Estudo do caso 2 saneamento

92
ESTUDO DE CASO II Estações de tratamento dos Municípios Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Cabo Frio - 2011

description

Esse estudo caracteriza os tipos de tratamentos de esgoto e água que estão sendo dispensados às regiões em questão, buscando um maior entendimento das variáveis envolvidas no tratamento de águas e efluentes das ETES, que não tenha como corpo receptor a Laguna de Araruama, e no manejo dos resíduos no que tange sua disposição final, aproveitamento e minimização de seus impactos no meio ambiente.

Transcript of Estudo do caso 2 saneamento

Page 1: Estudo do caso 2   saneamento

ESTUDO DE CASO IIEstações de tratamento dos Municípios

Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.

Cabo Frio - 2011

Page 2: Estudo do caso 2   saneamento

Elisane de Almeida Pires

APRESENTAÇÃO

Page 3: Estudo do caso 2   saneamento

INTRODUÇÃO

costuma a ser um dos maiores problemas ambientais e de saúde pública.

Em países em desenvolvimento como o Brasil, o lançamento indiscriminado de esgoto domestico no meio ambiente...

Page 4: Estudo do caso 2   saneamento

O tratamento de esgoto domestico tem como objetivo principal:

Remover o material sólido

Reduzir a demanda bioquímica de oxigênio

Exterminar micro-organismos patogênicos

Reduzir as substâncias químicas indesejadas

Page 5: Estudo do caso 2   saneamento

A Região dos Lagos é um grande polo turístico que atraem turistas e visitantes. Além da natureza privilegiada esta próxima às maiores reservas brasileiras de petróleo

Logo após anos 60, houve um crescimento exponencial dos loteamentos e condomínios na bacia hidrográfica da Laguna de Araruama, em sua grande maioria sem qualquer infra estrutura de saneamento.

Page 6: Estudo do caso 2   saneamento

1984 e 1994

Estudo realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou crescimento de 70% na população.

1998

Prolagos assumiu os serviços de água e esgoto de alguns municípios da Região dos lagos

2006

Participação efetiva da sociedade, governos municipais, estaduais e federais e principalmente a atuação do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Page 7: Estudo do caso 2   saneamento

Atualmente, a legislação básica em vigor é composta pelas seguintes leis principais:

Lei 8987 de 13/02/95, chamada Lei das Concessões, que estabelece normas para a participação privada nos projetos de infra estrutura e na prestação de serviços de utilidade pública.;

Lei 9433 de 8/01/97, que criou o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos por bacias hidrográficas (e não por fronteiras políticas ou administrativas) e definiu os direitos de outorga pela utilização da água em bruto.

Decreto 3692 de 19/12/2000, que criou a ANA – Agência Nacional de Águas; e Portaria do Ministério da Saúde nº 1469/2000, que estabelece padrões de qualidade para água potável.

Page 8: Estudo do caso 2   saneamento

No estado do Rio de Janeiro a ASEP – Agência Reguladora de Serviços Públicos faz a regulação da prestação de serviços de saneamento.

A Lei estadual 2831/97 trata da concessão de serviços públicos e a Lei 2869/97 do regime da prestação de serviços públicos de saneamento básico.

Finalmente, o decreto 22.872 de 28/12/96

regulamenta os serviços de saneamento a cargo das concessionárias.

Page 9: Estudo do caso 2   saneamento

Objetivos do estudo

 

 

Verificar de que maneira ocorre o tratamento e o descarte dos resíduos e efluentes oriundos do tratamento de água e esgoto nos municípios estudados.

Analisar as formas existentes de aproveitamento dos resíduos oriundos do tratamento de água e esgoto na região.

Propor possíveis formas de aproveitamento dos resíduos oriundos dos sistemas de tratamento de água e esgoto dos municípios analisados.

Page 10: Estudo do caso 2   saneamento

ETA – Estação de Tratamento de ÁguaA água que alimenta as maioria das cidades da região, provêm da Lagoa de Juturnaíba, um manancial represado em 1978, onde têm como afluentes os rios Capivari, Bacaxá e São João.

Page 11: Estudo do caso 2   saneamento

CaptaçãoA água bruta passa por um sistema de gradeamento para reter sólidos provenientes dos reservatórios, como folhas, galhos, troncos, peixes, etc.; Esta água, é bombeada para uma elevatória (captação para a ETA, que fica localizada bem acima do ponto da captação)

A chegada de água bruta na ETA, é controlada por uma série de motor-bomba, tendo 02 motor-bomba em reserva;

Page 12: Estudo do caso 2   saneamento

Na chegada da ETA, existem dois medidores de vazões para proporcionar o controle do processo de tratamento químico. No Caso da Concessionária de Juturnaíba temos a Eta I e a Eta II.

Page 13: Estudo do caso 2   saneamento

Etapas de TratamentoSe trata de uma estação do tipo convencional, compreenden-do os seguintes processos de tratamento.

1. Coagulação

2. Floculação

3. Decantação

4. Filtração

5. Desinfecção

6. Correção do pH

7. Reserva e distribuição

8. Rutilização da água de lavagem

Page 14: Estudo do caso 2   saneamento
Page 15: Estudo do caso 2   saneamento

A desinfecção consiste na destruição de microrganismo patogênicos capazes de causar doenças, ou de outros compostos indesejáveis.

Na ETA Juturnaíba, o cloro só é utilizado após a filtração, já que em outras estações de tratamento, o cloro pode ser aplicado no início do tratamento.

A cloração tem a finalidade de proteger a água contra possíveis contaminações no Sistema de Distribuição. Por isso, o cloro residual livre na água tratada é mantido em torno de no mínimo 0,5 ppm (mg/l)

Page 16: Estudo do caso 2   saneamento

O Alcalinizante utilizado na estação é a cal. A alcalinização é feita na água filtrada, para ajustar o PH da água final, diminuindo o ataque da acidez da água nas tubulações do Sistema Adutor e Redes de Distribuição, evitando a corrosão.

Correção do pH

Page 17: Estudo do caso 2   saneamento

Reserva e distribuiçãoApós a correção do PH, a água flui por gravidade e fica armazenada no Reservatório de 2.500m³. Deste reservatório sai uma adutora de 800mm de diâmetro.

Bombeada por 4 motor-bomba de 500cv cada um, no qual chamamos de Alto Recalque.

Page 18: Estudo do caso 2   saneamento

Reutilização da água de lavagemA água utilizada na lavagem dos filtros é reaproveitada ao escoar-se por um canal para um decantador. Deste, após a decantação a água é recalcada para o floculador.

Hoje todo trabalho na ETA, está voltado para diminuição de perdas com produtos químicos, perdas com energia, perdas com descargas nos decantadores, em fim trabalhamos para que toda água utilizada na ETA, seja reutilizada

Este processo trouxe uma economia de 24.000kw/mês. Deixamos de perder 3.600m³/dia ou 41,6l/seg..

Page 19: Estudo do caso 2   saneamento
Page 20: Estudo do caso 2   saneamento
Page 21: Estudo do caso 2   saneamento
Page 22: Estudo do caso 2   saneamento

Monitoramento - laboratório

Sua função primordial é analisar 24 horas por dia,

ininterruptamente, a qualidade da água a ser distribuída

para a população, levando em conta os padrões de

potabilidade exigidos pela vigilância sanitária.

Os equipamentos de processo fornecem informações ON-LINE(leitura constante), enquanto os de bancada fazem a análise comparativa pHmetro da água tratada: indica o pH da água que sai da Estação. confirmação do processo e checagem dos equipamentos.

Page 23: Estudo do caso 2   saneamento

ETE – ARRAIAL DO CABO

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Arraial do Cabo foi implantada em 1992 pela Empresa Cabista de Turismo e Urbanismo (ECATIJR).

O projeto de esgotamento sanitário da ETE foi também acompanhado de uma rede coletora de 60 km e 3.000m de linha de recalque e três Estações Elevatórias que foram distribuídas da seguinte forma: Uma no Bairro Prainha, uma na Praça Castelo Branco (Atual praça victorino carriço) e uma no do canal da Avenida da Liberdade.

Page 24: Estudo do caso 2   saneamento

Atualmente o sistema de esgotamento sanitário de Arraial do Cabo é operado pela Empresa de Saneamento de Arraial do Cabo (ESAC) que tem se empenhado na melhoria do referido sistema, acompanhando as políticas de saneamento e de meio ambiente em todas as esferas de governo.

Page 25: Estudo do caso 2   saneamento

TratamentoA Estação de Tratamento de Esgotos- ETE de Arraial do Cabo apresenta Processo que utiliza o lodo ativado, de carga mássica média, com decantação secundária, e desaguamento mecânico do lodo constituído dos seguintes sistemas:

Gradeamento e Desarenação Aeração Desinfecção (por ultravioleta) Decantação secundária de lodos e adensamento Desidratação mecânica o lodo Dosagem Química

Valdemir

Page 26: Estudo do caso 2   saneamento

Corpo Receptor e Tratamento O efluente tratado após a Desinfecção desemboca num pequeno brejo no interior da área industrial da – antiga Álcalis - CNA, contendo macrófitas aquáticas conhecida como Taboa.

Nesta etapa será feita a captação de fósforo e nitrogênio por estas plantas melhorando a qualidade do efluente consideravelmente, que após esta passagem deságua no canal artificial da CNA. Será feito um manejo periódico das plantas como forma de manter o espelho d'água.

 

Page 27: Estudo do caso 2   saneamento

ETE – CABO FRIOVazão de Projeto: 400 l/sVazão de Operação: 260 l/sVazão de Operação: 696.384 m³/mêsTransporte de caçambaCoagulante utilizado: Cloreto Férrico

Desidratação: Pastilha CloroInertização: Cal Virgem MicropuverizadoDesidratação: Centrifugação com adição de Polieletrólito

Page 28: Estudo do caso 2   saneamento
Page 29: Estudo do caso 2   saneamento
Page 30: Estudo do caso 2   saneamento
Page 31: Estudo do caso 2   saneamento

Jardim Esperança – planta baixa

Page 32: Estudo do caso 2   saneamento

Esquema representativo das lagoas de estabilização

Page 33: Estudo do caso 2   saneamento

Modelo do Tanque Aerado de um Sistema Australiano

Page 34: Estudo do caso 2   saneamento

ETE- BÚZIOS27.560 hab., área de 70 km2. . Foi descoberta como forte apelo turístico na década de 60, e hoje é conhecida internacionalmente

1 ETE 7 Estações * elevatórias 29,50 km de rede coletora de esgoto 10,94 km de linha de recalque

As *elevatórias se encontram na Orla Bardot, na Usina, P. do Canto, Bambuzal, Praia dos Ossos, e duas em João Fernandes.

Page 35: Estudo do caso 2   saneamento

Clarificação Quimicamente assistida (tratamento primário)

Tratamento biológico aerado por lodos ativados(tratamento secundário).

A capacidade de 130 l/s.Sendo a fase biológica é restrita a 43 l/s.

Etapas de Tratamento

Page 36: Estudo do caso 2   saneamento

Tratamento Preliminar

GRADEAMENTOCAIXAS DE

ARAEIA

CALHAS PARSHAL

(adição de sais , coagulante)

FINALIDADES Remoção de sólidos grosseiros e areia

Proteger as unidades subseqüentes;Proteger as bombas e tubulações;Proteger os corpos receptores.

Evitar abrasão nas bombas e tubulações;Evitar obstrução em tubulações;Facilitar o transporte do líquido.

Page 37: Estudo do caso 2   saneamento

Tratamento primário

Floculador(coagulação)

Decantador primário

Adensador (gravidade)

Centrífuga (desidratação)

Misturadores (cal viva –

inertização)

Aterro sanitário

Camara armazenamento

Vertedor basculante(escuma)

Page 38: Estudo do caso 2   saneamento

Tratamento secundárioDegradação biológica

43l/s

AERADORES DECANTDORES SECUNDÁRIOS

ELEVATÓRIA DE RECIRCULAÇÃO

(lodo ativado

ADENSADOR POR GRAVIDADE

(lodo)

EFLUENTE TRATATO (corpo receptor)

ATERRO SANITÁRIO INERTIZAÇÃO CENTRIFUGA DE

DESIDRATAÇÃO

Iníc

io d

o t

rata

me

nto

Se

cu

nd

ári

o

Page 39: Estudo do caso 2   saneamento

Melhorias e previsões

Construções de interceptores e recalque no bairro Usina

Duplicação da Adutora de Búzios (14,3 Km )

A meta é atingir 100% o transporte de água para o município

Existe uma proposta técnica do reuso dos efluentes da ETE Búzios.

Fonte: Voz das Águas, 4ª Edição

Page 40: Estudo do caso 2   saneamento

Vazão de Projeto: 75 l/sVazão de Operação:Vazão de Operação: 101.779 ³/mêsCarga Horária: Plantonista 12/36hsCorpo de Colaboradores: 04 OperadoresTransporte de caçambaPolieletrólito

ETE – Iguaba Grande

Geanderson

Funcionando desde junho de 2007

Page 41: Estudo do caso 2   saneamento
Page 42: Estudo do caso 2   saneamento

Etapas do Tratamento

GRADEAMENTO

Retira sólidos grosseiros

CAIXA DE AREIA

Remove areia existente no esgoto

Page 43: Estudo do caso 2   saneamento

TANQUE DE AERAÇÃO

Oxidação da matéria orgânica do esgoto, formando-se flocos

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Os flocos formados no tanque de aeração afundam, separando o lodo do esgoto clarificado (líquido)

Imagens: Sane Almeida

Page 44: Estudo do caso 2   saneamento

Feita com radiação ultravioleta, removendo coliformes fecais.

Imagens: Sane Almeida

Desinfecção

Page 45: Estudo do caso 2   saneamento

Para desacelerar a desidratação, antes do lodo chegar até a centrifuga, é adicionado polietrólito, depois adiciona a cal para inertizar e descartá-lo.

Geanderson

Imagens: Sane Almeida

DESIDRATAÇÃO - TRATAMENTO DO LODO

Page 46: Estudo do caso 2   saneamento

ETE - SÃO PEDRO DA ALDEIA

A Estação de Tratamento de Esgoto de São Pedro da Aldeia é considerada um processo terciário, ou seja, biológico, de forma a situar as tecnologias da ETE em um patamar bem avançado no país.

Page 47: Estudo do caso 2   saneamento

TRATAMENTO PRELIMINAR

GRADEAMENTO GROSO MANUAL

Tem por finalidade retirar partículas sólidas de grandes dimensões, (materiais como preservativo, copo descartável, tampas de garrafa pet, etc. contidos no efluente a tratar) protegendo assim as etapas posteriores da ETE.

GRADEAMENTO FINO MECANIZADO

Retira partículas menores que possam ter passado pelo gradeamento inicial, tais como papéis, papelões e tecidos

Page 48: Estudo do caso 2   saneamento

CAIXA DE AREIA – DESARENADORRetira as areias depositadas no fundo, elevando-as para um canal de coleta lateral de onde são retiradas por parafusos extratores inclinados e descartadas para caçambas

CALHA PARSHALMede a vazão em regime crítico, sendo dotada de um instrumento ultra-sônico que não só mede a vazão, mas também opera de forma inteligente informando um possível aumento, diminuição ou interrupção da vazão.

Page 49: Estudo do caso 2   saneamento

CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO

Tem como finalidade distribuir os efluentes para os processos posteriores.

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO (ee1)

Tem a função de elevar o efluente bruto proveniente do tratamento preliminar para os tanques biológicos.

Page 50: Estudo do caso 2   saneamento

TANQUE ANAERÓBIOCria condições que permite a remoção biológica de fósforo no tanque aeróbio. No entanto, ao ser dividido em quatro compartimentos, funciona também como seletor, de forma a minimizar o desenvolvimento de microrganismos.

TANQUE ANÓXICORealiza um processo metabólico de desnitrificação e nitrificação do nitrogênio existente na forma de nitratos passando à forma de nitrogênio molecular, originando como substrato a carga orgânica do esgoto

TRATAMENTO BIOLÓGICO

Page 51: Estudo do caso 2   saneamento

TANQUE AERÓBIOTem como objetivo reduzir o teor de matéria orgânica e nitrificar as formas reduzidas de azoto por oxidação biológica aeróbia. Desta forma, o nitrogênio amoniacal se oxida em nitratos.

DECANTADOR SECUNDÁRIOConstitui a etapa do tratamento em que é realizada a separação das fases sólida e líquida provenientes da oxidação de microrganismos nos efluentes.

Page 52: Estudo do caso 2   saneamento

RECIRCULAÇÃO DE LODOS (EE2)Funciona separada da primeira e tem como objetivo realizar a recirculação do lodo produzido pelo processo biológico, sendo que as ambas elevatórias possuem uma comunicação, o que permite a elevação conjunta dos lodos e do efluente

TANQUES DE LODO EM EXCESSOO excesso de lodo é conduzido aos tanques de modo a ocorrer a desidratação através da formação de flocos de maior dimensão, otimizando o processo de separação entre as fases.

Page 53: Estudo do caso 2   saneamento

CAIXA DE DESINFECÇÃO UVÉ o tratamento dos efluentes por radiação ultravioleta. A radiação germicida atua de forma a alterar o DNA das bactérias do esgoto.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

CAIXA DE EFLUENTE TRATADOCompreende uma caixa que tem a função de armazenar e enviar o efluente tratado para a próxima etapa.

Page 54: Estudo do caso 2   saneamento

OBSERVAÇÕES

O funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto deve ser altamente controlado de modo a proporcionar a plena eficiência do processo.

A manutenção periódica é um fator determinante no controle de qualidade, por isso em quase todas as etapas da ETE existem sistemas de by-pass

Page 55: Estudo do caso 2   saneamento

Na visita técnica de 04 de outubro de 2011 foi constatado que o canal de desinfecção UV não se encontrava em operação, visto que as lâmpadas estavam queimadas.

Page 56: Estudo do caso 2   saneamento

Descarte dos Resíduos das Estações de Tratamento nos Municípios Estudados

Nos municípios estudados, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo tem a Laguna de Araruama como o principal corpo receptor destes efluentes das estações de tratamento de esgoto.

Page 57: Estudo do caso 2   saneamento

Este lançamento na Laguna de Araruama é regulamentado pela Resolução Nº 008/2006 do Comitê das Bacias Lagos São João que fala dos níveis permitidos de fósforo e nitrogênio à lançados no corpo receptor Laguna de Araruama (índices máximo de 0,01 mg/l de fósforo e 0,1 mg/l de Nitrogênio).

No município de Armação dos Búzios o efluente é lançado num canal artificial que deságua no Canal da Marina que posteriormente deságua no Oceano Atlântico.

Page 58: Estudo do caso 2   saneamento

Efluente ETE Jardim EsperançaNo município de Cabo Frio foi inaugurada ainda este ano, no

bairro Jardim Esperança, a primeira estação de tratamento do entorno da Laguna de Araruama que não irá lançar os efluentes para dentro da Laguna.

Após a decantação, o efluente tratado é vertido para uma calha onde é direcionado ao Canal da Malhada uma vala de esgoto construída no passado para drenagem pluvial da região. Esse canal percorre um trecho de 12 Km até se encontrar com o Rio Una, onde haverá o deságue no oceano.

Córrego da Malhada

Page 59: Estudo do caso 2   saneamento

Locais de lançamento dos efluentesIguaba Grande São Pedro da Aldeia

Page 60: Estudo do caso 2   saneamento

Cabo Frio Búzios

Page 61: Estudo do caso 2   saneamento

Arraial do Cabo

Page 62: Estudo do caso 2   saneamento

Problemas com o Efluente de Arraial do Cabo

- Eutrofização -

Canal da Eclusa

Page 63: Estudo do caso 2   saneamento

Impacto Ambiental no Corpo Receptor Laguna de Araruama

As melhorias no abastecimento de água promovidas

pelas concessionárias, acarretaram um aumento do

volume de esgoto e uma elevação do aporte de água

doce através dos efluentes das ETES na Laguna.

Desta forma, a queda da salinidade e a entrada de

nutrientes pelos esgotos, trazem sérias consequências. O

sintoma mais nítido é a proliferação excessiva de algas,

que se desprendem do fundo, formando massas

flutuantes que acabam nas praias, empurradas pelos

ventos e correntes.

Page 64: Estudo do caso 2   saneamento

LAGUNA DE ARARUAMA - EUTROFIZAÇÃO

A presença de micro algas (fitoplancton), mudam a cor das águas da Laguna, antes transparentes.

Em alguns períodos a Laguna apresenta sinais de estar em processo de eutrofização de suas águas.

Entende-se por eutrofização o excessivo aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos.

Page 65: Estudo do caso 2   saneamento

Projeto de Revitalização do Rio Una

Este projeto além de propiciar um ganho ambiental para a Lagoa de Araruama, que deixará de receber esse volume de água doce, resolverá o problema da falta de perenidade do Rio, permitindo ainda a realização de projetos de irrigação nas áreas rurais. Na figura acima vemos a faixa marginal do Rio Una.

Page 66: Estudo do caso 2   saneamento

O Rio Una faz parte de uma bacia hidrográfica não perene, que percorre os Municípios de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Búzios. O Projeto de Revitalização consiste em viabilizar a condução dos efluentes tratados nas Estações de Tratamento destes municípios para córregos e rios, que por gravidade os conduzirão ao leito do Rio Una.

Os cursos d’água estudados foram o Rio Una e os corpos receptores imediatos dos futuros lançamentos, a saber:

Rio Arrozal-Papicu - Receptor dos efluentes da ETE Iguaba Grande

Rio Frecheiras - Receptor dos efluentes da ETE São Pedro da Aldeia

Córrego da Malhada - Receptor dos efluentes da ETE Cabo Frio (margem direita do canal) e já receptor dos efluentes da ETE Cabo Frio de Jardim Esperança (margem esquerda do canal

Page 67: Estudo do caso 2   saneamento

Bacia do Rio Una (em cinza) e demais bacias circunvizinhas

Page 68: Estudo do caso 2   saneamento

Rio Una

Page 69: Estudo do caso 2   saneamento

Recursos Liberados para transposição dos Efluentes das ETES para o Rio Una

O Secretário Estadual do Ambiente Carlos Minc, anunciou a liberação de recursos através do FECAM (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) para investimentos na recuperação da Laguna de Araruama, diminuindo os despejos de água doce no corpo lagunar. Sendo:

2.000.000,00 para a transposição de efluente da ETE de Iguaba Grande para a bacia do Una, e 3.000.000,00 para transposição do efluente da ETE de São Pedro da Aldeia

Page 70: Estudo do caso 2   saneamento

Água De Reuso

Nos municípios estudados, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Armação dos Búzios, nenhum deles estão utilizando os efluentes para qualquer forma de aproveitamento.

Já foi realizada uma experiência com o reuso do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto para construção civil na cobertura do Canal do Moçoró. Hoje existe um pré-projeto para reuso do efluente na irrigação do Horto Escola de São Pedro da Aldeia, além de outros projetos que estão em fase de estudo.

Page 71: Estudo do caso 2   saneamento

Irrigação e Aproveitamento grícola

O efluente gerado em estações de tratamento sanitários pode ser utilizado na irrigação de culturas agrícolas, e o lodo, utilizado como fertilizante orgânico.

Cabe ressaltar, que a Resolução CONAMA No 375/2006 (CONAMA, 2006) proíbe o uso de lodo de esgoto e derivados no cultivo de verduras, hortaliças e pastagens.

Page 72: Estudo do caso 2   saneamento

Os lodos são ricos em matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e micronutrientes. Existe, portanto, a alternativa de seu aproveitamento agrícola - aplicação direta no solo, uso em áreas de reflorestamento e produção de composto orgânico.

Também pode ser utilizado em culturas como a cana-de-açúcar, milho e cítricos.

Page 73: Estudo do caso 2   saneamento

Processo de higienização do lodo de ETE

Page 74: Estudo do caso 2   saneamento

Uso do lodo de ETE na agricultura

Page 75: Estudo do caso 2   saneamento

Energia do Biogás O biogás é uma mistura gasosa combustível, produzida através da digestão anaeróbia, ou seja, pela biodegradação de matéria orgânica pela ação de bactérias na ausência de oxigênio.

A digestão anaeróbia é realizada em biodigestores especialmente planejados, a mistura gasosa produzida pode ser usada como combustível, o qual, além de seu alto poder calorífico.

Thiago

Page 76: Estudo do caso 2   saneamento

Biodigestor

Page 77: Estudo do caso 2   saneamento

O biogás é uma mistura gasosa composta principalmente de:

Metano (CH4): 40 – 70% do volume de gás produzido. Dióxido de carbono (gás carbônico, CO2): 30 – 60% do volume de gás produzido.

Hidrogênio (H2): 0 – 1% do volume

Sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S): 0 – 3% do volume.

Figura: https://11afqa.wikispaces.com

Page 78: Estudo do caso 2   saneamento

Informação e participação pública

PÚBLICOPROJETO

PLANEJAMENTO

IMPLEMENTAÇÃO

EXECUÇÃO

Para uma ampla aceitação de projetos de reuso, é de importância fundamental envolver ativamente o público, desde a fase de planejamento, até a implementação definitiva do projeto

Page 79: Estudo do caso 2   saneamento

Objetivo Mecanismo

EDUCAÇÃO E

INFORMAÇÃO

Artigos de jornais, programas de rádio e TV,

palestras, visitas de campo, exibições, programas

escolares, filmes, relatórios, cartas, conferências.

ACOMPANHAMENTOReuniões públicas, audiências públicas,

pesquisa de opinião e questionários, programas de

perguntas e respostas.

INTERAÇÃO E

DIÁLOGO

Seminários, grupos de trabalho especiais,

entrevistas, grupos consultivos, contatos informais,

discussão em grupos.

Page 80: Estudo do caso 2   saneamento

CONCLUSÃOUm investimento no tratamento correto e destinação adequada

dos efluentes podem significar um grande salto para o

desenvolvimento de uma região, melhorando a vida da

população, gerando emprego e renda.

Sua disposição ambientalmente adequada reflete na saúde e bem estar da comunidade, gerando uma melhor qualidade de vida

Sane

Page 81: Estudo do caso 2   saneamento

O Código de defesa do consumidor (art. 22) estabelece que os órgãos públicos devam fornecer serviços adequados, eficientes, seguro e contínuo, sendo essencial à vida, tratando do princípio da igualdade, ao contrário do caráter mercadológico que estão imputando ao bem maior, a água. (BRASIL, 1990)

Sane

Page 82: Estudo do caso 2   saneamento

Melhora no fornecimento de água, nos últimos anos nos municípios de Cabo frio, Iguaba grande e São Pedro da Aldeia.

Abastecimento deficiente em Arraial do Cabo e Búzios

ETA’s

• Moradores pagam água sem consumir (sistema pré-pago)

• Falhas no abastecimento de água gera consumo em poços artesianos próximos a fossas sépticas e esgotos. - relevo - Arraial (Morro da Cabocla e Morro da Boa Vista)

• Ligações ClandestinasLigação Clandestina – Búzios

Imagem: Márcia Bispo

Sane

Page 83: Estudo do caso 2   saneamento

Arraial do Cabo

A empresa Municipal (ESAC) se encontra em situação preocupante e a saúde pública fica muito comprometida.

Manutenção e conservação precários

Substituição, de alguns equipamentos

ETE’S

Sane

Page 84: Estudo do caso 2   saneamento

Búzios, Cabo frio, Iguaba grande e São Pedro da Aldeia

A concessionária tem mostrado certa eficácia

juntamente com outros órgãos participativos;

Antecipamento de algumas etapas de abastecimento;

Imagem: JarmuthImagem: Sergio Santos

Sane

Page 85: Estudo do caso 2   saneamento

Indicadores comprovam as melhorias na Laguna:

• Aumento da quantidade, peso e variedade dos peixes;

• Redução das quantidades de nitrogênio e fósforo na água.

Imagem: Thiago Dutra

Sane

Page 86: Estudo do caso 2   saneamento

ObservaçõesAinda falta garantir as populações menos favorecidas:

Serviços de esgotamento sanitário; Abastecimento de água; Tarifa social; Descontos nas taxas de ligação; Ações socialmente justas.

Sane

Um convênio foi assinado, para ampliar em 80% a rede de esgoto dos oito municípios da região dos lagos. Com isso, a área terá o maior percentual de efluentes tratados no Estado do RJ. Ate 2041, está previsto gastos de aproximadamente R$ 254.685.288 em todos os municípios.

Page 87: Estudo do caso 2   saneamento

BIOSSÓLIDO O custo do tratamento do lodo pode chegar até 50% do custo operacional de uma Estação

Recirculação ao início do tratamento biológico;

Descarte no Aterro Sanitário Dois Arcos em São Pedro da Aldeia.

Foto Sane Almeida

Sane

Page 88: Estudo do caso 2   saneamento

Comentários e Sugestões

Biogás

Embora seja uma das alternativas, ainda não é viável economicamente pela baixa quantidade de massa.

Fertilizante Agrícola e Florestal

Macronutrientes Micronutrientes

Sane

Imagem: sanepar

Page 89: Estudo do caso 2   saneamento

Outras considerações

Agentes patogênicos Metais pesados Nitrogênio

O lodo de esgoto deve ser utilizado obedecendo rigorosamente todas as orientações técnicas que garantem a segurança do produto, da mesma forma que qualquer outro fertilizante, atendendo a todas as exigências da Resolução 375, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).

Sane

Page 90: Estudo do caso 2   saneamento

O lodo como fertilizante é uma alternativa significante no faturamento da empresa, não só por fornecer um insumo importante aos produtores locais, como também diminuir gastos com taxas em aterros sanitários, transformando um problema ambiental em um benefício econômico e social.

Sane

Page 91: Estudo do caso 2   saneamento

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

OBRIGADO!

Antoine Lavoisier

Page 92: Estudo do caso 2   saneamento

BIBLIOGRAFIA1. VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e tratamento de esgotos – 3.ed. Belo Horizonte. Departamento de

Engenharia Sanitária e Ambiental; UFMG; 2005.

2. PRIMO, Paulo Bidegain da Silveira. e Bizerril, Carlos Roberto S. Fontenelle.Lagoa de Araruama. Perfil Ambiental do Maior Ecossistema

Lagunar Hipersalino do Mundo. 1ª Edição. Rio de Janeiro, 2002.

3. PEREIRA, Luiz Firmino Martins. A gestão participativa no caso do saneamento da região Dos lagos, rio de janeiro. Revista Discente. Revista Discente Expressões Geográficas. Florianópolis–SC, n. 03, p. 10-41, Maio de 2007.

4. PROSAB. Resíduos Sólidos do Saneamento: Processamento, Reciclagem e Disposição Final. Disponível em: Curitiba 2001. Acesado em 15 de setembro de 2011.

Sites:

http://www.vozdasaguas.com http://www.prolagos.com.br http://www.inea.rj.gov.br http://www.lagossaojoao.org.br