Economia 05 de Abril de 2012

CLASSIFICADOS XII

a empresa Tagusgás, concessionária da distribuição de gás natural para os dis-tritos de Santarém e de Portalegre, foi a primeira a adquirir terrenos no Parque de negócios do cartaxo, que se encontra em fase de construção de infra-estruturas. ao todo, a firma vai ocupar uma área de 4.800 metros quadrados. a administração dessa área de localização empresarial situada junto à auto-estrada a1 encontra-se em

negociações com várias outras entidades para a venda de lotes.

a Tagusgás tem actualmente escritó-rios em Santarém e vai transferir os seus serviços administrativos, o centro opera-cional e os serviços técnicos para as insta-lações a construir no Parque de negócios do cartaxo. o projecto encontra-se já em fase de conclusão, segundo informa a Par-que de negócios do Vale do Tejo no seu

boletim bimensal.a mesma fonte adianta que já está con-

cluído o projecto de arquitectura do edi-fício de escritórios destinado à instalação de empresas de serviços no Parque de ne-gócios. Trata-se de um imóvel de arqui-tectura arrojada com 3 pisos e dotado de auditório, cafetaria, área de exposições e 2 laboratórios, representando um investi-mento estimado de 1,4 milhões de euros.

Tagusgás foi a primeira a comprar lotes no Parque de Negócios do Cartaxo

Equipa jovem na Farmácia Moderna de Fazendas de Almeirim 7

Empresa da Semana

Casamentos não perdem brilho mas são mais poupadinhos

Há menos casamentos mas os que se fazem continuam a ser dignos e a ter o brilho que se exige para dias muito especiais. Para assegurar que noivos, familiares e convidados fiquem com uma boa recordação da festa, quem fornece os serviços desdobra-se em exercícios de imaginação para oferecer qualidade por preços acessíveis. o miRanTE falou com pessoas que, graças ao trabalho que desenvolvem, podem dizer com propriedade que já fizeram muitos noivos felizes e explicam o que são capazes de fazer para que continue a ser assim mesmo com a sombra da troika a tentar tapar o sol dos sorrisos. 2

Três Dimensões

Identidade Profissional

Especial Noivos

“Para termos sucesso, não podemos estar à espera da sorte”

Queria ser engenheiro do ambiente mas formou-se em engenharia civil

José Maria, Empresário, Vila Franca de Xira 6

Eduardo Russo Gomes é sócio-gerente da empresa Lusiprojecto 5

Cooperativas do Ribatejo e Oeste unem-se para ganhar dimensão

Exportação continua a ser decisiva para empresas obterem incentivos 8

Agrocamprest, Cadova, CDA e Benagro criam a Univegetal - União Agrícola de Cereais e Hortícolas 10

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eles fazem-no. Na lista das alianças mais originais que fez está um anel cuja gravação foi toda feita com carac-teres em língua estrangeira. “Também já nos pediram para fazer uma aliança em que o nome dos noivos foi recortado na própria aliança”, explica.

Alexandrino Marinho, gerente agência de viagens Best Travel, Santarém

Podem poupar em tudo menos na Lua de Mel

Cabo Verde e México são os destinos mais procurados pelos recém-casados para viagem de lua-de-mel. O bom tempo, a água quente e os voos mais regulares e não muito longos são os principais atractivos. A República Dominicana já foi um destino muito procurado. “Como existem mais voos frequentes para Cabo Verde e México e como os preços são mais acessíveis as pessoas têm opta-do por estes destinos. O facto da duração destes voos não ser muito longa e a criação de novas cadeias de hotéis são outros factores que os clientes também têm em conta”, explica Alexandrino Marinho da agência de viagens Best Travel. O gerente refere que como destino de lua-de-mel os recém-casados preferem destinos que incluam praia, descanso e divertimento. Alexandrino Marinho garante que a agência de viagens que gere não se tem ressentido

Raul Pinhal, proprietário Ourivesaria Pinhal, Almeirim

Fabricar as alianças ao gosto de cada cliente

Segundo Raul Pinhal, que gere a Ourivesaria Pinhal, em Almeirim, há 37 anos, não existe uma moda nas alianças de casamento. “A moda é ao gosto do cliente”, afirma. Há quem goste das alianças clássicas, lisas em ouro, finas ou grossas, há outras que optam pela alian-ça de brilhantes. Raul Pinhal tem alianças para todos os gostos e todas as carteiras. Actualmente, devido à crise, vendem mais as alianças lisas, mais finas, uma vez que são mais económicas. O empresário refere que actu-almente há muita procura de alianças coloridas, embo-ra sejam mais caras. Quem quiser um par de alianças único e original pode ir à Ourivesaria Pinhal porque

Helena e Madalena Oliveira, sócias-gerentes Quinta da Feteira, Fazendas de Almeirim

Cada vez mais os noivos optam pelo serviço mais em conta e dispensam os extras

Na Quinta da Feteira, em Fazendas de Almeirim, já não é necessário marcar a festa do casamento com tan-to tempo de antecedência como há uns anos atrás. Ago-ra bastam seis meses. Os tempos são de contenção e is-so nota-se nas escolhas dos noivos na hora de decidir. A maioria não pede decoração para não pagar esse extra. Na altura da escolha da ementa a escolha recai pela que fica mais em conta assim como em relação à animação musical. “As pessoas não têm tanto dinheiro como antes e isso reflecte-se na festa de casamento”, explica Mada-lena Oliveira. A sócia-gerente da Quinta da Feteira refe-re que se as pessoas quiserem casar à tarde podem optar por um buffet com jantar mais simples e o preço fica mais em conta. Apesar de estar satisfeita com o negócio, Ma-dalena Oliveira confessa que as pessoas não estão a casar tanto e os convidados também são em menor número.

Há menos casamentos mas os que se fazem continuam a ser dignos e a ter o brilho que se exige para dias muito especiais. Para assegurar que noivos, familiares e convidados fiquem com uma boa recordação da festa, quem fornece os serviços desdobra-se em exercícios de imaginação para oferecer qualidade por preços acessíveis. O MIRANTE falou com pessoas que, graças ao trabalho que desenvolvem, podem dizer com propriedade que já fizeram muitos noivos felizes e explicam o que são capazes de fazer para que continue a ser assim, mesmo com a sombra da troika a tentar tapar o sol dos sorrisos.

Casamentos não perdem brilho mas são mais poupadinhos

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grande dia. Sónia Sobral faz questão de conversar com todas as clientes para perceber o que elas pretendem e necessitam. O pack começa a ser utilizado uma sema-na antes do casamento. “A massagem é feita só no final quando a noiva já tratou dos últimos pormenores e tem tempo para relaxar”, explica a gerente, acrescentando que quer que as clientes gostem de si e se cuidem. Uma semana antes é feito também o teste de maquilhagem. Sónia Sobral pede sempre que as noivas levem uma fo-to do vestido para poder ver a sua cor. “Tenho que ter qualquer coisa para poder criar e estar inspirada”, conta bem-disposta. A grande preocupação das noivas é ficarem bonitas e descontraídas no grande dia. “A nossa função é que as noivas se sintam as mulheres mais lindas e penso que temos conseguido esse objectivo”, diz.

Aumento do IVA retirou uma significativa percentagem de alegria aos noivos

Mariana Lopo de Carvalho está à frente da Quinta do Castilho, em Vale de Figueira, concelho de Santarém, há cerca de um ano e afirma que, comparando com o ano passado, este ano está a realizar mais casamentos e tem muitas marcações ao longo do ano. A diferença, diz, é que os noivos optam por casamentos com menos con-vidados, economicamente mais acessíveis. “Continuo a ter encomendas das ementas mais caras mas é verdade que em geral, quem aparece a saber preços procura as soluções mais em conta”, explica. A empresária notou, em Dezembro, aquando do anúncio dos cortes nos sub-sídios de férias e Natal, que alguns noivos desistiram ou adiaram o casamento. Mariana Lopo explica que este ano há ainda o “inconveniente” do IVA ter passado de 13 para 23 por cento. “É isso que está a prejudicar mais o

Casar está a passar de moda e para os mais poupados há o serviço “low-cost”

A Herdade da Agolada de Cima, quinta que realiza casamentos, afirma que nos últimos tempos tem havido menos casamentos mas não aponta a crise como a única culpada. “As pessoas estão a casar menos porque agora não é moda casar. Os casais começam a viver juntos e colocam o casamento e a festa de lado”, explica Branca Franqueira. A quinta aposta num pacote low-cost para combater a crise, onde o tempo do casamento é mais curto e o serviço é mais descontraído. “Temos vários pa-cotes com ementas mais simples e os noivos escolhem”, refere a proprietária do espaço. Actualmente já não é necessário marcar o casamento com tanta antecedência como antigamente. A Herdade da Agolada de Cima dis-põe de uma decoração própria e original onde os clientes podem escolher as várias hipóteses. A quinta aposta na cozinha portuguesa com especial incidência nos sabores fortes de onde destacam o azeite, o alho e as ervas aro-máticas. “Apostamos numa cozinha simples mas à base de elementos de elevada qualidade”, salienta.

Sónia Sobra, proprietária dal Estética e Cosmetologia Profissional, Castanheira do Ribatejo

Pack especial para noivas inclui massagem corporal

Sónia Sobral criou um “pack especial para noivas” que inclui massagem corporal, manicura, pedicura e de-pilação. Todos os serviços são personalizados e o pack especial para noivas não foge à regra. Se for necessário ajusta-se o pack à vontade da cliente. A preparação pa-ra o dia do casamento começa cerca de um mês antes do

da crise. “Felizmente que todos os anos tem havido um aumento na procura de viagens”, diz. Alexandrino Mari-nho sugere como destino de sonho a Polinésia Francesa, sendo que a viagem começa em Miami ou Los Angeles, na costa leste dos Estados Unidos da América. “O preço é diferente mas o conforto também é”, conclui.

Joaquim Saramago, presidente da Adega Cooperativa de Alcanhões, Alcanhões

Adega já fez muitos noivos e convidados felizes

O presidente da Adega Cooperativa de Alcanhões re-comenda um vinho branco Terras do Paço e o tinto Ca-sal D. Guilherme Reserva para a festa de casamento de qualquer casal. Na sua opinião são os melhores vinhos produzidos pela Adega Cooperativa de Alcanhões. Para a entrada do buffet, Joaquim Saramago aconselha o lico-roso Adiafa, “fresco e com um pouco de casca de limão”. Como os principais clientes são os restaurantes e quintas de casamento, Joaquim Saramago diz, em jeito de brinca-deira, que já fizeram muitos noivos e convidados felizes. Nunca tiveram pedidos mais “esquisitos” para festas de casamento. O mais peculiar que está a acontecer neste momento diz respeito à exportação. “Pediram-nos para fazermos os rótulos das nossas garrafas em chinês. Va-mos ter que nos adaptar aos novos negócios que estão a surgir”, considera.

Amélia Costa, supervisora Impérios Beleza, Almeirim

Há quem peça o estojo de maquilhagem emprestado no dia do casamento

Muitas vezes as três profissionais da Impérios Beleza, quase que vão ter com as noivas à porta da igreja para os últimos retoques. Também há quem lhes peça o es-tojo de maquilhagem profissional emprestado para que corra tudo bem. Durante a preparação para o casamento as noivas mudam de ideias pelo menos três vezes. “De-pende do feitio de cada uma mas têm muito em conta a nossa opinião”, explica Amélia Costa. A Impérios Be-leza dedica-se a tratamentos de corpo e de rosto mas também manicura, pedicura e depilação. Quando chega a hora de preparar para o grande momento as clientes demoram cerca de duas horas ou mais, dependendo do que pretendem fazer. O espaço está aberto há cerca de dois anos e a procura é razoável. “É claro que se nota a crise mas é agora, a partir da Primavera, que as pessoas cuidam mais de si, por isso esperamos um aumento de clientes”, explica Amélia Costa.

BrancaFranqueira,proprietáriaHerdade da Agolada de Cima, Coruche

Mariana Lopo de Carvalho, gerente da Quinta do Castilho, Vale de Figueira

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negócio. Tentamos mexer nas ementas, encontrar solu-ções, para que o IVA não se reflicta tanto na conta final que os clientes têm que pagar”, esclarece. Quem optar por casar e baptizar o filho no mesmo dia pode escolher um serviço dois em um, em que além da ementa de ca-samento têm também a ementa de baptizado e não fica tão caro como aconteceria se as festas fossem separadas.

Carlos Rosa, gerente Ouroptica Massa, Abrantes

Muitos noivos estão a procurar as alianças que se usavam antigamente

Carlos Rosa considera que também o negócio das alianças vive de modas. Há meio século, quando a Ou-roptica abriu portas, estava na moda a aliança “meia-ca-na”, lisas, grossas e côncavas. Actualmente está mais na moda a aliança lisa por cima e por baixo, do género da meia-cana mas menos acentuada. O gerente da Ourop-tica diz que estão a voltar à moda as colecções anterio-res. “Agora usa-se muito a meia-cana mas não tão larga como antigamente”, explica. Há clientes que gostam de alianças em ouro branco, riscadas, com ranhuras, outros preferem alianças com pedras preciosas, sobretudo as mulheres. O pedido mais original que lhe fizeram foi pa-ra derreter as alianças dos avós e transformar esse ouro nas suas próprias alianças. A Ouroptica aceita todo o tipo de encomendas, o cliente decide como quer a aliança e a loja tem fornecedores que conseguem realizar o desejo de quem vai casar. Também acontece muito os recém--casados perderem as alianças. Sobretudo na praia ou no trânsito quando vão com a mão de fora. Nesses casos bas-ta dirigir-se à ourivesaria com a aliança do cônjuge que na Ouroptica fazem um modelo igual.

Mafalda Bacalhau e Aida Lopes gerentes da Nuance Cabeleireiros, Santarém

“Penteado é uma das principais preocupações das noivas”

Arranjar uma noiva para o dia do seu casamento demo-ra, em média, duas horas. O que inclui penteado, unhas e maquilhagem. Uma das principais preocupações das noivas antes do casamento é, na opinião de Mafalda Ba-calhau e Aida Lopes, decidir o penteado que vão levar no “grande” dia. “Tem que se pensar em tudo, nada pode fa-lhar. Se o cabelo vai aguentar o dia todo aquele penteado e se a maquilhagem condiz com o vestido”, explicam. Há noivas que já sabem como querem o seu penteado e ma-quilhagem mas há outras mais indecisas que precisam de uma manhã inteira a fazer experiências até optar por um look final. Os penteados com o cabelo agarrado à cabeça com gel ou soltos são os mais habituais e os mais procu-

rados. Mafalda e Aida consideram que não existem pen-teados originais ou extravagantes. Cada um é adequado à pessoa e ao que ela leva vestido. “O que para uns é ex-travagante para outros é normal”, explicam. O Nuance Cabeleireiros dispõe ainda de serviço de estética, cavita-ção, radiofrequência e laser.

Alice Santos, gerente, da Alice Santos Florista, Alverca do Ribatejo

Das rosas às heliconias tropicaisUm casamento sem flores não é um casamento e por

isso há variedades que não podem faltar, como as hortên-sias, margaridas e rosas, consideradas por muitos o sím-bolo do amor. Existem outras espécies mas estas são as principais. Alice Santos vive e trabalha cercada de flores na sua loja na urbanização da Malva Rosa em Alverca e no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL). “Normalmente as pessoas gostam sempre de flores inde-pendentemente do tipo. As flores são sempre bonitas”, defende. Alice Santos diz que “infelizmente” ainda é pos-sível haver casamento sem flores. “Já tive uma noiva na loja que não quis flores porque não gostava”, confessa. Diz que é frequente entrarem clientes na loja com foto-grafias de arranjos para terem um igual. Alice cria o que pede o cliente e dá sugestões. “Os clientes gostam sem-pre de ouvir a opinião da florista”, diz com um sorriso. Os pedidos mais exóticos que já teve foram umas rosas de porcelana da África do Sul e umas heliconias tropicais.