Essencis amplia sua capacidade em Betim

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DANIELA MACIEL Em Minas Gerais, desde 2004, a Essencis MG, uni- dade regional da paulista Essencis Soluções Ambien- tais, amplia sua unidade de Betim, na Região Metropoli- tana de Belo Horizonte (RMBH), com a inauguração de uma sede administrativa — com área total de 612 mil metros qua- drados e capacidade paratrês milhões de metros cúbi- cos de resí- duos. O novo espaço, segundo o superinten- dente da Essencis MG, Aluísio Peres, visa atender a u m a demanda crescente, que já contabiliza mais de 700 cli- entes. “O crescimento da produ- ção industrial da RMBH, ali- ado à crescente conscientiza- ção do empresariado mineiro e ao endurecimento da legis- lação ambiental, fez com que tivéssemos um aumento muito forte da demanda. O número de colaboradores dobrou no último ano e preci- samos oferecer uma estru- tura administrativa maior, mais moderna e confortável, capaz de absorver todo o tra- balho que vem pela frente”, explica Peres. A Essencis Soluções Ambientais é uma joint ven- ture formada pelos Grupos Solví e Cavo. Fundada em 2001, é uma das mais impor- tantes empresas do mercado em soluções ambientais para a promoção do desenvolvi- mento sustentável no Brasil. São 12 plantas espalhadas pelas regiões Sudeste e Sul. Em Minas, além de Betim, Juiz de Fora (Zona da Mata) tam- bém abriga uma Central de Trata- mento e Valo- rização Ambi- ental (CTVA). A nova sede faz parte de um plano de investimen- tos de R$ 20 milhões que inclui uma unidade de valo- rização energética de resí- duos. Nessa nova planta, resíduos misturados e consi- derados imprestáveis são manipulados e transforma- dos em um composto de alto poder calorífico, livre de flúor, sólido e de dimensões reduzidas, utilizável em for- nos da indústria cimenteira, substituindo o óleo diesel. “Minas Gerais é o maior fabricante de cimento do Brasil, oferecendo um grande mercado para esse produto. Essa é uma tecnolo- gia já consolidada, mas vamos oferecer um diferen- cial tecnológico e logístico importante”, afirma. A uni- dade deve começar as opera- ções até o fim de 2012. O fim do ano deve ser marcado, também, pelo iní- cio da construção de uma nova planta para o trata- mento das lamas de aciaria (resíduo da fabricação do aço, rico em ferro e zinco). Atualmente, esse resíduo é considerado inútil pela indústria por causa da con- taminação de zinco e é depo- sitado em aterros sanitários. A nova tecnologia que será empregada em Betim foi desenvolvida na Universi- dade Federal de Ouro Preto (Ufop) e é capaz de separar o ferro do zinco e recuperar até 70% do metal essencial às siderúrgicas. O processo, considerado limpo, é um pro- cesso físico, que utiliza ultrassom e ciclonagem, que quebra as moléculas e separa os elementos pelo seu peso específico. Para a cons- trução foi criada uma joint venture entre a Essencis e a HPM Technologies. O inves- timento será de R$ 10 milhões e deve gerar, no pri- meiro estágio, entre 15 e 25 novos empregos. Redução de custos — “A recuperação dos metais da lama de aciaria traz vários benefícios. O primeiro é que o ferro elemental recuperado é mais barato do que a maté- ria-prima comprada da forma tradicional, diminu- indo os custos da produção. Depois, com a menor neces- sidade de extração, são pou- pados recursos naturais e a natureza também ganha. Em terceiro lugar, se recupe- ramos 70% do ferro, diminu- ímos drasticamente o volume de rejeitos deposi- tado nos aterros. Isso tam- bém reduz custos com a manutenção e monitora- mento desses espaços, além de diminuir a área inutili- zada e, por fim, também mitigar os impactos ambien- tais. E, finalmente, criamos uma nova cadeia produtiva, gerando emprego e renda, e que, ainda, ajuda a dissemi- nar os conceitos da sustenta- bilidade”, avalia Peres. Além do ferro, o zinco apu- rado também pode ser apro- veitado por outras indústrias que utilizam o elemento. “O zinco é considerado um veneno para a siderurgia, mas muito útil em vários outros setores. Nesse processo ele pode ser vendido e gerar mais uma fonte de renda para a indús- tria”, ensina. Para escapar de uma das grandes dificuldades relata- das pela maioria dos empre- sários brasileiros, a falta de mão de obra qualificada, a Essencis MG aposta no trei- namento interno, principal- mente para a criação de novas lideranças. “Esses empreendimentos que têm na base da sua produção novas tecnologias necessi- tam de profissionais que ainda não existem no mer- cado. A formação de novos líderes é essencial para o desenvolvimento do nosso plano de ação para os próxi- mos cinco anos”, completa. O fim do ano deve ser marcado, também, pelo início da construção de uma nova planta para o tratamento das lamas de aciaria (resíduo do aço) INAUGURAÇÃO 13 NEGÓCIOS CECILIA KRUEL Negócios inovadores e sustentáveis encontraram o ambiente certo para crescer. O Hub é uma organização internacional de apoio a empreendedores do setor, com mais de 5 mil membros em todo o mundo, conectados através de uma plataforma virtual. A filial de Belo Hori- zonte funciona desde 2010 e acaba de ganhar uma nova sede. Além disso, vai ofere- cer um festival de workshops para as pessoas comparti- lharem suas experiências no mundo empresarial. Criado na Inglaterra em 2005, o Hub já tem 40 escri- tórios em 30 países, com membros conectados a locais como Califórnia, Londres, Tel Aviv, Dubai, Mumbai, Joanesburgo, Amsterdã, Madri, Berlim e Melbourne. No Brasil, são três filiais, sendo uma em São Paulo — que funciona desde 2008 — e as outras em Belo Horizonte e Curitiba. Duas unidades ainda estão sendo finaliza- das no Rio de Janeiro e Flo- rianópolis. Na capital mineira, a ini- ciativa veio através de três colegas, o publicitário André Maciel, a administradora Elisa Alkmin e a analista de sistema de informação, Vir- gínia Alfenas. O projeto rece- beu aporte de cerca de R$ 10 mil dos sócios e R$ 10 mil provenientes do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Com pouco mais de 50 associados e mais de 200 participantes, a filial acaba de ganhar nova sede de 250 metros quadrados, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul, que inclui um espaço físico criativo para o coworking — escritó- rio compartilhado — e infraestrutura para escritó- rios tradicionais. A ideia envolve a disponi- bilização de um ambiente amplo, onde os usuários compartilham mesas, inter- net de alta velocidade e deco- ração inusitada. Os profissi- onais e empresas têm acesso aos recursos que eles neces- sitam em seus negócios: pes- soas, contatos, parceiros, investidores, onde cada um organiza seus horários, encontros e reuniões, sem a formalidade dos escritórios tradicionais. Segundo a sócia Virgínia Alfenas, “o Hub tem como objetivo inspirar e conectar diferentes profissionais e empresas, com as mais varia- das experiências e culturas, em prol de mudanças e inova- ções significativas para a soci- edade”. Os setores de atuação são os mais diversos, como mobilidade urbana, saúde, educação e saneamento. “A característica em comum dos membros desta organização é a realização de ideias empre- endedoras para o mundo”, completa. Os empreendedores desenvolvem projetos de ação social e sustentabili- dade, como a distribuição de produtos artesanais do Vale do Jequitinhonha dentro do comércio justo, capacitação profissional para pessoas de baixa renda através de pla- taforma de educação a dis- tância, consultoria de sus- tentabilidade para empresas. Valem também ideias inusitadas, como a cri- ação de roupas de malha com garrafas Pet recicladas. Para ser um membro é possível se associar através de diferentes planos de ser- viços. “As associações no Hub BH ainda são feitas somente por pessoas físicas”, explica a sócia. O plano mais simples é o “conexão” ao custo de R$ 50 por mês. Ele permite o acesso à rede local e global do Hub, desconto em eventos e utilização do posto de trabalho por cinco horas no mês. Ainda exitem os pla- nos Hub 12, 25, 50, 100 e ili- mitado. Este último, no valor de R$ 600 por mês, permite a utilização de toda a infraes- trutura do Hub BH, inclu- indo a sala de reuniões e o uso das outras unidades espalhadas pelo globo. Além das mensalidades, a filial se mantêm ainda com o aluguel dos espaços para reunião, eventos e workshops. Workshops — Entre os dias 17 e 31 de agosto, a Hub BH vai promover um festival de workshops, o Hub Escola. O evento é aberto ao público em geral, mediante paga- mento de R$ 20 a R$ 30 por hora de evento. “O partici- pante escolhe quanto pode pagar. Não queremos excluir alguém que tenha menos capacidade de investir nos nossos eventos”, afirma Vir- gínia Alfenas. São mais de 30 oficinas baseadas em três eixos: o “empreendedorismo” — com oficinas de desenvolvimento de modelos de negócios; “novas metodologias” — que vai mostrar as novidades e tendências do mercado; e ainda o “faça você mesmo” — gestão de projetos que podem ser feitos em casa ou no trabalho, como composta- gem, design thinking e ofici- nas de palhaços. “As pessoas têm a oportu- nidade de compartilhar suas experiências dentro e fora da rede. Nós abrimos o espaço durante 15 dias para que essas pessoas proponham atividades que vão entrar para a grade de programa- ção. Foram mais de 60 proje- tos de oficinas recebidos neste ano”, explica Virgínia Alfenas. A última edição teve mais de 300 participan- tes em 32 workshops. Investimentos chegam a R$ 20 mi Essencis amplia sua capacidade em Betim Belo Horizonte, quarta-feira, 8 de agosto de 2012 JULIA DUARTE Há 10 anos no mercado de compra e venda de casas lotéricas, a MG Negócios está sentindo uma desacele- ração neste ano. O resultado negativo seria fruto, de acordo com o proprietário da empresa, Isaias Oliveira, das baixas remunerações pagas pela Caixa Econômica Federal (CEF) aos lotéricos. A expectativa é de entrar em um acordo com a instituição nos próximos meses para que os negócios possam ser aquecidos. Oliveira é lotérico e já está nesse mercado há 25 anos. Em 2002, percebendo que havia uma movimentação paralela de compra e venda de casas lotéricas ele abriu a MG Negócios. Ele explica que a casa lotérica é uma concessão federal que acon- tece por meio de licitação. “No entanto, quando os sócios de uma determinada lotérica não querem mais tocar aquele negócio eles podem passar a concessão para outra pessoa. É aí que nós entramos”, diz. Ainda segundo Oliveira, a valor da licitação começa em R$ 10 mil, mas pode chegar até a R$ 400 mil. “Isso varia de acordo com o ponto comer- cial e a rentabilidade que aquela lotérica poderá ter”, observa. Esses fatores tam- bém influenciam na hora da compra e da venda das casas lotéricas. “Não há valor fixo. Além da concessão, o lotérico também investe em infraes- trutura, com equipamentos, mobiliário e até blindagem dos vidros, que é muito caro. Tudo isso é levado em conta”, afirma. O aumento do número de assaltos a casas lotéricas, de acordo com Oliveira, está desacelerando o mercado. “As pessoas ficam com medo de investir nesse ramo”, con- clui. Mas, para ele, o que realmente está prejudicando são as baixas taxas pagas pela CEF aos lotéricos. “O cliente paga à Caixa R$ 2,10 para gerar o boleto. A insti- tuição, por sua vez, paga à casa lotérica R$ 0,35 por conta recebida, independen- temente do valor. Essa remuneração é muito baixa, então as pessoas não estão querendo investir no ramo”, argumenta Oliveira. De acordo com ele, a CEF prometeu aos lotéricos aumentar o número de jogos e oferecer também jogos dife- renciados. Nova unidade tem capacidade para três milhões de metros cúbicos de resíduos LOTÉRICAS Receio de investidor desacelera o mercado EMPREENDEDORISMO Hub BH abre novo escritório na Capital Filial tem mais de 50 associados Junto com os demais sócios, André Maciel aplicou R$ 10 mil no projeto ALISSON J. SILVA DIVULGAÇÃO

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Essencis amplia sua capacidade em Betim Investimentos chegam a R$ 20 milhões Jornal Diário do Comércio Belo Horizonte, 8 agosto 2012

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DANIELA MACIEL

Em Minas Gerais, desde2004, a Essencis MG, uni-dade regional da paulistaEssencis Soluções Ambien-tais, amplia sua unidade deBetim, na Região Metropoli-tana de Belo Hor izonte(RMBH), com a inauguraçãode uma sede administrativa— com área total de 612 milmetros qua-d r a d o s ec a p a c i d a d ep a r a t r ê sm i l h õ e s d emetros cúbi-cos de res í -duos. O novoe s p a ç o ,s e g u n d o osuperinten-d e n t e d aEssencis MG,Aluísio Peres,visa atendera u m ademanda crescente, que jácontabiliza mais de 700 cli-entes.

“O crescimento da produ-ção industrial da RMBH, ali-ado à crescente conscientiza-ção do empresariado mineiroe ao endurecimento da legis-lação ambiental, fez com quetivéssemos um aumentomuito forte da demanda. Onúmero de colaboradoresdobrou no último ano e preci-samos oferecer uma estru-tura administrativa maior,mais moderna e confortável,capaz de absorver todo o tra-

balho que vem pela frente”,explica Peres.

A E s s e n c i s S o l u ç õ e sAmbientais é uma joint ven-ture formada pelos GruposSolví e Cavo. Fundada em2001, é uma das mais impor-tantes empresas do mercadoem soluções ambientais paraa promoção do desenvolvi-mento sustentável no Brasil.São 12 plantas espalhadas

pelas regiõesS u d e s t e eS u l . E mMinas, alémd e B e t i m ,Juiz de Fora( Z o n a d aMata ) tam-bém abr igauma Centrald e T r a t a -mento e Valo-rização Ambi-ental (CTVA).

A n o v asede faz parte

de um plano de investimen-tos de R$ 20 milhões queinclui uma unidade de valo-rização energética de resí-duos. Nessa nova planta,resíduos misturados e consi-derados imprestáveis sãomanipulados e transforma-dos em um composto de altopoder calorífico, livre deflúor, sólido e de dimensõesreduzidas, utilizável em for-nos da indústria cimenteira,substituindo o óleo diesel.“Minas Gerais é o maiorfabricante de cimento doB r a s i l , o f e r e c e n d o u m

grande mercado para esseproduto. Essa é uma tecnolo-g ia já consol idada, masvamos oferecer um diferen-cial tecnológico e logísticoimportante”, afirma. A uni-dade deve começar as opera-ções até o fim de 2012.

O fim do ano deve sermarcado, também, pelo iní-cio da construção de umanova planta para o trata-mento das lamas de aciaria(resíduo da fabricação doaço, rico em ferro e zinco).Atualmente, esse resíduo écons iderado inút i l pe laindústria por causa da con-taminação de zinco e é depo-sitado em aterros sanitários.A nova tecnologia que seráempregada em Betim foidesenvolvida na Universi-dade Federal de Ouro Preto(Ufop) e é capaz de separar oferro do zinco e recuperar até70% do metal essencial àssiderúrgicas. O processo,considerado limpo, é um pro-cesso f ís ico , que uti l izaultrassom e ciclonagem, queq u e b r a a s m o l é c u l a s esepara os elementos pelo seupeso específico. Para a cons-

trução foi criada uma jointventure entre a Essencis e aHPM Technologies. O inves-t i m e n t o s e r á d e R $ 1 0milhões e deve gerar, no pri-meiro estágio, entre 15 e 25novos empregos.

Redução de custos — “Arecuperação dos metais dalama de aciaria traz váriosbenefícios. O primeiro é queo ferro elemental recuperadoé mais barato do que a maté-r ia -pr ima comprada daforma tradicional, diminu-indo os custos da produção.Depois, com a menor neces-sidade de extração, são pou-pados recursos naturais e anatureza também ganha.Em terceiro lugar, se recupe-ramos 70% do ferro, diminu-í m o s d r a s t i c a m e n t e ovolume de rejeitos deposi-tado nos aterros. Isso tam-bém reduz custos com amanutenção e monitora-mento desses espaços, alémde diminuir a área inutili-zada e, por fim, tambémmitigar os impactos ambien-tais. E, finalmente, criamosuma nova cadeia produtiva,

gerando emprego e renda, eque, ainda, ajuda a dissemi-nar os conceitos da sustenta-bilidade”, avalia Peres.

Além do ferro, o zinco apu-rado também pode ser apro-veitado por outras indústriasque utilizam o elemento. “Ozinco é considerado um venenopara a siderurgia, mas muitoútil em vários outros setores.Nesse processo ele pode servendido e gerar mais umafonte de renda para a indús-tria”, ensina.

Para escapar de uma dasgrandes dificuldades relata-das pela maioria dos empre-sários brasileiros, a falta demão de obra qualificada, aEssencis MG aposta no trei-namento interno, principal-mente para a criação denovas lideranças. “Essesempreendimentos que têmna base da sua produçãonovas tecnologias necessi-tam de profissionais queainda não existem no mer-cado. A formação de novoslíderes é essencial para odesenvolvimento do nossoplano de ação para os próxi-mos cinco anos”, completa.

O fim do ano deve sermarcado, também,

pelo início daconstrução de umanova planta para o

tratamento daslamas de aciaria(resíduo do aço)

INAUGURAÇÃO

13NEGÓCIOS

CECILIA KRUEL

Negócios inovadores esustentáveis encontraram oambiente certo para crescer.O Hub é uma organizaçãointernacional de apoio aempreendedores do setor,com mais de 5 mil membrosem todo o mundo, conectadosatravés de uma plataformavirtual. A filial de Belo Hori-zonte funciona desde 2010 eacaba de ganhar uma novasede. Além disso, vai ofere-cer um festival de workshopspara as pessoas comparti-lharem suas experiências nomundo empresarial.

Criado na Inglaterra em2005, o Hub já tem 40 escri-tórios em 30 países, commembros conectados a locaiscomo Califórnia, Londres,Tel Aviv, Dubai, Mumbai,Joanesburgo, Amsterdã,Madri, Berlim e Melbourne.No Brasil, são três filiais,sendo uma em São Paulo —que funciona desde 2008 — eas outras em Belo Horizontee Curitiba. Duas unidadesainda estão sendo finaliza-das no Rio de Janeiro e Flo-rianópolis.

Na capital mineira, a ini-ciativa veio através de trêscolegas, o publicitário AndréMaciel, a administradoraElisa Alkmin e a analista desistema de informação, Vir-gínia Alfenas. O projeto rece-beu aporte de cerca de R$ 10mil dos sócios e R$ 10 mil

provenientes do Banco deDesenvolvimento de MinasGerais (BDMG). Com poucomais de 50 associados e maisde 200 participantes, a filialacaba de ganhar nova sedede 250 metros quadrados, nobairro Funcionários, naregião Centro-Sul, que incluium espaço físico criativopara o coworking — escritó-r i o c o m p a r t i l h a d o — einfraestrutura para escritó-rios tradicionais.

A ideia envolve a disponi-bilização de um ambienteamplo, onde os usuárioscompartilham mesas, inter-net de alta velocidade e deco-ração inusitada. Os profissi-onais e empresas têm acessoaos recursos que eles neces-sitam em seus negócios: pes-soas, contatos, parceiros,investidores, onde cada umorganiza seus horários ,encontros e reuniões, sem aformalidade dos escritóriostradicionais.

Segundo a sócia VirgíniaAlfenas, “o Hub tem comoobjetivo inspirar e conectardiferentes profissionais eempresas, com as mais varia-das experiências e culturas,em prol de mudanças e inova-ções significativas para a soci-edade”. Os setores de atuaçãosão os mais diversos, comomobilidade urbana, saúde,educação e saneamento. “Acaracterística em comum dosmembros desta organização éa realização de ideias empre-

endedoras para o mundo”,completa.

O s e m p r e e n d e d o r e sdesenvolvem projetos deação social e sustentabili-dade, como a distribuição deprodutos artesanais do Valedo Jequitinhonha dentro docomércio justo, capacitaçãoprofissional para pessoas debaixa renda através de pla-taforma de educação a dis-tância, consultoria de sus-t e n t a b i l i d a d e p a r aempresas. Valem tambémideias inusitadas, como a cri-ação de roupas de malha comgarrafas Pet recicladas.

Para ser um membro épossível se associar atravésde diferentes planos de ser-viços. “As associações noHub BH ainda são feitassomente por pessoas físicas”,explica a sócia. O plano maissimples é o “conexão” aocusto de R$ 50 por mês. Elepermite o acesso à rede locale global do Hub, desconto em

eventos e utilização do postode trabalho por cinco horasno mês. Ainda exitem os pla-nos Hub 12, 25, 50, 100 e ili-mitado. Este último, no valorde R$ 600 por mês, permite autilização de toda a infraes-trutura do Hub BH, inclu-indo a sala de reuniões e ouso das outras unidadesespalhadas pelo globo. Alémdas mensalidades, a filial semantêm ainda com o alugueldos espaços para reunião,eventos e workshops.

Workshops — Entre os dias17 e 31 de agosto, a Hub BHvai promover um festival deworkshops, o Hub Escola. Oevento é aberto ao públicoem geral, mediante paga-mento de R$ 20 a R$ 30 porhora de evento. “O partici-pante escolhe quanto podepagar. Não queremos excluiralguém que tenha menoscapacidade de investir nosnossos eventos”, afirma Vir-

gínia Alfenas.São mais de 30 oficinas

baseadas em três eixos: o“empreendedorismo” — comoficinas de desenvolvimentode modelos de negócios;“novas metodologias” — quevai mostrar as novidades etendências do mercado; eainda o “faça você mesmo” —g e s t ã o d e p r o j e t o s q u epodem ser feitos em casa ouno trabalho, como composta-gem, design thinking e ofici-nas de palhaços.

“As pessoas têm a oportu-nidade de compartilhar suasexperiências dentro e fora darede. Nós abrimos o espaçodurante 15 dias para queessas pessoas proponhamatividades que vão entrarpara a grade de programa-ção. Foram mais de 60 proje-tos de oficinas recebidosneste ano”, explica VirgíniaAlfenas. A última ediçãoteve mais de 300 participan-tes em 32 workshops.

Investimentos chegam a R$ 20 mi

Essencisamplia suacapacidadeem Betim

Belo Horizonte, quarta-feira, 8 de agosto de 2012

JULIA DUARTE

Há 10 anos no mercado decompra e venda de casaslotéricas, a MG Negóciosestá sentindo uma desacele-ração neste ano. O resultadonegativo seria fruto , deacordo com o proprietário daempresa, Isaias Oliveira,das baixas remuneraçõespagas pela Caixa EconômicaFederal (CEF) aos lotéricos.A expectativa é de entrar emum acordo com a instituiçãonos próximos meses paraque os negócios possam seraquecidos.

Oliveira é lotérico e já estánesse mercado há 25 anos.Em 2002, percebendo quehavia uma movimentaçãoparalela de compra e vendade casas lotéricas ele abriu aMG Negócios. Ele explicaque a casa lotérica é umaconcessão federal que acon-tece por meio de licitação.“No entanto , quando ossócios de uma determinadalotérica não querem maistocar aquele negócio elespodem passar a concessãopara outra pessoa. É aí quenós entramos”, diz.

Ainda segundo Oliveira, avalor da licitação começa emR$ 10 mil, mas pode chegaraté a R$ 400 mil. “Isso variade acordo com o ponto comer-cial e a rentabilidade queaquela lotérica poderá ter”,observa. Esses fatores tam-bém influenciam na hora dacompra e da venda das casaslotéricas. “Não há valor fixo.Além da concessão, o lotéricotambém investe em infraes-trutura, com equipamentos,mobiliário e até blindagemdos vidros, que é muito caro.Tudo isso é levado em conta”,afirma.

O aumento do número deassaltos a casas lotéricas, deacordo com Oliveira, estádesacelerando o mercado.“As pessoas ficam com medode investir nesse ramo”, con-clui. Mas, para ele, o querealmente está prejudicandosão as baixas taxas pagaspela CEF aos lotéricos. “Ocliente paga à Caixa R$ 2,10para gerar o boleto. A insti-tuição, por sua vez, paga àcasa lotérica R$ 0,35 porconta recebida, independen-t e m e n t e d o v a l o r. E s s aremuneração é muito baixa,então as pessoas não estãoquerendo investir no ramo”,argumenta Oliveira.

De acordo com ele, a CEFp r o m e t e u a o s l o t é r i c o saumentar o número de jogose oferecer também jogos dife-renciados.

Nova unidade tem capacidade para três milhões de metros cúbicos de resíduos

LOTÉRICAS

Receio deinvestidordesacelerao mercado

EMPREENDEDORISMO

Hub BH abre novoescritório na Capital

Filial tem mais de 50 associados

Junto com os demais sócios, André Maciel aplicou R$ 10 mil no projeto

ALISSON J. SILVA

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