ESTE AVENTURAS JORXAI, FIBLtCA OS HETRATOS DE DE...

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ANNO XVI RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 1921 I. 843 Í^EDACÇAOEflDMiNrSrRACAO ^-> jT mVmero a-Luso 30ÒÊ»X VLg^APO0UV»DORJ6^.^XJ_mV-1^tW*^^- cjL NUMERO ATRAZAM.500B» «^ ESTE JORXAI, FIBLtCA OS HETRATOS DE TODOS OS SEUS LIITORES AVENTURAS DE CHIQUINKO Vâmo) pregar-lhe uma U \\1 X HÃO ESTOU Ha ^,. / GOSTANDO DA |VWW PeÇa- 7K^^>vX "^fnV BRIMtRP.lRA _^y^ $ F^í^I/ ç~_4~Ik^^5^ p—j_>—ca—»1>__gTrrr=._»__S__=rr- #^t r? íea»?r Chiquinho lembrou-se um dia de fazer viajar o seu amigo Jagunço de uma fôrma original. Amarrju dois patos a um carrinho e collocou o cachorro dentro. Depois fustigou os dois palmipedes, que deram um arranco ao carro. ^r.^~—_ ., _"~^_>-. S : '-4_\f_\ n }£Í~ *"*xí*-**»^ ^s—^ ~*""~-~-«J-*4&J JR)^—_^_~~^^^__#«gS^___^^^:r^ ./»-'' ^_~J^„>...^__a>_l_B^S,-»_?*»--__'_3«^V 9,-^^ ______*B___'^^'^jtfr-*^ A^^~/^** /* ^^-"\^^_!_^_M___liTaBB^B^BBBÍ-aBBBaBBBBBBBBBH^ ^Hjt -r"J__-——St^^^*%L_^\s<rI_É^Baamr^^BaaaaaaaaaaaaaaaaaaaP^^^^\/'\J^ < / J L' ¦^rad,,85' ,"° Prü8ramma não estava previsto um numero pre-Os quaes depois de alguns metros, começaram a voar, levantando o Pelos próprio^ patos,..., carrinho c'j solo. (Continiíu)

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ANNO XVI RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 1921 I. 843

Í^EDACÇAOEflDMiNrSrRACAO ^- > jT mVmero a-Luso 30ÒÊ»XVLg^APO0UV»DORJ6^.^XJ_mV-1^tW*^^ - cjL NUMERO ATRAZAM.500B» «^

ESTE JORXAI, FIBLtCA OS HETRATOS DE TODOS OS SEUS LIITORESAVENTURAS DE CHIQUINKO

Vâmo)pregar-lheumaU \\1 X HÃO ESTOU

Ha ^,. / GOSTANDO DA |VWW PeÇa-7K^^>vX "^fnV BRIMtRP.lRA ^y^

$ F^í^I / ç~_4~ Ik^^5^

p—j_>—ca—»1 >__gTrrr=. _»__S__=rr-

#^t r? íea»?r

Chiquinho lembrou-se um dia de fazer viajar o seu amigo Jagunço de umafôrma original. Amarrju dois patos a um carrinho e collocou o cachorro dentro.

Depois fustigou os dois palmipedes, quederam um arranco ao carro.

^r.^~—_ ., _"~^_>- . S : '-4_\f_\ n }£Í~ *"* xí*-**»^ ^s—^ ~*""~-~-« J-*4&J JR)^—_^_~~^^^__#«gS^___^^^:r^ ./»-''^_~J^„>...^__a>_l_B^S,-»_?*»--__'_3«^ V 9,-^^

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¦^rad,,85' ,"° Prü8ramma não estava previsto um numero pre- Os quaes depois de alguns metros, começaram a voar, levantando o^° Pelos próprio^ patos,... , carrinho c'j solo.(Continiíu)

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o tico-tico Ki2rera.m a. barba... na cabeça

Chiquinho. Jagunço r lujuha arranjaram i$?on e foram panear. Passaram por um barlieiío e entraram paracortar o cabello. Mas, depois/.

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ENTRADA\ V ¦'¦ rCtRfcK- ^*>fAt__Qi { foHH^-it l* fer».x. \\ *cKv»itívcttv^i(wZrn5Vri'5 — * i • ¦

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SAHlDfl-I¦ ¦ ' ¦ ¦¦¦¦¦¦¦ s

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...dc entrar é que viram que o dinheiro nao 'chegava. i$soo para tres, daria apenas para o pteço da barin.Entretanto, o barl>eirq resolveu a qaiestão: tomou a navalha, vist , que c!!e> pagavam só 500 réis por cabeça, e fez-lhes abarba... na cabeça.

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¦híM *!^<> e /(l xêjW^. \fl^^r^f^^^ f^_ <^^\Wlt<\

1 1 -1 ¦ 1' 1 ^**^^««*«*t'. ¦..¦-- , .«mV '. ...—¦¦¦.—,

,-am furiosos 1 .. pell F*M»ft>. pet I aííronta, voltou a I arcaria c foi ver de¦aro. \ié agora Jagunça tem pre lentes fiapos dc harl*.

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O TICO-TICO *0+0+0_

wõisãfSÊ

_M_â__S_*1

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í

fChecou o

LEITE MOÇila melhor garantia de saude e robustezpara a infância; substituo com vantagemo leite fresco em todas as suas appll-

cações.

A' VEM). EM TODA A PARTE

SENHORA — Experimente esta re-feita :«Kl ME DE SACt.

Inureillcnir» t — 50 grammas desago: 2 colheres grandes de leite

lensads MOÇA ou evaporado St._.-__ -"•«• 1 4 de litro d'agua; uma

) essência ..«lalquer e assucar.Como -f prepnrnl — Põc-se o sagú

du molho em água fria, Juntando-.se-lhe depois o leite dlssolvdo emágua; leva-se ao fogo para clarifi-

c a Ir mexendo continuadamente aseguir addiciona-se a essência esco-Ihida e assucar. na quantidade de15 grammas mais ou menos e col-loca-?»,, cm uma (firma recem-lava-.li MB água fria. Depois- de ter to-•mado consistência, relira-Be da fôr-

ma e ser. npuahado de con-feitos ou do fructas em compota.

i PD^TIC REMET-urH I 'O TKMOiSA QUEM O SOU-CITAR, UM INTER-ESSANTE I.1VR1XHO,CONTENDO UMA ES-Ci )I,li IDA COJ.1.ECÇAODE RECEITAS I>.\KACONFECCIONAR DE-LICIOSOS DOCES, SO-BREMESAS E SORVE-TES.

Companhia Nestléc .ii va Postal 760-Rio

0m fÇ&<t>éaAetftòvaJ»?_I_-

fjrPy^SrJuk .kl«v-_.._-S_>_i

CLORINHA ESTEVES (Rio) — Como poderei dar-¦lie o horóscopo se não enviou a data do nascimento ? E'íccessaria-

JONAS B. (S. Paulo) — Sócrates foi um illusire phi-losopho atheniensc, que estudou as máximas dos antigos sa-bios e adoplou a famosa sentença : Nosce te ipsum (Co-nhecc-te a ti mesmo). Foi condemnado a beber cicuta.

RUTH (?) — Em qualquer diecionario encontrará. So-dalicio é a mesma cousa que corporação, confraria, aggrermiação.

CONSTÂNCIA MORTA (Realengo) - Escreva c as-signe cm papel liso.

VENUS DE MILO (Rio) — Pela sua letra verifica-seque é uma natureza voluntariosa, pródiga de imaginação e.com grandes tendências artisticas. Mas seu espirito, emboraapparcntcmcnte vibrante, é muito sceptico. Tem um grande-orgulho intimo. Sua vontade é forte, decidida, mas de umadiscreção que a torna mysteriosa e... temível. Muita bondidecordial — é outro traço principal do seu temperamento.

.-- Horóscopo de 20 de Setembro: A mulher será timida,casta, compassiva, com bonitos olhos e feições attraficntes.Casará cedo e rica. Será boa mãe de familia, piedosa, ds<licada e compassiva. Terá mais fi'.has que filhos, as quaes serão,como sua mãe. de uma rara belleza.

DOR SECRETA (Campinas) — Alma simples e cheiadc .grandeza para supportar adversidades e reagir contraellas. Espirito vibrante, mas muito imperioso. Vontade umtanto audaciosa, sem a precisa constância. Um ccrlo desleixodc modos, quando absorvida por algum idealismo. Coraçãnpouco bondoso.

— Die o horóscopo de 2 de Junho que a mulher nascidanessa data será bella e amante da natureza, simples, meiga eagradável na convivência. Não encontrará felicidade 110 ca-samento senão com um homem de idade, genio, caracter tgostos iguaes aos seus — o que será difficil de encontrar.Como esposa será exccllente, porém, pouco cuidadosa da or-dem e arranjos domésticos.

RUDE (Belém) — O apparelho digestivo compõe-sedos seguintes orgàs : csophago, estômago, cardio, pyloro,duodeno, intestino delgado, ccecum, colou, recto, vesicala bi-liar, figado, pancreas e baço. Essa brincadeira !

UM ESTUDANTE (Rio) — . Remédio para dormir ?Comer uma Iyr>a maçã, ao deitar. 2' — Fingir mdifferença.Ma. fingir Liem... 3" — Snx» graphia indica um individ-uodc muitos instin.tos materiaes e de espirito contradictorio.Tem algum idealismo c é um tanto expansivo. Sua vontade cmais audaciosa ,_;ie ponderada. Muito pouca bondade cordial.4" — Diz o horóscopo de 19 de Novembro : o homem será demáos costumes, enganador, teimoso, inclinado á luxuria, etc.Parecerá grave e hmuanitario, porém de mãos instinetos e pes-sima Índole. Será amigo de correr terras e viverá até á idadede 71 ann.s. 5* — As pedras protectoras são o "carbúnculo"e a "turqueza".

NUNES (S. Paulo) — Só conheço um meio : a forçadc vontade. Não ha inconveniente cm deixar dc juniar, deuma hora para unira. A principio pódc enganar o vicio, ch_-pando lulas ou pastilhas dc hortelã, demorando-as o maispossível. Mas o principal é a vontade. E eu tenho conheci-mento de exemplos admiráveis, entre os quaes o de um velhoe glorioso marechal, que desde os 15, abandonou firmemente.1 cigarro, porque reconheceu que o fumar era um venenopara o :,eu organismo.

DR. SABETVDO

BALAS SPORTSMEN¦.-.-.-.1

» o -A todos os seus amiguinhos d"0 Tico-Tico" sGRANDE MAM FACTURA BRASILEIRA DE BON-BONS proporciona bellos retratos, em celluloide, dosmelhores-campeões de Football, que serão encontra-dos nos envoltórios das deliciosas BALAS SPORTS-¦EN.

As BALAS SPORTSMEN encontram-se em todaparte.

Fabrica — P.ua do Oazometro. 36 — S. Paul*^-*vvsr»r.PV_^^r_'.--»v%*^^_,,v»«%.vvvsA^

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+0-KX-0+ 0 TICO-TICO +<>-r<>-r<>-K>-r-C>-r<>+0*<^^

Antenor l.acarolti

No Asylo de S.Luiz, Curityba,

ParanáCurado com o rCI.IXIU

DE NOGUEIRA, do Phco.Cl-.co. .lolio da Silva Sil-veira, conforme documen-te. firmado pela irniil Ma-rin dos Anjo», Auxiliar doDispensario Sao Vlcent' ideriu Ia, d? Asylo S. Luiz—Curityba — I'uran:'i.

X

Clinica Medica (IM) Tico-Tico»CONSULTAS DA SEMANA

[.11.1 (Santos) -- Use fricções com a loção Corina,duas vezes ao dia.

ORTSAC — Procure um medico que lhe faça in-jcrçÕes de mercúrio: formula c mcthodo do Dr. AnnicalPereira.

DIA.\'A (P.ahia) — Em qualquer Drogaria do Rio emais especialmente na Drogaria Pacheco.

S. T. (Mendes) — Não tem que agradecer; es'.amossempre ao seu dispor.

AI.DA (Rio) — P.anhos quentes diários e passeios apé, pela manhã.

O. I. (Ilio) — Comprimidos de lacteo-ovarina.DR- CÉSAR LSTEVES

\^#&&S&S^Q&&&$Q>4>$®$WQi®b

CREANÇAS ASSADAS iAs asáatluraa das creanças, bom como das senhoras |

d»» pelle fina c Irritavel facilmente, reconliaeem como cau-ra efficiente. err geral, a presença do humldade do suor,

provoca a reacçao da rK.lle : vermelhidão, prurido,sí-ceeçao, const!tuindo-S2 entilo a mt-lestla que 03 médicos J

1 denominam IXTEKTRIGO.O muito conhecido e conceituado ne-

goclante Sr. J->So Haptista Lhulller So-1lirlnho. cujo ^aracter Integro todos reco-,nhecem como incapaz de avançar uma.asserção qualquer sem que ella Hoja ab- 1üolutainvntc exacta 1pe atlestnr Hobre o TO' PRLOTEN6E", 'o que abaixo transcrevemos :

Em bem da verdade o abaixo assl-geadoTENSB" com grande proveito em auas<

a vul-ente conhecida pelo nomo do aa-

ira*-• asabl-

Jdas i'Ja3 pelo PO' PELOTENSB".Ouirosim. declara haver comprado por vozes esse pre-

11 ira enviar a amlsos do Ilio de Janeiro, quo ae '

l"mostram rntliusiaatas de sejs t-ffeltos bemfazejos.Janeiro de 1917. — (Assiguado) João'

Lhullicr Sobrinho.

.se na» drogarias J. M. Taclieco, Cranido, G."j ri. A. J. Rodrigues. A. Gesteira, \Vern»ck. Araújo Pen- %• na. CASA C1P.IO, iloreno Rorlldo. Perfumaria Ba> etc. Nao lava a leeão com aablc. I.ela a bulia da! xa, que ensina como deve fazer. I^eço rr.ollco. Fom.^de um velho medico. Fabrica e deposito cera! : Drog..

E. Sequeira. Pelota*.

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SEMANÁRIO DAS CRIANÇASPaor-aiEDADt üa "Soe. A.sonyma O MALHO" fustia-st ** Qüahvks- Feiras

oiRtcTon-GiBiNTt: A. Sérgio da Silva Júnior

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As assinaturas oomeçim simnr* no dia 1.» do rtf.z em crus fevan tomirfas. a sô serão acceitas annual ou semestralmente

lia pedaços ele estrcllas, esses são valor em treze milhões de dollars, queattraliitios pela Terra, por serem me- vem a ser em moeda brasileira 91 mil

11 ires do que ella. contos.Porque c assim: Os astros maiores Essas pedras, no ar, parecem lumino-

attrahem os menores. Quando a attra- sas, porque, com a rapidez tia queda,cção se faz de muito longe, o outro vão .esquentando ate que ficam cm

menor íic:i eternamente girando em fogo.

Meu tieíinho Paulo esteve outro dia lorno do ,11aior- com> a Terra B«ra Notem também "que o nome "aeroli-

visitando o Museu Nacional e lá viu cm lorno do So1.- a Ua gira em torno tho" I11" dizer "*•** do ar''* e é ama

o famoso Beitdengô. Yiu-o c soube que da Tcrra- Mas lll,ando a attrac«50 sa palavra formada com divas outras pá-

gA

l PEDAÇOS DE ASTROS

Meus netinhos

J aquelle bloco gigante ele ferro era um h« ^ Pe»*0, o astro 011 planeta me- ferras _ _ero, que quer dizer "do a

ò nerolitho. O Paulo, .10 emtanto, igno- nor cae cm cinia do nialor' e li,*?> 1ue *« dizer ~ "Pedra"

X rava o que vinha a ser um aeroütho *•' ° <l«e acontece com 0S Pcda«°s* -• - de astros despedaçados, que a Terra

Sombras em relevoColem esta figura (ou antes, outra egual,

 d'ahi a minha palestra de hoje que,•(' ,1.» • .1 - r> encontra nelo c^oaço. F.lles c.ihcm cmX talvez seja util, nao so ao Paulo como . ' - '* a todos vocês. cinia da Terra-

Y Nunca viram, á noite, c>tre!las que Dá-se a esses pedaços cpue cariem do desenhada sobre ella) em um pedaço dc

l correm „o céo dc um lado para outro, céo c que são geralmente pedras ou

gj*™*^ «kbg^^g

dando-nos a apparcncia de que ha-itm pedaços de metal, o nome de aeroli- r]e canivete, bem amolada, tirem, nitidaruen-Ki/- de luz a riscar o plano negro ..do thos. Todos os dias caheni sobre a ter- 'e. ««daí as partes escuras.

ra muitas dezenas c até centenas de

Pois eslas luzes que correm r.o cio, acrolithos. geralmente pequenos; mas,

,- em certas épocas do anno e que cha- ás vezes, cahcm alguns tão grandes queX iiiain estreitas cadentes, são apenas pe- chamvm a attençâo. No Brasil só ca-'.-.

;os de a,tros. hiu um enorme, no Estado da Bahia,

§ Como vocês sabem, as estreitas são cm 11.11 logar chamado Bcndengó. O

bos que se movem no e- , aeroütho dc Bendcngó foi transportado~

uns luminosos como o sol a ' sta capital e está exposto no

Museu Nacional, onde o meu netinho

P.mlo teve occasião dc v.dmirai-o.

ià chamam asiros) ha outros que? nJoX lêni h.z própria recebem luz dct Outro.-, como a Terra c a Lua; a e^ses¦:• chamam planct-.s.

No anno de 1909 cahiu nos listados

Unidos um aeroütho muito singular,

6" siMas, apezar do espaço ser infinito, não só por ser enorme como porqueo tantas as estreitas que, ás vezes, era quasi todo de ouro niassiço.

O se encontraiApprox-rv.em, cm seguida, uma^viila, de

se encontram c com o choque se des- Com o peso da queda enterrea-sc ura* parede branca (tendo cuidado em que. . ... . , ,, nao üaja ou'ra luz 110 mesmo quarto): col-pedaçam. Ficam, cniao, os pedaços fia- profundamente em uni ea::ipo. Mas loquem a silhueta, que. tiverem recortado,ctuando no espaço. Quando ;contcce [iiria:r.-n'o de lá, pvrque os engenhei- entre a veja e a pare<ie, e ficarão admira-.,, , . .11 dos óo harmomoio relevo, que ella tomaráterra passar num ponto do ceo, onde ronque o examinaram cuicularam o seu sc&rc a parede.

A GUINDE NOVA DO XATAL—ALMANACH DO TICO-TICO PA11A 1023<

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^+o*oí- o TICO-TICO •^0^<^o•^<>J<^!<>^<>^<>4^>^l^^^«K>^-.fco^<>^<>l<>5<>•l¦p-^o•K>*<>KX<>J«

£r ^S^j^L\isfi»ij\IV^,

/AUMDANOi.NMt KK8AUIOS

Faz annos hoje a graciosa Idalia, /Ilhado Dr. Idaliuo Pereira da Silva.

Completa amanhã oito annos o In-iclligento menino Ricardo Gomes.

Passou a 24 do corrente o anniver-sario da menina Arlnda, filha do Sr.Estevão dc Brito.

' Wii i in. vi oaCom o nascimento de uma galante me-nina que recebeu o nome de Maria doCeo acha-se augmentado o lar do SrAntônio Caldas Monteiro e de sua Exmasenhora D. Almira V. Monteiro.

> < m:in.i\i,.

1 'P^V-Y1 bcrli,lda as sesruintes meninasao mo (..lar-i :Marietta S por ter a risada mais fa-

r..n-.a- í: y, a N-i por ler a ^rinha mais-•nitinha; Luta N„ por ter as trancas^J»°nila^:,iMu!;,íaiida S" »or 8tr mais-i'icera; Lucila P., por usar vestidoscurtos; Antonietta G. S.. por ser a maisbaixinha; Marinha L.. por ser a mais¦traçada; (ilorinha II., por ser a mais•ju.eta; Mlu&a 8., por ser multo risonha;Lourdes O. R.. por ser a mais meiga;u-ichel N., por ser a mais estudiosa; Zo-rafde, por ter muita força; e eu por goslar immensamente do "Tico-Tico".

Estão na berlinda as seguintes me-unas e meninos de Ramos :Maria Toste, por ser a mais levada:ni-déa, por ser a mais gorda; Iiranea| ser a mais meiga; Palmyra, por seri mala bonita: Maria de Lourdes, por sermais elegante; Belllnha, por ser a maisnrichosa; Regina, por ser a mais gra-•sa; Edgard. por ser o mais mlgnon;iirlstovam, por ser um valente Jogador;rj.:tuoso. por ter uns lindos olhos; Nei-«»«, por ser o mais brincalhão; Luiz,

lior ser o mais forte: e eu por ser —\V \l'-•>-K REID.Estão ná berlinda as seguintes meni-nsa do 2* anno da Escola Martins Júnior,-in Ilangu' :

Adellna. por ter lindos cabellos; TtK-reza. por ser cuidadosa; Conceição, porser bonzlir-ha; Martha, por s,-r loura; Zll-¦Ia Corrêa, por ser graciosa; Haydé». porser brinealhona; Marietta, por ser "mi-r. Corina. por ser a mais alta; II. r-

l, p"r ser boa; Nair, por ser traba-leira; Cedlia, por s,-r corada; Alice.

por ser engraçada; Aldenira, por ser a¦ i - ajuizada; Ornelía, por aer ironiaKriuic aca. por aer boa collega; j.

per possuidora de uns lindos cai-xos; Maria Isabel, por ter uma boagraphla; Vara, por aer estudiosa; Jura-sy, por usar vestidos curtos; Hilda, porsir graciosa c multo bonltinha; Claridade,por ser morena; Olivia. por ser risonha,ilenriqucta. por ser bonita; Cella, por ser

i de todos; e eu por me parecer confoi.A NEGRI.

Kstflo-na berlinda as alumnas da Us-Ueiijamln Constant (5« ann.

Ourycuri,]i s Tavares, por ser muito en-i. por aer muito gentil; Klo-

impo», por fer muilo graciosa;!.'lizaGuimarães, por ser a mais formosa; Arai -rica, por ser muito pacata; Trl.go, por ser multo querido; Angelira, porser muito mimosa; Helena Campos, porB4 r muito agradável; Bertha Silva, porser muito delicada; e eu por aer multoplácida — ADIVINHEM.

i linda do 4" anno da Escola de Ap-içao — 1* turma :

Maria José, por ser a maia bonita; Emi-i j Bandeira, por aer muito em.",,ha: Georgina.por ser a mais aympathn-a;

por aer multo dlstrahida; Irene,por ter muito boazinha: Dulce, por d

muito bem; Maria da Gloria, por aer amais retrahida; Alayde. por ser {requenta-dora de clubs de football; Alzira, por serda classe a mais risonha; Maria da Con-ceição, por ser muito amável; Dalka, poraer muito engraçada:Aracy por ser multo

li, lia; Olga, por ser multo simples; Noe-mia. por gostar de rir; c eu por me pa-recer com a — NORMA TALMADGE.

— Estilo na berlinda os rapazes da ruaBarão de Petropolis, Rio Comprido :

José Range), por ser o mais delicado;Homero, por ser o mais agradável; An-tonio, por ser o mais elegante: Álvaro,por ser o mais sério; Lulu. por aer o maiscomportado; Mario, por Rer o mais que-rulo; Paço, por ser o mais alegre: Neco,

IO MODELO DA SEMANA

\>V

(¦raciono, lindo \rMidi»iho pura me-nina*! dr 5 n 9 annow.

por ser o mais bonito; Fernando, por sero mas risonho; Niuilo, por ser o mais <n-groçado: Álvaro, por ser o mata "chie";Valtcr. por ser o mais apressado; Dunga.por ser o mais elegante; Ernesto, por sero mais sympathico: e eu por ser a maismysteriosa da rua Barão de Petropolis.—QUEM SOU T

Kfí mi i»Quanto dio pelas senhoritaa abaixo

mencionadas, moradoras & Avenida -SãoJosé (bairro de Botafogo) :

Pela alegria da Ignacia Marques ? pelameigulce da Marcelllna dos Santos ? pelalnnocencia da Fr I iuimai-at-s? pelosorriso da Jandyra V,, ira ? pela belleza

ra .í.

5.S

i

o

da Durvalina Neves; pela Intclligencia dcAlzira Teixeira? pelos olho» da Fran-cisca Alves ? pelos lindos cabellos da He-lcna Vieira ? pela maviosa voz da JulietaMarques? pela amável Alice Corrêa? pelacomportada Augustlnha da Rocha ? pelasgraças da Odette Gomes, e emfim quan-tu dão vocês pela rainha franqueia? —RUBRO NEGRO.

Estão em leilão as seguintes meninase meninos do Rio Claro :

Quanto me dão pela risada de MariettaS.. pela altura dc Eduardinho G. P. : po-Ias trancas de Luiza Negreiros, pela deli-cadeza de Hermogenes G. S.; pelo retra-hiinento de Glorinha Rocha; pela sincerldade de Margarida Seydcll; pela gordurade Germano n.; pela bocca de Lydia Npela força de Zorayde S.; pelos olhos deArithu.sa Penteado; pela dairnsarina OdlllaP.j pelos cumprimentos de Paulo II.; pelaeducação de Cordelia Mesquita; pelosvestidos de Lucilla G. P.; pelos cachosia Z::yra Junqueira; pela elegância deJandyra Junqueira: e quanto me dão pelaminha apreciação do "Tico-Tico".

Estão em leilão as aJumnas do 4*anno da "Escola Modelo Affonso Penna";

Quanto dão pelas travessuras de Yara?pela belleza de Marietta ? pela estudiosaHcrtha? pela gentil Luifca ? pelos cabellosSe .Iullta ? pelos vestidos compridos dePhilomena ? pelo andar de Lllla ? pelaslagarellices de Virgínia ? pela cor dos ca.billos de Ondina Vidal ? pela tristeza deOndina de Barros ? pelos sorrisos deOdette Naman ? pelos esforços de Suely?pela airosa Honorina ? pelo riso de Zulml-ra ? pelos braços de Olga ? pelo nome deMargarida ? pelo dansar de Odette Lopez?pela 1, ira de Bdinéa ? pela leitura de Al-ba ? pela faceirice dc Alexandrina ? pe-los olhos de Leonor ? pelo penteado dcHilda? Emfim quanto dão pela intelli-

_ MIMOSA ?

NO .IMtlIMIEncontrou-se um ramo de flores na

rua Uruguayana, e nelle estavam os ae-gulntea rapazes e moças :

Camela, por ser uma dahlia; Octavia,por ser um crysanth.-mo; André, por serum copo de leite; Maria, por ser uma vlo-leta; Vicem-.-, por ser um amor-perfclto;Amary. por ser um cravo; Lauro, porstr uni malmequer: Nadir, por ser umaorchidéa; Laura, por ser uma magnolía;Albertlna, por ser uma açucena; Iracema,por ser uma saudade; e eu por ser a or-gnlhosa Jardmcira — M. M.

Encontrou-se um ramo de flores dosmies rapazes que coeiheço :

Chiquinho. por ser um Jasmin; Pipor ser um gyrasol; Bastos, por ser un-.imagnolía; Qulncas. por aer um cr.n-.i dedefunto; A. Rangel, por ser um beij0frad. ; Avelino, por ser uni jarintho: Oil-berto, por ser um amor perfeito: Orlando,por ser uma ai.m-.-na; Nelson, por terchryaanthemo e en por ser um bom inrdi-neiro — FRANK MATO.

—Poderia n- formar o mais respla-.kles-ia com as sftgulmes alu-

ninai do Collegio Santa Cecília (S. Cbris.tovlo) : ' írtado. uma linda aim thysia ¦ :.i- x

Orsolinl, uma viva esmeralda; Ire- VBastos, um rubro rublm: Irene Rita-.

iiin alyo diamante; M Amélia,u:n irrlqule-Io j.is;m•; ||. do Carmo, uma esperta sa-pbrra; M. Julia. uma meiga pérola; Ophe-lia D., um anUaiuiasmado brilhante; OlgaLucas, uma pequena turquesa; /'.lida Fa-ria, um lindo coral.

Estlo no Jardim aa seguintes ae-nhoritaa e rapases da rua João Caetano:

Dioniaia Costa, por ser uma humildevioleta; Belllnha. uma retrahida oravi-na: Alfredo Costa, um delicadíssimo ly-rio; Mario Lopes, um doa maia azulzi-nhes niyosotis; Santa, uma papoula en-camada; Edgar Santoa. um cravo bran-eo; Mimilo, um beijo de frade; Olinda,unia desahrochada rota, e eu a mala —INDISCRETA.

i: r.\r\ Al.MANAI II ji-O . LM PWMMi: ÜEV.ÍPAJí NOEJ,r;-o:-o:o:o:-o:-o-: •:-o -:-o-k>*o*<x-<x-<k-<>:<>-:-o*<>*<>-í^

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_<X<»K>4<>-K>*<>KM<H<>K>-K^ O TICO-TICO +0+^°'

^icàm^e^^ A vingança do proscripto

J[ ODA a nobreza do paiz se havia rs-unido em casa do Sr de Barbanhas,

para festejar o anniversario natalicio desua filha, a galante Semiramis.

Esta, bella e sorridente, ouvia seu noi-vo, o cavalleiro Dcloge, formoso man.e-bo, cantar a meia voz, um lindo rondei.

Durante muito tempo o conde Barba-nhas se havia opposto a esse casamento,pois o cavalleiro era orphão e sem forlu-

X na; mas, vencido por sua constância, aca-.J. bára por conceder-lhe a mão da filha.

A refeição ia cm meio. Haviam já cs-vaziado innumeras garrafas e cada um,um tanto alegre, contava em altas vozesseus feitos.

De repente, ouviram um rumor íóra dapOOte Prestaram ouvidos. Quem poderiavir áquella hora tardia, açoutado pelo ven-to impetuoso ?

Uma pancada ecoou por toda a habita-ção. Alguns criados subiram a ver quembatia á porta do castello.

A conversação diminuirá em torno damesa. Pouco depois, entrou um pagem, ese approximando do conde, falou-lhe emvoz baixa.

Que cntte, disse este — Senhores —continuou, dirigindo-se aos convivas — éum cigano que adivinha o futuro e quejiede para ser admittido em nossa compa-nhia.

Todos os olhares convergiram para aporta c, no limiar, por entre os repostei-ros, appareceu uma cabeça pallida, masenérgica. O cigano entrou. Seus olhos bri-lharam e a grande barba preta cahia-ll.esobre o peito. Sem se importar com to-dos os olhares fixos sobre elle, inclinou-se respeitosamente.

Sè bem vindo neste castello. tu quenos vaes distrahir — disse o conde.

O cigano approximou-se dos convivas e,tomando a mãj de todos elles, leu o f.t-turo favorável a cada um.

Chegou, finalmente, ao conde Barba-nhas. Depois de reflectir um pouco, dissecom voz firme e alta:

Um proscripto virá pedir-vos asylr»Este é um dos nossos. Errante, desgra-çado, ousou oppôr-se ás ordens injustas

Hoje virá elle á vossa porta pedir asylce protecção.Que venha. Aqui encontrará moradac justiça, se a sua causa merecer.

Merece, — disse o cigano vagarosa-mente. — Pois para não denunciar seuscompanheiros como conspiradores. deixou-se prender; scu castello foi devastado enão foi sem grandes riscos, que pôdeescapar da prisão onde se achava.

Mas quem é esse inimigo que possuetal poder ? — perguntou o conde.

Esse inimigo, é... o rei 1Um calafrio percorreu os assistentes e

um grito escapou de todos os peitos.O rei 1 O fyrann > !A crueldade do rei era tão conhecida,

que todos tremeram ao ouvir o seu nome!Um séquito de apparelhos de torturas,

de forcas e eadafalsos, acompanhava essenome terrivel !

Fez-se um bngo si'encio.E o nome do proscripto ?

— João de Barros, barão de Lancister.E assim dizendo, o cigano tirou o tur-

banie. a falsa barba e appareceu sob asfeições do barão de Lancastcr. Um grito desurpresa escapou de todas as boceas.

E agora, senhores, façam de mimo que quizerem ! Estou cansado de lutar!Estou velho e preciso de repouso

Desobedeci a meu soberano que. invejo-so dos nossos direitos e regalias, me lia-via investido do cargo de espionar meussemelhantes. P.ecusei-me a tal cobardia eeis-me neste bello estado.

Ouviu-se fora grande alarido. João deBarros tremeu.

Não tardarão a encontrar-me ! —disse tristemente o conde. Deixac-rr.t par-tir, pois não quero que a desgraça entresobre o nosso castello !

Ouviu-se no pateo ruido de armas.

•'í fi iTT~f~n_l

O conde apertou a filha de encontroa peito...

Senhor, — disse um pagem que aca-bava dc entrar, completamente transtorna-U0) _ os soldados do rei querem penetraraqui 1

Deixe entrar — exclamou o conde.O pagem inclinou-se e sahiu. O barão

estava impaciente; os convidados tremiam.Próximo da porta, ouviram-se passos pe-sados. Com gesto lento, o conde calcouum botão, e a parede se abriu deixandover um aposento secreto, contendo provi-soes.

Entre o barão e nada tema ! — dss'se o conde delicadamente.

O proscripto apertou-o contra o cora-ção e entrou no esconderijo. A paredetornou a fechar-se — era tempo ! Dois se-gundos mais tarde, os soldados do rei pe-netraram na sala.

Ninguém pôde sahir d'aqui ! — dis-se o chefe em voz imperiosa...

* * •Sentada junto á janella, Semiramis es-

tava desolada.Eram já passados oito dias depois do

assalto ao castello e não tinha mais vistonem seu pae nem o noivo. Estava receie-sa, pois ouvira contar as crueldades do rei,e temia o castigo reservado aos rebeldes!

Depois da chegada dos soldados, e te:minada a festa tão tristemente, os con-vidados haviam dispersído e o conde e onoivo, aceusados de alta traição, por terem escondido um rebelde, tinham sidomandados por ordem do rei, para umafortaleza.

O proscripto, queria ir-se embora, mas,fiel á honra da família, Semiramis nãüo permittiu.

Cabia a noite. A moça, muito triste,ouvia no pateo o vae-vem dos soldadosEstive assim durante muito lempo, quan-do, de repente, pareceu-lhe ver algumacousa, boiando na superficie do rio.

Parecia que esse objecto pedia soecorroNessa oceasião entrava o barão e Semi-ramis mostrou-lhe o que acabava de ver.O barão correu ao rio, atirou-se n'aguae começou a nadar vigorosamente. A mo-ça apreciava este espectaculo estupefacta,quando" o barão gritou, com voz rouca :

Uma corda, depressa !Procuravam com ioda a pressa uma

corda, mas, não a encontrando, atirou-llua sua comprida "écharpe" de ouro. pren-dendo-a um dos ganchos na parede. Embreve entrava o barão, trazendo um saccoescuro, sobre o qual estavam escriptaiestas palavras :"Deixem passar a justiça do rei".

O barão cortou apressadamente as cor-das que o amarravam c Semiramis viuseu pae de olhos cerrados.

Está morto ! — exclamou desespe-rada.

Não se inquiete, senhorita — esíásimplesmente desfallecido.

Effectivamcnte, pouco depois, o condefazia ouvir um profundo suspiro e aj>r!aos olhos.

Minha filha ! — exclamou elle — E,mudo, apertou sua filha contra o peito.Torno a ver-te, finalmente ! — dis-se, emocionado. — O cavalleiro Delogefoi condemnado a ficar numa prisão deferro até á chegada do rei. Quanto amim, condemnado á morte, puzeram-meneste sacco e deitaram-n'o nagua. Agra-deço-lhe barão — disse voltando-se parao velho. — Salvou-me a vida.

i— Oh! conde, era bem devido, fui •o causador de todas as desgraças 1

Nessa oceasião ouviram passos.. — Approximam-se, separemo-nos. Es-condam-se. Eembrc-se meu pae que só te-nho o senhor — accresccntou Semiramis,entre soluços. \

Os dois homens se afastaram. Poucodepois, entrava a camarista de Semiramiscompletamente transtornada.

Náo sei o que se passa lá em baixo,disse ella. Os guardas gritam tanto IOuça, ouça !

Effectivamcnte, pela porta aberta, Se-miramis, ouvia gritos estridentes. Depois

AI.MAVM H D'0 TICO TICO •\'do' 0-K>-r<>+O4<H<H-O'X>-r-<>-r<>4<>-K>^ •

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^¦o-l-ow* o TICO-TICO •K>+<>^<M<H<>^<H<>J^,-^r<^ -t<>*<>*<>-i<>-i<>4<rt-<>:-<^^ j.

<Q\xal dos clois'?ã

I—Caldeirão, rei da Panellinha, tendo sabido que seus subditos jogavam muito, mandou proclamar por um edilo que todoaquelle que fosse apanhado com cartas na mão seria enforcado. 2 — Esta decisão do rei descontentou, é claro, os jogadores que,,no emtanto, prometteram ao primeiro ministro acatar respeitosamente as ordens do soberano. 3 — Havia, porem, dois solda-dos aos quaes o edito do rei muito contrariava. E um dia resolveram elles jogar na praça publica as Cartas. 4 — Um delles,Panellinha, apostou i.m turbante novo na partida que iam jogar. O outro acecitou ecomeçaram o jogo quando surgiu um ot-ficial do rei... .

rt*

5—... que os prendeu, indo em seguida levar o facto ao conhecimento de Caldeirão, o re' ficou embaraçado ao ouvil-oporque os dois presos.. 6 — ...eram os mais valentes e correctos do seu exercito. Mas, como palavra de rei não volta atra/,ordenou que se fizesse a justiça. 7—Um delles chorava muito porque ia perder a vida sem ser em bem da Pátria. O omiro con-solava-o esperando perdão do rei.*8 — No dia seguinte o official foi a presença do rei pedir as ultimas ordens. Ora, o reidurante a noite resolvera que apenas um <ios soldados... ^

9 — ... devia ser morto. E ordenou que se tirasse a sorte para saber qual doi cTóis devia ser enforcado. O official le-vou tres dados para a prisão. Panellinha jogou o, dados e tirou... 10— ... 15 pontos. O outro não quiz jogar desculpando-sc : Não, meu rei não admitte jogos de azar ! Não jogo! O caso, sem solução, foi... M — ... levado ao conhecimentodo rei, que comisera a rir • disse : — Perdão a ambos. A Panellinha porque teve sorte... 12 — ... em tirar 15 pontos e aooutro porque é muito esplntuoso para morrer enforcado! E foi assim que nenhum morreu. Também nunca mais jogaram.

um grande rumor lhe veiu ter aos ou-vidos.

—O rei morreu 1 O rei morreu !Levou a mão ao coração, que parecia

querer saltar-lhe do peito. Se fosse ver-dade ! Não, não 1 Tal esperança era umsonho, não podia ser !...

Era, no emtanto, verdade ! De ha mui-to enfermo, o rei acabava de suecumbir,envergonhado dos crimes commettidos eraivoso por não ter vencido a todos 01seus vassalloi.

Se-miramis passou aquelle dia muito in-quieta.

De vez em quando chegavam correios,mas noticia alguma levavam. Final-mente, ouviu-se grande rumor e a mui-tidãi se precipitou na sala.

— Sou livre ! O rei morreu — excla-mou um rapaz. Era o cavalleiro Delogeqye fugira da prisão.

Pouco tempo depois, celebrava-se, comgrande pompa, o casamento de Semira-mis com o cavalleiro Deloge. O barão deLancastcr estava vingado; o rei fallecerasob o peso de seus crimes.

TT guerraNão é sem pezar que o homem cultiva

a terra, semea e planta, para depois vira guerra destruir-lhe o frueto do traba-lho.

Os males que delia se originam : asdestruições das cidades, das bellas artes,das escolas, das cathedraes e das edifica-ções; a devastação das mattas-virgens, eos estragos nos campos.

Os bombardeios das grandes cidades e

capitães juncam de cadáveres as ruas,óem-lhes mcfiiu-mentos de arte e di-

zjmam a população valida.Que tristeza a despedida e os soffr:-

nlenlos das pol c das viuvas quelamentam a perda dos seus 1

m mento de partirem é natural quese orgulhem, com a carabina ao hombro,por irem se incorporar aos grandes exer-citos, tendo á frente a sua gloriosa ban-deira.

Quanto sangue derramado !Quant is milharei <!e soldados que

sacrificam, morrendo na gcerra; uns pelainimiga) outros victimados pela pei-

te ou á mingua de recursos ! E' entãoque sc sabe amar a paz tão almejada, po:-a guerra só nos traz a miséria, a fome ca desgraça.

José' Octavio de Araujo

A GR AND K NOVA DO NATAL—Al.MAN Al II I) O TICO-TICO PARA 1022

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*0*O-K>l-<>-K>'h<>*0*O*<>*'C^^ O TICO-TICO *0*0*Ot

0% A—:•

OS SERÕES DO CJLSTKXvlvONONO SERÃO

Egtantiiaa oub a iradolerate corrigida

por Mme. de Genlis (N. 17)Mine. de Genlis foi uma literata fran-

cc?a, professora dos filhos do duque deOrléans e crcadora de uni systema de edu-cação original e pratico. Entre os livrosque deixou citam-se THE ATRO DE EDUCAÇÃO, ADELIA E THEODORO, OS SERÕESDO CASTELLO, LIÇÕES DE UMA GOVERNANTE E CONTOS MORAES.

(Traducção especial para O TICO-TICO)

Um dia, erofim, Doralice convidou ovisconde para jantar, c ás nove horasEglantina appareceu na sala : a mãepresidira; neste dia, a sua toilctte.Eglantina não trazia nada de raro;mas, também, não tinha o aspecto des-agradável de relaxamento ao qual es-tava habituada. O visconde examinou-acom muita attenção; no primeira momento achou-a perfeitamente bella. uminstante depois reparou que não pos-lula nenhuma gr;;ç•-. e ao fim de umquarto cie hora não a olhou mais; es-queceu-se, mesmo, de que ella estavapresente.

Entretanto, continuou sempre a ir ácasa dc Doralice: um dia em que aencontrou só, falou-lhe com tal con-Banca, que a autorisou a perguntar-lhese pensava casar-íe.

"Sim, minha senhora, respondeuelle; comtudo, embtra os meus pães medeixem a escolha absolutamente livre,sinto que não me decidirei com facili-dade; o interesse ou a ambição não memoverão; uma paixão cega não me fa-,rã pr; ticar loucuras; quero casar-me,não jiara adquirir fortuna ou mais con-lideifrçãp. mas para ser feliz: assimserá preciso que eu encontre umacreatura muito bem educada, que jun--'te ás virtudes os encantos e os taleu-',tos; será preciso ainda que os seuspães sejam estimaveis, para que eupossa respeitai-os e querel-os: c que asua mãe. por exemplo, tenha todas asqualidades que distinguem a senhora,para que seja o mentor c o guia deminha mulher."

Quando o visconde terminou esta9palavras, chegou uma visita que pózfim á palestra. Alguns dias depois,Doralice soube que o visconde dWrzel-le encarregara uma pessoa de tomar'informações indirectas. e que elle pro-prio se dirigira aos mestres de Eglan-tina. o-i quaes lhe disseram a verdade;de maneira que fora sabedor, semnenhuma duvida, de que Eglantina nãoretirará proveito da educação dispen-diosa que lhe havia dado sua mãe. De-pois d'isso, o visconde visitou menosDoralice, e, aos poucos, inteiramentese afastou da casa d'ella.

Doralice. certa de que elle despoja-ria Eglantina. se èlla tivesse sido maisgentil, sentiu muito que a filha per-

desse uma posição tão vantajosa, tan-to mais que apenas o mérito pessoaldo viscende teria feito com que ellao preferisse a outro qualquer. E ex-perimentou ainda aborrecimentos maio-res Eglantina. mais indolentc do quenunca, causava-lhe todos os di.is no-vos desgostos. Aos dezoito annos, ne-cessilava dos mestres que, em geral,se deixam aos quatorze; não mostravagosto por nenhuma oecupação. Entre-tanto, como o seu coração era bom eella amava sua mãe, procurava, algu-mas vezes, vencer a molleza natural;então ficavam espantados com a intel-ligencia e as disposições que apresen-tava; o coração de Doralice reabria-se para a esperança c para a alegria;a felicidade, porém, durava pouco; aofim de cinco ou seis dias, Eglantinacahia no seu desleixo habitual: sentiaconfusamente as suas faltas, o que lhetirava a. coragem, em vez de lhe inspi-rar o desejo de emendar-se. Acostuma-da a não pensar, isto é, a não reilectirnunca, não via a ingratidão com quecorrespondia, tão mal, aos cn.rinhos damais terna das mães; e dizia apenas :

"1'.' verdade que eu dou muitas des-pezas. imiteis; mas es>as despezas nãodeèáiranjani uma fortuna tão conside-raijd como a de meu pae; de resto,sou moça. rica, dizem que sou bella,

i passar sem instrucção."Era como se dissesse: "Posso pas-

n mo.-trar o meu reconhecimentoá minha mãe, sem fazcl-a feliz e, aomesmo tempo, sem ser amável esem ser amada."

Eis como se raciocina quando não sereflecte

Eglantina. não tendo nenhum desejoradar e de obter a approvação

.dos que a cercavam, não possuíanenhuma consideração em casa de suamãe; os empregados e os amigos dcDoralice viam-n'a sempre como crean-ça. Era tão pouco serviçal, tão singu-larmente iusipida; por falt? dc refle-xão dizia, muitas vezes, cousas tãoinconvenientes que, em sociedade, setornava importuna e enfadonha.

Toda sujeição parecia-lhe insuppor-tavel, c quasi tudo era, para ella, su-jeição; todos o> usos mundinos acha-va-os tyranniccs; a poüdez incommo-dava-a, e só se encontrava á vontade

entre pessoas subalternas c sem edu-cação. Longe de procurar conselhos cs-clarecedores, rejeitava-os, por sentirque não tinha coragem para seguil-oá.Quando Doralice lhe mostrava os in-convenientes do seu caracter, Eglan-tina escutava-a mais abespinhada doque arrependida. Essas palestras eramsenipre seguidas por um araúô que nãopodia vencer nem dissimular; ncostii-mada a ceder ás impressões que rece-bia, não tendo nenhuma força de von-tade, preferia senipre mais aggravaras suas faltas do que se dar ao trabi-lho de procurar os meios de reparal-as-.

{Continua tio próximo numero)-:-

Umo desvantagemPorque estás tu a chorar tanto, ra-

pazinho ?... — perguntou uma boa senho-ra edosa a um pequeno que estava na ruabanhado em lagrimas, e fazendo grandeberrei ro.

Foi... foi... porque meu.., meupae... me... me... bateu.

Bem, não chores assim. Todos ospães batem nos filhos, de vez cm quando.Mas... mas... meu... meu pae, nãoé como... como... os outros. E' da ban-da... e musico... e é elle quem... quem...toca o bumbo !

O pequenito — O' papá 1 O que é um

optimista ?O papá — Um optimista,, meti filho, é

um homem que não acredita que tuna pan-cada a seja, emquanto não é elle quem aleva.

A adoração christã fez da physionomiade Christo um conjuricto de loura bel-leza e de bondade. S. João Damascenodiz: "Constantino representa Christo com 'as sobrancelhas reunidas, bonitos olhos,nariz comprido, e com farta barba ne-gra." Os antigos pães da Egreja mencio-nam um documento mandado por P. Len-tulo ao Senado romano. " O rosto é se-vero, os cabellos têm a côr do vinho, onariz, e a bocca são de um desenho per-feito, a barba farta, dividida em duaspontas, tem a cór dos cabellos." O his-toriador Nicephoro Callisto diz: "Os ca-bellos louros não cra.n abundantes, as so-brancelhas pretas, mas não regularmentearqueadas, a barba era avermelhada cbastante curta." listes pormenores sãoconfusos. Da barba negra passa-se á côrde v/iho e ao avermelhado, do nariz com-prido ao perfeito...

IMUMOnO^OS HltlNOrEDOS DE ARMAR— NO AI.MAXAt H DO TICO-TICO•t^^:<v!-c>-:-<>^-<>-x>-K>-r<H-o-:-<>^o-i-í> >k>-k>*o-:o~:-<>-io-k>*o*o*<>-!o-{o -^o^o-]<><-o^<>-í<>4-o}-o*oa-c>-:-

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_5.o:o*o* o TICO-T-HU •k>k>-k>-k>*<>k>-k>ík>^o4^^

_'_..,

e J| Esooía 3:1 Como as cores são vistas

íjfços, ou, ainda, oito maçãs ou oito pen-nas. Ha muito tempo que esla idéa aatormenta. Ella não coniprehende na-da de arithmetica.

Ao contrario, é muito sabida em his-toria santa. Mademoiselle Geuseignenão tem uma única discípula capaz dedescrever o Paraíso terrestre e a -Arcade Noé, como Rosa Benoit. Rosa Be-noit conhece todas as flores do Pa-raiso e todos os animaes da Arca. Sabetantas fábulas quantas Mademoiselle

f _-_____U\/ __¦____

A côr violetan deixa de ser visi-

JJ vel, distinetamente,'-' á distancia'' de 150

metros.A verde des-

apparece muitomais depressa, desde que se apresente emum fundo de verdura; deixando de servisível, em outras condições, a 180 me-tros.

A azul-celeste, desde a distancia de 150metros, vae tendendo a confundir-se coma preta c deixa de ser visível a 200 me-tros.

A côr preta, quando sobre fundo claro,distingue-se até a distancia de mil me-

o passarinhem., o açor e a cotovia!

Proclamo a escola de Mademoiselle Geuseigne. Sabe Todas "as~ôãfe_-rasado

_-"-_ T"'.-* par'ir l!e 7°°- ,neIros, p6í*e'Geuseigne a melhor escola para me-. Corvo"e da Raposa! do -urrTe do ^"e^^l^^^ira^ninas que existe no mundo. Declaro Cãozinho. do Gallo e da Gallinha. Nâo maior distancia a que possa ser observa-descrentes e maldizcntes aquelles que se surprehende ouvindo dizer que os da - o que lambem suecede com a còrpcns.rem e disserem o contrario. animaes falavam, outr.ra. Ficaria, tal- branca, em tempo claro.

Todas as discípulas de Mademoiselle vez, srupresa, se lhe dissessem queelles AGeuseigne são boas e applicadas, e não nunca falaram. Está bem certa de en-ha nada mais agradável á vista do que tender a linguagem do seu cão Tomas creaturinhas immoveis, as cabeças e do seu pequeno canário Cuip.

Ella tem razão: os animaes semprefalaram e falam ainda; mas, só falamaos amigos. Rosa Benoit ama-os e ellestambem a amam.

E' por isto que os comprehende.Para a gente se entender não ha nadacomo se amar.

Hoje, Rosa Benoit disse a lição semerro. Tem uma boa nota Emmelina

direitas. Dir-se-ão pequenos frascos nosquaes Mademoiselle Geuseigne vae pon-do a sciencia.

Mademoiselle Geuseigne está sen-tada, tesa, na sua alta cadeira. Ella égrave e meiga; os seus bandos lisos ea sua capinha preta inspiram o respei-to e a sympathia.

Mademoiselle Geuseigne, que é mui-to sabia, ensina calculo ás suas peque-nas discípulas. Ella diz á Rosa Benoit: CaPel ganhou, (atnbem, uma boa nota.

Rosa Benoit, se, de 12, eu retiro p.or naver sal>ido a »'<-ão de arithme-4, quantos ficam ,,ca-

Quatro ! — responde Rosa Be- Ao sahir da aula, ella disse á suanoit. mamãe que recebera uma boa nota. E

Mademoiselle Geuseigne não se sa- ajuntou :tisfaz cem esta resposta. — Uma boa nota, para que serve,

E você, Emmelina Capei, si, de diga, mamãe ?\2, eu retiro 4. quantos restam — Uma boa nota não serve para na-Oito. responde Emmelina Capei, da, respondeu a mamãe de Emmelina.Você ouviu, Rosa Benoit, restam- E' justamente por isto que se deve fi-me 8, conclue Mademoiselle Geusei- car orgulhosa de recebei-a. Saberás umSne- dia, minha filha, que as recompensas

Rosa Benoit cae numa scisma pro- mais estimadas são aquellas que dãofunda. Ella acaba de ouvir que restam honra sem proveito.8 á Mademoiselle Geuseigne; mas nãosabe se são oito chapéos ou oito len- Anatoi.e France

U_A FONTAINE)A Injustiça e o rigor desculpam-se emCitando como exemplo a quantos fazem

mal.Ninguém deve esquecer a regra jâ sedtça:"It-speite sempre os mais, quem atten-(jftíi eublça."

Certo dia um camponlo armava aos pas-sarlnhos.—Vem despontando Abril, estão Jâ sós os

ninhos.A grande natureza ha munto que Tiaodorme

O campo todo em flor ostenta um luxoenorme.

Imprime vibrações no ambiente perfu-mado

O constante esvoaçar do Inquieto mundoalado,

E o homem de atalaya.De repente sorrt. dizendo ; — "Talvez

caia" —"Cahlr o que? Nâo sei." Objecta-mc oleitor—

Era uma cetovia. A tola. a semsaborD:spunha-se a trocar a boa liberdadePela rede traiçoeira, e até, que tngenul-

dade IVinha cantando alegre a procurar a

morte.Ou se ê. ou não Se e forte 1

Neste ponto um açor que andava

A oroJig.osa força dos maxillaresQual de vocês ainda, falando ou co-

mendo, não mordeu a lingua ?Nem um, por certo, e quando isso acon-

tece a dor que se sente é horrivel e pôdese observar a força extraordinária queune ou afasta os dois maxillares.

Quando comemos, inconscientemente,desenvolvemos uma força tanto mais in-tensa quanto mais resistente fór o ali-mento.

Porém, até agora, nenhum de vocês,com certeza, fez uma idéa

-;amos para comerbife.

No isthmo de Tehuantepec descobriu-seuma flor lindíssima, a qual é ao mesmo

Õ_ força que tempo um relógio botânico. Pela manhã éKm simples branca, ao meio dia i encarnada e pela

noite torna-se azul. ,Segundo observações physiologicas, fei- As mudanças de còr verificam-se com

tas muitas vezes, a contracção dos mas- perfeita regularidade,seters (músculos da face, que presidemos movimentos maxillares) varia entre 15 "Ia 150 k:!ogrammas de força e para mas- Deixa falar o teu coração; mas cala atigar a carne é preciso em cada dentada tua lingua.

. a.—-___.

pelosares

Faminto, peneirando em voltas clrculares.Avista a pobres Unha. e rapldn qual setaSilvando tende o espaço em breve linha

recta :empregar uma força de 20 a 25 kilogram- cahe aobre a cotovla. empolga-a rude-

mente.Aperta-a, despedaça-a, em fúria recres-

cente.Que bárbaro glutâol...

Viu tudo o caçador e resolveu-se entãoA puxar o cordel da pérfida armadilha.Que ao distrahldo açor enreda, envolve e

pilha.Colhido de Improviso, o bicho quer aol-

tar-sealas logo dissuadido, usando de disfarce.

Murmura em voz mui doce:"Mi ') caro caçador, sem duvida enga-

nou-scPodia lt prender-me 1. .. JCu nunca lhe fiz

mal.Replica-lhe o camponlo: *E o pobre do

animal.Que ahi tens. fee-te-algum ".... Nâo me

responderâs ?.. . "O açor quiz responder, porém nâo foi ca-

paz.

mas e isto quando é tenra; mas, quandoé dura, oh! então é preciso pelo menosde 30 a 50, para conseguirmos ençuli!-a.

Demais, todos aquelles que, pelo menosuma vez, morderam um dedo sabem qiian-to é dolorosa essa dentada que. por vezes,deixa marcado por muito tempo o logaroffendido.

Mnxlmllluiio dMirvrdo~r .U.M.l.VtCH UU TICO-TICU VAT!A .{.22

-Ja 0-Í-Oa_<>-Í-<X-Oa--<-X-<_H-<>-_-^

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r<>^<>H>^<>-•-»c>•^o-'-o•KX•<>^o-^<^ O TICO-TICO •«•o+o+o-;

IMOSSO ÁLBUM

I t> \^ fa- \ caaT

" ^»* ^aB .a*. laBaf ^B.

| W 1 ^ m^Êm\wm4mPí^k' mmT*ELA r ,

Bft^T*. flflpiPr <4EaV a-l-B

aBaV Balai *^^Tí-^fc A*. *

/=*»= -^

l(T\\ ^^P^31^^^ ^\>\ *^<Drii^ ^ //Am htkX. *v^ 1'ÉIIÜBLiJL^ ij j //^ ^^^.\ lei

ArMNM dt* Canalho; 2) Dirceu e Guiomar, filhos do Sr. coronel Frederico Dias Baptista, residente em RibeirãoRuy Osório, nosso leitor de Santa Maria do Rio Grande do Sul; 4) Janin. filho do Sr. Lindolpho Corrêa de Sá

1) JoannaPreto; 3) ríuy usono. nosso leitor de Santa Maria do mo uranae ao oui; 4) Jamn. filho do Sr. LindolphoI Btntvides; 5) Mario, interessante filhinho do Sr. Manoel Coelho Jaboaca; 6) Joãozinho. neto de D. Mimi Pinheiro' 7)Tf co. filho do Sr. Ramiro Lemos, de D. Pedrito. e 81 Vicente L. Carvalho Pinheiro de S. Paulo.• <>*<>í<>-i<>4<>-:<>.-rO*04r<^^ <>*K>+<>K>-K>-K>-!-<>-r^^

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O Presépio de Betíilérn Pagina 1K. Parede ,;vr.. ¦¦-,¦,., IV ¦! ^j 1 ^__X

* Parede lateral direita "^"»J_ J , _£_*, -^-—v. Jirs^?^/'eirg fe;//eir ae> outro pedaço do chão / f**^ ^fy *~*^T*" "^ ¦

MODELO DO PRESÉPIO DEPOIS DF. ARMADO

—— —_.

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O F^reseiDio de Bethlém Pagina £

.-^m \. - As peças d'esta pagina devem ser recorta-

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•o*o-k>* o TICO-TICO *'-<>-,<>*:*<>*-o-k>*<>:-<>^

GALERIA D' O,TICO-TICO

«•_(* --- ¦* * i, |&_¦_k _flfi- «-ri ___^_fc-_i_il i hhi __ b» _k ^__ - V$__i

L/lll ISA _^S-U__L^a_\ YnY #*-** f"**- i I t(S I

(Pvu !¦ _L siàkml ílrW Ár- I1!. •> __ ~_- EOi %\ \Wm ^^¦/ /w\fS *B '2»?

~W^/í '''m ^\ \1!11Í m1'M ¦''"J Itlis

i f 3) Creanças, filhas de cmdcmnados, recolhidas oa .Isyla Infantil X. S. de Pompêa, à rua Zeferino, 109, Mever, piedo-ta instituição digna de todo o favor que se lhe possa dispensar; 2) Heloísa. Iil.no, Marietta e Marina, nossos' graciosos

II

leitores; 4 e 5) Nadyr e Dulce, filhas do Sr. FJoy de Figueiredo; 6) Astor, filho do Sr. capitão Júlio Ornellas; 7) Zenildafilha do Sr. José Lopes de Faria, sub-jercute da Companhia F. Sabonetes Santelmo e 8) Ed-auldo, filho do Sr. Genasn

.1. VasconstlUts.¦-:-0-KX<>-HCH-0-*-<>* CH<>-!-<>,-<>,-<>X>-r<>*<^^0+0!-<XO-!0-.-

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* <X-<>H<>\r<H-<>*o.-<>+<>-KX q TICO-TICO -J**^**-*0!;¦— - _A_s distra.ccões do saloio ——HISTORIA SEM HISTORIA

15

E|ffflP_fl I E_^^____^____L____ll_l ____________________ ->'^__k~l

*____WR__«^;^*^_____I ______!/ ^-^^^w^•»w-ol .**íj* mWklmmmmW

Ser corajoso I!...(MONÓLOGO)i

Bem disposto aos senhores eu venho.Com a franqueza que sempre procedo.Distinguir o que chamo coragem,Demonstrar o que julgo ser medo.

Se na rua em que vou vejo um typoOs meus passos seguindo, nervoso,Retrocedo, dizendo commigo

Sae medroso ! ! 1 I...

Mas se acaso me esbarra um sujeito,Que me lança um olhar furioso.Digo logo : Bom dia seu " cabra"

Corajoso II!!...

Se um menino brigar no coüegio.Com um collega que fôr mentiroso,Elle próprio é quem fica chamado

De medroso ! ! ! !..»

Se fizer um alumno qtie estuda.Ante o mestre um exame formoso,Este grita ! Que bello estudante ! ! I

Corajoso 1! ! 1...

Nunca deve um gury que v recitaNuma sala mostrar-se choroso,Pois que todos dirão certamente,

Que medroso I 1 ! 1...

Um sujeito covarde que apanhaSó gritar elle sabe (horroroso ! !)Se vocês derem mais eu me torno

Corajoso ! I ! !

Eu duvido que em minha familiaHaja um membro sem ser temerosoE vocês não destacam, eu duvido.

Um medroso II!!...

&

Até eu mesmo assim tão pequeno,Sou "ranzinza" e bastante teimoso ! !Tomem exemplo e me imitem, senhores 11! IE' bonito ser bem corajoso ! !...

José' L. Bokces da Silva*-

v > valor cJci cebokiA cebola é, além de um

alimento são, um remédio e uninarcótico; deve ser conside-rada como um des melhoresprjduetos da terra, e indu-

ti bit-velmente seria mais apreciada por to'-a classe de pessoas, se as suas virtu-

des fossem mais conhecidas.Para os que padecem de insomnias, na-

da melhor do que comer todas as noite-,ames de «e deitar, uma cebola comsal e um boceado de pão. Por intenso eantigo que seja o padeciinonto, não tar-dará elle em dcsappareccr, uma vez quese siga este simples processo de trata-mento.

A cebola occupa. pelas suas qualidadesnutritivas, o terceiro logar entre todos osalimentos; o primeiro corresponde ás len-tilhas, e o segundo aos tremoços

Como condimento, toda a gente sabe aimportância da cebola, que quasi igualaá do sal. As sopas, os guisados e os mõ-lhos mais gratos ao paladar são aquellesem que entra esta humilde raiz.

Outra utilidade da cebola, ainda quenão de tanta importância para a economiad mestiça, era já conhecida no século XV,conforme o demonstra o escriptor d'aquel-Ia época, Graciano de Alderete, quandodi» que "os bons hortelões", para torna-rem melhores as ro.-as e as vi detas, plan-tam iunto d'ellas aihos e cebolas."

Pôde bem se affirmar que, se cada ce-bola custasse cinco ou dez tostões, todaa gente as apreciaria muito mais do quea qualquer outro produeto vegetal; comosão, porém, de grande barateza relativa, assuas virtudes passam despercebidas, ha-vendo até quem as trate com desprezo.

,

Pcvoltd iniciiTão bclla e branca, a velhinhaFiava a meia sentadaNuma cadeira quebradaQue o peso seu mal sustin.ha.

Da porta do lado vinhaUma brejeira risada,E os olhos, meio assustada.Ergueu a boa avósinha.

"O' vóvósinha,. o ManinhoTilou daquelle cctuihuUma pução di botão

E tá dizendo a VicenteQue tudo aquillo é teu dente !

Não gota mais delle não... "

Provérbio turco :"Um come, outro vê comer. Eis a origem de muitas agitações."

O rosto é o espelho da alma*-— _

O ideal não é ser novo; e íicat-o sendo.

Ordalia Moreira %

UM PUESENTE T>E PAPAE "NOEL"—ALMANACH DO TICO TICO

!

Vlòí

I<>J<>.^<>-r<H-C^<->^!<>^K>^VO^KX•<>^^0<X-<>K>*<>-J<>-:<>-:<>H<><K^ P $

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OJ-OIO+ O TICO-TICO •i-<>-fr*'>r<>'r<>-*-<>*-<>*-^^o

O que é um DilhcioAS AVENTURAS EXTRAORDINART-

AS DE JOÃO NARIGÃOO M/1IS BELLO CONTO DE PADAS QUE A PETIZADA VAETER OCCAS1AO DE VER NO "CINE PALAIS" NOS DIAS DE

NATAL !

O "Chie Palais", a luxuosa casa deexhibições da Avenida Rio Branco, nes-ta capital, vae exhibir nas vésperas eno dia de Natal o mais bello film é ounico até hoje apparecidü — As aiee.-luras extraordinárias de João Narigüo— mimoso conto de fadas, que todasas creanças poderão ver nos diasacima. O Tico-Tico, patrocinando tiobella iniciativa da firma Rombauer & C,

proprietária do "Chie Palais", abriráno próximo numero um concurso a

que podem concorrer tod_s as crean-

ças que forem assistir á exhibição do

primoroso film. Para esse concur o

serão distribuídos ricos prêmios, queestarão expostos no salão do "Cine

Palais", quando da exhibição dasAventuras extraordinárias de JoãoNaritjão. Ti

<^kr/tv*JA'jfo -^^"^ fl«7^^S\_r

\ ia

k _lí'wmv1- l ^v\

¦:-

ONão na perfeita conformidade no que X

seja um bilhão. Ao passo que entre nó.-, .«.como em França, e noutros paizes, se cha- <jma um bilhão a mil milhões, na Ingla- 4terra um bilhão «!• um milhão de milhõe>, \isto é, um milhão de vezes um milhão. X

,\doptando a moda ingleza vamos ver Xquanto tempo precisava um fnglez para Acontal-o. .;-.

Se elle fosíe capaz de contar 200 por Ominuto (que não é, nem o é ninguém), con- -|*(ária — 12.000 por hora; 288 000 por dia y(todas as vinte e quatro horas), ou, por Xanno, 105.120.000. V

Contando assim, sem nunca, nunca, des- Acansar, nem fazendo mais nada, o bom iln ínosso inglez empregaria, em lão agradável ytarefa, 1)512 annos, 342 dias, 5 horas e 20 Tminutos. Demos-lhe, porém, doze horas, Ydiariamente, para el'e deucansar, comer c Xdormir; sim, porque um homem 11.11 é de .;.ferro, como dizia o outro: neste caso. pre- Acisaria 19.025 annos, 319 dias. 10 horas e -I-40 minutos, para dar concluída a sua em- ^preitada. y

Com ares de grande importância, o Tho- Amazinho chegou á escola e deu ao mestre +es:a importante novidade O

Sabe, Sr. mestre ? O diabo morreu ! *J"Que queres ttl dizer com isso ? On- 4,de foste buscar essa noticia ? — pergun

tou-lhe o estupefacio professor.— Foi meu pae que m'o dis>e; — respon- r

deu o pequeno. — Eu estava hontem na AVejam o preximo numero d'0 Tico- ITUa' com cI!e- liando passou um enterro, e ^.ouvi o meu pae dizer : " Pobre diabo ! O

morreu I..." •?«O

_*__. g-x^ai-cle novidade do INYital ó o

Almanaeh i'0 TICO-TICOPARA 1922

Como de cestume. o ALfi\AriA'H D'0T.tCO-CICO 5ahirá este anno nas vésperas donatal. Confeccionado a copricho, todo impressoa cores, no seu texto variadissimo encontrarãoos leitores contos, novel _s, comédias, monolo-ges, artig 5 de palpitante interesse para a in-fancia, calendário catholico, musica, etc.

Pias sessenta e quatro paginas lithogra-phicas, que se intercalarão pelo texto, dezenasde brinquedos vão fezer a alegria da petizada,que terá para armar, entre muitos outros, omaior brinquedo até hoje publicado —OJAR-D17í\ ZOOLÓGICO D' O CICO-CICO.

mtmmo

Pedidos com antecedência á SO-CIEDADE ANONYMA O MALHO,Eua Ouvidor 164 - Capital Federal.

Preço 4$0O0. Pelo correio 4$500.

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••:<>*<>i-ç>-fr _>?•<>* _>*<>.-<>. _>k>k>-k>.<>k>*<>-k^ o xi CO -TICO -so-i-o-i-o"

AS CAÇADAS DE BEBE'"•Ov^"^ww^r^tiPL(^ -1 iiTi^^fr^^i^ii iitipi^z

Bebê, um domingo, foi pas-sear com seu cão Velludo elevou comsigo o arco e umaboia vermelha que seu pae...

... trouxe da cidade. Vel- ... preso ao peito o arcoludo, de repente, começa a la- de Bebê. Velliudo persegue otir : é que viu um coelhi- coelhinho que é agarrado ánho, que foge, levando... entrada de sua toca: Bebe...

... chora a perda do arco,mas Velludo volta trazendoá bocea o arco e o coelhinhobranco. E Bebê volta....

¦?,:<.?' ^--& /\L_ i 1'^^ r^\ /-t\ W5- 'iQI—^ '\ í^fW^i _S&___ ÕJg

... para casa muito satis- ... uma perdiz tomando ofeitj com a imprevista caçada seu balão vermelho por umque Velludo fizera. Nova frueto, vôa a beliscal-o 1surpresa o empolga:... Pum ! uma de:onação se...

... ouve e a perdiz cae aochão morta... de. susto. Vel-ludo agarra-a com a bocea e,tom Bebê entram em casa...

... com as duas caças, quevão servir para o almoço- 15Bebê já pôde agora contar suaprimeira aventura de caçador.

%Q LATINISTA

Y (MONÓLOGO PARA MENINO)

tão certa, que parece mesmo que foi es-cripta na nossa iingua, está toda erradana traducção.

Entretanto, assim não devia ser, por-que não me recordo agora de quem foi

(Entra com um livro nas mãos, q,je (}jsse ser 0 "portuguez um latim cr-lendo erradamente o latim): rado". Ora, escrevendo eu, portanto, um

portuguez errado, é poi que o latim está"I'!e ego, qui quondam gracili modu'atus cert0avena" jt- ]0gico; mas assim não entende o

Cffrmen; et egressus sylvis, vicina coegi"... professor, que tem sercáo minhas notas{Pala): Eu quero lá saber d'isso de todas.

Virgilios, nem de Horacios e Ciceros!... para evitar mais zeros quero ver se,E' uma grande massada a gente ser obr.-_ ao menos, levo hoje qualquer cousa tra-gada a estudar todo esse latino, o, Buí *

d_zida. Í-W) :afinal de contas, para nada serve. PjfJjfttBc ego, qui quondam gracili modulatusme digam os senhores, que necessidade fe- avena"nho eu de saber latim, se não vou (Traduzindo)'. "Me ego"... E o gal-padre, nem frade, nem freira, nem a>' \t«o, quo quondam gracili... que quandomenól crôinha ou sacristão? O latim é Gracinha, modulatus cye na: e o mulato dauma Iingua morta, e já devia estar enter- venda, Carmen... Carmem é Carmemrada a muito tempo, e não me amolan- mesmo; et egressus sylvis; êita progressodo com nominativos, genitivos. ablativos. da Silva!... vicina coegi: vaccina odativos, aceusativos, imaginativos e não' coelho!...sei mais que tiios, que me fazem andar Prompto ! Não tem sentido, mas esíáa cabeça numa verdadeira roda viva L-.^ traduzido c ao pé da leíra^ Segue-se de-

Ninguém que esteja vivo devia estudar 'po;s aquelle pedacinho da "arma que v:-

linguas mortas. Isso de línguas mortas ó rou o cano, mais o primo Aboris italia-para serem faladas pelos defuntos, pelos no", que fica para outra lição.que já morreram. E' Iingua de caçai. - Sim, que isto de estudar latim não vaeres... Nessa Iingua é que e'lcs de. ma matar; apezar de ser uma lin-

!£ se explicar com a gente... tíi morta, muita gente morre doida sem(' pfe.-so francamente que nessa histojh aprender a falar e a fami'.ia não sabe.

dc latim sou grego, e, no emtanto, tenho Não tarde a hora da lição e eu voude fazer exame, e, o que mais é — ser me prepararr afim de não fazer figuraapprovado, pelo menos simplesmente feia (Sahindo a ler e a traduzir):gri0 j, "Ille ego... e o gallego, qui quondam

E o que mais me atrapalha em todo gracili modulatus avena... que quandoesse latim são.as traducções. Ah! Se não Gracinha e o mulato da venda..." í->a_).tivessem inventado isso de traduzir paraa nossa Iingua aquillo que está escriptona iingua dos outros, seria muito lx>_i;mas as traducções -é que me fazem ficarmaluco.

A's vezes uma cousa que parece estar

"O TICO-TICO" OFFERECF. AOS SEUS ,LEITORES ENTRADAS DR CINEMA

Os nossos Innumcro.. leitores da eona 'suburbana desta capital c-slflo de para- ibens. Por uma feliz combinação com o .Sr. Manoel Coelho Brandüo, o esforçadoproprietário do "Cine Meyer* — primo- ,roso e confortável cinematographo daAvenida Amaro Cavalcanti n. 23. na es-taçâo do Meyer — esta redacqão-publicaabaixo um "coupon" que dará entrada auma creança até 8 annos. na elegante'matinée" no domingo próximo, 4 deDezembro. Na "matinée", que ter.. Iniciofts 14 horas c terminara as 17 1|2. serioexhibidas peças de enredo infantil e In-teressantes fitas nunca vistas nesta ca-pitai.

Eis o "coupon":

_

an_. 7í.-.y__RAvenida Ainnro Cnvsleanll 2_-Meyer .,

Este "coupon" dá direito A entra- Ü' Tdn de uma rrcançn, nté 8 nnnon, na jj" Vmntinéo de domingo, 4 dc Ueicuibro J|=__=_J*! niatliii-i de domingo, 4 dc Uciciubro jjj T"

No intuito de proporcionar aos seusleitores attractivos e momentos de ale-gria, "O Tico-Tico", aceedendo ao gentilofferecimcnto do Sr. Manoel Come. daCosta, proprietário do "Cinema Boule-vard" nesta capital, torna hoje a publi-car um "coupon", que dará entrada auma creança até 10 annos nas sessc.esde hoje ou de depois de amanha, sexta-feira, do "Cinema Boulevard".

O "Cinema Boulevard" «thlbe hoje edepois do amanhã, esplendidos "flms".

Eis o "coupon*

. FIM

E. WANDERLEY

(Recife — X — i9=i)

cinemA boulevardI-Orl-F.VARD 28 DE SETEMBRO 103

_:?<.- "coupon" di dlrello A cnlradnde umn creança até 10 ni.no». n/w¦f ¦¦&•¦ de hoje ou de depol» deam.iriliã ntl—11—-1

í O ALMANACH DO TICO-TICO E' O MELHOR PRESENTE OO NATAL

J.-c.....O-5-O-K-•.

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O-rOJ-O* 0 llliO-TICO *0*0*0*0*0*0*0*<>*0*<>*0+O**0*0*^^"CHIQUINHO"

(Monólogo para menino, offerecido aosgentis leitores d'" O Tico-Tico")

Sou mestre de travessura".Sou um menino levado,Muito embora algumas vezesSaia bastante "escovado".

No outro dia, imaginemNo que eu me fui metter,Arriscando minha vidaSe a mama me fosse ver

?

0_•

Imaginem, meus senhores,Tenho receio em contar,Mama pôde estar oceultaE meu segredo escutar.

A mama tinha sabido,E eu, sem tempo perder,Fui logo mais que depressaNo seu quarto me metter.

E já se sabe, senhores.Quanta coisa encontrei boa,Cousa de muita importância,Não pensem ser cousa atoa.

Apanliei o pó de arroz,E comecei logo assim, ,Numa enorme caiaçãoPondo por cima o carmim.

E sem vergonha nenhuma,Sahi todo mascara '

Papá me viu e me disse:"O garoto ! Estás pintado""Vá já lavar esía cara"" Sinão apanhas de pão"

Mas o meu papá só ralha,O meu papá não é máo.

Não é máo, não, meus senhores,Pois nada disse á mama,Depois fez-me festa e disse :

"Eu trago bala amanhã".

Sou mestre de travessurasSou um menino levado,Muito embora algumas v*>zesSeja bastante "escovado".

Josclina Machado Tosta.

A BorboletaAchavamo-nos cm Retiro, e, como a tarde

c-tava linda, sahimos a cavallo pelos cam-pos a dentro. Deixámos a nossa casa e en-fiamos por um atalho do campo. As pedras,de vez c.n quando, soltavam-sc com as pa-tas do cavallo c rolavam pelos barrancos,íamos muito alegres ! Umas cantavam, ou-trás contando historias, outras conversando.Os passarinhos, muito assustados, deixa-vam os ninhos, com a algazarra que fazia-mos. O caminho era tão estreito, que qua-si não se podia passar; afinal a custo se-guimos.

A'q_ella hora, o sol estava prestes a nosdeixar. Quando chegámos a certa altura,as ramarias passavam sobre as nossas ca-becas. Já estávamos no morro. Apcámos,e (fomos apanhar palhas, para fazer co-frinhos de segredo, passarinhos, annel debispo, etc, etc, para as creanças, que mo-ravam junto de nós. Estava junto a umaplanta, quando avistei ama borboleta 1 Quebelleza ! Tinha a côr dc verde-mar. Corrilogo a apanhal-a, mas, esvoaçando de ga-liio em galho, não deixava que eu a pcse. Fiquei muito triste ! Quando apanha-

mos a palna, a vi de novo; a'.irei»meu len-ço e a pobrezinha, ficando tonta, deixouque et. a pegasse. Quando cheguei a casa,colloquei-a num vidro. Coitada ! já estavamorla. Então fui mostrar ao papae queme mandou buscar uma lente, e esteve medando algumas explicações sobre a borbo-leta. Quando as explicações acabaram, bo-tei a pobre borboleta em cima duma me-sinha, para quem me for visitar ver a bel-leza que possuo.

Os meus irmãos e amiguinhos que a vi-ram disseram-me que nunca tinham con-tcmplado uma borboleta tão bella.

Maria José de Lourdes Romeu

Agesilau, rei de Esparta, era mm homem

Nao tinba acabadoo frasco

Villa de Soledade. Estado da Paraliybado Norte, 15 de Março de 19U Õ

Sr. Eduardo C. Sequeira - Pelotas - *

Minhas respeitosas saudações.

E' com grande contentamento que venhoperante o senhor, declarar uma importantecura, que oblive com o vosso M1LAGRO-SO Peitoral dc Angico Pelotensc. Estava

eno, coxo, porém dotado de grande eu soífrendo de uma forte tosse, a qualbravura c de grande bom senso. Venceu os me impedia de dormir, pois passava a noi-nersas os athcnienses, os beocios, contri- . , _, ,.]>_rs_,-, o_ aiiiLiu-ii-v.-, ^ t0SSln(j0 d -j-, a p0UC0 tempo vi nosbuiu nr-iito, com as suas victonas, para dar vaos lacedemonios a hegemonia sobre a Gre- jornaes annuncios que davam como extin-cia. c:a ioda tosse com o uso de seu preparado.

A historia conservou, delle, um grande puj depressa comprei aqui, numa mereça-numero de observações sensatas. Citare- _>_.i _ t •i.miiciu lm. w _. .. _ia> um frasco jo Angico Pelotense, fabn-

Vieram referir-lhe, que um reconhecido cado por Eduardo C. Sequeira. Passaram-scclerado havia supportado corajosamente se cinco dias e eu estava restabelecido da-a tortura :'Quanta virtude perdida !" exclamou orei.

Outra vez, elogiaram, na sua presença,um rhetorico, que tinha a arte de dar gran-de elevação, com a palavra, a cousas dimi-nutas : " Mau sapateiro é, disse Agesilau,

quella tosse maldita. Ainda não tinha aca-bado o frasco e já estava bom. O mesmodeu-se com dois irmãos meus, que se cura-ram também rapidamente.

E', pois, com justo merecimento que ve-'

aquelle que faz grandes sapatos para pés nho declarar esta importante cura que ob-

pequenos 1" tive e também maus irmãos.Pôde V. íazer desta carta o que melhor

lhe convier, e sou, com estima e distineta

Ji IlHAIEfconsideração.

Criado attento e obrigado.

Silzino Alves de Oliveira

Este poderoso PEITORAL acha-se ávenda em todas as pharmacias c drogariasde Minas, Rio, S. Paulo, Bahia, Recifee outros Estados.

DEPOSITO GERAL

Ííogaria-EBÜAEDO C. SIQUEIRA jPelotas

FIGURINHAS DE PRESENTEpara enfeitar livros, enviamoj gratuitamente a todos os meninos e me-ninas inteligentes, que mostrarem este annuncio á mamãe e nos escre-

verem dizerdo o que ella disse :

Curam-se unicamente com o celebre

Xarope das Creançasdo velho pharmaceutico L. M. Pinto de Queiroi.

Endereço para pedir as figurinhas : — Sec. Prop. da Soe. de Pio-duetos Chimicos L. Queiroz — R. S. Bento 21. sob. — S. Paulo.

¦ r_4-í_-t^-^-0^-<X-<^'-<V?~í^%<_ 4-_H-&4-_>. O.-O-.O .-O-l-O-XX-OvO .-Ov- •vO-í-O^

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* 0*0*K>K>-i-<>-K>+C^^ q TICO-TICO +0*040-:Ura milagre do Dr. Pescalinha j

r

Carlinhos adora o mar, as praias, onde Um dia, todo prosa, qu;z mostrar ás ...cinco annos como se fosse um na-'O costuma passar o tempo das férias. E pessoas c/ue estavam na praia que elle, dador de 30. E entrou praia afora, de'

bocca aberta, para melhor poder respirar.> Carlinhos ame.-.deu a nadar. Carlinhos, nada cc:n seus..__^ ______\ s~**c ' ^ '

f§L "^

'- *¦ ¦ *'!¦¦- ~. —-

.. a, - ^*>- *** _S

Alas um peixe, de repente, entrou-lhe Cariinhos sentiu arranhões horríveis no ' — Klamãe mamãe — gritava o gurypela bocca a dentro e foi até o seu de- estômago e correndo, a gritar, foi ao en- enguii ,jm 'pe;xe sém querer — aiame

ura medico para tiral-o do meu estômago!licauo estômago. contro dc sua mãe.

i.c\'aJO111 -leito,

-o dc

Wm\ve. MCiíJ. Cürlinh'¦'.*. a gritrir, ...accúrdes cm rtão saber o que Cra "...uma cousa que a mamãe nao qutviu ;-is«ar-lhc á cabeceira uhu (•iCCÍSO fazer em caso tão grave. Abrir Foi chamado então um outro medico, omédicos, todos... a barriga dc Carlinhos era... Dr. 1'cscalinha,

...que a visfa do cnícrrri,., teve uma na gue a -Jo Cl qu* wífria ...foi maravilhoso, e Carlinhos, livrete. genial: pcd:u um ranço, uma linha dores atrozes. Mas, valeu bem a tortura, do oeixe que lhe entrou pela bocca nãoum anzol, que foram introduzidos... porque como voeis Mim, o resultado;.. quer mais nadar... dc Kócca aberta'-i-Ovo*o:*o-5-o-i-o-:-o .-oi-oio -k>*:-o-i<>*.,-<>-^o-k>*:*o*k>*kh-o-i-o*:-o ^o-K>•í<>•••o-••<>•^o-K>-¦-0'•^^ •

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ObO*Ob O TICO-TICO •ÍK>'hs>.r<>-X>-r<>r<>-r<>*^

O que é um bilhãoAS AVENTURAS EXTRAORDINART-

AS DE JOÃO NARIGÃO0 MAIS BELLO CONTO DE FADAS QUE A PETIZADA VAETER OCCASIAO DE VER NO "CfNE PALAIS" NOS DIAS DE

NATAL t

•bObOi-O-bO io0

O "Cine Falais", a luxuosa casa deexhibições da Avenida Rio Branco, nes-ta capital, vae exhibir nas vésperas eno dia de Natal o mais bello film é ounico até hoje apparecido — As aven-luras extraordinárias de João Narigãa— mimoso conto de fadas, que todasas creanças poderão ver 1109 diasacima. O Tico-Tico, patrocinando tão

bella iniciativa da firma Rombauer & C,

proprietária do "Cine Palais", abriráno próximo numero um concurso a

que podem concorrer todas as crean-

ças que forem assistir á exhibição do

primoroso film. Para esse concursoserão distribuidos ricos prêmios, queestarrão expostos no salão do "Cine

Palais", quando da exhibição dasAventuras extraordinárias de JoãoNarigão.

<^#4) 'À

Não ha perfeita conformidade no queseja um bilhão. Ao passo que entre nós,como em França, e noutros paizes, se cha-ma um bilhão a mil milhões, na Ingla-terra um bilhão é um milhão de milhões,

isto é, um milhão de vezes um milhão.Adoptando a moda ingleza vamos ver

quanto tempo precisava um Inglez paracontal-o.

Se elle fosse capaz de contar 200 porminuto (que nâo é, nem o é ninguém), con-taria — 12.000 por hora; 288.000 por dia(todas as vinte e quatro horas), om, poranno, 105.120.000.

Contando assim, sem nunca, nunca, des-cansar, nem fazendo mais nada, o bom donosso inglez empregaria, em lão agradáveltarefa, 9512 annos, 342 dias, 5 horas c 20minutos. Dcmos-lhe, porém, doze horas,diariamente, para el'e descansar, comer cdormir; sim, porque um homem não é deferro, como dizia o outro: neste caso, pre-cisaria 19.025 annos, 319 dias, 10 horas e40 minutos, para dar concluída a sua em-preitada.

Vejam o preximo numero d'0 Tico-Tico.

Com ares de grande importância, o Tho-mazinho chegou á escola e deu ao mestrees:a importante novidade :

.— Sabe, Sr. mestre ? O diabo morreu !Que queres tu dizer com isso ? On-

de foste buscar essa noticia ? — pergun-tou-lhe o estupefacto professor.

Foi.meu pae que m'o dis>e; — respon-deu o pequeno. — Eu estava hontem nanua, com elle. quando passou um enterro, eouvi o meu pae dizer : " Pobre diabo !morreu I... "

A. gr-aricle novidade do Natal é o

Almanach íO TICO-TICOPARA 1922

Como de cestume. o AL7UAr1A'rI D'0QCO-ÜCO sahird este anno nas Vésperas doHatal. Confeccionado a capricho, todo impressoa cores, no seu texto variadissimo encontrarãoos leitores contos, novelas, comédias, monolo-gos, artig s de palpitante interesse para a in-fancia, calendário catholico, musica, etc.

Pias sessenta e quatro paginas lithogra-phicas, que se intercalarão pelo texto, dezenasde brinquedos vão fozer a alegria da petizada,que terá para armar, entre muitos outros, omaior brinquedo até hoje publicado —OJAR-Dim ZOOLÓGICO D'O C1CO-CICO.

Pedidos com antecedência á SO-CIEDADB ANONYMA O MALHO,Eua Ouvidor 164 - Capital Federal.

Preço 4$0OO. Pelo correio 4$500.

¦ <M<>*0*0-K>-:<>-r^-<>H>K>4<^ 1r<>i<>-i<>^r<^bO^O^<^bO-bOA<>vObO •

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*-K>*o-hc>-_'0*o*o*o*o-i-o^^ O TICO-TICO +O*o*oj

AS CAÇADAS DE BEBE' <

Bebê, um domingo, foi pas- ... trouxe da cidade. Vel-sear com seu cão Velludo ludo, de repente, começa a Ia-levou comsigo o arco e uma tir : é que viu um coelhi-boia vermelha que seu pae... nho, que foge, levando...

... preso ao peito o arcode Bebe. Velhido persegue ocoelhinho que é agarrado áentrada de sua toca : Bebê...

... chora a perda do arco,mas Velludo volta trazendoá bocea o arco e o coelhinhobranco. E Bebê volta,....

~"7v i (• »Mj_ /^~\ ,<->¦ **?¦ -' ^JI—^2 '\ 'té$W*é\ fÜT (2sA

... para casa muito satis- ... uma perdiz tomando -¦ ... ouve e a perdiz cae ao ... com as duas caças, quefeito com a imprevista caçada seu balão vermelho por um chão morta... de. susto. Vel- vão servir para o almoço- Eque Velludo fizera Nova frueto, võa a beliscal-o ludo agarra-a com a bocea e, Bebê já pôde agora contar suasurpresa o empolga-' Ptim ! uma detonação se... com Bebê entram em casa... primeira aventura de caçador.

0•I-o•I-A*o%¦_•

o

XO LATINISTA(MONÓLOGO PARA MENINO)

tão certa, que parece mesmo que foi es- «0 tico-tico" orFi.ni.ci. aos seuscripta na nossa iingua, está toda errada leitores entradas diü cinema'na traducção.

Entretanto, assim não devia ser, por- Os nossos Innumeros leitores du eonaque não me recordo agora de quem foi s.u.burb*na .f_L"-U'»i^lt5_f_;ÍlL*_**0-"__?!_.raJI. r- t< „;., ^ .. «„......o-..».. ,,m i-,.;m n- bens. Por uma feliz comhinaqão com o

(Buiro com um livro ms mao*, qUe disse ser o portuguez um latim er- gr_ ManoeI Coelho Brandão, o esforçadolendo 'erradamente o latim): rado". Ora, escrevendo eu, portanto, um proprietário do "Cine Meyer" — primo-

portuguez errado, é poique o latim está roso e confortável cinematographo da.. t.. _,:i: —,nA„Um<: Avenida Amaro Cavalcanti n, 25, na es-"IHe ego, qut quondam gracili moduiatus certo. ta ao d0 _ eatil redacqão-publica

avena E' lógico; mas assim_ nao entenue abaixo um .coupon" nue daríi entrada aCarmen- et estressus sylvis, vicina coegi"... professor, que tem sercao minhas notas i,m_ creança até 8 annos. na elegante

/ r. i '•_ -c u „K.r H'i.cn de ?.,...__ 'matinée" no domingo próximo, 4 deà (Fala): Eu quero Ia saber d isso ne todas. Dezembro. Na "matinée"" quo teríl Inicio'} Virgilios, nem de Horacios e Ciceros !... Para evitar mais zeros quero \er se, &s u horag e ter.minara fts 37 1[2j aeraoE' uma grande massada a gente ser obr> ap menos, levo hoje qualquer cousa tra- exh|b_aas peças de enredo infantil e ln-gaua a estudar todo esse latinoro, jTuê

" duzida. (Lê) :

afinal de contas, para nada serve, p.rfí^l^e-ego, qui quondam graciü moduiatus pitaiteressantes fitas nunca vistas nesta ca-

me digam os senhores, que necessidade fe-nhn en He caher latim, se não vou ser

avena(Traduzindo):

"Mie ego"... E o gal-w padre, nem frade, nem freira, nem ao' -kg*, quo quondam aractlt... que quandol menos crôinha ou sacristão ? O latim é Gracinha moduiatus avena:e o mulato da

O uma Iingua morta, e já devia estar enter- venda, Carmen... ft™»-* Carmem

t rada a muito tempo/ e não me amola? mesmo; et egressusj)fcw:«* cresse

do com nominativos, genitivos. ablativos. da Silva!... Viana coegi . vacema o

dativos, aceu-sativos, imaginativos e nao coelho !... ... ;ásei mais que tivos, que me fazem andar Prompto ! Nao tem sent.domas cs .a

traduzido e ao pe da

Eis o "coupon"

CHIE MEYERAvenida Amaro Cavalcanti 2!>-Meyer

Este "coupon" dú direito a entra-d» de ama orcinçn. até 8 nnnos, namatinée de domingo, 4 dc De-voinbro

No intuito de proporcionar aos seusa cabeça numa verdadeira roda viva Uj_.tradua.doe a°/^Vda " a ma que vi- leitores a ractlvSs e momentos de

"ale-

Ninguém que esteja vivo devia estudar p0is aquelle pedacinho cia arma que vi £uo Tto0_Tto0. ac<;edendo ao gentil

lin-ma? mortas Isso de linguas mortas e rou o cano, mais o pi mo Aboris itaua ^Iferecjmento do Sr. Manoel domes daCosta, proprietário do "Cinema Boule-

tpara serem faladas pelos defuntos pel£. Pq' que f.ça par» o a i Ç^ ^ ^ üje

Y que já morreram. E' língua de cada,L §_m, que isto car _m -coupon", que dará entrada a

À rei Nessa Iingua é que e'.les deviam assim a matar, apezai uc .ir uma u creança até 10 annos nas sessõesX Á erPlicacon! conte T '

S& ™rta> raulta ge.,e T™ doi.da'Sem de hoje ou de depois de amanha, sexta-* s iic... ..__._. <-_.,,,., „..., cot,» _,. «_inema Boulevard".

Confesso francamente que nessa histo. ia aprender a falar e ai tamma nao saw. feirado,i_. t _•_ .„,.„,. t,..,t,n Não tarde a nora ua nçao e eu vou Q «çinema Boulevard" »-_hIbe hoje ede latim sou grego, e, no emtanto, tuino 1Nao "

fim de não fazer figura acpois de amanha esplendidos "flms".de fazer exame, e, o que mais e — ser me P/ÇP3.3^' * , traducir) :

1. men, simolesmeute ^^a^\a^ U^o, quAquondam Eis o "coupon" :

^i^ «rdí-ifí moduiatus avena... que quando! o que mais me_ atrapalha em todo gracih^noau ^ B

são.as traducções. Ah! Se nao Gracinna e o

, FIM

approvado, pelo menos simplesmentegráo i.

>_. esse latimtivessem inventado isso de traduzir paraa nossa Iingua aquillo que está escriptona Iingua dos outros, seria muito bont;mas as traducções -é que mé fazem ficarmaluco.

A's vezes uma cousa que parece estar

E. WANDERLEY

(Recife - X - i^i)

CincmA BOULEVARDBOULEVARD 28 DE SETEMBRO 103

Este "coupon" da direito A entradnde unia creança até 10 nnnos. nn»ses-sOe» de hole ou de depol» dcamanha 30—11—31 |j

li

* ¦^*0-_<>^0.__0^<>^<>*<>'X>^<>-!*<:>*!<>4"

.^ mcn TTCO B' O MEL.HOR PRESENTE DO NATALO ALMANACH DO TICO-TICO *. <

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o-:-o:*o+ () TICO-TICO -r>*C>-H>.^*0*r<>*<>*:-<>*<>**fr^

rti-.5LiL.CADO DOconcurso n 1649

I limas:... .le.sé Alves Miranda. JulietaCorrêa Santos, Maria ele I.ourdes Lelt<f,Durval Palermo, Jovir Jacyra Chonin.Luiz 1'iiitü Lima, Maria Rodrigues, líaul

M».ii.-i.,„u,;l„ __ M0ah|r oliveira. Nelsonbn-ilHano (),si„i. Miguel Augusto SeabruM«"o, Man,, Azzolini, Maria de Lmirele».urres Miranda, Jorge F. Coutinho, Ayri-na t, Accloll Lobato, Ernesto limpei.Vidal, li.-aiii/. Junqueira Carvalho, l.uile«-viu.i Oabardo. Consta nlino Menezes, \l, Tredo Oaspar Oliveira Men,loura, Virgílioloso, Rubem lia-.s Costa, Renato Al-vis. Henrique Bonilha Rodrigues, Creniil-, ila Rosas. Clementina Oliveira Leão Vir-, gUio Uaiiilic, Danilo Ramires Azevedo.I Wali. i- Carvalho, João Souto Soares. *.czé

Barcellos, Ruth Maria Bilvera, CelsoAnesi, Joaquim Mendes a Almeida, Ade-Una Sique-ira Fernandes. Iracema Per-raz. Waldemar Silva Pinto, U. li. Greve,Haydée Almeida Barata, José AlmeidaFonseca. Raul Eduardo Caracas Linhares,. Gerson Padilha, 8arah Rosita Caracas LI-. nhare-s. Judith M. Fontes, Ci-lia Nasci-i mento Lci.es, Cellrfa Pereira Souza, Ivet-le Simíes Cieeo. Maurício A. Castro, Yo-, landa Vianna, A.nniia Xavier Costa, Ar-

ndo Passos, Lucy Robinson, Zaida lBessa, Laura Espirito Santo, Antoaio Vi-eira Machado, Julia Leite Pinto, tsaaraO. Cruz. Marina Souto Lyra, José Vor-laogierl, Adalçizlo Carneiro Silva, limaliee Castro Brasil, *\*air Pires, Hugo SiiCampello Pilho, Orai na Bertholo, JuracyPillar. Diva Mu ria ile Carvalho, Cario*Trova,) Cruz. Maiía Pedro Vasconcellos,1'aulo Bellsarlo Souza Coriuiliaba, Mareei-Uno Hpaminondas Cunha. Maria HelenaPeçanha, Rosallna Carvalho. Lucy liar-bosa Lima, Francisco Soares, Maria Con-ecição Guedes Pereira. Geohert Silva M. •'.Io. Naulio Almeida, Maria Medeiros, .Io-ae Sil. lira Garcez. Luei.ia Leito. Helena

OmELHPRALIMEMTOmw.CRIANÇAS

WjjtPfr CV_L _a^TT tm_-ir'"?' ii^Vi_ffT_FI

Tfy^Tr>EAEyl£kmM* wfA&m~^\ ' '^-'*<C-^

_J__- - i i™ M.

Fedid03 a

F. Matarazzo & C.RUA DIREITA, 15

S. Paulo

II. Vieira, Olga Pensai.eth. "lloracio PI-res Castro, Cecilia Pinto Fonseca. MauroV, J. Carvalho. Ni'Ia Araujo Sy'Faria, Ady Rocha Itosa, Maria CarolinaAlmeida, Zeny Mafi•-. i, K.Iio San-los, Gilson Lima Bezerra. Ary W>Celina Campbell P.arros, Hilda MargaridaLug, Maria de Lourdes Fonseca 'Eugenle. T.irini. Yedda Notare, AbelCampbell Barros, José Drummond. JusilCarlburg Plácido silva, Wilson Oliveira,Carlos Frederico H.inselmann, ArmandoPaiva, Sylvia Ecila Hasselraann, MariliaAntoni, ta li ' sselmann, Edlo Santos. Ai-va Barbosa, Clovis Ramalhete Mala. Cie-lia Rodrigues, Arthur Silva Oliveira. Leo-1101- Carvalhal Ataliba C. de Lara. JoséDiogo V. d.- Magalhães, Carlos Valilof.iiHle, Jorge i res Ferreira. IvonnoBarroso Conde. Maria de Souza. Maria Sil-vclra Garcez, Bry Furtado Bandeira, Ru-

ra Davidoft Botelho, JoséBonifácio Fonseca, Bdlaléda Xavier Prito,Hélio Rocha, Werneck. Vicente Ferreira.

[oura, Carlos Barreto Oliveira, Ed-son Figueiredo, Hilda Nardy, CharlesBentuener, José Marcondes Monteiro, Ma.rio Faria, Alice Chaves Mello. Al-,Coneea:..,.. Aqpalléa Mora dalenaCantumi, Iftdyr Vogel, Homero Marques,

, Moreira. .I.nlyr Faria SReynaldo Rezende, Walter DiogoCampos. Benedli U) Ituiz. -Marcellolano Costa. Appareclda Castro, Fonseca,J0S.0 Baiitista Reis Castro. Venitius Nota-i", Lincoln Oaudino Gomes Júnior. Za-naide Toledo, Dulce • Mascar».nhas. Haydée Castro, .lullo Clement. Be'-kiss B. Araujo Goi¦_, Júlio M. Rocha. An-lonlo Alves Teixeira Netto, Cândido Silva,Eduardo de Carvalho, Orlando Beluzzo,Edson Pereira Duarte, Miguel liasill. Al-

Mussi, Orlando Watt Longe. DilmaFernanetes. Elisa Borba. Mario Avellar,

9.y'66

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Vê mamáe jl ^aes apanhar -§ "^^-J^o moleque J»™ nao Seres -^. í ^"'>*>je*rragaredo o ( aireuido £j H______H__U-' E

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J Sabonete [jORL) / beneficia a cuiis e conserva a formosura___.* VICNJDA. EM TODO O IJK__.<-.11,

Matriz : RUA URUGUAYANA N» 44liai : PRAÇA TIRADENTES N* 33

RIO

•:• o*:-o-.*o*<x*<>-.*<>*<>k>-í~^^ KX-o**i-<>^-cK<>*;-<>-:*<>-:*o*f<s*<>^o*.-o

PERFUMARIA LOTES \< !

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1* OvO-f<>r<>^<>4<>^<>4<>*f<H-<>^<>^^ Q TICO-TICO ¦»*-Vi--5>*J-0

<>

0

Drummond, Luiz Parreira. Zilka BragaSantos, Lourlval Meirelles Grulha, AlziraSouza Maia, Amaury Pacheco, AntonioAlves Diniz, Humberto Salles. José Ra-mos Oliveira Júnior. Esmeralda Lima.Gil-da Nogueira, Paulo Pereira Santos. JoséLisboa Machado. Antonio Jorge Coelho,Aladim SanfAnna. Maria Helena TortesMachado, João Gomes Mattos. Rubens P.o-bertino Amorim. Nabor de Freitas, MariaConceição Leite Barros, Carlos Trovão,Thcrefca Tavares Santos. Izolina Dorna,Itegina Driggs Brito. Dalmyro J. Almei-ei i. Ge rar do Majella Oliveira Tires, AndréAmorim, Dulce Maria Guimarães, Oswal-do Ferreira Porto, Mario Affonso Cunha,Nlcacla Torres Silva. Ielyllio Levil Paula,Maria José Cruz Machado, Maria Auxilia-dora B. Paranhos. Miguel Carrano, Mariado Carmo Dias Leal, João Carvalho Sil-va, Francisco Assis Ribeiro Almeiela,

.n Gouland, Maria de Lourdes Car-valho. Neva Pinto Andrade. Arlindo Pe-reira Braga, Bebê Pereira Silva, Vera Gus-mão Lobo, ltaul Belfort Júnior, CecíliaSantos Monteiro, Josephina Daltro Ka-m03, Maria Antonia Campos, José VeigaPilho, Francisco Chaves Oliveira Bote-lho Filho. Zelia Macedo. Marietta B. Gou-vCa, .los,' Nogueira d'Ávila, Mathilde Mar-tins Veiga. Orlando Carvalho. ArtgeloAraújo Ribeiro, Itita Brandão Silva, RitaRibeiro Silva. Danilo Ramires Al-evcdo.Nençam Silva Pinto, Alice Amélia Fal-eoeie. Humberto Cruz, Zuil Gonçalves daSilva, Luizeta Gonçalves tia Silva, ZuilGonçalves da Silva. José Castilho, As-sumpção Augusta Borges, Guiomar Pas-sos, Maria José Fonseca, L. do Souza,Neriberto lúst Vianna, Beatriz Dias, Jay-me R. Alonso. Lourdes 'Werneck. Aldade Almeiela. Adair Calaes Lessa. Edna deCarvalho, Benedicto V. dos Santos, Agi-naldo C. Tinoco. Annibal Rubiino de Mo-

Albuquerque, Humberto Gomes, Ce-cy Brito e Ce-cyl Haywarcl.

FOI O SEGUINTE O RESULTADOFINAL DO CONCURSO :

i* prêmio ¦

JOÃO GOMES DE MATTOSde io annos de idade e morador emInohan de Maricá, Estado do Rio.

2° prêmio :RUBENS ROBERTINO AMORIM

de 7 annos de idade e residente á ruaCockrane n. 127, em Santos, Estado ccS. Paulo.

Euripedes Campos, Zilah Moreira Nery,Hylma Paz. Isolda Silva Monteiro, Ange-lica Reis, Jusil Carlberg Plácido Silva,Aloysio Pereira. Jose Carlos Toledo Quei-roz. Dinah Vianua. José Ferreira Lopes,Celeste Gomes Morin, D'alva Froes daCruz, José Drummond, Idyllio Leal Pau-Ia, Aloysio Penna' Maria José CruB Ma'-chado, Dinorah Braga Teixeira Campos,Raul Gomes, Pedro Paulo Carvalho, Se-bastião Gomes Oliveira, Haydês Castro.Antonio Jorge Coelho, João Baptista ReisCastro, Janrlyra Alves Araújo, íris Cas-tio. Zelia Macedo, Heraclio Costa Amo-rim, Kdson Figueiredo. Alice Chaves Mel-Io, Sylvio Azevedo. Eduardo MeirellesCoelho, Nelly Anesl, Renato Toledo An-drade, Renato Alves. Walter Diogo Al-meida» Remv Flores Toscano, Aristides

CONCURSO N. i.66<5

EXTRAORDINÁRIO PARA 0 XATAI,

d d HHNU U- I I OA B-C QU

J

RESPOSTAS CERTASRESULTADO DO CCT1CURS0 N. 1638

1" — Luva — Uva2« — Caie

I« — Marcolino«« — Linho — Vinho

solurioniMas — Arthur Castro e Silva.Watter Diogo Almeida Campos, Alice

. es Mello, Aloysio Cavalcante Cam!-nha, Francisco Velloso Silveira. LuciliaI.eite, João Silva Monteiro ; udeTorres Miranda. Oswaldo Venancinho,

Alerta, petizada ! Um concurso cx-traordinario. capaz de desafiar a co-bica de todos o-» leitores ! Ouçam cvejam como custa pouco ganhar obello premia.

Coir» as 15 letras do quadr;:do aci-nia têm vocês de formar dois nomestios mais conhecidos dos leitores d'0Tico-Tico, dois gurys que têm feito aalegria de muita creança que lê estejornal. (F.' tão fácil que ledos já adi-vinharam}.

Formados estes dois nomes enviemvocês as soluções d'este concurso ánossa redacção, acompanhada» das de-clarações de idade e residência, assi-giiatura do próprio punho do conc:r-rente e ainda do vale que vae publi-cado a seguir e tem a. 1.666.

Tara este concurso, que será encev-rado no dia 25 de Dezembro, dia deNatal, o prêmio, que será sorteadoconstará de um rico carrinho Blits,gentil offerta da acreditada CASA

9

Diniu. Helena Arnoldi, Celestino Sã Frei-re Basilio, João de Carvalho e Silva,Yedda Notare Vire, José da Silveira Gar-eez, Apparecida de Castro Fonseca. llkaNatare, Maria Arnt de Moraes. Vicente?errari. Pericles Augusto Galvão. IzauraG. da Cruz, Beatriz Dias, Jorge M. Porto, YMoacyr M. Porto, Adalberto Perc-s, João TM. da Silva Guimarães e Odette Figuei- yredo. •»•

ÍFOI PREMIADO O SOLUCIONISTA: A

SYLVIO DE AZEVEDO <j

de *il annos de idade e morador á ladeira tjdo Russel n. 37, nesta capital *jj*

9

io

O^Í^A. rfcUTH Cí"-Ç*°?_°* GRAÇA204, í?ua Uruguayana, 204

(Próximo ã de S. Pedro)de CARLOS GRAEfF

28SOOOFinissimos e elegantes sa-

patos em pellica azul, côr devinho e envernizada, salto aLuiz XV.

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Estas marca» custam 40$ e 45$000, em qualquer outra casa. Pelo Correio mais 2*500 em par,Pedidos a CARLOS GRAEFF

0

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* s-i-OtO* C TICO-TICO •K>K>H>K>-K>r*c^r<>r'<^K>H>^

T STEPHEN, á rua de S. José n. 117 (Galeria (Cruzeiro).X O carrinho Blits, cuja reproducção vocês vêem ao la-

é uni lindo c útil brinquedo que desenvolve c fortalececreanças e que pôde ser visto na Casa Stephcn, que

; o ofícrcccu c possue uni sem numero tl'cllcs par.ivender.

Habilitem-se ao bello prêmio, mandando as solu-ções a tempo.

AVISO

Pedimos aos caros soiucioiiistM. para facilitar onosso trabalho de sclecção dc correspondência, escreversempre par fora do envcloppc onde enviarem suas solu-cães a palavra CONCURSO. Melhor será ter o cn-dereco : Rcdacçâo dH'0 Tico-Tico" — Rua do Ouvidor,164 — Rio.

// ' áaJ^SaaSjjBgS-^rgaO^-¦ fl^Már-^rr ^IP^staium *

II '^J»pira-sPT^^^jF* Bí......^bm ^^^^3a»*«a»j» * ^w

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O carrinho "Blitz", que se acha em exposição naCasa Stephcn.

CONCURSO N. 1.665

TARA 05 LEITORES D*ESTa CAPITAL E Df; TODOS OS ESTADOS

ira .fx) WàTT{^*&Bem fácil é o nosso concurso de rado no dia 27 de Janeiro vindouro,

armar dc hoje. Sua solução é siuiijles- damos corno prêmios dc I* e 2* loga-mente cotiseguirem vocês- formar com res, por sorte, duas lindas surpresas,os pedaços tio clichê acima o retratodo Ncco, o campeão dc football datetv»por.ada d'e&te amnc, r,o m-nndo. in-fatítil.

As Siluçõcs devem ser enviadas aesta rcdacçâo, acompanhadas das decla-ratões dc idade e residência, assigna-tura do próprio punho e ainda do vale/

que vae publicado a seguir c tem o1665.

/ara este concurso, que será encer-

ALE PARAO ÇO/NÇUfrr^

1665

NO PASSAMENTO DE J. P.

Seja de Luz o teu caminho,Oh puro Espirito*?? men filhinho .

jorge, que te v~-E — Anjo do Bem -• {nia-OU DeétM

Valle dc lagrimasOrando ao pae celeste

leus maniniios e teus paes.

F. G. S.(17—11-1921}

i PAR/1'

"TnuKtRo 1C6QNforra a prudência se chegar a ser nrn

obs'acu'o para o cumprimento do dever.—llannah More.

CASA GUIOMARA CAIA GriOMAR laaxa mm *.»•>.-..¦... aaaaâai alna. oaa ¦«>¦ er»ac«e* m ¦

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J4 «e acham promptoa oa novos catálogos llluitradot, oa quaes se remet tem. inteiramente gratia, a quem oa «oli-citar, rogando-se toda a clareza noe endereço*, para evitar extravio». Os pedi dos de calcados podem vir juntos com aImportância na mesma carta repistrada com valor declarado, em ordena ou • m vale* do Correio, dirigido» & firma Júlio

de Souza — AVENIDA FAS8CS 120 — RIO.

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O KMFÀCAIDOíl O TICO-TICO

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1 ¦""-— ¦—--I -.¦¦¦,./!_?!¦-¦¦ _. i „-,J \ i ,',,-¦; ,—____, .if^tm, ¦-,;

Mutt encontrou Jeff montado mim burro empacador c,compaderendo-sc do companheiro, puxou r burro pelo freio

O burro parecia estar aparafusado ao solo e min unipasso para a frcntv dava. Jeff esforçava-se parfoaÉí' o. .

t-. ¦¦' i »¦.¦ »»»¦' ,m' .¦¦¦—»—»m<i •W..,.m.!mm - m- ¦.¦¦¦¦ ¦ .¦¦ ¦¦.¦.¦.'¦.m Mi .. i .¦¦.... v.i.»'.M.'.|A'.v.':i??i L ¦¦¦.¦¦¦.'¦'¦'.'¦ . ¦'. ^wyA''Aiff»wv.w,'v,w.'w.^^^ '\\T'w:-w.-.Vi'X|.).!.!--.'-v".!y!-'^•'.<-lB?-W"'fl? *...-.-¦¦. ::¦:¦:¦.- I ¦-•:¦>:; ;::¦:¦¦¦::.>....:::..-:-:. .•:¦:¦::•:.-:::•:•¦¦.

...animal caminhasse. Mas, tudo dehaldc. Mutt, então,passando para a reetaguarda, metteu o hombro e fez f inn-pé, emquanto o hun-o, por sua vez, descahia o corpo para..

...traz. E Mu(t tanto se esforçou, que escorregou e pri-jectou-se, a fio comprido, ao lado da teimosa cavalgadura. Obu[ro, entretanto, que se havia apoiado ao...

— , ..m.... ...: mrrr-ci .... ^ ¦¦.'.'. ,¦¦¦¦ f< ' ' ¦"¦ ¦' .","¦""" "'T

^ jj^w-c "______*_____!.... __ NglSOft*

H,|il'll_l_»ilillH.mMÉi.llH.H*lll*l HW _>*¦¦- »•—^»—¦

..-.hombro de Mutt. faltando-lhe aquelle apoo. virouPara traz, por cima do cavalleiro. Este. porém, muito ágil,

uma cambalhota ¦¦ <af -u--r - semp >. ante*

...que o burro o esmagasse. O teimoso recebeu o prnmii que lhe cabia. Na chiéda bateu com a cabeça no solomorreu, morreu no fim desta... historia.

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0\>0\3t>lX ^ K.v«vvvvvvvvv \w^k\vnük\\:*

Outro dia JujubaBra ' uma grande fa tia

^Ísahiu á rua comendo a sua merenda. De repente Jujuba parou e ficou a olhar. Havia á porta «Ia Aquillo estava nedindo uma travessura Jujuba entio unir-casa do coronel Çomtbramtu, uma campainha e um cordão. rou ao cordão um pedaço da tua merenda, e pôf-se ao' [ide pão, lanibusada de manteiga

-rj SSSSrTT —1 i^mi ——i ¦"~2y^£j T^^kW*. aLzi NlCOLAO ;

1 :\7a Kl P^ M^QÍ^1 -¦-JV -^^^^^gpS^J^ rkJkn J"l ::V7 \n ¦ in \ L-k^—L-c~?*\ aSÊ ¦ v ^ Jf S

7 /--v°k ^V /t\ kl Mil ° I"'fár* -^?5LJ'" ^^

>^sr ¦fiA Mi vW T Ta ^ ^vJ .. jvTvfV^É W •y^v A-) Ls\mr

TW TrW 'WtÊotW " «Hí <ífTj| x. >\ [kwh—^ /mw ^^Ana^^^mm. > ^I^kYâ/^m. ^—^ kdjlVkTT 1H J jm^^ -x bm _íi ryC-Alo^-_ ^<—'^^-^¦<3S>--Oik^ ^^deu pela historia, e foi umPouco tempo depoas,

lente. A campainha nãoa c achorraoa vauia das ruas

parava de badalar e...avança va ...o coronel Comebraxas ueiu. ver quaes eram a> visita.-, impo-

crear bicho.listribuiu pancada