Esqueleto de Projeto de Pesquisa - apec.unesc.netrea temática 10... · em uma determinada empresa,...
Transcript of Esqueleto de Projeto de Pesquisa - apec.unesc.netrea temática 10... · em uma determinada empresa,...
1
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: UM ESTUDO NO SUPERMERCADO
FRANCIOSI LTDA NA CIDADE DE CURITIBANO/SC
Rubia Cozer
Universidade do Contestado (UnC)
E-mail: [email protected]
Ana Paula Della Giustina
Universidade do Contestado (UnC)
E-mail: [email protected]
Área Temática: 10. Temas especiais.
RESUMO: O processo de gestão de pessoas é uma peça chave para a organização. As
pessoas que nela trabalham são responsáveis pelo sucesso da mesma. Diante disto, dá-se
ênfase a programas que garantam o bem-estar e a saúde do colaborador, mesmo sendo
incomum a sua implantação, pois muitos gestores tratam a qualidade de vida do colaborador
como uma despesa e não como um investimento em médio e longo prazo. Perante as
dificuldades encontradas pelo ramo supermercadista em fazer com que seu funcionário esteja
motivado e disposto a realizar as atividades diárias com a eficiência e produtividade esperada,
o presente trabalho trata sobre o nível de qualidade de vida dos colaboradores de um
supermercado, tendo como objetivo identificar programas que garantam a qualidade de vida e
sugerir soluções. A metodologia caracterizou-se como um estudo descritivo permeado pelo
levantamento do perfil da qualidade de vida dos colaboradores do Supermercado Franciosi. A
amostragem foi de 75,64 % do universo em estudo. Os resultados encontrados após a análise
da pesquisa demonstram que a Qualidade de Vida no Trabalho no Supermercado Franciosi
Ltda é praticamente inexistente, e o sucesso e crescimento da empresa está comprometido a
médio e longo prazo, já que, quanto maior o investimento em qualidade de vida para os
trabalhadores, maior será o retorno em termos de produtividade e qualidade para a empresa.
No entanto, há soluções palpáveis como, dar maior autonomia aos funcionários, qualificar
seus colaboradores, valorizar o seu desempenho, oferecer benefícios que propiciem
alternativas de melhoria na qualidade de vida do trabalhador. O colaborador, de forma geral,
tem um nível de qualidade de vida considerável, mesmo trabalhando em dias diferenciados e
comprometendo seus horários de lazer. Não há programas que visem o colaborador e foi
sugerido que o mesmo seja implantando para garantir um melhor desenvolvimento do
funcionário dentro da organização. Faz-se necessário que ocorra a prática de um plano para
garantir a qualidade de vida do colaborador e este faça parte do plano estratégico da empresa.
Palavras-chave: Gestão de pessoas. Qualidade de vida. Supermercados.
INTRODUÇÃO
Tendo como tema principal a qualidade de vida no trabalho no ramo supermercadista,
não se pode deixar de falar sobre a importância dos colaboradores dentro da organização.
As pessoas são a parte mais importante dentro de uma organização. São elas que realizam a
parte estratégica e operacional e consequentemente, é através delas que se obtêm o lucro e o
2
sucesso de uma instituição. A relação entre a organização e as pessoas que nela trabalham são
interdependentes. A instituição precisa das pessoas para desenvolver e alcançar o sucesso
planejado e as pessoas precisam das organizações para realizar os seus objetivos profissionais
e pessoais.
É por meio das estratégias de gestão de pessoas que os colaboradores irão permanecer
ou não dentro da instituição. Hoje as pessoas procuram empresas que ofereçam possibilidades
e benefícios mais próximos de seus objetivos pessoais. Na hora de se candidatar a uma vaga
em uma determinada empresa, o candidato analisa a organização em si e os seus planos de
benefícios, levando em consideração a segurança, o bem-estar social e as chances de
crescimento dentro da empresa, verificando a vantagem em trabalhar na mesma. Diante disto,
a pessoa trilhará seu plano de carreira dentro da organização.
É através do plano de carreira que se desenvolvem os objetivos e ambições que o
colaborador quer alcançar na organização. As instituições de sucesso sabem que motivado, o
funcionário trabalha melhor, alcança mais facilmente seus objetivos e cria mais ambições.
Partindo desse ponto, torna-se fundamental um plano de incentivo dentro das empresas.
O plano de incentivo é a gratificação por todos os esforços dos colaboradores.
Atualmente quem investe mais em seu funcionário consequentemente, chega ao sucesso mais
rápido. Colaborador motivado produz mais e melhor, veste a camisa pela organização e
trabalha com os mesmos objetivos. A organização deve ter seu diferencial para chamar a
atenção de talentos que procuram por vaga. Em contra partida, se a empresa não investe em
incentivos e não oferece uma qualidade de vida mínima ao seu colaborador. Este não será fiel
a ela e isto resultará na rotatividade e, muitas vezes, em prejuízo para a instituição.
Segundo Ferreira, Venâncio e Abrantes (2009), dentre os segmentos que compõem o
setor varejista, o supermercadista tem um destaque maior na economia. No início dos anos de
1980, o segmento comercializava mais da metade dos produtos do varejo. No final dos anos
de 1990, a participação ampliou para 86,1% do volume total de venda. Hoje, além do retorno
financeiro, emprega milhares de pessoas, comparado ao passado no qual eram poucos
funcionários, devido à maneira que se comercializava.
Devido à importância, o propósito central da presente pesquisa, é identificar os fatores
de qualidade de vida do colaborador no ramo de varejo, tendo como objeto de análise o
Supermercado Franciosi Ltda, da cidade de Curitibanos/SC.
O problema de pesquisa foca, em como é a qualidade de vida dos colaboradores no
Supermercado Franciosi em Curitibanos/SC?
3
O presente trabalho tem como justificativa verificar qual o impacto da qualidade de vida
no trabalho dos colaboradores do Supermercado Franciosi, visto que é um ramo no qual há
uma alta rotatividade devido à carga horária e o trabalho desgastante. Através dele teremos
soluções ou ideias para solucionar os problemas que se referem à qualidade de vida dos
colaboradores no Supermercado Franciosi Ltda. de Curitibanos.
O objetivo principal deste estudo é identificar quais os programas e benefícios são
oferecidos pelo Supermercado Franciosi Ltda, para garantir a qualidade de vida no trabalho de
seus colaboradores, assim como, analisar qual o impacto do trabalho na vida pessoal dos
funcionários do Supermercado Franciosi Ltda.
Tendo como objetivos secundários, teorizar sobre gestão de pessoas, qualidade de vida
no trabalho, programas de incentivo e plano de carreira; coletar informações sobre o tema
pesquisado junto ao Supermercado Franciosi; levantar informações diretamente com os
colaboradores do Supermercado Franciosi, e, concluir apontando práticas para solução dos
problemas encontrados no ramo varejista, foco do estudo.
ASPECTOS PRIMORDIAIS DA GESTÃO DE PESSOAS NA
CONTEMPORANEIDADE
A gestão de pessoas passa por transformação e exige um novo conjunto de referenciais
teóricos para interpretar a realidade organizacional.
As organizações investem mais em pessoas, pois descobriram que as empresas não são
feitas somente de máquinas e equipamentos. Por mais que se tenha avanço tecnológico,
jamais se pode substituir o que existe de mais humano: a criatividade, o aprendizado e a
vontade de vencer. A importância de um recrutamento e seleção de pessoas eficaz é uma
necessidade que se faz a cada dia mais estratégica e complexa, contratam-se pessoas pela sua
capacidade e promovem-na ou demitem-na pelo seu comportamento. O processo de recrutar e
identificar, encontrar talentos, selecionar e diferenciar os melhores dentre os identificados são,
definitivamente, atividades complexas.
AS PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES
As instituições são basicamente formadas por indivíduos e o sucesso desta, depende do
quão comprometido os colaboradores estão com elas. Sabe-se que as pessoas não são mais
4
objetos das organizações, mas sim, seres humanos que devem ser tratados como tal para o
melhor desenvolvimento da mesma.
Para Chiavenato (2010, p. 4), “as organizações são verdadeiros seres vivos. Quando elas
são bem-sucedidas, tendem a crescer ou, no mínimo, a sobreviver.” E através desse
crescimento vem à necessidade de contratação de pessoas. Os colaboradores passaram a ser a
peça chave dentro de uma organização e pode-se dizer que é um dos principais motivos do
sucesso da instituição. O foco não é mais o produto, mas sim quem pode produzi-lo,
modificá-lo e adequá-lo conforme a necessidade do seu consumidor final.
A relação entre a organização e as pessoas que nela trabalham está diretamente ligada à
dependência uma da outra. A organização precisa das pessoas para existir e as pessoas
precisam da organização para atingir seus objetivos pessoais e profissionais. Segundo
Chiavenato (2010, p.5), “a relação é de mútua dependência na qual há benefícios recíprocos.
Uma relação de duradoura simbiose entre as partes. (...) Sem organizações e sem pessoas não
haveria a Gestão de Pessoas”.
Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p.21) dizem que:
[...] era da economia digital, da internet e do comércio eletrônico, o relacionamento entre a
organização e suas empresas fornecedoras e cliente, o comportamento das pessoas, a gestão do
capital intelectual, a gestão de competências e a gestão do conhecimento representam novos
conceitos que vieram transformar a tradicional administração de recursos humanos.
Devido à grande concorrência e a falta de qualificação das pessoas, reter um talento
dentro da organização é um grande desafio para os diretores. Em decorrência disto, os
colaboradores passaram a ser parceiros da instituição. Chiavenato (2010), explica que os
empregados contribuem com seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando
decisões e ações que dinamizam a organização. É importante citar que não são apenas as
pessoas que trabalham dentro da instituição, mas todas aquelas que colaboram com ela de
alguma forma, como os fornecedores, os cliente e acionistas.
As pessoas entram com o que têm de essencial para uma organização que é sua
inteligência, que possibilita a tomada de decisão, as admissões de novos talentos, as
negociações, formulações de produtos e todas as coisas que envolvam o raciocínio.
Segundo Chiavenato (2009, p.46)
A área de RH tem duas diferentes vertentes para considerar as pessoas: as pessoas como pessoas
(dotadas de características próprias de personalidade e individualidade, aspirações, valores,
atitudes, motivações e objetivos individuais) e as pessoas como recursos (dotadas de habilidades,
capacidades, destrezas e conhecimentos necessários para a tarefa organizacional). A área de RH
deve procurar tratar as pessoas como pessoas e não apenas como importantes recursos
organizacionais, rompendo a maneira tradicional de tratá-las meramente como meio de produção.
5
Com tudo isso, as empresas bem sucedidas sabem que o retorno e a valorização de seu
colaborador faz grande diferença. Um funcionário bem tratado, com possibilidades de
crescimento e com ambições dentro da instituição, trabalha muito melhor, comparado àquele
que ganha apenas o salário no final do mês.
ASPECTOS PREPONDERANTES DO PLANO DE CARREIRA
Os colaboradores passaram a ter fundamental importância para o crescimento e sucesso
de uma organização. O plano de carreira vem como uma ferramenta essencial na conquista de
bons profissionais, pois traz a oportunidade de desenvolvimento dos mesmos.
Chiavenato (2010, p.227), conceitua carreira como “sequência de posições e atividades
desenvolvidas por uma pessoa ao longo do tempo em uma organização”. No entanto,
Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p.197), completam dizendo que “é um processo
contínuo de interação entre o empregado e a organização, visando atender aos objetivos e
interesses de ambas as partes”.
Antigamente, as próprias empresas criavam o plano de carreira para seus funcionários.
Hoje é diferente, o funcionário tem o autogerenciamento da carreira. Para Tachizawa, Ferreira
e Fortuna (2001, p.197), “o planejamento e desenvolvimento de carreira são conceitos que
atualmente estão tendo seus métodos modificados tanto pelos especialistas em gestão de
pessoas como pelos executivos das organizações”.
Chiavenato (2010), ressalta que a carreira baseada em cargos está sendo substituída pela
carreira baseada em competências, e que muitas organizações estão adotando o plano de
carreira em Y, que são promoções e substituições que podem ser feitas verticalmente, cargos
mais elevados ou horizontalmente, com cargos no mesmo nível, mas mais complexos e com
outras especialidades. A carreira vertical está cada vez menor e com isso há uma tendência de
focar em carreiras horizontais, que surgem com cada oportunidade dentro da instituição. Cada
vez mais está se dando oportunidade de crescimento aos indivíduos.
A finalidade da gestão de carreira é desenvolver a organização através das pessoas,
dando a elas condições de auto realização. Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001,
p.197),
o plano de carreira serve de base para decisões do responsável pela gestão de pessoas e do
colaborados quanto ao desenvolvimento da carreira, ações de desenvolvimento e motivação para
melhoria da produtividade tanto individual como grupal, praticas como recrutamento e seleção de
pessoas e programas de desenvolvimento organizacional, proporcionando treinamento e
desenvolvimento da capacitação gerencial.
6
Os mesmos defendem que a implementação do plano de carreira, visa propor carreiras
compatíveis às necessidades, motivar os colaboradores dando possibilidade de crescimento e
desenvolvimento da carreira.
Como citado anteriormente, agora não é mais a empresa que se preocupa com o plano
de carreira do colaborador, mas ele próprio. Chiavenato (2010, p.227), diz que “está na mão
da pessoa saber ajustar sua carreira profissional conforme as demandas e exigências de um
mundo em rápida transformação e mudança”. Por isso é importante o autoconhecimento,
saber quais são seus talentos e aproveitar cada oportunidade para desenvolvê-los.
Especializar-se e aprender a trabalhar as ameaças e falhas que se têm, para usá-las a seu favor.
No que se refere a desenvolvimento de carreira, Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001,
p.198) afirmam que:
significa atingir níveis de capacitação crescentes, atender a requisitos cada vez mais complexos,
aumentar a própria capacitação e versatilidade. Ou seja, se o funcionário não parar no tempo e
renovar-se sempre, aumentando o seu nível intelectual as chances de alcançar cargos desafiadores
é maior.
Os mesmos autores afirmam que a organização deve propiciar condições e incentivos
para que o desenvolvimento ocorra em harmonia e seja proveitoso para a organização e seu
colaborador. Então pode-se dizer que mesmo sendo essencial a procura por excelência de
cada um, a empresa não deve fugir de suas obrigações para com seu colaborador, deve
propiciar maneiras de crescimento e motivação do mesmo.
Na elaboração do plano de carreira, entra a importância da informação dentro da
organização. O colaborador precisa estar consciente de tudo que acontece e como acontece.
Deve ter claramente em sua cabeça, quais as suas condições de crescimento e quais os
requisitos que precisa ter para atingir determinada vaga.
Esse assunto envolve também a estratégia e organização da empresa. Ela precisa ter
uma boa gestão de pessoas, deve conter um banco de dados e uma atualização do mesmo.
Precisa conhecer seus colaboradores, ter uma correta descrição dos cargos e saber o que cada
funcionário precisa para conseguir alcançar uma determinada promoção.
O objetivo do plano de carreira é atrair, motivar e reter talentos que ampliem o volume e
qualidade da organização e estejam alinhados com a missão, visão e valores da empresa, com
a intenção de promover sua expansão.
Embora o plano de carreira tenha tudo para dar certo, há imprevistos que podem
dificultar a realização dos objetivos dos profissionais. Esses imprevistos, que podem ser de
diversas naturezas, como o atrito com o chefe ou uma crise econômica nacional, podem fazer
7
com que as metas estabelecidas não sejam atingidas. E é justamente por isso que eles devem
ser considerados no plano de carreira. Ao considerar os imprevistos, o profissional tem
melhores condições de lidar com o fato de não ter conquistado sua meta. É provável que ao
longo de uma carreira aconteça imprevistos, o profissional deve analisar a dinâmica do
mercado, observando as oportunidades e ir ajustando seu plano à medida que novos elementos
forem conhecidos.
OS BENEFÍCIOS DOS PROGRAMAS DE INCENTIVO
As pessoas sempre trabalharam em troca de algo, seja de alimento, de objetos ou
dinheiro. É uma mão dupla na qual se desempenham tarefas e espera-se algo em troca pelo
serviço.
Chiavenato (2010, p.278) afirma que:
Ninguém trabalha de graça. E ninguém investe sem esperar algum retorno. As pessoas trabalham
nas organizações em função de certas expectativas e resultados. Elas estão dispostas a se
dedicarem ao trabalho e às metas e objetivos da organização desde que isso lhes traga algum
retorno significativo pelo seu esforço e dedicação.
Um desses retornos, e talvez o principal seja o salário, que é recebido no final de cada
mês. Porém, isto não é o suficiente. A empresa deve buscar alternativas que motivem seus
colaboradores a dedicarem-se cada vez mais.
Não basta remunerar as pessoas pelo tempo dedicado à organização. Isto é necessário,
mas insuficiente. É preciso incentivá-las continuamente a fazerem o melhor possível, a
ultrapassarem o desempenho atual e alcançarem metas e resultados desafiantes, formulados
para o futuro. A remuneração fixa funciona geralmente como fator higiênico e insatisfatório e
não consegue motivar as pessoas para a superação de metas e objetivos ou para a melhoria
continua das atividades. (CHIAVENATO, 2010)
É preciso que a organização e seus administradores tenham conhecimento sobre o
colaborador e seus objetivos profissionais, para que se desenhe um plano de incentivos de
acordo com o que ele precisa. Para Bonafin e Brandalise (2013), o incentivo, material ou
emocional, é aplicado às organizações para conseguirem de seus funcionários, maior empenho
em suas tarefas e um consequente desempenho melhor em busca dos objetivos
organizacionais. É importante ao administrador ter conhecimento sobre como ocorre à
motivação e o incentivo no indivíduo para que possa aplicar uma política de incentivos que
realmente sensibilize seus funcionários.
O sistema de recompensa é o pacote de benefícios que a empresa disponibiliza a seus
colaboradores. Não são apenas salários, férias, prêmios, promoções, mas também benefícios
8
menos visíveis, como segurança no emprego, transferências laterais que façam o mesmo
crescer dentro da organização. Em contrapartida, as punições incluem várias medidas
disciplinares que visam orientar o comportamento das pessoas e evitar que sejam desviadas
dos padrões, a fim de evitar repetições, com advertências verbais ou escritas, ou ainda, em
casos extremos, suspensão do trabalho até total desligamento da empresa.
“Para funcionar dentro dos padrões operacionais, as organizações dispõem de um
sistema de recompensa e punições a fim de balizar o comportamento das pessoas que delas
participam”. (CHIAVENATO, 2010, p.312)
As recompensas organizacionais são oferecidas para reforçar atividades, aumentando a
responsabilidade e consciência do indivíduo e do grupo, estimulando o espirito de equipe e o
trabalho em conjunto que agregue valor à organização.
Chiavenato (2010, p.313), afirma que “o sistema de recompensas e punições deve
basear-se na retroação que contribui como reforço positivo do comportamento desejado e
relacionar as recompensas com os resultados”.
Há uma troca entre a organização e os colaboradores no qual a primeira oferece
incentivos e a segunda parte devolve em contribuições, ou seja, trabalho, dedicação e
superação. É essencial que a empresa tenha um equilíbrio entre os incentivos e contribuições
para não ter prejuízos com um sistema desregulado.
A remuneração fixa ainda predomina na maior parte das organizações. Ela privilegia a
padronização dos salários, facilita a obtenção de equilíbrio interno e externo dos salários,
permite o controle centralizado por um órgão de administração salarial, proporciona uma base
lógica para a distribuição dos salários e focaliza a atividade cotidiana e rotineira das pessoas
em função do tempo que elas estão à disposição da organização. Porém, a remuneração fixa e
estável não consegue motivar as pessoas. (CHIAVENATO, 2010)
As pessoas são motivadas por diferentes necessidades, as principais são as fisiológicas e
as de segurança. Os colaboradores não trabalham apenas por remuneração, eles procuram
retornos que valorizem os esforços do dia-a-dia. A organização não deve cometer o erro de
acreditar que são válidos apenas benefícios financeiros. Isso só funcionará bem, se for
completada com o reconhecimento pessoal de cada colaborador.
A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
9
A qualidade de vida no trabalho (QTV), é um assunto que chama a atenção das
organizações devido à ligação que existe entre condições adequadas para a realização de um
trabalho e a produtividade. São vários os fatores que interferem no desempenho dos
colaboradores e quando esses são positivos há uma maior eficácia no trabalho desempenhado.
Para Quick Rossi e Perrewé (2009) a QVT, evidencia-se como resultado de uma rede de
variáveis interdependentes, que afetam o ambiente, a organização, o trabalhador, o processo e
as relações de trabalho.
Segundo a Associação Brasileira de Qualidade de Vida, a qualidade de vida no trabalho
refere-se ao nível de felicidade ou insatisfação com a própria carreira. Ou seja, aqueles que
gostam de suas carreiras, têm uma alta qualidade de vida no trabalho, enquanto aqueles que
são infelizes são considerados com uma baixa qualidade de vida no trabalho. Segundo Dolan
(2006, p.4) “a QTV representa um estilo de administração em que os empregados têm uma
sensação de posse, autocontrole, responsabilidade e amor-próprio”. Nota-se que:
Nas empresas que têm QVT elevada, incentiva-se a democracia industrial; são bem-vindas as
sugestões, dúvidas e críticas que possam levar a qualquer tipo de aprimoramento. [...] Quando a
administração incentiva esse sentido de envolvimento, é comum surgirem idéias e atividades para
aumentar a eficiência. Portanto, qualidade de vida no trabalho é um conceito e uma filosofia que
visam a melhorar a vida dos empregados dentro das instituições. (DOLAN, 2006, p.5)
Os níveis de QVT, variam de pessoa para pessoa, pois cada um tem uma necessidade
diferente. Os objetivos são diversificados e as expectativas também, tanto na vida pessoal
como na profissional. Segundo a Associação Brasileira de Qualidade de Vida, alguns fatores
são necessários para que todos possam ter uma QVT. Esses elementos mínimos são
equivalentes: à saúde, alimentação e abrigo. Para França e Rodrigues (1999, p.141),
Sem uma qualidade de vida enriquecedora, não se perpetua o progresso. A qualidade de vida no
trabalho, combinada com programas de qualidade, compromissos com a inovação, resgatando
talentos, limites e necessidades humanas, consolida a cultura da competitividade.
Dolan (2006), complementa que por meio de empregos eficientes e produtivos,
aumenta-se a qualidade de vida institucional e social, resultando no encontro da satisfação na
vida privada, familiar e social pelos colaboradores.
O trabalho em que o indivíduo está inserido deve suprir suas necessidades profissionais
e pessoais. A empresa deve disponibilizar ambientes saudáveis e estimular o relacionamento
interpessoal. Um ambiente agradável, um salário justo, um plano de carreira e segurança são
benefícios básicos que todos têm direito. A Associação Brasileira de Qualidade de Vida,
defende que para ter um alto nível de qualidade de vida no trabalho, o colaborador deve ser
respeitado pelos colegas, sejam eles de cargos superiores ou não. O trabalho não pode causar
desconforto físico ou angústia mental. O indivíduo deve sentir-se como se estivesse fazendo
10
algo agradável. O trabalhador deve estar satisfeito com o salário pago, considerando este
suficiente para o trabalho que está fazendo. O indivíduo deve se sentir valorizado, como se
estivesse fazendo algo de importância para a empresa.
Segundo Fernandes e Coronado (2008, p.1),
Um programa adequado de QVT busca a humanização em uma organização, proporcionando
condições de desenvolvimento pessoal do indivíduo, bem como o seu bem-estar. Esse novo
modelo de trabalho está se tornando elemento-chave nas organizações bem-sucedidas e
competitivas. Então, o grande desafio dos gestores é olhar as pessoas como seres humanos e não
como recursos organizacionais.
Como já citadas, as expectativas de cada indivíduo é diferente, consequentemente, o
nível de satisfação e de qualidade de vida também. Segundo Rodrigues (2011) o trabalho
organizacional é vital e pode ser visto como parte inseparável da vida humana. E a QVT,
influencia ou é influenciada por vários aspectos de vida fora do trabalho, ou seja, bem-estar
no trabalho não pode ser isolado como um todo.
Ao realizar um trabalho, o indivíduo está inserido em um contexto social mais amplo. A
representação que esse trabalho tem socialmente causa impacto na vida e no bem-estar desse
indivíduo, podendo levar a situações de maior ou menos desgaste. (FRANÇA, 2009, p.35)
A preocupação com a qualidade de vida no trabalho avançou juntamente com a
tecnologia e o ritmo de trabalho. A baixa qualidade de vida no trabalho atinge diretamente o
profissional, além de problemas físicos, a saúde mental também é afetada e muitas vezes
comprometem o indivíduo como um todo, afetando a vida profissional, familiar e social.
A introdução de novas tecnologias de trabalho e programas de reengenharia e de qualidade total
nas empresas passou a exigir cada vez mais dos profissionais. Isso reduziu a qualidade de vida e
aumentou os casos de stress em todo o mundo. (FRANÇA, 2009, p.43)
Torna-se, portanto fundamental que a organização se preocupe mais com os seus
colaboradores e adéqüem os métodos de produção a eles, pois quanto maior o nível de
qualidade de vida no trabalho, maior a satisfação do indivíduo, e também maior seu
rendimento dentro da empresa.
O SETOR VAREJISTA NA ATUALIDADE
O varejo desempenha um importante papel no cenário econômico brasileiro. Parente
(2000), define varejo como todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos
e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final.
11
Segundo Bernardino et al. (2004, p.17), "o varejo não é somente a venda de produtos
em loja, mas abrange também a venda de serviços, como a entrega de uma pizza em
domicílio, uma viagem de avião, o aluguel de fita de vídeo ou um corte de cabelo".
O varejo pode ser enquadrado em várias classificações e formatos, no entanto, será
abordado aqui apenas dois:
Instituições com Loja: são classificados em três espécies, varejo alimentar, varejo não
alimentar e varejo de serviços.
Instituições sem Loja: classificados em marketing direto, venda direta, máquina de
venda automática e varejo virtual.
Os formatos de varejo com loja podem ser categorizados em varejo de alimentos e
varejo de mercadorias em geral, cada um com suas subcategorias.
O varejo alimentício do Brasil apresenta-se muito desenvolvido. As empresas que
operam no Brasil têm acompanhado as tendências mundiais, apresentando uma variedade
muito completa de modelos e formatos de lojas, que atendem as diversas características e
necessidades de mercado. (PARENTE, 2000)
Neste ramo de varejo incluem-se bares, mercearias, feiras livres, padarias,
minimercados, lojas de conveniência, supermercados e superlojas. (BERNARDINO et al.,
2004)
Neste trabalho, é importante ater-se a minimercados, supermercados compactos e
convencionais, superlojas e hipermercados. Os autores Bernardino et al. (2004, p.54) e
Parente (2000, p.32) conceituam como:
Minimercados: Esse tipo de varejo tem forte presença em bairros de classe baixa, localizados nas
periferias. Apresentam a linha de produtos de uma mercearia, porém já adotam o sistema de
autosserviços. Supermercado compacto: caracterizam-se pelo sistema autosserviço e check outs (
caixas registradoras sobre balcão na saída da loja) e produtos dispostos de maneira acessível, que
permitem aos fregueses servirem-se, utilizando cestas e carrinhos. Apresentam uma linha
completa, porém compacta de produtos alimentícios. Quase todos esses negócios compram suas
mercadorias em empresas atacadistas por não terem volume suficiente para adquiri-las diretamente
das indústrias. Supermercado convencional: são supermercados de porte médio, que mantêm
caráter essencialmente de loja de alimentos, apresentando boa variedade de produtos. Superlojas:
Apresentam completa linha de produtos perecíveis. Apesar de serem lojas predominantemente de
alimentos, oferecem também razoável gama de produtos não-alimentícios, inclusive têxteis e
eletrônicos.Hipermercados: Por ter grande variedade e preços competitivos, vêm tendo grande
aceitação, especialmente nas grandes cidades, pois oferecem ao consumidor a conveniência de
fazer todas as suas compras em um único lugar. Costumam localizar-se nas rodovias de acesso aos
centros urbanos ou em grandes vias de circulação, mas maiores cidades. Apresentam alto giro e
baixa margem. Operam com o sistema autosserviço e oferecem alguns serviços ao consumidor.
O formato de varejo sem loja tem sua origem nas inovações
tecnológicas e a globalização tem contribuído para uma mudança acentuada nos estilos de
12
vida e nos hábitos de consumo. As empresas estão ampliando seu alcance e mobilidade
através de diferentes canais de varejo. (BERNARDINO et al.,2004)
Os mecanismos de tal acontecem mediante técnicas de venda que permitem aos
consumidores comprar produtos e serviços sem saírem de casa. São exemplos de varejo sem
loja: comércio eletrônico, catálogos, venda porta a porta, televendas e máquinas automáticas
de vendas. (PARENTE, 2000)
Segundo os autores Bernardino et al. (2004), trabalhar no varejo requer a busca
constante de sintonia com o mercado, tentando conhecer os hábitos de consumo, as crenças e
os valores dos clientes, a fim de melhor atendê-los dia após dia.
CARACTERIZAÇÃO DO RAMO SUPERMERCADISTA
Até o surgimento dos supermercados, a comercialização de alimentos e de produtos de
higiene e limpeza era feita pelo comércio tradicional, formado predominantemente por
pequenas lojas especializadas, tais como mercearias, empórios, açougues, quitandas, lojas de
secos e molhados, feiras livres, entre outras. (SENAC, 2003)
Segundo SENAC (2003), o sistema operacional era o de atendimento pessoal, sendo
vendedores e balconistas de um lado do balcão e clientes do outro. O processo de compra era
lento, pois eram os vendedores que realizavam a entrega dos produtos ao consumidor. Isto
resultava num custo operacional alto, visto que era necessário um atendente para cada
consumidor.
O autor ainda ressalta que na época passada, eram as mulheres que faziam compras, e a
questão da demora não era vista como um problema, pois as mulheres não trabalhavam fora
de casa, então era uma atividade agradável.
Com a evolução, fatores sociais e econômicos mudaram hábitos e conceitos e acabaram
trazendo consigo novas necessidades de consumo.
SUPERMERCADOS NO BRASIL
O Brasil sofreu influência americana em várias áreas, com o chamado modo de vida
americano (american way of life) e a principal delas foi o novo modo de comercializar
13
alimentos, o supermercado. O primeiro surgiu em 1953, em São Paulo e há dúvidas de qual
foi o primeiro entre os autores. (SENAC, 2003)
SENAC (2003 p. 14), afirma que “os supermercados eram localizados em bairros
centrais nobres e eram sofisticados, apesar de terem sofrido influência dos Estados Unidos.
[...] as lojas tentavam reproduzir aqui no Brasil, o que havia de mais moderno no comércio:
lojas espaçosas, com boa iluminação, balcões refrigerados, carrinhos para clientes e caixas
registradoras na saída.”
De acordo com Rojo (1998), supermercados são lojas com o método de autosserviço no
varejo de alimentos. E os produtos oferecidos têm ampla variedade como mercearia, carnes,
hortifrútis, frios, laticínios e não alimentos básicos, que são perfumaria e limpeza.
Os autores Bernardino et al. (2004), e Parente (2000), completam que são lojas de porte
médio e que a maioria desses negócios compram suas mercadorias em empresas atacadistas
por não terem volumes suficientes para adquirí-las diretamente das indústrias.
Atualmente o ramo supermercadista é um dos maiores empregadores do país, mesmo
tendo característica de autosserviço.
Os supermercados são essenciais, pois abastecem a sociedade com gêneros alimentícios,
de higiene e limpeza, consequentemente é um dos últimos lugares que o consumidor deixará
de investir, optando assim por cortar outros hábitos de consumo, caso seja preciso. Através
disso, vemos a importância do setor para todo o país.
SUPERMERCADO FRANCIOSI
A ideia de criar uma empresa teve início em 2007, com os irmãos André Luiz Franciosi
e Elton Franciosi, juntamente com seu pai Atílio Franciosi. O ramo escolhido foi o
supermercadista, visto que o irmão mais velho, Alexsander Franciosi, futuro sócio, já tinha
dez anos de experiência na área. A partir da ideia formada os irmãos passaram a visitar
cidades onde poderiam dar inicio à empresa. A primeira cidade foi Pato Branco- PR, na qual
não encontraram o ponto ideal. A segunda foi Curitibanos-SC, na qual estão até hoje. A
empresa Supermercado Franciosi Ltda. foi inaugurada em 29 de janeiro de 2008, na
localidade de Curitibanos, no bairro São Luiz. Um ano passou e os três irmãos tiveram a
proposta de aumentar os negócios, no mesmo ramo. Atualmente, a empresa conta com uma
matriz, localizada na Av. Rotary, centro da cidade e sua filial na Av. Rui Barbosa, no bairro
São Luiz.
14
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo foi delineado conforme o quadro a seguir:
Quadro 1 – Descrição dos Procedimentos Metodológicos
Segundo a abordagem do problema Qualitativa e Quantitativa
Segundo o objetivo geral (tipo de pesquisa) Descritiva
Segundo o propósito (tipo de pesquisa) Levantamento
Segundo o procedimento técnico da pesquisa Bibliográfica
Fonte : Adaptado de Diehl e Tatim (2004)
Para atingir os objetivos propostos nesta pesquisa, faz-se necessário indicar o tipo de
estudo da pesquisa. No que se refere à sua abordagem, trata-se de um estudo descritivo,
permeado pelo método quantitativo, pois os dados foram obtidos por meio de aplicação de 59
questionários composto por 26 questões fechadas, sendo em seguida, analisados
estatisticamente. Vale elucidar que o questionário1 WHOQOL-ABREVIADO, Versão em
Português, aplicado é um instrumento validado.
O questionário foi aplicado no mês de junho de 2014, o universo pesquisado
correspondeu a 78 colaboradores do Supermercado Franciosi. Vale elucidar, que a
amostragem foi aleatória e atingiu a porcentagem de 75,64% dos colaboradores, ou seja,
retornaram 59 formulários devidamente respondidos.
Por outro lado, esta pesquisa faz uso da abordagem qualitativa, pois tratou os dados de
forma a evidenciar nas descrições uma melhor visão e compreensão do contexto do problema,
explicando os resultados obtidos na pesquisa quantitativa. No que se refere aos objetivos ou
fim pretendido, trata-se inicialmente de uma pesquisa exploratória, pois levantou informações
para proporcionar maior familiaridade com o problema no intuito de torná-lo mais explícito.
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, para analisar os fatos do ponto de vista
empírico e, para confrontar a visão teórica com os dados da realidade.
A análise de resultados foi efetivada pela estatística descritiva.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
1 Disponível em http://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqol84.html
15
A qualidade de vida é o modo que escolhemos para viver. Seja esta de forma sedentária
ou não. Almeida, Gutierrez e Marques (2012, p.15), complementam que “a compreensão
sobre qualidade de vida lida com inúmeros campos do conhecimento humano, biológico,
social, político, econômico, médico, entre outros, numa constante inter-relação”.
Sabe-se que a qualidade de vida interfere diretamente na vida profissional do ser
humano e na vida pessoal. A convivência social e o rendimento nas atividades do dia-a-dia
ficam comprometidos quando o nível de qualidade de vida é baixo. De acordo com a
pesquisa cedida pelo Supermercado Franciosi Ltda, realizada no ano de 2014, 71% dos
colaboradores avaliam sua qualidade de vida como boa, 12% consideram nem ruim nem boa e
17% alegam ter uma qualidade de vida excelente.
Conforme Almeida, Gutierrez e Marques (2012, p.40),
A relação entre saúde e qualidade de vida depende da cultura da sociedade em que está inserido o
sujeito, além de ações pessoais e programas públicos ligados a melhoria da condição de vida da
população. O estado de saúde é um indicador das possibilidades de ação do sujeito em seu grupo,
se apresentando como um facilitador para percepção de um bem-estar positivo ou negativo. É
influenciado pelo ambiente, pelo estilo de vida, pela biologia humana e pela organização do
sistema de atenção à saúde em que o sujeito está inserido.
A saúde não é considerada apenas ausência de enfermidades, mas sim um estado de
bem-estar físico, mental e social. Apenas 2% dos respondentes estão insatisfeitos com sua
saúde, 10% nem insatisfeito nem satisfeito, 64% estão satisfeitos e 24% estão muito
satisfeitos com sua saúde. Isso consequentemente resulta no bom desempenho do colaborador
tanto na vida pessoal, como na profissional.
No entanto, quando questionados sobre em que medida a dor (física) os impede de fazer
o que precisam, conclui-se que a dor física compromete o movimento do membro afetado e
como consequência a rotina fica prejudica. 48% dos entrevistados responderam que a dor
física impede extremamente a realização das atividades, 33% alegam que muito pouco
interfere, 10% dos colaboradores são indiferentes à dor e 9% afirmam que a dor impede
bastante no desempenho das tarefas.
Quando questionados sobre a necessidade de tratamento médico para levar a vida diária,
58% dos colaboradores do Supermercado Franciosi, afirmam necessitar extremamente ou
bastante de um tratamento médico para levar sua vida diária. 40% poucos precisam e 2% dos
respondentes são indiferentes.
16
Este resultado levanta uma preocupação, pois mais da metade alega precisar muito de
um tratamento para desempenhar suas atividades no dia-a-dia. Visto que, em questionamentos
anteriores, mais de 80% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com a saúde.
No que diz respeito ao aproveitamento da vida, 57% responderam que aproveitam
bastante, 17% extremamente, apenas 4% alegam aproveitar muito pouco e 22% disseram
aproveitar mais ou menos.
Segundo pesquisa divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), e publicada pela revista Época Negócios (2014, p.1),
O Brasil tem um alto nível de satisfação. De acordo com a pesquisa, 80% dos brasileiros
declararam ter mais experiências positivas em um dia normal do que vivências negativas, número
acima da média da OCDE, que é de 76%. A plataforma, que mapeia as prioridades dos cidadãos
para uma maior qualidade de vida, leva em consideração fatores que impactam diretamente a vida
das pessoas, como moradia, educação, saúde, renda, engajamento cívico e até equilíbrio entre
trabalho e vida pessoal.
Dos colaboradores, 91% acham que suas vidas possuem significado e somente 9%
mostram relutância ou descontentamento com o momento em que vivem, o que significa que
a grande maioria está satisfeito com o estilo de vida levado.
Quanto à capacidade de concentração, sabe-se que a principal causa da falta de
concentração, dá-se, muitas vezes, pela correria diária, pelo excesso de tarefas e
preocupações. Porém, não são somente estes os motivos, segundo Vale (2009, p.1), “a
dificuldade de se concentrar nas tarefas do dia a dia e a sensação de impotência que ela causa
incomodam quem sofre com o problema e muitas vezes sinalizam que corpo e mente passam
por momentos de estresse, tensão ou depressão”.
De todos os colaboradores apenas 4% alegam não conseguir se concentrar. 22%
encontram alguma dificuldade em manter-se concentrados nas atividades e 74% concentram-
se bem no desempenho de suas tarefas.
O resultado mostra-se satisfatório, 74% dos indivíduos desempenham suas tarefas de
forma correta, com foco no que estão realizando. O que possivelmente resulta numa melhor
produtividade laboral do funcionário.
No que se refere à segurança do indivíduo na vida diária, 29% responderam sentirem-se
mais ou menos seguros, 57% estão bastante seguros, 5% extremamente seguros, 9% nada
seguros ou muito pouco seguros.
Para Alves (2011, p.1),
Um fator de grande importância para garantir a saúde dos colaboradores na organização são os
programas de higiene e segurança no trabalho, que constitui a garantia de um local apropriado para
o desempenho das funções. [...] entende-se que os benefícios com este programa é compensador
tanto para a organização quanto para o colaborador, garantindo um ambiente de trabalho seguro e
17
agradável, onde com isso o empregado produz melhor, diminui o absenteísmo, afastamentos e a
rotatividade.
Ou seja, a segurança, principalmente no trabalho, garante ao colaborador uma saúde
física e mental, fazendo com que isto resulte no bom desempenho dentro da organização.
Sobre o ambiente de trabalho 15% consideram que não é saudável. 60% confirmam que
o espaço é mais ou menos saudável e os 25% restantes alegam que seu ambiente de trabalho é
bastante ou extremamente saudável.
Silva, Ferreira (2010, p.1) alegam que:
A importância do ambiente físico para o desenvolvimento da produtividade é a base para o que o
empresário e os trabalhadores atinjam seus objetivos em comuns. Propiciar um ambiente adequado
à realização das atividades produtivas dispõe ao trabalhador melhor qualidade de vida, uma vez,
que quando posto em condições de trabalho apropriadas, a delegação de responsabilidades é feita
de modo a não sobrecarregar o trabalhador.
Sabe-se que o ambiente de trabalho atinge diretamente o trabalhador e este sofre as
consequências de um local não apropriado para o desempenho de suas tarefas. Um recinto
com condições precárias leva o colaborador ao nível de estresse extremo e em decorrência há
um déficit de produção e qualidade de vida.
Como consequência, apenas 2% afirma não ter energia suficiente para desempenhar as
tarefas diárias. 27% têm energia mediana e 71% afirmam ter plena energia para desempenhar
suas funções.
Quando questionados sobre a satisfação com sua aparência física, entende-se que a
aparência física e a auto-estima interferem diretamente na vida do colaborador e esta, se vista
de uma maneira positiva só traz benefícios ao indivíduo, como cita a Nascimento (2014, p.1),
Entre muitos valores temos aquele que o próprio ser se dá. Auto-estima é o valor físico emocional
que se dá a si mesmo. Quando o indivíduo está com sua auto-estima elevada ele se sente mais
seguro e confiante sendo capaz de desenvolver seus afazeres e até mesmo passar por problemas
com maior facilidade, pois mesmo quando passam por problemas esses indivíduos recuperam com
maior rapidez o foco positivo das coisas e da vida. Completamente diferente de indivíduos que
perdem a auto-estima por não estarem satisfeitos com sua aparência.
O resultado foi positivo, 82% dizem aceitar muito bem sua aparência física. 14% de
forma mediana e apenas 4% não aceitam sua aparência física.
Sobre a satisfação com seu nível financeiro, 14% alegam não possuir dinheiro suficiente
para satisfazer suas necessidades, 52% afirmam ter de forma mediana e 34% dizem ter
dinheiro suficiente para satisfazer as necessidades.
Dinheiro não é tudo, porém precisa-se dele para ter atendidas as necessidades básicas.
Sabe-se também que quanto mais dinheiro se tem, mais se gasta. As necessidades e desejos
mudam e ficam mais aprimorados. Por isso, de nada adianta ter mais dinheiro, se não tiver
18
uma educação financeira. É importante fazer com que o dinheiro trabalhe para você e não o
contrário.
Quanto ao processo de comunicação interna na empresa, compreende-se que é de
extrema importância que as informações necessárias para o desenvolvimento das tarefas
estejam claras a todos os indivíduos da organização. Caso contrário, o desenvolvimento e
rendimento dos mesmos ficam comprometidos, visto que não se sabe como agir em
determinadas situações.
Diante disto, 9% dos respondentes afirmam que poucas informações estão disponíveis,
34% alegam que as informações estão regulares para o seu desempenho e 57% dizem ter
disponíveis as informações que precisam diariamente.
O termo qualidade de vida, representa um desafio para muitas pessoas. Utilizado para se
referir às condições da vida de um indivíduo, engloba a saúde física, mental e espiritual,
educação, poder de compra, além de equilíbrio entre o lado pessoal e profissional. E isso
pressupõe muitos aspectos, entre os quais adotar hábitos saudáveis, reservar tempo para
cultura e lazer, obter satisfação profissional e cultivar relações sociais e familiares positivas e
consistentes.
Quando questionados sobre seus hábitos e práticas de lazer, 35% dos indivíduos
confirmam ter nada ou poucas oportunidades de lazer, 37% oportunidades medianas e 28%
dizem ter muitas oportunidades. Este resultado pode ser justificado devido à carga horária
desempenhada no trabalho e ao tipo de função exercida. Isto porque, alguns fazem parte do
escritório e consequentemente tem um horário diferenciado. Já outros trabalham nos setores
diversos e comprometem seus finais de semana.
Tem-se consciência de que na sociedade contemporânea, se vislumbra o bem-estar e a
boa qualidade de vida como algo que se almeja, mas ao mesmo tempo são deixados em
segundo plano ao serem confrontados com a organização do mundo do trabalho e as
necessidades familiares, religiosas e sociais desta sociedade. Nesse aspecto, haverá estreita
relação entre atividade física com a busca pela qualidade de vida. Sabe-se que a atividade
física contribui para o bem-estar físico, para a saúde e consequentemente para a melhora da
qualidade de vida das pessoas, onde é preciso estabelecer prioridade de acordo com as
características e necessidades de cada indivíduo.
Dos entrevistados, 4% dizem não ser capaz de se locomover bem. 7% são indiferentes e
89% alegam serem capazes de se locomover muito bem. Esta questão está interligada ao fator
de saúde física, visto que se o colaborador tem uma boa saúde física, ele conseguirá se
locomover e desempenhar suas funções com facilidade.
19
Segundo UNIMED (2013), devido às cargas de trabalho pesadas muitas pessoas se
mantêm acordadas até tarde, isto porque sempre têm um compromisso social ou um programa
de TV favorito. Mas é importante lembrar que mesmo que as pessoas durmam de 7 a 8 horas
por dia, se o sono não for profundo o suficiente o corpo não descansa e isso resulta no mau
funcionamento do mesmo durante o dia. Quando questionados sobre a qualidade de seu sono,
14% responderam estarem muito insatisfeitos com seu sono, 23% são indiferentes à qualidade
do sono e 63% alegam estar satisfeitos com seu sono.
A manutenção de uma vida ativa, o cuidado com a saúde, a atenção dada a essas
capacidades, os padrões de interação dessas capacidades, podem fortalecer ou enfraquecer
nossas competências no cotidiano ao longo da vida. Assim, as competências diárias e a sua
manutenção dependem de condições antecedentes, tais como mecanismos biológicos
satisfatórios, saúde física e mental, bom humor, motivação, oportunidades culturais, incentivo
e autoestima.
No que se refere à capacidade dos colaboradores do Supermercado Franciosi, em
desempenhar as atividades do dia-a-dia 2% dos colaboradores consideram-se muito
insatisfeitos, 20% mostram-se indiferentes, 57% estão satisfeitos e 21% muito satisfeitos.
Diante da capacidade para o trabalho 2% estão muito insatisfeitos, 7% nem satisfeito
nem insatisfeito, 61% estão satisfeitos e 30% estão muito satisfeitos. O que se pode concluir,
que a grande maioria está desempenhando suas atividades diárias normalmente.
Ter uma qualidade de vida, significa estar em equilíbrio com todos os fatores que
afetam a vida humana, como saúde física, mental, educação, entre outros. Um desses
parâmetros é o bem estar, referindo-se à própria pessoa. Quanto mais satisfeito o ser humano
estiver consigo mesmo, maior será sua qualidade de vida e consequentemente melhor
cumprirá seus deveres no dia-a-dia. Segundo os colaboradores, 4% estão muito insatisfeitos e
insatisfeitos consigo mesmo. 14% não estão nem satisfeitos nem insatisfeitos e 82% estão
satisfeitos ou muito satisfeitos consigo mesmo.
As relações pessoais interferem diretamente na qualidade de vida de um indivíduo, pois
intervém na saúde emocional do colaborador. 2% dos entrevistados estão insatisfeitos com
suas relações interpessoais. 12% estão nem satisfeitos nem insatisfeitos, 52% estão satisfeitos
e 34% estão muito satisfeitos com suas relações pessoais, com amigos, parentes, colegas,
entre outros.
Sem dúvida, se as relações pessoais interferem positivamente na vida do indivíduo e
trazem diversos benefícios, o bem-estar causado pela vida sexual ativa é incalculável, ele é
capaz de aliviar tensões, combater o estresse, melhorar a autoestima, o ânimo e o humor. Com
20
isso, a vida sexual do indivíduo está interligada a sua qualidade de vida. Quanto melhor a vida
sexual, melhor o desempenho do colaborador, não só na vida profissional como na pessoal
também. 10% dos questionados responderam estar muito insatisfeitos com sua vida sexual,
9% estão no intermédio e 81% estão satisfeitos e muito satisfeitos com a vida sexual.
Com relação ao apoio dos amigos, 28% dos colaboradores estão nem satisfeitos nem
insatisfeitos. 54% estão satisfeitos com o apoio dos amigos e 18% estão muito satisfeitos.
Referente ao local onde moram, 2% dos respondentes estão muito insatisfeitos, 7%
insatisfeitos, 10% nem satisfeitos nem insatisfeitos, 66% estão satisfeitos e 15% estão muito
satisfeitos.
Quando questionados sobre o grau de satisfação com a saúde, 10% alegaram que estão
muito insatisfeitos, 12% insatisfeitos, 42% nem satisfeitos nem insatisfeitos. 31% satisfeitos e
5% muito satisfeitos. Para desenvolver o trabalho de forma correta é necessário que se tenha
uma boa saúde e para isso precisa-se que haja acesso aos responsáveis por ela.
O trânsito é o meio de transporte que as pessoas usam para se locomover até o serviço
interfere diretamente na sua qualidade de vida, segundo o Guia Trânsito (2014, p.1),
O stress que o trânsito provoca, interfere diretamente na saúde, bem estar e relacionamento das
pessoas, levando-os a tratamentos paliativos, pois é um ciclo sem fim, e isso é qualidade de vida.
Fatores como a poluição sonora e atmosfera contribuem sobre maneira nesse contexto. Os ruídos
de escapamento, de buzina, de alarmes, de propagandas e sirenes, causam enormes danos à saúde,
como perda de audição, stress, humor, depressão.
Referente ao meio de transporte 3% se dizem muito insatisfeitos, 11% insatisfeitos,
14% nem satisfeitos nem insatisfeitos, 45% satisfeitos e 27% estão muito satisfeitos com seu
meio de transporte.
Por fim, ao serem questionados sobre o quão frequente há um sentimento negativo, 19%
nunca têm esse tipo de sentimento, 54% dos respondentes têm algumas vezes, 10%
frequentemente, 14% muito frequentemente e 3% sempre.
A correria do dia-a-dia, resulta no acumulo de estresse, mau humor, ansiedade e
depressão. Este vira uma doença mental a qual abala o indivíduo e o deixa impossibilitado de
resolver ou desempenhar qualquer atividade. Esse tipo de pensamento que evolui para uma
doença é o mal do século, que faz parte da vida de muitos jovens e adultos. Este é um
problema que prejudica não só o colaborador como a organização também, pois este resulta
em um afastamento por tempo indeterminado e em despesas para o proprietário da instituição
com encargos previdenciários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
No âmbito da rotina de trabalho do homem moderno, oferecer segurança e saúde ao
trabalhador como meta institucional prioritária, significa reconhecer o direito a um estilo de
vida saudável, ao mesmo tempo em que se criam condições favoráveis para o trabalho na
instituição.
A Qualidade de Vida no Trabalho é uma preocupação crescente para as empresas que
procuram manter a competitividade em mercados globalizados. Tal preocupação, deve-se ao
fato de que a tecnologia é um fator decisivo do sucesso empresarial, distinguindo o ser
humano como um elemento essencial para o desenvolvimento e crescimento da organização.
Nessa situação, produtividade vai além da ideia de uma boa produção ou de ser
competente. É necessária uma conexão com a melhoria de Qualidade de Vida, de cada
indivíduo no trabalho e suas consequências fora dessa esfera. A melhoria do trabalho significa
motivação, compostura e participação no processo de trabalho da organização. Portanto,
produtividade significa desenvolver indivíduos, cujas vidas podem ser produtivas no sentido
amplo.
A empresa que não atenta para a QVT, pode se considerar decadente, pois, uma vez que
seus clientes internos não estão satisfeitos, refletirão esse descontentamento na produtividade.
O produto final da empresa é o reflexo da satisfação e da qualidade de vida dos funcionários,
se este têm uma alta qualidade de vida, o produto da empresa será de alta qualidade e seus
clientes externos estarão satisfeitos.
Logo, o investimento no capital humano traz um bom retorno em termos de qualidade e
produtividade da empresa, pois a tranquilidade física e emocional das pessoas é sinônimo do
crescimento organizacional. A qualidade de vida do indivíduo é a somatória da satisfação das
necessidades físicas, psicológicas e sociais deste.
Após a análise dos dados, concluiu-se que a Qualidade de Vida no Trabalho no
Supermercado Franciosi Ltda, é praticamente inexistente, e o sucesso e crescimento da
empresa está comprometido a médio e longo prazo, já que, quanto maior o investimento em
qualidade de vida para os trabalhadores, maior será o retorno em termos de produtividade e
qualidade para a empresa. No entanto, há soluções palpáveis como, dar maior autonomia aos
funcionários, qualificar seus colaboradores, valorizar o seu desempenho, oferecer benefícios
que propiciem alternativas de melhoria na qualidade de vida do trabalhador.
Julga-se necessário que os administradores tenham ouvidos e olhos atentos para o
comportamento das pessoas no trabalho. Nesse sentido, é indispensável conhecer o que os
22
funcionários pensam sobre a empresa e qual a sua atitude em relação aos diferentes aspectos
da organização. Só assim é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas no trabalho, e
consequentemente, a qualidade dos serviços prestados pela empresa.
Dessa forma, espera-se que os resultados obtidos nessa pesquisa contribuam para que a
insegurança, a desconfiança, a insatisfação deixem de fazer parte do cenário do cotidiano do
trabalhador, e que o ambiente de trabalho seja motivo de satisfação, motivação, e
principalmente de auto-realização pessoal e profissional.
A qualidade de vida afeta diretamente as atitudes e comportamentos relevantes para a
produtividade, tanto individual como em equipe. Esta afeta a motivação pessoal e
profissional, a adaptabilidade à mudanças, criatividade e disposição para inovar. Devido a
isso, se pode afirmar que a qualidade de vida não é definida somente pelas características
pessoais, mas também pelas organizacionais. O ambiente no qual o indivíduo atua
diariamente é capaz de desenvolver reações, favoráveis ou não. Devido a estes fatores, é
importante que o processo de gestão de pessoas dentro da organização seja desenvolvido com
eficiência e eficácia e que haja sempre modificações, visando o bem-estar físico e psicológico
dos colaboradores.
Ainda é incomum nas organizações, a preocupação pela qualidade de vida dos
colaboradores, mas incomum ainda é a prática ou programas que visam a saúde e bem estar
do indivíduo. As empresas encaram esse problema como desnecessário e não percebem que a
prevenção é mais importante do que desembolsar na hora do empecilho, com ações
trabalhistas e afastamentos.
O Supermercado Franciosi Ltda, não disponibiliza aos seus colaboradores programas de
qualidade de vida e também não tem um plano de carreira. Mesmo com esta falta, 88% dos
respondentes alegam ter um nível de qualidade de vida alto, 74% aproveitam a vida mesmo
comprometendo parte dos seus finais de semana com a organização. 91% afirmam estar
satisfeitos com o estilo de vida que levam e 71% tem energia plena para a realização das
atividades. Contudo, 60% dizem ter um ambiente mais ou menos saudável o que pode
futuramente comprometer o rendimento dos mesmos se a questão não for solucionada.
Para o aumento do nível de qualidade de vida no trabalho é necessário primeiramente
mudar a cultura da empresa. Ela deve passar a olhar seu colaborador como peça chave para o
sucesso e investir no mesmo. As ações para garantir a saúde e bem estar do indivíduo não
devem ser vistas como um custo para a organização e sim como um investimento a médio e
longo prazo.
23
No caso da empresa Supermercado Franciosi Ltda, os empecilhos vão além, visto que a
carga horária desempenhada pelos profissionais é diferenciada dos demais. Há atividades de
segunda a domingo, sendo que durante os seis dias da semana o horário corresponde ao
exigido por lei, mas nos domingo é hora extra, o que compromete o lazer e descanso do
colaborador. Consequentemente, isso pode interferir no nível de qualidade de vida e muitas
vezes resultar em um alto índice de rotatividade para a organização. Mesmo com esses
empecilhos ao realizar o levantamento geral dos gráficos constatou-se que grande parte dos
colaboradores está satisfeita com o trabalho e com as tarefas que desempenham na
organização.
Faz-se necessário que ocorra a prática de um plano para garantir a qualidade de vida do
colaborador e este faça parte do plano estratégico da empresa. É de suma importância, o plano
de carreira para que haja motivação constante dos indivíduos e uma perspectiva de
crescimento que resultará no maior rendimento para a empresa. Melhor do que vestir a camisa
pela empresa é ter nela um ambiente saudável, no qual todos se sintam bem e felizes por
desempenhar suas tarefas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Marco Antonio Bettine de; GUTIERREZ, Gustavo Luis; MARQUES,
Renato. Qualidade de vida. 2012. Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/edicoes-
each/qualidade_vida.pdf>. Acesso em: 19 set. 2014.
ALVES, Everton Fernando. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. 2011.
Disponível em:
<http://zenodo.org/record/6781/files/Programas_e_acoes_em_qualidade_de_vida_no_trabalh
o.pdf>. Acesso em: 20 set. 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUALIDADE DE VIDA. Qualidade de vida no
trabalho. 2014. Disponível em http://www.abqv.com.br/portal/Content.aspx?id=384. Acesso
em 27 de jul. 2014.
BERNARDINO, Eliane de Castro; PACANOWSKI, Mauro; KHOURY, Nicolau; REIS,
Ulysses. Marketing de varejo. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
BONAFIN Tabatha C.; BRANDALISE, Teresinha; Loreni. Incentivos organizacionais
versus satisfação dos funcionários. Disponível em:
http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/VISeminario/Artigos%20apresentados%20em%2
0Comunica%E7%F5es/ART%2013%20-
%20Incentivos%20Organizacionais%20versus%20satisfa%E7%E3o%20dos%20funcionarios
.pdf. Acesso em : 24 de jun. 2013.
24
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 3 ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
DIEHL, Astor Antônio. TATIM, Denise Carvalho. Pesquisa aplicada em ciências sociais
aplicadas : métodos e técnicas. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
DOLAN, Simon L.. Estresse, auto-estima, saúde e trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2006.
ÉPOCA NEGÓCIOS. OCDE lança índice sobre qualidade de vida em português: apesar de
avaliar mal vários índices, 80% dos brasileiros declaram ter mais experiências positivas em
um dia normal do que vivências negativas. Época Negócios, São Paulo, p.1-1, 10 jul. 2014.
Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/06/ocde-
lanca-indice-sobre-qualidade-de-vida-em-portugues.html>. Acesso em: 19 set. 2014.
FERNANDES, Camila Araújo; CORONADO, Ana Beatriz. Qualidade de vida no
trabalho: fator decisivo no desempenho organizacional. Dez. 2008.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/qualidade-de-vida-no-
trabalho-fator-decisivo-no-desempenho-organizacional/26723/. Acesso em 25 de jul. 2014.
FERREIRA, Marco Aurélio Marques; VENÂNCIO, Michele Moutinho; ABRANTES, Luiz
Antônio. Análise da eficiência do setor de supermercados no Brasil. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ecoa/v13n2/v13n2a07.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2013.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Qualidade de vida no trabalho - QVT: conceitos e
práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. 2. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2009.
FRANÇA, Ana Cristina Lomingi; RODRIGUES, Avelino Luiz. Stress e trabalho: uma
abordagem psicossomática. 2. ed. São Paulo: Atlas S.a, 1999.
NASCIMENTO, Thaís Cristine S. Nogueira et al. Estética não é futilidade, é saúde. 2014.
Disponível em: <http://realcebelezaestetica.blogspot.com.br/p/como-estetica-influencia-na-
vida-de-uma.html>. Acesso em: 20 set. 2014.
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.
RODRIGUES, Marcus Vinicius. Qualidade de vida no trabalho: evolução e análise no nível
gerencial. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
ROJO, Francisco J.G. Supermercados no Brasil. São Paulo : Atlas, 1998.
ROSSI, Ana Maria; QUICK, James Campbell; PERREWÉ, Pamela L. Stress e qualidade de
vida no trabalho: o positivo e o negativo. São Paulo: Atlas S.A, 2009.
SENAC. O Trabalho no supermercado. Rio de Janeiro : SENAC, 2003.
SILVA, Álisson Sousa da; FERREIRA, Regina Célis Martins. O ambiente físico de
trabalho e o desempenho da produtividade do trabalhador dentro do setor
25
oleiro/cerâmico Amapaense. 2010. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAezNwAL/artigo-ambiente-fisico-trabalho-
desempenho-produtividade-trabalhador-dentro-setor-oleiroceramico-amapaense-epaep-
2010>. Acesso em: 18 set. 2014.
TACHIZAWA, Takishy; FERREIRA, Victor C.P; FORTUNA, Antonio A.M. Gestão com
pessoas: Uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV,
2001.
TRÂNSITO, Guia. O trânsito e suas consequências na qualidade de vida. 2014.
Disponível em:
<http://www.guiatransito.com/index.php?option=com_content&view=article&id=53:transitox
qualidadedevida&catid=35:artigosgerais&Itemid=37>. Acesso em: 19 set. 2014.
UNIMED. A importância do sono para a qualidade de vida. 2013. Disponível em:
<https://www.unimedcuritiba.com.br/wps/wcm/connect/portal/portal/sua-
saude/qualidade_de_vida/prevencao_e_bem_estar/45ccca4c-34fa-4c33-9caa-cc12ed2dd1a8>.
Acesso em: 20 set. 2014.
VALE, Natalia do. Dificuldade em se concentrar pode ser sinal de problemas emocionais
ou cognitivos. 2009. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/bem-
estar/materias/10468-dificuldade-em-se-concentrar-pode-ser-sinal-de-problemas-emocionais-
ou-cognitivos>. Acesso em: 22 set. 2014.