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SALVADOR HOFFMANN

SOlDAGII TCNICAS

MANUTENO TREINAMENlD

E DICAS,. D.lo

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Q PORTO ALEGRE Cka dos EdItom 1992do Rio Gn:Tde do SU

114 ELEMENTOS DE SOLDAGEM 115 .. DES.>lHO E SIMBOWGIA PARA SOLDAGEM

\ -----~

lAb V ~\ I' de topo, em V simples, com cobre-junta e6a16mm .. 2. Juntas de topo. Soldagem dos dois lados Construo DenominaoS(mbolo Sugesto de aplicao 1.5.

y '(--V

~\ \ I , '( de topo, em V, com nariz

e 5 a 20 mm e 2 a 4mm pi

eletrodo comum 4 a 7 mm pi e1etrodo de alta pe

netrao

1 []OII II

X 00= II I ,, , de topo, com afastamento reto, bilateral

de topo, com chanfro em X, simtrico ou

e at 8 mm

e 16 a40mm

1.6 ' I de topo, em V, e acima de l mn, ~ assimtrico

1. 7.

1.8

V

~

~

, I' I / )) \ \~ !

I [Qj\ I .... cm\ I -~

com afastamento e cobre-junta

de topo, em J simples

de topo, em J, com repasse

principalmente para confeco de corpos de pro

va do metal depositado

e acima de l6mm

e acima de l6mm

1 3 de topo, com e acima de 32mm 00 chanfro em duplo \ ,X / \ U, simtrico ou ~ o I assimtrico.4 00 de topo, com e acima de 40mm X chanfro em X, com : \ afastamento.bS.: O repasse exige acesso de dois lados, para sua efetivao.

M. 2. 3. Juntas dengulo

1.9 y [;JJ\ \ I I i \ I I

.~--~--

de topo, em U simples, com repasse

e acima de l6mm Juntas de ngulo podem ser formadas em quina, em L, em T e em

_"guIo.

Sugesto de

-

Smbolo Construo Denominao aplicao

1.10 ~ !~,-~ ,J)l de topo, em U sobre V e acima de 16 mm, em construes _301 ~ de quina, sem ~ chanfro. I e sem limite especiais

--

--

--- ----

--

2.7 - ESPESSURAS DOS CORDES Es:~s~~~s Juntas de topo

fi fi I 4 U M 1,5

cc

2 _C\\ \\ \\ ~d??dam

0,5

3 ~ ddZb~~

1,00

4 lS~ 2ZZdJ 1,00- ~-

~ 60 5 fS:yJ'flJ1

1,00

6 ~ifna1,00

7 ~L27/2J ~

8 .~272j~

Espessuras em mm.

9

10

12

14

15

16

-(,,''''1 I

18

Juntas de topo

~ 60 /_ rs:~S~~~~WZ--2-221

----11-

~~~al

~600L

~~~~7221

2,00

w~~gM

~6~~~/A

~

~6~Oo--

~

2,00

83

Espessuras Juntas de topo Espessurasem mm. em mm. Juntas de ngulo interno

20

2

a = 1,4

22 /

3 " a=2,7

25 / 4

a/ a=2,8 30

5 -..""

Espessuras em mm. Juntas de ngulo interno

Espessuras em mm.

Juntas de ngulo interno

7 I LA/

-, -, a=5,0

12

I ~~ a=8,5

8

9

10

I

I

I

/ L -, , I

/ ~~ a=5,6 ~

L' "' I / ""'a"'" a=6,4 ~ /

I ~~ I /

(

~ -, a=7,5

I

I

I I

I ......,; ....t{

14

15

16

I

I

I

I

I

I

'> ~);;'(

"'~a'\

:~a"'"

I

a=9,9

I a = 10,5

I a = 11,3

18 I I ) \: ) \: I.

a = 12,7

86 I 87

Espessuras 2.8 - CONSIDERAES emmm Juntas de ngulo interno

Noventa por cento dos materiais utilizados em nosso pas so materiais siderrgicos. Dentre esta variada gama de materiais, alguns so rebitados, outros parafusados. Porm,

20 na sua maior parte, estes materiais so soldados, quer por mtodos convencionais, quer por mtodos especiais. Por isso, a empresa moderna precisa dar a importncia que

a = 14,0 este assunto merece, desenvolvendo treinamento com elementos preparados e aptos a transmitir as mais variadas tcnicas, quer formando novos elementos, quer aprimorando a qualidade da mo-de-obra j existente no setor. Existe atualmente mais de cinqenta processos de solda

22 gem perfeitamente desenvolvidos e comercializados no Brasil. Precisamos investir neste setor, acreditando que a solda bem aplicada, ainda o melhor processo para unir, revestir,

a = 15,5 ou fazer enchimento em metais, sejam estes similares ou dissimilares. As qualidades individuais, bem como as tcnicas desenvol

vidas e empregadas por muitos tcnicos brasileiros so hoje reconhecidas mundialmente, mesmo em pases onde a meta

25 lurgia altamente desenvolvida, como a Unio Sovitica, Estados Unidos da Amrica e Alemanha.

a = 17,7 A dinmica da soldagem no Brasil tem ganho nos ltimos tempos uma nova roupagem. Temos boa literatura que fala a respeito do assunto, temos

bons tcnicos, temos condies de executar qualquer trabalho, tanto na rea de produo, como na rea de manuteno.

30 Temos boas ligas. --.... . Temos bons equipamentos.

Temos tcnicas 100% brasileiras. a = 21,2 Temos tudo para acreditar no sucesso de nosso trabalho,

por isso estamos todos de parabns!

8988

i CDU _ 6J 1.+

113

112

DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM

ELEMENTOS DE SOLDAGEM bsicas das juntas e respectivas partes de smbolos

. 1. Juntas de topo. Soldagem deum s lado

4.2. Juntas

Os chanfros das juntas devem ser feitos somente onde no for possrvel soldar sem eles.

A soldagem por arco submerso permite a unio de chapas at 15 nun de espessura, sem chanframento especial.

As juntas que usam menos material de adio tm prioridade sobre as outras. Por exemplo chanfro "X" necessita aproximadamente da metade do material usado em junta "V".

As juntas de canto devem ser ligeiramente cncavas ou planas a 45 para evitar concentrao de tenses e excesso de contrao,

As juntas contrnuas requerem menos material do que as ntermtentes mais pesadas, mas provocam mais contraes, trincas ou deformaes. Muitas vezes a junta contnua no , simplesmente, necessria para efeito de resistncia.

As juntas devem ser devidamente preparadas. A sua forma depeno de da construo, da espessura do material e do processo. A sua representao nonnalizada, existindo poucas diferenas entre as normas de vrios pases e entidades.

As juntas tfpicas e os respectivos smbolos so apresentados em seguida. Uma recomendao internacional completa pode ser vista na Norma ISO/TC44,ouNonna DIN 1912.

Vrios smbolos podem ser encontrados em Norma Brasileira TB-2 de 1972.

Um smbolo completo segundo AWS ter esta aparncia:

Contorno E

AnQulo de Ch~

Abertura d

117116 ELEMENTOS DE SOLDAGEM DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM

3.2 Cb2J~ em L, sem chanfro, com penetrao total e at 4 mm ~ c{] emr,comum

chanfro em meio V com filete reforado e um mete simples

e sem limite

3.3 IT?JV , " I / I em Topo, com chanfro em meio V (bsel) e 3 at 16mm 2. 4. Juntas de aresta e sobrepostas 3.4 []LJJ{ em r, com chanfro em meio V e com repasse e 6 at 16mm Smbolo14 . 1111

t .,

Construo

I Denominao

de aresta

Sugesto de aplicao

e at 5 mm

3.5

3.6

1/-

K

llwI I LL ~ ~ I-. I J

em r, com chanfro em meio V, com afastamen to e cobre-junta

em r, com chanfro em K simtrico

e acima de 16mm

e 16 at 40mm

.4.2 h1 "

~ ..

-;.;

-

-4

~ de aresta, com chanfroem V sobreposta, sem

rYchanfro, em mete

e acima de 4mm

e sem limite (e, de espessura

menor)

n ~ sobreposta, em fenda ou tampo 3. 7

AA ~J_ .J._ em r, com chanfro em K simtrico, com mete reforado dos dois lados e at 30 mm

.4.5 O ~ 00 sobreposta, a pon to ou projeo 3.8 8&. em r, sem chanfro com mete duplo e sem limite _4.6 :@: ~ sobreposta, por costura

DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM 119 118 ELEMENTOS DE SOLDAGEM

4. 2. 5. Juntas de materiaisplacados Na parte superior, acabamento plano, diretamente da solda (2 \Suge5o de Na parte inferior, reforo convexo Smbolo Construo Denominalo

aplicalo da solda esmerilhado

5. I de topo, com e at 5 mm Algunsexemplos de posicionamento de smbolos: ~V chanfro em V pa II ~

ra o material de apoio, e sem chan II fro para o mate Lrial de placagem ))))})))))J

5.2 de topo com chan e at 5 mm y r-1\)Jfro em U para o II~ material de apoio e sem chanfro para o material de pla

cagem L)))))))))))m:

5.3 de topo, com chan e acima de xOO fro em V para ma 5mm terial de apoio e chanfro em U com afastamento para material de pia. cagem

l)ll))) I)))))))))

4. 2. 6. Detalhes

Os smbolos bsicos 81'0 completados com a referncia do acabamento:

v DJ I Planojdretamente de solda(sem reforo) !.'.::.. AJ~..... ;.--(tP.JV

X Reforo convexo ---E8- ...... I

Filete cOncavo ~

121120 ELEMENTOS DE SOLDAGEM DESENHO E SiMBOLOGIA PARA SOLDAGEM

~@C?'

))}IJJ Illl }}}} Razo.el Boa

/~

4. 2. 7. Juntas para solda-bmsagem

As juntas para solda-brasagem tm as formas semelhantes s usadas em soldagem de ao com eletrodo revestido mas so, geralmente, mais abertas. Em vez de 600 usa-se, freqentemente, 90 0 ou 1000 .

4.2.8. Juntas para brasagem

As juntas para brasagem devem assegurar a penetrao do metal lquido por ao capilar. Os exemplos abaixo ilustram as solues recomendadas.

rocorrala "azod.al Boa

IL~ IL(Z~ 1L;;~

Obs.: Recomenda-se que o projetista e o execu tor tenham disposio o Livreto AWS A2.0-68 e o voI. 8 das normas DIN. Alguns dos smbolos aqui indicados no so padronizados.

Multo boa

~ 88 Razo 1Razo.el Razo.a'

[f=J .n ca 4. 3. F6rmuJas t ii

t4. 3. 1. Clculos de resistncia de solda ~'

O clculo de resistncia de uma junta soldada parte do princpio 1.de que a solda no mais resistente do que o metal base, apesar de ser

usado normalmente um material de adio mais forte do que o material base. A aparente contradio explicada pelo enfraquecimento do material na zona afetada termicamente. Assim sendo, so aplicados, para vrios tipos de solicitaes, os seguintes coeficientes para soldas de topo:

compresso - 100% trao - 80% flexo - 90%

cisalhamento - 60%

Para soldas em ngulo

cisalhamento - 65%

Para efeito de clculo considera-se sempre a espessura do material, nfo se levando em conta a convexidade do cordo e, no caso de materiais de espessuras diferentes, s o material mais fino.

122 ELEMENTOS DE SOLDAGEM DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM 123

Para soldas em ngulo, leva-se em conta a altura do tringulo formn. do pelo cordo, sem considerar a eventual convexidade

Se houver duas juntas em mete, como por exemplo :0 em que os filetes so sujeitos ao cisalhamento,

nesta constru

' -, , \ i' e,",\ ~'::t l

, XXe, -*~ e,

Assim sendo, a resistncia de uma solda pode ser calculada pela equao:

Ic-- .. .- oe- -{-R = a . a. e L kgf L e

1as frmulas so: onde: ~

;~

R a resistncia total kgf :1 y'2XFR = o X 0,65 X 2 X e] X L r,o a resistncia do material basekgf/cm2 2eL a o coeficiente de solicitao mencionado acima e a espessura do material cm; e] , aaltura do tringulo formado pela junta Usualmente e] = 0,707 epara soldas em ngulo L o comprimento dajunta ~ As resistncias tpicas para ao doce, usadas para clculos da maioria

" das construes soldadas,so:

Tipo de Resistncia Valores de

L \21 Solicitao Nominal kgf/mrn Aplicao kgf/rnrn" 50,0 9,6

A mesma equao pode ser usada para o clculo de comprimento necessrio do cordo sendo, neste caso, R a carga que se pretende aplicar. 50,0 12,0

R Cisalhamento 35,0 7,2 p/juntas de topoL=--cm a.a.e

Toro 35,0 ~'~ p/ juntas em filetes Se houver uma junta dupla do tipo a tenso real pode ,X

ser calculada pela frmula

-

p Alongamento - 30% (h] +h 2 ) X L Mdulo de elasticidade: tracional 2.000.000

torsional 755.000

124 12SDESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEMELEMENTOS DE SOLDAGEM

_ O afmamento das extremidades provoca a oxidao e descarboPara aos estruturais, como A7 e A36, os valores podem ser encontra. netao. A concentrao das tenses pode ser contornada com dos em NB-14 de ABNT. prosseguimento do cordo alm da extremidade de impacto. Para as soldas de fixao de peas, independente do clculo de resis

tncia da estrutura, devem ser usados os seguintes valores mnimos de altuCirtoErradara de metes.

Chapas- mm Filete mnimo - mm

12,7 5

20 6

30 8 _ As superfcies usinadas devem ficar longe da solda para no sofrer deformaes. Onde isso for imposSvel, a usinagem deve ser

50 10 completada depois da soldagem. _ As peas tratadas termicamente no podem ser soldadas, pois

150 12,7 o calor da soldagem mudar as suas caractersticas. Uma aplicao de eletrodo adequado pode dar as caractersticas semelhantes

acima de 150 18 a tratamento trmico superficial. _ Os vasos e recipientes fechados soldados devem possuir respiros. _ Deve-se evitar o excesso de solda, que, alm de provocar tenses

e distores, aumenta o custo e dilata os prazos de entrega.

4. 4. Recomendaes Especiais

Neste pargrafo podem ser encontradas vrias sugestes a respeito de detalhes de construes soldadas, notando-se o efeito desastroso na coluna "Errado". 2l[g

- As guiasprevinem desalinhamento

,,,.. ~ Ce rIa ~ w OUdJJb m6

127 126 ELEMENTOS DE SOLDAGEM

A concentrao de tenses deve ser evitada, tanto atravs de eliminao de mudanas bruscas de sees, como contrao \0calizada.

Errado Certo

PermlslI' , Pr","'1

~

g~

1\-. &I

DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM

_ A contruo soldada deve acompanhar as solicitaes.

CertoErrado

~ ... ~~

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5T

~ JUsI Ljli!r Ic=f ~

_... . ..~ ~ u=_----J t;J p p

p ~

128 ELEMENTOS DE SOLDAGEM DESENHO E SIMBOLOGIA PARA SOLDAGEM 129

CertoErrado

A extenso do cordo alm da ponta da pea suaviza a concen-trao de tenses.

-

CertoErrado

O soldador deve ter acesso rea de soldagem.

Aqu no!~

la

4a

JL[LJl11 M - Os cruzamentos provocam a ao de foras de contrao em v-

rios sentidos e sua sobreposio.

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