Essencis amplia sua capacidade em Betim
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DANIELA MACIEL
Em Minas Gerais, desde2004, a Essencis MG, uni-dade regional da paulistaEssencis Soluções Ambien-tais, amplia sua unidade deBetim, na Região Metropoli-tana de Belo Hor izonte(RMBH), com a inauguraçãode uma sede administrativa— com área total de 612 milmetros qua-d r a d o s ec a p a c i d a d ep a r a t r ê sm i l h õ e s d emetros cúbi-cos de res í -duos. O novoe s p a ç o ,s e g u n d o osuperinten-d e n t e d aEssencis MG,Aluísio Peres,visa atendera u m ademanda crescente, que jácontabiliza mais de 700 cli-entes.
“O crescimento da produ-ção industrial da RMBH, ali-ado à crescente conscientiza-ção do empresariado mineiroe ao endurecimento da legis-lação ambiental, fez com quetivéssemos um aumentomuito forte da demanda. Onúmero de colaboradoresdobrou no último ano e preci-samos oferecer uma estru-tura administrativa maior,mais moderna e confortável,capaz de absorver todo o tra-
balho que vem pela frente”,explica Peres.
A E s s e n c i s S o l u ç õ e sAmbientais é uma joint ven-ture formada pelos GruposSolví e Cavo. Fundada em2001, é uma das mais impor-tantes empresas do mercadoem soluções ambientais paraa promoção do desenvolvi-mento sustentável no Brasil.São 12 plantas espalhadas
pelas regiõesS u d e s t e eS u l . E mMinas, alémd e B e t i m ,Juiz de Fora( Z o n a d aMata ) tam-bém abr igauma Centrald e T r a t a -mento e Valo-rização Ambi-ental (CTVA).
A n o v asede faz parte
de um plano de investimen-tos de R$ 20 milhões queinclui uma unidade de valo-rização energética de resí-duos. Nessa nova planta,resíduos misturados e consi-derados imprestáveis sãomanipulados e transforma-dos em um composto de altopoder calorífico, livre deflúor, sólido e de dimensõesreduzidas, utilizável em for-nos da indústria cimenteira,substituindo o óleo diesel.“Minas Gerais é o maiorfabricante de cimento doB r a s i l , o f e r e c e n d o u m
grande mercado para esseproduto. Essa é uma tecnolo-g ia já consol idada, masvamos oferecer um diferen-cial tecnológico e logísticoimportante”, afirma. A uni-dade deve começar as opera-ções até o fim de 2012.
O fim do ano deve sermarcado, também, pelo iní-cio da construção de umanova planta para o trata-mento das lamas de aciaria(resíduo da fabricação doaço, rico em ferro e zinco).Atualmente, esse resíduo écons iderado inút i l pe laindústria por causa da con-taminação de zinco e é depo-sitado em aterros sanitários.A nova tecnologia que seráempregada em Betim foidesenvolvida na Universi-dade Federal de Ouro Preto(Ufop) e é capaz de separar oferro do zinco e recuperar até70% do metal essencial àssiderúrgicas. O processo,considerado limpo, é um pro-cesso f ís ico , que uti l izaultrassom e ciclonagem, queq u e b r a a s m o l é c u l a s esepara os elementos pelo seupeso específico. Para a cons-
trução foi criada uma jointventure entre a Essencis e aHPM Technologies. O inves-t i m e n t o s e r á d e R $ 1 0milhões e deve gerar, no pri-meiro estágio, entre 15 e 25novos empregos.
Redução de custos — “Arecuperação dos metais dalama de aciaria traz váriosbenefícios. O primeiro é queo ferro elemental recuperadoé mais barato do que a maté-r ia -pr ima comprada daforma tradicional, diminu-indo os custos da produção.Depois, com a menor neces-sidade de extração, são pou-pados recursos naturais e anatureza também ganha.Em terceiro lugar, se recupe-ramos 70% do ferro, diminu-í m o s d r a s t i c a m e n t e ovolume de rejeitos deposi-tado nos aterros. Isso tam-bém reduz custos com amanutenção e monitora-mento desses espaços, alémde diminuir a área inutili-zada e, por fim, tambémmitigar os impactos ambien-tais. E, finalmente, criamosuma nova cadeia produtiva,
gerando emprego e renda, eque, ainda, ajuda a dissemi-nar os conceitos da sustenta-bilidade”, avalia Peres.
Além do ferro, o zinco apu-rado também pode ser apro-veitado por outras indústriasque utilizam o elemento. “Ozinco é considerado um venenopara a siderurgia, mas muitoútil em vários outros setores.Nesse processo ele pode servendido e gerar mais umafonte de renda para a indús-tria”, ensina.
Para escapar de uma dasgrandes dificuldades relata-das pela maioria dos empre-sários brasileiros, a falta demão de obra qualificada, aEssencis MG aposta no trei-namento interno, principal-mente para a criação denovas lideranças. “Essesempreendimentos que têmna base da sua produçãonovas tecnologias necessi-tam de profissionais queainda não existem no mer-cado. A formação de novoslíderes é essencial para odesenvolvimento do nossoplano de ação para os próxi-mos cinco anos”, completa.
O fim do ano deve sermarcado, também,
pelo início daconstrução de umanova planta para o
tratamento daslamas de aciaria(resíduo do aço)
INAUGURAÇÃO
13NEGÓCIOS
CECILIA KRUEL
Negócios inovadores esustentáveis encontraram oambiente certo para crescer.O Hub é uma organizaçãointernacional de apoio aempreendedores do setor,com mais de 5 mil membrosem todo o mundo, conectadosatravés de uma plataformavirtual. A filial de Belo Hori-zonte funciona desde 2010 eacaba de ganhar uma novasede. Além disso, vai ofere-cer um festival de workshopspara as pessoas comparti-lharem suas experiências nomundo empresarial.
Criado na Inglaterra em2005, o Hub já tem 40 escri-tórios em 30 países, commembros conectados a locaiscomo Califórnia, Londres,Tel Aviv, Dubai, Mumbai,Joanesburgo, Amsterdã,Madri, Berlim e Melbourne.No Brasil, são três filiais,sendo uma em São Paulo —que funciona desde 2008 — eas outras em Belo Horizontee Curitiba. Duas unidadesainda estão sendo finaliza-das no Rio de Janeiro e Flo-rianópolis.
Na capital mineira, a ini-ciativa veio através de trêscolegas, o publicitário AndréMaciel, a administradoraElisa Alkmin e a analista desistema de informação, Vir-gínia Alfenas. O projeto rece-beu aporte de cerca de R$ 10mil dos sócios e R$ 10 mil
provenientes do Banco deDesenvolvimento de MinasGerais (BDMG). Com poucomais de 50 associados e maisde 200 participantes, a filialacaba de ganhar nova sedede 250 metros quadrados, nobairro Funcionários, naregião Centro-Sul, que incluium espaço físico criativopara o coworking — escritó-r i o c o m p a r t i l h a d o — einfraestrutura para escritó-rios tradicionais.
A ideia envolve a disponi-bilização de um ambienteamplo, onde os usuárioscompartilham mesas, inter-net de alta velocidade e deco-ração inusitada. Os profissi-onais e empresas têm acessoaos recursos que eles neces-sitam em seus negócios: pes-soas, contatos, parceiros,investidores, onde cada umorganiza seus horários ,encontros e reuniões, sem aformalidade dos escritóriostradicionais.
Segundo a sócia VirgíniaAlfenas, “o Hub tem comoobjetivo inspirar e conectardiferentes profissionais eempresas, com as mais varia-das experiências e culturas,em prol de mudanças e inova-ções significativas para a soci-edade”. Os setores de atuaçãosão os mais diversos, comomobilidade urbana, saúde,educação e saneamento. “Acaracterística em comum dosmembros desta organização éa realização de ideias empre-
endedoras para o mundo”,completa.
O s e m p r e e n d e d o r e sdesenvolvem projetos deação social e sustentabili-dade, como a distribuição deprodutos artesanais do Valedo Jequitinhonha dentro docomércio justo, capacitaçãoprofissional para pessoas debaixa renda através de pla-taforma de educação a dis-tância, consultoria de sus-t e n t a b i l i d a d e p a r aempresas. Valem tambémideias inusitadas, como a cri-ação de roupas de malha comgarrafas Pet recicladas.
Para ser um membro épossível se associar atravésde diferentes planos de ser-viços. “As associações noHub BH ainda são feitassomente por pessoas físicas”,explica a sócia. O plano maissimples é o “conexão” aocusto de R$ 50 por mês. Elepermite o acesso à rede locale global do Hub, desconto em
eventos e utilização do postode trabalho por cinco horasno mês. Ainda exitem os pla-nos Hub 12, 25, 50, 100 e ili-mitado. Este último, no valorde R$ 600 por mês, permite autilização de toda a infraes-trutura do Hub BH, inclu-indo a sala de reuniões e ouso das outras unidadesespalhadas pelo globo. Alémdas mensalidades, a filial semantêm ainda com o alugueldos espaços para reunião,eventos e workshops.
Workshops — Entre os dias17 e 31 de agosto, a Hub BHvai promover um festival deworkshops, o Hub Escola. Oevento é aberto ao públicoem geral, mediante paga-mento de R$ 20 a R$ 30 porhora de evento. “O partici-pante escolhe quanto podepagar. Não queremos excluiralguém que tenha menoscapacidade de investir nosnossos eventos”, afirma Vir-
gínia Alfenas.São mais de 30 oficinas
baseadas em três eixos: o“empreendedorismo” — comoficinas de desenvolvimentode modelos de negócios;“novas metodologias” — quevai mostrar as novidades etendências do mercado; eainda o “faça você mesmo” —g e s t ã o d e p r o j e t o s q u epodem ser feitos em casa ouno trabalho, como composta-gem, design thinking e ofici-nas de palhaços.
“As pessoas têm a oportu-nidade de compartilhar suasexperiências dentro e fora darede. Nós abrimos o espaçodurante 15 dias para queessas pessoas proponhamatividades que vão entrarpara a grade de programa-ção. Foram mais de 60 proje-tos de oficinas recebidosneste ano”, explica VirgíniaAlfenas. A última ediçãoteve mais de 300 participan-tes em 32 workshops.
Investimentos chegam a R$ 20 mi
Essencisamplia suacapacidadeem Betim
Belo Horizonte, quarta-feira, 8 de agosto de 2012
JULIA DUARTE
Há 10 anos no mercado decompra e venda de casaslotéricas, a MG Negóciosestá sentindo uma desacele-ração neste ano. O resultadonegativo seria fruto , deacordo com o proprietário daempresa, Isaias Oliveira,das baixas remuneraçõespagas pela Caixa EconômicaFederal (CEF) aos lotéricos.A expectativa é de entrar emum acordo com a instituiçãonos próximos meses paraque os negócios possam seraquecidos.
Oliveira é lotérico e já estánesse mercado há 25 anos.Em 2002, percebendo quehavia uma movimentaçãoparalela de compra e vendade casas lotéricas ele abriu aMG Negócios. Ele explicaque a casa lotérica é umaconcessão federal que acon-tece por meio de licitação.“No entanto , quando ossócios de uma determinadalotérica não querem maistocar aquele negócio elespodem passar a concessãopara outra pessoa. É aí quenós entramos”, diz.
Ainda segundo Oliveira, avalor da licitação começa emR$ 10 mil, mas pode chegaraté a R$ 400 mil. “Isso variade acordo com o ponto comer-cial e a rentabilidade queaquela lotérica poderá ter”,observa. Esses fatores tam-bém influenciam na hora dacompra e da venda das casaslotéricas. “Não há valor fixo.Além da concessão, o lotéricotambém investe em infraes-trutura, com equipamentos,mobiliário e até blindagemdos vidros, que é muito caro.Tudo isso é levado em conta”,afirma.
O aumento do número deassaltos a casas lotéricas, deacordo com Oliveira, estádesacelerando o mercado.“As pessoas ficam com medode investir nesse ramo”, con-clui. Mas, para ele, o querealmente está prejudicandosão as baixas taxas pagaspela CEF aos lotéricos. “Ocliente paga à Caixa R$ 2,10para gerar o boleto. A insti-tuição, por sua vez, paga àcasa lotérica R$ 0,35 porconta recebida, independen-t e m e n t e d o v a l o r. E s s aremuneração é muito baixa,então as pessoas não estãoquerendo investir no ramo”,argumenta Oliveira.
De acordo com ele, a CEFp r o m e t e u a o s l o t é r i c o saumentar o número de jogose oferecer também jogos dife-renciados.
Nova unidade tem capacidade para três milhões de metros cúbicos de resíduos
LOTÉRICAS
Receio deinvestidordesacelerao mercado
EMPREENDEDORISMO
Hub BH abre novoescritório na Capital
Filial tem mais de 50 associados
Junto com os demais sócios, André Maciel aplicou R$ 10 mil no projeto
ALISSON J. SILVA
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