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Índice

6 - Editorial

8 - Escola Superior de Gestão e Tecnologia - Instituto Politécnico de Santarém “Mais do que formar, construir um futuro”

15 - Ensino

40 - Empreendedorismo no distrito de Aveiro

70 - PME Excelência

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Novas atitudes no trabalho e no empregoVivemos um tempo de permanente mudança e o que define e caracteriza essa mudança é a economia. Globalizada e ferozmente competitiva, esta exige dos trabalhadores atitudes, competências e conhecimentos muito diferentes daqueles que se consideravam suficientes para o bom desem-penho do operariado do início do século XX.Hoje, o capital mais valioso de uma empresa é o seu capital humano. Por isso, uma empresa ambiciosa e que quer conquistar o seu lugar no mer-cado nacional ou internacional necessita de trabalhadores informados, mo-tivados e com espírito de pertença a uma ideia, a um projecto empresarial. Um trabalhador que acredite que o sucesso da sua empresa passa por si. A este propósito Nikolas Rose, professor de Sociologia no Goldsmiths College da Universidade de Londres, diz-nos que vivemos um novo con-ceito de sociedade que necessita de um novo conceito de cidadão: “O novo cidadão é obrigado a envolver-se num trabalho incessante de formação e reformação, de aquisição e reaquisição de competências, de aumento das certificações e de preparação para uma vida de procura permanente de um emprego: a vida está a tornar-se uma capitalização contínua do self ”.O seu êxito passa por encontrar novas soluções para organizar e operacio-nalizar o trabalho mas, sobretudo, por reinventar, formar, motivar e implicar os trabalhadores nas tarefas que a empresa espera de si. Hoje, mais do que produzir, impõe-se produzir mais e com mais qualidade. E isso faz-se com novas atitudes perante o trabalho e o emprego. Do empregador porque deve perceber que só com reconhecimento, autonomia e responsabiliza-ção do trabalhador este consegue transcender-se, constituindo-se assim, efectivamente, como uma mais-valia para a sua empresa. Do trabalhador porque deve, também, compreender que o trabalho que lhe garante em-prego pode ser muito mais do que isso. Pode ser realização profissional, pode ser o orgulho de realização que materializa a sua acção profissional em bem social. Só desenvolvendo proactivamente estas atitudes, a que se deve associar a certeza que o profissionalismo (de empresários e trabalhadores) neces-sita de actualização contínua e compromissos assertivos, podemos falar de empreendedorismo. Só depois se poderá cogitar uma solução para Portugal.

Editorial

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Instituição dinâmica e proactiva, a Escola Superior de Gestão e Tecno logia (ESGT) abrange três vertentes ao nível da formação: o 1º ciclo, com cinco licenciaturas neste momento, o 2º ciclo, com a oferta de seis mestrados e ainda dois cur-sos CET (Curso de Especialização Tecnológica), vocacionados essen-cialmente para a Informática. Gestão de Empresas e Contabili-dade e Fiscalidade são as licencia-turas cujos indicadores apontam para as mais elevadas taxas de empregabilidade, dentro da área de estudo, com uma percentagem não inferior a 90%.Ainda que 79% dos alunos fre quen-tem a Escola em regime diurno, ex-istiu desde cedo a preocupação em leccionar o ensino em regime pós--laboral, pensando nos 21% de alu-nos que o frequentam actualmente.

Nascimento da EscolaQuando a Escola foi criada, em

1985, a sua designação inicial era apenas Escola Superior de Gestão.Integrada no Instituto Politécnico de Santarém (IPS), esta sofreu várias transformações ao longo dos anos, a última por imposição das próprias alterações ao regime jurídico das Instituições do Ensino Superior.Numa fase inicial leccionava ape-nas os bacharelatos, complemen-tados posteriormente com os CESE (Cursos de Ensino Superior Espe-cializado), mas o final da década de 90 foi conferida pela tutela a possi-bilidade de os institutos politécnicos virem a ministrar os cursos de licen-ciatura. Criaram-se então, no ano lectivo de 1998/1999, as licenciatu-ras bietápicas. A oferta educativa foi neste ano reforçada com a criação das licenciaturas em “Contabilidade e Fiscalidade” e em “Marketing e Consumo”. Todas elas foram, em 2006/2007, adaptadas ao Processo de Bolonha.A partir do dia 1 de Janeiro de 2009,

Mais do que formar, construir um futuroCom um forte domínio da Gestão, a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém deve apostar agora no reforço da componente Tecnológica. São já 1300 os alunos que recebem formação actualmente.

todas as Unidades Orgânicas do IPS perderam autonomia adminis-trativa e financeira, mas só recente-mente terminaram os processos eleitorais para consolidar todas as alterações nos órgãos de gestão da ESGT. Foi nesse ano de 2009 que a Escola mudou o seu nome para Escola Superior de Gestão e Tecnologia.

Explorar TecnologiaA mudança do nome da Instituição encontra-se alinhada na estratégia de uma aposta crescente na ver-tente da tecnologia. A aposta é re-cente, mas a ambição em reforçar a componente tecnológica, ao nível da oferta formativa, é já bastante vasta.“Este ano vamos iniciar um pro-cesso que visa repensar e reestru-turar a oferta educativa do 1º ciclo. A minha expectativa é de que a ver-tente da tecnologia possa vir a ser reforçada com essa reestruturação. No 2º ciclo, as mudanças não serão significativamente profundas pois a nossa oferta educativa é relativa-mente recente”, refere Ilídio Lopes, director da Escola.A ESGT, em colaboração com as restantes unidades orgânicas e com o próprio IPS, integra alguns projectos associados à tecnologia, entre os quais, merece destaque o envolvimento no desenvolvimento de soluções e-learning: “Esta é uma das vertentes em que a tecnologia é fundamental”, observa o direc-tor. O e-learning é um modelo de ensino/aprendizagem não presen-cial, suportado por tecnologia, que

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Resposta às expectativasIlídio Lopes considera que a Es-cola deve ser mais aberta à comu-nidade. Colabora, para isso, com ordens profissionais, de forma a fa-zer face às exigências do mercado mais regional. “O nosso objectivo é corresponder às necessidades que as empresas nos vão fazendo sen-tir”, adianta o director. Estabelece assim inúmeros protocolos com instituições, no intuito de poder in-tegrar os alunos no mercado de tra-balho. Por outro lado, procura junto das empresas soluções que pos-sam melhorar quer a componente pedagógica quer científica.A investigação é umas das atribuições da ESGT, consagradas no artigo 2º dos seus Estatutos. A

permite, além da possibilidade de tornar o conhecimento disponível a qualquer hora e em qualquer lugar, uma redução nos custos, quando comparados à formação conven-cional. O objectivo é também, conta Ilídio Lopes, “o Instituto Politécnico integrar todas as Escolas numa plataforma e-learning”.

Excelência no ServiçoSendo a maior Escola do Instituto Politécnico de Santarém, a ESGT conta actualmente com 1301 alu-nos e 72 docentes, a que corres-pondem 61,8 ETI (Equivalente a Tempo Integral). De toda essa equipa, 11 docentes têm o grau de doutor, 31 estão em processo de doutoramento, 44 têm o grau de mestre e apenas 17 são licencia-dos.93% dos alunos inscritos na ESGT recebe formação de 1º ciclo e 7% formação de 2º ciclo, uma vez que só recentemente os institutos poli-técnicos puderam passar a atribuir o grau de mestre.“Pautar pela excelência” é um dos princípios basilares que Ilídio Lopes procura assegurar no normal fun-cionamento da Escola. “A excelên-cia para mim passa por dois pilares fundamentais: por um lado é a ex-celência na prática pedagógica, por outro, a permanente actualização da vertente científica”, explica.

investigação aplicada, orientação intrínseca ao subsistema de ensino superior politécnico, constitui uma mais-valia no desenvolvimento re-gional e um meio por excelência de aproximar as instituições de ensino superior com o seu meio envol-vente.

ESGT além-fronteirasA internacionalização constitui um indicador relevante na política de gestão da ESGT. Procura-se, neste eixo, promover o reconhecimento nacional da Escola, bem como pro-mover a mobilidade dos diversos agentes do sistema educativo, em particular estudantes, docentes e funcionários não docentes. Assim, a Escola participa cada vez mais em iniciativas de âmbito internacio-nal.“Ainda que a abertura à comuni-dade, a nível nacional, seja deter-minante, nós não podemos olhar exclusivamente para a ideia antiga de que os politécnicos tinham uma função e uma missão exclusiva-mente regional. Essa ideia, que se tem vindo gradualmente a desvan-ecer, está ultrapassada, daí que a nossa aposta vá também para além fronteiras”, justifica Ilídio Lopes.Para além da actual parceria com a Mykolas Romeris University (Li-tuânia), com a Johannes Keppler University Linz (Áustria) e com University of Zagreb (Croácia), no

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âmbito da revista científica ‘Social Technologies’, a Escola tem ainda 44 protocolos, em 16 países dife-rentes, para o programa Erasmus. O Gabinete de relações com o ex-terior encarrega-se de fazer a pon-te entre os alunos da ESGT, e as empresas que solicitam estágios. A Escola oferece também um curso leccionado em inglês para os alu-nos que visitam a instituição no âm-bito do programa Erasmus. “Tenho sentido que é uma das formas de atrair os alunos, daí que estejamos a reforçar esta oferta pela inclusão de novos módulos curriculares”, observa Ilídio Lopes.O Centro Europe Direct, mais do que um simples centro de informa-ção da União Europeia, é onde a Escola desenvolve todo um conjun-to de iniciativas relacionadas com a União Europeia.“Ainda recentemente, estivemos em Bruxelas, a convite da Comis-são Europeia. Escolhemos um conjunto de entidades, que inte-graram um grupo de multiplicado-res de opinião. Integraram esse grupo representantes de escolas secundárias, juntas de freguesias, câmaras municipais, órgãos de comunicação social bem como re-presentantes do tecido empresarial regional. Para nós é um orgulho muito grande e uma mais-valia ter-mos essa representação da União Europeia na nossa Escola”, conta

Ilídio Lopes. “Estamos também a recrutar cinco recém-licenciados para irem estudar durante três me-ses para Inglaterra, no âmbito do programa Leonardo da Vinci”, adi-anta ainda. Projectos inovadores não faltam na Escola que está já a preparar um ‘Joint Degree’ – a atribuição de um grau de mestre por três instituições diferentes. Refere Ilídio Lopes que se trata de um projecto complexo que está ainda numa fase embrio-nária, mas que poderá ser uma grande aposta futura no âmbito da mobilidade de estudantes e do-centes. A ESGT é ainda parceira num pro-jecto europeu cujo objectivo é a cria ção de uma plataforma elec-trónica onde instituições de ensi-no superior e as empresas pos-

sam partilhar informação, com um objectivo bilateral. São parceiras neste projecto instituições italianas, romenas e espanholas.

Missão cumprida No cargo de director há dois me-ses, Ilídio Lopes assenta as suas principais preocupações em três ideais basilares: por um lado, o reforço do pilar da educação e da aprendizagem ao longo da vida; por outro, a qualificação dos recur-sos humanos, em particular dos docentes, aliada à componente da investigação científica; o terceiro ideal prende-se com a internacio-nalização. “O meu objectivo é que os alunos saiam daqui com uma formação sólida”, afirma.Em jeito de conclusão, o director argumenta: “O aluno não é ape-nas um repositório de um conjunto de conhecimentos que lhe foram transmitidos durante o ciclo. Pelo contrário, o aluno deve adquirir um conjunto de competências e aptidões que lhe permitem ter uma capacidade pro-activa para se poder vir a integrar e para de-senvolver outro tipo de competên-cias e actividades, no âmbito de uma cidadania activa. Quero que um diplomado saia desta Escola e saiba aplicar de forma susten-tada essas competências, deline-ando e construindo o seu próprio futuro”.

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É certo que poucos conhecem a empresa Alumínios César S.A., mas, para todos os portugueses, que primam pela qualidade nos seus utensílios de cozinha, a mar-ca Celar é não é de todo um nome desconhecido. Nos seus 33 anos de existência, a Celar criou uma

reputação positiva que a mantém na liderança nacional do mercado de louça de cozinha anti-aderente. Especializada em louça com revestimento interior anti-aderente, a empresa tem, ao longo do seu percurso, desenvolvido soluções internas de valor reconhecido pelo

“Respiramos esta fábrica”

Quando se fala em louça metálica de cozinha, inovação não é a primeira palavra que nos surge em mente. No entanto, a Celar quebra o estereótipo com uma es-tratégia de investigação, desenvolvimento e serviço que, anualmente, surpreende clientes e concorrência.

sector. Seja em frigideiras, panelas de pressão, grelhadores, linhas de aço-inox, formas, ou até mesmo grés e vidro, a Celar é hoje uma referência nacional que, susten-tadamente, começa a espalhar o charme do seu produto além fron-teiras.

Desafiante desde o inícioFundada por antigos sócios de uma das mais reputadas fabri-cantes nacionais de louça metáli-ca de cozinha, a União Industrial Cesar, a Celar nasce com todo o know-how acumulado, mas acima de tudo com vontade de trazer no-vos produtos e filosofias de gestão ao mercado: “Em 1978, quando arrancou a empresa, começámos por trabalhar só com louça de alumínio anti-aderente para a qual tínhamos que importar a matéria base: os discos de alumínio já com revestimento anti-aderente. Era difícil ser competitivo, dado não

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diatos na Celar. Nunca até hoje se vendeu tanto em tão pouco tempo: “Foi um momento especial em que parecia que era possível vender praticamente tudo. O consumi-dor final não estava familiarizado com as promoções que se faziam, pelo que acabavam por comprar muito mais do que acontece ac-tualmente. Numa só campanha de uma loja, chegámos a vender 15 mil conjuntos de três frigidei-ras. Hoje, numa campanha a nível nacional, dificilmente se vendem cinco mil”, relembra o empresário.Apesar de tudo, as grandes su-perfícies continuam a ser o grande cliente da Celar, numa relação du-

termos a capacidade para fazer essa aplicação, mas a verdade é que a empresa foi conquis tando a sua quota de mercado, crescendo passo-a-passo. Hoje, a Celar di-versificou a sua gama de produ-tos, tem capacidade interna para aplicar revestimento anti-aderente, passou de 12 colaboradores para 100, facturando cerca de 10 mi-lhões de euros por ano, mantendo uma forte componente de inova-ção”, frisa Pedro Cordeiro e Cu-nha, que partilha a administração com três sócios descendentes dos fundadores da empresa.

Um passo de giganteEm 1985, sem querer dar um passo maior que a perna, mas mantendo o cariz visionário de todas as suas decisões, a Celar soube perspectivar o sucesso das grandes superfícies: “Até então, o nosso negócio era o mercado tradicional. Trabalhávamos com os armazenistas que por sua vez vendiam aos retalhistas. No entan-to, esse negócio sofreu uma que-bra com a abertura da CEE, que levou os armazenistas a começa-rem a comprar directamente aos italianos. Nós vimo-nos obrigados a procurar alternativas e a solução foram as grandes superfícies”, ex-plica Nuno Azevedo, também ele na administração.A aposta neste novo mundo para os portugueses teria efeitos ime-

radoura com benefícios de parte a parte: “Podemos não estar total-mente satisfeitos com as margens, mas temos a vantagem do nosso cliente não se atrasar com os pra-zos de pagamento. Por outro lado, a Celar oferece uma qualidade de produto e assistência técnica inigualável. Sabemos que o produ-to tem que vender por si, por isso temos uma equipa de cinco pes-soas permanentemente nas lojas a verificar a embalagem, o rótulo e o produto. Tentamos também que qualquer reclamação nos seja encaminhada para procedermos pessoalmente ao esclarecimento ao consumidor final”, garante Pe-dro Cordeiro e Cunha.Além da marca Celar, a empresa produz várias marcas próprias para vários clientes nacionais e internacionais, aplicando o mes-mo rigor em ambas as situações: “Temos de ter a qualidade muito bem controlada quando produzi-mos sob a marca do nosso cliente. Trata-se de uma responsabilidade acrescida porque queremos cor-responder às expectativas que o levaram a seleccionar-nos como fabricantes do seu produto”, afir-mam os sócios.

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Degrau a degrauEm Portugal, a Celar detém cerca de 45% do mercado de louça me-tálica anti-aderente para cozinha aos quais se somam as quotas das marcas próprias produzidas por si. Uma liderança sólida que permite à empresa estar a avançar gradualmente sobre outros merca-dos. “Criámos uma empresa em Espanha em 2006, num mercado que consideramos uma extensão natural do mercado português. Foi um mercado de difícil penetração, por se tratar de uma rede complexa e relativamente fechada, mas no qual já estamos presentes através algumas grandes superfícies e não só. Depois, estamos também em França, Suíça, Angola, Marro-cos, Itália, Rússia”, informa Pedro Cordeiro e Cunha, que completa: “Não temos interesse, nem dimen-são, para estarmos presentes em todo o mundo. A estratégia passa por rentabilizar recursos e pensar bem os investimentos. Já tivemos propostas que nos obrigariam a esgotar a produção com um só cliente e não aceitámos. Tentamos gerir bem o risco. Até porque, com 100 colaboradores, sabemos que temos uma responsabilidade social elevada”. Mas mais do que reco-nhecer, a Celar assume uma parte activa nessa responsabilidade, premiando os seus funcionários com incentivos ao trabalho. Seja com um ordenado extra, sempre que a empresa supera os seus

objectivos, ou com uma relação pessoal com todo e cada um dos funcionários: “Falamos descontrai-damente e de uma forma informal com todos os funcionários. Não há a figura distanciada e opres-siva do ‘chefe’. Oferecemos tam-bém uma prenda a todos quando fazem anos e fazemos questão de os congratular pessoalmente. São estes pequenos gestos que fazem com que a Celar seja uma grande família”.

Primar pela diferençaNuno Azevedo e Pedro Cordeiro e Cunha vêem com bons olhos o apoio estatal ao produto portu-guês, mas estão reticentes quanto à ideia transmitida do que deveria ser o papel das empresas nacio-nais: “O Estado afirma que é pre-ciso exportar. E é verdade. Mas também é verdade que não há pro-priamente compradores à espera do produto português. Nós vamos fazendo a nossa parte, investindo tempo e dinheiro na procura de no-vos parceiros, mas sem incentivos ou protecção via regulação ou seja, regras iguais para todos, torna-se complicado. Por exemplo, nós de-senvolvemos e patenteamos uma solução inovadora, devidamente reconhecida pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial, mas que facilmente pode ser copiada e depois é extremamente morosa a intervenção da Justiça na resolução do problema”, lamen-

tam. “Sabemos que em Itália, caso isso aconteça os produtos são re-tirados de mercado no prazo de um mês. Aqui não. Até que isso aconteça já se venderam milhares de peças ilegalmente. Igualmente muito diferentes, são as obriga-ções sociais e ambientais que te-mos de cumprir, mas que os nos-sos concorrentes asiáticos estão dispensados. Por esta via entra-se em concorrência desleal”.O investimento avultado em ino-vação, resultante da maquinaria adquirida e recursos de logística disponibilizados, pode ver o seu impacto reduzido pela inércia judi-cial, mas mantém o prestígio desta empresa inovadora: “Continuamos a investir em inovação e registo de patentes. Não porque somos ingé-nuos ao ponto de pensar que esta-mos só a proteger o nosso inves-timento, mas sim porque sabemos ser uma mais-valia para o nosso cliente. Quando apresentamos produtos novos e a concorrência apresenta mais do mesmo, esta-mos a diferenciar-nos”, explicam os sócios.E é nessa base que a empresa quer continuar no futuro. Manten-do-se fiel a si mesma: “A Celar é uma empresa que já vai na ter-ceira geração, que investiu tudo o que ganhou em si mesma, e que conseguiu o que tem à custa do seu próprio esforço. Era mais fácil seguir a tendência de mer-cado, tornando-nos uma empresa de compra e venda de produtos, com seis ou sete colaboradores, mas não é essa a nossa vocação. Queremos manter-nos industriais, porque foi assim que crescemos. Nós respiramos esta fábrica”.

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A investigação é algo que sempre exitiu no Intituto Politécnico de Santarém (IPS). Contudo, ela era sectorial, sendo que cada escola tinha o seu departamento de in-vestigação. Há muito poucos anos, a criação de um novo regime jurídico das instituições de Ensino Superior Politécnico, passou a permitir que os Institutos Politécnicos tivessem uma unidade orgânica ligada à investigação. É dessa forma que nas cem os novos estatutos do IPS e com eles nasce, a 8 de Fevereiro de 2010, a Unidade de Investiga-ção (UI) do IPS.O principal objectivo da Unidade de Investigação prende-se hoje com a coordenação de toda a in-vestigação que gira em torno das cinco escolas do Instituto. As pes-soas que estão ligadas à UIIPS, são, aliás, os professores das cinco escolas. “Enquanto as es-

colas sobrevivem com os alunos, a UIIPS sobrevive com os profes-sores, portanto, se não houver as escolas, não há UIIPS”, explica Pedro Sequeira, actual director da Unidade de Investigação do IPS.As publicações relativas à inves-tigação são também feitas em conjunto com as escolas e outras unidades, como a Unidade de Bi-blioteca, por exemplo. Tem como parceiro editorial, para já, a Editora Cosmos.Pedro Sequeira deixa claro que a Unidade de Investigação é “algo de útil para a sociedade portuguesa”.

Projectos em DestaqueA Unidade de Investigação conta neste momento com dez linhas de investigação, criadas pelos di-versos investigadores do Instituto. São essas linhas que, agregadas à UIIPS, representam redes trans-versais às diversas escolas do IPS

“Existimos para sermos úteis”Criada oficialmente há cerca de um ano e meio, a Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém coordena a investigação que gira em torno das cinco escolas do Instituto, contando, para isso, com mais de 100 investigadores.

e especialidades.“Nós continuamos a apoiar e a pro-mover aquilo que de bom tem sido feito pelas escolas do IPS de forma isolada e temos a preocupação de potenciar e de criar projectos, in-tervenções e organizações novas, como por exemplo, congressos, em que se permita agrupar todo o Instituto”. O Instituto Politécnico passa ser visto, segundo Pedro Sequeira, “como um todo, e não apenas como um somatório das suas parcelas”.Dos seus diversos projectos, a Uni-dade de Investigação faz destacar, até à actualidade, dois mais rele-vantes em todo o seu percurso. Em ambos os casos, a iniciativa de estabelecer uma parceria par-

ENTREVISTADOLicenciado em Educação Física e Desporto na FMH, onde fez também mestrado, tendo deito o seu doutoramento na UTAD, Pedro Sequeira teve desde cedo a noção de que “em Portugal a investigação só vai funcio-nar se tiver uma aplicação. Se o produto final não puder ser utilizado pela população, então a investigação não serve. Foi por acreditar nisso que me envolvi na investi-gação”, refere.A abertura das comunidades empresarial e a autárquica à UIIPS tem sido uma maia--valia na Unidade que tem capacidade de criar sinergias com várias entidades, dada a diversidade da sua longitude em termos de abrangência. Satisfeito com o percurso efectuado, Pe-dro Sequeira conclui: “Nós existimos para sermos úteis! No dia em que deixarmos de ser úteis, o Instituto terá de tomar outro caminho”.

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sas empresas regionais. A UIIPS encarrega-se de estabelecer to-das as parcerias e protocolos para cada especificidade dos projectos que lhe são apresentados.O segundo projecto em destaque pertence ao Grupo Mosqueteiros, que, não tendo um centro de in-vestigação, lançou a proposta à UIIPS. A investigação em causa diz respeito à caracterização físi-co-química de óleos alimentares novos e usados com fim à identifi-cação de indicadores de degrada-ção de qualidade, uma vez que a lei obriga a uma investigação por parte das instituições a esse nível. Neste caso, são os laboratórios da Escola Superior Agrária do IPS

tiu dos clientes, que procuraram e demonstraram confiança na Uni-dade de Investigação, para con-cretizarem os seus projectos.O primeiro destaque insere-se no projecto de candidatura a património nacional e da UNESCO da cultura Avieira. A actual propos-ta prevê criar a primeira rota turís-tica do Tejo, com base na cultura dos avieiros, recuperando todas as aldeias avieiras do Tejo. O projec-to tem uma área de investigação, da qual a UIIPS do IPS faz parte e coordena, tendo estabelecido protocolos com seis universidades públicas, quatro politécnicos, 60 investigadores a nível individual, onze câmaras municipais e diver-

que disponibilizam as ferramentas e os investigadores necessários para o processo.A UIIPS tem ainda estabelecidas outras parcerias ao nível das es-colas e outras instituições.“A Investigação tende a ser avali-ada pelos resultados imediatos, e isso de facto não existe. Assim, solicito que me dêem tempo para vermos os resultados. É preciso investimento e é preciso encon-trar os parceiros correctos, o que leva o seu tempo”, conta Pedro Sequeira.

Estruturar a UIIPSA UIIPS tem laboratórios em cada uma das cinco escolas do IPS. A equipa de investigadores ultra-passa já os 100 membros, sendo que 1/3 dos 336 docentes do IPS fazem parte desses membros. Para Pedro Sequeira, essa é uma vantagem, uma vez que os inves-tigadores podem continuar a tra-balhar no seu local de trabalho, tendo sempre o apoio da UIIPS.O trabalho em conjunto é outra das grandes preocupações do director, que procura acima de tudo a unificação, na tentativa de criar uma Unidade de Investiga-ção cuja marca seja a mesma do IPS, ao invés de uma escola par-ticular.“Tento ser o mais democrático possível, mas de uma forma di-rectiva”, sublinha.

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A Escola Superior de Educação (ESE) foi criada em 1979 como Unidade orgânica do Instituto Poli-técnico de Santarém, tendo vindo a abrir, oficialmente, em 1986, com 696 alunos.Esta é hoje um estabelecimento de formação de nível Superior, vo-cacionada para o ensino, a inves-tigação, a prestação de serviços à comunidade e para a colaboração com entidades nacionais e es-trangeiras em actividades de in-teresse comum, que conta já com 1160 alunos.Actualmente abrange um total de cinco licenciaturas e sete mestra-dos em funcionamento. A ESE aposta ainda em cursos de for-mação contínua, visando dar res-posta às exigências de formação profissional, cívica e cultural que se fazem sentir ao longo da vida na sociedade.

Vasta oferta formativaA Escola Superior de Educação de

Santarém iniciou o seu percurso com apenas os cursos de forma-ção de professores, aos quais se juntaram os de Educação Social e Animação Cultural , surgindo posteriormente a Comunicação Educacional Multimédia e as Artes Plásticas Multimédia. A aposta foi

Educação, Ensino e ArtesA Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém representa, para todos os seus alunos e docentes, a referência nos sectores de Educação, Ensino e Artes Plásticas.

ponderada e eficaz: “Tínhamos alunos, tínhamos toda a experiên-cia e vimos que isso funcionava bem”, explica Jean Campiche, di-rector.A Educação Social é hoje um dos cursos mais procurado por parte dos alunos. A exigência, os resul-tados e a empregabilidade que o curso confere têm levado alunos, tanto da região como das suas periferias, a deslocarem-se até à ESE, em busca de uma formação qualificada. Com a adesão ao Processo de Bo-lonha, também o sistema de ensi-no foi reformulado, passando-se a adoptar um sistema baseado (para os Institutos Politécnicos) em dois ciclos de estudos: 1º ciclo – corres-pondente à licenciatura e 2º ciclo, correspondente ao mestrado. Os cursos sofreram uma reestrutu-ração e a Escola tem hoje dois mestrados, dos quais dois leccio-nados, no início, em colaboração com a Universidade da Madeira.Variadas acções de formação

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houvesse um antes e um depois. Temos de encontrar ainda as nos-sas marcas em Bolonha, porque há muitas coisas a que as pessoas não estavam habituadas”, acres-centa o director.

Projectos e actividadesPorque aliar a investigação ao tra-balho sempre foi tarefa praticada na ESE, esta encontra-se inserida em vários projectos nacionais e internacionais, onde colaboram vários professores da Escola.Durante cinco anos trabalharam com a Fundação Calouste Gul-benkian e com apoio do Banco Mundial, na produção de todos os manuais escolares, desde o 1º ao

contínua, úteis e generalistas em termos de assunto abordado, são postas à disposição de todos, com temáticas de interesse geral à so-ciedade. Para Jean Campiche, “esta é uma maneira diferente de abordar temas que podem interes-sar a toda a gente”.A pensar no público mais velho, a Escola criou o ESES +, uma for-mação livre onde são realizados módulos para pessoas com idade a partir dos 50 anos, que preten-dem aperfeiçoar ferramentas e aprofundar conhecimentos.

Cultivar ExigênciaExigência é a base do trabalho na ESE de Santarém. Para isso, a Escola conta com uma equipa de professores, de elevada experiên-cia e qualificação, empenhados em acompanhar a todos os níveis os seus alunos.O processo de Bolonha trouxe transformações, e com elas uma entrega acrescida por parte dos alunos, dentro e fora da Escola. É no momento dos estágios que os professores desempenham um papel que tem tanto de coopera-tivo como de preponderante.“Temos de tentar ser cada vez mais exigentes”, refere Jean Cam-piche. “Bolonha foi uma reviravolta grande e, para nós, é como se

6º ano, da República Democrática de São Tomé e Príncipe.Hoje mantêm ainda ligações com São Tomé e Príncipe, e a ambição de prestar serviço à comunidade é cada vez maior.O mais recente projecto da ESSE, o ‘Fab Labs’, consiste em implemen-tar laboratórios, onde o cidadão, através de potentes computadores ligados a várias máquinas como impressoras 3D, consegue criar objectos, cortar vinil e fazer im-pressões sob qualquer suporte. Esta iniciativa pretende incentivar e empurrar o empreendedorismo, qualidade fulcral nos estudantes e trabalhadores, no presente e no futuro.

Jean Campiche,da escultura ao ensinoJean Campiche nasceu em Genebra em 1947;Vive e trabalha em Portugal desde 1987;Licenciado pela Escola de Belas Artes de Genebra em “Recherches Plastiques et Histoire de l’Art”;Mestre em Comunicação Educacional Mul-timedia pela Universidade Aberta;Escultor profissional, ex-membro da SPSAS (Société des Peintres, Sculpteurs et Archi-tectes Suisses);Professor Adjunto, com título de especia-lista, do Instituto Politécnico de Santarém.

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Criada em dezembro de 1997 e enquadrada no Instituto Politéc-nico de Santarém (IPS), a Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) encontra-se em fun-cionamento desde setembro de 1998.A Escola teve como primeiro di-rector o professor doutor José Rodrigues (1998-2007) e, como segundo, o professor Abel Santos (2007-2011). Em Março de 2011 decorreram as eleições para o ter-ceiro director, a professora doutora Rita Santos Rocha, que manterá o cargo até 2015. Nos seus primór-dios, o objectivo foi sempre o de “formar instrutores e treinadores especializados nas diversas mo-dalidades desportivas”, refere a directora.

Formação abrangenteActuando na área das Ciências do Desporto, a ESDRM ministra actualmente cinco cursos de licen-ciatura (1.º ciclo), três cursos de mestrado (2.º ciclo) e diversos cur-sos de formação contínua, todos

creditados pela A3ES, envolvendo cerca de 750 estudantes. Quer o nº de candidatos quer o nº de co-locados corresponde a 15% dos estudantes de desporto no ensino superior público.Segundo os dados de 2009/2010, a empregabilidade dos alunos na área da licenciatura foi mais ele-vada nos cursos de Condição Físi-ca e Saúde no Desporto - 100%, Treino Desportivo - 89,2%, Gestão das Organizações Desportivas - 82,6% e Desporto de Natureza e Turismo Activo - 77,6%. A forma-ção em Psicologia do Desporto im-plica cinco anos de investimento, pelo que a empregabilidade só é avaliada após obtenção do grau de mestre. “Tentamos sempre ajustar os conteúdos dos cursos àquilo que é o mercado de trabalho”, ex-plica Rita Santos Rocha. A abertura a protocolos com as várias entidades profissionais e científicas que actuam no desporto (desde os clubes, ginásios, federa-ções, associações, empresas, câ-maras e freguesias até ao Comité

Desporto, Saúde e VitalidadeSomando já 14 anos de experiência, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior foi criada com o objectivo de se diferenciar ao nível das profissões da área das Ciências do Desporto.

Olímpico de Portugal) garante a todos os alunos a oferta de um estágio integrado. “O estágio é uma transição entre aquilo que é o ensino centrado na escola e o mercado de trabalho”, afirma a di-rectora. “Temos a felicidade de ter sempre mais pedidos de estagiá-rios, do que estagiários para ofere-cer”, acrescenta ainda. Também os mestrados em desporto, em psico-logia do desporto, e em atividade física em populações especiais, permitem optar entre a realização de estágio ou dissertação.

Recursos HumanosOs recursos humanos da ESDRM dividem-se em pessoal docente e não docente. Em Junho de 2011, a ESDRM dispunha um total de 96 trabalhadores, dos quais 79 docentes (44 a tempo integral) e 17 não-docentes. Desempenham funções de dirigente a directora, o subdirector e a secretária. Até 2013 a ESDRM contará com mais de 25 doutorados em Ciências do Desporto.O compromisso com o serviço, o desempenho na Escola, o respeito pelo aluno e a ambição de querer fazer sempre mais e melhor são valores primordiais, que Rita San-tos Rocha procura manter nos professores da Escola. Também a experiência desses professores, ligados desde cedo ao desporto, e a atenção à conjuntura nacional e europeia no mercado desportivo, facilitam o processo de transmis-são de conhecimento e de acon-selhamento dos alunos.“A disciplina a que as pessoas se habituaram durante a vida, no con-texto deportivo, pelo qual todos

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espaços naturais, entre outros. As futuras instalações da ESDRM, que ocuparão uma área de cerca de 30.000m2 onde irão funcio-nar três edifícios (escolar, can-tina e residência), incluindo áreas desportivas, serão finalizadas em Setembro de 2011.

InvestigaçãoA ESDRM está integrada no con-sórcio que criou o Centro de Inves-tigação em Desporto, Saúde e De-senvolvimento Humano (CIDESD) reconhecido pela Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT), onde está integrada a maioria do corpo docente. Outros investigadores estão integrados no Centro Inter-disciplinar de Estudo da Perfor-mance Humana (CIPER) da Fa-culdade de Motricidade Humana, igualmente reconhecido pela FCT. Os docentes a tempo integral es-tão envolvidos em vários projectos de investigação e programas de

passaram, permite aplicar nesta fase mais madura os mesmos princípios no contexto profissio-nal”, salienta a directora.Rita Santos Rocha denota ainda a importância do corpo não-docente, composto por “pessoas extrema-mente importantes, empenha-das e disponíveis para colaborar no serviço que for necessário”, conta. Além destes funcionários, vários docentes contribuem para o desenvolvimento de serviços de apoio aos estudantes, tais como o gabinete de mobilidade interna-cional ou o gabinete de empreen-dedorismo.

Instalações de presente e futuroA ESDRM, sediada na cidade de Rio Maior, desde 1998, funciona em ins talações provisórias, incluin-do as desportivas, disponibiliza-das pela Autarquia. Tem ocupado diversos edíficos à medida que foi crescendo em número de tra-balhadores e estudantes. Actual-mente utiliza o pavilhão multiu-sos, ocupando uma área de cerca de 3000m2 onde funcionam os serviços de apoio, gabinetes de docentes, salas de aula e de re-união, um auditório, biblioteca, laboratório de investigação em desporto, sala da associação de estudantes, reprografia, centro de recursos de equipamentos de desportos de natureza e duas portarias. Relativamente às ins-talações desportivas, a ESDRM utiliza um pavilhão (ginástica), um pavilhão desportivo, três piscinas, campo de futebol, ginásio privado,

doutoramento, desenvolvidos no âmbito do CIDESD e do CIPER e de universidades nacionais, e tam-bém em centros de investigação e universidades internacionais.

Prestação de serviçose ligação à comunidadeA ESDRM dedica-se também à prestação de serviços na área do desporto, nomeadamente nas áreas da gestão do desporto, psi-cologia do desporto e avaliação e controlo do treino, através do seu Laboratório de Investigação em Desporto, coordenado pelo profes-sor doutor João Brito. Desenvolve ainda programas de atividade físi-ca e saúde na comunidade, nome-adamente na área do ‘envelheci-mento activo’ e da ‘escola activa’.

Preparar o futuroEstar no pódio nacional e inter-nacional no ensino do desporto, contribuir para a investigação e desenvolvimento em ciências do desporto e diversificar a oferta formativa são ambições de futuro previstas para a ESDRM.Activa enquanto praticante de mar-cha, natação, fitness e bicicleta, Rita Santos Rocha não deixa dúvi-das da motivação e ambição de manter o projecto há 14 anos ini-ciado: “Estamos atentos para ser-mos os primeiros e os melhores!”.

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A Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) comemora um percurso de uma organização que tendo sido criada a 16 de Maio de 1973 como Escola de Enfermagem, tal como muitas outras à altura, tinha por missão formar pessoal de enfermagem, tendo no ano imediato evoluído para a formação de enfermeiros. Foi reconvertida em Escola Su-perior de Enfermagem de San-tarém, na sequência da integra-ção do ensino de enfermagem no sistema educativo nacional, ao nível do ensino superior politécnico. A passagem para a designação de Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) decorreu, em 2008, na sequên-cia da reorganização dos es-tatutos do Instituto Politécnico de Santarém e das Unidades Orgânicas que o compõem. Instituição de referência, a nível nacional, na formação em en-fermagem ao nível do 1.º e 2.º ciclo, propôs, recentemente, a criação de dois cursos na área das tecnologias da saúde: Tera-pia Ocupacional (em processo de acreditação) e Podologia (em processo de organização final para submissão a acredi-tação).

Oferta formativaTodos os cursos em funciona-mento na ESSS estão acredi-tados pela A3ES. Actualmente, ao nível do 1.º ciclo, a ESSS oferece formação na área de enfermagem. Ao nível do 2.º

ciclo, a ESSS organizou, em parceria com a Universidade do Minho, com os Institutos Poli-técnicos de Viseu, Portalegre e Beja, mestrados na área da Enfermagem. Os mestrados disponibilizados pela escola são: Enfermagem de Reabilita-ção; Enfermagem Comunitária; Enfermagem de Saúde Fami-liar; Enfermagem à Pessoa em Processo de Doença na Comu-nidade; Saúde Materna e Obs-tetrícia. Este ano, a escola viu aprovado o curso de mestrado em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem e o curso de mestrado em Supervisão em Enfermagem, este, em parceria com a Escola Superior de En-fermagem de Lisboa (ESEL). A instituição aguarda a acredita-ção do curso de mestrado em Enfermagem de Saúde Mental.

Dinamismo e forte envolvência em projectos nacionais e internacionaisA Escola Superior de Saúde de Santarém tem-se destacado pelo dinamismo e pela forte envolvência em projectos nacionais e internacionais. A revista “Portugal Inovador” foi conhecer esta instituição de ensino e conversar com a nova directora Isabel Barroso.

Parcerias e Projectosde InvestigaçãoA ESSS, enquanto instituição aberta à comunidade, privilegia parcerias com instituições lo-cais e regionais. No âmbito do programa “Escola Promotora de Saúde”, a ESSS tem protocolos com várias escolas, desde o 1º ciclo até ao ensino secundário, com o objectivo de fomentar uma vida saudável junto de crianças e jovens, sempre em parceria com professores e en-carregados de educação. Áreas como a alimentação, a saúde mental e a sexualidade são as mais abordadas. Destaca-se, também, o apro-fundamento do projecto de pro-moção de estilos de vida sau-dável, nomeadamente no que concerne à alimentação, no quadro de colaboração com Es-

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No próximo ano lectivo, a ESSS vai passar a acolher um mestra-do designado “Master Mundus” em Enfermagem de Emergên-cia e Cuidados Críticos, que promove o intercâmbio entre os estudantes europeus. Este mestrado é o primeiro na área de enfermagem a acontecer num instituto politécnico português e um dos dez que na Europa foram aprovados em 2011. Este curso, financiado pelo programa Eras-mus Mundus, da Comissão Eu-ropeia, está a ser liderado pela Universidade de Oviedo e conta com a participação do IPS-ES-SS, da Universidade do Algarve - Escola Superior de Saúde e da Universidade Metropolia, em Helsínquia. Este curso deverá ser alargado a países terceiros, isto é, países fora da União Eu-ropeia com quem as instituições proponentes têm protocolos e parcerias.

Direcção nova,o mesmo objectivoHá dois anos a assumir funções como subdirectora, Isabel Bar-

tabelecimentos de Ensino Pré--Escolar, Básico e Secundário e com a Autarquia, um projecto em parceria com a Câmara Mu-nicipal de Santarém e ACES Ribatejo, com a denominação “Comer bem para viver melhor em Santarém”.Em continuidade da parce-ria com a Câmara Municipal de Santarém, ACES Ribatejo, Hospital de Santarém EPE e Direcção Geral de Saúde, a Es-cola com o estatuto de institui-ção coordenadora, tem em de-senvolvimento um projecto com o objectivo de caracterizar os indicadores de saúde da popu-lação residente no concelho de Santarém.“Recentemente, foi submetido a financiamento uma proposta de estudo da Câmara Municipal de Santarém que pretende ana-lisar os indicadores de saúde do concelho de Santarém”, informa Isabel Barroso. A aposta em pós-graduações no âmbito dos cuidados con-tinuados e cuidados paliativos, privilegia a atenção às necessi-dades das instituições parceiras. A ESSS encontra aí os cenários ideais para os seus estudantes realizarem os estágios, fazerem diagnósticos das carências da população e, mais tarde, aju-darem a implementar projectos de intervenção nas áreas mais problemáticas.A nível nacional a ESSS tem parcerias com outras institui-ções de ensino superior quer universitário, quer politécnico. A nível internacional salientam-se acordos no âmbito da mo-bilidade Erasmus (estudantes, professores e colaboradores não docentes) com as Univer-sidades de Oviedo, Salamanca, Valladolid e Leon em Espanha; com a Universidade de West of Scotland, com a Universidade do Katho na Bélgica e a Univer-sidade Metropolia na Finlândia.

roso foi, recentemente, eleita directora da ESSS. Uma nova direcção que pretende seguir o trabalho do seu antecessor José Amendoeira. Continuar a investir na sustentabilidade da instituição, apostar na criação de uma oferta formativa mais abrangente na área da saúde, promover o sucesso escolar e o melhoramento da monitoriza-ção da empregabilidade são al-gumas das prioridades da direc-tora Isabel Barroso.

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Foi no decorrer do ano de 2008, que surgiu no concelho de Aveiro a Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro (EFTA).A necessidade sentida em toda a região de Aveiro, nas áreas de turismo, hotelaria e restauração foi um dos principais motivos que levaram Manuel Torrão, director executivo, a edificar esta Escola, solicitada hoje por parte dos agen-tes económicos da região.“Eu acredito que o sucesso das nossas instituições e das nossas escolas passa por uma especia-lização. Nós não podemos querer fa zer tudo, daí que a minha es-tratégia tenha sido a fundação de uma escola direccionada exclusi-vamente para a área do turismo, restauração e hotelaria”, conta Manuel Torrão. Militar pára-que-dista durante 24 anos e licenciado em Gestão de Empresas, o próprio afirma ter caído na Escola “de pára-quedas”. Dedicou-se ao pro-jecto de corpo e alma, convidando alguns amigos para dele fazerem parte.A Escola iniciou o seu percurso com as Formações Modulares Certifi-cadas, dois cursos EFA (Educação e Formação para Adultos) e dois cursos técnico-profissionais: Téc-nico de Turismo e Técnico de Re-cepção, aos quais se juntou mais

tarde o Técnico de Restauração na sua variante de Cozinha Paste-laria. “Os cursos técnico-profis-sionais são hoje o nosso objectivo. Pretendemos qualificar os nossos jovens para que eles possam dar resposta às solicitações das nos-sas empresas do sector”, explica o director. Neste momento são cinco as turmas, distribuídas pelos cursos atrás referidos, mas as pre-visões apontam para nove turmas no ano lectivo de 2011/2012.A EFTA gera oportunidades aos seus alunos; reflexo disso é a con-quista do 2º lugar na competição de ‘front-office’, o concurso inter-nacional da Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) pela aluna Sónia Amaral, do curso técnico de recepção.

Análise de mercadoAlargar o número de cursos na área de turismo é o próximo passo de Manuel Torrão na Escola.“Não vamos ficar por aqui, vamos pedir autorização ao Ministério para dinamizar outros cursos que

Explorar o Turismo MundialA Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro tem feito jus ao sector do turimo em Portugal, colocando, anualmente, estagiários em várias postos de referência nacional e internacional.

também são procurados no fu-turo, como é o caso da Gestão Hoteleira”, refere. “Temos de estar em constante atenção ao mercado para podermos oferecer os cur-sos que têm saídas profissionais. Dialogar com os operadores turís-ticos, com as PME’s do sector e com os grandes grupos hoteleiros é de facto importante”, acrescenta ainda.Desde o dia em que nasceu que a EFTA se preocupou em estabele-cer parcerias com várias entidades públicas e privadas, de forma a ti-rar o maior proveito dessas siner-gias, colocando hoje dezenas de alunos em estágios.A Escola tem sido cada vez mais solicitada pelos vários parceiros com quem trabalha, para a realiza-ção de eventos, como a recepção de entidades, entre outras activi-dades que permitem aos alunos um contacto próximo com a reali-dade.

Estagiários da EFTAA EFTA tem hoje 86 alunos a realizar

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Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) e a Atlas (Orga-nização Internacional de Turismo).“Os nossos alunos têm de aprovei-tar as oportunidades a nível mun-dial e por isso estamos a criar meca nismos para os ajudar”, afir-ma Manuel Torrão. Assim, unidades hoteleiras como o grupo Pestana, Savoy e Fourviews (na Madeira), Pousadas de Portugal, Aquapura

estágios em Portugal continental e ilhas (Madeira e Porto Santo) e na Europa, nomeadamente em Ingla-terra. As parcerias estabelecidas para a realização dos mesmos estágios têm sido feitas tanto a nível nacional como internacional, e vão desde Instituições de Ensino Superior, Câmaras Municipais e unidades hoteleiras, às parcerias internacionais, como a Associação

Douro Valley, Hotel Régua Douro, Hotel Monte Prado (Melgaço), Vi-dago Palace, As Américas (Aveiro), Vila Galé Coimbra e outros re-cebem estagiários anualmente. No curso Técnico de Turismo os alu-nos têm oportunidade de estagiar em agências de viagens, museus e postos de tu rismo. Já no curso Técnico de Restauração, a Escola tem alunos a estagiar no Restau-rante D. Tonho, DOP, Pousada do Freixo, Hotel Infante Sagres, Porto Palácio Hotel, entre outros.O uso obrigatório do uniforme, dia-riamente, produz efeitos positivos, pois além de ser uma boa forma de divulgação da escola, obriga os alunos a serem responsáveis e a terem cuidado com a sua postura.A EFTA tem representado um forte contributo no turismo em Portu-gal, sector que tanta importância aporta para o país, e que deve ser aproveitado com superior esmero e dedicação.

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Integrada na Universidade do Minho desde 2005, a ESE apre-senta uma oferta formativa diver-sificada ao nível dos seus cursos de graduação e pós-graduação, promovendo uma formação hu-mana ao mais alto nível, nas suas dimensões ética, cultural, cientí-fica, estética e técnica. Devido à elevada qualidade do seu ensino, a ESE tem sido nos últimos anos, uma das instituições com maior índice procura a nível nacional.

No contexto da pós-graduação, os diferentes cursos de formação especializada são reconhecidos pela Ordem dos Enfermeiros e estão orientados para o desen-volvimento de competências profissionais mais específicas, contribuindo para uma maior qualificação profissional que responda com maior eficácia às necessidades de cuidados de saúde mais diferenciados e emergentes.

Um longo passado, aberto ao futuro

No domínio da internacionaliza-ção, a ESE promove programas de mobilidade para docentes e alunos ao abrigo de protocolos de cooperação com outras insti-tuições de ensino Europeias.Os seus licenciados ficam habili-tados para exercer a profissão de enfermagem nos diferentes con-textos e valências de instituições de saúde e solidariedade social públicas e privadas no nosso país e no estrangeiro.

A Escola Superior de Enfermagem (ESE) é uma instituição de cariz politécnico com uma longa tradição no ensino e formação de profissionais de enferma-gem ao longo dos seus quase cem anos de existência.

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Uma cidade é feita assim. Ruas, Praças, imóveis públicos e casas privadas, história e presente, mar-cos da paisagem e pessoas. So-bretudo pessoas. As pessoas que lhe dão o carácter, que transpor-tam consigo as histórias de infân-cia, que aí vivem, trabalham, riem e choram e, um dia, morrerão.Braga também é assim. Há coisas que mudando, não mudam. Nes-tes dias de verão que se arrastam, quando as férias escolares al-teram os ritmos de vida, aqueles que, vindos do Norte chegam à cidade lá vêem, imponente, o Sá de Miranda. O Sá de Miranda que já foi Liceu. A Sá de Miranda que, agora, é Escola. Chegam à cidade para trabalhar, enquanto os filhos ficam a dormir até mais tarde, para comprar qualquer coisa ou para tratar de um qualquer assunto num qualquer serviço público. Até pode ser a matrícula escolar da filha ou do filho. Decisão nem sempre fácil, sobretudo se obrigar a mudança de escola, às vezes até de locali-dade. Como escolher? Seguir os amigos? Esse, ainda que difícil de aceitar pelos filhos, é um critério que não é válido. Trata-se de uma decisão com impacto para a vida. Para toda a vida. Os amigos, se o são, continuarão a sê-lo.O que é que a Sá de Miranda

tem para oferecer? O 3º ciclo do ensino básico. Os Cursos Cientí-fico-Humanísticos, do ensino se-cundário, virados para quem pre-tende prosseguir estudos ou os Cursos Profissionais para quem pretenda mais rapidamente ir tra-balhar. Mas tem muito mais para oferecer. Tem um passado feito de 175 anos. Um passado que vemos na colecção de magníficos mapas didácticos, nas centenas de ani-mais embalsamados, nos riquíssi-mos objectos e instrumentos das disciplinas de Física ou Química ou, ainda, nos valiosos livros que integram a Biblioteca da escola.Mas se uma escola pretende for-

Desvendar Sá de Miranda

mar homens e mulheres para o futuro, nós olhamos para este património como um enriqueci-mento que nos orgulha e que complementa um conhecimento ao qual acedemos por múltiplas plataformas e meios.Uma Escola centenária, requalifi-cada, com modernas instalações e na qual convive passado e pre-sente. Uma Escola na qual a ci-dade de Braga se revê. É isto que temos a oferecer. Uma formação e qualificação competentes ca-pazes de dotar os nossos jovens com as ferramentas necessárias para enfrentar os tempos difíceis de hoje.

Formar e qualificar jovens, nas modernas instalações onde passado e presente convivem, é a missão que a Escola Secundária Sá de Miranda desempenha com eficácia ao longo de décadas.

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Foi à quase 50 anos que o Exter-nato Delfim Ferreira nasceu de um sonho. O sonho de Aurélio Fer-nando, fundador desta instituição de ensino: “Há 49 anos que fundei esta casa e parece que ainda foi ontem. O tempo passa tão de-pressa que tudo aparece na vida e tudo desaparece tão rapidamente que até dá a impressão que o tempo não existe”, diz. Mas na verdade o tempo faz parte da vida, como canta o Hino do Colégio “Ó juventude, sois os primeiros/ No-vos heróis de Portugal/ Colégio, avante!” e o colégio cumpre a vo-cação a que se devotou.Situado no coração do Vale do Ave, o Externato Delfim Ferreira é hoje um de referência na edu-cação em Portugal. Fundado em 1962, o colégio celebra no próximo ano lectivo o cinquentenário que lhe confere um estatuto pioneiro no concelho de Famalicão: “é uma vida! Sem dúvida. No entanto direi que valeu a pena. De facto o Colé-gio de Riba de Ave que nasceu de um sonho torna-se realidade”, diz o fundador Aurélio Fernando.

O projecto educativoEscolher uma Escola é escolher um modelo próprio de educação e ensino, um sistema de valores de referência, um projecto edu-cativo correcto, uma determinada

comunidade de desenvolvimento pessoal e social. Há quem diga mesmo que escolher uma escola é como escolher uma segunda família. Torna-se por isso cada vez mais necessário, que cada centro educativo tenha um ideário que envolva a comunidade esco-lar: “O Externato Delfim Ferreira apresenta um projecto educa-tivo consubstanciado no ex-líbris ‘Faz e Pensa, Pensa e Faz’, um projecto que parte da realidade em que se insere e da sua longa prática pedagógica a que os seus quase 50 anos de existência con-fere uma grande legitimidade e optimismo pedagógico”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador Aurélio Fernando.Com todos os ciclos de estudo desde o pré-escolar até ao se-

cundário, a funcionar, o externato implantou recentemente os cur-sos de educação e formação e os cursos profissionais. Os 48 anos de existência que lhe conferem um estatuto pioneiro no concelho de Famalicão, com a verticalidade de ciclos que sempre transportou, têm sido consubstanciados por esse mesmo ideário educativo predominantemente, dirigido à educação por valores onde a flexi-bilidade pedagógica se harmoniza com uma pedagogia de Projecto. Formando diariamente cidadãos, são incumbidas à escola as tarefas de informar e alertar para a ne-cessidade de adoptar hábitos de vida saudáveis, procurar a ligação do aluno ao meio envolvente e à comunidade escolar ou mesmo proporcionar a oportunidade de

Desde 1962 que o Ex-ternato Delfim Ferrei-ra proporciona alma e tradição ao serviço do futuro. Não esquecendo que a experiência é a mãe de todas as coisas, esta escola que faz agora 50 anos de existência, trans-porta, um ideário educati-vo que vai sedimentando ano após ano.

50 anos ao serviço da educação

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insere fossem suprimidas. Neste contexto, desde o 25 de Abril de 1974, o Externato Delfim Ferreira coloca à disposição do Estado as suas instalações para servir a população estudantil nesta área geográfica, constituindo-se parte integrante da Rede Escolar Na-cional de Ensino.Estando entre os primeiros clas-sificados do ranking nacional de

estabelecimentos de ensino e, segundo diversas personalidades, já provou ser uma instituição que promove o respeito dos valores humanos. «A sociedade precisa de seres humanos e as escolas com ideários, sejam eles quais forem, ajudam a responder a essa necessidade», revela o actual di-rector pedagógico, Josias Bar-roso.

valorização pessoal com o desen-volvimento de espírito de criativi-dade, expressão ou comunicação. Tarefas estas que são vinculadas com os os núcleos e clubes do ex-ternato: “temos vários clubes e nú-cleos, desde o núcleo de higiene e promoção de saúde, ao núcleo de actividades culturais, ao clube de desporto escolar, à oficina de poe-sia, ao clube de teatro e ao clube de imprensa, entre outros”, revela Aurélio Fernando.

Uma escola de valores O Externato Delfim Ferreira tem estabelecido com o Ministério da Educação um contrato de asso-ciação desde a entrada em vigor do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, na justa medida em que o Estado e o Colégio se as-sociaram para que as carências educativas da região em que se

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O Agrupamento de Escolas do Alijó, fundado no ano lectivo de 2004/2005, tem pautado a sua conduta pelo empenho e dedica-ção no ensino que ministra. Pro-mover a educação, o dinamismo nas aulas e nos conteúdos leccio-nados são aspectos imperativos para a instituição. As obras de remodelação e am-pliação dos edifícios e dos espa-ços exteriores realizadas em 2003, com apoio de fundos comunitários, conferiram um nível de funcionali-dade indispensável à prática edu-cativa. Um ano marcante para a insti-tuição foi o de 2007, não só pela fusão com a Escola Secundária de Alijó, mas também devido ao facto de incluir, na oferta formativa, os cursos das Novas Oportunidades. O Agrupamento passa então a disponibilizar todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar até ao

12º ano, em regime diurno e noc-turno. A região do Douro, onde se situa o Agrupamento, é conotada pela produção de vinho o que se reper-cute, inevitavelmente, na cultura da sociedade. “A região do Douro é considerada Património Mundial

Arte de bem ensinarSituado no coração do Douro, o Agrupamento de Escolas do Alijó prima pelo rigor na educação dos alunos. Contribuir para um percurso académico de sucesso é objectivo primordial.

da Humanidade, o que traduz uma forte relação de envolvimento entre a escola e a comunidade, nomea-damente, em questões ligadas à educação ambiental. Este aspecto é aquele que mais nos diferencia de outros agrupamentos e o que faz parte da nossa identidade”,

Mensagem da directora“Não obstante de sermos uma comunidade educativa situada no interior do país, temos uma forte identidade e uma enorme vontade de vencer os desafios com que somos con-frontados. Acreditamos nas capacidades dos nossos alunos e no profissionalismo e empenho do corpo docente e não docente.Aos nossos alunos, deixo uma palavra de esperança e confiança na sua capacidade de lutar por um futuro melhor. No concelho de Alijó e na região de Trás-os-Montes e Alto Douro estamos habituados a lutar para vencer as adversidades. Com o apoio da família e da escola vamos conseguir. Na vida, só os que desistem são vencidos”.

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no estatuto do aluno. No entanto, há um aspecto positivo a destacar nos últimos anos: a estabilidade

regista Margarida Cascarejo, di-rectora do agrupamento.

Oferta FormativaCom vista a satisfazer as carên-cias educativas dos cerca de 1400 alunos que frequentam o Agrupa-mento, é disponibilizada não só a componente de ensino regular, mas também cursos de Educação e Formação para Jovens (CEF) – hotelaria e restauração; ciências informáticas - Cursos Profissionais no âmbito do turismo; audiovisuais e produção dos média; ciências informáticas e ainda Educação e Formação para Adultos (EFA) - nível secundário.A pensar na preparação dos estu-dantes para integrarem o mercado de trabalho, o Agrupamento esta-belece parcerias com entidades locais e regionais, garantindo as-sim uma componente prática para os discentes que não pretendem ingressar no ensino superior.

Educar em Portugal“A principal marca que tem carac-terizado a educação no nosso país nos últimos anos podetraduzir-se numa simples palavra: instabilidade. Tem-se manifes-tado de forma particular na reor-ganização da rede escolar e dos planos e programas curriculares; na avaliação dos docentes e não docentes; na educação especial e

do corpo docente”, sustenta Mar-garida Cascarejo. Na tentativa de combater o ab-sentismo e o insucesso escolar, a instituição planeia estratégias que fortaleçam o elo com os alu-nos e os incentive a continuar o percurso académico com bom aproveitamento. Para tal, foram criados clubes, um jornal escolar - “O Plátano”, entre outros projectos inovadores com recurso às novas tecnologias. O acompanhamento intensivo e interactivo dos pais é também um pressuposto incondicional para ga-rantir o sucesso dos alunos. Pro-movem assim, hábitos de estudo e incutem a valorização da compo-nente educativa nos dias de hoje.

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Prestes a comemorar dez anos de existência, o Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Fontes Pereira de Melo foi criado em oito de Agosto 2001. Sendo dos primeiros centros a abrir as portas, em Portugal, o CNO da Escola Fontes Pereira de Melo certificou os primeiros adultos em Dezembro de 2002. Desde então, a pluralidade de percursos quer de certificação quer de formação foi aumentando, de modo a satis-fazer as necessidades dos adultos que ambicionam adquirir habilita-ções escolares e/ou competências profissionais.Composta por 21 colaboradores, a equipa técnico-pedagógica do CNO trabalha as diferentes fases do processo RVC: acolhimento, diagnóstico, encaminhamento, validação e certificação de com-petências. Depois do diagnóstico, onde se avaliam as expectativas e o perfil dos adultos, estes são encaminhados para a opção mais viável tendo em conta as motiva-ções e os objectivos que anseiam

alcançar. “Assim, os adultos po-dem seguir o seu percurso através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Com-petências (RVCC) ou de Unidades de Formação de Curta Duração (25 ou 50 horas) ou de Cursos de Educação e Formação de Adultos, escolares ou de dupla certificação (escolar e profissional)”, explica o coordenador do CNO, Vasconce-los Magalhães. As Unidades de Formação de Cur-ta Duração também designadas por formações modulares certifi-cadas, são destinadas aos adultos que, ao longo da vida, pretendem adquirir mais conhecimentos e competências. Desde a imple-mentação desta oferta formativa, já foram realizadas 30 formações, designadamente, 13 na área tec-nológica, 17 na área de formação de base: Cultura Língua e Comuni-cação, Inglês e Cidadania e Profis-sionalidade. Os Cursos de Educação e For-mação de Adultos são destina-dos a quem pretende certificar

Formação para adultosA pensar na população adulta, o CNO da Escola Fontes Pereira de Melo disponibiliza uma componente formativa diversificada. Apostar na formação e valorizar as com-petências adquiridas é a missão que caracteriza o trabalho de toda a equipa.

um determinado nível de ensino, mas não tenham as competências necessárias para um processo de RVC. Desde a existência desta vertente de formação foram rea-lizadas 23 turmas, das quais seis continuam em formação.Findo o processo formativo, há adultos que desejam dar con-tinuidade ao percurso académico e ingressar na universidade. De acordo com o coordenador, a per-centagem de adultos que concor-rem a cursos universitários está a aumentar. Vasconcelos Magalhães refere o relatório da Direcção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia que menciona que Por-tugal é um dos cinco países clas-sificados na escala mais elevada no que respeita ao nível de desen-volvimento em matéria de valida-ção de aprendizagens formais e informais. A par de Portugal, ocu-pam esta posição a Finlândia, a França, a Holanda e a Noruega. “É necessário que haja maior uni-formização de actuação dos Cen-tros Novas Oportunidades, pois só assim a imagem para o exterior será mais credível. Deve haver rigor, exigência e transparência em todo este processo de enorme validade para o país”, explica.

“O futuro começa aqui”Nos dias de hoje, investir na forma-ção é uma necessidade premente, uma vez que as exigências do mercado de trabalho a isso obri-gam. Neste sentido, o coordena-dor do CNO incentiva os adultos a apostar na sua formação: “O mercado é competitivo, só con-seguiremos sucesso com rápida adaptabilidade à inovação se apo-

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quais mantém parcerias e protoco-los, forma hoje um centro credível e capaz de dar resposta eficaz às questões de certificação e forma-ção colocadas pelos adultos.O CNO, nas suas vertentes de Re-conhecimento, Validação e Certi-

starmos na formação ao longo da vida. Sistemas de formação anuais ou bianuais que todos os trabalha-dores tivessem que frequentar se-ria uma mais-valia, mas para isso é necessário mudar mentalidades, quer de empresários quer de tra-balhadores. As empresas têm um papel preponderante neste con-texto, incentivar e motivar os seus colaboradores é um factor que certamente lhes trará benefícios e contribuirá para o seu crescimento. Por outro lado, é necessário que os trabalhadores percebam que o sacrifício que a frequência das for-mações lhes acarreta traduz-se, mais tarde, em vantagens.”Apesar da Escola já ter uma longa experiência de trabalho com adul-tos, ao longo do tempo de existên-cia do CNO foi-se aumentando a vitalidade e o saber da experiên-cia. Feito que, em colaboração com as trinta entidades, com as

ficação, quer escolar quer profis-sional, é crucial para o aumento do nível de escolaridade e de com-petências no país. De acordo com a mensagem veiculada pela Es-cola Fontes Pereira de Melo, de facto, “o futuro começa aqui”.

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A ensinar desde 1934, o Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação tem com directriz o fomento da pluralidade de percur-sos de académicos, assegurando uma formação exímia aos seus alunos. As instalações do colégio, edi-ficadas pelo primeiro pároco de Calvão com o auxílio dos habi-tantes, surgiram com o intuito de colmatar as carências educativas e o analfabetismo da população. Em 1960, Dom Domingos da Apre-sentação Fernandes, na altura bispo de Aveiro, introduzia o 5º e 6º ano de escolaridade, lecciona-dos através do sistema de ensino via televisão, telescola. A formação sacerdotal era tam-bém uma das vertentes disponibi-lizadas pela instituição. Porém, em 1985, não se justificando a continuidade do Seminário, pas-sou a funcionar exclusivamente como colégio com contrato de as-sociação.

Hoje, com 77 anos de história, a direcção empenha-se em dar con-tinuidade aos ideais proclamados outrora: “O meu antecessor sem-pre teve a preocupação de con-tinuar o espírito inicial da institui-ção, de ter um colégio que fosse uma casa aberta aos interesses e às necessidades da comunidade”, enaltece o director, padre Queru-bim Silva. O estabelecimento de ensino dis-põe actualmente de um corpo do-cente altamente qualificado, com-posto por 102 professores que se dedicam de forma inequívoca à formação de 1200 jovens. Neste sentido, e com o intuito de pro-mover uma educação equitativa, o colégio disponibiliza não só o ensino regular contratualizado, mas também cursos profissionais e de educação e formação de jo-vens (CEF). Com um índice de 62% de alu-nos que ingressam no ensino su-perior, o director assume que os

Um colégio dinâmicoSituado em Calvão, do concelho de Vagos, o Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação é reconhecido pela qualidade e rigor do ensino que ministra. A revista Portugal Inovador ficou a conhecer o trabalho que tem vindo a desenvolver.

níveis de aproveitamento escolar são bastante satisfatórios. “Temos tido situações de sucesso ex-traordinário e estamos muito con-tentes. Neste momento, estamos a avaliar os projectos educativos e propomo-nos subir determinadas metas”, afiança.Todavia, para os alunos que am-bicionem entrar no mercado de trabalho, e de forma a potenciar uma formação prática em contex-to real, o colégio estabelece proto-colos para estágios com diversas empresas das imediações.

“Inteligentes, livres, construtores solidários”Todos os anos a instituição adopta um lema, alusivo a uma temática ou a um facto comemorativo, e procura veiculá-lo a toda a dinâmi-ca do colégio. Este ano, “inteligen-tes, livres, construtores solidários” foi tema escolhido e, de acordo com o padre Querubim Silva, pre-tende “encorajar as pessoas a pensar, porque pensa-se pouco e joga-se muito com as emoções. Encaminhámo-nos para um con-ceito de liberdade, um exercício de construção autónoma”.Com o propósito de pôr em prática o lema, incutindo valores social-mente relevantes, o colégio par-ticipou no projecto Eco Escola. Limpar o espaço escolar, praias e locais com plantas invasoras; recolher material informático; replantar planças autóctones e promover a biodiversidade são algumas das vertentes que a Eco Escola prevê para um desenvolvi-mento sustentável.“Temos desencadeado todas as

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iniciativas para apresentar uma oferta pedagógica melhor, em qualidade e sem descriminação. Queremos que se manifestem as qualidades das pessoas e estimu-lamos a todos, inclusive os que têm necessidades educativas es-peciais”, conclui o director.

Componente desportiva

“Com o desporto adquirem-se hábitos de disciplina e interacção”, explica o Padre Querubim Silva. Nesta ambiência, o colégio privilegia a componente desportiva. Basquetebol - A equipa de juvenis femini-nos do Colégio de Calvão sagrou-se hexa-campeã nacional do desporto escolar 2011. Pela primeira vez, nos europeus do Despor-to Escolar, o Basquetebol Feminino trouxe para Portugal a medalha de bronze.Voleibol – O núcleo de Voleibol Feminino do Colégio de Calvão arrecadou o 13º troféu do clube, em 20 anos de existência. Em anos recentes, no Desporto Escolar, o Voleibol Feminino arrecadou dois anos consecutivos a medalha de bronze a nível europeu.Ténis de mesa – Dois atletas do núcleo do colégio representaram Portugal nos jogos internacionais FISEC.

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Depois de uma década de inves-timentos, o novo Porto de Aveiro ambiciona tornar-se um dos mais dinâmicos e competitivos da Faixa Atlântica da Península Ibérica no transporte marítimo de curta e mé-dia distância. Melhorou significati-vamente as suas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e está em curso a melhoria da acessi-bilidade marítima. Hoje o Porto de Aveiro assume um importante pa-pel, como um Porto atlântico mais próximo da província de Castela e Leão e promotor europeu de in-termodalidade (ligação marítimo-ferroviária). A Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A), hoje, conta com 110 colaboradores que apoiam e coordenam uma das actividades cruciais ao desen-volvimento do país: o transporte marítimo e os serviços portuários.

Gestão sustentadaA APA, S.A., liderada por José Luís Cacho, é uma das responsáveis pelo sucesso atingido nos últimos

anos: “Fazemos essencialmente uma gestão empresarial. O meu passado sempre foi na vida pri-vada empresarial e tenho encara-do este desafio precisamente da mesma forma. Criando valor para o accionista, neste caso o Estado. É essa cultura que cultivo e que tenho conseguido fazer passar dentro do Porto de Aveiro”.Para o Presidente da APA, a ma-nutenção deste modelo de gestão é uma garantia de sustentabili-dade futura: “O modelo definido pelo Livro Branco há cerca de dez anos, de passar as estruturas por-tuárias a modelos empresariais, está a dar os seus frutos. Os por-tos estão a internacionalizar-se, o que será com certeza um fac-tor importante para o aumento da competitividade e crescimento da economia do nosso país”.

Um Novo Porto. Uma Nova Estratégia Volvidos 10 anos de execução de um plano de investimentos de ex-

Gestão empresarial premiadaO Porto de Aveiro, a par do Porto da Figueira da Foz, registou em 2010 o seu melhor ano de sempre. O incremento das exportações proporcionou um crescimento de 25%, reforçando mais uma vez a importância da actividade portuária no desenvolvimento das regiões onde se inserem.

pansão, hoje o Porto de Aveiro é a mais recente infraestrutura por-tuária em Portugal. Desde a me-lhoria das acessibilidades maríti-mas e terrestres aos projectos de cooperação europeia, a APA de-senvolveu, nos últimos anos, um trabalho de forte aposta no cresci-mento dos negócios e no aumento da competividade do porto. O prin-cipal destaque é a concretização em 2009 da ligação ferroviária do Porto de Aveiro à Linha do Norte (da Rede Ferroviária Nacional), uma ambição com 33 anos de história. A nova ligação ferroviária e a fluidez dos acessos terrestres consolidam a posição do Porto de Aveiro no contexto da Rede tran-seuropeia de transportes (RTE-T), designadamente no corredor es-tratégico E80 (Ligação Portugal – França) assumindo as condições ideais para a captação e reforço de novos fluxos de mercadorias: granéis, produtos agro-alimenta-res e contentores, alargando, as-sim, o seu Hinterland até Castela e Leão. “No espaço de um ano movimentaram-se cerca de 200 mil toneladas por esta via, pas-sando Aveiro a ser o terceiro porto do país em movimentação fer-roviária. São números que reve-lam a importância no crescimento do porto, mas também o impacto positivo que esta ligação poderá representar no futuro”, afirma José Luís Cacho. Na prática, este resul-tado permitiu retirar cerca de 7400 camiões da rodovia, cumprindo as-sim dois objectivos fundamentais: um menor congestionamento da rodovia e o fomento das relações

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recebe uma média de 4000 visitas diárias) e presidente da Associa-ção dos Portos de Língua Oficial Portuguesa (APLOP): “A APLOP terá um papel importante nesta nova estratégia porque os portos poderão criar um intercâmbio, uma maior ligação de cooperação, de fluxo, entre outros. As maiores economias do Atlântico Sul são de língua portuguesa: Brasil, Angola e Portugal. Brasil e Angola são paí-ses com um crescimento acima da média mundial, por isso existe po-tencial para explorar. A essência é apostar num triângulo do Atlântico Sul que crie valor e contribua para o crescimento das economias dos países lusófonos. Um conceito de rede ao qual deverá ainda ser agre gado Moçambique, através de uma ligação ferroviária e marítima a Angola. Para potenciar estas

comerciais, através da solução in-termodal, com a região de Caste-la/Leão e Madrid, alargando assim a área de influência do Porto de Aveiro até Madrid. Hoje, Aveiro já oferece dois comboios semanais de mercadorias, desde Aveiro até Madrid. Para além disso, estamos a trabalhar afincadamente com os operadores, tendo em vista o serviço ferroviário de um ou dois comboios semanais para o corredor de Castela/Leão até Irún (fronteira com França)”, avança o admi nistrador.

Aposta na Cooperaçãoe ExportaçãoCom as baterias apontadas para a exportação, José Luís Cacho é também presidente da Associação Portos de Portugal (cujo portal na web - www.portosdeportugal.pt -

relações, torna-se necessário que os portos nacionais prevejam nos seus planos comerciais iniciativas adequadas para abordar oportu-nidades específicas em cada um dos seus hinterlands.”

Crescimento e CompetitividadeA fase final do plano de desen-volvimento e expansão do Porto de Aveiro será no início de 2013, quando concluídas as obras de prolongamento do molhe Norte: “Estamos preparados para fazer a adjudicação desta obra. Arrancará neste Verão, com um prazo de execução de ano e meio. É uma obra de grande importância que consolidará todo o crescimento do Porto de Aveiro”, adianta José Luís Cacho. Este investimento permiti-ra a entrada de navios de maiores dimensões (em comprimento e ca-lado) e garantirá o reforço da sua competitividade nas rotas maríti-mas regulares do Arco Atlântico, ao mediterrâneo e Magrebe, aos países de língua portuguesa e a respectiva ligação aos mercados asiático e sul-americano.Por isso, olhando ao actual cresci-mento do Porto de Aveiro, não será imerecida a ambiciosa projecção da APA: “O nosso objectivo é crescer 50% no volume de negócios nos próximos dois anos e por aí se per-cebe o patamar que pretendemos atingir. O objectivo passa por al-cançar um volume de negócios de 25 milhões de euros em 2015, algo que está em linha com o crescimen-to dos portos, mas que só será pos-sível caso a economia acompanhe esse crescimento”, conclui.

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Criado em 1985 por um grupo de clínicos especializados, o Centro Médico da Praça (CMP) foi crescendo gradualmente e de forma estruturada. Hoje, sob a administração de Fausto Sá e filhos, o CMP atingiu uma di-mensão considerável e susten-tada.Da sede, em São João da Madei-ra, são criadas as directrizes que regulam a gestão das filiais em Ovar (Clínica de Santo António), Vale da Cambra (Clínica Médica Privada de Vale de Cambra), Policlínica São Tiago do Lobão (S.ta Mª da Feira-Lobão) e ou-tras. Através de sociedades, o CMP estende ainda a sua acção a Arouca (com o Centro

Médico de Arouca) e a Estarreja (com Estação de Saúde, Clíni-ca Médica). Por outro lado, os laboratórios parceiros criados recentemente em Bragança e Mogadouro, permitirão ao grupo CMP atingir cerca da 40 postos de colheita, conquistando assim novos nichos de mercado até então subvalorizados.

SNS: A eterna lutaConhecido pelo seu carácter hu-manitário, o CMP sempre foi um defensor acérrimo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Hoje, Américo Sá dá continui-dade à linha de pensamento do pai: “Defendo que o SNS tem que continuar a sua existência,

Diferenciação na saúde

O Grupo Centro Médico da Praça é uma das grandes referências na área de saúde do distrito de Aveiro. Com uma parceria de novos laboratórios em Bra-gança (Bragança Lab) e Mogadouro (Labdial) e as futuras filiais destes Labo-ratórios em Vinhais e Alfândega da Fé, o grupo promete acrescentar dimensão e valor aos seus serviços.

progredindo e melhorando ao longo do tempo. Nesse sentido, acredito que cabe à população tomar parte activa na defesa deste serviço que é um direito de todos. Reconheço que, pela parte económica, seria muito bom concentrar serviços, mas esta é uma medida que obriga ao encerramento de centros de saúde e hospitais, perdendo-se assim algo muito importante: o serviço de proximidade. É preciso perceber que saúde é, e continuará a ser, dominada pelos grandes grupos e estru-turas de saúde, e a esses não inte ressa estarem localizados no interior onde, apesar da ren-tabilidade ser semelhante, não

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Com base em parceriasAmérico Sá confessa que todo o seu trabalho de gestão tem consistido em “dar seguimen-to à estrutura criada, recor-rendo às capacidades próprias para divulgar os respectivos serviços”. De resto, o adminis-trador tem baseado a gestão do CMP nas sinergias criadas com parceiros de negócio: “Acredito que o crescimento nunca existe se não houver bons parceiros e bons profissionais a desempen-har as diversas funções”. Acres-centa ainda “no nosso percurso já surgiram diversas propostas de parceria para outros locais como na cidade de Aveiro. É um mercado interessante para nós, onde exibe algumas carências,

existe tanta população. Simul-taneamente, é do conhecimento geral que nem toda a população tem dinheiro para recorrer ao privado ou pagar mensalmente um seguro de saúde. Era bom que assim fosse, mas não é o que acontece. É nestes casos que se vê a importância do SNS”, afirma.Por isso, e porque a mudança não se faz de palavras, mas sim de acções, o CMP já começou a investir no interior de Portu-gal: “Quando investimos em Bragança, com uma parceria onde o CMP detém 50% da quota, não olhámos às distân-cias a rea lizar para fazer uma colheita, nem não olhámos à população redu zida (compar-ada com os grandes centros). Atingimos a realização pessoal através da componente humani-tária. É o realizar de um serviço importante, para uma popula-ção muitas vezes esquecida, aliado à criação de postos de trabalho, bem como a todo um conjunto de questões humanas que deveria existir em todos os cidadãos”, garante Fausto Sá.

mas para o qual ainda não es-tamos direccionados. Temos primeiro que consolidar merca-dos onde já nos encontramos posicionados, como Vinhais, Ovar, Estarreja ou Vale de Cam-bra, onde vamos desenvolver maiores estruturas e só depois avançar nesse sentido, até porque sabemos de antemão ser um mercado exigente que requer muita dedicação”.

Investimento constanteFausto Sá, analista reconhecido pela população, mantém o so-nho antigo de criar uma materni-dade em São João da Madeira: “Gostava de ver nascer crianças nesta região. Temos pilares da nossa estrutura que teriam ca-

“Defendo que o SNS tem que continuar a sua existência, progredindo e melhorando ao longo do tempo. Nesse sentido, acredito que cabe à população tomar parte activa na defesa deste serviço que é um direito de todos”

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pacidade para sustentar a cria-ção de uma clínica fortíssima ou de um mini-hospital, mas neste momento ainda não podemos avançar. É preciso perceber concretamente como vai ficar organizado o sector de saúde primeiro e a situação económi-ca do país”.No entanto, a reticência em avançar com este projecto de grande magnitude não se propa-ga a outros projectos. O CMP investiu recentemente mais de 150 mil euros na área da Gas-troenterologia: “Temos investido muito ao longo destes anos, por exemplo num novo bloco ope-ratório para as endoscopias e colonoscopias. Na área da gastroenterologia, vamos ter um equipamento diferenciado a nível nacional. Permite fazer

uma endoscopia alta ou baixa, como também permite fazer uma avaliação das paredes, não só do estômago, mas tam-bém do intestino e de todos os tecidos envolventes, permitindo ao médico diagnosticar a possi-bilidade de crescimento de célu-las cancerosas nesses tecidos. Este equipamento vai funcionar, não só para a vertente de ras-treio, como para a vertente de diagnóstico de antecedentes clínicos”, informa Américo Sá.

Equipa técnica de excelênciaPara o Grupo CMP o capital hu-mano sempre foi um valor indis-pensável. Por isso, e por querer manter o estatuto de referência alcançado, o Centro Médico da Praça tem especial cuidado na

escolha dos profissionais que nele actuam: “Apercebemo-nos constantemente da existência de médicos que querem tra-balhar connosco, mas temos um critério exigente de selecção no que aos profissionais diz res-peito”, assegura Fausto Sá. Nesse sentido, foram contrata-dos quatro médicos de Coimbra que se deslocam semanalmente à Clínica de Santo António, em Ovar: “Queremos prestar um serviço de qualidade e estes foram os médicos que nos ga-rantiram uma maior segurança. O factor confiança é muito valo-rizado por nós. Se nos queremos diferenciar temos de confiar nas pessoas que aqui trabalham e nas suas competências, porque os maus profissionais não têm lugar no mercado de trabalho”, salienta Américo Sá.O CMP continua assim, com qualidade técnica, tecnologia de vanguarda e um profundo cariz humanitário, a oferecer um serviço de qualidade aos seus pacientes. O sucesso, que tem garantido um aumento da procura, permite ao Grupo con-tinuar os investimentos que o tornam, cada vez mais, numa alargada rede de estruturas destinada aos cuidados de ex-celência na área da saúde.

“Gostava de ver nascer crianças nesta região. Temos pilares da nossa estrutura que teriam capacidade para sustentar a criação de uma clínica fortíssima ou de um mini-hospital, mas neste momento ainda não podemos avançar. É preciso perceber concretamente como vai ficar organizado o sector de saúde primeiro e a situa-ção económica do país”

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Num momento em que muito se fala de mercados emergentes como Angola ou Brasil, a Sulimet encontrou o mercado perfeito para o seu produto em Marrocos. Dedicada, desde a sua génese, à produção de painéis de monta-gem para a produção de cabla-gens para a indústria automóvel, a Sulimet teve origem na antiga Virmousil e no encontro fortuito dos actuais sócios que a gerem, Vítor Santos e Manuel Silva.Na base do crescimento encontra--se uma sólida ligação à Yasaki, primeiro em Portugal e depois em Marrocos, que permitiu à empresa crescer estruturada e sustenta-damente ao longo de 11 anos de existência. Hoje, o Grupo Sulimet emprega 18 colaboradores em Portugal e 40 em Marrocos, factu-rando um total de 2,8 milhões nos dois mercados.Os sócios não ocultam o bom mo-mento que a empresa ultrapassa, projectando mesmo a abertura de uma nova empresa mais próxima de Casablanca.

Cooperação produtivaA sinergia criada entre Sulimet Portugal e Sulimet Maroc são uma das mais-valias do Grupo: “Nós deslocámo-nos para Mar-rocos para tentar acompanhar os

nossos clientes. Com a actividade que tínhamos inicialmente não conseguiríamos sobreviver em Portugal, por isso dedicámo-nos à área da metalomecânica. Em Portugal fazemos maquinação de peças metálicas para a indústria automóvel e um pouco de tudo o que seja peças metálicas para a nossa actividade em Marrocos: a construção de painéis para cabla-gens”, explicam os sócios.A exigência do mercado automó-vel leva a que “exista um controlo praticamente peça a peça e a que se invista constantemente em formação e tecnologia para man-ter a competitividade”, garante a

O ‘El Dorado’ marroquino

administração, que reforça: “Em Marrocos, no pólo industrial onde estamos inseridos, existem cinco multinacionais, só na área das cablagens, com 15 a 20 mil tra-balhadores, por isso é muito com-petitivo. Mas, no geral, tem sido um mercado muito bom e com excelentes perspectivas de cresci-mento para a Sulimet”, concluem.

A Sulimet começa a colher os frutos da aposta, iniciada em 2008, em Marrocos, tendo registado um crescimento no ano de 2010 de 48%, em Portugal, e 400%, em Marrocos.

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Fundada em 1978, mas em cons-tante evolução, a Indelague soube acompanhar o que de melhor se faz no sector a nível mundial. Com mais de nove milhões facturação anuais e dos 120 colaboradores, cresceram as modernas instala-ções que hoje se distribuem por 17 mil metros quadrados. Uma imagem renovada e apelativa que, mais do que beleza estética, surgiu como necessidade: “Hoje, vendemos para mercados para os quais seria impossível vender de outra forma. São mercados muito exigentes que exigem um nível de qualidade muito elevado. Actual-mente, a Indelague é uma PME Líder com capacidade e desen-volvimento. Temos um laboratório e uma excelente equipa técnica, temos espaço, organização, um show-room e tudo isso são mais--valias para a empresa e para os nossos clientes. Nesse sentido era um investimento necessário”, garante Fernando Silva, adminis-trador da empresa, concretizando

com um sorriso: “De investimen-tos não tenho receio, porque é nas alturas de crise que se fazem os bons negócios”.

Virar-se para o exteriorA verdade é que o investimento realizado tem sido gradualmente compensado. A Indelague, tal como projectado, viu as suas ex-portações aumentarem exponen-

Ultrapassar barreira dos 50%A Indelague está empenhada em transpor a barreira dos 50% para exportação. Com uma nova cara e novos produtos, a empresa de iluminação de Águeda é cada vez mais um parceiro de negócio apetecível no mercado externo.

cialmente: “Se em 2010 as nossas exportações representavam 35%, no momento actual alcançam os 45%. Estamos a exportar para 35 países, muitos dos quais com um elevado grau de exigência. Seja em França, Espanha, Holanda, Emirados Árabes, Polónia, Áus-tria, entre muitos outros. Estamos neste momento a fazer uma apos-ta nos EUA, Brasil, Venezuela, Panamá, onde esperamos obter também resultados positivos”, in-forma Fernando Silva.A Indelague para além do mer-cado externo, não desiste do mer-cado nacional, mesmo quando confrontada com alguns entraves: “Somos uma empresa certificada há bastantes anos, com produtos e maquinaria certificados, temos uma equipa de técnicos no depar-tamento de qualidade que fazem o acompanhamento até ao cliente, estamos sujeitos a auditorias carís-simas e eu pergunto: Para quê, se o Estado depois não dá o devido apoio e não nos protege? Exigem tanto das empresas nacionais e no

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luminosidade para estar em con-cordância com a luz natural exis-tente nesse local. É um sistema muito interessante que permite uma redução dos custos na or-dem dos 40%”, garante o admin-istrador.Apesar de ser ainda um sistema que exige um investimento relati-vamente elevado “tem um prazo de amortização estimado em quatro anos. Por isso todas as obras em Espanha integram este sistema. Em Portugal acontece o mesmo nos hipermercados Con-tinente, Worten, entre outros”, sa-lienta Fernando Silva.

final nem estamos em pé de igual-dade para competir com produtos provenientes do mercado asiático, que nem sequer deveriam entrar na Europa. É evidente que todas as empresas exportam, eles tam-bém podem exportar, mas de-veriam também estar sujeitos ao mesmo grau de exigência que nós estamos. Porque é que o Estado não cria uma cláusula que obrigue a que em todas as obras públicas exista uma percentagem mínima de material de fabrico nacional?”, deixa no ar Fernando Silva.

Sistema DIMDedicada ao fabrico de iluminação e caminhos de cabos e acessórios, a Indelague aproxima-se cada vez mais dos desejos de arquitectos, engenheiros e projectistas: Ilumi-nação inteligente, tendo em vista a eficiência energética.Através do sistema DIM, desen-volvido internamente, a Indelague inova no sector: “Todo o edifício da Indelague não tem interruptores. Cada divisão possui uma célula de presença e uma célula que mede a intensidade da luz natural. Isto permite que a luz não só se ligue automaticamente, a partir do momento que alguém entra na di-visão, como também ajuste a sua

A novidade dos LEDGraças ao elevado valor de poupança e ao embrionário es-tado de desenvolvimento dos LED´s, Fernando Silva acredita que esta é verdadeiramente a solução para o futuro: “As lâmpa-das fluorescentes com o sistema DIM da Indelague apresentam ganhos elevados que as aproxi-mam dos LED´s, com a vantagem de serem muito mais económicas. Depois, acredito que os LED´s ainda têm um longo caminho a percorrer. Existem LED´s no mercado, de origem asiática, com uma durabilidade muito re-duzida e isso gera desconfiança no mercado. Temos que apostar em produtos de qualidade e que garantam os requisitos exigidos, tendo uma preocupação cons-tante em dinamizar a sua estru-tura para não correr o risco de ar-ruinar um nome que demorou 33 anos a solidificar”.Por isso, Fernando Silva sabe bem qual o rumo a tomar: “Temos noção que os LED´s são o futuro, por isso estamos a terminar um investimento avultado no nosso laboratório para desenvolver en-saios para este tipo de produto. Por outro lado, contamos com uma designer para apostar cada vez mais na área decorativa.

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A Tecnocon, tendo nascido dentro da Arsopi (a casa mãe), começou por ser um departamento de au-tomação, tornando-se rapida-mente numa empresa em virtude do enorme crescimento da Arsopi na área alimentar e bebidas. A constante preocupação da Arsopi em apresentar soluções tecno-logicamente mais evoluídas, as-sim como as crescentes preocu-pações das empresas com vista à sua modernização começaram a acentuarem-se, passando as tarefas que tinham uma forte com-ponente manual, a serem-no de uma forma mais automatizada, ficando esse upgrade de equipa-mentos e instalações a cargo do departamento que originaria a Tecnocon.Em 1989, a Administração da Arsopi decide formar a Tecnocon, em instalações próprias, que en-trariam em funcionamento em 1991, com 12 colaboradores.António Moreira, actual CEO da empresa e profundo conhecedor

do sector, não hesita em frisar: “O know-how e a experiência adquirida ao longo dos anos pe-los seus técnicos tem sido um dos factores cruciais no sucesso desta empresa. Foi, e mantém-se, uma preocupação constante da Admin-istração da Tecnocon em dotar a empresa de meios técnicos, de forma a garantir boas condições de trabalho aos seus colabora-dores, fomentando o desenvolvi-mento dos produtos existentes e, principalmente, a criação de no-vos”.

Produtos funcionaisApesar da Tecnocon não ter um cliente alvo específico, tem-se destacado, particularmente nos últimos anos, nos sectores ali-mentar e de bebidas. No entanto, a empresa demonstra a sua ver-satilidade nas vendas de projectos completos para as mais variadas indústrias: “A Tecnocon oferece uma gama alargada de soluções ao mercado, que vai desde as in-fra-estruturas eléctricas à automa-ção dos processos de fabrico dos

Atacar em novas frentesA Tecnocon prepara um ano marcante ao nível do mercado externo. A empresa promete aplicar no estrangeiro a mesma filosofia que lhe garantiu o sucesso nacional alcançado nos últimos 20 anos.

clientes. Portanto, dispõe de to-das as competências necessárias na área eléctrica e electrónica para oferecer aos seus clientes, independentemente do sector de actividade onde se enquadrem. Em complemento, e sempre com um espírito inovador, tem novos equipamentos vocacionados para a área dos lacticínios, nomeada-mente na recolha de leite, que po-deremos considerar do mais ino-vador e tecnologicamente evoluído que existe no mercado mundial”, salienta António Moreira.

Um mercado globalMuito embora a Tecnocon se sinta perfeitamente à vontade no mer-cado nacional (até há bem pouco tempo representava 90% do Vo-lume de Negócios anual), a em-presa tem . “procurado aumentar a sua quota no mercado externo, muito embora uma parte bastante representativa da sua facturação para o mercado interno tivesse como destino final o externo. A estratégia da empresa passa por diversificar o seu risco de negócio,

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ponderada. A empresa analisa sempre as suas estratégias numa óptica de médio e longo prazo, sempre que estas se enquadrem nos interesses da empresa”.

Especialização técnicaCom 62 colaboradores, a Tecno-con está ciente da importância so-cial que representa para a região onde se encontra: “Embora seja uma empresa jovem, este ano faz 20 anos que iniciou a sua activi-dade propriamente dita, a Tecno-con tem nos seus quadros pes-soal altamente qualificado que lhe confere as competências para actuar no mercado de uma forma diferenciada, pelo que uma hipo-tética deslocalização está fora da nossa estratégia”, assegura António Moreira.A solução adoptada para garantir a competitividade de produto pas-sa assim pela inovação constante,

tendo por isso realizado ao longo dos últimos anos novos contactos de forma a penetrar de forma mais intensa e directamente no merca-do externo. É neste contexto que, face aos trabalhos em curso e à carteira de encomendas, neste ano de 2011 o mercado externo irá representar muito próximo dos 40% do volume de negócios da empresa. Actualmente já execu-tamos projectos em praticamente todos os continentes, a título de exemplo, na Coreia do Sul, África do Sul, Chile, Argentina, Brasil, Espanha, Dinamarca, Rússia, China, Jamaica, Trinidad e Toba-go, República Dominicana, Cuba, Marrocos, Moçambique, Estados Unidos, Costa do Marfim, entre outros”, informa o CEO da Tec-nocon, que não dispensa as par-cerias: “Estamos abertos a novas parcerias, aliás como já o temos feito, ainda que de uma forma

factor que a caracteriza desde o seu início, e pela diversificação de mercados, que agora explora afin-cadamente.

Futuro delineadoQuanto aos projectos de futuro da empresa, António Moreira coloca, de forma frontal e assertiva, as cartas na mesa: “Queremos con-tinuar a dar formação aos nossos técnicos para que estejam sempre actualizados de forma a podermos concorrer aos projectos internos e externos. O Brasil é um dos nos-sos alvos, o qual temos vindo a estudar desde há já algum tempo e brevemente tomaremos de-cisões. Temos também uma nova delegação nos Açores (S. Miguel), desde Janeiro de 2011, que pre-tendemos dinamizar e colocar em pleno funcionamento ainda este ano. A partir desta delegação queremos dar uma assistência mais completa e eficaz aos nossos clientes do Arquipélago”, conclui, deixando no ar uma expectativa: “Continuaremos a trabalhar cada vez mais e a apostar seriamente nos mercados externos, de forma a ultrapassar os sérios problemas por que todos passamos e passa-remos durante mais alguns anos. O nosso objectivo é conseguir em 2011 ultrapassar o volume de ven-das alcançado em 2010”.

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Com sede em Aguada de Cima - Águeda, considerada por muitos como a capital nacional dos fabricantes de mobiliário metálico de escritório, a Eu-roestante soube diferenciar-se da concorrência. Nos 15 anos de existência, a empresa criou parâmetros de rigor, tanto na produção como no cumprimento rigoroso de prazos estabele-cidos, que garantem uma fi-delização contínua dos clientes que a procuram. A aposta na qualidade de produtos únicos, plenos de design, versatilidade e conforto, tem assegurado, de forma consistente, a posição de relevo que ocupam no mercado nacional.

Capacidade internaApesar da posição consolidada alcançada em Portugal, a Eu-roestante não foge à regra da generalidade das empresas portuguesas: “No geral, é um sector que estagnou o cresci-mento, tendo mesmo decaído na maioria dos mercados. No caso particular do mercado nacional, o sector encontra-se pratica-mente parado. Por isso, neste momento, a empresa tem de ser dinâmica e procurar soluções no mercado externo”, explicam os sócios, Manuel Carvalho e José Santiago.Para já, a empresa pode con-gratular-se por ter investido tempo e recursos na criação de

Qualidade, design e conforto

Três palavras, três definições do produto Euroestante. Em entrevista à Revista Portugal Inovador, a PME Líder mostra-se confiante no expectado crescimento no mercado externo.

condições ideais à concretização deste novo desafio: “Ao longo do tempo fomos investindo na em-presa. Temos um departamento dedicado em exclusivo ao desen-volvimento e design de produto. São quatro desenhadores com capacidade para responder a projectos globais e que podem trabalhar directamente com os arquitectos”, salienta Manuel Carvalho. “Por outro lado, alcan-çámos o estatuto de PME Líder o que também poderá ser uma mais-valia no mercado externo”, completa José Santiago.

Exportação em marchaMas este não é mundo total-mente desconhecido para a Eu-

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mente no Rio de Janeiro. Será o nosso ponto de partida para que depois se chegue a outras áreas”, prevêem os sócios.

O sonhomantém-se vivoManuel Carvalho e José San-tiago ainda mantêm o sonho an-tigo de aumentar as instalações da empresa. No entanto, a con-juntura económica actual reteve essa vontade: “Não está descar-tada a hipótese de criar um novo pavilhão. É um sonho que, a seu tempo, vai ser concretizado. Neste momento o país enfrenta algumas dificuldades e isso colo-cou a empresa em stand-by, mas temos espaço para construção e gostávamos de ver os 2200m2 actuais duplicados. É um projec-to que implicará a contratação gradual de novos profissionais, ainda que nesta área seja com-

roestante. A empresa que em 2010 apresentou um crescimen-to de 6,25% já destina, indirecta-mente, 65% da sua facturação ao mercado externo. “Estamos com a nossa capacidade de produção praticamente esgotada, sendo que a maioria do produto para exportação tem como destino Espanha, França e Angola. São mercados interessantes para nós porque, ao contrário do que acontece internamente, não apresentam crédito mal parado. Em Espanha temos dois agen-tes (Vitória e Badajoz) e em An-gola (Luanda) temos um agente com quem temos uma parceria que se mantém nos últimos seis anos. Temos recebido um bom feedback e isso faz-nos desejar outros mercados. É o caso do Brasil, um mercado emergente com quem já começámos a fa-zer alguns contactos, nomeada-

plicado angariar profissionais com vontade de trabalhar”.Apesar de tudo, a Euroestante mantém a confiança no produto e no desenvolvimento da em-presa pelo factor qualidade: “A Euroestante está completa-mente aberta a projectos, para os quais tem capacidade para desenvolver soluções à medida. Somos uma empresa sólida que se afasta da competição pelo preço, preferindo apostar na qualidade. Temos consciência que a nossa grande mais-valia, tanto no mercado interno como no mercado externo (principal-mente em França) é possuir um produto fabricado e inovado por nós, por isso visitamos regular-mente feiras internacionais para conseguir aplicar as tendências mundiais ao fabrico persona-lizado do nosso produto”, com-plementam os sócios.

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Se há empresas das quais dificil-mente se consegue vislumbrar os primórdios da sua existência, a Casa do Crespo é certamente um desses exemplos. Das difi-culdades à bonança, a empresa atravessou mares e tempestades até se conseguir afirmar como uma das empresas nacionais mais fortes neste ramo.

Uma história deliciosaQuando Adelaide Lourenço, men-tora e sócio-administradora deste projecto, afirma que a empresa “começou quase por brincadeira”, está realmente a ser genuína. A Casa do Crespo, ainda antes de ser denominada dessa forma, nas ce na cozinha desta mulher de garra: “Quando a empresa onde o meu marido e filho mais novo tra-balhavam foi à falência pensei ime-diatamente em fazer algo que nos pudesse ajudar a viver o dia-a-dia. E foi assim que sugeri ao meu marido

começar a fabricar natas do céu em casa, para que ele as tentasse vender em restaurantes com o meu filho. Inicialmente tive de pedir 40 contos emprestados para comprar algumas coisas, mas foi esse o nosso arranque. As primei-ras natas foram vendidas a 18 de Março de 1992”, relembra.O sucesso da receita artesanal foi quase imediato, obrigando Ade-laide Lourenço a trabalhar dia e noite até ao momento em que sur-giu nova decisão na família: “Tive-mos que nos mudar para a gara-gem porque a cozinha começou a ser pequena para tantas enco-mendas”, relembra Cláudio Ar-sénio, filho mais novo e actual di-rector comercial da empresa.A família apresentava já algu mas características determinantes ao futuro empresarial que viria a desenvolver: “Naquela altura os restaurantes não vendiam so-bremesas por isso deixávamos

Mestres do sabor tradicionalA Casa do Crespo, empresa de Aveiro especializada nas artes da pastelaria, é um exemplo do que uma mente empreendedora pode concretizar em tempos de crise.

amostras. E resultava. Às vezes ligavam-nos no mesmo dia a pedir para entregar mais”, recorda Cláu-dio Arsénio, filho mais novo e ac-tual director comercial da Casa do Crespo. Foi numa dessas entre-gas que resultou o contacto que alavancaria de uma vez por todas a empresa: “Um dia, o gerente do Feira Nova provou uma das nos-sas natas num restaurante para quem fornecíamos e ficou tão im-pressionado que pediu o nosso contacto ao dono. Depois, de uma reunião, começámos a fornecer para o Feira Nova”, explica Ade-laide Lourenço.A empresa até então em nome de Manuel Arsénio, patriarca da famí-lia, adoptaria o nome de Casa do Crespo. “Não queríamos um nome industrial, por isso recuperámos o apelido do nosso avô e demos início a esta empresa em 1998, já num novo armazém e com mais quatro colaboradores”.

Hipermercados não lhe resistem (mudar esta frase)Não tardaria a que Casa do Cres-po se transformasse numa em-presa de sucesso fornecedora de todas as marcas brancas de hipermercados nacionais : “Não é fácil trabalhar com a grande dis-tribuição. Para nós é bom porque as casas de distribuição olham para a Casa do Crespo como empresa de referência. Por outro lado, também sabemos que não é fácil encontrarem fornecedores de qualidade, com o preço e ca-pacidade de produção que eles procuram. Isso dá-nos uma vanta-gem em relação à concorrência”, garante Cláudio Arsénio.

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cesso. Tem que ter sempre aquela característica tradicional que to-dos apreciam”, assume Manuel Arsénio.

Crescimento previstoAdelaide Lourenço é a primeira a dizer que ainda espera mais

O segredo desta procura, que dá trabalho a 52 colaboradores, com um crescimento anual de 30% - prende-se com a unicidade de produto: “Procuramos ter produ-tos que embora sejam produzidos em quantidades industriais, man-tenham a mão humana no pro-

da empresa. Por isso, a Casa do Crespo está já a sondar mercados como Suiça, Luxemburgo, França, entre outros: “Queremos manter o que temos e crescer no mercado externo. Vamos continuar a actua-lizar a nossa produção e esta-mos a pensar comprar um novo armazém de frio. Só estamos à espera de uma boa oportunidade. Esperamos crescer cerca de 10% este ano, o que nos permite au-mentar a rentabilidade da empre-sa”, conclui a gerência.

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Decorria o ano de 1976 quando Alberto Ferreira inaugura a Casa Ferreira Móveis. O espaço, desti-nado à venda de mobiliário, seria o tubo de ensaio para o que é hoje o Grupo Interforma. Com 16 espa-ços de exposição, conta com a ex-clusividade da prestigiada marca Divani & Divani, actualmente com lojas de marca e outlets e com uma cadeia de lojas especializadas em decoração, design e mobiliário contemporâneo, que o mercado conhece sob a marca Interforma. O Grupo Interforma é hoje um dos mais fortes grupos empresariais no sector de mobiliário contem-porâneo em Portugal. O conforto, design atraente e qualidade de produto são característicos que a segunda geração da família recon-hece como imagem de marca e que por isso, faz questão de potenciar na empresa. Anabela, Rui e Maria do Carmo Ferreira, descendentes do patriarca e fundador Alberto

Ferreira, herdaram a responsabili-dade de gerir as redes que detêm e que podem ser apreciadas por todo o país. Contando com a preciosa ajuda de 114 colaboradores, os administra-dores esperam aumentar o volume de facturação alcançado em 2010, contando com a sua visão estraté-gica para enfrentar com novidade as dificuldades e os desafios que os próximos anos nos reservam.

Design com tecnologiaNo Grupo Interforma, o negócio há muito que deixou de ser vender móveis. Anabela Ferreira é peremptória quando afirma: “Hoje somos muito mais do que uma empresa de móveis. Oferecemos ao cliente um conjunto de soluções e mais-valias que nos distinguem da maioria dos concorrentes. O Grupo Interforma conta com um Gabinete de Design e Decoração, onde profissionais

com experiencia comprovada, uti-lizam as mais recentes soluções tecnológicas, no serviço que diari-amente prestamos a todos os nos-sos clientes. Contamos ainda com as excelentes equipas de profis-sionais que trabalham nas nossas lojas, todos altamente qualificados. A nossa assinatura distingue-se pelos produtos, mas, e eu diria mesmo, essencialmente, pelo serviço personalizado que nos or-gulhamos de oferecer ao mercado nacional, e não só.

Make It RealSomos responsáveis pela in-trodução no mercado português de grandes marcas internacionais, aproximando a exigência do mer-cado do que de melhor se faz no mundo. Acreditamos que quanto mais preparados estivermos, maior será a nossa exigência e a nossa capacidade de responder interna-mente às necessidades na área da

A Interforma, referência do mobiliário contemporâneo nacional, prepara algumas novidades na sua estratégia de futuro. Planos no papel, que gradualmente estão a ser colocados em prática no mercado nacional e angolano.

Mudar a estratégia, manter o conceito

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Interforma sente que é sempre possível fazer melhor. Mudam os tempos, mudam as abordagens, numa constante adaptação ao mercado e de participação activa na evolução do sector.E houve que tirar consequências práticas dessa capacidade de adaptação. Ou seja, se em tempos a divulgação massiva das marcas Interforma e Divani & Divani era uma necessidade evidente, fazen-do por isso sentido estar posiciona-da nos diversos shoppings do país, hoje, esse é um objectivo mais que superado. Por isso, os adminis-tradores questionam-se sobre a viabilidade de manter tantos espa-ços: “Quando criámos um edifício próprio em Alfragide, construído de raiz a pensar na decoração e na casa, sabíamos, à partida, que isso implicaria a médio/longo prazo o encerramento de algumas lojas. Mas era um passo natural. Hoje, o Home Space é seguramente o

melhor espaço dedicado em exclu-sive à decoração e à casa do nos-so país e, para nós, é uma forma de apresentar as nossas soluções, concentrando esforços num mes-mo espaço. Se pensarmos que em Lisboa se situa 65% do nosso mercado, então facilmente se com-preende o investimento”, afirma Anabela Ferreira. “É evidente que os shoppings foram fundamentais para nós, enquanto propulsores de divulgação da nossa marca, mas essas parcerias encontram-se numa fase em que se impõe reanalisar vantagens e objectivos. Estamos a analisar bem a renta-bilidade dos nossos espaços, sendo provável existirem algumas mudanças a médio/longo prazo”, completa.

Seduzidos pelomercado externoMudanças poderão ocorrer também ao nível do mercado externo, onde

decoração e do design. Conhecedora da realidade por-tuguesa nesta área, decidiu a In-terforma promover o Interforma Make it Real, cuja primeira fase decorreu no ano passado. Preten-deu com esse projecto aproximar os jovens designers da realidade que os espera, ajudando-os a pre-parar e a defender o seu portfolio, verdadeiro cartão-de-visita destes profissionais.Foram 3 dias de trabalho intenso, com um júri internacional, um work-shop orientado pela responsável da Area de investigação e Design da Rolf Benz e ainda de um dia de conferências, onde os jovens pude-ram ouvir palestrantes de reconhe-cido nome internacional, designers consagrados e premiados que se disponibilizaram a vir apresentar e partilhar as suas experiencias com os nossos jovens. O desafio proposto aos jovens teve a aceitação esperada, sur-preendendo a elevada qualidade dos resultados: “Este era projecto com dois objectivos muito claros. Foi uma forma de premiar as quali-dades e competências dos jovens designers portugueses, e de partil-har com eles os conhecimentos que as muitas sinergias internacio-nais nos proporcionam, pondo as-sim ao serviço dos futuros opinion leaders deste país o nosso know--how acumulado”, explica Rui Fer-reira. “Os resultados foram muito bons. Uma jovem foi premiada com um estágio de duas semanas na Rolf Benz e o primeiro classificado ganhou um estágio de 3 meses na maior empresa de mobiliário alemã – Hulsta. Durante 12 semanas fez parte do Gabinete de Investigação e Design dessa grande empresa, tendo assumido um projecto que garantiu à Hulsta a apresentação de um novo sistema de abertura de roupeiros na feira de Milão, em Abril último”.

Adoptar novas estratégiasApesar do sucesso alcançado, a

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a Interforma ainda não tem grande expressão, mas para o qual tem re-cebido diversas propostas: “Actual-mente, o mercado externo está em crescimento. Representa cerca de 10% da facturação total do grupo e apenas para Angola. Sentimos que se tivermos um ponto de venda em Luanda poderemos crescer muito mais, mas ainda aguardamos as parcerias correctas para que isso aconteça. No mercado angolano já somos conhecidos pela qualidade do nosso produto e pela qualidade da assistência. Depois temos as vantagens que nos garante a quali-dade do nosso serviço ao cliente, que nos possibilita apresentar soluções totalmente personaliza-das, qualquer que seja a necessi-dade do cliente ou do profissional que nos procura e onde quer que ele se possa encontrar. Por outro lado, “também ao nível do Brasil sentimos que poderemos ter uma palavra a dizer. Temos o know-how, as parcerias e as siner-gias necessárias. E ainda a van-tagem da língua e da proximidade cultural. Justifica-se pois, que seja um dos passos que pretendemos dar num futuro muito próximo”, afirma Rui Ferreira.

Novidades apresentadasRecentemente, a Interforma apre-sentou também uma novidade na política de vendas. Com o pro-jecto “Stock In”, que decorreu entre 9 e 17 de Julho, a empresa possibilitou a compra de mobil-iário e objectos de decoração a preços únicos. Marcas como Pi-anca, Rolf Benz, Hulsta, Tonon, Ruckstuhl, Reflex, Zanette, entre muitas outras, dis ponibilizaram os seus stocks aos clientes por-tugueses. No site da Interforma estava disponível um catálogo online bem como na sua página

do Facebook. Mas a nossa atenção também recai numa classe específica de profissionais, para os quais já existem diversas parcerias: “Es-tamos a abordar os arquitectos, os decoradores e designers que desenvolvem a sua actividade no mercado nacional, e também os que trabalham em projectos inter-nacionais. Todos sabemos que a exclusividade é um ponto comum e desejado e a Interforma pre-tende criar um pacote específico de produtos destinados apenas a estes profissionais.

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Em pouco mais de uma década a empresa Artefactos Pereira tornou-se uma referência na área do mobiliário de jardim. Desde fontes, vasos, mesas, floreiras ou pequenas relíquias de decoração, a empresa produz o que de me-lhor se faz em cimento e pedra nesta área.A qualidade do produto, o cumpri-mento de prazos e a experiência de António Pereira asseguraram a fidelização do exigente mer-cado francês. Hoje, com 95% da produção a ser absorvida pela França e sem mãos a medir para tanto trabalho, a Artefactos Pereira viu-se obrigada a aumen-tar as suas instalações: “Foi uma necessidade, mas também uma forma de conseguir dar uma res-posta eficaz aos nossos clientes. Este é um sector sazonal em que é preciso armazenar a produção. Assim, passamos a contar com um total de 3000m2 de área co-berta. Uma mais-valia para a em-presa”, afirma o administrador.

Dificuldades a ultrapassarMas este investimento conside-rável (275 mil euros) foi pensado para o mercado externo: “O país está na miséria e a palavra é pequena para dizer tudo o que vai cá dentro”, confessa António

Pereira, “por isso a tendência é trabalharmos cada vez menos com o mercado nacional. Este in-vestimento no parque tecnológico seria impraticável se não contás-semos com o mercado externo. Em Portugal, para além de não termos ajudas, estamos sobrecar-regados de impostos. Em vez de sobrecarregar as empresas com encargos fiscais, “exemplo eu pago só de I.M.I qualquer coisa como 3500€ ou seja 700 contos na moeda antiga”.O administrador deixa ainda um desejo para este ano, “o Estado português já tem o IVA de 125.000 euros que ainda não recebi dos

Dar alma ao seu jardim

meus clientes isto porque a justiça entre os países membros da UE não funciona, então muito desse dinheiro estará perdido”.

Com um leque variado de produtos, a Artefactos Pereira possui tudo o que precisa para dar uma nova vida ao seu jardim. O novo armazém de 1400m2 garante um stock permanente com capacidade para responder ao constante aumento da procura.

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Com experiências profissionais únicas e com um profundo conhe-cimento intrínseco no que à área da Consultadoria de Gestão e Sistemas de Informação concerne, Luís Sant’Ana Pereira, presidente executivo da VIA Consulting, reve-la que a empresa está apostada em “investir no desenvolvimento de várias soluções próprias que respondam às necessidades dos consumidores e que visem fa-cilitar o seu quotidiano”. Ao longo de 20 anos, adquirir o máximo de know-how nesta área, fez com que o presidente executivo percor-resse os quatro cantos do mundo e se tornasse um “guru” na Con-sultadoria de Gestão e Sistemas de Informação. “Foram 20 anos de experiências espalhadas pelo Mundo”, confirma.

Sistemas inovadorese diferenciadoresA VIA Consulting é caracterizada como uma empresa de consulta-doria apostada na área da Consul-tadoria de Gestão e de Sistemas de Informação, mas focada em sistemas inovadores e diferencia-dores para as empresas. A ideia foi desenvolver uma empresa al-tamente especializada em áreas que o mercado, de alguma ma-neira, reconhece aos profissionais que aqui trabalham, sendo sempre muito vocacionada para sistemas empresariais. Ou seja, “indo bus-car novas tecnologias e desenvol-

Consultoria e Gestão: Sistemas de Informações empresariaisA VIA Consulting, para além da experiência, tem as competências e os conhe-cimentos que lhe permitem ajudar os clientes a ter sucesso nos mercados em que actuam. E foi com o objectivo de criar uma empresa de consultadoria de referência na inovação em sistemas de informação empresariais, que o pro-jecto VIA Consulting foi idealizado.

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de negócio da empresa em causa e entender quais os processos que contribuem para o core business da empresa. “É importante assumir que não podemos saber todos os processos de todas as empresas, mas como é claro existem os que conhecemos bem como sendo os relacionados com a tecnologia ou o uso intensivo de tecnologia. Por exemplo, no sector bancário que é uma parte importante do nosso background, do ponto de vista da nossa profissão, na área das tec-nologias de informação. Desde cedo que temos vindo a participar nos grandes projectos de transfor-mação de Sistemas de Informação no sector bancário em Portugal”, ressalva Luís Sant’Ana Pereira.

Optimização de processos“Na VIA Consulting realizamos projectos de consultadoria em sistemas de informação; desen-volvemos soluções e produtos próprios inovadores; implemen-tamos plataformas que repre-

vendo soluções próprias passíveis de ter aplicabilidade às empresas e que proporcionam benefícios que devem ser, na nossa opi-nião, quantificáveis”, comenta Luís Sant’Ana Pereira que aproveitou para explicar em que se baseou para definir o nome VIA Consul-ting. Este surge baseando-se nos três pilares que melhor definem, descrevem e diferenciam o pro-jecto VIA Consulting: Vision, Inno-vation e Accuracy. “É a capacidade de ter a visão e de ser inovador, mas fazê-lo com acerto e possi-bilidade de medir com precisão”, explica. A empresa disponibi-liza soluções que, em função dos requi sitos e especificidades de cada empresa e entidade, con-tribuem para o sucesso dos seus clientes afinal, desde a sua funda-ção, em 2008, que esta trabalha de acordo com as necessidades e particularidades dos mercados onde opera. No mundo dos siste-mas de informação, a primeira coi-sa é conseguir entender o modelo

sentamos e contribuímos para o sucesso dos nossos clientes no presente e no futuro”. Para Luís Sant’Ana Pereira estes são os pon-tos tidos como core da empresa e que fez questão de traçar os pon-tos seguidos desde a fundação. A área das tecnologias em áreas como a opti mização das empre-sas, ou seja, elevar o patamar da exigência da gestão empresarial vem dos primórdios. “A primeira coisa a fa zer foi seguir uma linha de soluções que assentam nos serviços que implementamos e que começa com uma plataforma: Carbonview – que permite às em-presas registar, medir, monitorizar e gerir os níveis de emissão de carbono relativos à sua actividade. Apurar, gerir e optimizar os níveis de emissões de carbono é anteci-par uma futura obrigação, e poten-ciar a optimização dos processos operacionais e respectivos custos de uma empresa”, explica.Aqui, tal como em outros serviços, a VIA Consulting aplica os seus

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conhecimentos, com a represen-tação de empresas internacio-nais, em Portugal e em países de língua portuguesa. Numa busca permanentemente pelas melhores soluções em que a proposta de valor faça sentido e em que o cliente tenha uma relação directa e imediata de investimento e benefí-cio, tudo o que está interligado às empresas é possível de ser desen-volvido. A destacar também como linha vertical da empresa estão as soluções de Power Management - que permitem a redução de consu-mos de energia de computadores (PC’s), telefones IP e aparelhos de ar condicionado – são soluções com um forte contributo para a diminuição dos consumos de energia das empresas. Importante referir são também as soluções de Digital Signage – soluções que

possibilitam a comunicação digital em vez da analógica. O custo dos equipamentos digitais tem vindo a diminuir significativamente, logo o investimento é menor para as empresas. Nesta sequência, a VIA Consulting trouxe para Portugal uma solução inovadora: vidro de cristais líquidos. Nos vidros podem ser projectadas imagens digitais. Por outro lado, os sistemas de Digi tal Signage podem ser imple-mentados em quiosques ou termi-nais. Desenvolvem componentes e so-lu ções que têm a ver com a opti-mização de processos. Tecnolo-gias que confiram mais eficiência aos processos e que reduzam o risco operacional das empresas. “A solução VIA Enterprise Digital Writing é composta por uma tec-nologia que representamos e que

permite de forma segura capturar e interpretar a escrita manuscrita, disponibilizando-a em formato que viabilize a sua integração”, desvenda o presidente executivo. Para tal, a VIA Consulting desen-volveu o VIA EDW Integration Framework, que simplifica e fa-cilita a integração das informações interpretadas, e respectivas ima-gens, com os demais sistemas de informação. A solução optimiza de forma significativa os processos associados ao processamento de formulários, porque permite re-duzir tempo e esforços, e agiliza o acesso às informações. Apostar na utilização de tecnologias que “acreditamos que vão vingar em determinadas regiões do mundo”, é importante. A tecnologia USSD é uma delas e permite utilizar o tele-fone como terminal para qualquer coisa. Mesmo este não tendo inter-net nem software. O objectivo é ir além fronteiras e alcançar as eco-nomias que crescem. Esta é uma das linhas verticais que se está a transformar numa linha de negócio relevante dentro da VIA Consul-ting e que trouxe várias oportu-nidades que vieram dar origem a um quinto vertical que desenvolve

“A solução VIA Enterprise Digital Writing é com-posta por uma tecnologia que representamos e que permite de forma segura capturar e inter-pretar a escrita manuscrita, disponibilizando-a em formato que viabilize a sua integração”

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alguns produtos daquilo que são aplicações informáticas para de-terminado tipo de propósito e de negócio. “Uma das áreas onde estamos claramente a trabalhar é a representação de uma empresa na Turquia na área dos loyalties, dos cartões, etc. Daqui vamos sempre abrindo outros verticais que nos permitem enriquecer todo o nosso know-how e mercado”, re-força Luís Sant´Ana Pereira.

Serviço aliado à soluçãoOs serviços de consultoria da VIA Consulting seguem missivas orga-nizadas tendo em conta as com-petências mais adequadas face às orientações estabelecidas e aos serviços que representam.São vários os serviços que ofere-cem, como sendo a de Information Technologies, onde a experiência comprovada da empresa lhe per-mite participar na definição de pla-nos estratégicos de tecnologias de informação, bem como na elabo-ração dos planos de transição e/ou transformação que se mostrem essenciais. A VIA Consulting de-fine aqui arquitecturas de sistemas de informação, assegurando a adequabilidade das soluções que desenha e/ou implementa, desen-volvendo sistemas de informação em diversas plataformas, de modo a implementar os automatismos relativos às necessidades e re-quisitos dos processos de negó-cio. Um outro serviço é o Process

Consulting. Aqui é feita a análise, o desenho e a optimização de pro-cessos, tendo em consideração as necessidades e os objectivos de negócio, bem como as tecno-logias de informação utilizadas ou por utilizar. Segue-se também o Manage ment Consulting. Desen-ham e implementam os proces-sos, meios e mecanismos, de for-ma a assegurar que os projectos são definidos e monitorizados, de acordo com os objectivos estabe-lecidos. Por último, mas não me-nos importantes está o Business Consulting, que são serviços que permitem realizar projectos em conjunto com o cliente, de modo a definir novos modelos de negócio que lhe permitam concretizar os desafios a que se propõem.

“A essência da empresa são as pessoas”Os colaboradores da VIA Consul-ting olham para um desafio em-presarial com o gosto de que é necessário ultrapassa-lo. Fazem tudo, quer a implementação des-tas soluções quer os projectos específicos sem nenhuma tec-nologia definida à partida. “A VIA Consulting não tem desejo de ter um grande número de funcionários para além daquilo que nos permite manter a nossa actividade como é hoje dentro deste espírito. A essên-cia da empresa são as pessoas”, enaltece o entrevistado. A compo-nente de serviços é fundamental

para o cliente. Nas áreas em que a VIA Consulting trabalha, é clara-mente uma empresa de vanguar-da e que aceita trabalhar em situa-ções de risco. “A experiência, as competências e os conhecimentos dos nossos profissionais aliados a tecnologias inovadoras, permitem--nos concretizar soluções que res pondem às necessidades e às expectativas dos nossos clientes”. Os 30 profissionais que fazem parte dos quadros da VIA Consul-ting são criteriosamente seleccio-nados. Os processos de recruta-mento implementados privilegiam, além das competências técnicas do candidato, o seu perfil face aos valores da VIA Consulting. Os requisitos de exigência, aliados à necessidade de excelência na execução dos projectos que rea-lizam, obrigam a proporcionar aos colaboradores as condições ade-quadas para o desempenho das suas actividades, bem como um plano de carreira atractivo. “Uma empresa com dedicação, empe-nho e espírito de conquista e total-mente empenhada em garantir o futuro da empresa através do su-cesso dos nossos clientes”. Quan-to às linhas de futuro da VIA Con-sulting estas vão privilegiar por se manter na senda do que tem sido até hoje: crescimento assegurado com a constante apresentação de novas soluções que vão sempre ao encontro das necessidades do cliente.

“É importante assumir que não podemos saber todos os proces-sos de todas as empresas, mas como é claro existem os que conhe-cemos bem como sendo os relacionados com a tecnologia ou o uso intensivo de tecnologia. Por exemplo, no sector bancário que é uma parte importante do nosso background, do ponto de vista da nossa profissão, na área das tecnologias de informação. Desde cedo que temos vindo a participar nos grandes projectos de transformação de Sistemas de Informação no sector bancário em Portugal”

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José Belmiro é, mais do que admi nistrador da Clínica Médica Dr. José Belmiro, um médico re-conhecido e com conhecimento no sector. Nas quatro clínicas em que é responsável (São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, S. Roque e Ovar) o médico perpetua as directrizes de carácter humano assumidas nas últimas duas dé-cadas: “Nunca nas nossas clíni-cas o aspecto comercial será so-breposto aos princípios cerrados de beneficência, à qualidade e à bondade que deve presidir ao acto médico. Embora fundamen-tal para a sobrevivência, não é o aspecto central da nossa acção e, como médicos, penso que essa é a característica que nos deve dis-tinguir. Nas nossas clínicas são normas impostas e respeitadas por todos aqueles que integram a equipa”, garante.

Os riscos actuaisEnquanto médico, gestor, mas também como cidadão informa-do, José Belmiro não esconde a

inquietação com o rumo da me-dicina dentária em Portugal: “Re-conheço que a área da saúde, que absorve imensos recursos (ainda assim, insuficientes para as necessidades), iniba o Go-verno de concretizar a integração dos médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde, no entanto essa é também uma das razões que leva ao êxodo de centenas de profissionais para fora do país. Por outro lado, apercebo-me da falta de prudência na formação académica em numerus clausus, tanto no ensino privado como público”.Para o especialista em estoma-tologia é grave que se despreze a qualidade em virtude da quan-tidade: “Há um excesso de profis-sionais em formação, com muito pouco tempo de estágio e pouca prática a nível universitário. Saem profissionais titulados (com Bolo-nha, requintadamente, mestres), mas que na prática têm uma quali dade inferior. Estamos tam-bém a assistir a uma deturpação

A vertente humana é prioritáriaA Clínica Médica Dr. José Belmiro mantém o título de maior clínica de medi-cina dentária e estomatologia do distrito de Aveiro. O aumento da procura por parte dos pacientes em 2010 consagra mais uma vez a filosofia humana que rege todas as práticas.

de ensino, visto que quem ingres-sa pela via de medicina dentária e estomatologia augura sempre o seu consultório privado. Como será possível se já ultrapassa-mos os 6000 profissionais de uma só especialidade num país tão pequeno? O que acontece é que os jovens ou encontram empresas com dimensão aceitável, como a nossa, e são tutelados no seu trabalho evoluindo e tornando-se bons médicos, ou então abrem o seu próprio gabinete com as limi-tações que têm”.

Defender o pacienteA missão da empresa “foi determi-nada pela minha mãe, enquanto administradora e minha educado-ra. Ainda hoje, dentro das dificul-dades físicas que tem, continua a colaborar na clínica com paixão. O facto de gostarmos daquilo que fazemos é o que nos torna dife-rentes”, reforça José Belmiro.Talvez por isso não tenha ainda abandonado os cheque-dentista: “Nós aderimos numa perspec-

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Curriculum VitaeHabilitações Literárias:•1991- conclui a licenciatura em Medicina Dentária, Universidade do Porto, com a classificação de 14,4 val. •1992- Frequência do 1.º ano de Gestão de Pequenas e Médias Empresas, ISDV.

Graduações/Especializações:•Janeiro de 2003/Outubro de 2004-Especialização em Bioética, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com a notação de 17 valores.•Janeiro de 2002/Março de 2003-Graduação em Gestão e Administra-ção Hospitalar, pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Porto, com a notação de 17 valores, •Maio de 2000/Julho de 2001-Graduação em Implantologia Intra e Extra Oral, pelo Serviço de Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.•Dezembro de 2000/Julho de 2001-Graduação Avançada em Cirurgia Oral, pelo Instituto Superior de Ciências do Norte.

Outras:•Abril a Junho de 2010- Curso de Reabilitação Oral de Maxilares Atróficos, Nobel Biocare, Porto.•Janeiro a Fevereiro de 2004 – Curso de Actualização em Bioquímica,

tiva de apoio ao Estado Social, não com interesses financeiros. Digamos que como gestor não os deveria aceitar, mas como médi-co aceito-os. Sempre fez parte da filosofia da clínica prestar os melhores cuidados de saúde a preços socialmente comportáveis. O facto de termos uma dimensão muito grande e tratarmos muitas pessoas possibilita-nos a compra do que melhor há no mercado em grandes quantidades, por isso a preços inferiores. São vanta-gens como essas que asseguram muitos clientes e lucros que são aplicados nas clínicas. Indepen-dentemente da humildade das instalações, os pacientes encon-tram aqui a melhor tecnologia que existe no mercado”.Futuramente, José Belmiro não pensa em abrir mais clínicas, preferindo manter a qualidade das quatro existentes. No entanto não esconde a vontade de garantir a exclusividade dos restantes mem-bros da equipa: “A maioria dos 14 profissionais de estomatologia já funciona nesse regime, mas pre-tendo estender aos restantes”.

Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto.•Março de 2003 a Junho 2004-Curso de Especialização em Ortodontia, Fundação Gnatus, Madrid. Actividades docentes e profissionais:•Regente da cadeira de “Gestão de Serviços de Saúde”, no Master em Administração da Saúde, Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra.•Desde 1998, director clinico e administrador de uma organização privada de prestação de cuidados de saúde.•Desde 1991 exercício privado de Estomatologia/Medicina Dentária.•1989/90– Professor de Técnicas Especiais de Saúde e Socorrismo, na Escola Secundária Ferreira de Castro. •1989 a 1991 – Monitor no Serviço de Imunologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, sob tutela do Prof. Dr. José Luís Delgado.

Obras Literárias:•Co-autor de: Dependências Individuais e Valores Sociais, Associação Portuguesa de Bioética, Gráfica de Coimbra, 2004 (pp. 181-208).•Co-autor de: Política de Saúde, Editora da Universidade Portucalense, Porto, 2003 (pp. 91-107).•Co-autor de: Afectação de Recursos para a Saúde: Perspectivas Para Um Novo SNS, Gráfica de Coimbra, Coimbra, 2003 (pp. 171-191).•Autor de: Absentismo Médico nos Hospitais Portugueses, obra admitida ao Grande Prémio BIAL 2003 (22 pp.).

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Como surgiu a RSN – Remelgado, Silva Nogueira & Associados – Sociedade de Advogados? Surgiu em 2001, na realidade éra-mos três advogados, que já então partilhávamos escritório. Já há algum tempo que tinha ideia em avançar para a prestação serviços jurídicos, através de uma organização que pudesse proporcionar aos clientes um grau de especialização e rapidez na resposta, que fosse a adequada aos tempos e às dificuldades que os nossos empresários hoje em dia enfrentam. Com efeito, há muito que considerava que as PME, especial-mente no Norte do País, não tinham ao seu dispor serviços jurídicos, com a qualidade e especificidade, que uma só organização de profissionais pode prestar.Daí a ideia de se criar uma organiza-ção que tentasse encerrar o melhor de duas práticas: a personalização e o contacto directo com o cliente do escritório tradicional, com o grau de especificidade e experiência que uma prática colectiva de advocacia proporciona, o que me levou então a desafiar a Dra. Fátima Remelgado e a Dra. Antónia Leite de Sousa. No entretanto, a Dra. Antónia saiu, sendo que voltamos a ser um trio em 2010, com a entrada da Dra. Mafalda P. Monteiro.Actualmente multiplicamos por cinco o número de profissionais e volume de negócio.

Qual o currículo dos actuais sócios da RSN?Somos filhos de duas boas escolas de direito do Porto: Universidade Portucalense Infante D. Henrique e a Universidade Católica. Aliás, pelo que vou vendo, parece-me que a geração de licenciados da qual faze-mos parte tem demonstrado a quali-dade do ensino que aí era minis trado. Posteriormente, temos sentido sem-pre a necessidade de uma formação contínua, eu dedicando-me mais à área do direito comercial, contratos fusões, e a Dra. Fátima no direito laboral. ‘Saber é poder’ é uma das nossas máximas.

Sabendo que a sociedade actua em diferentes vertentes/áreas do direito, como é que descreve essas áreas e quais as que as­sumem maior importância no contexto da RSN?O nosso ‘core’ está claramente na prestação de serviços jurídicos a empresas. Aliás toda a nossa orga-nização assenta no disponibilizar ao nosso cliente todas as vertentes

do direito que marca o seu dia-a--dia. A ideia é que, tornando-nos um parceiro do cliente, conhecendo a sua estrutura e gestão, possamos proporcionar, de forma sistemática e organizada, resposta às suas ne-cessidades.A nossa realidade inicial resultou muito da cidade onde estamos sedeados – o Porto. É para o tecido empresarial do Porto, Vale do Cáva-do, Vale do Ave que principalmente trabalhamos.Assim sendo, a esmagadora maio-ria da nossa carteira é composta por PME, sendo que, actualmente, já va-mos tendo constituintes que se loca-lizam por todo o país.Temos, igualmente, uma forte rede de escritórios estrangeiros. Ora, grande parte dos nossos clientes são sociedades exportadoras ou em processos de internacionalização, por isso temos parcerias sólidas, de alguns anos, com escritórios sitos em Londres, Madrid, S. Paulo, Milão, Xangai, Berlim, que nos permitem garantir que o cliente continuará a encontrar na RSN uma resposta

“Saber é poder”A Revista Portugal Ino-vador entrevistou José Nogueira, da sociedade de advogados RSN, numa conversa acuti-lante sobre a advocacia e Justiça em Portugal.

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o nosso curriculum, mas sim porque existe alguém que necessita dos nossos serviços, e o sucesso desse alguém, isso sim é o nosso sucesso. Agrada-me, principalmente, que o cliente veja na nossa equipa um conjunto de profissionais que lhe re-solve problemas. A nossa liberdade é de consciência e técnica, mas uma liberdade ao serviço de uma ne-cessidade! Nesse aspecto considero a frase do meu ilustre Colega Miguel Veiga deliciosa: “O advogado não tem escravo nem Senhor”.

Como encaram o actual estado da Justiça em Portugal? Francamente mal. E é, de tal forma, uma verdade Lapalissiana, que, pes-soalmente, me custa, de uma forma tão clara, afirmar: vai mal.O que considero pior no funciona-mento da justiça em Portugal é o sistema, no seu todo, ter-se esque-cido da razão pela qual existe: servir os cidadãos e ser uma das faces da

qualificada para os seus problemas e necessidades.Outra das componentes que nunca abandonámos, e faz parte do nosso código genético, é que nesta casa fazemos barra. Somos advogados todos de Toga. Não queiram ver nesta afirmação uma censura aos Colegas que não optaram por esta prática, mas consideramos que a consultadoria jurídica, sem ter ao seu lado uma sólida equipa de con-tencioso, perde eficiência.Não tenho dúvida que é o Cliente que sai a ganhar, quando a equipa que o aconselhou e assessorou é aquela que dá a cara pelo seu pare-cer e o defende, em litígio judicial se necessário for. O conselho dado, com certeza, que terá que ser bem valorado. Aliás, o lema e a missão que adopta-mos aqui na RSN é sempre ter o foco no resultado apresentado, no valor aportado ao cliente. Não fazemos advocacia para o nosso ego, ou para

soberania. É um poder dever. Sem o dever não se justifica o poder. O que se criou é um monstro adjectivo, sem substantivos e verbos.Uma organização humana que nunca coloca, no centro das suas prioridades, prestar serviços aos cidadãos, que justificam a sua razão de ser. E por favor não se entenda, com esta afirmação, que os juízes são petulantes, ou advogados que são mercenários, ou os funcionários que são calaceiros. Ou que o Estado não distribui dinheiro que chegue!Na minha opinião, temos é um para-digma que se foi cimentando ao longo destes anos, cristalizando-se, alimentando-se dos seus pequenos poderes. Cada vez mais longe da sua razão de ser. O que aqui afirmo não é mera teoria, reflecte-se na maioria das decisões judiciais, na maioria da opções do dia-a-dia.Temos pela frente o desafio tre-mendo de reformular um sistema que insere dentro si tantas hetero-

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geneidades! Pessoalmente acredito no Keep it Simple. Primeiro, não se mudam leis sem se avaliar o seu im-pacto (já se faz na Alemanha. Não estou a ser lírico ou demagógico). Em Portugal, no sistema judicial e sua organização, não há fase da cor-recção, há o muda tudo e recomeça tudo de novo. Segundo, a avaliação e meritocracia. Avaliação com humil-dade, mas que ninguém tenha o seu resultado garantido pelo estatuto, pela idade ou pela função social! Todos devemos provar, em todos os meses, que merecemos o dinheiro que recebemos ao final do mês. Terceiro, impõe-se quantificar e res-ponder pelo que produzimos. Anda-mos todos a pretender que o nosso trabalho seja reconhecido por sinais subtis. Parece que, às vezes, é um mercado que premeia os ilusionistas e não quem melhor serve o cidadão que a si recorre!

A morosidade das acções é a principal razão pela falta de cre­dibilidade que frequentemente atribuem à Justiça? Qual o papel activo da RSN no com­bate a estes entraves?Sejamos realista a RSN é um átomo no Universo. Que pode aportar? Não temos vocação quixotesca, ro-manesca. Somos pragmáticos. Não se esqueça somos advogados!Que nos resta então? Todos os dias

afirmar e professar: não me digam o que pode o sistema fazer por nós, mas sim o que podemos nos efec-tuar pelo sistema.A morosidade advém principalmente de um processo que não se preocu-pa em obter uma decisão, mas em se alimentar. A nós, na RSN, resta-nos, com hu-mildade, tudo fazer para não nos tor-narmos parasitas do sistema. Tudo fazermos para o sistema encontrar soluções e não desculpas!

Temos hoje uma classe mais capaz e unida? Classe? A que classe se refere? A dos advogados? Dos operadores da justiça? Sou muito avesso a isso de classes. Cheira-me a rebanho! A seguidismos e corporativismo. Só somos bons Colegas se formos uns seguidistas. Francamente não!Reconhecer em todos os meus Cole-gas um meu igual, parceiro neste de-safio que é ser advogado. Sim, tudo o demais não me interessa. Estou profundamente desligado deste ac-tual Bastonário e deste projecto de Ordem. Confesso não me revejo neste estado populista que chapinha lama para todos os lados. Quanto a capacidade, sem dúvida que cada vez mais vejo chegar jovens com melhor preparação científica. Com mais flexibilidade, conhe cimento de línguas e técnicas informáticas, consciência do mundo. Falta-lhes, contudo, diga-se, capaci-dade de sacrifício, humildade e von-tade de servir o próximo, para serem

advogados extraordinários! Estou contudo muito seguro que com bons exemplos (nossa responsabili-dade) chegarão lá!

Que mensagem deixaria aos jovens leitores da revista “Por­tugal Inovador” que pretendam enveredar pelo caminho profis­sional da advocacia?Primeiro que venham: que não acreditem nesta actual filosofia de monopólio que se pretende criar. Se-gundo, que se a motivação destes jovens é prestígio social balofo, o “Sr. Dr.” e restantes salamaleques ou ganhar dinheiro fácil, que esqueçam, não fazem falta.Se tem vocação para ir ao encontro daqueles que necessitam de ajuda, de darem o melhor da sua energia por uma causa, pela defesa daquele que todos diabolizam; se têm uma mente que ajuda a encontrar segu-rança jurídica para que homens pos-sam empreender em novas orga-nizações; para criar soluções onde se via impossibilidades, então que venham. Há lugar para todos sem excepção.

Qual os projectos de futuro da RSN Advogados?Sustentar o alcançado. Crescer no ex-terior, aumentado o volume de negó-cio através da sua rede de escritórios associados. E permitir a todos os profissionais que nela trabalham um espaço onde realizem as suas am-bições, concretizem os seus sonhos profissionais e se sintam felizes.

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Nos últimos anos as empresas têm chegado à conclusão da im-portância crítica do capital huma-no para o sucesso de um negócio sustentado a longo prazo. Por esta razão, os gerentes da AMT deci-diram criar a empresa, de forma a torná-la disponível no mercado de serviços especializados no domínio da gestão do capital hu-mano, facilitando o dia-a-dia dos clientes nesta área.A missão da AMT reside, em lar-ga medida, em prestar serviços de desenvolvimento de software e processos para converter as melhorias de desenvolvimento de capital humano em resultados económicos mensuráveis.Deste modo, na AMT, e com base nos seus serviços, é sempre im-portante permitir aos clientes a possibilidade de maximizar o valor acrescentado através da melhoria dos processos relacionados com a gestão do capital humano. De igual importância é ainda a oferta de ferramentas que possibilitem

uma maior produtividade dos re-cursos disponíveis, através da optimização do talento existente na Organização.

Experiência comprovadaA AMT surge oficialmente em 2007, pelas mãos de três pessoas, ligadas no passado a grandes em-presas tecnológicas. A empresa fornece tecnologia de informação

na área dos recursos humanos e o seu foco assenta na ferramenta SAP HCM. “Decidimos atacar este nicho de mercado que é a consul-toria de tecnologias de informação, na área específica de recursos hu-manos”, refere Joaquim Francisco, actual gerente da empresa.Tendo começado com quatro membros, a equipa da AMT conta actualmente com cerca de 20 tra-balhadores. A formação tem sido uma aposta constante; esta é, como conta Joaquim Francisco, “o passar da experiência às pessoas que entram, para que o grau de qualidade e eficiência de serviço se mantenha”.As duas grandes áreas de actua-ção da empresa são a do projecto e a de manutenção de sistemas in-formáticos. O gerente refere a am-bição de ir mais além da manuten-ção de sistemas, passando então para a manutenção de processos.

AMT: ‘A Matter of Trust’“A matter of trust”, mais do que

Uma questão de confiançaReconhecida no mercado de implementação de software, a AMT é um parceiro de referência para projectos tecnológicos da ferramenta global SAP HCM. No centro das suas atenções está o potencial humano.

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sa ideia é apostar noutras ferra-mentas, para além de desenvolver esta área do SAP HCM”, conta Joaquim Francisco.Assim, a AMT procura diferenciar-se dentro do HCM (serviços na área dos recursos humanos), o nicho de mercado da empresa, apreendendo de uma forma mais célere e eficiente as novas funcio-nalidades que a SAP vai libertando para o mercado. O objectivo passa por desenvolver algumas soluções dentro da aplicação, que esta não traga nativamente, mas que pos-sam trazer um valor acrescentado

uma questão de confiança e mais ainda do que um mero lema, é aquilo em que os responsáveis da empresa de facto acreditam. “Este é um relacionamento de confian-ça. O acompanhamento do cliente e o facto de o deixar descansado é muito importante para nós”, afirma Joaquim Francisco.PME Líder e Excelência em simul-tâneo, todos os rácios apontam para que a AMT volte a sê-lo du-rante este ano.Para além deste prémio, a AMT Consulting encontra-se entre as 30 melhores empresas para se trabalhar, segundo um estudo feito pela Exame e Accenture . No total, fazem parte do ranking 100 em-presas.Os galardões não ficam por aqui, e a empresa está ainda referenciada no Business Process Outsourcing (BPO) – a terceirização de proces-sos de negócios que usam inten-samente a tecnologia da informa-ção.

Inovação em ferramentasApresentar soluções inovadoras e a um baixo custo tem sido uma medida adoptada com frequência pela gerência da empresa. “A nos-

aos clientes. “A nossa maior renta-bilidade é a nossa eficiência”, afir-ma o gerente.A empresa aposta em capitais próprios, não tendo praticamente investimentos externos, nem de-pendendo em nada da banca.

Mercados-alvoA estratégia a nível de divulgação internacional passa pelos planos da AMT. Por enquanto, a empresa actua com mais incidência no mercado na-cional, apesar já ter tido algumas ex-periências internacionais, em países como Angola, Espanha, Alemanha e África do Sul.“O nosso posicionamento em ter-mos técnicos permite-nos alcançar clientes”, observa Joaquim Francisco. Clientes como a Megasis (TAP), a Delta Cafés, a Oni e outras grandes companhias que usam as ferramentas da AMT, confiam nos serviços da empresa há vários anos, sendo que os mais antigos somam já 11 anos. Além destes clientes directos, a AMT entra ainda em parceria com outras grandes consultoras, através de uma sub-contratação. Neste mo-mento a AMT procura ser o mais abrangente possível. Satisfeito com o percurso da em-presa, Joaquim Francisco afirma sentir uma autonomia de decisão que valoriza bastante a AMT.

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Edificado no topo de uma falésia, no coração da área paisagística envolvente da Ponta da Piedade, muito perto do centro da cidade de Lagos, o Cascade Resort é um es-paço de beleza ímpar que aposta num serviço de excelência. A re-vista Portugal Inovador esteve à conversa com Urs Wild, gerente, e com Marita Barth, assistente de direcção deste novo espaço ho-teleiro.O Cascade apresenta aos seus visitantes uma nova interpretação do luxo. A inserção do empreen-dimento num contexto paisagís-tico privilegiado, com um toque regional, apoiado num serviço personalizado e detalhista são as mais-valias deste novo espaço. Projectado de forma a complemen-tar a paisagem natural onde se in-

sere, o Cascade foi desenvolvido tendo em mente o legado histórico e o esplendor da região algarvia. Com uma fachada distinta, que mistura influências das arquitectu-ras romana e mourisca, com cores

Lugar encantado

Urs Wild, suiço de nascença, mas algarvio de coração. A morar em Portugal há quase 30 anos, este empresário tem dinamizado a economia e o sector do turismo e da hotelaria do Algarve. O Cascade Resort, situado em Lagos, é o seu projecto mais recente.

tradicionais da região (amarelo e branco), o espaço hoteleiro quebra com as mais recentes tendências de edificação vertical e arquitec-tura moderna uniforme.Esta sensibilidade prolonga-se no

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que inclui a medicina desportiva, a medicina do bem-estar, a medicina preventiva, a fisioterapia, comple-mentadas com actividade e nu-trição. Estando o Algarve inserido, a nível europeu, num vasto leque de destinos turísticos de excelên-cia, o Cascade Resort pretende demarcar-se pela flexibilidade dos seus serviços. Aliar o turismo à

seu interior, onde a decoração e estilos únicos reflectem as desco-bertas do Infante D. Henrique, cujas viagens tiveram partida de Lagos. Estes temas exclusivos encontram-se reflectidos na to-talidade do hotel com a opção do hóspede em escolher o quarto que prefere consoante o seu gosto pessoal, enquanto as áreas públi-cas reflectem o legado do passado em sumptuosas peças de luxo moderno.Um espaço requintado exige um serviço equiparado, por isso a for-mação interna dos colaboradores é a grande preocupação da admin-istração. Pretende-se que a sim-patia, a transmissão dos valores culturais, da filosofia e da missão da empresa estejam presentes em cada serviço. “A alegria de servir o hóspede deve estar sempre patente em cada gesto”, refere Urs Wild.

Saúde e bem-estarCom uma área de 38ha, situado em cima da falésia, os visitantes do Cascade dispõem de uma costa de 1,5km que se prolonga até à Ponta da Piedade. “Os nossos hóspedes podem realizar este trajecto a pé e embarcarem depois rumo às belíssimas grutas de Lagos”, diz Marita Barth. Oferecer qualidade de vida é assim o objectivo deste empreendimento.O conceito deste espaço de lazer engloba também uma estrutura

componente de saúde e bem-estar é uma das rotas traçadas, a par do tradicional turismo de lazer.A restauração é outro dos serviços de requinte do resort. O chefe Luís Batalha é o responsável pelo serviço de restauração do Cas-cade e está preparado para ofere-cer ao visitante refeições gourmet, confeccionadas a partir de produ-tos biológicos da região, num am-biente agradável e descontraído. Apreciador da variedade e da beleza das paisagens portugue-sas, Urs Wild tem mantido a pre-ocupação de, em cada projecto, ressaltar o que de melhor existe em Portugal. Em final de conversa, o empresário dirige um convite a todos os nossos leitores: “Venham conhecer uma terra encantadora, que faz parte da história nacional, onde enquadramos um empreen-dimento de excelência, direccio-nado para todos os públicos”.

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Aliados os conhecimentos, a partir daqui, todos os “ingredientes” es-tavam prontos para que se desse inicio à fabricação de um produto de eximia qualidade. Todo o tipo de salgados, como crepes, ris-sóis, folhados, empadas ou pas-téis são aqui confeccionados. No entanto, as chamuças represen-tam 80% da produção. “O boom das chamuças foi de tal ordem, que neste momento as chamuças, em termos de salgados, estarão em 3º lugar”, explica Naushad Ali Nurali. Em regime de outsourcing com outras empresas - que se-guem à risca a tradicional receita - são produzidas, mensalmente, cerca de 600mil unidades.

Os meiosDotada dos melhores recur-sos humanos e tecnológicos, a empresa conta com dois enge-nheiros a trabalhar na qualidade

alimentar, bem como 22 colabo-radores que ajudam à produção de um produto fiável. E como tudo o que é produto congelado exige muitos requisitos, a partir do momento em que o produto é feito tem de ser imediatamente ultra-congelado. “A partir daqui inicia-se uma cadeia de conser-vação, transporte e armazena-mento – já no cliente - que tem de ser mantida a -18º. Se a tem-peratura sobe, o produto perde qualidades, logo é do nosso in-teresse garantir que o cliente tem também todas as condições para acondicionar o produto, elucida Firoz Sadruddin. A grande maio-ria dos clientes desloca-se à Top Sabor para levantar a encomen-da. No entanto, além de duas carrinhas frigoríficas próprias al-tamente equipadas, a empresa conta com os serviços de uma transportadora de frio que faz os

Top(o do) Sabor Criada em 1995 por Azim e Firoz Sadruddin, a Top Sabor tem como actividade principal o fabrico e comercialização de alimentos pré-cozinhados ultraconge-lados. Posteriormente, os sócios gerentes aliaram os seus conhecimentos de uma receita tradicional, ao know-how de Naushad Ali Nurali - mentor as cha-muças na cidade do Porto, em 1975, conseguindo manter a tipicidade de um produto caseiro.

grandes transportes. Só assim a Top Sabor garante ao cliente e ao consumidor final que todas as características do produto estão asseguradas. A percorrer Portu-gal de norte a sul do país, a em-presa começa a dar os primeiros passos alargando os seus hori-zontes para o mercado externo. Actualmente a exportar já para Espanha e França, o mercado Brasileiro será a próxima aposta.

O segredo está na massa!Dotadas de um trago oriental, sa-boroso e diferenciador é o que o

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cliente pode encontrar nos produ-tos aqui confeccionados.O segredo das chamuças está massa. Esta deve ser macia, esta-ladiça e sem gordura. E para que seja possível que todas cumpram este objectivo após a fritura, pois a produção é sempre uniforme, os sócios gerentes também vão para o terreno mostrar ao cliente como estas devem ser confeccio-nadas.

“Garantir qualidade”Neste momento, a Top Sabor é empresa certificada em Segu-rança Alimentar com o sistema HACCP o que vai ao encontro da principal preocupação para o futuro da empresa: “Garantir a qualidade e a segurança ali-mentar do nosso produto e, mais tarde, e de uma forma cautelosa, vamos deixar o país acalmar e apostar em novas instalações,

revela Azim Sadruddin”.Com um crescimento anual na ordem dos 30%, a Top Sabor é uma empresa PME Excelência que não entende apenas os rá-cios financeiros para que este galardão seja possível, mas sim todo o trabalho de uma equipa de colaboradores que permitem que o produto chegue sempre a bom porto. E quanto a este produto a mensagem que a administração deixa é bem clara: “A nossa cha-muça? É provavelmente a melhor chamuça do mundo”.

CuriosidadePara que o salgado, após a fritura, esteja com um aspecto dourado e com pouca gordura, é primordial que o óleo não es-teja nem muito nem pouco quente e que a dosagem deste seja a mais correcta.

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José Lima Cabrita, engenheiro Técnico Agrário de formação, de-cidiu em 1987 criar na sua terra natal, São Bartolomeu de Messi-nes, a sua primeira loja no ramo da óptica. Hoje, com seis lojas Optimax difundidas pelo Algarve (São Bartolomeu de Messines, Faro, Quarteira, Vilamoura), o empresário mantém a vontade de crescer e ampliar os seus serviços, caracterizados pelo atendimento personalizado. A Optimax tem gabinetes opto-métricos equipados com a mais mo derna tecnologia e profissio-nais técnicos especializados em refracção ocular. A formação contí-nua da equipa técnica é uma preo-cupação que José Lima Cabrita preserva: “Garantimos a formação constante dos nossos colabora-dores tanto ao nível do contacto com o cliente, como ao nível técni-co”. Dada a disponibilidade para realizar exames visuais gratuitos e sem marcação, os clientes da Op-timax podem receber na hora uma avaliação e aconselhamento sobre as suas necessidades visuais. Com um espírito dinâmico a rede de lojas Optimax investe muito na promoção de eventos para captar

a atenção dos seus clientes e di-namizar as zonas onde estas es-tão inseridas. “Fidelizar o cliente logo na primeira visita é o nosso objectivo. Somos um Grupo muito activo, não estagnamos”. A mais recente aposta do empresário decorreu no passado mês de Ju-lho, com um desfile de moda que visou promover a nova linha de óculos de sol de José António Te-nente, contando com a presença do estilista.Com o Centro Médico de Messi-nes, em São Bartolomeu de Messines, e a Clínica de Oftal-

Segurar o presente, para assegurar o futuro

mologia Vivina Cabrita, em Faro, José Lima Cabrita abrange os seus serviços à vertente dos rastreios e tratamentos de saúde. Em final de conversa com a revista Portugal Inova-dor, o empresário reforçou a sua preocupação em chegar a um maior número de pessoas: “Pro-curamos sempre abrir lojas de rua que nos permitam estar mais próximos dos clientes, conhe-cê-los, tratá-los pelo nome, só assim temos condições de apre-sentar um serviço de qualidade e proximidade”, conclui.

A rede de ópticas Optimax tem vindo a servir a população algarvia nos últimos 24 anos. Lima Cabrita é o nome indissociável deste Grupo. O contacto directo com o cliente, a variedade de marcas e serviços, são algumas das mais-valias que a Optimax tem para lhe oferecer.

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Com uma vasta experiência no ramo, José Filipe Martins, um dos administradores da Indusmelec, fundou esta empresa em conjunto com outros dois profissionais, tam-bém eles com larga experiência na área da distribuição do material eléctrico. Hoje, a empresa conta com 11 colaboradores, que mes-mo sendo jovens, são profissionais com bastante experiência, estando neste mercado há vários anos. A formação interna dos colabora-dores é uma constante, bem como a formação que é dada aos seus clientes para um melhor desem-penho das suas actividades.Com atributos e sinergias que permitem à empresa estar bem sustentada no mercado, inovação é a palavra de ordem a respeitar na Indusmelec que tem como prin-

cipais clientes, quadristas – que representam 38% das vendas; fabricantes de máquinas e indús-tria – 21%; instaladores – 19%; ar-

Experiência, disponibilidade e qualidade no material eléctrico!

Desde 2003 que a Indusmelec apresenta um conjunto de produtos, serviços e soluções na área da distribuição do material eléctrico, à medida das necessi-dades de cada cliente.

mazenistas – 16%; construção civil – 4%; e o restante mercado, como electricistas industriais e electricis-tas de manutenção com 2%.

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O mercadoA Indusmelec actua essencial-mente na região da grande Lisboa, tendo também clientes em todo o País, onde aplicam o serviço de entregas em 24 horas. Mesmo sabendo que Portugal é um bom mercado, a Indusmelec busca no-vas oportunidades além fronteiras. “Temos feito, indirectamente, al-guns trabalhos em Angola e Fran-ça, que embora o principal cliente seja empresarial, conseguimos satisfazer também os pedidos de um eventual cliente de instalação”,

Serviço especializadoNão se limitando apenas a vender o produto standard, a Indusmelec consegue fidelizar os clientes ao assegurar que tem soluções para as suas necessidades. “Estamos sempre disponíveis para arranjar soluções técnicas para o cliente ar-ranjando alternativas de produto”, diz José Filipe Martins. Quando o produto não existe, a empresa apresenta outras soluções, pois não depende a 100% de uma mar-ca. Assim, tem a possibilidade de apresentar mais opções aos seus clientes. A trabalhar apenas com marcas prestigiadas internacio-nalmente, consegue dar a melhor resposta, quer individualmente, quer em conjunto com parceiros de eleição.Aqui é também prestado um serviço de consultoria. Quando um cliente tem dificuldades em saber o que melhor se adequa às suas necessidades, a Indusmelec dis-põe de técnicos especializados que podem identificar e aconsel-har a melhor solução. “A disponibilidade e a eficiência que colocamos no que fazemos e o apoio técnico que prestamos são pontos a ter em conta. Experiên-cia, disponibilidade e qualidade - na oferta de produtos, serviços e soluções, é o nosso lema”, as-sume o administrador.

explica José Filipe Martins.O principal foco de actuação da In-dusmelec é a área da protecção e controlo industrial, materiais para quadros eléctricos, entre outros. “Também vendemos materiais na área dos autómatos programáveis e variadores de velocidade”, acres-centa. Para uma melhor resposta a todas estas áreas, a empresa de-tém um vasto stock de materiais.

Futuro comoPME ExcelênciaO mercado externo é uma aposta para continuar a dar frutos. Em Portugal, está na ambição da In-dusmelec abrir pequenas agên-cias em zonas estratégicas para que também possam estar mais perto dos clientes. Quanto à dis-tinção como PME Excelência, este “reflecte eficazmente o nosso tra-balho. O que ganhamos é inves-tido na nossa empresa. Só assim é que podemos dar prazos médios de pagamento ao cliente, ter um stock sustentável na ordem dos 600 mil € e ter sustentabilidade financeira que nos permita pagar atempadamente a todos os nos-sos fornecedores”, conclui José Filipe Martins.

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A Abrigada é uma empresa fa-bricante de materiais refractários, ácidos e materiais resistentes aos ácidos para aplicações indus triais. Fundada em 1843, a Abrigada conta com mais de 16 décadas de experiência, e completado o processo de certificação da quali-dade, de acordo com a norma ISO 9001:2008, a empresa é também caracterizada pela flexibilidade que dispõe para o desenvolvimento de novos produtos e soluções adapta-das às constantes evoluções técni-cas do mercado.

Crescimento além fronteirasSempre com o intuito de crescer e sustentar-se no mercado onde se insere, em 1996 o departamento de montagens da Abrigada evoluiu para a empresa AMR - Abrigada, Montagens e Revestimentos, que é o objecto de maior dinamização. A AMR funciona como uma empresa

instaladora de produtos refractários, concebendo e projectando reves-timentos térmicos para uma vasta gama de aparelhos industriais. Em 2007 a AMR associou-se ao seu maior concorrente e iniciou um processo de internacionalização conjunto. Fruto desta associação surgem mais empresas sedeadas um pouco por todo o Mundo que representam um grupo internacio-nal de empresas especializadas em montagens de revestimentos térmi-cos, que dão lugar a um grupo forte e coeso que trabalha de uma forma muito matricial e em conjunto, re-conhecido mundialmente pelo seu profissionalismo e especialização.Os materiais de excelência da Abrigada são as peças para reves-timento interno de chaminés. Se-gundo João Brito, presidente da empresa,” uma qualidade que não tem por finalidade resistir a altas temperaturas, mas sim de resis-tir aos ataques ácidos. Temos uma preocupação permanente em adaptar os nossos produtos às exi gências dos nossos clientes”. Cliente esse que é fidelizado como confirma o presidente da admi-

Mestria nos materiais refractáriosA Abrigada foi fundada em 1843 como uma cerâmica, devido à qualidade das argilas locais. Com o desenvolvimento da indústria, a produção evoluiu e especializou-se em materiais refractários.

nistração, quando diz que “temos clientes de há mais de 50 anos”.

Fornecedora de serviçosA Abrigada fornece vários serviços nas áreas da engenharia e projec-tos pois possui um gabinete técnico com experiência acumulada ao longo de mais de cinco décadas na execução de estudos e projectos de revestimentos cerâmicos para protecção térmica e química de variados equipamentos industriais.O apoio e experiência prática do grupo internacional de empresas de montagens em que a Abrigada se insere traduz-se numa mais--valia pela observação ‘in loco’ do comportamento dos materiais aplicados. “Trabalhamos com os nossos clientes para encontrar em conjunto soluções técnicas para a resolução de quaisquer problemas até ao menor detalhe”, afirma João Brito. A área das cofragens é tam-bém aqui evidente. “Projectamos e produzimos nas nossas instalações cofragens de madeira para suporte da montagem de revestimentos cerâmicos de variados tipos, de acordo com os graus de exigência

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nheiros, encarregados e montado-res especializados na montagem de materiais refractários, isolantes e anticorrosivos, bem como um parque de equipamentos adequado ao desempenho da actividade.

Rumo ao futuroEm constante crescimento, a Abrigada aposta cada vez mais na internacionalização querendo agora alcançar e fidelizar novos mercados como a América Central e do Sul. O segredo é a excelên-cia da qualidade dos produtos e do

e rigor necessários em cada obra. Além disso, os materiais por nós utilizados cumprem as exigências fitossanitárias segundo as normas ISPM - 15 HT ou MB”, assegura. Por último, apresentam serviços também na área das Montagens. Trabalha em estreita colaboração com a AMR oferecendo em conjun-to um serviço completo de fa brico e montagem de revestimentos re-fractários.Para melhor prestar os seus serviços, a empresa dispõe de um corpo técnico formado por enge-

serviço que a empresa presta e o espírito de parceria entre as várias entidades que estão envolvidas no grupo. Rumar ao futuro, valori-zando sempre o seu produto e os seus serviços, contando sempre com o apoio de todo o seu capital humano que representa os pilares da Abrigada.

Gamas de produtosrefractários densos moldados de baixa, média e alta alumina; refractários isolan-tes moldados de presa cerâmica e quími-ca: grés antiácido; refractários plásticos, betões e cimentos. Principais indústriasde aplicaçãocimento e cal; petroquímica e energia; in-cineração; metalurgia (ferro e alumínio); celulose; vidro; cerâmica, chaminés In-dustriais.

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A Mafep - Material Anti-Fogo e Protecção, Lda nasce em 1991 com um propósito diferente do que exerce hoje em dia. A abertura de fronteiras ao mercado asiático e o aparecimento de inúmeras em-presas vocacionadas para os EPI (equi pamentos de protecção indi-vidual) levam a que, gradualmente, a Mafep abandone esta área, pas-sando a dedicar-se em pleno ao seu core-business: projecto, for-necimento e manutenção de todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio.

Serviço globalHoje, a Mafep tem a capacidade para realizar autênticos projectos chave-na-mão.A gama variada de produtos - que vão desde a extinção de incêndios (extintores, bocas de incêndio, mantas de abafamento, entre ou-tros), aos produtos de protecção electrónica (detectores de incêndio

e CO2), passando pela protecção passiva (sinalização, iluminação de emergência e portas corta-fo-go), ou mesmo pelas caixas e ou-tro tipo de acessórios – são ape-nas o chamariz para uma empresa que presta um serviço completo e especializado.Com quatro carros oficina, a Mafep consegue não só abranger a região centro, com serviços de execução de projectos e manutenção, mas todo o território nacional: “São car-ros relativamente pequenos, mas que comportam tudo o que existe numa oficina. Há cerca de quatro anos definimos novas rotas para estes carros numa decisão em prol da mobilidade. Conseguimos maior produtividade, o que bene-ficia o cliente, e maior rentabili-dade, diminuindo os custos para a Mafep. Temos um carro na rota de Lisboa, dois carros destinados às grandes empresas e um que mensalmente percorre as restan-tes zonas do país”, garante Tiago Nunes, gerente da empresa.O know-how acumulado permite-

Uma empresa on fireA Mafep está em alta. Depois de, em 2007, ter sido das primeiras empresas a obter a certificação do serviço de manutenção de extintores, prepara-se agora para introduzir um inovador sistema informático nos seus serviços.

-lhe ainda fornecer consultoria em projectos de protecção de pessoas e bens, bem como forneceder for-mação sempre que lhe é requisi-tada.

EspecializaçãoQuando Tiago Nunes entra na em-presa, em 2005, empenhou-se em dar continuidade ao trabalho de gestão até então realizado pelo pai, tentando apenas optimizar os recursos existentes na empresa: “Percebi que era necessário apos-tar muito mais na formação, reco-nhecendo-a, não apenas como um custo, mas sim como um contri-buto fulcral para a transmissão de uma imagem de confiança”, refere Tiago Nunes.A empresa passou então por um processo rigoroso de formação, passando os 15 funcionários, nove no departamento técnico, a con-tar com um argumento de peso: a polivalência. “80% do trabalho da Mafep é realizado em micro--empresas, sendo o restante desti-nado às média-grandes empresas.

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dos colaboradores resulta num ambiente saudável de trabalho: “Esta empresa funciona como um grupo, onde cada um de nós está envolvido a 100%. Fazemos questão de ter reuniões com to-dos os colaboradores porque lhes reconhecemos uma importância muito grande em todo o sucesso que temos tido. São muito dedica-

Praticamente 90% de qualquer um dos casos, as situações são re-solvidas somente por um técnico. Isto acontece porque apostamos fortemente na formação geral para cada um dos colaboradores, à qual acresce uma especialização em determinada área”, explica o gerente. A importância atribuída a cada um

dos e sem dúvida uma peça chave neste projecto”, saliente Tiago Nunes.

Sustentar o futuroA Mafep tem o futuro bem definido: “Queremos continuar a crescer de forma gradual e sustentada, con-tinuando a diferenciar-nos pela apresentação de soluções inova-doras, tal como já o fomos com a certificação NP 4413/2006, quan-do fomos das primeiras empresas a obter a certificação. Em Janeiro de 2012 esperamos apresentar um sistema informático, desenvolvido internamente e com apoio do par-ceiro informático, que permite aos técnicos e clientes aceder a todo o seu historial relacionado com os equipamentos e serviços de segu-rança contra incêndio. Esperamos continuar a merecer toda a con-fiança que o cliente tem, até hoje, depositado em nós”.

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Com mais de meio século de existência, o Grupo GEFCO surgiu de uma necessidade logística de encaminhar os veículos da fábrica da Peugeot em Sochaux até aos concessionários na zona de Paris. Com um volume de negócio de 3,4 mil milhões de euros em 2010, o Grupo apresenta um crescimento de 16% face a 2009, correspon-dendo a um lucro operacional de 190 milhões de euros. Sendo uma empresa na qual o Mundo é o seu limite, o Grupo está presente nos cinco continentes, em mais de 150 países e conta com 29 filiais – estando neste momento a de-senvolver outras – e 9.400 colabo-radores.Em 1992, o Grupo implementa-se em Portugal começando a sua ac-tividade pelo seu core business, o mercado automóvel. Três anos de-pois, direcciona os seus serviços de transporte terrestre, marítimo e

aéreo para novos mercados. Em Portugal, os dados são bastante claros e espelham efectivamente os resultados positivos do Grupo em 2010, apresentando um volu-me de negócios de 75,4 milhões de euros. Estes valores não seriam possíveis sem a excelente gestão da empresa e sem o universo de 300 colaboradores directos e indi-rectos, que contribuem diariamente para um serviço eficiente.Presente de norte a sul com 11 agências, a GEFCO Portugal ofe-rece assim um serviço de qualidade atempado, eficiente e competitivo aos seus clientes a nível de toda a cadeia de abastecimento.

Soluções logísticasA GEFCO oferece soluções ino-vadoras e completas para fabri-cantes. “Pretendemos gerir as limitações logísticas dos nossos clientes,

Mais do que um operador logístico!

É com base num crescimento sustentado que o Grupo GEFCO apresenta soluções inovadoras de valor acrescentado em toda a cadeia de abastecimento.

que constituem um fardo cada vez mais pesado à medida que as ca-deias de abastecimento se tornam mais internacionais. As soluções criadas pela GEFCO são inova-doras e específicas para os seus clientes, de modo a reduzir custos e prazos de entrega”, refere Fer-nando Reis Pinto, director geral da GEFCO Portugal.Destinada ao mercado B2B, a GEFCO procura satisfazer as ne-cessidades dos clientes oferecen-do soluções à medida e de valor acrescentado.

Actividades estratégicasO core business do Grupo GEFCO centra-se em três áreas de ac-tividade estratégias: Logística Au-tomóvel a Jusante, Logística Ter-restre a Montante e Overseas.Com uma vasta frota de veícu-los, o Grupo GEFCO transportou em 2010, 2,7 milhões de viatu-

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presença em mais de 100 países, representando 85% do comércio mundial com 300 rotas aéreas su-pervisionadas por 63 agências. Em 2010, a GEFCO Portugal realizou 500.000 expedições por via terrestre, transportou 60.000 viaturas, movimentou 2.500 con-tentores e 1.100 toneladas de mercadorias transportadas por via aérea.

Futuro“Sem descurar o sector automóvel, o nosso core business, a GEFCO Portugal tem vindo a apostar na sua diversificação noutros setores de actividade. O know-how da

ras, através de 1.800 esquemas logísticos e abrangendo uma área de 130 países e de 80 centros de produção. Com um stock de 3.700 vagões, 3.000 porta automóveis e 30 navios, o Grupo quer apresen-tar todas as soluções, tornando-se mais do que um fornecedor, um partner. Quanto à Logística Ter-restre Inbound, 140 agências li-gadas por mais de 400 rotas inter-nacionais e 3.000 semi-reboques diários permitiram que 21 milhões de toneladas de carga fossem transportadas em 2010, repre-sentando 40 mil expedições diárias em grupagem e lotes. Por último, o tráfego marítimo e aéreo têm

GEFCO num sector tão especí-fico como o automóvel dá-nos um background único para as exigên-cias de qualquer sector ou indús-tria”, refere Fernando Reis Pinto, director geral da GEFCO Portugal.Desde 2009, a GEFCO Portugal tem vindo a abraçar novos proje-tos com a angariação de novos clientes, que implicaram investi-mentos tanto de recursos físicos como humanos. Assim, no segui-mento das estratégias delineadas, a GEFCO Portugal aspira por novos negócios que possam con-tribuir tanto para o crescimento da sua actividade como para a econo-mia nacional.A aposta no desenvolvimento sus-tentável, na responsabilidade social e no respeito pelo meio ambiente, além das boas práticas que estão na política da GEFCO, são os ide-ais da GEFCO. Desenvolvimento sustentável é uma preocupação. O director geral, sustenta que este “é um processo evolutivo. Dotamos as pessoas e as instalações com os meios mais apropriados para o desenvolvimento da actividade. Não digo que temos as melhores condições porque isso é utópico. Mas há que ter em conta pequenos pontos que reflectem a qualidade do serviço e a forma como o cliente é recebido. Os 300 colaboradores são imagem da GEFCO Portugal”.

ServiçosTransporte terrestre (grupagem, FTL/LTL/urgentes); transporte marítimo e aéreo (LCL/FCL, urgentes); armazenagem e serviços de valor acrescentado; gestão de embalagens reutilizáveis; logística automóvel; representação aduaneira e fiscal; transporte urgente.

Sector estratégicoautomóvel; duas rodas; aeronáutica; elec-trónica; bens de consumo e indústria.

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Formado em Engenharia Elec-trotécnica, Almiro Pereira, jun-tamente com mais dois enge-nheiros, decidiram, em 1981, criar uma empresa que abran-gesse a área da electrotecnia mas que cercasse não só a área do projecto de instalações eléctricas mas também o apoio à indústria no que dizia respeito a soluções de automação. Na altura, com pouca experiência, algum conhecimento mas com muita vontade de fazer algo diferenciador, os três jovens fun-daram a Enafer. Posteriormente

tiveram a hipótese de comercia-lizar as UPS, um equipamento que vinha melhorar a capaci-dade e a diminuição dos proble-mas dos computadores devido aos problemas com a energia. Este foi o grande salto para o sucesso e para a comercializa-ção de inovadores produtos. Hoje, embora tenha um portfó-lio de soluções muito diversifi-cado, as UPS continuam a ser o produto mais significativo e mais antigo da Enafer. No en-tanto, quer os produtos para redes LAN e WAN, os basti-

Diferenciar­se no mercado das Tecnologias da Informação

Constituída em 1981, a ENAFER – Networking e Sistemas de Informação, dedica-se à comercialização de produtos e serviços na área das Tecnologias da Informação, apresentando soluções inovadoras e diferenciadoras ao seu cliente.

dores (RACK) de 19” - quer de pavimento quer murais, as im-pressoras e os equipamentos de teste e certificação para as redes de cabos, não deixam de ocupar a posição de relevância que é atribuída a todos os produ-tos. “As nossas grandes áreas, no inicio, foram a melhoria da qualidade da energia – a nível da UPS, e as telecomunicações – actual networking”, relembra Almiro Pereira. Actualmente, “a nossa actividade é escolher a melhor solução para o cliente”, salienta o administrador, en-

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izadas em prol de uma melhor profissionalização dos colabo-radores, estando para isso, a Enafer, dotada de uma sala com todas as componentes es-senciais ao bem-estar dos for-mandos. Aqui, o intuito é formar, incentivar e incutir o espírito de que esta empresa deve, quer e pode “estar sempre na frente do que é mais actual na tecno-logia”, afirma Almiro Pereira. A escolha dos parceiros, re-conhecidos pela qualidade e inovadores nos sectores em que operam, permitem que a Enafer garanta ao seu cliente a excelência no padrão de quali-dade. As parcerias e as representa-ções de empresas internacion-ais revelam-se assim muito im-portantes para o crescimento, sempre demarcado pela pos-tura positiva que a Enafer as-

tendendo as necessidades do cliente e aconselhando-o sobre qual o melhor aparelho para a execução do seu serviço. Vo-cacionados para áreas como o Networking - na qual “concebe-mos e implementamos redes de comunicação de dados e sistemas de cablagem estru-turada - para a área dos Siste-mas de Alimentação Ininterrup-ta - UPS em que “projectamos, implementamos e damos todo o suporte técnico, o cliente não tem de se preocupar com eventuais problemas com a en-ergia eléctrica e com o serviço de suporte técnico. Confie na nossa experiência para a res-olução dos mais diversos pro-blemas”, diz o administrador.

Formação e parceriasRegularmente, várias acções de formação interna são real-

sume no mercado. No entanto, um bom conjunto de produtos, por si só, não é suficiente. Pos-to isto, a empresa complemen-ta a sua oferta com serviços direccionados para o acompan-hamento dos seus parceiros na solução de todas as lacunas existentes.

“Necessidade de inovar e de se manter no mercado”“Espero manter a Enafer como uma empresa que apesar de ter 30 anos continua a sentir necessidade de inovar e de se manter no mercado como uma empresa reconhecida pelo seu excelente trabalho”, reitera Almiro Pereira. Pode-se assim concluir, que a estratégia da Enafer assenta na qualidade dos produtos que disponibiliza e na excelência dos serviços que presta.

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Fundada há seis anos como em-presa que cria soluções integradas de engenharia, a Solien focaliza a sua actividade em dois parâmetros essenciais, sendo que o primeiro é o desenvolvimento de actividades de engenharia, designadamente, elabo-ração de estudos e projectos de ino-vação e desenvolvimento, controlo de produção, industrialização de proces-sos, segurança, soluções integradas de desenvolvimento tecnológico; e o segundo a colaboração no desen-volvimento de projectos tecnológicos em fases específicas ou ao longo de todo o ciclo de vida do produto. Para que tal seja idóneo de acontecer, é necessária uma equipa coesa, capaz e atenta, na qual a formação é capi-tal sendo sabido que áreas como a Engenharia Mecânica; Engenharia Industrial; Engenharia Electrónica / Automação; Engenharia Informática; Matemática Aplicada são matérias de domínio diário na empresa. Na Solien, todos os colaboradores são dotados destas formações para que o serviço prestado seja o mais fidedi-gno possível.

Sempre a pensar no cliente, a So-lien tem apostado cada vez mais na engenharia simultânea. “O cliente vai desenvolver o seu produto mas, paralelamente, é acompanhado no desenvolvimento de processo duran-te o qual, em etapas chave, são anali-sadas as opções que são tomadas para a concepção do produto e qual o impacto que vão ter no processo”, explica o director geral da empresa, Hugo Azevedo. É aqui que a Solien, muitas vezes, intervém. Conhece-dora do que é o desenvolvimento de equipamentos, a Solien funde-se com a equipa do cliente, participa nas di-versas etapas do desenvolvimento do produto e dá o devido apoio, como uma maquete física ou ante-projecto digital por exemplo. Estes esboços são o ponto de partida do projecto, servem como forma de estudo e apre-sentação e são feitos com diferentes finalidades para cada fase do desen-volvimento do produto. “No fundo, a Solien funciona como um reforço à

Soluções integradasde engenharia Colocar ao serviço do cliente o know-how adquirido ao longo dos anos - no que diz respeito à engenharia, foi o principal impulso para que, há seis anos, fosse fundada a Solien, Soluções Integradas de Engenharia.

capacidade de engenharia dos nos-sos clientes”, salienta.No entanto, é de salientar um outro serviço que a empresa presta: a in-tegração dos seus técnicos, com know-how transversal e intrínseco a toda a Solien, na estrutura do cliente para o desempenho de competências específicas e trabalhos pontuais que o cliente não consiga dar resposta. Com serviços diversificados e de meritório reconhecimento, os objecti-vos são imensos. Todavia, o director geral destaca quatro como sendo os pilares da empresa: “Ser o parceiro preferencial dos nossos clientes, acompanhando, antecipando e satis-fazendo as suas necessidades; inte-grar a cadeia de valor com os nossos clientes perseguindo a excelência operativa de modo a garantir uma su-perior qualidade do serviço; valorizar pessoal e profissionalmente os nos-sos colaboradores de modo a garantir o seu compromisso e, por último mas não menos importante, manter rela-

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posta às exigências do mercado, ten-do sempre presente, no caderno de excelência, uma notável optimização dos recursos. “Nós, Solien, podemos ser um reforço de engenharia para a sua empresa”, termina Hugo Azeve-do.

ções proveitosas e duradouras com os nossos parceiros”.

Serviço sustentado para o futuroCom uma relação de grande prox-imidade com o cliente, o serviço aqui prestado é com o intuito de dar res-

Desenvolvimentode produto - estudo - modelação - prototipagem - teste/validação

Engenhariade Processo - estudo - especificação -gestão de projecto/obra - teste/validação.

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Fundado em 1978, o Garen Lda. foi reactivado em 2003 pelas mãos de Olavo Vicente, que alterou to-talmente o espectro societário e procedeu à concentração do “core business” nas actividades de ava-liações de activos e de negócios.

O segredo do sucessoQuestionado sobre a equação do contínuo sucesso da empresa, o gerente responde: “O segredo? Encaro cada ameaça como uma oportunidade. Antes de tudo, a

minha gestão baseia-se num as-pecto, que considero e relevo como primordial - o Garen tem como objectivo dotar-se dos mel-hores recursos humanos e ter os melhores clientes. Ambos são, equitativamente, importantes e é essencial essa paridade.”Assegurando em permanência o feedback dinâmico das partes in-teressadas, Olavo Vicente comple-ta: “É importantíssimo nos nossos objectivos, o conhecimento pro-fundo de ambas as expectativas

Excelência nas avaliações de activos Numa época em que o mercado do sector das avaliações acompanha de forma directa a fase adversa, que atravessamos, o Garen tem crescido sustentada e continuamente. Quisemos saber o porquê deste segredo!

e necessidades. O envolvimento de todos os intervenientes permite obter um equilíbrio de interesses, minimizando riscos e impactos negativos na execução dos pro-cessos. O sucesso de qualquer empresa depende também do elevado conhecimento de cada etapa e do ciclo do seu produto. Entendo nesta vertente, não só o mercado imobiliário, mas também a economia nacional e todos os factores endógenos e exógenos, que a influenciam directa ou indi-rectamente. Por outro lado, man-temos um intercâmbio, permanen-te, quer com os nossos clientes quer com os nossos avaliadores. Ainda, no aspecto do sucesso, não posso deixar de salientar um ponto, extremamente, importante, que se relaciona com a qualidade e conhecimentos dos técnicos e gestores dos nossos grandes clientes, nomeadamente, nos bancos para quem trabalhamos. A dinâmica da actual situação do mercado nacional e internacional exige evolução, aprendizagem e melhoria contínua. Parar é mor-rer.”

Portefólio de serviçosApesar do mercado ter abran-dado consideravelmente, no que concerne às avaliações de âm-bito creditício residencial (compra de fracções e moradias), cresceu e representou uma oportunidade confirmada, tanto no que con-cerne, ao apoio às empresas, à reanálise de projectos imobiliários ou a todos os investimentos, que atravessam dificuldades ou pre-

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quia dos dois mil milhões de euros, o Garen pode assim dizer que atin-giu todos os “target” dos clientes potenciais, sejam eles banca, in-vestidores, empresários ou con-sumidores finais de qualquer tipo de produto relacionado com imobi-liário ou negócio subjacente.Do maior Banco ou Fundo de In-vestimento Imobiliário até à mais pequena família, que pretenda fazer partilhas de um terreno ou de uma fracção, o Garen oferece uma resposta pormenorizada e conhecedora, por parte dos seus técnicos internos, como se os próprios tivessem avaliado esse activo. Assim, para além do investimento em capital humano que a empresa faz nos seus técnicos internos (en-genheiros, arquitectos e econo-mistas), possui a vantagem com-petitiva de incrementar a qualidade intrínseca dos seus serviços. “De

cisam de ser reprogramados. Por este motivo, o Garen alargou há cerca de cinco anos o seu portefó-lio de serviços: “Estendemos há já algum tempo o nosso portefó-lio de forma mais ajustada às ne-cessidades do mercado, comple-mentando os serviços habituais de avaliação de imóveis e projectos de investimento, com as avalia-ções da totalidade de activos de empresas (imóveis, equipamentos e alvarás), avaliações de negócios, projectos de requalificação/rentabi-lização estagnados e ou no âmbito dos NPL’s (Non-Performing Loan) em que temos crescido, também sustentadamente, sobretudo com clientes/investidores, nacionais e internacionais”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador.Com um volume de “algumas cen-tenas” de avaliações mensais e um montante de bens avaliados, que este ano deverá superar a fas-

um modo geral, os objectivos de gestão, envolvem três vectores: a satisfação de necessidades ultrapassando as expectativas dos clientes, a compensação finan-ceira dos colaboradores e o nosso comportamento ético e profissio-nal”, garante o gerente.

Perspectivas para o Futuro Querendo continuar a formar e a aprender, o Garen para o futuro, pretende manter a resiliência ao mercado, antecipando expectati-vas: “Queremos continuar a cres-cer, sustentadamente, num am-biente de excelência. Prosseguir o objectivo de fazer parcerias, com grandes clientes, respeitar a sua cultura empresarial, sustentada no princípio de que cada um dos nossos clientes, cada estudo que produzimos e cada um dos nossos colaboradores é único”, finaliza Olavo Vicente.

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Foi no decorrer do ano 2002 que se formou, oficialmente, a Afonso, Lema e Sousa & Associados. Se por um lado a Sociedade se in-sere na necessidade de integrar e acompanhar alguns dos familiares de José Afonso, hoje membros da Sociedade, por outro visa obter as vantagens dessa associação.Licenciado em Direito pela Facul-dade de Direito da Universidade de Coimbra, José Afonso iniciou actividade em 1971.Tendo iniciado a actividade de Advogado, José Afonso faz-se hoje acompanhar da filha, da so-brinha (de quem provém o nome Lema) e de outra sócia (que acres-centa o Sousa à firma).“Um advogado a trabalhar sozinho tem muita dificuldade em discutir as questões com ele próprio, em-bora neste momento seja pos-sível conseguir alguma vantagem com o acesso aos diversos textos

jurisprudenciais e diplomas que facilmente se obtêm na internet, com uma busca rápida”, refere o advogado.José Afonso aponta a troca de impressões entre os diversos ad-vogados como um ponto de ex-trema importância na análise do processo. “É essencial identificar bem a situação concreta que é apresentada e depois definir em projecto o processo de defesa dos interesses do cliente. Muitas vezes basta uma pequena dife-rença para seguirmos uma via ou outra, e seguir uma via ou outra, muitas vezes, é seguir o sucesso ou o insucesso”, conta.

Actuação abrangenteCom um foco virado para as questões e problemas que são apresentados pelo cidadão e por algumas empresas, a Afonso, Lema e Sousa & Associados

Confiança de um patronoÉ no centro da cidade do Porto, a poucos metros dos Passos do Concelho, que fica sedeada a Afonso, Lema e Sousa & Associados. Com quatro décadas de actividade na área, José Afonso conta à revista Portugal Inovador o legado da sua experiência.

cresce, como qualquer Sociedade de advogados, à custa dos pro-cessos que lhe são apresenta-dos. “Quem não tiver clientes não cresce, e esse é um problema dos advogados novos”, observa José Afonso.A Sociedade trabalha com questões comerciais, laborais, de contratos, dá acompanhamento na área fiscal, entre outras.

A prevençãoA Afonso, Lema e Sousa & Associados tem sido benéfica nos conhe cimentos que traz e nas res-postas que acaba por dar, não só aos clientes, como também às pes-soas que trabalham dentro da So-ciedade, obrigando a um empenho e dedicação de toda a equipa.A actividade de prevenção cons titui uma medida de extrema importân-cia dentro da Sociedade. Para José Afonso, é mais importante o

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cliente e advogado não se torna possível. O acreditar naquilo que o advogado diz faz igualmente parte dos princípios-chave da So-ciedade. Qualquer cliente de José Afonso deve estar bem esclareci-do daquilo que lhe pode acontecer e do tempo que o processo pode levar.“Tenho um número substancial de clientes particulares que me permitem um melhor estudo e um melhor empenho e dessa ex-periência resultam vantagens para os clientes empresa, observa o advogado. “Os clientes merecem uma informação séria e um em-penho dos advogados, e é isso que nós procuramos nesta socie-dade”, acrescenta ainda.

Universidades de hojeConcordando com António Mari-nho e Pinto, actual bastonário da

aconselhamento prévio do cliente, de modo a evitar o recurso aos tribunais. No entanto, a medida revela-se difícil, pois, segundo o próprio, “os clientes muitas vezes quando nos consultam, a ideia que têm em mente é a de querem ir para tribunal”. É neste ponto que a Sociedade actua, procurando sempre a alternativa prévia à ida para tribunal. “A via do tribunal é uma via onerosa e pouco célere. Se nós conseguirmos resolver as questões entre as partes, sem re-curso aos tribunais, o cliente sai beneficiado. Mas isso obriga-nos a ter uma grande independência em relação ao cliente”, conta.

Questão de confiançaConfiança é palavra de ordem quando se fala da Afonso, Lema e Sousa & Associados. Sem confi-ança no advogado a relação entre

ordem dos advogados, José Afon-so menciona a questão crucial do excesso de advogados actual-mente. “É preciso olhar com cui-dado para esta questão, mas tam-bém não sou partidário da ideia de que os únicos penalizados por isto tenham de ser os estudantes, que acreditam que chegarão ao fim da sua licenciatura e que vão entrar numa via ligada ao direito, neste caso a advocacia”.José Afonso discorda um pouco da formação que é dada neste mo-mento na Ordem dos Advogados, pois, segundo diz, “enfraqueceu-se a formação que era muito mais útil, que era a formação ligada ao pa-trono. Acho que o contacto intenso e diário com a vida de um escritório dá uma outra sensibilidade e uma outra rapidez na aquisição de con-hecimentos concretos, facto que pressupõe sempre uma formação de base, mas essa formação tem de ser a Universidade a dar, não deve ser primacialmente a Ordem dos Advogados.Para os alunos recém-formados, José Afonso deixa a seguinte re-flexão: “Há excesso de advogados e há muitos advogados, inteligen-tes e empenhados, que acabaram por não ter clientes, tendo sido obrigados a abandonar o exercí-cio da advocacia e isto é extrema-mente frustrante”.

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A Engebrites iniciou a sua activi-dade em Abril de 1981 e ao longo da sua história tem vivido num ritmo de crescimento contínuo e sustentado, desde os dias em que era uma pequena empresa de âmbito puramente local, até ao que é hoje: “somos uma com-panhia solidamente implantada no mercado da comercialização dos produtos e serviços para manutenção industrial, reconhe-cida pelas maiores indústrias portuguesas como um parceiro

sério, competente e inovador”, refere Fernando Ramos, Sócio--gerente da Engebrites desde a sua fundação.O mesmo assume que este de-senvolvimento sustentado não seria possível sem o apoio das empresas representadas pela Engebrites, algumas delas lí-deres em investigação e de-senvolvimento, nos respectivos sectores de actividade permitin-do-lhe propor soluções a nível do controlo ambiental, na eco-

Soluções IntegradasA Engebrites propõe-se a abordar o mercado numa perspectiva integrada, propondo às empresas uma estratégia que assenta numa oferta integrada de soluções, nomeadamente o fornecimento de sistemas de vedação, análise de condição e reparação de equipamentos estáticos e dinâmicos.

nomia de energia e na redução de consumo de água: “Repre-sentamos empresas de Alema-nha e Inglaterra e recebemos o apoio das mesmas. Temos uma grande preocupação em fazer propostas de soluções aos nos-sos clientes a nível de poupan-ça de custos e ao sabermos as suas necessidades, indicamos sempre produtos inovadores apresentados por essas marcas. Podem ser poupados muitos wa em energia e evitar desperdí-cios com fugas de água através dos nossos produtos”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador.

A oferta integradade soluçõesConcretamente a Engebrites está habilitada a actuar em vál-vulas de segurança, válvulas de seccionamento e respectivos actuadores, purgadores, bom-bas, ventiladores e permutado-res, trabalhos de maquinação em torno e fresadora, entre outros trabalhos de manuten-ção. Dentro destas áreas de in-tervenção o gerente, Fernando Ramos destaca três: “Temos os sistemas de vedação, onde propomos as soluções técnicas adequadas, para a aplicação de juntas e empanques, tendo sempre em conta as condições de funcionamento, nomeada-mente a pressão, a temperatura e os fluidos, quer para equipa-mentos estáticos, quer dinâmi-cos. Isto passa pelo apoio na selecção dos materiais adequa-

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o país nestas áreas, a empresa fabrica a maior parte das juntas utilizadas na indústria, sejam espiral metálicas, metaloplásti-cas, em cartão, grafite, borra-cha ou teflon: “Desenvolvemos a nossa actividade em todo o país, temos actualmente insta-lações oficinais e admnistrati-vas no Cacém, em Estarreja e em Sines. Temos um vasto con-junto de equipamentos e conten-tores estaleiro, que deslocamos rapidamente para qualquer lo-cal onde as obras se realizem. Dispomos também de uma car-rinha equipada para assistência a situações de urgência”, com-pleta Fernando Ramos.Os recursos referidos pelo ge-

dos do ponto de vista técnico e económico e da garantia da sua correcta aplicação. Esta-mos ainda em condições de, no decorrer das paragens, fabri-car juntas em grafite, utilizando equipamentos que dispomos. Depois na análise de condição para purgadores e equipa-mentos dinâmicos, propomos o acompanhamento do estado de funcionamento destes equi-pamentos e implementamos as medidas preventivas adequa-das. Finalmente na área dos permutadores de calor, dispo-mos de equipamento desen-volvido para a reparação dos permutadores” Estando hoje presente em todo

rente conferem uma capacidade de resposta que tem permitido à Engebrites realizar grandes obras num curto espaço de tem-po, mobilizando rapidamente os meios para responder a situa-ções de urgência em qualquer parte do País.

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Manuel Crespo criou há cerca de 40 anos a Crespotir. Com a adesão de Portugal à União Eu-ropeia, em 1986, e a abolição das alfândegas, o grupo recon-verteu-se, passando a direccio-nar o seu ‘know-how’ sobretudo para a actividade transitária e o transporte rodoviário de mer-cadorias, operando no trans-porte de carga aérea para dois grandes clientes europeus. O presidente da Crespotir, Manuel Crespo, conta que “hoje está tudo feito, mas deu um trabalho que não passa pela cabeça de ninguém, pois as vicissitudes do percurso foram imensas”. Ac-tualmente, a Crespotir empre-ga 80 pessoas e no último ano obteve 800 mil euros de resul-tados positivos. É um exemplo na “arte do transporte”, como o próprio slogan indica, sendo co-biçada por grandes empresas.

Ideia inovadoraFoi significativo para a mudan-

ça na empresa o pequeno facto de Manuel Crespo ter tido uma ideia, no aeroporto de Londres, há alguns anos, a partir da ob-servação das carretas com ro-los. Imaginou e criou com a sua equipa o camião-avião, que possui a particularidade de transportar mercadorias já em paletes de avião, uma vez que os camiões possuem sistemas

Um sucesso sobre rodasA Crespotir tem a sua actividade dividida em dois sectores: um transportador e outro transitário, mas foi com o conceito do ‘Camião-avião’ que a empresa se revelou no mercado dos transportes, chegando até aos principais aeroportos europeus.

de rolos pneumáticos como os dos aviões. “Isto é o princípio da economia para as compa-nhias aéreas, porque reduz os custos de transporte e manu-seamento”, refere o presidente.A Crespotir passou assim, há 15 anos, a colaborar directamente com duas grandes companhias aéreas europeias.

Pela Europa foraHoje, a empresa possui 50 camiões em funcionamento en-tre os dois principais aeroportos portugueses, do Porto e Lis-boa, e os grandes aeroportos europeus. Também para evitar enfrentar maus pagadores, a Crespotir trabalha com compa-nhias aéreas de confiança, que pagam os serviços atempada-mente. A Crespotir dispõe ainda de três camiões frigoríficos sub-contratados para transporte de carga aérea.Além do transporte de carga aérea, a empresa dedica-se a

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Um legado de experiênciaUm empresário com vasta ex-periência, muitos anos de luta, e que agora põe os destinos da empresa nas mãos dos filhos Patrícia e Carlos, Manuel Perei-ra Crespo é o homem indicado para nos dizer como Portugal pode ultrapassar os seus prob-lemas e ter um futuro risonho: “Precisamos de mais ética na política, e mais ética empresar-ial, bem como de mais tranquili-dade política. As normas estão permanentemente a ser muda-das e isso é perturbador para qualquer empresa”.Aos filhos e colaboradores Manuel Crespo deixa a seguinte mensagem: “O que eu pretendo é que eles percebam que não se deve correr riscos que ponham em causa a nossa sobrevivên-cia e os nossos bens próprios, porque isto de ser empresário

actividades de recolha e entre-ga, bem como de distribuição e gestão de stocks, em Portugal Continental, Açores e Madeira, tendo uma importante linha para as ilhas, com uma média de car-regamento de 500 contentores marítimos por ano.Outro trabalho importante da Crespotir é a actividade tran-sitária, ligada à importação e exportação, operando na recep-ção, manutenção, armazena-mento e expedição de merca-dorias.Para uma gestão eficaz de todo este trabalho de distribuição e logística, a equipa da Crespotir conta com um programa in-formático próprio de apoio.

De vento em popaActualmente, a facturação da empresa ronda os oito milhões de euros, apresentando um crescimento de 5% ao ano, e esperando atingir os 10 milhões de facturação em 2012. “Em termos de exportadores de serviços, temos de facto um peso importante, porque não há muitas empresas de transportes a facturar fora este volume de negócios”, sublinha Manuel Crespo.Até 2013, a empresa tenciona retomar o projecto de trabalhar em toda a Península Ibérica no transporte de mercadorias e carga aérea.

contempla riscos. Há responsa-bilidades enormes inerentes a esse facto, principalmente porque todo o investimento da empresa se faz com a minha garantia pessoal”.Após um percurso de trabalho intenso, definido por Pereira Crespo como uma ‘via sacra’, o empresário pretende que a empresa se afirme também por um orçamento sustentado, sem dívidas. Na mente do presidente assenta já a eventual criação de uma nova sede da Crespotir na região de Saragoça, em Espa-nha.Licenciado em Medicina, Manu-el Crespo dedica o seu tempo livre à actividade em que se li-cenciou, bem como aos seus amigos e ao golfe, uma paixão de longa data. O seu tempo con-tinuará, de hoje em diante, com o grande legado que deixa.

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O Grupo hoteleiro Baía Algarve Hotels tem dois empreendimen-tos ao seu dispôr: o Hotel Baía Grande, em Albufeira, e o Ho-tel Baía Cristal, em Lagoa. Dois espaços de quatro estrelas que lhe garantem uma estadia em zonas privilegiadas no Algarve.O empreendimento Baía Grande encontra-se a 3km do centro de

Albufeira e a 750m da praia da Coelha. Com 131 quartos, esta unidade é composta por jardins e áreas de lazer, num ambien-te elegante e relaxante. Os visitantes podem usufruir, no espaço exterior, de uma pis-cina para adultos e crianças, jacuzzi, ténis de mesa, bilhar e matraquilhos; e, no interior, de piscina, jacuzzi, sauna, sala de massagens e tratamentos. Situado no topo de uma falésia, o Hotel Baía Cristal oferece um ambiente tranquilo e familiar com vista para o mar. Localiza-do em cima da praia de Vale de Centeanes, esta unidade dis-põe de 120 quartos. No espaço exterior os hóspedes podem

Grandes desejos, sonhos de cristalBaía Algarve Hotels: refúgios pensados e preparados para o seu bem-estar.

usufruir de piscinas para adul-tos e crianças, campo de ténis e xadrez e no interior, de piscina e jacuzzi, sauna, banho turco, sala de cadio-fitness, sala de massagens e tratamentos e ain-da de uma sala de jogos e clube de crianças.Ambos os empreendimentos dispõe de espaços de restau-rante e bar com refeições varia-das e saudáveis, sempre com belas vistas para as piscinas e para o mar.O Grupo Baía Algarve Hotels ofe rece-lhe assim todas as condições para gozar umas férias tranquilas, em espaços construídos a pensar no seu bem-estar.

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Apostar numa modalidade como o ciclismo só faria sentido em Ana-dia. Litério Marques, o presidente da Câmara Municipal, que em 2009 inaugurou a infra-estrutura, assume sem problemas: “A criação deste Centro de Alto Rendimento nasce da conjugação de dois fac-tores importantes e determinantes: por um lado a política desportiva assumida pelo município de Ana-dia, numa clara aposta na criação de infra-estruturas desportivas de excelência. Anadia, nos últimos dez anos, assumiu-se como um dos Centros de Estágio mais pro-curados de Portugal. Por outro lado, as razões históricas associa-das a Sangalhos e ao seu clube. O Velódromo Nacional veio dar resposta à tradição que o ciclismo tem nesta zona da Bairrada”.

Um edifício marcanteCom apenas dois anos de existên-cia, o Velódromo Nacional é já um símbolo de Anadia. Nos seus im-ponentes 30 metros de altura, o edifício elipsoidal estende-se por 118 metros de comprimento e 82 de largura. Uma infra-estrutura

com uma arquitectura vistosa, ca-paz de albergar 1200 espectadores ao redor de uma pista de madeira com 250 metros. Ideal para a práti-ca de ciclismo, o Centro de Alto Rendimento de Sangalhos (CAR) concentra em si outras funciona-lidades que estão gradualmente a ser colocadas em prática: “Eu diria que a principal característica deste espaço é a sua polivalência. Do ponto de vista desportivo o CAR consegue abranger um número enorme de modalidades, que vai muito além das quatro federações que nele estão sedeadas (Ciclis-mo, Judo, Esgrima e Ginástica, Trampolins e Desportos Acrobáti-cos). Mas esta oferta é comple-mentada pela capacidade deste espaço receber eventos de outra ordem, nomeadamente concertos, feiras, entre outros”, salienta Lité-rio Marques.

Oferta diversificadaForam muitas as provas que se realizaram no último ano no CAR, desde as grandes provas nacio-

Anadia apoia o ciclismoA um mês de festejar o seu segundo aniversário, o Velódromo Nacional – Centro de Alto Rendimento de Sangalhos mostra que está a acelerar a pedalada para acompanhar o que de melhor se faz a nível internacional.

nais das diferentes federações ali sedeadas, às provas internacio-nais que já trouxeram ao CAR mais de 40 países diferentes, de todos os continentes do mundo. Desde o Campeonato do Mundo de Mas-ters de Ciclismo, a Taça do Mundo de Esgrima e à Gymno Sport (pro-va internacional de ginástica que contou com 13 países de quatro continentes), o CAR tem diversi-ficado a sua oferta: “Queremos tornar este CAR o mais utilizado possível, e nesse âmbito, não po-demos ficar à espera que as fede-rações que aqui estão sedeadas proporcionem 100% da ocupação desta infra-estrutura, por isso es-tamos a dialogar com outras fede-rações no sentido de lhes mostrar a nossa vontade de as ter cá, e penso que conseguiremos”, afirma o presidente. O que é garantido é o apoio incondicional dos portu-gueses que acorrem ao espaço: “A população está a ganhar o hábito de ir ao CAR e a ganhar o gosto por todas as novas modalidades que este Centro trouxe para a

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seja: descanso, conforto e concen-tração. O facto de muitas federa-ções nos escolherem consecutiva-mente demonstra que estamos no caminho certo para o nosso foco, que é cada vez mais o desporto. Paralelamente, estamos a crescer ao nível das actividades disponibi-lizadas. Estamos a preparar alguns terrenos para ter algumas áreas destinadas à prática de despor-tos radicais, circuitos de passeio, entre outros atractivos que serão com certeza mais um factor posi-tivo”, avança Lucas Gonzalez, da unidade hoteleira.

Lutar pelo CAREm sintonia estão os desejos do presidente da Câmara Munici-

nossa região. Estamos também a preparar um trabalho de comuni-cação por forma a divulgar mais e melhor o CAR e a sua actividade. Queremos convidar todos a virem desfrutar desta infra-estrutura e de tudo o que lá acontece”.

Vocacionado para as grandes provasAnadia é Centro de Estágio Desportivo desde 2004, tendo ga-nho uma larga experiência, quer na autarquia, quer nos sectores hoteleiro e da restauração, na forma de receber e dar resposta às exigências que as melhores equipas e selecções, das mais variadas modalidades. Com aloja-mento, restauração, sala de con-ferências e de imprensa, o CAR está ao nível do que melhor se faz no mundo inteiro.Parceiro importante neste de-sígnio tem sido a Estalagem de Sangalhos, responsável pela res-tauração e parte do alojamento: “A Estalagem tem para oferecer ao atleta profissional tudo o que ele necessita. Desde a Internet, tão necessária nos dias de hoje, à alimentação cuidada, à piscina, ao campo de ténis, entre outros. Esta unidade hoteleira é privilegia-da para o que eles procuram, ou

pal de Anadia, Litério Marques, e de Lucas Gonzalez, da Estala-gem de Sangalhos: “As empresas estão a começar a despertar para este Centro de Alto Rendimento, e começam a sentir a necessi-dade de se associarem à imagem de excelência que, hoje, o CAR já tem. Isso demonstra que estamos no rumo certo. Gostaria que no futuro este espaço continuasse a desempenhar, com muito sucesso, as funções para que foi projectado: formar atletas de alta competição e, principalmente, ajudar na formação das mulheres e dos homens do nosso futuro. Desejo ainda que a Juventude e o Desporto continuem a ser a tónica principal do Centro de Alto Rendimento de Sangalhos”.

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Nazar: “O vinho é mesmo uma paixão”Com uma posição consolidada no mercado de vinhos internacionais, a Nazar continua a pautar os seus serviços pela qualidade e exigência que a caracterizam. A aposta na diversidade dos vinhos é a chave do sucesso.

No sector vinícola há já 19 anos, a Nazar dedicou-se, inicialmente, à importação e à distribuição de vinhos. Num período de franca ex-pansão do mercado da restaura-ção, a empresa optou por alargar os seus serviços a este sector, o que despoletou o seu crescimen-to. Arnaldo Silva, sócio-gerente da Nazar desde 2005, aplicou a sua experiência e conhecimento na área da distribuição moderna para expandir a actividade da empresa. “Abriu-se a porta para a Nazar começar a trabalhar com o merca-

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do da grande distribuição”, refere.Mais tarde, a empresa viria a es-tabelecer parcerias que permitiram incrementar o volume de vendas. Grupo Jerónimo Martins, Sonae, Intermarché, ELeclerc, foram os primeiros parceiros comerciais que se aliaram à Nazar na distribuição dos seus vinhos. Por sua vez, a Disquei, Lda e a Mister Wine, em-presas de distribuição de produtos alimentares, asseguram a dis-tribuição ao mercado da restaura-ção a todo o país. A qualidade e diversidade dos produtos comercializados bem como a satisfação do cliente são imperativos para a Nazar. Neste sentido, a empresa estabelece parcerias com os mercados dos EUA (Califórnia), África do Sul, França, Argentina ,Austrália e Itália importando vinhos de castas e produtores de referência e com excelentes pontuações. A Nazar consegue, assim, dis-ponibilizar uma panóplia de vinhos e espumantes que vão de encon-tro às necessidades dos poten-ciais clientes e consumidores. Os prestigiados vinhos e licores de origem italiana, como é o caso do Lambrusco, Limoncello, Grappa, Marsalla, têm uma representativi-dade assegurada na linha que os consumidores podem encontrar no

mercado. “A Nazar tem uma oferta a nível internacional que marca a diferença”, expõe o sócio-gerente. Sendo o Lambrusco, da marca Cavicchioli, a referência e líder do mercado nacional. A aposta nesta parceria remonta já há al-guns anos sendo a Cavicchioli a primeira marca de Lambrusco a ser comer cializada no mercado da grande distribuição. Marca esta que tem a preferência do consumi-dor nacional, uma vez que a quali-dade/preço se distingue de outras marcas que apareceram então no mercado.Já no que se refere ao mercado nacional, a Nazar opta por apos-tar, essencialmente, nos vinhos do Douro, dada a exuberância e singularidade da casta. No en-tanto, Arnaldo Silva salienta que a parceria com a Companhia dos Vinhos do Douro, produtor do vinho Fagote, Oboé, Arrojo e JM, é uma aposta ganha uma vez que consegue apresentar uma relação qualidade/preço muito competi-tiva. A aposta na excelência dos vinhos Internacionais tem sido uma cons tante na evolução da Nazar. Arnaldo Silva reitera: “A Nazar tem vindo a crescer em termos de importância e visibilidade no mer-cado nacional, e tem o seu espaço

bem definido. O facto de trabalhar-mos com critérios de exclusividade permite-nos mais facilmente atin-girmos os nossos objectivos.”

Equipa motivadaA empresa conta, actualmente, com uma equipa de colabora-dores, que desempenham as suas atribuições com um rigor e eficiência que permitiriam à Nazar adquirir o reconhecimento no mer-cado vinícola. Com um trabalho pró-activo e di-reccionado para a prossecução dos interesses da Nazar, Arnaldo Silva valoriza o espírito de equipa e refere que o êxito de uma em-presa depende das pessoas que lá trabalham: “Vender não é sinónimo de sucesso. As empre-sas são constituídas por pessoas e se estas não se sentem parte do projecto, não vão estar motivadas e assim é mais difícil as empresas terem sucesso”. Honrar compromissos com clien-tes, fornecedores e consumidores faz parte da missão que a Nazar se empenha em cumprir. Con-tudo, Arnaldo Silva considera que “o limite não é o céu, o limite é a terra. São os pés bem assentes nessa realidade. O nosso objecti-vo é crescer com sustentabilidade e criar carisma no mercado que nos identifique com qualidade e continuidade porque estamos aqui para ficar”.

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25 anos de sucessoUma empresa metalúrgica de cariz familiar que se destaca no mercado pelo profissionalismo, cumprimento de prazos e trabalho de excelência. A revista “Portugal Inovador” foi a S. Tomé de Negrelos falar com as pessoas que lideram a Metalização das Pombinhas.

A Metalização das Pombinhas é uma empresa metalúrgica que desenvolve a sua actividade no tratamento anti-corrosivo de ma-teriais ferrosos. Esta firma, situa-da em S. Tomé de Negrelos, con-celho de Santo Tirso, foi fundada em 1986, tendo vindo a aumen-tar significativamente a sua área fabril e a introduzir constantes inovações nos seus processos de produtividade, mercê de uma forte dinâmica de crescimento e inovação implementada pelos seus sócios fundadores Adelino Marques e António Marques. Este facto fez com que, ao longo dos

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anos, a Metalização conseguisse criar uma estrutura forte, permi-tindo-lhe neste momento, dentro da sua área de intervenção, ser uma empresa de referência no sector.

Nova faseCriada com base numa gestão fa-miliar, a Metalização das Pombi-nhas conjuga a experiência do fundador e, actualmente, sócio maioritário António Marques, ao dinamismo e jovialidade dos filhos, Miguel e Pedro Marques.Terminado o curso de engenha-ria têxtil, Pedro Marques opta por ganhar experiência profissional antes de se aliar ao trabalho do pai e do irmão. Desde logo, este jovem empresário estipulou para si o objectivo de, em cinco anos, duplicar a facturação da empre-sa, facto que foi alcançado em apenas metade do tempo. É com orgulho que António Marques revela à revista “Por-tugal Inovador” o empenho que os filhos têm dedicado à casa que ergueu. “A partir da entrada dos meus filhos na Direcção, deleguei-lhes as minhas funções e os negócios têm corrido muito bem. Os novos métodos e a reorganização implementada, só vieram beneficiar clientes e em-presa”, comenta.

Com 25 anos de existência, a Metalização das Pombinhas vive agora uma fase de renovação e di-namização. “Quando cheguei tive a oportunidade de estipular algu-mas metas que consegui atingir. Apesar de sermos uma equipa pequena, somos muito coesos e determinados e temos tido a ca-pacidade de vingar no mercado”, refere Pedro Marques. A trabalhar numa área em cons-tante mudança, a Metalização das Pombinhas decidiu, estraté-gicamente, introduzir a vertente da pintura nos seus serviços, aliando o tratamento anti-corro-sivo ao acabamento final, facto que poupa tempo e dinheiro aos seus clientes.

A actuar num sector de activi-dade que exige o rigoroso cum-primento de prazos, a empresa apresenta-se como um parceiro de confiança. Construída à ima-gem dos seus fundadores, esta é uma casa com palavra. A ligação de proximidade conquistada com os clientes tem facilitado a comu-nicação e agilizado os processos de trabalho.

Empresa com futuroPedro Marques revela que o pró-ximo objectivo da empresa passa por diversificar os seus serviços, mantendo e acompanhando as mutações do mercado.Actualmente, a Metalização das Pombinhas está a apostar na modernização do espaço e me-lhoria das condições de trabalho dos colaboradores. Para isso, a empresa está a aumentar as suas instalações e a investir na modernização de toda a unidade fabril onde rentabilizar a produtivi-dade e as questões ambientais estão na linha da frente das suas prioridades, como é bom exem-plo disso a implementação de um moderno sistema de “despoeira-mento” e ventilação.A capacidade de trabalho, a res-ponsabilidade e o respeito pelo cliente fazem da Metalização das Pombinhas uma empresa de su-cesso em Santo Tirso.

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Titan remete-nos quase de imedia-to aos gigantes da mitologia grega. Por outro lado, em sentido figura-

do, este é um sinónimo de guin-daste e a particular razão que de-terminou a escolha do nome: Bar

O Titan dos bares de praiaO Bar Praia do Titan continua a ser uma referência da praia homónima onde se localiza. Icónico no concelho de Matosinhos, o bar está cada vez mais perto de ser renovado sob a insígnia de arquitectura Souto Moura.

Praia do Titan. A famosa dupla de guindastes usados na construção do Porto de Leixões, que repre-sentam a maior obra de engenha-ria civil realizada em Portugal no século XIX, em Portugal, serviram de inspiração ao nome e logotipo deste bar, também ele já símbolo das praias de Matosinhos.

Localização privilegiadaSituado na Avenida General Nor-ton de Matos (Matosinhos), o Bar Praia do Titan é um ponto de para-gem obrigatório para conhecer a alma desta região. O modernismo do edifício envidraçado não se

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de nadadores-salvadores (SSB) que patrulham as praias do Con-celho durante todo o ano, dando mais atenção fora da época bal-near às praias com mais utentes e que neste caso é sem dúvida a Praia de Matosinhos, dando por isso mais segurança aos banhis-tas e praticantes de surf.

Qualidade de serviçoMas, mais do que a área envol-vente (que tem sido uma das preocupações deste gerente, com a aquisição de uma máquina de limpeza do areal), o Bar Praia do Titan vale por si mesmo. Vale por todo o cuidado, atenção e simpatia para com os seus clientes: “Temos apostado muito na qualidade de serviço ao nosso cliente. Quer no bar, com um atendimento perso-nalizado dos nossos 18 colabora-dores, quer na praia, com todos os equipamentos e condições criadas. Queremos que este Verão seja es-pectacular para os nossos clientes e tudo temos feito para que assim seja. Já instalámos uma casa-de--banho para deficientes, num novo compartimento do ISN, temos uma cadeira própria para levar pessoas com mobilidade reduzida até à água, estamos a dotar melhor as casas-de-banho, com a introdução de um chuveiro de água quente, e temos um parque infantil fabuloso. O bar torna-se muito mais apela-tivo para as famílias que podem vir tomar o seu café descansados, enquanto vigiam os seus filhos através da fachada envidraçada. Temos feito um investimento cons-tante nas condições que oferece-mos ao nosso cliente”, salienta Manuel Costa.

Insígnia Souto MouraCom o fluxo de portuenses a regr-essar ao centro do Porto, Manuel Costa acredita que é cada vez mais importante avançar com o projecto há muito delineado: “Te-mos um projecto aprovado do lau-

sobrepõe à história da região, fa-zendo parte integrante da mesma, acrescentando-lhe, simultanea-mente, um valor inegável. Com uma excelente vista para o areal, o Titan chama, de uma forma silenciosa, portugueses e turistas que por ali se deslocam: “Estamos a cerca de 100m de uma paragem do metro e também de paragens de autocarros. Assumimos, por isso, um carácter mais ‘popular’, se assim lhe quisermos chamar. Mas existe uma enorme varie-dade de clientes que nos visitam. Seja idade, sexo, classe social, etc. Acredito também que a crise poderá trazer uma oportunidade para o Bar Praia do Titan. Com a divulgação do ‘Faça Turismo Cá Dentro’, os portugueses voltam a valorizar o que realmente temos de bom no país”, garante Manuel Costa, gerente do espaço. “A praia de Matosinhos é praticamente uma baía, com mar relativamente calmo, no qual podemos caminhar 50 ou 70 metros dentro de água. São condições excepcionais para os banhistas, mas também para praticantes de surf, kitesurf e mer-gulho, que frequentam a praia todo o ano”, relembra. Aliás a Câmara de Matosinhos possui uma bolsa

reado arquitecto Souto Moura, fal-tando apenas alguns pormenores. É uma mais-valia não só para nós, mas também para o concelho, que contará com mais um símbolo do arqutitecto vencedor do Pritzker 2010”, considera o gerente, ex-pressando ainda a vontade de agregar energias renováveis ao projecto”. Por outro lado, a recente inauguração do novo terminal de passageiros para barcos de cru-zeiro superiores a 200 mts, vem aumentar o potencial turístico da zona e da região, frutos que, a curto prazo, começarão a dar re-sultados.Com tantos projectos em mente, Manuel Costa sintetiza um desejo: “Espero que a atribuição da Ban-deira Azul à Praia de Matosinhos, seja também o reconhecimento pelo esforço desenvolvido ao lon-go dos últimos anos, dos conces-sionários, da APDL e da Câmara de Matosinhos, na melhoria da lim-peza do areal e que este galardão traga de novo a esta praia muita gente como outrora, pois o mar continua a ser dos melhores para os banhistas, o areal está limpo e a qualidade de serviço e atendi-mento do Bar Praia do Titan são a marca da casa”.

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A democratização do ensino mostrou que a inteligência não é um feudo económico, mas tem demonstrado também que uma estrutura familiar com um background sociocultural, em que se valoriza o estudo e se promove a importância da escola, é um elemento facilitador das rela-ções de aprendizagem. Assim, hoje, o êxito na educação, sobretudo em Portugal, deve também passar pela mobilização dos encarregados de educação, principalmente daqueles para quem a formação escolar não é uma prioridade.O Fórum Mundial de Educação para Todos (Jomtien, Tailândia, 1990), as Normas sobre a Igualdade de Opor-tunidades para Pes¬soas com De-ficiências (1993), a Declaração de Salamanca (1994), a Carta do Lux-emburgo (1996), o Enquadramento da Acção de Dakar (2000) e a Decla-ração de Madrid (2002), constituíram privilegiados momentos de reflexão que preconizaram o direito à educa-

ção de crianças e jovens que “não encaixam “ no perfil estereotipado de aluno. Estas iniciativas afirmaram a necessidade de garantir a “edu-cação para todos”, uma “educação inclusiva” promotora do sucesso de todos e de cada um, assente em princípios de direito e não de cari-dade, igualdade de oportunidades e não de discriminação.A democratização do acesso ao ensino, um bem em si mesmo, trouxe alguns problemas de gestão de dife-rentes jovens que foram educados com imperativos de acção muito di-versos, com contextos sociais muito diferentes, com um currículo infor-mal muito próprio e, actualmente, com a crescente multiculturalidade das nossas escolas, com um legado cultural muito díspar. Assim, como qualquer organismo vivo, o ensino e sobretudo a escola é um conceito em mudança. Um novo tipo de aluno exige uma nova concepção de ensi-no e sobretudo novas práticas pe-dagógicas, ou seja, exige uma nova forma de ser professor. Hoje, que vivemos tempo difíceis e a educação / formação é uma das soluções consensuais para a recupe-ração de um estatuto de competên-cia que os portugueses já mostra-ram ao mundo. É tempo de perceber o ensino como um meio, como um caminho de auto-reformulação cons-tante, como uma exigência pessoal de melhoria, ou como diz Rúbem Alves no seu livro “A escola com que sempre sonhei…. sem pensar que pudesse existir” : “A educação

A importância do ensinonum país em criseA concepção contemporânea de ensino resulta da visão filosófica que defende o direito à educação a todas as crianças, independentemente do mérito in-telectual (competência cognitiva) ou económico. Esta massificação do acesso ao ensino em Portugal, depois da revolução do 25 de Abril, permitiu a entrada no sistema educativo de crianças vincadas pela estratificação social do Estado Novo e filtradas através de uma selecção artificial – a condição económica.

é um caminho e um percurso. Um caminho que de fora se nos impõem e o percurso que nele fazemos. (…) O olhar para fora apenas vê apenas o caminho, identifica-o como um objecto alheio porventura estranho. Só o olhar para dentro reconhece o percurso, apropriando-se dos seus sentidos. O caminho dissociado das experiências de quem o percorre é apenas uma proposta de trajecto, não um projecto e muito menos um projecto de vida”.

Cursos profissionaisOs Cursos Profissionais, em Por-tugal, são uma resposta (tardia) à democratização do ensino pós 25 de Abril. Abertas as portas de “par em par” do ensino para todos os jo-vens, não foram criadas condições de adequação de saída, para todos os que estavam no ensino, reduzin-do-se esta praticamente ao ensino secundário como propedêutica para o ensino Superior. Os ensinos Técnico e Profissional não foram extintos, mas foram completamente desvalorizados, o que veio, de novo, criar uma seriação artificial, a saber: agora todos entram, mas só alguns conseguem sair com êxito. Neste contexto, os Cursos Profis-sionais surgem como uma outra op-ção, como uma via menos académi-ca, mais prática, mais interactiva. A formação nos Cursos Profissionais deve responder às novas exigências do mercado de trabalho. Hoje já não se exige formação profissional para a vida, hoje devem

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pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, dotado de um espírito crítico e criativo em rela-ção à sociedade em que se integra que o torne capaz de a transformar progressivamente.A Educação para a Cidadania deve desenvolver o conhecimento, a com-preensão, as capacidades, as ati-tudes e os valores que ajudem nos jovens a perceber o seu papel social na comunidade e a vivê-lo de uma forma actuante; estar informados e conscientes dos seus direitos e de-veres; assumir as suas responsa-bilidades individuais e sociais; com-preender que se pode ter influência e marcar a diferença na respectiva comunidade de pertença; perceber a profissão como uma forma de rea-lização e de autonomia que deve ser

proporcionar-se ao aluno ferramen-tas de aquisição do novo, deve ensi-nar-se a usar, como instrumentos de progresso profissional a exigência, o rigor e a formação contínua. Para for-mar um bom profissional deve exis-tir uma preocupação de promover a sua responsabilidade e auto-estima e isso exige um currículo que dê um lugar importante à inteligência emo-cional e à ética profissional. Como António Nóvoa e Canário R. afirmam no seu livro “Educação de adultos: um campo e uma problemática”: “Tradicionalmente, um momento ‘forte’ da formação inicial preparava para o exercício de uma actividade profissional, durante o resto da vida… Hoje emergem os conceitos de trajectória profissional e per-curso de formação que conduzem a inverter o ponto de vista sobre as situações (formalizadas) de forma-ção. Trata-se de as encarar segundo a óptica do formador ou da institui-ção de formação mas sobretudo do adulto que se forma. Questionam-se formas dominantes de organizar a formação segundo modos transmis-sivos e normativos. As situações de formação, deliberadas, passam a ser encaradas como momentos formais de um percurso formativo, marcado por um processo de apropriação”. Estas afirmações sublinham que a capacidade de apropriação profis-sional contínua depende em muito de uma nova visão de formação inicial que confere as referidas fer-ramentas de apropriação. Nestes tempos de mudança, a par das exigências da qualidade do ensino devem estar as exigências da qualidade do exercício da cida-dania. No espírito da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 48/86, de 14 de Outubro), que, ao enunciar os princípios gerais para a educa-ção, enfatiza a importância de políti-cas educativas que se ocupem das questões da cidadania e dos direitos humanos, o ensino deve promover um modelo de cidadão livre, respon-sável, autónomo, solidário; pos-suidor de um espírito democrático e

aliada a uma ética de exigência indi-vidual e de promoção da auto-estima profissional; compreender os limites da sua liberdade nas balizas da res-ponsabilidade e exigência ética.Porque “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”, como diz P. Freire no seu livro “Pedago-gia da Autonomia “ ou, dito de outro modo, a escola deve ser uma insti-tuição geradora de educação e não de mera instrução. O ensino deve transmitir de uma forma transversal e interdisciplinar, os valores éticos que as pedras angulares de uma so-ciedade democrática, criando formas de interiorização de comportamen-tos e atitudes compatíveis com uma cidadania competente e actuante.

Rita Almeida e Silva

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