Estagio Supervisonado I- Daiane Batistaa

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1 FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE COLEGIADO DE FARMÁCIA COMPONENTE CURRICULAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DAIANE BATISTA SILVA FERREIRA RELATÓRIO DO ESTAGIO SUPERVISONADO I: DISPENSAÇÃO VITÓRIA DA CONQUISTA-BA MAIO DE 2013

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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE

COLEGIADO DE FARMÁCIA

COMPONENTE CURRICULAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

DAIANE BATISTA SILVA FERREIRA

RELATÓRIO DO ESTAGIO SUPERVISONADO I: DISPENSAÇÃO

VITÓRIA DA CONQUISTA-BA

MAIO DE 2013

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DAIANE BATISTA

RELATÓRIO DO ESTAGIO SUPERVISONADO I: DISPENSAÇÃO

Relatório realizado para avaliação da terceira

unidade do Estagio supervisionado I:

dispensação, do curso de farmácia VI semestre

vespertino, sob a orientação da Professora

Kândida Santana Reis.

VITÓRIA DA CONQUISTA-BA

MAIO DE 2013

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IDENTIFICAÇÃO DA FARMÁCIA COMUNITÁRIA PRIVADA

Razão social/ Nome: GIR comercial farmacêutico LTDA

Nome Fantasia: Drogaria Bahia

CNPJ: 09388509000128

Localização: Praça da Bandeira n°01, Bairro centro,

Cep: 45.015-360

Horário de Funcionamento: 08:00 às 21:00

Município: Vitoria da Conquista - Ba

Telefone: (77) 2101-2300

Responsável técnico: Samam Marques Santos

Responsável legal: Geraldo Meira

Atividades Desenvolvidas no Estabelecimento:

Dispensação de medicamentos, correlatos e insumos farmacêuticos aos pacientes prestando

orientação aos mesmos sobre o uso racional dos medicamentos

Vendas de artigos de higiene pessoal, perfumaria, fraldas, suplementos e fitoterápicos.

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IDENTIFICAÇÃO DA FARMÁCIA PÚBLICA

CAE II- Centro de Atenção Especializada

Responsável: Enfermeira Betânia Milena Matias

Telefone: (77) 3422 8121

Localização: Rua Celide Freitas, Bairro São Vicente, prédio estadual.

Horário de funcionamento: 08:00 ás 17:00

Responsável pela dispensação da farmácia: Edvan Alves Bahia, possui 14 anos de trabalho

no estabelecimento.

Município: Vitoria da Conquista – Ba

Atividades Desenvolvidas no Estabelecimento: Consultas Médicas, exame de Papanicolau,

pediatria, serviços de enfermagem, farmácia, odontologia, pronto atendimento, curativos,

vacinação, administração de medicamentos, testes do pezinho.

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SUMÁRIO

1 Introdução...................................................................................................... 06

2 Objetivo do estágio........................................................................................ 08

2.1Objetivo Geral.................................................................................. 08

2.1 Objetivo específico.......................................................................... 08

3 Atividades desenvolvidas............................................................................ 09

3.1 Farmácia Comunitaria Privada......................................................... 09

3.2 Farmácia Pública.............................................................................. 11

4 Discussão.................................................................................................... 13

5 Conclusão.................................................................................................... 16

6 Referências............................................................................................... ..... 17

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1. INTRODUÇÃO

Sob a orientação da Preceptora Kândida Santana Reis, o Estágio Supervisionado I teve

suas atividades realizadas em dois ambientes distintos, a Drogaria Bahia e a unidade de saúde:

Centro de Atenção Especializada CAE II. O estágio foi dividido nestes dois ambientes com o

propósito de mostrar ao aluno as diferenças entre os ambientes, privado e público de uma

drogaria.

A preceptora durante todo período de estágio, instruiu, acompanhou e orientou as

atividades exercidas pelo estagiário, os funcionários de cada estabelecimento também

contribuíram de forma importante repassando ao estagiário o conhecimento a cerca dos

medicamentos que os mesmos obtiveram através da experiência.

O estágio em drogaria tanto privada como publica pôde contribuir para a capacitação

profissional do futuro farmacêutico, pois através do convívio nesses ambientes o estagiário

pode aplicar o conteúdo teórico estudado em sala de aula no campo de atuação da profissão

farmacêutica, mostrando ao aluno uma visão do campo de trabalho, das relações humanas e

da ética profissional. Vivenciando dessa forma a aplicação das ciências farmacêuticas na

assistência e atenção ao paciente/cliente.

Para suprir as demandas da comunidade a Assistência farmacêutica é muito

importante, pois é uma atividade desenvolvida pelo profissional farmacêutico que visa

garantir a qualidade dos produtos e serviços. A Resolução nº 338, de 6 de maio

de 2004 do Conselho Nacional de Saúde, diz que a assistência farmacêutica é conjunto de

ações voltadas à promoção, à proteção, e à recuperação da saúde, tanto individual quanto

coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, que visa promover o acesso e o seu

uso racional; esse conjunto que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de

medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição,

dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de

sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da

qualidade de vida da população.

Em drogaria é essencial a realização da atenção farmacêutica nos pacientes, visto que

é um conjunto de ações, promovidas por um farmacêutico, em colaboração com os demais

profissionais de saúde, que visam promover o uso racional dos medicamentos e a manutenção

da efetividade e segurança do tratamento. Por esse motivo, a atenção farmacêutica deve estar

adequada às demandas dos usuários da farmácia comunitária ou do serviço onde o

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farmacêutico esteja inserido. O farmacêutico deve especializar sua consulta nos problemas

comuns de sua região e nas queixas que normalmente são mal atendidas no balcão da

farmácia. Em outras palavras, o perfil epidemiológico da região e as necessidades dos

pacientes devem ser os fatores-guia da construção do serviço clínico farmacêutico. Isso pode

incluir o atendimento de transtornos menores, métodos contraceptivos, uso de medicamentos

por gestantes, problemas dermatológicos e cosméticos, pacientes polimedicados com

dificuldades de adesão, pacientes idosos fragilizados ou pacientes crônicos que necessitam de

cuidado contínuo

.

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2. OBJETIVO DO ESTÁGIO

2.1 Objetivo Geral

O estágio teve como objetivo o desenvolvimento acadêmico e profissional do

estagiário em farmácia pública e privada através de atividades relacionadas à

assistência farmacêutica e dispensação de medicamentos.

2.2 Objetivo Específico

Contribuir para que o estudante/estagiário adquira experiência profissional;

Proporcionar ao aluno/estagiário amadurecimento profissional em relação interpessoal

e relacionamento profissional;

Compreensão do funcionamento, organização e da Legislação Sanitária de uma

drogaria;

Aproximar o estudante/estagiário do medicamento e subsequentemente do

paciente/cliente;

Aplicar conhecimentos teóricos de assistência e atenção farmacêutica, principalmente,

de forma a auxiliar o paciente/cliente na sua farmacoterapia;

Proporcionar ao estudante/estagiário uma comparação entre a drogaria privada e a

pública.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Este relatório tem como finalidade apresentar todas as atividades desenvolvidas

durante o estágio curricular do curso de Farmácia da FAINOR intitulado Estágio

Supervisionado I, que iniciou em 19 de Fevereiro de 2013 e teve seus trabalhos

concluídos no dia 23 de maio de 2013.

3.1 Farmácia comunitária privada

Inicialmente houve um primeiro encontro em que os estagiários foram apresentados

aos preceptores e as turmas foram divididas por farmácia e por turno, sendo duplas por cada

farmácia. O segundo encontro foi a apresentação do campo de estágio (Drogaria Bahia) em

que a preceptora Kândida Santana Reis mostrou as dependências da drogaria e apresentou os

funcionários, nesse mesmo dia houve uma discussão sobre o Manual de Boas práticas. Um

Manual de Boas Praticas de Dispensação visa normatizar o funcionamento do

estabelecimento de forma a assegurar a qualidade e a segurança dos produtos e dos serviços

prestados na drogaria, de modo a contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria

da qualidade de vida de seus usuários. A elaboração de um manual é regida pela RDC Nº 44,

de 17/08/2009 da vigilância sanitária.

No dia 26 de Fevereiro os alunos foram orientados para realizar uma atividade em

para distinguir os medicamentos genéricos, similares e de referência, nessa atividade os

alunos deveriam definir com suas palavras o conceito de cada um, para complementar o

conhecimento a cerca do assunto os alunos foram orientados a buscarem na drogaria um

medicamento de cada tipo, ou seja, um medicamento genérico, um medicamento similar e um de

referência para pontuar as diferenças entre os mesmos.

No quarto encontro foi feito uma discussão e atividade sobre os medicamentos

isentos de prescrição (MIPs). Nessa atividade foi proposto fazer uma pequena lista dos

medicamentos mais vendidos que se enquadravam como MIP, para isso os funcionários da

Drogaria Bahia auxiliaram os estagiários para desenvolver a atividade.

No estágio posterior os alunos fizeram uma atividade e discutiram sobre as prescrições

médicas comuns à Portaria n.º 344 de 12 de maio de 1998, esta aprova o regulamento técnico

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sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Nesse mesmo dia o

Farmacêutico responsável pela farmácia apresentou aos estagiários o programa de controle

dos medicamentos da portaria nº 344 que é o SNGPC - Sistema Nacional de Gerenciamento

de Produtos Controlado. O SNGPC tem como principais objetivos monitorar a dispensação de

medicamentos e substâncias entorpecentes e psicotrópicas e seus precursores, otimizar o

processo de escrituração, permitir o monitoramento de hábitos de prescrição e consumo de

substâncias controladas em determinada região para propor políticas de controle.

Dando continuidade as avaliações do estágio, foi feita uma discussão e atividade a

cerca dos documentos necessários para abertura de uma drogaria. O estágio subsequente

referiu-se a RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009 que dispõe sobre as boas práticas

farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da

comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e

drogarias e dá outras providências.

A sexta atividade referente ao estágio na Farmácia comunitária privada referiu-se à

RDC n.º 20, de 05 de maio de 2011, que dispõe sobre o controle de antimicrobianos, esta

Resolução estabelece os critérios para a prescrição, dispensação, controle, embalagem e

rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos de uso

sob prescrição, isoladas ou em associação.

No dia 26 de Março foi entregue a primeira atividade avaliativa correspondente à 1ª

unidade do estágio, teve como propósito a elaboração de um fluxograma de abertura de uma

drogaria, à qual deveria conter informações de como proceder, quais órgão municipais e

regionais recorrer além de toda a documentação necessária para a abertura de uma drogaria,

seguindo todos os requisitos estabelecidos pela Lei.

Nesse estágio realizado na farmácia comunitária privada foi feito uma atividade

referente ao programa “Aqui tem farmácia Popular” em que algumas drogarias são

credenciadas para levar o beneficio da aquisição de medicamentos e insumos essenciais a

baixo custo ou gratuitamente a mais lugares e mais pessoas, por meio da parceria do Governo

Federal com o setor privado varejista farmacêutico.

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No estagio do dia 04 de abril foi feito uma atividade referente aos antiparasitários,

destacando o tratamento da doença provocada pelo Schistosoma mansoni, destacando também

os principais fármacos de escolha no tratamento das parasitoses.

As atividades da Farmácia Comunitária Privada foram concluídas no dia 04 de março

de 2013 com uma pequena comemoração de despedida com os funcionários e a farmacêutica

da empresa.

Nos dias 09 e 11 de abril foi realizado um projeto advindo da FAINOR com os

estagiários que foi a Semana de Saúde na Praça Nove de Novembro, onde os alunos

ofereceram serviços para a comunidade conquistense como aferição da pressão arterial e teste

de glicemia.

3.2 Farmácia Pública

No dia 16 de abril foi iniciado o estágio na farmácia pública da unidade básica de

saúde CAE II, a preceptora Kândida apresentou aos alunos o ambiente bem como a disposição

que os medicamentos estavam organizados na prateleira. Neste dia também foi apresentado o

auxiliar responsável pela farmácia do posto, Edvan Alves Bahia, conhecido como “Seu

Bahia”, este tinha muita disposição e boa vontade de repassar aos estagiários o que sabia a

respeito da dispensação de medicamentos. De imediato percebe-se a grande diferença entre

um serviço público de um privado, em questões de área física, higiene e principalmente a falta

de um profissional farmacêutico.

No segundo dia de estágio foi feito um levantamento de todos os medicamentos

disponíveis na unidade, destacando a classe farmacêutica de cada um, essa atividade teve o

propósito de fazer com que o aluno tivesse uma noção dos medicamentos que são disponíveis

em unidades básicas, e ao mesmo tempo essa atividade auxiliou na realização da mudança das

prateleiras que antes era disposta em ordem alfabética, e por sugestão da Preceptora Kândida

os medicamentos foram organizados por classe e em cada classe a disposição se fez por

ordem alfabética.

No dia 25 de abril os estagiários participaram de uma Palestra no auditório da

FAINOR. Dando sequencia as discussões feitas no estágio, temos uma discussão muito

importante que foi a cerca do SIGAF e dos medicamentos excepcionais. O Sistema Integrado

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de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica-SIGAF é um sistema que controla o estoque e

a distribuição de medicamentos da rede publica, este é um programa estadual, está disponível

online e o acesso é restrito somente ao farmacêutico responsável pelo município, neste

programa online o farmacêutico pode gerenciar o medicamento fazendo pedidos a partir do

consumo mensal, da quantidade populacional e dos créditos que o município recebe para

efetuar a compra. Os medicamentos de dispensação excepcional são, geralmente, de uso

contínuo e de alto custo. São usados no tratamento de doenças crônicas e raras, e dispensados

em farmácias específicas para este fim. Por representarem custo elevado, sua dispensação

obedece a regras e critérios específicos. O Programa de Medicamentos Excepcionais foi

criado em 1993 e posteriormente, através de novas Portarias, o Ministério da Saúde ampliou

de forma significativa o número de medicamentos excepcionais distribuídos pelo Sistema

Único de Saúde (SUS).

No dia 02 de abril foi entregue a preceptora a avaliação da II unidade, que foi uma

atividade em grupo, com participação dos quatro estagiários, os mesmos elaboraram uma

padronização de medicamentos de um município fictício. Para o auxilio na realização dessa

atividade foi discutido a CIB nº 091/2011 que “Aprova o elenco de referência de

medicamentos do componente básico da Assistência Farmacêutica para execução das

contrapartidas federal, estadual e municipais, e define a forma de aplicação dos recursos

estadual e municipais destinados aos insumos para Diabetes Mellitus de acordo com a portaria

GM/MS nº4.217/10”

Foi discutido também o ciclo da Assistência Farmacêutica, na qual consta de Seleção,

programação, aquisição, armazenamento e distribuição e dispensação, cada uma dessas

funções são feitas para representar as estratégias e o conjunto de ações necessárias para

implementação da Assistência Farmacêutica.

Boa parte de todo o estágio em farmácia pública consistiu na dispensação de

medicamentos disponibilizados pelo SUS para pacientes que fizeram consulta médica na

unidade de saúde ou ate mesmo para outros pacientes que vinham de outros bairros e cidades

vizinhas, a dispensação era seguida da orientação principalmente a cerca da posologia,

ressaltando a forma de usar. A dispensação só poderia ser feita para aqueles que

apresentassem receita médica.

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4. DISCUSSÃO

Com dito anteriormente De imediato percebeu-se a grande diferença entre um serviço

público de um privado, em questões de área física, higiene e principalmente a falta de um

profissional farmacêutico. As duas experiências no ambiente publico e privado auxiliou a

estudante em expandir o seu conhecimento teórico prático a cerca da dispensação e das leis

que regem os medicamentos.

A preceptora bem como os funcionários de cada estabelecimento instruíram o

estagiário como se faz todo o processo da dispensa medicamentosa, observando diretamente

a sua problemática que se faz presente principalmente na farmácia publica por não existir a

presença de um profissional farmacêutico no local. Foi muito importante vivenciar os dias no

CAE II, pois lá foi possível aprender quais medicamentos fazem parte da rede publica de

vitória da conquista bem como foi possível o aprendizado na separação e organização dos

medicamentos na prateleira de forma a melhorar o atendimento e a organização do local,

sendo que antes estava desorganizado pro ordem alfabética e por sugestão da preceptora

Kândida os estagiários imprimiram etiquetas novas para sinalizar os medicamentos e

arrumaram as prateleiras por classe medicamentosa, facilitando a rapidez no atendimento,

principalmente porque tem pacientes que chegam com receitas de medicamentos de uso

contínuo que são da mesma classe, como por exemplo os hipertensos que fazem uso de

hidroclorotiazida e Enalapril (anti-hipertensivos).

O motivo de não existir a atenção farmacêutica como algo concreto nos postos

municipais não é devido ao descaso do profissional que lá atua, mas por não haver a mínima

condição seja ela institucional ou mesmo estrutural que respalde essa prática. Segundo

informações è somente um farmacêutico para supervisionar todas as farmácias das unidades

básicas de saúde do município, talvez num futuro com a maior oferta profissional mais vagas

serão abertas nos concursos para ter atenção farmacêutica nas unidades de saúde. Vemos ai,

um problema de caráter político. Pois temos profissionais que estão impossibilitados de

exercerem a sua profissão conforme conta em nossa filosofia de prática profissional.

Precisamos de políticos verdadeiramente compromissados com a saúde pública, que

apresentem propostas que diminuam a grande burocracia do serviço publico que muitas vezes

“engessa” o próprio serviço. O que acaba por ocasionar entre outras coisas problemas como

atrasos na aquisição de medicamentos. Precisamos que nosso conselho de classe seja chamado

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e se faça aparecer para discutir questões do interesse público e do interesse dos profissionais

farmacêuticos. Como por exemplo, questões de infraestrutura mínima em que a prática da

atenção farmacêutica possa sair de fato do papel e se tornar uma realidade. Agora cabe aos

governantes sérios iniciar um projeto gradual de mudança. Sabemos que não é fácil, mas com

boa vontade é possível melhorar e muito o atual quadro.

Na farmácia comunitária os estagiários estiveram diretamente envolvidos na leitura

das prescrições médicas, entretanto na farmácia privada essa experiência não foi contemplada

devido a resistência dos funcionários do estabelecimento que não cediam aos alunos dispensar

medicamentos. No CAE II foi possível notar algumas prescrições erradas, sobretudo

concernentes a antibióticos, pois nelas tinham a posologia mas não continham a duração do

tratamento que deve ser essencial para nortear quanto tempo o paciente vai usar o

medicamento, além disso as prescrições em sua grande maioria são muito mal escritas com

letras ilegíveis. O Conselho Federal de Medicina do Brasil (CRM) publicou a Resolução nº

1.601/2000 que, em seu artigo 39, determina que as receitas médicas sejam escritas por

extenso e de forma legível, que na realidade infelizmente não acontece, podendo provocar

erro na leitura com dispensação e adesão errada ao tratamento do paciente.

Foi possível notar que ainda há médicos municipais que prescrevem fora da tabela de

medicamentos essenciais do município. Atualmente o antiparasitário de preferência e que esta

na padronização do município de Vitória da Conquista é o Albendazol que possui amplo

espectro e é muito eficiente no tratamento das parasitoses, entretanto o médico do posto

receitou o Mebendazol que possui um espectro menor e não faz parte dos medicamentos

presentes no posto, os estagiários foram informar ao médico que esse medicamento não fazia

parte da lista do município, entretanto o Doutor teve grande resistência em ouvir e aceitar a

sugestão dos estagiários em receitar o albendazol, essa problemática leva ao paciente a ter que

comprar o medicamento sendo que havia o albendazol que é de graça disponível na unidade

de saúde.

Na farmácia publica os alunos Interagiram (sob supervisão) diretamente com o

paciente, dispensando-lhe o medicamento e informando sempre que necessário sobre como

utilizá-lo, como diluir, como dosar, enfim todo tipo de informação sobre posologia. Foi

possível perceber o problema da falta de regularidade do repasse de medicamentos aos postos

e pôde-se notar o quanto é triste não poder dispensar um medicamento pelo simples fato dele

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não ter chegado! Na farmácia privada isso não acontece, todos os dias chegavam

representantes, chegavam lotes de medicamentos e raramente faltava algum medicamento, lá

só não comercializava medicamentos controlados pelo fato de existir uma irregularidade nos

papeis do farmacêutico anterior, quando chegava alguma receita os funcionários os

direcionavam para a filial da drogaria Bahia presente na mesma rua.

A semana de Saúde realizada na Praça nove de novembro foi muito importante e

gratificante na vivência do estagio, pois a população demonstrou grande interesse pelo evento

e a participação dos mesmos foi excelente. Foi contagiante poder ajudar e conscientizar a

população de Vitória da Conquista a cerca dos problemas da hipertensão e do Diabetes foram

dois dias muito produtivos.

Na Farmácia privada muitas vezes não conseguíamos exercer adequadamente a

atenção farmacêutica devido à pressa em “vender” o medicamento por parte dos funcionários,

mas o tempo que era vago servia para observar a forma que os balconistas atendiam os

pacientes, alguns eram pacientes, outros aplicavam a chamada “empurroterapia” ofertando

dois medicamentos no momento que o paciente só precisava de um ou até mesmo oferecendo

a todos que chegavam uma vitamina ao qual eles ganhavam comissão. Todos eles tinham

muitos anos de experiência no mercado farmacêutica e tinham amplo conhecimento a cerca

dos medicamentos devido à experiência adquirida, os mesmo tinham boa vontade de

responder toas as duvidas dos estagiários e nos receberam de braços abertos.

Outro aspecto importante a ser discutido é a falta da temperatura ideal nos dois

ambientes, visto que na farmácia privada em dias quentes a temperatura interna do ambiente

se elevava e não havia presença de ar condicionado para manter a integridade dos

medicamentos. Na farmácia publica também não havia ar condicionado, o ambiente era muito

pequeno e abafado.

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5. CONCLUSÃO

Os objetivos do estágio supervisionado I em farmácia que teve por finalidades o

funcionamento, organização e da Legislação Sanitária de uma drogaria; orientar o estagiário

no desempenho de suas tarefas de estágio com dedicação, ética e responsabilidade, bem

como, aplicar conhecimentos teóricos de assistência e atenção farmacêutica, principalmente,

de forma a auxiliar o paciente/cliente na sua farmacoterapia foram alcançados e aprendidos

validando de forma positiva para os graduandos.

Quanto à importância do estágio para a vida acadêmica e posteriormente profissional

foi possível através deste primeiro estágio, aprender na prática um pouco da dinâmica do

serviço de saúde pública do Município bem como aprender as diferenças entre os ambientes

públicos e privados de uma farmácia. O estagio foi muito válido para o amadurecimento como

graduanda em farmácia ampliando a visão para que já a partir de agora possa observar os

desafios que um profissional de farmácia tem após a conclusão do curso. Foi proporcionado

neste estágio aos alunos uma experiência profissional em atividades voltadas à atenção ao

paciente (atenção farmacêutica); ao medicamento, noções de armazenamento e arrumação de

prateleiras; além é claro da experiência oriunda do contato com pessoas/profissionais atuantes

Sobre a farmacêutica Kândida Santa Reis foi privilégio tê-la como tutora neste estágio,

só tenho a agradecer pela paciência dedicação, pelos conselhos sempre muito proveitosos,

pelo seu bom humor, enfim, levarei comigo um pouco do que ela ensinou tanto com palavras

como pelo exemplo de profissional competente e humana no que faz.

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6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução da Diretoria

Colegiada – RDC n.º 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre as boas práticas

farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da

comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e

drogarias e dá outras providências.

Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério

da Saúde, 2001

Cassyano J Correr; Michel F Otuki. Método clínico de atenção farmacêutica. Disponível

em>http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/assistencia-farmaceutica/otuki-

metodoclinicoparaatencaofarmaceutica.pdf> Acesso em 14 de maio de 2013

http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1331122392Medicamentos%20Excepcionais.pdf>

Acesso em 14 de maio de 2013.