destruidora.

Pelo trilho mais rápido, mais curto,Ela transporta, lépida, seu furtoGuardando-o lá no fundo de seu teto.

De muita gente eu sei de alta linhagemQue vive de delito e de pilhagemAssim como esse abominando inseto.

NA MAIOR DISTÂNCIA

Mesmo longe,Meu amor por você continuaráMesmo que eu morra,Meu coração continuará a bater por você.

Eu posso estar na mais distante estrelaNa maior profundidade do marbem lá no fim do mundoMas não deixarei de te amar.

Nada que você façaImpedirá o meu afetoNada que diga, acabarácom a minha ilusão.Com a minha esperança...

Você só me trouxe ódio.E não conseguiulevar meu amor emboraVocê só me trouxe tristezaAlegria que é bom, nada.

Por mais que você me deixe triste.E por mais longe que eu esteja de timeu amor por você não acabará!

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

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REDENÇÃO

Quinze anosJovem, belaVida plenaRepleta deEmoção...

CarinhoBondadeDescontração.Alegre e BelaEra elaVinte anos

Fé... alimentode corposofredor.ConformidadeHeroísmoOraçãoNa angústia...Paciência ,Coragem,Aceitação.Venceu a dorcom resignação.MariaRedenção!...

Leyda Tubino AbelinPraeclarus/Porto Alegre/RS [email protected]

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Karina Lima dos SantosDecana/Piracicaba/SP

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----------------------------------------ENORME LABIRINTO

Ruas acabadas que sozinha percorroAndando em vãos abertosConstruídos pela vidaCaminhos negros que me dôoPedaços de sonhos deixados nas quinas Ao entrar fechei todas as portasAgora perdida fico na andançaOra me perco, ora sozinhaBato às portas, tinjo a sinaE a saída é apenas lembrança Sinais de clausura do quadrado imensoSaídas escuras acendem a chamaOlhares gritados adornam o medoFlores alvas de manhã cedoÉ a teimosia que quem ama Luzes lilases se acendem na auroraMeus pés cansados sorriem de alegriaSolidão não teme, afloraOlhos fechadosEsperança abertaAgonia... Nesse labirinto de ilusões clarasEstarei buscando o que me foi dadoSou mão pequena que quer o mundoSou a esperança contida no tudoSou a alma do soldado E as saídas hão de estar na portaDe um amor imenso...E eu chagarei lá...

MELHOR NÃO TEM

Roubar o beijo inesperado,Segurar a mão fugidia,Acordar, passear e sonhar...Amanhã novamente outro dia,Melhor que isso não tem!

Um afago, numa noite perfumada,Aquele odor sutil, parecendo madrugada,E depois, de um abraço, um abraço quase eterno,E chegar àqueles lábios, quentes...macios...Melhor que isso não tem!

E depois do tempo passado,Ter ainda aquela mesma boca,E ainda aqueles braços,Para novamente num abraço,Lembrar o amor não acabado...Melhor que isso não tem!

Passou o tempo, os cabelos prateados,Pela mesma lua que nos encantou...E agora experimentados e vividos,Vivemos ainda aquele mesmo amor.Melhor que isso não tem!

Mas, se tudo isso fosse pouco,Nesse mesmo mundo louco,O amor foi dividido, dele tiramos um pouco,Para formar nossos filhos queridos.Melhor que isso não tem!

E, se mesmo assim, se tudo não bastasse,Se algo ainda de tudo que temos nos faltasse...Acariciar a pele tenra,Ganhar beijinhos caramelados,Escutar a pureza da infância,Ah! Melhor que isso não tem.

Lauro TeixeiraPraeclarus/Itajubá/MG

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Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

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Maria de Lourdes Prata GarciaAssinante/Bragança Paulista/SP

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TRAUMAQuarto amornado pelo carinho solarlençóis delicados, esticados antes do luarpara o corpo descansar.Algo enérgicocorta a sequência da dormênciasopra o relaxo da paz, me desagrega.São pás rasgantes, hélices roncadorasde um ventilador que girae ao avesso me vira.Dissolve os devaneios,pulveriza o aconchegodispersa a introspecção,desconcentra o espiritual.Jamais... jamais ventila doresao contrário, no imagináriodesperta o frio, traz arrepioque lembra da vida, o corte,na insolência da morte!

INCERTEZAS

Se busca na vidaNo bem e no malCriar expectativasPra tudo afinalPorém... Se algo bloqueiaSe não entendemosO que nos rodeiaSe pintam incertezasQue nos roubam o sonoNos põem solitáriosCom as coisas da vidaNa incompreensãoDo vir e viverDo ter e saberNos joga no chãoNos deixa na mãoCom todo o pesoDo pró e do contraDe toda a açãoE da decisãoCartas na mesaSe espera em vãoSó tem incertezas.CAUTELA

 Feche sua porta.Passe a chave, ponha tranca,espalhe espinhos no chão,quebre vidros, bata pregos,jogue o ferrolho no mar.;faça rezas, promessas, mandingas,acenda velas, queime brasas,use cordas, correntes, arames,jogue o ferrolho na mata.;tape os ouvidos, feche os braços,não olhe nem esmoreça,negando razão à ação,jogue o ferrolho no ar.;deixe que eu grite, que fale,soluce em desesperoimplorando meu voltar,jogue o ferrolho em meu coloe faça-me entrar.

Maria Luiza de M. MarinhoDecana/Rio de Janeiro/RJ

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ELE

Não:Deus não é sábionem justonem bom.Deus éa própria Sabedoriaa própria Justiçaa própria Bondade.As qualidades de Deussão sua essência.Deus...gêmeo da própria Beleza!

Marialzira PerestrelloColegiado/Rio de Janeiro/RJ

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4948 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------------------------------- ----------------------------------------

Maria de Lourdes Loretti MottaColegiado/Rio de Janeiro/RJ

[email protected] Lovatto do NascimentoPraeclarus/Manduri/SP

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Lígia Antunes LeivasColegiado/Pelotas/RS

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ALUNA QUE VIROU MESTRA

De onde estou ouço a voz jovemtraduzindo com simplicidadeequações confusas.Silêncio absoluto e respeitosopaira sobre o grupo, atencioso.É a jovem Professora, que encanta,enquanto decanta a velha matemática.

NA INTIMIDADE DO CORAÇÃO

Universo sem espaços, filosofias desmoronadasAndanças solares perdidas na históriaDanças do tempo desritmadasPensamentos nas vagas insanas da memória

 ...ainda assim restará um Coração— talvez já desgastado, quem sabe?— descontrolado, sem saber se a esperança existe...mas... ele viverá!...entusiasmado! ...jamais cansado...palpitará de amor por ti!

UM BRINDE À VIDA

O cristal das ilusõesjá se desfaz...Tudo se desmoronano tempo da razão,no espaço do nunca mais...Nada do que supõesé inverdade.Na face da saudadea lágrima da impossível poesia..Mas ainda resta a belezadas manhãs acordando os dias!O mundo em festa!Há uma semente ocultanas atitudes vãs...Minhas mãos cansadasainda erguem o estandarteda ternura envolvente...Meus passos incertospretendem chegar a tempoa alguma partenos rastros da imensidão!Na estância do nadaimplodir a saga dos desertos,reflorir lembrançasna permanência eternada paixão!Na noite angustiadade esperanças restritaseu brindo à vidamesmo perdidana sala de visitasda solidão ilimitada!

DESPEDIDA

Quando entardece a vida e um sol pobre e enfermiçodiz adeuses ao sonho e aos encantos do amor,eu me ponho a chorar (chorar por causa disso?)porque as sombras já vêm, põe-se em fuga o calor.

Onde está tudo quanto, envolvido em feitiço,foi um tesouro imenso espargindo luzor?O passado interrogo e as saudades atiço,tudo em vão...tudo em vão...Vem da noite o pavor!

Tarde minha que vens , frigidamente triste,és, suponho, e talvez, gesto de despedida,um anseio final que ainda em mim persiste.

Eu sei que levas junto , inteira, a minha vida,és dolorido adeus a que ninguém resiste,és despedida, sim... Então, adeus, querida!

Lino VittiPríncipe dos Poetas de Piracicaba

[email protected]

AS CONJUGAÇÕESDE UMA MÃE

ConceberGerarParirAmamentarTrocarAcalentar

LavarPassarCozinharVarrerCozinharLimparCosturar

AbraçarBeijarAcariciar

LerCantar

Neida Rocha WobetoPraeclarus/Canoas/RS

[email protected] Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]

PROJÉTIL TERMINAL

TerminouNem erasRosas ou Veras

O homem sozinhoNo solo tombou

A bala perdidaDa vida o sacou

Sacanas, tiranosAlgoz contra algoz

Bestas ou feras, que era!E nisso o homemse transformou?

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OVÍDEO... E AGORA?

Mas, que tolo fui ao crer nos ensinamentosQue me prometeram a chave da felicidade,Ensinando-me as tramas dos sentimentos,Dentre elas, os juramentos em falsidade.

Afirmavam que os deuses ordenariam ao tempoApagar as minhas artimanhas e inverdades,Espalhando-as em pedaços aos quatro ventos, Sem castigo ou sofrimento pelas leviandades.

Vi a audácia seguir meus passos, com resolução,Na caçada da presa que eu queria escravizar...Usei lágrimas falsas para chamar-lhe a atenção. Sem qualquer escrúpulo, fiz tudo para dominar.

E, então, domei a bela que fascinou meu coração,Mas, após tanto simular, aos poucos me vi a acreditarNas mentiras que criei, e me perdi na sedução,Caindo na armadilha que eu mesmo decidi armar.

Agora, dentro dela... Como um vencido caçadorSou devorado pela presa ardilosa que conquistei,Que armada de seu sorriso doce e cheiro de flor

Confundiu a minha astúcia, até que, por fim, fiqueiProstrado aos seus pés a implorar pelo seu amor,O mesmo que, sem pudor, fingindo disse que amei.

Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

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Newman Ribeiro SimõesColegiado/Piracicaba/SP

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Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

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PAPEL EM BRANCO

Mais uma veza folha de papel me chama.Em branco, (assim tão alva!),me pede, reclama.Suscita pontos negrosque a tatuem,que lhe dêem razão de ser.Atira sua brancura gritante,e me apraz lhe atender.Sempre imóvel como matéria,nunca inerte em sua essência,clama por uma palavraou uma frase;um algo qualquerque lhe tire a morbidez.Exerce uma força tão intensa,seu chamado é tão forte,que cá estou,entregando-lhe sua sorte.Nascida para carregar a grafia,tem agora, nestas prontas linhas,como resposta...minha poesia.

SOLIDÃO DE UMOLHAR EM MEIO À LUZ

Estranho,mas vejo nos teus olhosjustamente os olharesque dizes ter perdido...

Lavas o rosto,encardido de sonhosamanhecidosamarrotadosenternecidos,para jogares forao que de bom a noite te trouxee ficares pelo dia todocom o vazio amargode teus desejos não saciados.

Teus olhos se calamdiante de tanta luz.Teus ouvidos tateiam sonsque os pássaros engoliram.

O cheiro de maresiaarrepia de sal tua pele quenteaberta em poros suarentos.

Trevas bordadaspor fios de luztingem de angústiaa tua solidão.

Tanta luz e nenhuma luz.Estranha solidão de,entre tudo,estar só.

FIM 

Hoje se deu a morte dos meus sonhos A causa?; Um silencio crucial Findaram-se agonizantes Asfixiados por um tétrico Mutismo fatal ...

Não foi possível , ainda nesta dimensão,torná-los realidade... Somente foi dado ter deles,um vislumbre, sem o direito de vivê-los em sua totalidade ...

Restaram a mim a dor, a lagrima doída e a decepção ...Sinto-me petrificada , sonhos quando partem,deixam um amargo vazio quando se vão.

Regina Célia R. TavaresDecana/Bebedouro/SP

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O FELIZARDOLongeMuito longeDas angústias humanasO cachorrinhoFaz pose de felizardoAliNa sacada do oitavo andar.

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

Mirian CuryColegiado/São Carlos/[email protected]

SONETO À MINHA MÃE

Oh mamãe! Minha mãezinha.Tu que fizestes da tua vida...Por noites e dias consecutivosA vida minha.

Dentre teus seios calmantes...O fruto do aconchego e do calor,Pude beber a cada instanteA força da vida e do amor.

Contigo aprendi respeito e gratidão..A cada deslize tão sentido,Vi ao encontro as tuas mãos.

Mãos tão doces, sagradas mãos.És o espelho do meu caminho...És o retrato em meu coração.

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DONA FELICIDADE

Procurada pela vida intensamente,face angelical, cheia de doces encantos,bela, esfuziante, de porte elegante,longe de pensar mágoas ou prantos.

música, embalos a cada instante,esquecer agruras em sutis movimentos,deixando qualquer infortúnio distante,fazendo o viver só de belos momentos,

quando ao alcance, rapidamente se esfuma.Esta formosura, coisa de intensa procura,ilude, não chegando realmente a coisa alguma.

A vida inteira, somente ela, quase nada dura,quando encontrada flutuando como uma pluma,dona felicidade, é por vezes, seguida de amargura!

Marcos Costa FilhoConselho/Rio Grande/RS

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ENCONTRO

Deixa que eu derrame minhas lágrimase aqueça meu coração com teu sorrisoDeixa que eu tome tuas mãose teu calor me transporte a novos horizontesDeixa que eu sinta a vida surgir em meu seioapós o longo abraçoDeixa que o cansaço nos esgotee nos revigoreDeixa que meus lábios te procureme te encontremDeixa que teu corpo seja desenhadocom a minha salivae a cada espaço conquistadoem teus poros dilatadossurja mais vida, mais sol, mais luz!

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

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Maria Nazaré de Mello FrancoPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

Marisa Barbosa CajadoConselho/Guarujá/SP

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Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG

[email protected]

Miguel GonzalesAssinante/São Bernardo/SPMaria Gema Martins

Conselho/São Paulo/[email protected]

INVERNO

Na penumbra da noite move-se lenta,por entre árvores habitadas,marcando a floresta, iludindo o arapagando fogueiras,a companheira és dos mortosenvoltos em luzes tremulas.

Caminhas na madrugada,invadindo recantos mil,achegando-se nos íntimos,lugares das moradias.

Fazes tremer as espécies humanas,que enrodilhadas em si próprias,sob peles se protegem de ti,tentando despistar-te,sobre o afago dos leitos,aquecidos pelos calores humanos.

Nascido o dia persegues a todos,que aos passos rápidos se encolhem,mas logo o sol aclamado por todos,vem em socorro dos seres agradecidos.

Batalha o sol contigo,como a humanidade com a vida,passa-se mais um dia,mas chegando a noite inevitável,eis que vens de novo,ora com passos lentos,ora com rispidez.

Avançando em todos os caminhos,encurralando estradas finitas,fazendo sentir mais a tua presença,ao longo de nova noite que se segue,até derrotada seres por fim,por outras estações que virão.

ANJO VIVO(Para minha filha Elide, no seu aniversário)

Você é uma criaturasingular...

Você é o nosso anjo vivofamiliar...

Por seu amor a todosSeu carinho

Sua atenção e cuidadoFrutos de seu grande coração!

Por isso, como chefe desta greiquero hoje homenageá-la

nesta data que lhe é especial.Que você viva muito felizpor muitos e muitos anos

Para continuarmos desfrutandode sua atuação angelical!...

CONVERSA DE BEBUM

Levanto bem cedinho,arreio meu cavalinhoe vou nas Tres Fazendaspra caçar Tatuzinho.Encontro o Velho BarreiroConversando co Nhaque:“Vocerveja como a vida Drurys.Me veio uma Boa Idéiae fiquei namorando ca Ninha da Roça.

SEMPRE MULHER

Entre as emoções que tragoÉ grande a de ser mulherPois dentro de mim tragoA forma de um novo ser.

E ainda sou produtoraDa seiva branca vitalNo seio que o filho exploraUm presente divinal.

Sou forte quando fêmeaMesmo a fragilidade de meninaNos braços da alma gêmeaAdoro ser feminina!

Trago no ventre a esperançaBendito o fruto de meu ser.Honrou-me a vida em confiançaSer mãe num corpo de mulher!

LIVRO DA VIDA

Está na mente escondidaTudo que Deus nos traçou.Consta no livro da vidaQue para sempre editou.

Se mau momento está tendo,Quem sabe ele vai passar.Se estiver um livro lendoSeu astral vai levantar.

Um livro de tradiçõesQue sempre em longa jornadaÉ lido em todas nações:A eterna Bíblia Sagrada.

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54 55 C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A -----------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------

CONVITE AO PECADO

Agora no leito, a adolescente não consegueadormecer. A ameaça do desemprego na fábrica de papel. As cantadas do gerente. Ascaronas que a deixam na esquina da rua. A mão nervosa sobre sua coxa...

A carícia na apelação em troca de sua permanênciano trabalho... Sim, para tudo há o preço. Se paga caro para se viver! Rebola-se. Angustiada,vítima da própria beleza, que seduz, convoca ao pecado.

— Cafajeste!Liberta a revolta.No quarto vizinho, a mãe também está insone.

Preocupada com o destino de Luisinha. Bonita, na flor da idade, vindo nesse carrãobonito, importado... A que preço? Na rua, a moto buzina, chamando alguém.

Distante, um cachorro late. E se ouve de repente, asdetonações. Quem terá feito os disparos, quem terá morrido?

Amanhã, os noticiários estamparão manchetes denova vítima do tráfico de drogas.

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

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ACONTECIMENTO INEVITÁVEL.

Naquela noite chuvosa, todos haviam acordados eestavam assustados. Reunidos na grande sala, se entreolhavam, mas, ninguém dizia umasó palavra. Os trovões, os relâmpagos e os raios, não eram a preocupação principal;alguma “coisa” havia para terem despertado a todos e que em silêncio refletiam o amareladodas chamas em seus rostos envelhecidos pelo duro trabalho do campo.

Era mês de junho. Depois da chuva poderia abrir umamanhã maravilhosa ou muita neblina, e isso ninguém podia prever. As idéias começarama aparecer, tudo para evitar o pior ou aquilo que todos temiam e que causava um mal estargeral em todos da casa e até dos vizinhos.

Na madrugada que chovia, nada podia ser feito; foi aí quealguém teve uma idéia, formaram um círculo e começaram a rezar..., porquecom certeza, só uma reza para acalmar corações intranqüilos.

Altair Sérgio VenarussoConselho/Dois Córregos/SP

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Menejú de Barros LinsColegiado/São Pedro/SP

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ESCREVER

Escrever a meu verÉ sentir é brincarÉ dar ao pensamentoMuitas asas para voar

Escrever é indiretamenteConviver com o alheioÉ ter o belo sempre juntoE fazer de um esteio.

Escrever é criar versosEm prosa de mística emoçãoQue envolva o espíritoE atinja a imaginação

Escrever é o imprevisívelQue se manifesta em realidadeVem de nosso egoE leva para outros, felicidades

Escrever é uma situaçãoQue se inventa e se arrebentaComo um furacãoNo centro da tormenta

Escrever é proporcionarNovos entretenimentosÉ comunicar a todosAgradáveis passatempos

Enfim o que é escrever?É uma coisa difícil de dizer.Mas é muito fácil de fazerQue todos possam nos conhecer

O AMOR

Ah! O AmorlQue maravilhoso é estesentimento na natureza!

Amor humano, o principal,amor dos irracionais

e o amor eterno, o amor espiritual.

Ah! O amor!Se todos, ou quando todos,

sentirem a grandeza desta sublimidade,o uníssono das virtudes se manifestará.

Para seguir as palavras de Cristo:“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.

Não podemos ter os corações duros,amargos, blindados de egoísmo e orgulho,

tão refratários, que nem sabem o que é o amor...

Viver sem amar é escolher uma vida seca,estéril, sem uma feliz finalidade.

No ar, nos astros do universo, no carinho das aves,na quietude da madrugada está o amor.

Ah! O amor!O sorriso da criança, a ternura da mulher amada,o perfume das flores, tudo isto se traduz amor.

Em futuro imprevisível o mundo sobreviverá do amor!

Mário AndréAssinante/Piracicaba

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Nelson PolizelConselho/Piracicaba/SP

MINHA QUERIDA MAMÃE.

Depois de longa vidaPartiste silensiósa e calmaÓ minha mamãe queridaO Senhor recebeu tua alma!

Ouço sempre , a tua vozFoste querida e muito amadaNunca estarás a viver a sósOh! Minha querida idolatrada.

Um silencio amargo e profundoNunca esquecerei esta história,Desde que deixaste este mundoPara sempre viver a tua glória.

Aqui na terra, carregaste tua cruz,Sempre foste a mais queridaLá no céu, junto com JesusAqui inda esta aberta a ferida.

Feliz é !... quem pode bemdizerAquilo que esta dentro do peitoEm tua sombra, sempre viverTeu amor sempre foi o mais perfeito.

Em toda a vida só soubeste amarA saudade é grande: não tem jeito,Fiz a ti um grande e maravilho altarPara sempre estar dentro do meu peito.

Nem a luz, o céu, a terra e o marTu me deste tudo o que eu sou,Sabes quanto eu ainda vou te amar!Sempre vou amar quem sempre me amou!

ORAÇÃO DA GESTANTE

Tu que és pura e simplesmente carneTu que como todos, tens um coração

Tu que amas e sofres em comum,Deposite tua fé nesta oração:

“Deus guie meus passos,Meus desejos e pensamentos

Que olhe por mim e por meu filhoSim... Meu filho...

Esse ser que trago em meu ventre,Fruto de um amor consumado

Esse ser que futuramente o terei presente.Agradeço a Deus por ser mãe!

Por poder dar a luz um filho meu!.Rogo a Deus para tê-lo são,

Para que no futuro seja alguém,Que seja grato por ter-lhe dado vida,

Sem sentir desprezo por ninguém.Tu que és pura e simplesmente carneVibrarás com o encanto de ser mãeDesfrute ao máximo essa alegria,

Saiba viver condignamente seu papel,Pois serás espelho para esse pequenino ser

Que honrará teu santo nome, até morrer.

Patribel Sheila MellegaDecana/Piracicaba/SP

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Paulo FrancoTitular/Rio de Janeiro/[email protected]

Neuza das NevesTitular/Atibaia/SP

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AMOR DESCONHECIDO

O orvalho escorre como suor,E o frescor domina o calor.A aura ingênua invade...Refaz o que se foi.O beijo molhado predominaNa emoção que ilumina,O desejo de amar alguém,Mesmo no talvez...Fica, marca para sempre,A única e certa vez.

Tudo em nome do amor,Sentimento culminante de fervor,Do qual pode-se dizer:- Alma entregueA um enorme sabor.

Amar e desconhecer é ilusão,Mas, amar e viver é eterna paixão.

ASSIM

Meu amor é assim:gaivotas de mimque mergulham no mar.Arco-íris. Enchente.Uma estrela cadente.Um clarão de luar.

Meu amor pode ser um riachoque desliza tranqüilo pro mar;ou aguaceiro montanha à baixo,que arrasta o que pode,por onde passar.

Meu amor, sou assim:você sabe de mim,sabe onde me encontrar.Você há de entenderse eu vibrar ou sofrer,se eu sorrir ou chorar.

Sou, às vezes, um vento de açoiteque chega cortante, pra te machucar;outras vezes sou brisa da noite,que sopra mansinho, pra não te acordar.

TROVAS

A vida em sendo uma chuvaRega-me a vida florida.Colhendo no quintal uvaE no jardim margarida!

Eu não sei fazer trovaQue agrade o poderoso;Só posso trazer a novaQue libertará meu povo!

Rodolfo Galvão de OliveiraDecano/Piracicaba/SP

[email protected]

NOSSAS PERDAS ------------------------------

Lamentamos a perda da Acadêmica AntoniettaRosalina Cunha Losso Pedroso, de Piracicaba/SP,agora Patronesse da Cadeira 042, da Área deLetras, do Conselho Acadêmico do Clube e doAcadêmico Mozart Morais, de Botucatu/SP, agoraPatrono da Cadeira 001 do Conselho Acadêmicodo Clube dos Escritores Piracicaba.

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Raimunda Lucena StrehlerColegiado/Sobradinho/DF

[email protected]

Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/[email protected]

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

[email protected]

Pricila Boareto FerrazTitular/Piracicaba/[email protected]

AMIGO

Graças ao milagroso Deus,a palavra amigo,não é vocábulo raro,nas tristezas ele sempre está contigo,dando-lhe o necessário e útil amparo.É o amigo leal e bondoso,que não mede esforço,para tirar o difícil nervoso.As suas palavras encorajadoras,nos dá ânimo e alento,para prosseguir nas lutas,mesmo que haja furioso vento,ele nos estende as mãos,quando tudo está desabando,age como bom cristão,pois sempre irá amando.O amigo que receber ingratidão,é uma afronta ao Nosso Senhor,amigo é orgulho do Pai da Criação,pois ser amigo: é agir com muito amor.

DIVINA Ah! divina mulher de quem esperoo nada multiplicado: corpo solidificadoà hora, estrela matutina, ares descampados,a certeza da incerteza, a memóriadeslumbrada; do sorriso, sei; dos passos,conheço o eco sobre as pedras; das mãos,o contato; ah! divina senhora que me acolheem versos desencontrados, em silêncio, sei;ouvir seus traços sobre a terra; nua,senhora, o deleite e o enfeite colocado;o tanto percorrido não me ensinoua lição de casa: o latido insistentedo cão preso entre paredes;ah! divina musa desconsiderada no altardas entregas; a coragem cedeao lamento e a faca escapa à mãodo carrasco: a virgem retorna em prantosao convívio. Ah! divina hora, a desonraacontecida no espaço em branco.

SAUDADE

Saudade, uns dizem ser estradaSinuosa e de muito perigoTraiçoeira e com muitosObstáculos no caminhoTraz muitas atribulações aQuem ela tenta atravessarPois é um caminho único e solitário.

Saudade, uns dizem serUma doença incurávelComeça num olhar noGostar... no apaixonarInvade o peito e tomaConta do coraçãoSem dó, nem piedadeUma dor insuportável

Saudade, uns confundem-naCm nostalgiaE tornam-na companheiraInseparável do dia a diaChorando e sofrendo com ela,Como se tudo fosse normal

Saudade há quem digaQue não conhece...Feliz daquele que nunca viu,Ou melhor, sentiu...Então meu caro lamentoInformar, mas este nunca amou...

INFÂNCIA DESGARRADA

Olhos sonolentos e ausentesIluminam rostos pálidos.Roupas esfarrapadasCobrem corpos franzinosDe meninos e meninasSem paiSem mãeSem registroSem nomeSem larSem infânciaSem inocência.Calados e tristes caminhamTalvez para o nada.Dão voltas e se revoltamEntre passantes apressados.Aonde vão?Não vão.Nas ruas estãoNas ruas permanecemDe mãos vaziasSem históriaSem futuro que sonhar.

PINÁCULO

Atingi o pináculo das minhas obsessõesQuando meus obsessoresInditosos que sãoLegaram-me o fundo poço

Não tendo mais para onde irDescobri que a única saídaEra elevar-me ao mais alto grauFugindo da mitraDos condenados da inquisição.

Reginaldo Honório da SilvaDecano/Rio Claro/SP

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É SURPREENDENTE O AMOR

Como é surpreendente o amor!Você passa a vida inteiraAo lado de alguém,Convivendo dia a dia,E, de repente,Você o olha nos olhosE descobreQue ele é tudoQue você procurava.

Selma Queiróz GradilDecana/São Paulo/[email protected]

Sol poente... o entardecer,desce n’alma nostalgia;um sino ao longe a tanger,a plangente Ave-Maria...

TROVA

Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

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CRISTALIZAÇÃO DE UM ÍDOLO 

Tu foste um dos heróis da minha infância,E contigo aprendi fazer o tempo parar,Pois tu me disseste um dia...“Quando estiveres melancólicaCom saudades dos velhos tempos ,Usa o recurso que eu uso:Fecha os olhos, revê o passado eE não te furtes de sonhar...”E foi por causa de um imenso amorQue te cristalizei no apogeu,Quando em todas as vozesAo redor da arenaO nome mais exaltado era o teu...Sonhando, olhos fechados, Revejo-te imponente,Braço erguido parecendoQuerer tocar o céu ...Mão ora espalmada, ora tocandoA aba do chapéu...A outra mão segurava com destrezaA rédea mestra e o arreio...E teu corpo ondulava no espaço,Num bailado alucinante,Numa espetacular galopeada!E a poeira levantava!Aquela nuvem   avermelhadaEnvolvia a tua figura,E pra mim que te assistiaTudo era encantador!Esta e a foto viva de tique vou trazer sempre comigoPreservada na memória,No fundo do coração...E a repassando a meus filhosEternizo teus feitos, tua história E tuas glorias, meu querido peão!

Ruth Prestes GonçalvesConselho/Manaus/AM

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Regina Célia R. TavaresDecana/Bebedouro/SP

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PROFESSOR: MALHO E CINZEL...

Simbolicamente, o professore o malho e o cinzel,o aluno a pedra bruta,por ele moldadocom paciência e amor.O malhoseu emblema de trabalho,dá a força material,derruba os obstáculossem da mão escorregar,transmite energia,determinação, moral.Sua inteligênciaage e dirige o pensamento,anima a mediaçãode quem no silêncio da consciênciabusca a verdade,o símbolo da lógica,sem o qualnão se pode pensar,nem raciocinar,com equilíbrio e precisão.O cinzelcorresponde a penetraçãodo conhecimento ao discernimento,a receptividade intelectualao aspecto passivo do sentimento,indispensável para ouvira voz secreta da almanum silencioso ritual.Para agirsobre a matéria – o alunolança a mão do cinzelconstantemente afiadoatravés do saber,sempre, sempre renovado.Juntos,Malho o cinzelFazem dele o escultor,Que burila o caráter,Molda a personalidade,Como bom educador!!

SONETO NATALINO

Quando se deixou ir ao vil calvárioentre os braços horríveis de um madeiro,cheio de amor, de paz, mas solitário,Jesus morrendo salva o mundo inteiro.

Com sublimado verbo o humilde obreiro,liberto de Si mesmo, em cruel fadário,pregando o ideal de amor bem verdadeiro,resgata os homens de um viver nefário.

Natal!... A imagem de Jesus pendida...No Seu olhar piedoso a indagação:– “Todos vós, que fazeis por esta vida?”

Pois quanta gente falta de luz temos,e se não cremos o outro como irmão,como aceitar um Deus que nunca vemos?

Reyzina Vianna RamosColegiado/Pelotas/[email protected]

Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

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VEREDAS DA MINHA ALMA

Vem,te peço,meu dileto amigo,para juntos lado a lado caminhar.Quero mostrar-te onde é o abrigo,onde me oculto sozinha pra rezar.

Quero que sintas, brisa acariciante,de todo amor que eu tive para dar,e escutes a mudez apavoranteda solidão cruel a me atormentar.

Ali jardins de flores fenecidas,sem colibris e borboletas a voar.São ilusões que foram esquecidas.

Nas veredas da minha alma sofrida,não se vêem realejos a tocarnem revôos de falenas coloridas.

Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/MG

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Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

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HOMENAGEM A BUSSUNDA

Uma noite por semanaMeu sorriso se alargava.Vendo Bussunda da cama,O meu quarto se alegrava.Com certeza o PlanetaEstá mais triste neste dia.Seu palhaço irreverenteNão vai mais dar alegria.Não vai dar pra nós aqui,Pois pro céu já se mandou;Deus o chamou para si.Quando a coisa pretejou.Com certeza lá no céu,A torcida se inflamou.Com Bussunda o povaréuTodo se entusiasmou.Grita Bussunda de lá:Olha “gordo” estou aqui!Se você não se mancá,Te atiro um abacaxi!Trate de ganhar a taçaPorque Deus é brasileiro.Trate de alegrar a massaE se esqueça do dinheiro!

COLHEITAS

Campos verdes de esperança!

Mãos de ganânciabocas de carênciacolhendo grãos...

De grão em grãode quota em quotaalguns compram pãooutros... ovas.

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NOEL NO CÉU(Homenagem ao centenário de Noel Rosa)

Onda invisível chegou e levou o seu sonho,Deixou em minha alma um sofrido pesadelo.E o eterno intransponível, vazio e tristonho,Não mais permitirá em seu universo vê-lo.Meu mundo emudeceu sem a sua existência,Só o encontro em suas canções no seu infinito.Olho tudo, mas só ficou reminiscência.E o que restou? O soluço e a dor no meu grito.Mas eu o eternizei em seus versos e rimas.No Apito de uma Fábrica você existe.A saudade de suas poesias é ímãQue traz de volta suas mensagens tão tristes.Nos bares da vida sua presença é sentida.Sou presa ao Feitiço da Vila em seu abraço,Vivo a sua dor em minha alma tão sofrida.Os acordes do seu violão são meus compassos.Recolho as lembranças numa só batida.O meu Palpite não será Infeliz jamais.Saudades vivas seguem o vulto de Noel.Como o vai e vem das notas não voltam mais,Eu o verei um dia nas serestas do céu...

Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

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Valdemar Alves JúniorTitular/Fortaleza/CE

Vera Lúcia Luz ErthalDecana/Octacílio Costa/SC

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Soely Regina Camargo ManuelColegiado/Itápolis/SP

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Rubem Alves Catulé de AlmeidaTitular/Santo Anastácio/SP

José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP

PASSANDO

Vou deixar que essa dor passeassim como passamfantasmas silenciosose inofensivos sem aomenos nos cumprimentar.

Vou deixar que essa dor passecomo passam as nuvensmutáveis e despreocupadasque fazem desenhos nocéu e os desmanchamaleatoriamente,esgarçadas pela leviandade do vento.

Vou deixar que essa dor passe,como alegremente,passam pela minha ruaestudantes de volta para casa.

Vou deixar que essa dor passesem que ninguém delatome conhecimento.Nada de antídoto,mandinga, unguento...

Vou deixar que essa dor passebem devagar,como camponesesexaustos voltandodo trabalho, feitosombras escurase cansadas,pregadas nohorizonte rubro.

Vou deixar queessa dor passemansamenteda mesma forma que me cubroesperando o sono chegar.

Tudo na vida é pouco maisque um momento.Também essa dor que é puro lamento,pouco a pouco haverá de passar.

A VIDA

Tudo é questão de momentoAs alegrias que fogem do corpoE também o sofrimento

A questão da almaQue vive dentro do serSe extravasa nos momentos

Às vezes difíceis da vidaDevidos às seqüênciasDos acontecimentos

O ser humano vivo se calaSe prende no silencio da almaE no calor do seu corpo

Então ele busca satisfazerO seu lado materialE por mais que queira

Compreender sua vida espiritualEle acaba no fundo vivendoA vida animal

VAIVÉM

O que mais nele fascinaÉ viajar no luxuoso avião.Qualquer chance que descortinaLá vai ele representar à Nação.

Age com muita desenvolturaEm qualquer festa que houver.O homem fica cheio de mesuraSe algum aplauso obtiver.

O resultado dessa viagemPouco ou nenhum valor tem.Só se vê em tudo grã-finagemE desperdício nesse vaivém.

ÚLTIMO TREM

Chegada do trem Maria-fumaçaAlteração do cenário rural-urbanoLigação da capital as vilas e municípiosO desuso da máquina a vaporVinda de locomotiva funcional regularesGanho de tempo e dinheiro.O advento de fábricas beneficentesde algodão e arroz.Incentivo aos negócios, comércio, indústriasEvento histórico, social, culturalCenas do trem cruzando os camposPaisagem verde, á beira do caminhoBanda de música tocando na pracinhaPasseios revividos no cinemaAplausos da populaçãona plataforma da estaçãoQueima de fogos, jogos, balões no céu.

MEDOS

Tenho medos, muitos medos!Medo de ficar sozinha, sem os meus!Medo de ter os filhos distantesMedo de ficar longe do meu amado.

Tenho medos, muitos medos...Medo do mundo, do vento, do raio!Medo do vazio das despedidasMedo das surpresas, do inesperado.

Tenho medos, muitos medos!Medo de ficar desinteressante,Medo de ficar feia, velha, esquecida.

Tenho medo de perder o medoPois terei, então, abraçado o maior medo.Medo da morte, me despedido da vida!

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Victória FalavignaConselho/Porto Alegre/RS

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Thereza Freire VieiraConselho/Taubaté/[email protected]

Teresa PicinatoColegiado/Piracicaba/SP

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AS LETRAS

As letras voame se divertem no papel.Elas formam lindaspalavras, músicas e poemas.Elas são usadaspara muitas coisas,mas principalmentepara escreverem.Se você usar as letras,vai ver que elas servempara muitas coisase se você juntar as letras,você também podefazer uma rima.Você vive usando letras.

VIDA DE CAIPIRA

Há um grito na gargantaPreso, sem poder sair,Uma dor que se agigantaTira o direito de sorrir.

É quase um punhal ferindoDilacerando o coração,É um lavrador pedindoPiedade e libertação.

Pro prefeito cidade existeLavrador não é gente não,Pra cidade só benefícioPro sítio, só condenação.

Os filhos não têm parquinho,Pras mães ,creche nem pensar então,São um nada , pequenininhosNão conhecem direitos não!

SERES SUPERIORES

Se a razão está no cérebroCom a inteligência nos tornamosSeres superiores a todos seres vivos,Nos diferenciamos dos irracionaisE nos sentimos donos de tudo:Do universo, dos mares,Da terra e tudo que nela existe...Seres racionais que tudo podem,Podemos construir ou destruir,Ir às profundezas dos mares,Em submarinos,Como os astronautasConhecer o universo,Dominar os extraterrenos...Tudo podemos, basta querer.Mas, não entendo porqueNum amor impossívelNão controlamos a imaginação,A saudade, a dor, a tristeza...Todos os sentimentosQue fazem o coração disparar,Sufocar-nos, sair pela boca....Unicamente podemos levar as mãosAo coração e aperta-lo forte, aos gritos:“Não bata tanto coração!”

Vilma Ávila ViannaDecana/Pelotas/RS

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Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

Thiago Alexandre TonussiPraeclarus/Piracicaba/SP

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UM POBRE POETA

Se minha mãe não mehouvesse negado os seios.Se meu pai não me houvesseensinado, castigando-me.Se ao invés do lixo mehouvessem dado um ninho.Se o pensamento soubessealgo sobre a imaginação.Se tu conhecesses os contornosdo meu coração.Quiçá, eu houvesse sidomais do que eu sou:Um pobre poeta.

Mas ah! se não houvessehavido a aurora!Ah se não houvessehavido a aurora!Nem a chuva, a lua, omar, o sol, o azul,O Amarelo, o verde, obranco, o preto,O vermelho, o entardecer,a poesia…

Ah, se não me houvessehavido a aurora!Eu haveria sido menos do que sou.Haveria sido um mendigo ( pobre ou rico)Que encheria a vida com coisasQue pesam como os pecadosQue não se olvidam.Haveria sido: um poeta pobre.

Ah, se não me houvesse havido a aurora!Ah, se não me houvesse havido a aurora!

O TEMPO

O inverno chega úmidoe o sol se afasta com frio.

Só o vento brincalhãodá cambalhotas, empurra

as nuvens e atira as folhas no chão.

O inverno chega em mime eu me escondo assustada.

Só o tempo se diverte estouvado,sacode minha vida, desfolha

meus sonhos e passa apressado.

UM MONGE...

Um monge de barbas muito brancaPercorria um caminho por ele tão conhecidoDescobria em cada curva da estradaUm outro monge que em silêncioolhava as maravilhas da vida...o coloridos das flores em botão...o bailado das borboletas...o cantar das sementes dentro do chão...o coro das gotas das chuvas de verão...o trinado dos pássaros...o silêncio desabrochado dos botões...o choro estridente do recém nascido...a lágrima em sorrisosdo primeiro momento de ser mãe!Um monge percorriao deserto de suas descobertasE deixava em seus passosas estrelas do céu aqui na terraQuem tenha olhos para olhar busqueem dia de lua cheia os monges cantandoa mais bela melodia de amorNo colorido do luar debruçadonas águas do mar!

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66 67C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

Ruth C. Lima AssunçãoDecana/Piracicaba/SP

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-----------------------NOVELO DE LÃ

Nas manhãs ensolaradas Dona Maricota costumava sentar-sena varanda de sua velha casa para trabalhar em seu crochê. Sentia-se muito bem. A cortina daprimavera, toda bordada em flores vermelhas, estendia-se por toda a varanda que cercava aárea da frente da residência. Era gostoso estender o olhar por entre a ramagem florida e ver ovolumoso rio correndo, correndo sempre na mesma direção, cumprindo seu destino. Nadaera diferente. O mesmo cenário todas as manhãs, os telhados das casas pobres e pequeninas,a secular seringueira, sempre majestosa, e o rio se destacando na paisagem.

Um dia, e sempre um dia, a rotina quebrada, Dona Maricotaacordou mais tarde e sonolenta deixou-se levar pelos seus pensamentos para bem longe.Por fim, escorregou da cama, já era tarde e era preciso enfrentar aquele dia que teimava em serlindo e desafiador. Seu crochê a esperava. Seus dedos cansados seguravam a agulha, quepuxando os fios amarelos do novelo faziam crescer as carreiras, formando a blusinha que iriaagasalhar a pequenina Toninha, já com quatro anos.

Um passarinho pousou num galho da primavera e com seustrinados tirou Dona Maricota do ar levando seus pensamentos para longe, para outrosespaços. Seu olhar vago acompanhou os pulinhos da gatinha parda, que puxando o novelode lã, brincava com o fio amarelo que se estendia pela área. O olhar vago de Dona Maricotaacompanhava o fio que cada vez se distanciava mais.

Já não era mais a velha senhora de hoje, mas a menina Mariinhade ontem, brincando na sala com sua gatinha. Seu pensamento vagava no tempo e noespaço. A gatinha parda estava ali desenrolando o novelo de lã de sua vovó ConchetaQue ficava a tricotar nas manhãs ensolaradas. Deixou-se levar no fio da meada eacompanhando os pulinhos da gatinha que brincava fez crescer o novelo de sua história, em

fatos e recordações. Uma gatinha, um novelo de lã, Uma vovó, um crochê,Uma agulha, um tear, Tecendo teias Juntando fios Fazendo meias Desfiandohistórias De seu penar!

C R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C AC R Ô N I C A

Yasmin Anefalos MachidaTitular/Paulínia/SP

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A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Regularmente, críticas são publicadas em jornais e revistassobre as escolas brasileiras, sendo o tópico mais polêmico sobre as falhas que estasapresentam e sua subseqüente queda no nível educacional. A educação é, por sua vez,uma das áreas mais importantes em um país, não apenas por ser responsável pelo ensinoe desenvolvimento cultural de jovens, mas também por sua co-relação direta com a políticae economia. Um dos fatores que retarda o processo educacional é a má seleção deprofessores, em que não é exigida dos profissionais suficiente cobrança em domínioscomo a didática e qualidade da aula que oferecem.

Dados comprovam que alunos são capazes de render até90% a mais com um profissional adequado em sala de aula e conseqüentemente, absorvemo conteúdo rapidamente. Contudo, no Brasil, o rigor na escolha de profissionais para seobter êxito de quase 100% de aproveitamento pelo aluno, só é requerido em escolasparticulares; enquanto nas públicas, o rendimento do aluno pode cair para 40%.

Um recurso que pode vir a ser utilizado é a preparação degestores, cada vez mais freqüente nos colégios, os quais têm a função de auxiliar o diretor,notando falhas que este pode não perceber. Um patamar elevado na gestão escolar resultaem um novo olhar administrativo unido à preocupação com o bem estar do ambiente edaqueles que o habitam, abrindo uma rede de possibilidades de melhorias ouinvestimentos. Ainda assim, esse processo não é muito utilizado na rede pública brasileira,pelos custos que geram empregados secundários no funcionamento da escola.

O melhor desempenho gerado na escola desencadeia não sófrutos nesta área, mas também um desenvolvimento contínuo em toda a vida do estudante,que será utilizado mais e mais, uma vez que a demanda da mão de obraqualificada é cada vez mais exigente e competitiva.

Thaís Mariane StenicoDecana/Piracicaba/SP

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Flávia Rita C. de FreitasConselho/Rio Grande/RS

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PREPOSIÇÃO DO AMOR

Teus pós me ajoelhei .ParaTodo o meu amor confessar-lheDesdeQue o avisteiSemPensar me apaixoneiPorEsses teus lábios rosados

AContraEntre nós, mas,Após;Beijá-loEmNoite de luarComDispnéia eu fiqueiSob,

Boca carnuda, desnuda...Entre;O céu e o pecado.

A VIDA E A NOITE

A vida e a noite...Duas forças inseparáveisSeparadas pela morteO caos e o calorEu c a noite...

Por mais obstáculos que tenhamosSempre seremos unidasMuito mais que amigasMuito mais que irmãsSeremos uma só forçaEu e a noiteNum universo sem fim...

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