Estrutura CC
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Enfermagem em Centro Cirúrgico.
Profº Enfº Ederson
Estrutura CC
UNIDADE DO CENTRO CIRÚRGICO
O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais
complexas do hospital devido sua especificidade, presença de agentes estressores
devido às possibilidades de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos aoserem submetidos à intervenção cirúrgica.
O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite
efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de
conforto e segurança para as equipes que o assiste.
Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital,
convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o torna apto à
prática da cirurgia, por meio da ação de uma equipe integrada. Nele são realizadas
técnicas estéreis para garantir a segurança do paciente quanto ao controle de
infecção. Por ser uma área crítica, requer controle de fluxo de pessoal e material,
ficando o acesso restrito aos profissionais que lá atuam. Para efeito de controle
asséptico, manutenção de ambiente livre de infecções, o Centro Cirúrgico é dividido
em áreas distintas: área não-restrita, área semi-restrita e área restrita.
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas
finalidades, a realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às
suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade;otimização de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de
recursos humanos; e o desenvolvimento científico para o aprimoramento de novas
técnicas cirúrgicas e afins.
- Estrutura Física
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a
segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grandecirculação de pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às
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unidades de internação, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a
contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes.
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico a
Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais
áreas são assim caracterizadas:
- Vestiários (masculino e feminino):
Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das
pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir
chuveiros, sanitários e armários para guarda de roupas e objetos pessoais.
- Área de conforto:
Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em
locais inadequados. Deve-se dispor nesse local cadeiras, poltronas e sofás.
- Sala dos cirurgiões e anestesiologistas:
Destinada aos relatórios médicos
- Sala de Enfermagem:
Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil
acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor.
- Sala de recepção dos pacientes:
Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados
clinicamente antes da cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente
deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o estresse do período pré-operatório.
- Sala de material de limpeza:
Destinado à guarda dos materiais utilizados na limpeza do Centro-
cirúrgico.
- Sala para guarda de equipamentos:
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Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios,
bisturis, monitores cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e
utilização imediata.
- Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal):
Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso
nas salas de cirurgia.
- Sala de gases medicinais:
Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como
oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso emaparelhos específicos ou em casos de emergência.
- Expurgo:
Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar
provida de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos
artigos utilizados nas cirurgias.
- Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico:
O Centro-cirúrgico conta com o apoio imprescindível de alguns setores
ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados para
atendê-lo para seu funcionamento, tais como: banco de sangue, raio-x, laboratório e
anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia,
segurança e secretaria.
- Sala de Operação (SO):Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida
segundo a proporção de leitos cirúrgicos e Salas de Operação. A Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50
leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos.
Para um dimensionamento ideal, deve-se levar em consideração alguns aspectos
como:- Horário de funcionamento do Centro-cirúrgico;
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-Especialidades cirúrgicas atendidas (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia,
oftalmologia, etc.);
- Duração média das cirurgias;
- Número de cirurgias por dia;
- Número de leitos cirúrgicos do hospital;
- Hospital escola;
Quantidade de artigos médicos e instrumentais cirúrgico disponíveis.
Tamanho da sala:
Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem
realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002,quanto ao tamanho, as salas são assim classificadas:
- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às
especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia.
- Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às
especialidades gástrica e geral.
- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para as
cirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas.
Portas:
As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar
a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da
maca para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência
revestidas de fórmica. É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o
uso das mãos para abri-la. O ideal é que se tenha uma outra porta de acesso à sala
apenas para membros das equipes com visor de separação dos dois ambientes.
Piso:
Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos
comuns, sem fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a
luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e
principalmente bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo:
granilite, vinílicos e mármore.
Paredes:
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Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e
não refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não
devem possuir cheiro. É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo
antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes
quanto nos pisos. Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme
o Manual de Controle de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária.
Teto:
Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não
deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos.Deve ser contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível, a não
ser nas demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por
razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza,
descontaminação e desinfecção.
É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a
laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de
novos equipamentos e a entrada do pes soal do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de
fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate
a incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve
contar com um sistema de segurança que, através da elevação da temperatura,
produz fortes borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto – também conhecido
como splinkers).
Janelas:Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a
entrada de poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos
dentro ou fora da sala, não deve ainda, possuir cortinas ou persianas.
Iluminação:A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da
portaria n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas
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técnicas (ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de
trabalho.
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual
das equipes médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se
processe com precisão, rapidez e segurança. Deve-se levar em consideração os
seguintes aspectos:
- Eliminação de sombras e reflexos;
- Eliminação do excesso de calor no campo operatório;
- Proteção contra ocasional interrupção devido a falta de energia elétrica.
Iluminação de emergência:Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem
geradores reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do
fornecimento de força para o Centro-cirúrgico.
Ventilação/ Ar condicionado - Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais
como:
- Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde:
99,9% de eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro.
- Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas
sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas
do ar da sala, no espaço de uma hora.
- Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes,
oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser
discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico.
- Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto esegurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e
23°C. A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve
ultrapassar 70% para não se tornar ambiente propício ao des envolvimento de
microorganismos.
- Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do s istema de ventilação:
não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 6401/80.
- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistemaelétrico principal.
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Tomadas:
Voltagem fornecida pela concessionária local e uma com voltagem
diferenciada, ambas com dispositivo de aterramento. Devem ser instalados também
pontos para negatoscópio e aparelhos portáteis de raios -x. É proibida a ligação
simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada corrente, salvo s e a
instalação for projetada para este fim. Devem ser inspecionadas periodicamente
observando integridade do condutor terra, tensão de contato e a segurança global.
Rede de gases:
- Oxigênio:O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de
cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido
por tubulação central até os pontos de utilização).
- Ar comprimido:
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com
pressões entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor
com 100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou
manualmente).
- Vácuo clínico:
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo
máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuiçãoconvencional.
- Óxido nitroso:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo -
conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilizaç ão) ou centralizado
(utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até ospontos de utilização).
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De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases
medicinais são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e
NBR n° 12188:
- Verde emblema: oxigênio.
- Azul marinho: óxido nitroso.
- Amarela segurança: ar comprimido medicinal.
- Cinza claro: vácuo medicinal.
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de gases
medicinais:
- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros;
- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte;- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro;
- Não arrastar o cilindro;
- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados;
- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas;
- Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente que
outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada.
- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar erros de
procedimento e sempre com o capacete rosqueado.
- Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro-cirúrgico.
- Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser devolvidos ao
fabricante ou distribuidor.
- Lavabo:
Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água
quente e fria, escovas e anti-sépticos para a escovação cirúrgica. É previsto umlavabo para cada duas salas de operação que deve possuir:
- Duas torneiras de acionamento por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou qualquer outro
meio que não as mãos;
- Espaço suficiente para duas pessoas lavarem-se simultaneamente (1,10 m² por
torneira);
- Dispensadores de produtos anti-sépticos (devem obedecer o mesmo princípio de
dispensação que a torneira).
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Os anti-sépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e
autorizados pela Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a
instalação de um relógio para o controle do tempo de escovação.
- Recursos Materiais
Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos materiais
utilizados no centro-cirúrgico são de competência da equipe de Enfermagem.
Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis são
aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à sala de operação de acordo
com a necessidade no ato operatório, dentre os quais se destacam:
- Aparelho de anestesia;- Aspirador portátil estéril;
- Banco giratório;
- Balde para lixo;
- Balança para pesar compressas;
- Bisturi eletrônico;
- Carrinho abastecedor;
- Carrinho de medicamentos;
- Coxins;
- Escada com dois degraus;
- Estrados;
- Foco auxiliar;
- Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de narcose, ombreiras,
suportes laterais, perneiras, colchonetes em espuma;
- Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais;
- Mesa de Mayo;- Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou suportes);
- Suporte de braço;
- Suporte de hamper;
- Suporte de soro;
- Artroscópio;
- Balão intra-aórtico;
- Bomba de circulação extra-corpórea;- Cardioversor ou desfibrilador;
- Colchão de água para hiper ou hipotermia;
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- Criogênico;
- Manta térmica;
- Microscópio eletrônico;
- Monitor multiparamétrico;
Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são:
- Foco central;
- Negatoscópio;
- Torre retrátil ou painel de gases medicinais
Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande diversidade
e rotatividade podem ser classificados em três tipos:Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um tratamento
preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande atenção por parte
de toda a administração;
Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou nenhuma
atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis.
Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo para o
centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser que o
custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforma a quantidade em que
é usado, pode representar um custo elevado.
- Recursos Humanos - A montagem da sala abrange as seguintes etapas:
Procedimentos básicos
• Preparo da sala de operação:- colocar o mobiliário em posição funcional;
- proceder à limpeza da sala de operação quando for necessário conforme a rotina
estabelecida no CC. Na limpeza deve-se seguir um fluxo funcional, de modo a evitar
desperdício de tempo e energia. Mobiliário, aparelhos, foco e mesa cirúrgica.
- prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não-invasiva e
temperatura, capnografia).
- testar o funcionamento de aparelhos elétricos como monitores, focos, aspiradores,entre outros.
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- testar o funcionamento da rede de gases medicinais - verificar os artigos do carinho
de anestesia; bandeja para intubação, esfigmomanômetro, estetoscópio, etc.
- verificar material e equipamento para procedimentos especiais como: bisturi
elétrico, trépano, microscópio, etc.
- observar controle ambiente quanto à temperatura recomendada da sala de
operação entre 22 a 24ºC.
- observar controle terapêutico da sala quanto à segurança elétrica.
- realizar degermação das mãos
• Prover o carinho com os seguintes artigos médicos esterilizados de acordo com a
rotina estabelecida no CC:
- luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0).- pacotes de campos cirúrgicos.
- pacotes de aventais.
- pacotes de compressas grandes de pequenas.
- pacotes de gazes (10 a 20 unidades).
- fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico.
- impermeáveis para mesa de instrumental.
- artigos em aço inoxidável (cubas-rim, cúpulas, bacias).
- caixa de instrumental cirúrgico.
- seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia.
- sondas; drenos e cateteres.
- coletores (diureses, sonda nasogástrica, etc.).
- cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção
- manoplas.
- artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico (laparoscópios)
- checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos artigos.
- Prover com artigos diversos:
- talas.
- ataduras.
- acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica
- soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).
- soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico eglicosado, etc.
- medicamentos de forma geral e anestésicos.
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- adesivos (micropore, esparadrapo).
- escovar para degermação à base de PVPI ou clorexidina.
• Dispor os pacotes nas respectivas mesas auxiliares de modo a facilitar a sincronia
de movimentos para a abertura dos pacotes, preparo da paramentação, preparo do
paciente e preparo do carinho de anestesia.
• Prover os impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de
exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc.
Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica:
- O circulante de sala deve:
- controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança dopaciente.
- Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas.
- Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à técnica
asséptica.
- Auxiliar a montagem da mesa de instrumentação, apresentando os artigos médicos
necessários ao procedimento cirúrgico.
- Procedimentos relacionados ao paciente:
Para o transporte do paciente da área de recepção até a sala de
operação, o enfermeiro deve considerar os problemas detectados no recebimento e
prover sua segurança física e emocional. Para tal, a maca deve ter grades e travas e
o funcionário responsável pelo transporte, estar orientado a transportar o paciente,
posicionando-se sempre à cabeceira da maca, observando a expressão facial do
doente e tomando os cuidados necessários com infusões e drenagens.
- Transferência do paciente para a mesa de operação:
Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve
ser passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e
emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a transferência
do paciente, como:
- nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.- posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim sua
movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.
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- solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente capaz.
- posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica
pacientes (salas administrativas, depósitos).
- São consideradas quatro etapas da limpeza em CC:
• Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias programadas do dia.
Remover as partículas de poeira nas superfícies dos mobiliários, focos cirúrgicos e
equipamentos com solução detergente ou desinfetante (álcool 70%) com um pano
úmido e branco são seus objetivos;
• Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico consistindo apenas
na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano comumembebido em agente químico de amplo espectro para que não ocorra secagem da
superfície e disseminação contaminando o ar;
• Limpeza concorrente: Executada no término de cada cirurgia. Envolve
procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies
horizontais dos móveis e equipamentos.
- O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à lavanderia.
- O instrumental cirúrgico deve ser colocado aberto em caixas perfuradas (usando
luvas) e encaminhado ao expurgo da central de materiais e esterilização (CME) o
mais cedo possível para o reprocessamento.
- As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou
levadas ao expurgo da CME.
- Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia recebem
cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local apropriado.
Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes do uso da
próxima cirurgia.- As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
- As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem ser
limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%.
- Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de corrosão
dos metais.
- O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso nem
sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a cadasala de operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser mandado à
lavanderia para ser processado.
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- As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com
material orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto.
- A SO pode ser montada para outra cirurgia.
- Limpeza terminal: diária e periódica.
A limpez a diária é realizada após a última cirurgia programada do dia. Envolve
todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à limpeza de todos
os equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e paredes da SO.
As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo à maçaneta.
O chão deve ser lavado com água e sabão. As macas e os carros de transporte
também devem ser limpos. Os lavabos devem ser limpos, trocar a solução anti-séptica, assim como as escovas de degermação.
Já a limpeza periódica envolve itens cuja freqüência de limpeza não necessita ser
diária, por não se sujar com facilidade e ou por não estarem diretamente
relacionados com a infecção direta do sítio cirúrgico. Dessa forma, rotinas de
limpeza com periodicidades maiores podem ser estabelecidas. É o caso das
superfícies verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar
condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da sala de
operação.
A equipe de limpeza:
A limpeza do CC é dividida entre o pessoal da limpeza e o circulante da
sala. O pessoal da limpeza deve ter noções de: microorganismos e sua transmissão;
o porquê da limpeza da sala de operação; como realizar a limpeza em função da
técnica (paredes e anexos de cima para baixo; tetos no sentido unidirecional; pisos:
do fundo para a porta da sala; piso e corredores, saguões: de dentro para fora e detrás para frente;
- iniciar sempre da área menos contaminada para a mais contaminada; nunca
realizar movimentos de vai-vém; iniciar a limpeza pelas paredes e por último o piso).
Os procedimentos devem estar escritos, organizados num manual, de
fácil acesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem sofrer revisão
periódica. Deve-se ter um programa contínuo de atualização e desenvolvimento da
equipe de CC, ressaltando a importância da limpeza no processo de controle deinfecção.