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ESTRIAS Prof. João Alberto F Tassinary

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ESTRIAS

Prof. João Alberto F Tassinary

DENOMINAÇÕES MAIS

FREQÜENTES:

Vergetures; Atrophoderme strieé; Macules atrophiques lineaires; Striae distensae; Stretch marks; Lash marks; Striae albicantes; Striae gravidarum; Striae infectiosae; Estrias atróficas; Víbices.

Estrias eritematosas Estrias albas

DEFINIÇÃO:

As estrias constituem uma das patologias mais

freqüentes e de difícil solução, que provocam um

excessivo desconforto, atingindo homens e

mulheres;

São lesões lineares;

Manifestando-se na:

- Puberdade;

- Gravidez;

- Obesidade;

- Tratamentos sistêmicos com corticosteróides.

DEFINIÇÃO: São lesões cutâneas comuns, consideradas distúrbios quase

exclusivamente estéticos, porém tendo-se em vista que

saúde não é unicamente ausência de doença, mas também

um bem-estar físico e psicológico, passam a ter grande

importância social e médica.

DEFINIÇÃO Atrofia tegumentar adquirida

caracterizada

Por faixas de enrugamento e atrofia da pele

São inicialmente eritêmato-purpúricas e,

posteriormente ligeiramente despigmentadas.

Variam de raras a numerosas:

Em disposição:

Paralela umas das outras;

Perpendicular em relação às linhas de Langer;

Bilateralidade tendência a distribuição simétrica

DEFINIÇÃO

Sintomas iniciais:

variáveis;

Primeiros sinais:

- Prurido;

- Dor;

- Erupção papular plana e eritematosa-

rubra (striae rubrae)

Tardiamente:

- Lesões esbranquiçadas, estria alba (striae

albae)

APARECEM

FREQÜENTEMENTE:

Indivíduos obesos;

Gravidez (pp terceiro trimestre),

Síndromes de Cushing e Marfan (cortisona ou ACTH);

Tumores da supra-renal;

Infecções agudas e debilitantes (febre tifóide, febre reumática, tuberculose, AIDS, lupus);

Atividade física vigorosa (musculação);

Estresse, entre outras.

DIMENSÕES: O comprimento varia de alguns milímetros até 30 cm;

A largura varia de 2-5 mm até 3 cm.

Em casos mais exuberantes, deve-se estar atento e reconhecer, eventualmente, a existência de doenças associadas (Síndrome de Cushing)

PATOGENIA

Surge em condições de hiperextensibilidade da

pele, de peso, solicitação por exercícios

físicos e de massa muscular ou gravidez,

Porém:

Corticosteróides endógenos e exógenos

influência decisiva.

HISTOPATOLOGIA

São ditas atróficas pelas características que apresentam;

Atrofia = da espessura da pele, decorrente da redução do número e volume de seus elementos adelgaçamento, pregueamento, secura, < elasticidade, rarefação de pêlos e perda da coloração da pele local (amarelada/ esbranquiçada).

A epiderme mostra-se atrófica e, na derme as fibras elásticas estão extremamente .

ETIOPATOGENIA

Multifatorial: acredita-se que, além dos fatores endocrinológicos e mecânicos, exista uma predisposição genética e familiar;

Sugere-se que a expressão dos genes determinantes para a formação do colágeno, elastina e fibronectina está , ocasionando grande alteração no metabolismo do fibroblasto.

Três teorias tentam justificá-la: Teoria Mecânica, Teoria Endocrinológica e Teoria Infecciosa

TEORIA MECÂNICA

Principal mecanismo dano às fibras elásticas e colágenas, devido a excessiva e principalmente repentina deposição de gordura no tecido adiposo (striae distensae).

Também podem ser consideradas como seqüelas de períodos de rápido crescimento.

TEORIA MECÂNICA

Ex:

distensão abdominal causada pelo crescim. do feto = estria na gestante;

estirão de crescimento = estria na puberdade;

deposição de gordura = estria no obeso.

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA

Hiperatividade do córtex adrenal.

A teoria endocrinológica explica a associação do aparecimento das estrias em diversas patologias (febre tifóide, febre reumática)

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA

As estrias são encontradas em meninos e meninas, obesos ou não, na adolescência

período + representativo de uma estimulação adrenocortical (“Síndrome de Cushing fisiológica”)

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA

Durante a puberdade, se localizam preferencialmente nas coxas, glúteos e região lombar.

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA

Ao aparecimento das estrias em adolescentes não-obesos, associa-se

da excreção de 17-cetoesteróide pp andrógeno adrenal com ampla ação sobre o tecido conj.,

o catabolismo proteico, e ainda, atuando sobre a célula formadora das fibras e da SFA, fibroblasto

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA

Sendo assim, as estrias são classificadas como uma atrofia adquirida, ou seja, do volume e número dos elementos da pele, decorrente da ação hormonal sobre o fibroblasto.

A origem mais provável das estrias está baseada nesta teoria, onde um hormônio esteróide está presente de forma atuante em todos os casos em que as estrias surgem (obesidade, adolescência, gravidez).

TEORIA INFECCIOSA

Sugere que processos infecciosos provocam danos às fibras

elásticas

Não possui muitos adeptos, devido à teoria endocrinológica.

HIPERPIGMENTAÇÃO

Alguns medicamentos, como a bleomicina (antibiótico e antitumor), podem promover hiperpigmentação das estrias. A pigmentação inicial é violácea, permanecendo assim por muitos meses, podendo evoluir para uma tonalidade marrom-escura, presente na Síndrome de Cushing e após processos inflamatórios.

Bleomicina efeito tóxico sobre o melanócito.

INCIDÊNCIA

Predominância pelo sexo feminino

Sexo feminino 10 a 16 anos

Sexo masculino 14 a 20 anos

Raramente ocorrem em bebês ou crianças normais ou obesas até os 6 anos de idade.

INCIDÊNCIA

É IMPORTANTE DISTINGUIR 2

FASES:

I. Estrias rubras: Estágio iniciais, inflamatório, no qual a lesão se apresenta como uma elevação, adquirindo vários formatos: lineares, espiralados ou em forma de zig-zag: avermelhadas ou purpúricas, pela transparência da pele adelgaçada, provocando prurido,

II. Estrias albas: clareamento gradual, evolução para fase cicatricial.

LOCALIZAÇÃO

Nos jovens região lombossacral e coxas;

Na gravidez faces laterais e anterior do abdômen, coxa e

mamas;

Nas dças endócrinas acompanhadas de obesidade abdômen,

nádegas, coxas e pregas axilares.

LOCALIZAÇÃO

Mulher: nádegas, abdômen e mamas;

Homens: dorso, região lombossacra e parte externa das coxas;

Obs.: podem ser acometidas outras regiões como raiz dos membros

superiores, axilas e tórax.

CARACTERIZAÇÃO QUANTO AO

ASPECTO:

Histologicamente as estrias novas

apresentam escassez de fibras

elásticas e posteriormente algumas

mostram marcante na espessura

dessas fibras (elastose focal linear)

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:

Geralmente a estria é considerada como

seqüela irreversível, afirmação baseada nos

exames histológicos das estrias, onde há uma:

- Diminuição no número e volume dos elementos da pele

- Rompimento das fibras elásticas.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:

Porém, o aparecimento das fibras elásticas rompidas, corresponde a

2 a 4% do total de fibras do conjuntivo, e, portanto, não tem

influência primordial no quadro apresentado pelas estrias.

Avaliação Planimetria por contagem de pontos:

Imagens pré e pós tratamento são transferidas para corel photo

paint, inserindo-se uma grade quadriculada por pequenas áreas

de 1,2 cm2, totalizando um retículo de 396 quadrados na tela,

onde realiza-se a contagem do número de áreas com traços de

estrias (Mandarim de Lacerda, 1994)

Avaliação

Planimetria por contagem de pontos:

Avaliação Intensidade estrias rubras (Atwall et al):

Sistema numeral que varia segundo o numero e o grau do eritema.

Os locais examinados incluem os quatro mais comuns para o aparecimento de estrias: abdome, mamas, coxas e glúteos/quadril.

Em cada local, a pontuação atinge no máximo seis pontos: 0–3 para o numero de estrias presentes e também para o grau do eritema:

Avaliação Pontuação:

Número de estrias: 0 = sem estrias

1 = menos de cinco estrias

2 = entre cinco e dez estrias

3 = mais do que dez estrias

Grau de eritema: 0 = sem eritema

1 = eritema leve (vermelho-claro ou rosa)

2 = eritema intenso (vermelho-escuro)

3 = eritema violáceo (roxo)

Avaliação A pontuação pode totalizar 24 pontos: 0-3 = sem significância

4-9 = leves

10-15 = moderadas

16 ou mais = intensas

TRATAMENTO

Os tratamentos visam melhorar o aspecto das lesões, estimulando

a formação de tecido colágeno subjacente e tornando-as mais

semelhantes à pele ao redor.

Com a estimulação elétrica, as fibras que não se destacavam quanto a

sua refringência, tornam-se mais visíveis, podendo-se concluir que as

fibras sofreram alguma reorientação.

A) estria atrófica;

B) estria atrófica estimulada com corrente contínua, evidenciando melhora da

organização da derme.

ELETROTERAPIA

Eletrolifting

ELETRODO PASSIVO

ELETRODO ATIVO

Aspecto tecidual após a aplicação

da técnica de punturação:

RESULTADOS ELETROLIFTING ANTES DO TRATAMENTO APÓS O TRATAMENTO

ANTES DO TRATAMENTO APÓS O TRATAMENTO

RESULTADOS ELETROLIFTING

DERMOABRASÃO

Promove uma esfoliação da pele através de um

sistema que lança um fluxo de microcristais na

pele através de um vácuo controlado.

Os níveis de abrasão dependem: nível de

sucção, movimento e velocidade das manobras,

tempo de exposição, número de repetições na

mesma área e tipo de pele.

DERMOABRASÃO

Atinge vários níveis:

Nível 1- Superficial, atinge apenas a epiderme, ocasionando um eritema;

Nível 2-Intermediário, atinge a epiderme e parte da derme, ocasionando hiperemia e edema;

Nível 3-Profundo, atinge todas as camadas da derme, ocasionando sangramento associado a outros sinais.

ESCARIFICAÇÃO

Procedimento de lesão da pele utilizando vários artefatos, ou seja,

sem um equipamento específico para lesar os tecidos.

DERMOTONIA (VACUOTERAPIA)

Ventosas acopladas à bomba de vácuo através

de uma mangueira, sendo que os aparelhos

permitem modulação na sucção através de

modo contínuo e pulsado (1 a 40 pulsos/minuto).

Depressomassagem pulsátil ao redor da região

da estria (ventosa de vidro maior) e

Depressomassagem contínua sobre a estria até

obter hiperemia (ventosa de vidro menor:

formato bico de “beija-flor”.)

OBJETIVO DO TRATAMENTO:

Melhora da troficidade da cicatriz atrófica e estimulação dos

fibroblastos originando reconstrução do colágeno e fibras elásticas

(?).

DERMOTONIA NAS ESTRIAS

VERMELHAS:

Depressodrenagem linfática localizada de 2 a 3 vezes por semana.

Pulsátil na região dos linfonodos e edema, drenando e

descongestionando os tecidos e, dessa forma, promovendo uma

cicatrização mais rápida e de melhor qualidade.

MASSAGEM

Sendo a estria uma lesão, atrofia do tecido

dérmico, com perda dos elementos da pele, a

massagem não apresenta bases fisiológicas de

ação, não tendo, assim, capacidade de

regenerar o tecido dérmico lesado.

Pode ser utilizada como complemento de

outros tratamentos , melhorando a circulação

e penetração de produtos.

TERAPÊUTICAS MÉDICAS:

Tratamento com ácidos: alguns tipos de ácidos, especialmente o

ácido retinóico, estimulam a formação de tecido colágeno,

melhorando o aspecto das estrias. Pode haver descamação e

vermelhidão e a concentração ideal para cada caso deve ser

definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele. Deve ser

evitada a exposição solar.

TERAPÊUTICAS MÉDICAS: Flash-lamp pulsed dye laser: melhora na textura e eritema. Laser

vascular que emite luz pulsátil, absorvida por pigmentos hemáticos e proteínas do colágeno das estrias. Melhora de 30 a 70%.

Divulsão transdérmica: descolamento da estria na altura da derme em movimentos de lateralidade e vaivém, causando trauma tissular, com anestesia local.

TERAPÊUTICAS MÉDICAS:

Subcisão (subcision): esta técnica consiste na

introdução de uma agulha grossa, com ponta

cortante, ao longo e por baixo da estria, com

movimentos de ida e volta. O trauma causado

leva à formação de tecido colágeno no local, que

preenche a área onde o tecido estava

degenerado. Provoca equimose (mancha roxa),

que faz parte do tratamento, pois a

reorganização do sangue também dá origem à

formação de colágeno.

TERAPÊUTICAS MÉDICAS:

Intradermoterapia: consiste na injeção ao longo e sob as estrias de

substâncias que provocam uma reação do organismo estimulando

também a formação de colágeno nas áreas onde as fibras se

degeneraram. Além disso, a própria passagem da agulha provoca

uma discreta subcisão.

INTRADERMOTERAPIA

TERAPÊUTICAS MÉDICAS:

Carboxiterapia: é uma técnica estética não-cirúrgica,

na qual gás carbônico é injetado no tecido

subcutâneo utilizando-se um aparelho com uma

agulha muito fina. Melhora a circulação e

oxigenação dos tecidos promovendo benefícios

estéticos. O CO² é um gás inodoro, ao qual o

organismo está habituado, por isso se utilizado

corretamente é isento de complicações e não é

tóxico.

Carboxiterapia

TERAPÊUTICAS MÉDICAS:

Laser: a aplicação do laser provoca o fechamento dos pequenos

vasos nas estrias avermelhadas e promove a formação de novo

colágeno, com diminuição do tamanho das estrias recentes ou

antigas.

ASSIM COMO EM TODOS OS

TRATAMENTOS ESTÉTICOS:

“A prática de exercícios físicos regularmente, evitar engordar e

emagrecer repentinamente e a preferência por alimentos saudáveis

são fundamentais para evitar estrias”