Estado convive com pelo menos um arrastão por dia · menos um arrastão por dia Violência ......

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MÍN: 18°C MÁX: 27°C RIO DE JANEIRO Segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018 Edição nº 1.797, ano 8 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável. ROBERTO CARLOS CONTA, EM ALTO MAR, SEUS PLANOS DE LANÇAR ÁLBUNS E UM FILME SOBRE SUA VIDA PÁG. 14 SETENTÃO COM PIQUE DE ANDRÉ MOREIRA/PHOTO PRESS/FOLHAPRESS Estado convive com pelo menos um arrastão por dia Violência desenfreada. O Rio de Janeiro já registrou, neste ano, 46 assaltos em série, número superior ao da média mensal de 2017, de 36,5 por mês, segundo dados do aplicativo OTT. A maioria dos crimes desse tipo é na zona norte da capital. Só na madrugada de ontem, foram três PÁG. 04 GAROTO www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ Riascos lamenta gol perdido Rodolpho marcou seu 1 o gol pelo clube FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS RAFAEL RIBEIRO/DIAESPORTIVO /FOLHAPRESS Nem começou, mas já está ‘bombando’ Colisão entre trens mata 2 e fere mais de 100 nos EUA Último domingo de pré-Carnaval teve 47 blocos nas ruas e ensaio técnico das atuais campeãs na Sapucaí PÁG. 02 Veículo com passageiros bateu em locomotiva de carga estacionada na Carolina do Sul PÁG. 10 Pabllo com Preta Gil | JORGE HELY/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS VITÓRIA AMARGA Vasco vence Volta Redonda por 3 a 1, mas está fora da Taça Guanabara PÁG. 16 LÍDER SEM BRILHO Já classificado, Flamengo derrota o Nova Iguaçu por 1 a 0, em Brasília PÁG. 16

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MÍN: 18°CMÁX: 27°C

RIO DE JANEIRO Segunda-feira,5 de fevereiro de 2018Edição nº 1.797, ano 8

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O Metro Jornal é im

presso em papel certificado FSC,

garantia de manejo florestal responsável.

ROBERTO CARLOS CONTA, EM ALTO

MAR, SEUS PLANOS DE LANÇAR ÁLBUNS E UM FILME SOBRE

SUA VIDA PÁG. 14

SETENTÃO COM PIQUE DE ANDRÉ MOREIRA/PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

Estado convive com pelo menos um arrastão por dia Violência desenfreada. O Rio de Janeiro já registrou, neste ano, 46 assaltos em série, número superior ao da média mensal de 2017, de 36,5 por mês, segundo dados do aplicativo OTT. A maioria dos crimes desse tipo é na zona norte da capital. Só na madrugada de ontem, foram três PÁG. 04

GAROTO

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Riascos lamenta

gol perdido

Rodolpho marcou seu

1o gol pelo clube

FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESSRAFAEL RIBEIRO/DIAESPORTIVO /FOLHAPRESS

Nem começou, mas já está ‘bombando’

Colisão entre trens mata 2 e fere mais de 100 nos EUA

Último domingo de pré-Carnaval teve 47 blocos nas ruas e ensaio técnico das atuais campeãs na Sapucaí PÁG. 02

Veículo com passageiros bateu em locomotiva de carga estacionada na Carolina do Sul PÁG. 10

Pabllo com Preta Gil | JORGE HELY/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

VITÓRIA AMARGA Vasco vence Volta Redonda por 3 a 1,

mas está fora da Taça Guanabara

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LÍDER SEM BRILHO Já classificado, Flamengo derrota oNova Iguaçu por 1 a 0, em Brasília

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

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1FOCO

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Em um dia ensolarado, ca-riocas aproveitaram os 47 blocos que circularam on-tem pela cidade, no último domingo antes do Carnaval. O maior deles, o Bloco da Preta, atraiu 450 mil pessoas para a rua Primeiro de Mar-ço, no Centro, durante a ma-nhã, segundo a prefeitura.

Com o tema “Todas as Cores do Rio”, a festa cele-brou a diversidade da ca-pital fluminense e contou com a participação especial da cantora Pabllo Vittar, que causou histeria no público ao subir de surpresa no trio, fantasiada da popstar ameri-cana Britney Spears.

Na praia do Flamengo, na zona sul, também pela manhã, um público previs-to de 40 mil pessoas pulou com o Chora Me Liga, com hits sertanejos. À tarde, o Tamo Junto In Folia reuniu 100 mil pessoas em Padre Miguel, na zona oeste, se-gundo organizadores.

Na Marquês de Sapucaí,

as atuais campeãs do Grupo Especial do Carnaval, Moci-dade Independente de Pa-dre Miguel e Portela, fize-ram os dois únicos ensaios técnicos da temporada.

Antes dos desfiles, baia-nas de várias escolas de samba fizeram a tradicional cerimônia de lavagem da Sapucaí, um ritual religioso que prepara a Avenida para o início da folia.

Depois do ato, a canto-

ra Alcione cantou o clássico “Não Deixe o Samba Mor-rer”, que serviu de protes-to contra os cortes na ver-ba da festa realizada pela prefeitura.

A Guarda Municipal in-formou, ontem, que dete-ve oito pessoas e apreendeu cinco adolescentes por rou-bos e furtos nos blocos de Carnaval que desfilaram pe-la cidade durante o final de semana METRO RIO

Clima de Carnaval. Cariocas aproveitaram o último domingo antes do início oficial da folia. Portela e Mocidade fazem ensaio técnico

Baianas prepararam a Avenida para o Carnaval | ILAN PELLENBERG/METRO RIO

Blocos arrastam multidões pelas ruas da cidade

As passagens dos ônibus municipais voltam a custar R$ 3,60 a partir de hoje. A medida atende ao pedido do Rio Ônibus, o sindicato das empresas do setor da cida-de, que recorreu da decisão judicial que havia estipula-do o custo da passagem em R$ 3,40. O decreto com o au-mento foi publicado no Diá-rio Oficial de sexta-feira pe-lo prefeito Marcelo Crivella.

Na decisão, a juíza Roseli Nali, da 15ª Vara de Fazenda Pública, considerou a solici-tação emergencial, já que os consórcios Internorte, San-ta Cruz, Intersul e Transca-rioca alegaram que oito em-presas já fecharam as portas e que poderiam entrar em greve, caso a passagem não fosse reajustada.

O aumento, porém, não foi o esperado pelos con-sórcios, que apresentaram um cálculo reivindicando que o valor subisse para R$ 4,00. No entanto, a prefeitu-ra apresentou cálculos dife-

rentes, feitos pela Secretaria Municipal de Transportes, que apontaram o custo de R$ 3,60 como o justo para este ano, valor que acabou sendo aceito pela Justiça.

No ano passado, a tarifa dos ônibus da cidade, que estava custando R$ 3,80, sofreu duas reduções de R$ 0,20 ao longo do ano. A queda no preço seguiu de-terminação da Justiça, após ações que alegaram reajus-tes irregulares nos anos an-teriores. METRO RIO

Passagem de ônibus retorna para

R$ 3,60 | VINÍCIUS FERNANDES/BANDNEWS FM

A partir de hoje. Tarifa dos ônibus municipais volta a ficar R$ 0,20 mais cara

Pabllo Vittar fez participação especial no Bloco da Preta | JORGE HELY/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

A menos de uma semana pa-ra o início do Carnaval, o caso de morte por febre amarela registrado no fim de sema-na na Ilha Grande, em An-gra dos Reis, na Costa Verde – um dos principais destinos de viagem durante o feriado –, não preocupa o setor turísti-co na região. No entanto, em um comunicado emitido pela prefeitura, há recomendação para que turistas, não vacina-dos, evitem viajar para o local.

Os comerciantes e empre-sários da Ilha, porém, acre-ditam que o caso foi isolado. “O setor está bem confiante de que isso não vai causar im-pacto no Carnaval. Até agora, não houve nenhum cance-lamento para esse período”, afirmou o presidente da As-sociação de Moradores do Abraão, Alberto Marins.

Segundo ele, é importante

a divulgação de informações, já que o registro da infecção ocorreu em um ponto isola-do da ilha: “Foi numa praia pouquíssimo visitada e bem isolada do polo turístico. Não temos roteiros de passeios pa-ra lá. Acredito que as pessoas possam vir com segurança.”

Segundo a Prefeitura de Angra dos Reis, mais de 90% dos moradores da Ilha Grande já foram vacinados. A meta de vacinação contra a doença foi estendida para toda a popula-ção. METRO RIO E BANDNEWS FM

Febre amarela. Morte em Ilha Grande foi em ponto isolado e não afeta turismo, diz setor

42 casosde febre amarela foram confirmados neste ano no Estado do Rio de Janeiro, sendo que 18 deles levaram à morte.

Ministério do Trabalho

Críticas ao JudiciárioO ministro Carlos Marun

(Secretaria de Governo)

fez duras críticas ao

Judiciário, ontem, ao sair

em defesa da deputada

Cristiane Brasil (PTB-RJ),

que não consegue assumir

o Ministério do Trabalho.

Ele afirmou que as decisões

contrárias à posse são

retaliações. O Ministério

Público Estadual enviou à

PGR (Procuradoria-Geral da

República) uma denúncia

na qual acusa a política de

pagar traficantes para ter

exclusividade de campanha

num bairro do Rio de

Janeiro nas eleições de

2010. “Acho que vocês não

estão vendo, que delegado

ou promotor deixa um

inquérito parado por 7

anos? Será que sabiam

que não tinha procedência

e retomaram agora por

motivações políticas?”,

questionou. O PTB fará

amanhã uma reunião

para discutir a situação

da deputada, que nega as

acusações.

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

LEANDRO VIEIRACom um enredo crítico, a Mangueira quer mostrar a simplicidade e a importância do Carnaval de rua e das escolas de samba na cultura da cidade, além de dar uma ‘alfi netada’ na redução de recursos da prefeitura

‘O CORTE FOI UMA TR AIÇÃO’

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Em seu terceiro desfile pe-la Estação Primeira de Man-gueira, o carnavalesco Lean-dro Vieira resolveu criticar o corte de verbas, a comercia-lização do Carnaval e o “não apoio” da prefeitura às mani-festações culturais da cidade.

Apesar de crítico, o enredo “Com Dinheiro Ou Sem Di-nheiro, Eu Brinco!” também exalta a cultura típica do Rio, como o botequim e os foliões icônicos do Carnaval de rua.

É com esse tema que a verde e rosa vai em busca de outra vitória. Em 2016, a aposta da escola em Vieira, estreante no Grupo Especial, se provou correta, e o título veio pelo enredo em home-nagem à Maria Bethânia.

Em entrevista ao Metro Jornal, o carnavalesco diz que acredita na força do po-vo e que não é a quantidade de dinheiro que vai parar o Carnaval da Mangueira.

Como foi a escolha do te-ma para o desfile?Esgotaram-se as propos-tas de enredos patrocina-dos e me perguntaram qual enredo eu iria propor. Nes-se meio tempo, teve toda a questão do corte de verba, da relevância do desfile, a questão do comercialismo exacerbado, o posiciona-mento dos dirigentes. En-tão, nesse momento me veio o estalo. O enredo nas-ce a partir da discussão ge-rada pelo corte, mas que não é só isso, nasce do não apoio às manifestações cul-turais da cidade, que ferem a filosofia do atual prefeito [Marcelo Crivella], que tem, talvez, uma dificuldade de separar o prefeito do pastor.

E como o presidente da Mangueira, que é políti-co e apoia o prefeito, rece-beu esse enredo?O Chiquinho [da Mangueira, deputado estadual] é uma das pessoas que mais me apoiam aqui dentro. Ele en-tende que é político na Alerj [Assembleia Legislativa do Estado] e, aqui, é presiden-te e eu sou o artista dele. E, como artista, ele me dá toda essa liberdade. Mais do que permitir, ele apoia o que eu faço e entende a importân-

é um espetáculo milionário, agigantado, superengrande-cido. Para esse padrão, pre-cisa-se de uma quantia ele-vada, mas isso não quer dizer que é o dinheiro que vai determinar o que é fun-damental para a existência das escolas de samba.

Considerando o padrão lu-xuoso dos desfiles, como vai colocar essa simplicidade?Sempre achei que o simples é belo. Inclusive, todos os Carnavais que eu fiz foram

pautados pela simplicidade, pela originalidade, pela res-significação de materiais. Nunca fiz Carnaval luxuo-so, luxo não é a essência da festa. Mas estou fazendo um dos meus Carnavais mais so-fisticados dos últimos anos.

E como a Mangueira sen-tiu o corte?Esse corte não foi combi-nado, foi uma traição. Na pré-candidatura, o prefei-to se propôs a estar alinha-do com os dirigentes das es-colas de samba e, no meio do caminho, ele mudou as regras do jogo. Mas eu acre-dito muito mais na capaci-dade da cultura popular de se reorganizar e fazer acon-tecer do que na do prefeito de desfazer alguma coisa.

A interdição dos barracões atrapalhou muito?Foi mal feito, porque ainda existe o pensamento de que Carnaval é feito em cima da hora. Não é, é um ano intei-ro de trabalho. Mas há males que vêm para o bem. A segu-rança do trabalho é funda-mental, passo mais tempo no barracão do que na minha casa, então tem que ser mais organizado, mais limpo, mais seguro do que a minha casa. Sem contar que as pes-soas que trabalham comigo merecem toda a segurança. Com relação a tempo perdi-do, não tivemos nenhum, eu tenho um cronograma bem rígido e muitas coisas do bar-racão são tercerizadas na co-munidade da Mangueira, isso ajudou muito. METRO RIO

“Eu acredito muito mais na capacidade da cultura popular de fazer acontecer do que na do prefeito de desfazer alguma coisa.”

“Não é o dinheiro que vai determinar o que é fundamental para a existência das escolas de samba.”

LEANDRO VIEIRA,

CARNAVALESCO DA MANGUEIRA

cia cultural da escola. É im-portante reafirmar esses va-lores. Ele é conservador, mas no contato com a arte é superaberto.

Os dirigentes têm se preo-cupado mais com dinheiro e menos com o povo?O enredo que eu proponho se coloca em clara oposi-ção ao pensamento dos di-rigentes, que achavam que um milhão [de reais] a me-nos determinaria se teria ou não Carnaval. Hoje, o desfile

Alegorias trazem ícones da

cultura e do Carnaval de rua do Rio

Trabalho no barracão da Mangueira

tem um cronograma rígido

CHEGOU A HORA DE MUDARERGUER A BANDEIRA DO SAMBAVEM A LUZ À CONSCIÊNCIAQUE ILUMINA A RESISTÊNCIA DESSA GENTE BAMBAPERGUNTE AOS SEUS ANCESTRAISDOS ANTIGOS CARNAVAIS, NOSSA RAÇA COSTUMEIRAOUTRORA MARGINALIZADO JÁ USEI CETIM BARATOPRA DESFILAR NA MANGUEIRAA MINHA ESCOLA DE VIDA É UM BOTEQUIMCOM GARFO E PRATO EU FAÇO MEU TAMBORIMFIRMO NA PALMA DA MÃO, CANTANDO LAIÁLAIÁSOU MESTRE-SALA NA ARTE DE IMPROVISAR

ÔÔÔÔ SOMOS A VOZ DO POVO EMBARQUE NESSE CORDÃOPRA SER FELIZ DE NOVOVEM COMO PODE NO MEIO DA MULTIDÃO

NÃO… NÃO LIGA NÃO!

QUE A MINHA FESTA É SEM PUDOR E SEM PENAVOLTA A EMOÇÃOPOUCO ME IMPORTAM O BRILHO E A RENDAVEM PODE CHEGAR… QUE A RUA É NOSSA MAS É POR DIREITOVEM VADIAR POR OPÇÃO, DERRUBAR ESSE PORTÃO, RESGATAR NOSSO RESPEITOO MORRO DESNUDO E SEM VAIDADESAMBANDO NA CARA DA SOCIEDADELEVANTA O TAPETE E SACODE A POEIRAPOIS NINGUÉM VAI CALAR A ESTAÇÃO PRIMEIRA

SE FALTAR FANTASIA ALEGRIA HÁ DE SOBRARBATE NA LATA PRO POVO SAMBAR

EU SOU MANGUEIRA MEU SENHOR, NÃO ME LEVE A MALPECADO É NÃO BRINCAR O CARNAVAL!

‘COM DINHEIRO OU SEM DINHEIRO, EU BRINCO!’

Compositores: Lequinho, Júnior Fionda, Alemão do Cavaco, Gabriel Machado, Wagner Santos, Gabriel Martins e Igor Leal.

SAMBA-E

NRED

O

MANGUEIRA

Fundada em 28 de abril de 1928, a Estação Primeira de Mangueira foi originada no morro da Mangueira, na zona norte, e é resultado da combinação dos diversos blocos de Carnaval da região. Foi a primeira a inserir o mestre-sala e a porta-bandeira na folia. Com 19 títulos no Grupo Especial do Carnaval do Rio, é a segunda maior vencedora do rol das campeãs (Portela é a primeira).

Ficha-técnica

Nº componentes: 3,8 mil

Número de alegorias e de

alas: Não divulgado

Mestre-sala e porta-

bandeira: Matheus Olivério e Squel Jorgea

Intérprete: Ciganerey

Penúltima a desfilar no domingo (11/02), às 2h40

História

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 04| {FOCO}

Todos os dias em que saiu de casa, no início deste ano, o morador do Rio de Janeiro correu o risco de presenciar ao menos um arrastão. Entre o dia 1o de janeiro e ontem, 46 roubos dessa modalidade aconteceram em todo o Es-tado, de acordo com levanta-mento realizado pelo aplica-tivo OTT (Onde Tem Tiroteio). O número já é maior do que a média mensal do ano passa-do, quando foram registrados 438 casos (36,5 por mês).

Segundo o estudo, Irajá foi o bairro da capital com mais assaltos em série em 2018 (6), seguido por Vicente de Carvalho (4), Engenho da Rainha (3) e Méier (3), todos na zona norte.

Só na madrugada de on-tem, a região foi palco de pelo menos três arrastões. Por vol-ta de 0h50, criminosos arma-dos com fuzis assaltaram mo-toristas na rua 24 de Maio, no Rocha, mas não levaram os carros. Na mesmo horário, testemunhas relataram, nas redes sociais, uma outra ocor-rência semelhante no Méier.

Mais tarde, pouco depois das 6h, bandidos roubaram quatro carros na pista central da avenida Brasil, em Barros Filho, de acordo com o BPVE (Batalhão de Policiamento em Vias Expressas).

Foi nessa via que, no dia 26 de janeiro, um sargento da Polícia Militar, de 47 anos, tro-cou tiros com bandidos que realizavam um arrastão na al-tura de Costa Barros.

“Eu vinha no sentido oposto e percebi que eles le-varam alguns carros. Um dos elementos não conseguiu le-var um Vectra. Quando ele saltou do carro e se encon-trou sozinho, tentou atraves-sar a via e realizei seis dis-

paros”, relata o PM, que não quis se identificar.

Na visão do diretor da ABPS (Associação Brasileira de Profissionais de Segurança), Vinícius Cavalcante, a escala-da no número de arrastões é resultado de um conjunto de leis que não punem adequa-damente os criminosos, que dispõem de um arsenal cada vez mais poderoso.

“Essa modalidade de cri-me é difícil de prevenir, mesmo em condições nor-mais, em que há efetivo poli-cial completo. Torna-se mais complicada porque a crimi-nalidade está muito mais ar-mada do que em qualquer outro momento”, avalia.

Cavalcante vê com ceticis-mo as ações do ministro da Defesa, Raul Jungmann, que prometeu lançar hoje o Plano Integrado de Segurança Rio 2018. “Em três anos, tivemos pelo menos três outros planos e o que redundou deles? Essas ações são midiáticas”, opina.

Para Ignacio Cano, do La-boratório de Análise da Vio-lência, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), a falta de recursos foi um dos fatores que contribuí-ram para o avanço da violên-cia, mas não foi o único. “As políticas de segurança nunca foram avaliadas e corrigidas. Por muito tempo, trabalhou--se com a ilusão de que basta-va continuar com o que já se tinha”, argumenta. METRO RIO

Escalada da violência. Estado registrou 46 crimes dessa modalidade desde o dia 1º de janeiro, de acordo com dados do aplicativo OTT, a maioria na zona norte da capital. Número já é maior do que a média mensal de 2017. Só na madrugada de ontem, foram pelo menos três

Início do ano teve mais de um arrastão por dia no Rio

“Para combater violência, é preciso melhorar as investigações e promover programas sociais para a juventude da periferia.”

IGNACIO CANO, SOCIÓLOGO

“A população, que reclama de ser assaltada, precisa parar de tornar o tráfico uma atividade lucrativa.”

VINÍCIUS CAVALCANTE, CONSULTOR

DE SEGURANÇA PÚBLICA

“Todos os dias tem arrastão na avenida Brasil, sem exceção. A situação tem piorado muito.”

SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR

“O Rio de Janeiro levou décadas para chegar ao estado em que está. Estamos ajudando o Rio há sete meses.”

RAUL JUNGMANN, MINISTRO DA DEFESA

Arrastão assusta motorista em via na zona norte | REPRODUÇÃO/BANDNEWS FM

438arrastões foram registrados pelo aplicativo Onde Tem Tiroteio no Estado, no ano passado – uma média de cerca de 36 por mês.

A DH (Divisão de Homicí-dios) da Polícia Civil reali-zou ontem uma perícia na ambulância onde um ho-mem foi assassinado. O ca-so aconteceu por volta das 23h40 de sábado, ao lado do Hospital Municipal Al-bert Schweitzer, em Rea-lengo, na zona oeste.

De acordo com a Polícia Militar, Mikael Barbosa da Cruz retornava de exames realizados no Hospital Mu-nicipal Salgado Filho, no Méier, na zona norte, quan-do foi executado por quatro criminosos.

Ainda segundo a PM, os bandidos, que estavam em um carro preto, mandaram o motorista da ambulância desembarcar e, em seguida, efetuaram mais de 15 dispa-ros contra a vítima.

A polícia ainda não infor-mou se o homem assassina-do tinha envolvimento com o crime organizado.

Durante todo o final de semana, oito pessoas foram assassinadas na capital flu-minense. Na sexta-feira e no sábado, uma operação da PM deixou quatro suspei-tos mortos e outro ferido no Complexo do Chapadão, na zona norte.

As outras vítimas fo-ram um homem baleado no quintal de casa, no Mor-ro da Chacrinha, na zona norte, e um jovem assalta-do na avenida Brasil, na al-tura de Bangu, na zona oes-te. Um morador da Rocinha, na zona sul, também foi atingido durante uma tro-ca de tiros e não resistiu.

METRO RIO COM BANDNEWS FM

Homem é metralhado em ambulância, em Realengo

Governo do Estado nega ter planos de cortar UPPsO governo estadual negou que a ideia de reduzir 18 das 38 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Estado este-ja sendo considerada. A pro-posta foi cogitada e divulga-da pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wol-ney Dias, na quinta-feira. Mas, no dia seguinte, o governador Luiz Fernando Pezão negou que ela esteja nos planos.

Em nota, a gestão de Pe-zão informou que a medida não chegou nem a ser cogi-tada. “A redução do número de UPPS não está entre as 16 propostas aprovadas duran-te a conferência ‘O futuro começa hoje – ações Pmerj 2018’, realizada pela Polícia Militar, em parceria com [a ONG] Viva Rio”, afirma o co-municado. METRO RIO

Bandidos realizaram 15 disparos

contra a vítima | REPRODUÇÃO/BANDNEWS FM

FONTE: OTT (ONDE TEM TIROTEIO)

BAIRROS QUE REGISTRARAM MAIS ARRASTÕES EM 2018

6

4

3

3

2

2

2

2

2

2

Irajá

Vicente de Carvalho

Engenho da Rainha

Méier

Jacaré

Acari

Coelho Neto

Rio Comprido

Barros Filho

Guadalupe

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

DEPUTADOS TORRAM R$ 3,5 MILHÕES NAS ‘FÉRIAS’. O Congresso está de re-cesso desde o já longín-quo 20 de dezembro de 2017, mas deputados e senadores torraram R$ 3,5 milhões da “cota par-lamentar”, aquela verba usada para indenizá-los de qualquer despesa, ape-sar de nesse período não exercerem qualquer ati-vidade parlamentar. Em média, cada deputado teve R$ 6,4 mil reembol-sados no recesso. No Sena-do, o reembolso foi de R$ 2,1 mil por parlamentar.

ACIMA DO TETO. Quatro deputados e o senador José Medeiros (MT) rece-beram mais da cota par-lamentar no mês de re-cesso do que o salário de R$ 33.763.

MUITA ATIVIDADE. O cam-peão de gastos com o “cotão de férias” foi o deputado Victor Mendes (PSD-MA), que teve R$ 39 mil reembolsados em janeiro.

OS OUTROS. Nivaldo Al-buquerque (PRP-AL), Ricardo Teobaldo (PE), Silas Câmara (PSC-AM) também gastaram mais que o teto constitucional com a cota.

TIRE A MÃO DAÍ. Somente no ano passado, a “cota parlamentar” arrancou do bolso dos contribuin-tes mais de R$242,2 milhões.

MST DEFENDE LULA, MAS TEMER FEZ MAIS PELO CAMPO. O MST deu as costas, há muito, à de-fesa da reforma agrá-ria e virou instrumento de defesa dos corruptos

fisgados pela Lava Jato, incluindo o ex-presiden-te Lula. Demonstração disso é que o governo do presidente Michel Temer emitiu mais títulos defi-nitivos de propriedade no âmbito da reforma agrária no ano passado, mais de 26 mil, do que a soma dos dez melhores anos dos governos Lula e Dilma somados.

SÓ A METADE. Nos dois melhores anos, Lula e Dilma emitiram 6,8 mil e 6,5 mil títulos definiti-vos, respectivamente, ou a metade dos emitidos no ano passado

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDOR

O pedido mais forte

Murilo Badaró era sena-dor e pediu ao governa-dor de Minas, Ozanan Coelho, a nomeação do fi-lho para um apetitoso car-go que descobriu vago na estatal Açominas. Após al-guns dias esperando, ele cobrou:- Então, Ozanan, vai no-mear o rapaz?

- Vou, mas o rapaz é ou-tro: Saulo, meu filho.Ante a perplexidade de Badaró, Coelho encerrou o papo:- Ora, Murilo, eram dois pedidos. Entre o do se-nador, que é você, e o do governador, que sou eu, o pedido do governador era mais forte.

“EU NEM PEGUEI A TOALHA.

IMAGINE JOGÁ-LA”

PRESIDENTE MICHEL TEMER NEGA TER

“JOGADO A TOALHA” NO CASO DA

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Política

Ex-presidente Lula | ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

CLÁUDIO [email protected]

As emissoras do Grupo Ban-deirantes organizarão, a par-tir de agosto, os primeiros debates na televisão entre os candidatos que disputarão a Presidência da República e o governo dos Estados nestas eleições de 2018.

A abertura dos debates pela Band, uma tradição na cobertura das eleições no país, já tem datas previstas.

No primeiro turno, o en-contro entre os presidenciá-veis na Band está agendado para 9 de agosto, uma quin-ta-feira. Os candidatos a go-vernador se reúnem em to-das as capitais dia 15, na quarta-feira seguinte.

No segundo turno, o de-bate entre os finalistas à Presidência da República es-tá agendado para o dia 11 de outubro, uma quinta-feira, com possibilidade de passar para o dia 12. Os candidatos aos governos estaduais se reencontrarão na Band dia 17, outra quarta-feira. Todos os debates terão cobertura do Metro Jornal.

Programação especialA cobertura eleitoral da Band em 2018 terá início a

Seu voto. Candidatos à Presidência da República e aos governos dos Estados farão os primeiros encontros na TV na tela da Band, a partir de agosto, com cobertura do Metro Jornal

ENCONTRO MARCADO1 º TURNO 2º TURNO

Candidatos à Presidência da República

9 de agosto

Candidatos aos governos dos Estados

15 de agosto

Candidatos à Presidência da República

11 de outubro (ou 12)

Candidatos aos governos dos Estados

17 de outubro

ANDRÉ PORTO/METRO JORNAL

Debate da Band entre os candidatos à Prefeitura de

São Paulo em agosto de 2016

Band dará início aos

debates eleitorais

ELEIÇÕES

ELEIÇÕES

2018

partir do mês que vem. Em março, estreia às quartas--feiras o Band Eleições, que será exibido até a semana seguinte ao segundo turno. Serão três programas nacio-nais e um local, sempre às 23h, com duração de 30 mi-nutos. Cada edição terá um resumo no Metro Jornal.

O programa Canal Livre, que já está entrevistando os

pré-candidatos, fará duas sequências também com os candidatos oficializados a partir de julho.

As emissoras de TV e de rá-dio do grupo e o Metro Jor-nal farão rodadas de entrevis-tas com candidatos e cada um desses eventos terá cobertura dos outros veículos da Band.

Uma equipe da Band, com especialistas, levan-

tará problemas e soluções que serão apresentados nos programas e nas entrevistas com os candidatos.

A partir de julho, come-ça a cobertura diária da mo-vimentação dos candidatos em todos os telejornais.

Durante toda a campa-nha também será apresen-tado o Índice Band de inten-ção de votos. METRO

Laje de prédio cede em Brasília e esmaga 25 carros em garagemA falta de manutenção é uma das principais suspeitas para o acidente que fez o piso ce-der e provocar um desmoro-namento, ontem, sobre uma garagem subterrânea no blo-co C da 210 norte, em Brasí-lia, que resultou no esmaga-mento de 25 automóveis.

O subsecretário da Defesa Civil do Distrito Federal, coro-nel Sérgio Bezerra, alerta que estruturas expostas ao sol e à chuva devem estar com o re-vestimento de cobertura ou impermeabilização em dia.

“Juntando o peso da água e da terra, a estrutura aca-ba sendo sobrecarregada. A água também atinge as vigas de ferro, enferrujando o ma-terial e fazendo com que o peso não seja suportado”, ex-plica Bezerra, acrescentando que um laudo será feito hoje

pelo engenheiro responsável do prédio para apontar o que ocasionou o desabamento.

Sem vítimasMoradores desceram assusta-dos dos apartamentos depois de ouvirem um barulho mui-to forte, sensação de terremo-to e os alarmes dos carros dis-

parando. Ao chegarem na garagem, se depararam com a laje em cima dos carros. O Corpo de Bombeiros foi acionado por moradores por volta das 6h de ontem. Após buscas no local, os bombeiros não encontraram ninguém ferido. Cães farejadores tam-bém fizeram varreduras e não

encontraram feridos. A Defesa Civil não interdi-tou os apartamentos, mas, por medida de segurança, desligou a energia elétrica, a água e a rede de esgoto do lo-cal por causa do rompimen-to nos canos. Ainda não há previsão de quando os servi-ços voltarão a funcionar, o que levou muitos moradores a deixarem o prédio.

A maioria dos carros teve perda total. Entre eles, um Ja-guar avaliado em R$ 300 mil.

A retirada dos veículos te-rá uma operação que envol-ve escavação da garagem. O capitão Souza Mendes expli-ca tratar-se de um trabalho delicado e instável. A Defe-sa Civil garantiu que não há mais risco de desabamento no prédio, que tem mais de 40 anos. METRO BRASÍLIA

Carros foram destruídos por causa da laje que cedeu | DIVULGAÇÃO/CBDF

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {BRASIL} 07|

VOTOS INVÁLIDOS Veja o comportamento dos eleitores que não optaram por nenhum candidato nas eleições pós redemocratização

FONTE: TSE (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL)

1989 2º TURNO1º TURNO 2002 2º TURNO1º TURNO 2006 2º TURNO1º TURNO 2010 2º TURNO1º TURNO 2014 2º TURNO1º TURNO1994 1998

30.137.479

(21,10%)

142.822.04682.074.718 94.732.410 106.101.067 115.254.113 125.913.134 135.804.433

9.793.809

(11,93%)11.814.017

(14,39%)16.833.946

(17,77%)

22.773.983

(21,49%)20.449.987

(17,74%)

23.589.188

(20,47%)21.092.675

(16,75%)23.914.714

(18,99%)24.610.296

(18,12%)29.197.152

(21,50%)27.699.435

(19,39%)

AUSENTES NULOS BRANCOS TOTAL DE ELEITORES TOTAL DE VOTOS INVÁLIDOS

7.719.678

2.197.813

7.198.685

10.600.160

18.089.290

12.268.949

17.754.713

15.006.702

22.055.127

16.600.367

22.995.873

5.143.9127.444.017

8.886.895

6.976.107

3.772.138

5.957.5214.808.553

6.124.254

4.689.428

4.420.488

5.219.787

3.107.893

3.473.484

986.446

7.192.116

6.688.403

2.873.720 1.727.760 2.866.205

1.351.4483.479.340

2.452.597

6.678.580

1.921.819

1.176.413

Próximo da oitava eleição presidencial no período pós-redemocratização, par-te dos brasileiros ameaça, em índices recordes, mani-festar nas urnas a descrença com os políticos encontran-do como saída a alternativa de não votar em ninguém nas eleições de outubro.

A pesquisa Datafolha, di-vulgada na semana passada, deu os indícios. Num cená-rio contaminado pela reti-rada da disputa do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva – em virtude da conde-nação a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP), o índice poderia ir a estratosféricos 32%. Se confirmada, a insa-tisfação poderia represen-tar 46 milhões de eleitores – bem próximo, por exemplo, dos 54,5 milhões que elege-ram Dilma Rousseff nas últi-mas eleições, apontadas co-mo a mais acirrada.

Na prática, o eleito iria governar para uma maio-ria que o rejeitou nas ur-nas. O diretor-geral do Da-tafolha, Mauro Paulino, alertou em análise na “Fo-lha de São Paulo”, que a si-tuação “aprofunda a crise democrática”.

Especialistas ouvidos pelo Metro Jornal, contudo, dis-cordam. “É uma insatisfa-ção com o sistema político, mas não exclusiva desta elei-ção. A novidade é um candi-

dato a um novo mandato ter a possibilidade de ser preso”, afirmou o mestre em ciência política e professor da UnB (Universidade de Brasília) Ri-cardo Caldas.

Na históriaAnular, votar em branco ou simplesmente não compa-recer à zona eleitoral é um fenômeno comum dos bra-sileiros. Nas últimas sete

eleições, em média, em tor-no de 20% dos eleitores op-taram por não apoiar ne-nhum presidenciável. Na história, o menor índice de votos inválidos foi no pri-meiro turno das eleições de 1989, 11,93%. A maior foi no segundo turno das eleições de 2010: 21,5%.

No caso de falta, porém, como o voto é obrigatório, o eleitor precisa regularizar a

situação pagando uma mul-ta simbólica, sob o risco de não poder tirar passaporte, tomar posse em concurso público e até ficar sem o sa-lário, em caso de funcioná-rios públicos.

Voto obrigatórioNa proposta de reforma po-lítica, o Congresso tentou incluir a possibilidade de acabar com o voto obrigató-

rio – atualmente para maio-res de 18 anos e facultativo para a partir de 16 anos e acima de 60 anos. A propos-ta não avançou e está longe de ser votada. Ainda aguar-da escolha de relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Sem candidatos. Historicamente comum, o hábito de anular ameaça ser a escolha de um número maior de eleitores nas eleições de outubro

Urna eletrônica oferece opção de voto branco. Para anular, basta digitar número diferente ao dos candidatos | ROBERTO JAYME/TSE

Voto nulo surge como opçãoAnular votonão cancela a eleição Só em caso de fraude os votos nulos podem anu-lar uma eleição. O Código Eleitoral até trata do tema fixando que se 50% mais um dos votos forem nu-los, uma nova eleição de-ve ser convocada entre 20 e 40 dias. Mas o TSE (Tri-bunal Superior Eleitoral) fixou uma interpretação para acabar com a mística, comum em ano eleitoral, de que se mais da metade dos eleitores optaram por anular, o pleito é automa-ticamente invalidado.

Não havendo proble-mas no pleito, o eleito é escolhido pela maioria que votou. METRO BRASÍLIA

Mística eleitoral

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

146 milhões de eleitores devem estar aptos para votar nas eleições marcadas para 7 e 28 de outubro, em 1º e 2º turnos, respectivamente.

32%dos eleitores declararam, de acordo com a pesquisa Datafolha, que podem anular os votos se Lula não for candidato.

R$ 3,50é o valor da multa cobrada dos eleitores que não comparecem para votar no dia da eleição, uma vez que o voto é obrigatório.

DIVULGAÇÃO

Especialista em direito elei-toral – professor de Direi-to Eleitoral, de Direito na Universidade Presbiteria-na Mackenzie – afirma que a opção do eleitor pelo vo-to branco, nulo ou ausências nas urnas não interfere no resultado final.

O Datafolha vê uma tendên-cia de aumento nos votos nulos e atribui à incerteza no cenário político. O se-nhor concorda?O artigo 77 parágrafo 2º da Constituição diz que será eleito, por maioria dos vo-tos, não computados branco e nulos. É uma pena porque o voto vai ser jogado no lixo, que é o que manda a Consti-tuição. A eleição vai ser feita com os votos que sobrarem. Vamos fazer um raciocínio. Tem 100 votos no Brasil, 10% normalmente são brancos; 10% são nulos; e mais 30% vo-tam num candidato impug-nado. Dá 50%. Você rasga e do que sobrar quem fizer maio-ria absoluta vai ser eleito. A matemática é simples.

Há risco de aprofundamen-to da crise?Anular o voto significa não participar da democracia, não participar da eleição e deixar que aqueles que têm consciência e querem votar no A, no B ou no C, decidam. Estão abrindo mão de decidir e estão deixando os outros decidirem. Depois não pode reclamar. Tem crise se hou-ver desobediência civil.

Se o ex-presidente Lula con-correr e vencer, a vontade da maioria não estaria sen-do desrespeitada?A lei da Ficha Limpa diz que ele está inelegível. Não impor-ta se faz 5 ou 40 milhões de votos. O eleitor julga nas ur-nas a competência adminis-trativa, se é bom ou ruim. Cri-me, não. Quem julga crime é a Justiça e, neste caso, julgou e disse que ele não pode ser candidato. METRO BRASÍLIA

ALBERTO

ROLLO

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 08| {BRASIL}

O MELHOR VENTO DO MUNDOCom maior potencial, Nordeste concentra mais de 80% dos parques e da geração eólica

FONTE: ANEEL, ABEEÓLICA E CCEE

2007

2008

2006

2005

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020*

2021

2023

245,6

341,4

600,8

932,4

1.528,8

2.522,7

3.477,8

5.973,3

8.727,1

10.741,0

14.586,2

15.536,9

17.189,0

17.253,0

235,4

27,1

135 parques3.678,85 MW

1 parque 28,05 MW

1 parque 34,50 MW

80 parques 1.831,87 MW

74 parques1.935,76 MW

93 parques 2.410,04 MW

34 parques 781,99 MW

14 parques 238,50 MW

52 parques1.443,10 MW

8 parques220,80 MW

15 parques 157,20 MW

1 parque 2,50 MW

ACUMULADANOVA

EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE

INSTALADA(MW)

CAPACIDADE INSTALADA E NÚMERO DE PARQUES POR ESTADO

AM

AC

RR

PA

AP

BA

MG

SP

PR

SC

RS

TO

MA

PI

RN

PE

CE

SEAL

PB

RO

MT

ES

RJ

GO DF

MS

12.763,1

508 parques

no país hoje, que em sua

maioria formam

complexos

18.639,6

760 parques

*NESSE MONTANTE HÁ (1.171,8 GW) SEM PREVISÃO DE INÍCIO DE OPERAÇÃO DEVIDO À QUESTÕES OPERACIONAIS DIVERSAS COMO FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO E RESCISÃO DE CONTRATO DE ENERGIA.

OS DADOS FUTUROS APRESENTADOS NO GRÁFICO REFEREM-SE A CONTRATOS VIABILIZADOS EM LEILÕES REALIZADOS E NO MERCADO LIVRE

41,7% fator de capacidade média do último ano

27% foi o crescimento da produção de energia eólica no ano passado (jan-nov) em relação ao mesmo período de 2016BRUNNO

BRUGNOLO METRO CURITIBA

Complexo Eólico Bons Ventos, em Aracati-CE. Com mais de 70 aerogeradores, ele chegou a ser o maior do país no início da década | DIVULGAÇÃO/ABEEÓLICA

Responsável por 7,3% da ener-gia elétrica gerada no ano pas-sado, a fonte eólica vem aos poucos ganhando terreno na matriz brasileira. Desde o co-meço da década, a partir dos leilões do Governo Federal, o setor já cresceu mais de 10 vezes e crescerá pelo menos mais 46% nos próximos cinco anos, pelo volume que já foi contratado (veja ao lado).

Segundo avaliação da pre-sidente da ABEEólica (Associa-ção Brasileira de Energia Eóli-ca), Elbia Gannoum, o cenário é muito favorável no médio e longo prazo. “No cenário eco-nômico o pior já passou. Ho-je eu diria que as expectativas são muito boas, com a reto-mada do país e a necessidade de energia para crescer”, diz.

Para Gannoum, o Brasil é campeão no quesito de ener-gias renováveis, com poten-cial muito grande, e a princi-pal fonte renovável é a eólica. “Temos o melhor vento do mundo: melhor qualidade, competitivo, menor preço e com interesse dos investido-res”, ressaltou.

Energia eólica. Mercado de gigantes nacionais e internacionais cresce, chega a ‘sustentar’ Nordeste e tem seu ápice na época das secas

Complexo Eólico Ventos de São Clemente, no agreste pernambucano | ECHOENERGIA/A2IMG

PR aproveita ventania do NE Com apenas um parque eóli-co piloto implantado em 1999 pela Copel (Companhia Para-naense de Energia) em Pal-mas-PR, os paranaenses apro-veitam os ventos do Nordeste para produzir energia.

Dona de 20 hidrelétricas e distribuidora do Paraná, a empresa tem forte atuação fora do seu estado de origem com investimento superior a R$ 3 bilhões em energia eóli-ca no Rio Grande do Norte.

Atualmente, a Copel pos-sui 15 parques eólicos em três grandes complexos em opera-ção: dois próprios, o São Ben-to Energia e o Copel Brisa Po-

tiguar, e 49% de um em São Miguel do Gostoso-RN, com outros 51% da Voltalia, multi-nacional francesa. Juntos, os três representam mais de 10% da capacidade do RN, estado líder, que detêm 30% do po-tencial brasileiro hoje.

A participação deve au-mentar ainda mais neste ano, já que o 4º e maior complexo da Copel, o Cutia, também no RN, deve entrar em operação com 13 parques e capacidade de 312,9 MW.

Segundo o superintenden-te da Coordenação de Ava-liação de Negócios da Copel, Mauro José Bubniak, a empre-

sa também tem dois projetos “encarteirados” de 150 MW no RN. “Se a tarifa for atrati-va, vamos viabilizar. A expec-tativa é de que a Aneel reto-me a regularidade e faça dois leilões neste ano, o de abril já está marcado”, comentou.

Além da Copel, as empre-sas privadas do Paraná tam-bém fazem seus negócios gi-rarem no Nordeste, como a CER (Companhia de Energias Renováveis), com parques em operação e construção na Ba-hia, e a Brasventos (JMalucelli Energia é acionista majoritá-ria) com parques em opera-ção no RN. METRO CURITIBA

ENERGIALIMPA

O vento brasileiro, especi-ficamente no Nordeste e no Rio Grande do Sul, tem pro-dutividade acima da média mundial – que é de 30% da capacidade instalada. Em es-tados como Ceará, Rio Gran-de do Norte e Piauí, o fator de capacidade fica acima de 40% no ano e chega a 60% de julho a outubro, similar ao de uma hidrelétrica.

O inverno e a 1ª metade da primavera são as melhores fa-ses, que coincidem com esva-ziamento dos reservatórios. “É uma complementaridade quase que perfeita, quando começa a melhor chuva, ces-sam os ventos, quando tem menos chuva, vem o melhor vento”, explica Gannoum.

“[A energia éolica] não po-de despachar quando quer, mas tendo (vento), despacha e guarda água nos reserva-tórios, assim como reduz o uso de outras fontes. É mui-to mais prudente do que gas-tar bilhões de reais em terme-létricas, como se faz. Foram R$ 30 bilhões em 2015/16”, complementa o coordenador de Clima e Energia do Green-peace, Ricardo Baitelo.

Principal fonteCom níveis críticos nas hidre-

létricas durante boa parte de 2017, o Nordeste só não teve a geração eólica como prin-cipal fonte em março. Em ju-lho, a participação dos ventos chegou a 55,7% do total – em junho, agosto, setembro e ou-tubro também foi superior a todas as outras somadas, de acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétri-co). Em 14 de setembro, 64% da energia consumida na re-gião veio das eólicas, que ope-ravam em 76% da capacidade – um recorde.

O arrendamento de ter-ras também produz renda, já que o aluguel gira em torno de R$ 1 mil/mês por aeroge-rador, em contratos que pas-sam de 20 anos. Quatro mil famílias, que dependiam da monocultura de subsistência, são beneficiadas, sendo que a máquina não impede outras atividades.

O mercado deve esgotar as possibilidades no NE e RS an-tes de ir a outros estados, co-mo São Paulo, que tem o po-tencial da Alemanha – a 3ª do mundo no setor. O Brasil pas-sou de 9º para 8º em 2017.

O Metro Jornal publica hoje a 3ª reportagem de uma série de quatro (uma por semana) sobre a geração de energias limpas no país. O tema desta edição é a energia eólica.

Série

De vento em popa

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} 09|

Se a projeção de uma nova queda da Selic se confirmar, a rentabilidade de investimen-tos de renda fixa cairá mais um pouco. A expectativa é de que a taxa básica de juros seja reduzida de 7% para 6,75% ao ano na próxima quarta-feira.

Segundo Vinicius Maeda, diretor de relações com inves-tidores da Magnetis, para con-seguir retornos maiores do que na renda fixa, é impor-tante diversificar os investi-mentos e montar uma cartei-ra otimizada, com ativos com características diferentes. “As-sim, você consegue um bom retorno em diversos cenários do mercado”, afirma.

A recomendação de Maeda é investir de acordo com o seu perfil. A Bolsa, que vem baten-do recordes e fechou janeiro com uma alta de 11,14%, pode

ser, por exemplo, uma opção. “Mas não adianta começar a investir na Bolsa se esse não é o seu perfil, se você não con-seguirá lidar com a volatili-dade e quiser resgatar no pri-meiro momento de queda das ações”, afirma o especialista.

Para quem nunca aplicou em renda variável, os ETFs – fundos que replicam índices e têm cotas negociadas em Bol-sa – são uma boa opção. “Eles garantem uma ótima diversi-ficação da carteira, pois ao ad-quirir uma cota de um ETF vo-cê está adquirindo uma cesta com diversas ações”, afirma.

Outra vantagem é o valor de investimento mínimo bai-xo, em torno de R$ 500. Além disso, a taxa de administração de um ETF é pequena, cerca de 0,5% ao ano, enquanto fun-dos de ações tradicionais co-

bram em torno de 2% ao ano mais taxa de performance.

O especialista ressalta que mesmo com a queda de rendi-mento, a renda fixa é impor-tante para manter uma reser-va de emergência: “Quanto aos objetivos, quanto mais de curto prazo, mais indicado aplicar em renda fixa.”

Para quem está investin-do para viajar daqui um ano ou para dar entrada em um apartamento, por exemplo, diz Maeda, o ideal é aplicar de forma conservadora. Nes-te caso, a renda fixa garante que terá o dinheiro seguro na hora que precisar resgatar ou na data do vencimento. “É di-ferente de investir em ações, em que você tem uma alta li-quidez, mas não tem nenhu-ma garantia de qual será o re-torno”, afirma. METRO

Seu bolso. Com corte da Selic, previsto na próxima quarta, renda fixa perde mais rentabilidade. Especialista recomenda diversificar investimentos

COMO FICA A RENDA FIXA

FONTE: MAGNETIS INVESTIMENTOS

Par�����os geraisImposto de Renda:

PRAZO

6 MESES

DE 6 A 12 MESES

DE 12 A 24 MESES

ACIMA DE 24 MESES

Poupança:

Isenta de IRRendimento segue a regra de 70% da Selic

+ TR (Taxa Referencial)

TR:0,0% ao ano22,50%

20,00%

17,50%

15,00%

Rendimentos

Poupança

CDB (90% do CDI)

Fundo DI (taxa 2% ao ano)

Fundo DI (taxa 1% ao ano)

Fundo DI (taxa 0,5% ao ano)

Tesouro Selic (taxa 0,3% ao ano)

Carteira Divers. Renda Fixa (taxa 0,68% ao ano)

6 MESES 12 MESES 18 MESES 24 MESES

2,42%

2,40%

1,88%

2,27%

2,47%

2,55%

2,60%

4,90%

5,02%

3,93%

4,77%

5,19%

5,34%

5,47%

7,44%

7,89%

6,14%

7,45%

8,12%

8,40%

8,85%

10,04%

11,01%

8,49%

10,33%

11,27%

11,74%

12,36%

2,34%

2,31%

1,78%

2,18%

2,37%

2,45%

2,50%

4,73%

4,84%

3,74%

4,57%

4,99%

5,15%

5,25%

7,17%

7,61%

5,83%

7,14%

7,80%

8,09%

8,50%

9,67%

10,61%

8,06%

9,89%

10,83%

11,29%

11,88%

SELIC 6,75%SELIC 7%

Onde investir com a nova queda da taxa de juros

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

Um trem de passageiros da Amtrak colidiu com um trem de carga estacionado CSX Corp na Carolina do Sul, nos EUA, matando engenheiro e condutor e ferindo pelo me-nos 116 pessoas. Esse é tercei-ro acidente fatal em ferrovias no país em três meses.

O Amtrak 91 transportava 139 passageiros e oito mem-bros da tripulação de Miami para Nova York quando atin-giu o trem de carga às 2h35 de domingo no horário local, perto da capital do Estado, descarrilando em seguida.

O governador da Caro-lina do Sul, Henry McMas-ter, disse que aparentemen-te o trem da Amtrak estava nos trilhos errados quan-do bateu no CSX estaciona-do, que não tinha ninguém a bordo. “É uma coisa horrí-

vel de se ver, para entender toda a força envolvida”, dis-se McMaster.

O número de feridos su-biu para 116 após uma esti-mativa inicial que apontava 70. “Os ferimentos vão des-de cortes e hematomas até ossos severamente fratura-

dos”, disse Derrec Becker, da Divisão de Gerenciamen-to de Emergência da Caroli-na do Sul. “Os feridos foram transportados para hospi-tais locais”, afirmou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, recebia atualizações regulares sobre

o acidente enquanto per-manecia em seu resort em Palm Beach, Flórida. “Nos-sos pensamentos e orações estão com todos aqueles que foram afetados por este incidente”, disse uma porta--voz da Casa Branca.

Em dezembro, três pes-soas morreram quando um trem da Amtrak, conces-sionária federal que admi-nistra o serviço ferroviário nos EUA, descarrilou em Washington. O engenhei-ro disse que havia interpre-tado mal um sinal e tentou travar antes do acidente. Em janeiro, uma colisão entre um trem que levava congressistas republicanos ao retiro de inverno do par-tido e um caminhão de lixo matou uma pessoa na Vir-gínia. METRO

Carolina do Sul. Trem de passageiros bate em locomotiva de carga que estava estacionada. Mais de cem pessoas ficam feridas no terceiro acidente fatal em ferrovias em três meses

Amtrak 91 estava em trilhos errados, diz governador | RANDALL HILL/REUTERS

Colisão de trens mata duas pessoas nos EUAO governo israelense co-

meçou ontem a entregar cartas a dezenas de milha-res de imigrantes do Sudão e da Eritreia, ordenando--lhes que deixem o país em 60 dias. Cada um receberá um apoio financeiro de US$ 3.500 e a passagem de avião.

Esse é o primeiro passo de um criticado plano apro-vado em janeiro pelo gover-no, que afeta entre 35 mil e 40 mil imigrantes. Eles serão enviados para seu país de origem ou para um tercei-ro, provavelmente Ruanda. Quem se recusar será preso, segundo a “Deutsche Welle”.

A maioria dos imigrantes entrou clandestinamente no país pela fronteira egípcia do Sinai. O governo israelense, porém, construiu um muro separando os territórios.

Segundo a ONG Hotline para Refugiados e Migrantes, cerca de 12 mil pessoas soli-citaram refúgio ao chegar ao país desde 2013, mas 7 mil solicitações foram negadas, apenas 11 foram aprovadas e as demais ainda estão sen-do processadas. Atualmente,

37 mil eritreus e sudaneses residem em Israel.

CisjordâniaOntem, Israel também conce-deu status legal a um assenta-mento na Cisjordânia ocupa-da, em resposta a um ataque palestino que matou um de seus moradores. O primeiro--ministro israelense, Benja-min Netanyahu, disse que a decisão de autorizar de ma-neira retroativa o enclave de 50 famílias de Havat Gilad busca “dar continuidade à vi-da normal no lugar”. METRO

Netanyahu durante reunião semanal

de gabinete | JIM HOLLANDER/REUTERS

Israel. Governo inicia deportação de africanos

Secretário de Estado americano durante visita a Buenos Aires | MARTIN ACOSTA/REUTERS

O papa Francisco convocou os católicos e membros de todas as outras religiões pa-ra observar um dia de ora-ções, jejum e iniciativas pa-ra a paz em 23 de fevereiro, instando todos a “dizer não” à violência e ao conflito.

Ao falar com dezenas de milhares de pessoas na Pra-ça São Pedro na bênção sema-nal, o papa disse que estava fazendo o apelo por causa do “prolongamento trágico” de conflitos em todo o mundo.

23 de fevereiro é uma sexta-feira na primeira se-mana completa da tempo-rada cristã da Quaresma, durante a qual o jejum e atos extras de caridade são encorajados como um sinal de penitência.

Francisco disse que as orações e o jejum devem ser oferecidos de uma ma-neira particular para o po-vo da República Democráti-ca do Congo e Sudão do Sul.

METRO

Milhares acompanham oração do

papa no Vaticano | MAX ROSSI/REUTERS

Pela paz. Papa convocadia de orações e jejum

O Irã acusou os Estados Uni-dos de ameaçarem a Rússia com novas armas atômicas depois que Washington pu-blicou um documento descre-vendo planos para expandir suas capacidades nucleares para dissuadir outros países.

A revisão da política nu-clear dos Estados Unidos, pu-blicada na sexta-feira, irritou a Rússia, que considera o do-cumento como de confronto.

“As mesmas pessoas que, supostamente, acreditam que

o uso de armas de destruição em massa é um crime contra a humanidade estão falando sobre novas armas para amea-çar ou usar contra rivais”, dis-se em um discurso o presiden-te iraniano, Hassan Rouhani.

A China criticou a nova estratégia de armas nuclea-res dos EUA, aconselhando os americanos a perderem a “mentalidade da Guerra Fria” e a assumirem a “responsabi-lidade principal” no desarma-mento nuclear. METRO

Plano nuclear. Irã acusa EUA de ameaçarem Rússia

Atirador tinha livro de Hitler

Luca Traini, o autor do tiroteio racista que dei-xou seis feridos na pro-víncia de Macerata, na Itália, possuía um exem-plar do livro “Mein Kampf” (“Minha Luta”), do ditador Adolf Hitler, além de diversos objetos de inspiração fascista. As autoridades realizaram ontem uma operação na casa da mãe do autor do ataque de sábado (3), in-formou a “Ansa”. METRO

Moscou enfrenta a pior nevasca

Uma pessoa morreu e ou-tras cinco ficaram feri-das em Moscou na maior tempestade de neve já re-gistrada na capital russa. Em apenas 24 horas, caí-ram 23 milímetros de ne-ve, o que representa 64% da média mensal e um ní-vel máximo de precipita-ções para um dia 3 de fe-vereiro desde 1957. Cerca de 60 mil pessoas ficaram sem eletricidade no cen-tro da Rússia. METRO

Equatorianos fazem referendo

Os eleitores equatoria-nos votaram ontem em um referendo para de-cidir sobre a reeleição presidencial ilimitada, com pesquisas indican-do que o veto venceria. O presidente Lenin Mo-reno propôs o referen-do, que foi amplamente visto como uma tentati-va de impedir que o ex--presidente de esquerda Rafael Correa volte ao poder. METRO

Reeleição limitada Itália Rússia

O secretário de Estado nor-te-americano, Rex Tillerson, disse ontem que os Estados Unidos consideram sanções ao petróleo da Venezuela e que as autoridades estão analisando o impacto de po-tenciais restrições em inte-resses comerciais.

Em visita a Buenos Aires, o chefe da diplomacia norte--americana afirmou que não é possível ficar de braços cruza-dos enquanto se destrói a de-mocracia da Venezuela. “Um

dos aspectos considerados ao sancionar o petróleo é quais seriam as consequências para o povo venezuelano. Fazer na-da é também pedir que o po-vo venezuelano continue so-frendo”, afirmou Tillerson.

As vendas de petróleo da Venezuela para os Estados Unidos em 2017 foram as mais baixas desde 1991, se-gundo os dados comerciais da Thomson Reuters. Elas fo-ram prejudicadas por san-ções financeiras. METRO

Venezuela. Washington avalia sanções ao petróleo

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {ESPECIAL} 11|

Desde que o clima global en-trou para a lista de preocu-pações da humanidade, dois consensos foram construí-dos ao longo de inúmeras conferências e estudos sobre o assunto: o primeiro é que é preciso que todos colabo-rem para mitigar mudanças climáticas. O segundo é que florestas têm relação funda-mental com o clima.

A agenda do clima uniu (quase) todos os países no Acordo de Paris, assinado na COP-21, onde cada um apresentou compromissos do que poderia fazer pa-ra ajudar. São as chamadas NDCs ou Contribuições Na-cionalmente Determinadas.

Enquanto no mundo de-senvolvido grande parte das emissões têm a ver com ge-ração de energia e transpor-tes, no Brasil, o peso maior das emissões vêm do des-matamento e da agropecuá-ria. Por isso, a NDC brasilei-ra foca principalmente em reduzir o desmatamento, implementar o Código Flo-restal, recuperar pastagens e fomentar a integração la-voura-pecuária-floresta, en-tre outras iniciativas.

O agronegócio tem sido o motor da economia bra-sileira, que atravessa maus bocados desde a crise finan-ceira global. Só em 2017 o setor respondeu por 44% de todas as exportações brasi-leiras e tem puxado a gera-ção de emprego e renda pa-ra o interior do Brasil.

A boa notícia é que o país tem plena capacidade pa-ra cumprir sua NDC e conti-nuar produzindo e exportan-do. Com o uso de tecnologia estamos produzindo cada vez mais em menos área. A expansão das áreas agrícolas

se dá hoje majoritariamen-te em cima de pastagens de baixa produtividade e não sobre a floresta.

Além disso, o Código Flo-restal pode se transformar em um ativo comercial pa-ra o Brasil ampliar seus mer-cados. A China, por exem-plo, maior destino hoje das exportações do agro brasi-leiro abraçou de vez a agen-da do clima e está prestes a criar o maior mercado de carbono do mundo. O Acor-do de Paris pretende estimu-lar o comércio sustentável. Além dos compromissos ofi-

ciais dos países, a agenda do clima tem gerado inúmeros compromissos privados no mercado de commodities e entre financiadores, compro-missos estes que pretendem dissociar comércio e investi-mentos do desmatamento.

Obviamente existem imensos desafios ainda no combate ao desmatamento ilegal, na implementação do Código Florestal, na regula-rização fundiária e na demo-cratização do acesso ao crédi-to e tecnologia. É preciso que o setor privado, governo e so-ciedade civil trabalhem jun-

Florestas e oportunidades

FERNANDO SAMPAIOENGENHEIRO AGRÔNOMO*

DIVULGAÇÃO

tos para que os desafios sejam superados. Mato Grosso, não por acaso, o maior estado pro-dutor do Brasil, tomou a dian-teira com a estratégia Produ-zir, Conservar e Incluir, cujos objetivos são justamente o de coordenar esforços públicos e privados nesta agenda e o de ampliar mercados e investi-mentos para o Estado.

Temos no Brasil a agrope-cuária tropical mais eficiente do mundo e uma ambiciosa le-gislação ambiental amplamen-te discutida e acordada pela sociedade. Não estamos mais exportando apenas commodi-ties e sim commodities atrela-das à restauração de áreas flo-restais, a mais de 60% de ativos ambientais conservados e à re-dução de emissões. Nenhum outro grande produtor no mundo tem essas vantagens.

O país tem pela fren-te a imensa oportunidade de atender uma demanda mundial crescente de forma sustentável, tomando a lide-rança em um novo modelo de desenvolvimento.

Clima no Brasil permite que agropecuária atenda demanda mundial com modelo de desenvolvimento sustentável

*FERNANDO SAMPAIO É DIRETOR-EXECUTIVO DO COMITÊ ESTADUAL DA ESTRATÉGIA PCI (PRODUZIR, CONSERVAR E INCLUIR) DO GOVERNO DO MATO GROSSO

ESPECIAL

+Agronegócio

Por toda a parte

O Grupo Bandeirantes

reconhece e agradece

ao agronegócio por sua

contribuição ao país,

por manter a confiança

no futuro e por estar

ajudando o Brasil a se

recuperar da maior crise

da sua história

CONTEÚDO PATROCINADO

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

2CULTURA

MUITO ALÉM DA TELA

A primeira edição da Bienal de Arte Digital, no Centro Cultu-ral Oi Futuro, estreia hoje, às 10h. Com o tema Linguagens

Híbridas, o evento reúne exposições de obras nacionais e estrangeiras com a proposta de se tornar uma agenda na-cional de arte digital. A ideia da Bienal é, a cada dois anos, apresentar obras e exposições que reflitam temas sociais, mostrando que a arte aliada à tecnolo-gia tem forte poder de crítica.

Os trabalhos foram selecionados por um conselho curador formado por acadêmicos, artistas, pesquisadores e produtores culturais.

Ao longo da primeira semana do evento – que ocorrerá até o dia 18 de março –, haverá também oficinas re-lacionadas com as artes tecnológicas. Para participar, é preciso se inscrever através do site: bienalartedigital.com.

Para o idealizador da Bienal, Tadeus Mucelli, faltava uma discussão com es-sa temática, tendo em vista que esta-mos em um momento de mudanças: “É um evento importante em um pe-ríodo de transição, em que nativos digi-tais convivem com pessoas não incluí-das nesse meio.” METRO RIO

Cultura virtual. Primeira Bienal de Arte Digital estreia hoje e reúne arte, ciência e tecnologia em mais de 20 simpósios, intervenções e exposições

Parte da performance ‘Corpus Nil’, do italiano Marco Donnarumma

Instalação ‘Bloques Erráticos’,

de Daniel Cruz

Videoinstalação de

Ruy Cesar Campos

Obra da chinesa Carla Chan,

da exposição ‘Black Moves’

Instalação ‘Manifesto Contra Gravidade’, do artista Jack Holmer

“Uma bienal tem que se propor a discutir coisas da sociedade, queremos trazer uma visão crítica. Não vamos ficar presos no mundo da arte.”TADEUS MUCELLI, IDEALIZADOR DA BIENAL DE ARTE DIGITAL

No Oi Futuro Flamen-go (rua 2 de Dezembro, 63, Flamengo. Tel.: 3131-3060) De ter. a dom., das 11h às 20h. Até 18/03. Gratuito (atividades são abertas mediante inscri-ção prévia no site biena-lartedigital.com). Livre.

• Hoje. 10h - Abertura

10h30 - Palestra

magna: Diana

Domingues

19h45 -

Performance: Narva

2, de André Damião

• Amanhã. 9h30 - Simpósio:

Joe Davis - MIT

(EUA) 20h -

Performance:

Duo Lumia (BRA)

• Quinta-feira. 20h - Performance:

Corpus Nil, de Marco

Donnarumma (ITA)

Programe-se!

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Cinquenta Tons de Cinza

Ator revela segredo

O ator irlandês Jamie Dornan, protagonista da franquia “Cinquenta Tons

de Cinza”, revelou que usa enchimento na cueca durante as cenas de sexo dos filmes. Em entrevista ao programa americano

“Jimmy Kimmel Live”, Dornan explicou que, a

cada novo longa, o objeto é aumentado. “É como

um saco de batata. Não é nada sexy”, disse.

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 14| {CULTURA}

Os gritos histéricos que ecoavam pelo teatro do transatlântico Cos-

ta Favolosa, na última quin-ta-feira, lembravam os da plateia de um ídolo adoles-cente. Mas a figura que des-pertava todo aquele frisson era um senhor grisalho, de 76 anos e charme inabalá-vel: Roberto Carlos. Se bem que, neste caso, “senhor” pode ser interpretado como um insulto: “Não tenho me-do da velhice: eu tenho pâ-nico e horror”, brincou o cantor, rodeado por 1,3 mil fãs e jornalistas na 14a edi-ção do projeto Emoções em Alto Mar, que encerrou sua jornada, ontem, em Santos,

no litoral de São Paulo.No navio ancorado no

Rio de Janeiro, o Rei anun-ciou que está prestes a ter-minar o novo álbum em espanhol – ou, como ele mesmo diz, “abandonar”: “Eu termino um disco, mas gostaria de continuar traba-lhando nele por mais um ano. Até quando está pron-to, eu digo que não está e volto para analisar mais um pouco – só aí eu abandono”, disse o artista, que revelou ainda ter planos de lançar um álbum de inéditas em português.

Além dos projetos mu-sicais, Roberto Carlos tam-bém se prepara para ver sua

vida nas telonas, em um fil-me que deve chegar aos ci-nemas no ano que vem. Com roteiro de Nelson Mot-

ta e Patrícia Andrade e dire-ção do cineasta Breno Sil-veira, responsável por “2 Filhos de Francisco” (2005),

o longa está em fase avança-da, mas o elenco ainda não foi selecionado: “Quero al-guém que melhore a mi-nha aparência. Pensei no Brad Pitt, mas ele tem olhos azuis”, brincou Roberto.

Política e nudes Bem-humorado, o cantor não se furtou a falar nem dos temas mais polêmicos. Sobre política, disse que, embora não seja mais obri-gado, nunca deixou de vo-tar e elogiou o trabalho do juiz Sérgio Moro, que li-dera a Operação Lava Jato em Curitiba. “Ele merece todo o nosso apoio e cari-nho. Vamos contribuir pa-

ra que tudo que ele está fa-zendo tenha o sucesso que a gente espera”, instou, sob aplausos.

O Rei contou ainda que é antenado no cenário mu-sical: “Ouço todo mundo”. E não descartou a possibi-lidade de convidar a canto-ra Pabllo Vittar para o tradi-cional especial televisivo de fim de ano. “Por que não? Não tenho preconceito ne-nhum”, afirmou.

Mas o momento em que ele provocou mais gargalha-das – e suspiros esperanço-sos – foi com uma revelação apimentada: “Continuo re-cebendo nudes e continuo guardando todas.” METRO RIO

Roberto Carlos. À bordo de um navio cheio de fãs, Rei conta que vai lançar álbuns em

português e espanhol, além de filme sobre sua vida, e revela que ainda recebe nudes

‘Tenho pânico [da velhice]’

Cantor participou

da 14ª edição do projeto

‘Emoções em Alto Mar’

“Este ano, pretendo fazer um disco de inéditas. Estou muito entusiasmado com o próximo álbum.”ROBERTO CARLOS, CANTOR

Cantor incentiva paquera com respeito às mulheresEm meio a uma onda de de-núncias de assédio sexual, Roberto Carlos garante ser um cavalheiro na hora da paquera. “O cara que en-tende de mulher sabe como chegar de muitas formas: tem que chegar devagar, sem ofendê-la e usar manei-ras agradáveis a ela. A gente não pode agredir uma mu-lher nunca”, disse, enquan-to ouvia gritos apaixonados de “Você é o cara!”

Mesmo diante de aca-loradas demonstrações de amor, o Rei não perde a po-se de romântico incurável. Quando o assunto é relacio-namento, ele prefere se es-quivar e dizer que as fãs é que dominam o seu coração – para delírio delas.

Galanteador, a todo tem-

po, o cantor tem uma frase para derreter os corações das senhoras que o ouvem com fascínio. “Fazer um show pa-ra mulheres é como estar em um paraíso”, afirma.

Embora a maioria de seus sucessos tratem sobre afeto, Roberto considera que ain-da não conseguiu fazer uma música sobre o amor em sua forma absoluta. “Uma dia eu

vou fazer. Quero dizer tudo o que alguém pode dizer sobre o amor”, revela.

Questionado sobre se um homem pode amar duas mu-lheres ao mesmo tempo, o cantor arrancou gargalhadas de todo o teatro: “Essa per-gunta você deveria fazer para o Mr. Catra, que é um mestre nisso”, brincou, referindo-se ao funkeiro de 48 anos que tem três mulheres oficiais.

O artista também criti-cou músicas com letra de teor machista. “Em todos os setores da música, há coisas muito boas e coisas que não são tão boas. A única coisa que posso contribuir é con-tinuar fazendo minha mú-sica com a preocupação de tratar a mulher da melhor forma”, acredita. METRO RIO

“Ouço todo mundo porque quero estar sempre atualizado no que está acontecendo no cenário músical. Mas tenho as minhas preferências, como Frank Sinatra e Elvis Presley.”

Bem-humorado, Roberto Carlos falou sobre o amor e o carinho dos fãs

Roberto diz se emocionar com carinho de fãs

Cada vez que Roberto Car-los lançava uma frase ro-mântica, no teatro do navio Costa Favolosa, na última quinta-feira, a engenhei-ra paulistana Tereza Vespo-li, de 63 anos, respondia, de seu assento, com uma de-monstração de amor. “Faz 50 anos que estou na co-la do Roberto, em busca da-quela rosinha”, diz, em re-ferência à flor que o cantor tradicionalmente entre-ga à plateia ao final de suas apresentações.

Como Tereza, a legião de fãs que circula pelo cru-zeiro segue cada passo do Rei desde que ele conquis-tou o Brasil como o maior expoente da Jovem Guar-da, nos anos 1950.

As amigas Tania Maria, de 73 anos, e Zélia Santos, 70, embarcaram juntas no Emoções em Alto Mar pe-la quarta vez. Elas afirmam que são apaixonadas por Ro-berto Carlos desde a época em que estavam no colégio.

“Em 1961, quando eu ti-nha 17 anos e ela 14, nós andávamos sempre com um disquinho debaixo do bra-ço e telefonávamos para a rádio para pedir as músicas dele”, lembra Tânia.

Diante de tanto cari-nho, o cantor se emociona ao falar sobre o amor que desperta em seus admira-dores. “Espero estar corres-pondendo às expectativas que vocês têm em meus projetos. Sempre me em-penho a fazer o melhor e, quando isso tem resultado, a minha alegria é muito grande. Eu só tenho a agra-decer. Às vezes, eu até choro”, revela. METRO RIO

São tantas emoções!

FOTOS: GLAUCON FERNANDES/ELEVEN/FOLHAPRESS

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018www.metrojornal.com.br {PUBLIMETRO} 15|

Leitor fala

É para legalizar o ilegal?Para que serve a lei se o prefeito po-de furar sinal vermelho, o juiz pode ga-nhar mais do que o teto e o condenado que tem ficha suja pode ser candidato a presidente? Até que prove o contrário, o prefeito é responsável pelo respeito às leis do trânsito; o juiz é responsável pe-la aplicação da lei em geral, inclusive da que trata de remunerações dos funcio-nários; e o presidente é responsável pela ordem legal do seu país. Agora é para le-galizar o ilegal?TOSSI KASSAE – RIO DE JANEIRO, RJ

Aumento abusivo do IPTUO Brasil em crise, o Rio de Janeiro ainda pior, com violência espalhada por toda a cidade, tiroteios a qualquer hora do dia, milhões de desempregados e a prefeitu-ra extorquindo a população com um au-mento mais do que abusivo de IPTU. O imposto do apartamento onde moro, em Copacabana, teve um reajuste de 202%!!! O pior é não saber os critérios e não en-tender porque imóveis parecidos e no mesmo bairro tiveram aumentos com-pletamente diferentes. E, pior ainda, é saber que a outra metade do reajuste vi-rá em 2019. Como isso é permitido? RAQUEL MARTINS – RIO DE JANEIRO, RJ

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Procure ser mais conciliador diante de algumas relações. Suas decisões para aproximar pessoas

farão diferença.

Costumes diferentes marcarão sua rotina, seja com atividades extras no ambiente de trabalho e mesmo

com lazer.

Um pouco mais de lazer e momentos para descontração serão bem-vindos para recompor

energias de recentes desgastes.

Assuntos familiares despertarão mais empenho para esclarecimentos. Período

propício para retomar contatos com pessoas especiais.

Período propício para empenha a assuntos culturais. Ocupe a mente com atividades que tragam prazer

em aprender ou debater.

Novas responsabilidades marcarão o trabalho na semana. Procure ser paciente

se notar divergências de pensamento nas relações.

Dia em que o trabalho em equipe ou vinculado a parcerias estará bem propício para obtenção de

metas profissionais. 

Uma dedicação a assuntos filosóficos, novos conhecimentos e mesmo ao exercício da sua fé

amenizará desgastes da rotina.

O momento é para ponderação e pesquisas nos assuntos materiais e com as finanças. Nas relações,

confidências serão frequentes.

Momento especial para trocar informações sobre parcerias e negócios. Deverá repensar algumas

prioridades materiais.

Com a Lua em seu signo, uma condição mais sentimental e saudosista deverá marcar seu

comportamento diante das relações mais especiais.

Procure refletir mais sobre alguns sacrifícios que tem feito aos outros e pensar em cuidar

mais de si mesmo.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Normalmente, as dúvidas de clientes sobre negócios e orçamentos são feitos por e--mail. Contando com o cres-cimento de usuários em sua plataforma, o Whatsapp criou uma versão comercial de seu aplicativo para pe-quenas e médias empresas.

Por enquanto a novida-de está apenas disponível para Android no país e con-ta com diversas ferramen-tas para facilitar o atendi-mento das empresas.

É possível criar um perfil empresarial com informa-ções úteis, como a descrição comercial, horário de fun-cionamento, e-mail, endere-ço físico e website.

E as pessoas saberão que estão se comunican-do com uma empresa, pois aparecerá que é uma con-ta comercial. A empresa in-formou que no futuro algu-mas empresas terão contas certificadas, assim que for verificado que o número cadastrado corresponde ao telefone da empresa.

Para economizar tempo nas respostas ao cliente, o comerciante pode escolher o recurso de mensagens in-teligentes (recurso que per-mite responder de forma rápida as perguntas mais

frequentes), como mensa-gens de saudação e de au-sência, para que os clientes saibam quando você estiver ocupado. E, para organizar os assuntos de cada conver-sa, é possível etiquetar cada conversar com os marcado-res “novo cliente”, “paga-mento pendente” etc.

Para que as empresas tenham controle das fun-cionalidade do aplicativo, é possível fazer uma aná-lise da comunicação. Por meio das métricas dá para extrair o número de men-sagens que foram lidas, dentre outros dados.

O Whatsapp Web, re-curso que permite respon-der as mensagens por um computador conectado à internet, também está dis-ponível para o Business.

De acordo com estudo realizado pela consultoria Morning Consult, mais de 80% das pequenas empre-sas na Índia e no Brasil afir-mam que o Whatsapp os ajuda na comunicação com seus clientes e com o cresci-mento de seus negócios.

O aplicativo é gratui-to pela Google Play e tam-bém está disponível na Indonésia, Itália, México, Reino Unido e EUA. METRO

Whatsapp para comerciantesNegócios. Versão comercial do aplicativo conecta empresas e clientes

O Whatsapp Business

está disponível para

smartphones com sistema

Android a partir da

versão 4.0.3

DIVULGAÇÃO

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

3ESPORTE

ONTEM

3 X 1 VASCO VOLTA REDONDA

0 X 1NOVA IGUAÇU FLAMENGO

0 X 2CABOFRIENSE BANGU

GRUPO B

P V GP SG

1º FLAMENGO 13 4 5 52º BANGU 8 2 6 3

3º VASCO 7 2 8 1

4º NOVA IGUAÇU 5 1 5 -1

5º CABOFRIENSE 4 1 5 -3

6º VOLTA REDONDA 4 1 5 -3

Classificados

Campeonato Carioca

5ª rodada

GRUPO C

P V GP SG

1º BOAVISTA 9 3 5 22º BOTAFOGO 9 2 5 2

3º FLUMINENSE 8 2 4 0

4º PORTUGUESA 6 1 4 0

5º MACAÉ 4 1 5 -2

6º MADUREIRA 3 0 3 -2

GRUPO B

SÁBADO

0 X 0BOTAFOGO MADUREIRA

0 X 1PORTUGUESA BOAVISTA

1 X 0FLUMINENSE MACAÉ

GRUPO C

Precisando da vitória para sonhar com uma classifica-ção para as semifinais da Ta-ça Guanabara, o Vasco fez o dever de casa e derrotou o Volta Redonda, ontem, em São Januário. No entanto, o triunfo por 3 a 1 não foi su-ficiente, já que o Bangu ven-ceu a Cabofriense por 2 a 0 e ficou com a segunda vaga do grupo B – o Flamengo termi-nou em primeiro lugar.

O jogo foi o primeiro do Vasco como mandante com portões abertos na tempora-da. Contudo, apenas 2.692 tor-cedores compareceram ao es-tádio – com público pagante de 2.098 pessoas – para acom-panhar o time misto escalado pelo técnico Zé Ricardo.

O começo da partida foi melhor do que os vascaínos poderiam esperar. A equipe abriu o placar logo aos 18 se-gundos, depois que Thiago Galhardo aproveitou falha da

zaga do Volta Redonda. Pouco depois, aos 15 minutos, Rildo cruzou para Riascos, mas foi o zagueiro Bruno Costa que desviou para o próprio gol. Mesmo com grande superio-ridade, o Cruz-maltino per-deu boas oportunidades e não conseguiu ampliar a vanta-gem no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Vol-ta Redonda conseguiu equi-librar o duelo. Porém, quem voltou a marcar foi o Vasco, com Bruno Cosendey, após belo chute de fora da área, aos 27 minutos. Na sequência, lo-go na saída de bola, a equi-pe do Vale do Aço diminuiu a desvantagem, com gol do vo-lante Marcelo, que deu núme-ros finais ao confronto.

Copa LibertadoresFora da Taça Guanabara, o clube volta todas as suas atenções para a Copa Liber-tadores. Na quarta-feira, o Cruz-maltino enfrenta o Uni-versidad de Concepción, do Chile, às 21h45. Com a vitó-ria por 4 a 0 no jogo de ida, a equipe está com a vaga enca-minhada para a próxima fa-se da competição. METRO RIO

Campeonato Carioca. Em São Januário, equipe supera o Volta Redonda, mas é eliminada após vitória do Bangu sobre a Cabofriense. Na quarta-feira, time joga pela Copa Libertadores

Jogadores comemoram o gol de Bruno Cosendey | MARCELLO DIAS/FUTURA PRESS

Vasco vence, mas não se classifica

Futsal

No sufoco, Brasil conquista Grand Prix pela 10a vez

Após uma primeira fase de classificação com pla-cares elásticos, o Brasil sofreu na final do Grand Prix de Futsal, mas ven-ceu a República Tche-ca por 4 a 2, em Brus-que (SC), e faturou o seu décimo título na com-petição. O astro Falcão esteve em todas as con-quistas da Seleção.

O Brasil chegou a ficar duas vezes em desvanta-gem no placar, mas, com gols de Ferrão (duas ve-zes), Gadeia e Leandro Li-no, a equipe brasileira se sagrou campeã da com-petição. METRO

Líder do grupo B da Taça Guanabara e já classificado para as semifinais da com-petição, o Flamengo mante-ve a invencibilidade no Cam-peonato Carioca. No estádio Mané Garrincha, em Brasí-lia, a equipe derrotou o No-va Iguaçu por 1 a 0, com be-lo gol do zagueiro Rodolpho.

A partida marcou a estreia de algumas peças importan-tes na temporada, como o za-gueiro Juan e o meio-campo Diego. Mesmo com uma for-mação mais próxima daque-la que deve ser a titular, o clube teve muitas dificulda-des para superar a defesa do time da Baixada Fluminense.

Após poucas chances cria-das ao longo do confronto, o Flamengo só conseguiu mar-car nos acréscimos do jogo. Aos 48 minutos da etapa fi-nal, o zagueiro Rodolpho ar-riscou chute de fora da área e marcou o seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. “Achei que seria de cabeça (o

primeiro gol). Meus filhos já estavam me cobrando bas-tante. Consegui fazer um gol inesperado”, disse o jogador.

Na semifinal, o Flamengo enfrenta o Botafogo, que pas-sou em segundo lugar no gru-po C. Pelo regulamento do Ca-rioca, o time rubro-negro joga pelo empate. METRO RIO

NOVA IGUAÇU FLAMENGO

0 1

VASCO VOLTA REDONDA

3 1

Com belo gol de Rodolpho, Flamengo continua invicto

Rodolpho fez o seu primeiro gol pelo Flamengo | GILVAN DE SOUZA / FLAMENGO

Pela primeira fase da zona americana da Copa Davis, o Brasil passou sufoco, mas ven-ceu a República Dominicana. Na próxima etapa, o time bra-sileiro enfrenta a Colômbia.

No primeiro jogo contra os dominicanos, João Pedro Sor-gi, de 24 anos, foi derrotado por José Hernandez, por dois sets a um. Contudo, o Brasil se recuperou com vitória de Thiago Monteiro sobre Rober-to Cid e da dupla Marcelo Me-lo e Marcelo Demoliner sobre Nick Hardt e José Olivares.

O confronto voltou a fi-car empatado após derrota de Monteiro em sua segun-da partida, e coube a Sorgi decidir o encontro. “Sem pa-lavras para descrever tudo o que aconteceu essa semana. É muita emoção. Tudo isso foi consequência de uma união muito forte da equipe”, disse o jovem. METRO

Tênis. Brasil avança na Copa Davis

Ansiedade

“Quero que chegue logo esse dia, porque, além de jogar contra jogadores de muita

qualidade, uma equipe tão grande quanto o Real Madrid, a gente gosta de se preparar

para isso. Vamos respeitá-los, encará-los da melhor forma

possível e claro, vamos tentar vencer.”

NEYMAR, FALANDO SOBRE O DUELO

CONTRA O REAL MADRID, PELAS OITAVAS

DE FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES.