Espiral 36

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N.º 36 - Julho / Setembro de 2009 N.º 36 - Julho / Setembro de 2009 N.º 36 - Julho / Setembro de 2009 N.º 36 - Julho / Setembro de 2009 N.º 36 - Julho / Setembro de 2009 boletim da associação boletim da associação boletim da associação boletim da associação boletim da associação FRA FRA FRA FRA FRATERNIT TERNIT TERNIT TERNIT TERNITAS AS AS AS AS MOVIMENTO MOVIMENTO MOVIMENTO MOVIMENTO MOVIMENTO espiral Basta o facto de sermos amados pelo Senhor para Basta o facto de sermos amados pelo Senhor para Basta o facto de sermos amados pelo Senhor para Basta o facto de sermos amados pelo Senhor para Basta o facto de sermos amados pelo Senhor para nos considerarmos próximos uns dos outros. Mas esta nos considerarmos próximos uns dos outros. Mas esta nos considerarmos próximos uns dos outros. Mas esta nos considerarmos próximos uns dos outros. Mas esta nos considerarmos próximos uns dos outros. Mas esta página é uma ocasião para dar os meus cumprimen- página é uma ocasião para dar os meus cumprimen- página é uma ocasião para dar os meus cumprimen- página é uma ocasião para dar os meus cumprimen- página é uma ocasião para dar os meus cumprimen- tos e chegar a todos, em especial àqueles com os tos e chegar a todos, em especial àqueles com os tos e chegar a todos, em especial àqueles com os tos e chegar a todos, em especial àqueles com os tos e chegar a todos, em especial àqueles com os quais nunca houve um contacto. quais nunca houve um contacto. quais nunca houve um contacto. quais nunca houve um contacto. quais nunca houve um contacto. Desde já, peço as minhas sinceras desculpas por Desde já, peço as minhas sinceras desculpas por Desde já, peço as minhas sinceras desculpas por Desde já, peço as minhas sinceras desculpas por Desde já, peço as minhas sinceras desculpas por não me sentir à altura de ser assistente espiritual da não me sentir à altura de ser assistente espiritual da não me sentir à altura de ser assistente espiritual da não me sentir à altura de ser assistente espiritual da não me sentir à altura de ser assistente espiritual da Fraternitas raternitas raternitas raternitas raternitas, função para a qual me arrastou a mão , função para a qual me arrastou a mão , função para a qual me arrastou a mão , função para a qual me arrastou a mão , função para a qual me arrastou a mão persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa, persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa, persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa, persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa, persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa, já velho amigo meu e conhecido de todos. P já velho amigo meu e conhecido de todos. P já velho amigo meu e conhecido de todos. P já velho amigo meu e conhecido de todos. P já velho amigo meu e conhecido de todos. Por isso or isso or isso or isso or isso não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con- não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con- não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con- não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con- não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con- vosco e convosco aprender e lutar no que for possí- vosco e convosco aprender e lutar no que for possí- vosco e convosco aprender e lutar no que for possí- vosco e convosco aprender e lutar no que for possí- vosco e convosco aprender e lutar no que for possí- vel para bem do Corpo Místico de Cristo. vel para bem do Corpo Místico de Cristo. vel para bem do Corpo Místico de Cristo. vel para bem do Corpo Místico de Cristo. vel para bem do Corpo Místico de Cristo. Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio, Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio, Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio, Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio, Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio, cada um de nós propõe cada um de nós propõe cada um de nós propõe cada um de nós propõe cada um de nós propõe-se, naturalmente, defender se, naturalmente, defender se, naturalmente, defender se, naturalmente, defender se, naturalmente, defender, aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossa aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossa aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossa aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossa aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossa ordenação nos foi confiado. Dom inestimável que ordenação nos foi confiado. Dom inestimável que ordenação nos foi confiado. Dom inestimável que ordenação nos foi confiado. Dom inestimável que ordenação nos foi confiado. Dom inestimável que nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri- nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri- nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri- nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri- nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri- buidor do pão dos anjos às multidões famintas – e buidor do pão dos anjos às multidões famintas – e buidor do pão dos anjos às multidões famintas – e buidor do pão dos anjos às multidões famintas – e buidor do pão dos anjos às multidões famintas – e também de responsabilidade. «Como é assustador também de responsabilidade. «Como é assustador também de responsabilidade. «Como é assustador também de responsabilidade. «Como é assustador também de responsabilidade. «Como é assustador ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars. ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars. ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars. ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars. ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars. Este dom exige de nós um esforço para procurar Este dom exige de nós um esforço para procurar Este dom exige de nós um esforço para procurar Este dom exige de nós um esforço para procurar Este dom exige de nós um esforço para procurar- mos corresponder à dignidade de que nos revestiu; mos corresponder à dignidade de que nos revestiu; mos corresponder à dignidade de que nos revestiu; mos corresponder à dignidade de que nos revestiu; mos corresponder à dignidade de que nos revestiu; dignidade baseada no dom, não propriamente na dignidade baseada no dom, não propriamente na dignidade baseada no dom, não propriamente na dignidade baseada no dom, não propriamente na dignidade baseada no dom, não propriamente na nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro, nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro, nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro, nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro, nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro, sempre na tangencia de se partir sempre na tangencia de se partir sempre na tangencia de se partir sempre na tangencia de se partir sempre na tangencia de se partir. Como disse o P . Como disse o P . Como disse o P . Como disse o P . Como disse o Papa apa apa apa apa Bento XVI ao clero de R Bento XVI ao clero de R Bento XVI ao clero de R Bento XVI ao clero de R Bento XVI ao clero de Roma, «tudo o que é constitutivo oma, «tudo o que é constitutivo oma, «tudo o que é constitutivo oma, «tudo o que é constitutivo oma, «tudo o que é constitutivo do nosso ministério não pode ser produto das nossas do nosso ministério não pode ser produto das nossas do nosso ministério não pode ser produto das nossas do nosso ministério não pode ser produto das nossas do nosso ministério não pode ser produto das nossas capacidades pessoais. Isto é válido para a celebração capacidades pessoais. Isto é válido para a celebração capacidades pessoais. Isto é válido para a celebração capacidades pessoais. Isto é válido para a celebração capacidades pessoais. Isto é válido para a celebração dos sacramentos, mas vale igualmente para o serviço dos sacramentos, mas vale igualmente para o serviço dos sacramentos, mas vale igualmente para o serviço dos sacramentos, mas vale igualmente para o serviço dos sacramentos, mas vale igualmente para o serviço da P da P da P da P da Palavra; não somos enviados para nos anunciar alavra; não somos enviados para nos anunciar alavra; não somos enviados para nos anunciar alavra; não somos enviados para nos anunciar alavra; não somos enviados para nos anunciar- mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais, mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais, mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais, mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais, mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais, mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me- dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – F dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – F dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – F dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – F dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fiel iel iel iel iel é o seu nome – requer de nós também um comporta- é o seu nome – requer de nós também um comporta- é o seu nome – requer de nós também um comporta- é o seu nome – requer de nós também um comporta- é o seu nome – requer de nós também um comporta- mento compatível com essa dignidade, mesmo não exer mento compatível com essa dignidade, mesmo não exer mento compatível com essa dignidade, mesmo não exer mento compatível com essa dignidade, mesmo não exer mento compatível com essa dignidade, mesmo não exer- cendo plenamente o sacerdócio. cendo plenamente o sacerdócio. cendo plenamente o sacerdócio. cendo plenamente o sacerdócio. cendo plenamente o sacerdócio. RETIREMO-NOS COM CRISTO A F A F A F A F A Fraternitas convoca todos os seus membros para raternitas convoca todos os seus membros para raternitas convoca todos os seus membros para raternitas convoca todos os seus membros para raternitas convoca todos os seus membros para o retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias o retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias o retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias o retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias o retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias 27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi- 27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi- 27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi- 27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi- 27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi- na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen- na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen- na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen- na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen- na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen- tro de Espiritualidade F tro de Espiritualidade F tro de Espiritualidade F tro de Espiritualidade F tro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto. Será rancisco e Jacinta Marto. Será rancisco e Jacinta Marto. Será rancisco e Jacinta Marto. Será rancisco e Jacinta Marto. Será nosso conferencista o R nosso conferencista o R nosso conferencista o R nosso conferencista o R nosso conferencista o Rev ev ev ev ev. P . P . P . P . P.e Morujão, secretário da .e Morujão, secretário da .e Morujão, secretário da .e Morujão, secretário da .e Morujão, secretário da Conferência Episcopal. Conferência Episcopal. Conferência Episcopal. Conferência Episcopal. Conferência Episcopal. Até lá, saúde e paz. | P Até lá, saúde e paz. | P Até lá, saúde e paz. | P Até lá, saúde e paz. | P Até lá, saúde e paz. | P.e GUILHERMINO SALD .e GUILHERMINO SALD .e GUILHERMINO SALD .e GUILHERMINO SALD .e GUILHERMINO SALDANHA ANHA ANHA ANHA ANHA Um abraço Um abraço Um abraço Um abraço Um abraço e um convite importante e um convite importante e um convite importante e um convite importante e um convite importante

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N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009

boletim da associação boletim da associação boletim da associação boletim da associação boletim da associação FRAFRAFRAFRAFRATERNITTERNITTERNITTERNITTERNITASASASASAS MOVIMENTOMOVIMENTOMOVIMENTOMOVIMENTOMOVIMENTO

espiral

Basta o facto de sermos amados pelo Senhor paraBasta o facto de sermos amados pelo Senhor paraBasta o facto de sermos amados pelo Senhor paraBasta o facto de sermos amados pelo Senhor paraBasta o facto de sermos amados pelo Senhor paranos considerarmos próximos uns dos outros. Mas estanos considerarmos próximos uns dos outros. Mas estanos considerarmos próximos uns dos outros. Mas estanos considerarmos próximos uns dos outros. Mas estanos considerarmos próximos uns dos outros. Mas estapágina é uma ocasião para dar os meus cumprimen-página é uma ocasião para dar os meus cumprimen-página é uma ocasião para dar os meus cumprimen-página é uma ocasião para dar os meus cumprimen-página é uma ocasião para dar os meus cumprimen-tos e chegar a todos, em especial àqueles com ostos e chegar a todos, em especial àqueles com ostos e chegar a todos, em especial àqueles com ostos e chegar a todos, em especial àqueles com ostos e chegar a todos, em especial àqueles com osquais nunca houve um contacto.quais nunca houve um contacto.quais nunca houve um contacto.quais nunca houve um contacto.quais nunca houve um contacto.

Desde já, peço as minhas sinceras desculpas porDesde já, peço as minhas sinceras desculpas porDesde já, peço as minhas sinceras desculpas porDesde já, peço as minhas sinceras desculpas porDesde já, peço as minhas sinceras desculpas pornão me sentir à altura de ser assistente espiritual danão me sentir à altura de ser assistente espiritual danão me sentir à altura de ser assistente espiritual danão me sentir à altura de ser assistente espiritual danão me sentir à altura de ser assistente espiritual daFFFFFraternitasraternitasraternitasraternitasraternitas, função para a qual me arrastou a mão, função para a qual me arrastou a mão, função para a qual me arrastou a mão, função para a qual me arrastou a mão, função para a qual me arrastou a mãopersistente do nosso presidente, Serafim de Sousa,persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa,persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa,persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa,persistente do nosso presidente, Serafim de Sousa,já velho amigo meu e conhecido de todos. Pjá velho amigo meu e conhecido de todos. Pjá velho amigo meu e conhecido de todos. Pjá velho amigo meu e conhecido de todos. Pjá velho amigo meu e conhecido de todos. Por issoor issoor issoor issoor issonão venho ensinar nada, apenas quero caminhar con-não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con-não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con-não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con-não venho ensinar nada, apenas quero caminhar con-vosco e convosco aprender e lutar no que for possí-vosco e convosco aprender e lutar no que for possí-vosco e convosco aprender e lutar no que for possí-vosco e convosco aprender e lutar no que for possí-vosco e convosco aprender e lutar no que for possí-vel para bem do Corpo Místico de Cristo.vel para bem do Corpo Místico de Cristo.vel para bem do Corpo Místico de Cristo.vel para bem do Corpo Místico de Cristo.vel para bem do Corpo Místico de Cristo.

Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio,Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio,Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio,Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio,Já entrados num ano dedicado ao sacerdócio,cada um de nós propõecada um de nós propõecada um de nós propõecada um de nós propõecada um de nós propõe-----se, naturalmente, defenderse, naturalmente, defenderse, naturalmente, defenderse, naturalmente, defenderse, naturalmente, defender,,,,,aprofundar e viver este tesouro que no dia da nossaaprofundar e viver este tesouro que no dia da nossaaprofundar e viver este tesouro que no dia da nossaaprofundar e viver este tesouro que no dia da nossaaprofundar e viver este tesouro que no dia da nossaordenação nos foi confiado. Dom inestimável queordenação nos foi confiado. Dom inestimável queordenação nos foi confiado. Dom inestimável queordenação nos foi confiado. Dom inestimável queordenação nos foi confiado. Dom inestimável quenos enche de alegria – poder consagrar e ser distri-nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri-nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri-nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri-nos enche de alegria – poder consagrar e ser distri-buidor do pão dos anjos às multidões famintas – ebuidor do pão dos anjos às multidões famintas – ebuidor do pão dos anjos às multidões famintas – ebuidor do pão dos anjos às multidões famintas – ebuidor do pão dos anjos às multidões famintas – etambém de responsabilidade. «Como é assustadortambém de responsabilidade. «Como é assustadortambém de responsabilidade. «Como é assustadortambém de responsabilidade. «Como é assustadortambém de responsabilidade. «Como é assustadorser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars.ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars.ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars.ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars.ser sacerdote», dizia Santo Cura d’Ars.

Este dom exige de nós um esforço para procurarEste dom exige de nós um esforço para procurarEste dom exige de nós um esforço para procurarEste dom exige de nós um esforço para procurarEste dom exige de nós um esforço para procurar-----mos corresponder à dignidade de que nos revestiu;mos corresponder à dignidade de que nos revestiu;mos corresponder à dignidade de que nos revestiu;mos corresponder à dignidade de que nos revestiu;mos corresponder à dignidade de que nos revestiu;dignidade baseada no dom, não propriamente nadignidade baseada no dom, não propriamente nadignidade baseada no dom, não propriamente nadignidade baseada no dom, não propriamente nadignidade baseada no dom, não propriamente nanossa pessoa, que não passa de um vaso de barro,nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro,nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro,nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro,nossa pessoa, que não passa de um vaso de barro,sempre na tangencia de se partirsempre na tangencia de se partirsempre na tangencia de se partirsempre na tangencia de se partirsempre na tangencia de se partir. Como disse o P. Como disse o P. Como disse o P. Como disse o P. Como disse o Papaapaapaapaapa

Bento XVI ao clero de RBento XVI ao clero de RBento XVI ao clero de RBento XVI ao clero de RBento XVI ao clero de Roma, «tudo o que é constitutivooma, «tudo o que é constitutivooma, «tudo o que é constitutivooma, «tudo o que é constitutivooma, «tudo o que é constitutivodo nosso ministério não pode ser produto das nossasdo nosso ministério não pode ser produto das nossasdo nosso ministério não pode ser produto das nossasdo nosso ministério não pode ser produto das nossasdo nosso ministério não pode ser produto das nossascapacidades pessoais. Isto é válido para a celebraçãocapacidades pessoais. Isto é válido para a celebraçãocapacidades pessoais. Isto é válido para a celebraçãocapacidades pessoais. Isto é válido para a celebraçãocapacidades pessoais. Isto é válido para a celebraçãodos sacramentos, mas vale igualmente para o serviçodos sacramentos, mas vale igualmente para o serviçodos sacramentos, mas vale igualmente para o serviçodos sacramentos, mas vale igualmente para o serviçodos sacramentos, mas vale igualmente para o serviçoda Pda Pda Pda Pda Palavra; não somos enviados para nos anunciaralavra; não somos enviados para nos anunciaralavra; não somos enviados para nos anunciaralavra; não somos enviados para nos anunciaralavra; não somos enviados para nos anunciar-----mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais,mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais,mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais,mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais,mos a nós mesmos nem às nossas opiniões pessoais,mas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a memas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a memas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a memas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a memas para anunciar o mistério de Cristo e, Nele, a me-----dida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fdida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fdida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fdida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fdida do verdadeiro humanismo». E se Deus é fiel – Fielielielielielé o seu nome – requer de nós também um comporta-é o seu nome – requer de nós também um comporta-é o seu nome – requer de nós também um comporta-é o seu nome – requer de nós também um comporta-é o seu nome – requer de nós também um comporta-mento compatível com essa dignidade, mesmo não exermento compatível com essa dignidade, mesmo não exermento compatível com essa dignidade, mesmo não exermento compatível com essa dignidade, mesmo não exermento compatível com essa dignidade, mesmo não exer-----cendo plenamente o sacerdócio.cendo plenamente o sacerdócio.cendo plenamente o sacerdócio.cendo plenamente o sacerdócio.cendo plenamente o sacerdócio.

RETIREMO-NOS

COM CRISTO

A FA FA FA FA Fraternitas convoca todos os seus membros pararaternitas convoca todos os seus membros pararaternitas convoca todos os seus membros pararaternitas convoca todos os seus membros pararaternitas convoca todos os seus membros parao retiro que vai realizar em Fátima nos próximos diaso retiro que vai realizar em Fátima nos próximos diaso retiro que vai realizar em Fátima nos próximos diaso retiro que vai realizar em Fátima nos próximos diaso retiro que vai realizar em Fátima nos próximos dias27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi-27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi-27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi-27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi-27 (à noite, após o jantar), 28 (todo o dia) e 29 (termi-na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen-na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen-na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen-na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen-na com o almoço) de Novembro. Acontecerá no Cen-tro de Espiritualidade Ftro de Espiritualidade Ftro de Espiritualidade Ftro de Espiritualidade Ftro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto. Serárancisco e Jacinta Marto. Serárancisco e Jacinta Marto. Serárancisco e Jacinta Marto. Serárancisco e Jacinta Marto. Seránosso conferencista o Rnosso conferencista o Rnosso conferencista o Rnosso conferencista o Rnosso conferencista o Revevevevev. P. P. P. P. P.e Morujão, secretário da.e Morujão, secretário da.e Morujão, secretário da.e Morujão, secretário da.e Morujão, secretário daConferência Episcopal.Conferência Episcopal.Conferência Episcopal.Conferência Episcopal.Conferência Episcopal.

Até lá, saúde e paz. | PAté lá, saúde e paz. | PAté lá, saúde e paz. | PAté lá, saúde e paz. | PAté lá, saúde e paz. | P.e GUILHERMINO SALD.e GUILHERMINO SALD.e GUILHERMINO SALD.e GUILHERMINO SALD.e GUILHERMINO SALDANHAANHAANHAANHAANHA

Um abraçoUm abraçoUm abraçoUm abraçoUm abraço

e um convite importantee um convite importantee um convite importantee um convite importantee um convite importante

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Além de pormenores como a comunhão de joelhos edepositada na boca (tratamento de menoridade opostoao “tomai e comei” do Mestre e sempre anti-higiénico),o rito da Missa Tridentina distingue-se da Missa do Vati-cano II, essencialmente, em dois aspectos: aquela é emLatim – língua hoje quase ignorada por todo o Povo deDeus – e esta é em vernáculo, permitindo, por isso, umamaior compreensão da Palavra de Deus, que só podeser uma palavra de salvação se não houver estorvos ouruídos na comunicação bilateral Deus–homem; em se-gundo lugar, aquela é celebrada pelo e com sacerdotee acólitos de costas voltadas para a assembleia enquan-to, na Missa do Vaticano II, estes se posicionam de facevoltada para a comunidade celebrante.

A Missa Tridentina, na actualidade, é ainda uma mis-sa tergiversada, pois que, além da posição de costasvoltadas, reflecte também uma não-aceitação das nor-mas celebrativas do Vaticano II e um regresso ao passa-do anteconciliar. No Concílio nota-se uma caminhadaprogressiva desde a sua primeira Constituição, intituladaSacrossantum Concilium – sobre a Sagrada Liturgia –,até ao seu encerramento. Nesta Constituição, é notóriauma dinâmica de abertura, embora com o cuidado denão ferir muito as susceptibilidades. Mas, já quando euera estudante de Teologia, se falava que esta Constitui-ção teria sido bem diferente, para mais aberta, se tivessesido discutida e aprovada em momento posterior, na AulaConciliar. Por isso, Paulo VI podia jubilosamente procla-mar, na Homilia da 9.ª Sessão, a 7 de Dezembro de1965: «Vede por exemplo: como inumeráveis línguas fo-ram admitidas para exprimir liturgicamente a palavra doshomens a Deus e a palavra de Deus aos homens.»

E, na Constituição Apostólica que promulga o MissaleRomanum, reformado por Decreto do Concílio VaticanoII, como que pressentindo as então e as actuais reac-ções adversas, chama à colação a apresentação da 1.ªedição do Missal Romano ao povo cristão como instru-mento da unidade litúrgica e monumento do genuínoculto religioso da Igreja. Pelas palavras que diz a seguir,conclui-se que o mesmo ele desejava para o novo Mis-sal que acabava de promulgar: «Também Nós, aindaque admitamos no novo Missal, de acordo com as pres-crições do Concílio Vaticano II, ‘variantes e adaptaçõeslegítimas`, confiamos que ele será recebido pelos fiéiscomo instrumento valioso para testemunhar e confirmarentre todos a mútua unidade.»

E quase a concluir, reforça, preto no branco, o quediz anteriormente, com a autoridade que lhe advinha doPontificado e de representante máximo do Colégio Epis-copal: «Queremos também que tudo quanto nesta Cons-tituição fica estabelecido e prescrito tenha força de lei,agora e para o futuro, não obstante, se for caso disso,as Constituições e Ordenações Apostólicas dos nossosPredecessores…» O mesmo seria dizer que, a partir des-ta data, o Missal e o rito celebrativo anterior deviam serconsiderados quase não mais do que peças de museu.

Ora o que acontece agora com a SummorumPontificum leva-nos a perguntar onde está o respeito pelasnormas estabelecidas por Paulo VI? Se não se respei-tam, não há o testemunhar e o confirmar entre rodos damútua unidade visada por Paulo VI nem a aplicação doforça de lei, agora e para o futuro. Venham embora osargumentos de autodefesa, face às críticas que foramfeitas, de que não po-dia abandonar meiadúzia de bispos – orde-nados ilicitamente, coma consequente excomu-nhão – uns tantos pa-dres, seminaristas e frei-ras lefevrianos e outrossimilares. Não podiameles celebrar em latimutilizando o MissaleRomanum do VaticanoII, se era da Missa emlatim que tinham sauda-des? Claro que podiam.Então por que embirra-ram? Em linhas gerais,sabe-se bem porquê.

Por isso, porquê tanto olhar para esta facção conser-vadora da Igreja e não ter idêntica atitude, noutras situ-ações em que um número muito mais elevado de sacer-dotes e fiéis clama por uma maior abertura da Igreja emquestões que não são de fé, mas meramente disciplina-res? Não amarão também estes Jesus, a sua Igreja e oConcílio? Não seria justo ter para com eles a mesmapreocupação de não marginalização ou exclusão?

Na maioria das actuais celebrações da Eucaristia, oespírito de simplicidade e de assembleia de irmãos comigual dignidade resultante da fonte baptismal, procla-mado pelo Concílio, parece agora ter seguido outrosrumos. A saudade mórbida e promocional das antigasmissas solenes e pontificais, que mais se assemelhavama rituais da corte, profanos, pelo conjunto de‘salamaleques` e de roquetes-acólitos envolvidos nacerimónia, está de volta em quase todas as Igrejas. Ofausto resultante é um óbice à simplicidade e à espiritu-alidade, apanágios da celebração deste Mistério da Fé.

MISSA TRIDENTINA, ontem, hoje, ...BasBasBasBasBasta abrir o Googleta abrir o Googleta abrir o Googleta abrir o Googleta abrir o Google com a ecom a ecom a ecom a ecom a expressão “Missaxpressão “Missaxpressão “Missaxpressão “Missaxpressão “Missa

TTTTTridentina” parridentina” parridentina” parridentina” parridentina” para nos apercebermos da fa nos apercebermos da fa nos apercebermos da fa nos apercebermos da fa nos apercebermos da força que osorça que osorça que osorça que osorça que os

“conser“conser“conser“conser“conservvvvvadores” da Igreja fadores” da Igreja fadores” da Igreja fadores” da Igreja fadores” da Igreja forororororam buscar à Caram buscar à Caram buscar à Caram buscar à Caram buscar à Carta Apos-ta Apos-ta Apos-ta Apos-ta Apos-

tólica Summorum Pontiftólica Summorum Pontiftólica Summorum Pontiftólica Summorum Pontiftólica Summorum Pontificum de Benticum de Benticum de Benticum de Benticum de Bento XVI. Neso XVI. Neso XVI. Neso XVI. Neso XVI. Nesta, eleta, eleta, eleta, eleta, ele

autautautautautoriza a toriza a toriza a toriza a toriza a todo e qualquer sacerodo e qualquer sacerodo e qualquer sacerodo e qualquer sacerodo e qualquer sacerdododododottttte romano, em ee romano, em ee romano, em ee romano, em ee romano, em exxxxxererererer-----

cício do miniscício do miniscício do miniscício do miniscício do ministério, a celebrtério, a celebrtério, a celebrtério, a celebrtério, a celebração da missa segundo oação da missa segundo oação da missa segundo oação da missa segundo oação da missa segundo o

ritritritritrito do Missal To do Missal To do Missal To do Missal To do Missal Tridentino, sem parridentino, sem parridentino, sem parridentino, sem parridentino, sem para isso necessitar dea isso necessitar dea isso necessitar dea isso necessitar dea isso necessitar de

qualquer autqualquer autqualquer autqualquer autqualquer autorização especial.orização especial.orização especial.orização especial.orização especial. | FERNANDO NEVES | FERNANDO NEVES | FERNANDO NEVES | FERNANDO NEVES | FERNANDO NEVES

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O essencial do Ano SacerdotalHoje pretende-se viver sem princípios morais, sem

valores que nos orientem na vida. Parece que tudo fun-ciona ao sabor de caprichos e de interesses! Por isso hátantas desgraças, desesperos, droga e guerras! O ego-ísmo, que já se tornou feroz, tem-nos tornado lobos unsdos outros! Não atribuam as culpas a Deus, porque Eledeu-nos a liberdade, não para abusarmos dela, mas paranos realizarmos como homens responsáveis e dignosfazedores da História.

É preciso pensar nos outros como irmãos, viver paraa comunidade. Senão, não temos futuro! Temos de noscultivar em comunidade e para a comunidade, desen-volvendo o convívio entre todos, vivendo a arte que noseleva e civiliza. Como se compreende que tantos jovensdesapareçam de casa dos pais para se meterem em aven-turas insensatas, ficando marcados, para toda a vida,com o ferrete do desvario?!... De quem é a culpa?

Estamos no ano Sacerdotal. Ano para reflectir sobreo valor da acção dos sacerdotes nas nossas comunida-des. Ano em que as nossas orações devem subir ao Céu,não para acordar Deus para as nossas necessidades desacerdotes. Ele nunca dorme. A Hierarquia da Igreja é

que parece teimar no desperdício de valores que a podi-am enriquecer!... É também ano em que a figura dosacerdote tem de aparecer como modelo de fé, deevangelizador de simplicidade, de doação aos outros, ecapaz de entender os problemas do nosso tempo e sa-ber ir ao encontro deles, sem medo nem hesitações, ecom capacidades para os ajudar a resolver à luz do Evan-gelho. O sacerdote não pode ficar à espera que o pro-curem, mas tem de sair à procura daqueles que, nosrefolhos do progresso moderno, perderam a orientaçãoque os possa conduzir às respostas pelas quais anseiam.

Jesus foi bem claro quando disse que temos de sersuas testemunhas. Isto tem de ser aplicado aos sacerdo-tes, que não podem viver a pensar apenas em si, masem doação sem limites às comunidades de que são res-ponsáveis, no acolhimento fraterno daqueles que mui-tas vezes são rejeitados, apenas porque escolheram ca-minhos diferentes, ou até porque, tantas vezes, se mos-traram agressivos por lhes faltar pontos de referênciaque os conduzam na vida. É a esses que os sacerdotestêm de falar com o exemplo vivo, com o testemunho desimplicidade, de desprendimento e solicitude que os ajudee reencontrar os caminhos que aprenderam a viver notempo de catequese, mas que desperdiçaram na confu-são dos falsos atractivos que os desviaram.

Fala-se muito de oração pelas vocações sacerdotais.Mas é preciso que as famílias, as comunidades, e tam-bém a Hierarquia, criem um ambiente favorável paraque os apelos do Espírito Santo encontrem ambiente ondea semente divina possa produzir frutos. Parece que an-damos a pedir que a semente frutifique em cima de pe-nhascos corroídos e secos!...De nada vale lançar boasemente em terra árida e adversa à sua germinação edesenvolvimento até dar frutos. Onde fica a colabora-ção das famílias, das comunidades e da Hierarquia napreparação de ambientes onde as vocações sacerdotaise religiosas possam germinar? | MANUEL P MANUEL P MANUEL P MANUEL P MANUEL PAIVAIVAIVAIVAIVAAAAA

Dignidade celebrativa, sim, sobretudo, na figura egestos litúrgicos do celebrante, no modo como a as-sembleia participa e na dignidade espiritual e elevaçãoartística dos cânticos entoados por todos. Mas sem osexageros que actualmente por aí se vêem na quantida-de e apresentação dos elementos que cirandam à voltado celebrante, como se este fosse um senhor feudal enão aquele que deve oferecer sacrifícios, tanto pelosseus próprios pecados como pelos do povo. (Heb 5,3)

Bem pudera, pois, a Summorum Pontificum estar láquietinha e, como noutras situações, deixar que o pro-blema que quis atalhar se extinguisse por si mesmo, pelalei natural da vida. Tem que se ter consciência do tempojá vivido após o Concílio e das suas marcas benfazejasou destruidoras. O pouco traquejo que o povo tinha naparticipação da missa, respondendo em latim e com-preendendo globalmente alguma mensagem das leitu-

ras, por tantas vezes ouvida a sua repetição, perdeu-se.Isto será válido mesmo para quase todos aqueles quesão adeptos e frequentadores do Rito Tridentino. Nãorecolherão muito mais do que um vazio da Palavra, umsaudosismo – homo laudator temporis acti –, uma satis-fação do seu ego, uma observação de coisas de museu.Mesmo uma grande parte dos padres que, naquele tem-po, celebrava missa em latim, tinha grande dificuldadeem compreender totalmente a mensagem das leituras,se não fizessem uma preparação prévia. O que não se-ria hoje?! Nos tempos pós-conciliares, os próprios Se-minários pouco se preocuparam com o ensino do Latimaos seus formandos.

Concluimos com as sábias palavras do bispo Antó-nio Marcelino: «Na Igreja há ainda sinais de um passa-do teimoso que ganhou ferrugem e se foi instalando àmargem do Evangelho.»

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e-mail: [email protected] * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * página oficial na Internet: www

Malhar em ferro frioSerSerSerSerSerafafafafafim Sousa no número 3im Sousa no número 3im Sousa no número 3im Sousa no número 3im Sousa no número 34 do Espir4 do Espir4 do Espir4 do Espir4 do Espiral, com o tal, com o tal, com o tal, com o tal, com o teeeeextxtxtxtxto acerca de um hipoo acerca de um hipoo acerca de um hipoo acerca de um hipoo acerca de um hipotético reftético reftético reftético reftético referendo sobre a obrigaterendo sobre a obrigaterendo sobre a obrigaterendo sobre a obrigaterendo sobre a obrigatoriedadeoriedadeoriedadeoriedadeoriedade

do celibatdo celibatdo celibatdo celibatdo celibato eclesiáso eclesiáso eclesiáso eclesiáso eclesiástico e a ortico e a ortico e a ortico e a ortico e a ordenação das mulheres, intdenação das mulheres, intdenação das mulheres, intdenação das mulheres, intdenação das mulheres, interererererpelou-me. | pelou-me. | pelou-me. | pelou-me. | pelou-me. | HIGINO VHIGINO VHIGINO VHIGINO VHIGINO VALENTEALENTEALENTEALENTEALENTE

No texto «Que tal um referendo na Igreja Católicasobre celibato ou mulheres padres», Serafim Sousa refe-re ter encontrado três tipos de posição: a) torcer o nariz;b) apadrinhar a ideia; c) não vale a pena.

Começo, com o Serafim, por discordar da previsãode que a maior parte dos católicos votariam a favor daobrigatoriedade do celibato (condição sine qua non).Pela minha já longa e diversificada experiência de vida,tenho para mim, muito convictamente, que a maioriados católicos (mais praticantes, menos praticantes), cominteira liberdade de voto, sem pressões nem condicio-namentos, votariam contra (a obrigatoriedade) ou en-colheriam os ombros e ficariam no «tanto me dá», abs-tendo-se. E seria até de prever uma gorda maioria, comotem acontecido em todos os referendos em Portugal. Umareduzida maioria, de mentalidade mais fundamentalistae retrógrada, votaria a favor (da obrigatoriedade).

VVVVVAMOS PENSARAMOS PENSARAMOS PENSARAMOS PENSARAMOS PENSARReferendo? Numa Instituição (que é divina, mas for-

mada por homens e mulheres) gerontocrática emonolítica (com o que esta característica tem de positi-vo e de negativo), pouco aberta à crítica interna e emque o poder de decisão é exercido, apenas e só, nalinha vertical, não há lugar para referendo, que é a for-ma mais genuína de exercício do poder de decisão nadimensão transversal. Democracia? Que é dela? Li, hátempos, no «Correio de Coimbra», órgão oficioso dadiocese, um artigo escrito pelo engenheiro Jorge Cotovio,que está à frente da equipa diocesana da pastoral fami-liar, no qual, a certa altura, se deixa dizer que na nossaIgreja os leigos são uns «paus mandados».

Da coerência e da fidelidade ao “santo celibato”, sóDeus sabe. Mas nós também sabemos algumas coisas…que melhor seria não sabermos. Sabemos que o PapaBento XVI foi aos EUA e lá pediu perdão pelos crimes depedofilia dos padres; foi à Austrália e fez o mesmo. JoãoPaulo II mandou chamar uns quantos bispos norte-ame-ricanos e o remédio indicado foi pôr os prevaricadoresa fazer retiro. Escusado será dizer que o campo das infi-delidades ao “santo” celibato é muito mais vasto.

TESTEMUNHO PESSOTESTEMUNHO PESSOTESTEMUNHO PESSOTESTEMUNHO PESSOTESTEMUNHO PESSOALALALALALJá casados, estive com a minha esposa em Vila Cabral

– hoje Lichinga –, no Niassa, junto ao lago com o mes-mo nome, no Interior Norte de Moçambique, desde finsde 1968 até meados de 1972. A maioria da populaçãoera islâmica; e já o era em todo o Norte moçambicanoquando os Portugueses lá chegaram. Havia missões ca-tólicas, tendo a diocese sido criada na primeira metadeda década de 60, e sendo seu primeiro bispo D. EuricoDias Nogueira. E também havia missões anglicanas.Numa delas, Messumba, estava o padre Paul, inglês,

que era muito conhecido. Às tantas, aparece a notícia:«O padre Paul foi-se embora, regressou a Inglaterra parase casar.» Nessa altura, fiquei a saber que a IgrejaAnglicana só envia missionários para o estrangeiro en-quanto solteiros. E bem se compreende. Muitos militarescasados (estava-se no auge da guerra colonial) tambémlá não tinham as famílias.

PPPPPARA QUEM É O 6.º MANDARA QUEM É O 6.º MANDARA QUEM É O 6.º MANDARA QUEM É O 6.º MANDARA QUEM É O 6.º MANDAMENTAMENTAMENTAMENTAMENTO?O?O?O?O?A questão da obrigatoriedade do celibato eclesiásti-

co poderia ter ficado resolvida com o Papa João XXIII,que sonhou o «aggiornamento» da Igreja e, para isso,convocou o Concílio Vaticano II, o qual poderia ter idomais longe, dada a rapidez com que o mundo evoluiu,sobretudo a partir da II Guerra Mundial.

Só o não foi devido ao pensamento do papa (queme abstenho de adjectivar). Falando com Étiene Gilson,numa tarde de Dezembro de 1960, ter-lhe-á saído estedesabafo: «A minha maior dor, não como homem, mascomo papa, o meu sofrimento contínuo é pensar nessesjovens padres que arrastam consigo, tão corajosamen-te, o fardo do celibato eclesiástico. Para alguns deles éum martírio. Com frequência me parece ouvir vozes lon-gínquas pedindo que a Igreja os liberte deste fardo. Issonão é impossível em si. O celibato eclesiástico não é umdogma. A Escritura não o impõe. É mesmo fácil: pega-mos na caneta e assinamos um documento; e amanhã,os padres que quiserem podem casar-se. Mas não po-demos fazê-lo. Eu dizia recentemente aos cardeais: acei-taremos nós que alguma vez possa deixar de se dizerunam, sanctam, castam eclesiam? Não podemos. Nãopodemos fazer isso.» Cito, com tradução minha,Conditión de Prêtre – Mariage ou Célibat, de PierreHerman, que cita, por sua vez, Souvenir du Père, de ÉtieneGilson, em «La France Catholique», núero 862, de 7 deJunho de 1963, páginas 213 e 214.

É caso para nos interrogarmos: será que João XXIIIentendia que o 6.º mandamento do Decálogo é só paraos celibatários?...

ORDENAÇÃO DE MULHERESORDENAÇÃO DE MULHERESORDENAÇÃO DE MULHERESORDENAÇÃO DE MULHERESORDENAÇÃO DE MULHERESRelativamente ao referendo acerca da ordenação das

mulheres, sinto mais dificuldade em prognosticar.Propendo para a afirmativa ao retardador. Não resisto afazer mais uma citação, esta de «Deus no século XXI e ofuturo do Cristianismo», publicação coordenada porAnselmo Borges, editada em 2007 pela Campo das Le-tras: «O Cristianismo, concretamente na sua expressãocatólica, tem pela frente alguns problemas maiores, no-meadamente o respeito pelos direitos humanos no seuinterior, o pluralismo nos diferentes domínios – teológi-co, litúrgico, jurídico-organizacional e até moral –, otratamento das mulheres em igualdade com os homens.»

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.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected]

Escrevíamos 1967, o ano em que– ligada aos nomes Groer, Krenn eoutros – começou, na pequena re-pública alpina da Áustria, aquela eracatastrófica da sua história eclesiás-tica, que provocou um escândalogeral, afastou da Igreja dezenas demilhar de pessoas e haveria de de-saguar, anos mais tarde, num escân-dalo horrível. Foi nesse ano que viua luz do dia a publicação «KIRCHEINTERN», a qual foi evoluindo até àactual revista ilustrada «KIRCHE IN»,fórum para todas aquelas forças quese opõem desde o princípio a estaprevisível evolução. Nesse mesmoano surgiu também sob a responsa-bilidade do jesuíta francês RenéLatourelle, professor na Universida-de Gregoriana em Roma, e sob opatrocínio de outros dois institutosjesuítas, o Instituto Bíblico e o Institu-to Oriental, por ocasião do 25.ºaniversário do concílio, aquela obraem dois volumes: «Vaticano II. Ba-lanço e Perspectivas». Nela,Latourelle classificava aquelas forças,que tinham surgido logo no início doconcílio tendo por objectivo a suadesmontagem, como “guerrilheirosdo statu quo”.

Segundo Latourelle, «ao convo-car o concílio, o papa João XXIII que-ria introduzir a Igreja na sociedadedo século XX. Porque estava conven-cido de que a Igreja nem é uma ci-dadela nem um museu, mas um jar-dim onde nunca faltarão as flores(…), João XXIII desejava que o con-cílio fosse um novo Pentecostes».

Os “guerrilheiros do statu quo”eram de outra opinião. Logo nos fi-nais dos anos setenta aparecia naAlemanha um livro intitulado: «A re-forma da Liturgia Romana. Seus pro-blemas, suas raízes», cujo autor é oconservador Klaus Gamber, profes-sor de Liturgia em Regensburg.Gamber tinha dúvidas de que a cons-tituição sobre a liturgia, publicadapelo concílio e pelo papa Paulo VIem 3 de Abril de 1969, trouxessealgo de positivo relativamente aomissal romano. Também considera-va que, no seu conjunto, a reformalitúrgica era responsável pelo esva-ziamento das igrejas, pela crescentefalta de padres e pela secularizaçãogalopante. Como remoque a PauloVI afirmava até que a reforma conci-liar era «mais radical do que a refor-ma de Lutero». Afirmar, como agorase diz na consagração, que Jesusderramou o seu sangue por todos, éerrado. Seria mais correcto dizer queEle derramou o seu sangue por “mui-tos”, tal como constava da missaantiga. Também a proliferação detextos bíblicos para a celebração eu-carística, repartidos num ciclo de trêsanos, não é correcta e deveria sersubstituída por “algo melhor”. Umavez que muitos fieis preferem umamissa “moderna”, dever-se-ia auto-rizar tanto a missa antiga, como tam-bém a “nova”. A reforma veio des-truir a missa antiga, mas é perfeita-mente possível reabilitá-la. Neste sen-tido, opina Gamber: «Importante énunca perder a esperança.»

“““““Artefacto”, a nova missa?Artefacto”, a nova missa?Artefacto”, a nova missa?Artefacto”, a nova missa?Artefacto”, a nova missa?A anseio de Gamber por uma

reforma da reforma litúrgica concili-ar encontrou um grande eco entreos católicos ultra-conservadores eseus dirigentes, nomeadamente oarcebispo Lefebvre.

Mas também junto de um teólo-go conciliar, então muito considera-do nos círculos progressistas, masque mudou a linha de combate (coi-sa que ele sempre negou) aproximan-do-se cada vez mais dos chefes dos“guerrilheiros do statu quo”: Joseph

Ratzinger. Tendo trocado Tübingenpor Regensburg, foi aí colega deGamber, cujas propostas caíram emchão fecundo. Ratzinger escreveumesmo um longo e laudatório pre-fácio ao livro de Gamber.

Um jovem padre – escreviaRatzinger – ter-lhe-ia dito recente-mente: «precisamos de um novo mo-vimento litúrgico». Na mesma alturaem que os padres, o altar e a cele-bração eucarística eram levados parao meio da assembleia e os fiéis ca-lorosamente celebravam, cada vezmais na sua própria língua, JesusCristo literalmente “no meio deles”,o teólogo Joseph Ratzinger, sábio emteorias, mas distante de qualquerproximidade humana e experiênciapastoral, fabulava acerca do desas-tre da reforma litúrgica, pois, em suaopinião, a liturgia não teria sido re-novada desde a sua profundidade emeio, a partir do encontro com oDeus vivo, mas se tinha degradadoà condição de show. Neste“showmaster” espiritual eram utiliza-dos textos de escolha própria. Emlugar duma liturgia como fruto de umdesenvolvimento orgânico, criou-seum artefacto, uma liturgia auto-fabricada. O tom de Ratzinger: «Porisso é necessário um novo estímulopara que a liturgia volte a ser umaacção comunitária da Igreja. Ela temde ser subtraída ao controlo dos pá-rocos e das equipas litúrgicas.»

Gamber, a quem Ratzinger apeli-da de “verdadeiro profeta” e “teste-munha fiel”, terá indicado o cami-nho para esse fim. Seria necessárioambicionar a unidade da Igreja acei-tando ambos os ritos da missa, oantigo e o novo.

Cumpriu-Cumpriu-Cumpriu-Cumpriu-Cumpriu-se. Vse. Vse. Vse. Vse. Vai unir?ai unir?ai unir?ai unir?ai unir?Tudo aquilo que Gamber escre-

veu há cerca de quarenta anos coma calorosa aprovação de Ratzinger,tem vindo a ser concretizado passoa passo hoje em dia por JosephRatzinger, no «interesse da unidadeda Igreja», afirma ele no motu pró-prio Summorum Pontificum, de Julhode 2007, sobre a Liturgia.

OFENSIVA DOS GUERRILHEIROSRRRRRegresso ao Latim, à comunhão naegresso ao Latim, à comunhão naegresso ao Latim, à comunhão naegresso ao Latim, à comunhão naegresso ao Latim, à comunhão na

boca, à missa de cosboca, à missa de cosboca, à missa de cosboca, à missa de cosboca, à missa de costas partas partas partas partas para a as-a a as-a a as-a a as-a a as-

sembleia: eis apenas algumas dassembleia: eis apenas algumas dassembleia: eis apenas algumas dassembleia: eis apenas algumas dassembleia: eis apenas algumas das

eeeeexigências inxigências inxigências inxigências inxigências invvvvvocadas por um grupoocadas por um grupoocadas por um grupoocadas por um grupoocadas por um grupo

obsobsobsobsobstinado de católicos, presos atinado de católicos, presos atinado de católicos, presos atinado de católicos, presos atinado de católicos, presos a

um espíritum espíritum espíritum espíritum espírito pré-conciliaro pré-conciliaro pré-conciliaro pré-conciliaro pré-conciliar, par, par, par, par, para en-a en-a en-a en-a en-

saiar a resaiar a resaiar a resaiar a resaiar a revvvvvolta controlta controlta controlta controlta contra o Concílioa o Concílioa o Concílioa o Concílioa o Concílio

VVVVVaticano II. Paraticano II. Paraticano II. Paraticano II. Paraticano II. Para isso contam coma isso contam coma isso contam coma isso contam coma isso contam com

a ta ta ta ta tolerância ou mesmo com aolerância ou mesmo com aolerância ou mesmo com aolerância ou mesmo com aolerância ou mesmo com a

ajuda do papa, como acontajuda do papa, como acontajuda do papa, como acontajuda do papa, como acontajuda do papa, como aconteceu háeceu háeceu háeceu háeceu há

pouco tpouco tpouco tpouco tpouco tememememempo num congressopo num congressopo num congressopo num congressopo num congresso

intintintintinternacional de Liturernacional de Liturernacional de Liturernacional de Liturernacional de Liturgia, que tgia, que tgia, que tgia, que tgia, que teeeeevvvvveeeee

lugar em Budapeslugar em Budapeslugar em Budapeslugar em Budapeslugar em Budapesttttte em Ae em Ae em Ae em Ae em Agosgosgosgosgosttttto deo deo deo deo de

2008. | 2008. | 2008. | 2008. | 2008. | RRRRRUDOLF SCHERMANNUDOLF SCHERMANNUDOLF SCHERMANNUDOLF SCHERMANNUDOLF SCHERMANN

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Num dos nossos encontros daFraternitas, em Fátima, perguntei aonosso companheiro Artur Oliveiraqual o significado completo do meunome José. Ele respondeu-me: «Sig-nifica “aquele a quem Deus amacom amplexo e aumenta a suavida”.» Fiquei mais contente, porqueDeus não só me amava, mas ama-va-me de um modo especial e queEle aumentava a minha vida. Nãolhe perguntei se isso era espiritualou materialmente. Se me ama de ummodo especial, é o que eu quero; é o principal.

Nasci numa pequena “ilha” de meia dúzia de vizi-nhos, no lugar de Cais de Baixo, perto do rio, em Pesoda Régua. Havia muitos anos que não nascia lá umacriança. Nasci eu… foi uma grande alegria para os meusvizinhos, que, por isso, me tratavam com carinho, todosdesejavam ter-me ao colo. Depois, até aos 6 anos, nãotive quem se interpusesse, e continuei a ser objecto detodo o carinho e atenções. Eu era o objecto do seu amor.

Com a idade, fui reparando que aqueles vizinhos to-cavam as raias da pobreza ou eram meio remediados.O amor que me tinham e o que eu tinha por eles levou-me a amá-los mais.

Em 1964, tinha eu 28 anos, foi aprovada a Funda-ção Dr. Carneiro de Mesquita. Vi nela uma oportunida-de para resolver vários problemas de pobreza: abrimosuma creche, um jardim-de-infância e um ATL, em Fon-tes, os primeiros no concelho de Santa Marta dePenaguião. Depois, providenciámos um Centro de Diapara os idosos. Entretanto, começava a emigração clan-destina. As famílias vinham ter connosco, porque o di-nheiro que os chefes de família mandavam mal davapara se alimentarem e vestirem. Com a ajuda da Fun-dação C. Gulbenkian, erguemos um pequeno bairro deseis casas, para as famílias com mais filhos e maiscarenciadas.

Nos fins de Julho de 1975, expus ao meu bispo odesejo de ser dispensado das obrigações sacerdotais edisse-lhe que pretendia celebrar matrimónio católico coma Mariazinha, que trabalhava naquelas obras sociais. Odocumento chegou do Vaticano nos inícios de Novem-bro e casámo-nos no domingo antes do Natal.

Em toda a minha vida há um só fio condutor: o Amor;a amor que recebi dos meus pais, familiares e famíliasvizinhas; o amor que eu retribuía a todos eles, nas situa-ções de pobreza, no que chamo respeito e delicadeza;amor no convívio social, e amor matrimonial.

Vivo com a Mariazinha há 34 anos, e tem sido uma

Deus é meu amigoNNNNNasci no dia de S. José.. Um dia, perasci no dia de S. José.. Um dia, perasci no dia de S. José.. Um dia, perasci no dia de S. José.. Um dia, perasci no dia de S. José.. Um dia, perguntguntguntguntguntei – a quem sabia – se o meu nome tinha algum signifei – a quem sabia – se o meu nome tinha algum signifei – a quem sabia – se o meu nome tinha algum signifei – a quem sabia – se o meu nome tinha algum signifei – a quem sabia – se o meu nome tinha algum significado especial eicado especial eicado especial eicado especial eicado especial e

fffffoi-me respondido que, em hebroi-me respondido que, em hebroi-me respondido que, em hebroi-me respondido que, em hebroi-me respondido que, em hebraico, «Joseph» signifaico, «Joseph» signifaico, «Joseph» signifaico, «Joseph» signifaico, «Joseph» significa «aquele a quem Deus ama. | ica «aquele a quem Deus ama. | ica «aquele a quem Deus ama. | ica «aquele a quem Deus ama. | ica «aquele a quem Deus ama. | JOSE SILJOSE SILJOSE SILJOSE SILJOSE SILVVVVVA PINTA PINTA PINTA PINTA PINTOOOOO

vida de felicidade. Há 22 anos,ela começou a mostrar sinaisevidentes de falta de memória,sintomas de Alzheimer.

Vivemos 18 anos no Porto.Fomos, depois, para Peso daRégua, onde podia dar mais emelhor assistência à Mariazinha,e onde morava a minha mãe, aminha irmã, quatro sobrinhos eoutros familiares. E contrateiuma empregada interna.

A doença progrediu. AMariazinha passou a ser incontinente e depois perdeu oandar. Agora, toma o pequeno-almoço e o almoço numacadeira de rodas especial. Em seguida, descansa nacama articulada, onde permanece o resto do dia. À noi-te, descansa muito bem, não precisando de comprimi-dos para dormir. Ao fim-de-semana, substituo a empre-gada. Ela deixa as refeições no frigorífico e eu aqueço--as no microondas.

Há dias, disse-me um colega: «O amor só é totalquando começa o sofrimento.» Citava a beata MadreTeresa de Calcutá. Eu não compreendo este mistériomuito bem. Parece-me que a cada dia que passa, mais“pena” tenho da Mariazinha e, ao mesmo tempo, mais“amor”. Neste planeta que Deus criou, o lugar ondegosto de estar é ao lado da Mariazinha: ela na sua ca-deira de rodas ou na cama articulada; eu, a ler ou aescrever, fazendo do seu leito a minha escrivaninha.

Cito um enxerto do padre António Vieira: «Que du-reza mais dura que a do ferro? E, contudo, (…) tambémse deixa penetrar e padecer de amor. É o ferro amadoda pedra íman (…) e é tão milagrosa, ou tão amorosaentre ambos, a força desta natural empatia, que a pe-dra (…) sempre está atraindo, e o ferro (…) semprecorrespondendo. Ela o chama, ele se move; ela o guia,ele a segue; ela o leva, ele se suspende; ela o ata, ele sedeixa prender; se ela pára, ele pára; se sobe, sobe; sedesce, desce; se anda de roda, rodeia; sempre juntos,sempre conformes, sempre unidos, e tão pegados entresi, como se um e outro foram de cera. E se isto obra noferro (…), que seria no coração, ainda que fosse de fer-ro, um amor declarado? Um ferro amado de uma pedranão pode deixar de pagar amor com amor. E poderáum coração humano amado não amar? Todos estaisdizendo que não, e parece que dizeis bem.» (Sermão daPrimeira Sexta-Feira da Quaresma, 1644)

E, poderá um amor de filho tão amado deixar deamar o amor paternal e divino de um Deus e Senhor?Amor com amor se paga!

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PELO DOM DA VIDA, graças te damos

No seu livro «Aventura Feliz», Páginas 306 a 308, osócio Henrique Maria dos Santos, oferece-nos este pen-samento sobre a vida:

«Quando se é jovem, e se começa a avançar na la-deira da vida, não nos apercebemos, nem sequer pres-sentimos, os barrancos e os abismos que a envolvem…Todavia, não se deve perder ânimo, coragem, mas, sim,lembrar que o nosso organismo pertence à terra e onosso pensamento ao Céu. A cada tendência funda-mental do homem corresponde precisamente o seu alvo:ao anelo, desejo ardente de verdade, a ciência; ao estí-mulo do belo, a arte; ao desejo do bem, a moral; àsociabilidade, o Estado; ao amor, a família.

Perante a repugnância que se tem ao nada e pelaconvergência que todos temos ao infinito, ao nosso fi-nar há-de corresponder, realmente, a imortalidade quefica registada nas nossas obras… Todos nos devemosesforçar por ser a Sociedade em que estamos enxerta-dos, uma família. Como alguém escreveu, a Humani-dade deve ser como uma família, um aviário sublimeonde as gerações se emplumam, o viveiro precioso ondeas existências se enfloram, a colmeia grandiosa onde osseres se desatam, a fonte pura onde as vidas devemdeslizar, onda cristalina onde o homem se deve reflectir,resumir e encontrar.

A Sociedade em que vivemos devia ser translúcidaconfederação de todos os espíritos na dulcíssima unida-de do mesmo afecto. Como Luther King, que sonhavaem voz alta, eu afirmo: “Os homens foram feitos para

viverem uns com os outros como irmãos… A fraternida-de seja mais que uma simples palavra no final de umaoração… Sentarmo-nos juntos à mesa da fraternida-de..”»

JULHOJULHOJULHOJULHOJULHODia 2 – Paula de Jesus C. L. Silva (Esmoriz).Dia 3 – Lúcia da Natividade M. A. Ribeiro (Cabanões).Dia 4 – Augusto de Campos Oliveira (Maia).Dia 6 – Manuel J. Cristo Martins (Mem Martins).Dia 8 – Dilcarina R. Veríssimo (Seixal).Dia 10 – Ana da Luz M. Rodrigues (Bragança).Dia 11 – Higino R. Valente (Santiago da Guarda/ Ansião).Dia 12 – António Manuel M. Sousa (Porto).Dia 18 – Maria da Graça M. V. A. Sousa (Lisboa).Dia 18 – João da Silva (Coimbra).Dia 23 – Manoel B. C. Pombal (S.ta Marta Portozelo).Dia 24 – Maria Cristina G. Vieira de Castro (Lisboa).Dia 25 – Fernando J. Félix Ferreira (Massamá).Dia 27 – Maria Augusta G. C. D. Jana (Abrantes).Dia 28 – Lucília Amália R. C. (S.ta Marta Penaguião).

AAAAAGOSTGOSTGOSTGOSTGOSTOOOOODia 1 – Alda Pereira Henriques (Caxarias).Dia 1 – António Almeida Duarte (Lisboa).Dia 3 – António R. Mourinho (Miranda do Douro).Dia 8 – Cidália José de Matos Costa (Abrantes).Dia 12 – Manuel Alves de Paiva (Oliveira de Azeméis).Dia 13 – Emília A. S. A. Neto Fernandes (Porto).Dia 13 – Fausta de Jesus F. B. Simões Rodrigues (Esmoriz).Dia 14 – Lúcio Salvador de Sousa (Cuba – Beja).Dia 16 – Virgolina da Silva Cabrita (Silves).Dia 20 – António Batista Lopes (Porto).Dia 23 – Antónia A. C. Sampaio Ferreira (Lisboa).Dia 24 – Judite P. M. O. Paiva (Oliveira de Azeméis).Dia 25 – Joaquim F. Soares (Oliveira do Ardo).Dia 25 – José Alves Carneiro (Amadora).Dia 31 – Ana Paula L. A. P. Nascimento (At.a da Baleia).

SETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBRODia 8 – Fernando Ribeiro das Neves (Palhaça).Dia 9 – Pamela A. Krebsbach (Freiria – Caranguejeira).Dia 12 – M.ª Conceição V. Gomes (Oliveira do Ardo).Dia 12 – Rosa Maria F. S. Rodrigues (Outeiro de Lobos ).Dia 13 – Maria Zélia F. Teles Borges (Meridãos – Cinfães)Dia 14 – Maria Isabel C. O. das Neves (Palhaça).Dia 15 – Horácio Neto Fernandes (Porto).Dia 19 – Lucília E. M. Soares (Viseu).Dia 21 – Maria José B. Mendonça (Massamá).Dia 22 – Eliseu L- G- Seara (Chaves).Dia 29 – António J. Eira e Costa (A-Ver-o-Mar).Dia 30 – Artur da Cunha Oliveira (Angra do Heroísmo).

O SecreO SecreO SecreO SecreO Secretariado, em nome da direcção da Associaçãotariado, em nome da direcção da Associaçãotariado, em nome da direcção da Associaçãotariado, em nome da direcção da Associaçãotariado, em nome da direcção da Associação

FFFFFrrrrratatatataternitas Moernitas Moernitas Moernitas Moernitas Movimentvimentvimentvimentvimento, deseja, a cada um dos sócioso, deseja, a cada um dos sócioso, deseja, a cada um dos sócioso, deseja, a cada um dos sócioso, deseja, a cada um dos sócios

anivanivanivanivanivererererersariantsariantsariantsariantsariantes em Julho, Aes em Julho, Aes em Julho, Aes em Julho, Aes em Julho, Agosgosgosgosgosttttto e Seo e Seo e Seo e Seo e Setttttembro, parembro, parembro, parembro, parembro, para-a-a-a-a-

béns e muitas bênçãos divinas.béns e muitas bênçãos divinas.béns e muitas bênçãos divinas.béns e muitas bênçãos divinas.béns e muitas bênçãos divinas.

1.1.1.1.1. Ninguém é indiferente às necessidades dos outros.2.2.2.2.2. Só é possível continuar a acorrer a casos de ver-

dadeira necessidade se partilharmos tambémpartilharmos tambémpartilharmos tambémpartilharmos tambémpartilharmos também. Por isso,não esperes que te batam expressamente à porta. Deci-de-te: partilha com os outros através da Fraternitas.

3.3.3.3.3. Vai já à caixa do multibanco mais próxima e fazuma transferência interbancária para a conta n.º 00330033003300330033000045218426660 05000045218426660 05000045218426660 05000045218426660 05000045218426660 05. O montante depende apenasda tua consciência, o qual a Direcção da Fraternitas' faráchegar a quem precisa! Manda o comprovativo e dáconhecimento da finalidade, porque também podes de-positar na mesma conta bancária o valor da quota anu-al de sócio: 30 euros - casal; 20 euros - pessoa singular;ou contribuir para o boletim «Espiral».

4.4.4.4.4. Contacta Luís Cunha, [email protected] outelefone 232459478.

Espaço de SOLIDEspaço de SOLIDEspaço de SOLIDEspaço de SOLIDEspaço de SOLIDARIEDARIEDARIEDARIEDARIEDADEADEADEADEADE

Page 8: Espiral 36

espiralespiralespiralespiralespiral Responsável: Fernando FélixPraceta dos Malmequeres, 4 - 3.º Esq.Massamá / 2745-816 Queluze-mail: [email protected]

Boletim da AssociaçãoFraternit as Movimento

N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009N.º 36 - Julho / Setembro de 2009www.fraternitas.ptwww.fraternitas.ptwww.fraternitas.ptwww.fraternitas.ptwww.fraternitas.pt

2 - PRESENÇA IL2 - PRESENÇA IL2 - PRESENÇA IL2 - PRESENÇA IL2 - PRESENÇA ILUMINANTE (Jo 1, 9)UMINANTE (Jo 1, 9)UMINANTE (Jo 1, 9)UMINANTE (Jo 1, 9)UMINANTE (Jo 1, 9)

ILUMINANTE – facho de sabedoria e profusãoe, assim, corresponde às necessidades profundasdo autoconhecimento e do autodesenvolvimento.

“A verdade do Homem está no Ser”.O Espírito Divino é constitutivo do ser humano

e pertence, por graça, à estrutura espiritual do Homem.

É do Ser que emerge a «Luz que a todos ilumina»,e , daí, as necessidades existenciais que nos habitam.

A SABEDORIA é a arte de Ser.A personalidade emerge de um conjunto de características

genéticas, morfológicas e psicoculturaisem interacção com o ambiente envolvente.

O autoconhecimento, como necessidade existencialé mais profundo. Seu objectivo é a identidade.

A personalidade é algo que temos, algo construído.

A identidade é o que somos. É o íntimo de nós mesmos.

A sabedoria está na descoberta progressiva do que somos.A sabedoria está na consciência progressiva do que somos.A sabedoria está no desenvolvimento progressivo do que

somos.

O autoconhecimento, e o autodesenvolvimento, é pessoal.Têm princípio mas não têm fim – eternizam-se.

A arte de Ser é, antes de mais, uma aberturaà acção do Espírito Divino imanente no Homem.

O Homem, imagem e semelhança de Deus, está em relação:ao Pai – em transcendência – revela-O;

ao Filho – em ressurreição – testemunha-O;ao Espírito Santo – em expansão – manifesta-O.

DEUSDEUSDEUSDEUSDEUS, NO HOMEM, É, NO HOMEM, É, NO HOMEM, É, NO HOMEM, É, NO HOMEM, É

1 - P1 - P1 - P1 - P1 - Presença Vivificante (Jo 10, 10)resença Vivificante (Jo 10, 10)resença Vivificante (Jo 10, 10)resença Vivificante (Jo 10, 10)resença Vivificante (Jo 10, 10)

VIVIFICANTE – Caudal de vida em abundânciae, assim, corresponde às necessidades vitaisa nível fisiológico, psicológico e espiritual.

O desenvolvimento do potencial fisiológico,sentidos e aptidões gerais e específicas,

gera um corpo vigoroso, activo e saudável.

O desenvolvimento do potencial psicológico,lucidez intelectual e alta motivação,

gera a capacidade da cooperação criativa.

O desenvolvimento do potencial espiritual,sabedoria, bondade, amor, harmonia e paz,

accionando o potencial psicológico,proporciona e garante à dimensão fisiológica

a plena e livre circulação da energia vital.

O HOMEM é um TODO.Seu caminho é a INTEGRALIDADE.

O desenvolvimento do pleno potencial humanorequer uma acção contínua, progressiva e integrada

a que chamamos dinâmica tridimensional.

Viver a nível da consciência psicológicaé viver no mar revolto da instabilidade.

A consciência espiritual,estádio de consagração permanente,

é o canal que nos introduzno OCEANO DIVINO DA VIDA.

A Bíblia é a História da relação de Deus com a Humanidade. Uma

relação que deixou marcas. CRISTO MARTINS encontrou oito

presenças de Deus em nós. E anotou-as em 8 poemas, que o

«Espiral» vai partilhar.

O Bloco de Esquerda do En-troncamento propôs à câmaramunicipal a atribuição do nome“Padre Carlos Leonel” a uma ruada cidade. O sacerdote foi páro-co do Entroncamento nos anossessenta.

A decisão é justificada com ofacto de Carlos Leonel, ter dadovoz, em 1969, no jornal da Igre-ja Católica, «O Entroncamento»,aos ferroviários que desde De-

zembro do ano anterior vinhammanifestando colectivamente oseu descontentamento, transcre-vendo as cartas dos mesmos aoministro das Corporações e aoPresidente do Conselho, ouvindoas suas queixas e criticando o es-pírito corporativista dos sindica-tos. De acordo com o BE, tal ges-to custou-lhe a suspensão força-da do jornal, em Novembro des-se ano e, a seguir, o seu afasta-mento da paróquia.

RURURURURUA PA PA PA PA PADRE CADRE CADRE CADRE CADRE CARLARLARLARLARLOS LEONEL NO ENTRONCOS LEONEL NO ENTRONCOS LEONEL NO ENTRONCOS LEONEL NO ENTRONCOS LEONEL NO ENTRONCAMENTOAMENTOAMENTOAMENTOAMENTO