Estudo do caso 2 saneamento
-
Upload
elisane-almeida-pires -
Category
Education
-
view
770 -
download
7
description
Transcript of Estudo do caso 2 saneamento
ESTUDO DE CASO IIEstações de tratamento dos Municípios
Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.
Cabo Frio - 2011
Elisane de Almeida Pires
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
costuma a ser um dos maiores problemas ambientais e de saúde pública.
Em países em desenvolvimento como o Brasil, o lançamento indiscriminado de esgoto domestico no meio ambiente...
O tratamento de esgoto domestico tem como objetivo principal:
Remover o material sólido
Reduzir a demanda bioquímica de oxigênio
Exterminar micro-organismos patogênicos
Reduzir as substâncias químicas indesejadas
A Região dos Lagos é um grande polo turístico que atraem turistas e visitantes. Além da natureza privilegiada esta próxima às maiores reservas brasileiras de petróleo
Logo após anos 60, houve um crescimento exponencial dos loteamentos e condomínios na bacia hidrográfica da Laguna de Araruama, em sua grande maioria sem qualquer infra estrutura de saneamento.
1984 e 1994
Estudo realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou crescimento de 70% na população.
1998
Prolagos assumiu os serviços de água e esgoto de alguns municípios da Região dos lagos
2006
Participação efetiva da sociedade, governos municipais, estaduais e federais e principalmente a atuação do Consórcio Intermunicipal Lagos São João
Atualmente, a legislação básica em vigor é composta pelas seguintes leis principais:
Lei 8987 de 13/02/95, chamada Lei das Concessões, que estabelece normas para a participação privada nos projetos de infra estrutura e na prestação de serviços de utilidade pública.;
Lei 9433 de 8/01/97, que criou o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos por bacias hidrográficas (e não por fronteiras políticas ou administrativas) e definiu os direitos de outorga pela utilização da água em bruto.
Decreto 3692 de 19/12/2000, que criou a ANA – Agência Nacional de Águas; e Portaria do Ministério da Saúde nº 1469/2000, que estabelece padrões de qualidade para água potável.
No estado do Rio de Janeiro a ASEP – Agência Reguladora de Serviços Públicos faz a regulação da prestação de serviços de saneamento.
A Lei estadual 2831/97 trata da concessão de serviços públicos e a Lei 2869/97 do regime da prestação de serviços públicos de saneamento básico.
Finalmente, o decreto 22.872 de 28/12/96
regulamenta os serviços de saneamento a cargo das concessionárias.
Objetivos do estudo
Verificar de que maneira ocorre o tratamento e o descarte dos resíduos e efluentes oriundos do tratamento de água e esgoto nos municípios estudados.
Analisar as formas existentes de aproveitamento dos resíduos oriundos do tratamento de água e esgoto na região.
Propor possíveis formas de aproveitamento dos resíduos oriundos dos sistemas de tratamento de água e esgoto dos municípios analisados.
ETA – Estação de Tratamento de ÁguaA água que alimenta as maioria das cidades da região, provêm da Lagoa de Juturnaíba, um manancial represado em 1978, onde têm como afluentes os rios Capivari, Bacaxá e São João.
CaptaçãoA água bruta passa por um sistema de gradeamento para reter sólidos provenientes dos reservatórios, como folhas, galhos, troncos, peixes, etc.; Esta água, é bombeada para uma elevatória (captação para a ETA, que fica localizada bem acima do ponto da captação)
A chegada de água bruta na ETA, é controlada por uma série de motor-bomba, tendo 02 motor-bomba em reserva;
Na chegada da ETA, existem dois medidores de vazões para proporcionar o controle do processo de tratamento químico. No Caso da Concessionária de Juturnaíba temos a Eta I e a Eta II.
Etapas de TratamentoSe trata de uma estação do tipo convencional, compreenden-do os seguintes processos de tratamento.
1. Coagulação
2. Floculação
3. Decantação
4. Filtração
5. Desinfecção
6. Correção do pH
7. Reserva e distribuição
8. Rutilização da água de lavagem
A desinfecção consiste na destruição de microrganismo patogênicos capazes de causar doenças, ou de outros compostos indesejáveis.
Na ETA Juturnaíba, o cloro só é utilizado após a filtração, já que em outras estações de tratamento, o cloro pode ser aplicado no início do tratamento.
A cloração tem a finalidade de proteger a água contra possíveis contaminações no Sistema de Distribuição. Por isso, o cloro residual livre na água tratada é mantido em torno de no mínimo 0,5 ppm (mg/l)
O Alcalinizante utilizado na estação é a cal. A alcalinização é feita na água filtrada, para ajustar o PH da água final, diminuindo o ataque da acidez da água nas tubulações do Sistema Adutor e Redes de Distribuição, evitando a corrosão.
Correção do pH
Reserva e distribuiçãoApós a correção do PH, a água flui por gravidade e fica armazenada no Reservatório de 2.500m³. Deste reservatório sai uma adutora de 800mm de diâmetro.
Bombeada por 4 motor-bomba de 500cv cada um, no qual chamamos de Alto Recalque.
Reutilização da água de lavagemA água utilizada na lavagem dos filtros é reaproveitada ao escoar-se por um canal para um decantador. Deste, após a decantação a água é recalcada para o floculador.
Hoje todo trabalho na ETA, está voltado para diminuição de perdas com produtos químicos, perdas com energia, perdas com descargas nos decantadores, em fim trabalhamos para que toda água utilizada na ETA, seja reutilizada
Este processo trouxe uma economia de 24.000kw/mês. Deixamos de perder 3.600m³/dia ou 41,6l/seg..
Monitoramento - laboratório
Sua função primordial é analisar 24 horas por dia,
ininterruptamente, a qualidade da água a ser distribuída
para a população, levando em conta os padrões de
potabilidade exigidos pela vigilância sanitária.
Os equipamentos de processo fornecem informações ON-LINE(leitura constante), enquanto os de bancada fazem a análise comparativa pHmetro da água tratada: indica o pH da água que sai da Estação. confirmação do processo e checagem dos equipamentos.
ETE – ARRAIAL DO CABO
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Arraial do Cabo foi implantada em 1992 pela Empresa Cabista de Turismo e Urbanismo (ECATIJR).
O projeto de esgotamento sanitário da ETE foi também acompanhado de uma rede coletora de 60 km e 3.000m de linha de recalque e três Estações Elevatórias que foram distribuídas da seguinte forma: Uma no Bairro Prainha, uma na Praça Castelo Branco (Atual praça victorino carriço) e uma no do canal da Avenida da Liberdade.
Atualmente o sistema de esgotamento sanitário de Arraial do Cabo é operado pela Empresa de Saneamento de Arraial do Cabo (ESAC) que tem se empenhado na melhoria do referido sistema, acompanhando as políticas de saneamento e de meio ambiente em todas as esferas de governo.
TratamentoA Estação de Tratamento de Esgotos- ETE de Arraial do Cabo apresenta Processo que utiliza o lodo ativado, de carga mássica média, com decantação secundária, e desaguamento mecânico do lodo constituído dos seguintes sistemas:
Gradeamento e Desarenação Aeração Desinfecção (por ultravioleta) Decantação secundária de lodos e adensamento Desidratação mecânica o lodo Dosagem Química
Valdemir
Corpo Receptor e Tratamento O efluente tratado após a Desinfecção desemboca num pequeno brejo no interior da área industrial da – antiga Álcalis - CNA, contendo macrófitas aquáticas conhecida como Taboa.
Nesta etapa será feita a captação de fósforo e nitrogênio por estas plantas melhorando a qualidade do efluente consideravelmente, que após esta passagem deságua no canal artificial da CNA. Será feito um manejo periódico das plantas como forma de manter o espelho d'água.
ETE – CABO FRIOVazão de Projeto: 400 l/sVazão de Operação: 260 l/sVazão de Operação: 696.384 m³/mêsTransporte de caçambaCoagulante utilizado: Cloreto Férrico
Desidratação: Pastilha CloroInertização: Cal Virgem MicropuverizadoDesidratação: Centrifugação com adição de Polieletrólito
Jardim Esperança – planta baixa
Esquema representativo das lagoas de estabilização
Modelo do Tanque Aerado de um Sistema Australiano
ETE- BÚZIOS27.560 hab., área de 70 km2. . Foi descoberta como forte apelo turístico na década de 60, e hoje é conhecida internacionalmente
1 ETE 7 Estações * elevatórias 29,50 km de rede coletora de esgoto 10,94 km de linha de recalque
As *elevatórias se encontram na Orla Bardot, na Usina, P. do Canto, Bambuzal, Praia dos Ossos, e duas em João Fernandes.
Clarificação Quimicamente assistida (tratamento primário)
Tratamento biológico aerado por lodos ativados(tratamento secundário).
A capacidade de 130 l/s.Sendo a fase biológica é restrita a 43 l/s.
Etapas de Tratamento
Tratamento Preliminar
GRADEAMENTOCAIXAS DE
ARAEIA
CALHAS PARSHAL
(adição de sais , coagulante)
FINALIDADES Remoção de sólidos grosseiros e areia
Proteger as unidades subseqüentes;Proteger as bombas e tubulações;Proteger os corpos receptores.
Evitar abrasão nas bombas e tubulações;Evitar obstrução em tubulações;Facilitar o transporte do líquido.
Tratamento primário
Floculador(coagulação)
Decantador primário
Adensador (gravidade)
Centrífuga (desidratação)
Misturadores (cal viva –
inertização)
Aterro sanitário
Camara armazenamento
Vertedor basculante(escuma)
Tratamento secundárioDegradação biológica
43l/s
AERADORES DECANTDORES SECUNDÁRIOS
ELEVATÓRIA DE RECIRCULAÇÃO
(lodo ativado
ADENSADOR POR GRAVIDADE
(lodo)
EFLUENTE TRATATO (corpo receptor)
ATERRO SANITÁRIO INERTIZAÇÃO CENTRIFUGA DE
DESIDRATAÇÃO
Iníc
io d
o t
rata
me
nto
Se
cu
nd
ári
o
Melhorias e previsões
Construções de interceptores e recalque no bairro Usina
Duplicação da Adutora de Búzios (14,3 Km )
A meta é atingir 100% o transporte de água para o município
Existe uma proposta técnica do reuso dos efluentes da ETE Búzios.
Fonte: Voz das Águas, 4ª Edição
Vazão de Projeto: 75 l/sVazão de Operação:Vazão de Operação: 101.779 ³/mêsCarga Horária: Plantonista 12/36hsCorpo de Colaboradores: 04 OperadoresTransporte de caçambaPolieletrólito
ETE – Iguaba Grande
Geanderson
Funcionando desde junho de 2007
Etapas do Tratamento
GRADEAMENTO
Retira sólidos grosseiros
CAIXA DE AREIA
Remove areia existente no esgoto
TANQUE DE AERAÇÃO
Oxidação da matéria orgânica do esgoto, formando-se flocos
DECANTADOR SECUNDÁRIO
Os flocos formados no tanque de aeração afundam, separando o lodo do esgoto clarificado (líquido)
Imagens: Sane Almeida
Feita com radiação ultravioleta, removendo coliformes fecais.
Imagens: Sane Almeida
Desinfecção
Para desacelerar a desidratação, antes do lodo chegar até a centrifuga, é adicionado polietrólito, depois adiciona a cal para inertizar e descartá-lo.
Geanderson
Imagens: Sane Almeida
DESIDRATAÇÃO - TRATAMENTO DO LODO
ETE - SÃO PEDRO DA ALDEIA
A Estação de Tratamento de Esgoto de São Pedro da Aldeia é considerada um processo terciário, ou seja, biológico, de forma a situar as tecnologias da ETE em um patamar bem avançado no país.
TRATAMENTO PRELIMINAR
GRADEAMENTO GROSO MANUAL
Tem por finalidade retirar partículas sólidas de grandes dimensões, (materiais como preservativo, copo descartável, tampas de garrafa pet, etc. contidos no efluente a tratar) protegendo assim as etapas posteriores da ETE.
GRADEAMENTO FINO MECANIZADO
Retira partículas menores que possam ter passado pelo gradeamento inicial, tais como papéis, papelões e tecidos
CAIXA DE AREIA – DESARENADORRetira as areias depositadas no fundo, elevando-as para um canal de coleta lateral de onde são retiradas por parafusos extratores inclinados e descartadas para caçambas
CALHA PARSHALMede a vazão em regime crítico, sendo dotada de um instrumento ultra-sônico que não só mede a vazão, mas também opera de forma inteligente informando um possível aumento, diminuição ou interrupção da vazão.
CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
Tem como finalidade distribuir os efluentes para os processos posteriores.
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO (ee1)
Tem a função de elevar o efluente bruto proveniente do tratamento preliminar para os tanques biológicos.
TANQUE ANAERÓBIOCria condições que permite a remoção biológica de fósforo no tanque aeróbio. No entanto, ao ser dividido em quatro compartimentos, funciona também como seletor, de forma a minimizar o desenvolvimento de microrganismos.
TANQUE ANÓXICORealiza um processo metabólico de desnitrificação e nitrificação do nitrogênio existente na forma de nitratos passando à forma de nitrogênio molecular, originando como substrato a carga orgânica do esgoto
TRATAMENTO BIOLÓGICO
TANQUE AERÓBIOTem como objetivo reduzir o teor de matéria orgânica e nitrificar as formas reduzidas de azoto por oxidação biológica aeróbia. Desta forma, o nitrogênio amoniacal se oxida em nitratos.
DECANTADOR SECUNDÁRIOConstitui a etapa do tratamento em que é realizada a separação das fases sólida e líquida provenientes da oxidação de microrganismos nos efluentes.
RECIRCULAÇÃO DE LODOS (EE2)Funciona separada da primeira e tem como objetivo realizar a recirculação do lodo produzido pelo processo biológico, sendo que as ambas elevatórias possuem uma comunicação, o que permite a elevação conjunta dos lodos e do efluente
TANQUES DE LODO EM EXCESSOO excesso de lodo é conduzido aos tanques de modo a ocorrer a desidratação através da formação de flocos de maior dimensão, otimizando o processo de separação entre as fases.
CAIXA DE DESINFECÇÃO UVÉ o tratamento dos efluentes por radiação ultravioleta. A radiação germicida atua de forma a alterar o DNA das bactérias do esgoto.
TRATAMENTO TERCIÁRIO
CAIXA DE EFLUENTE TRATADOCompreende uma caixa que tem a função de armazenar e enviar o efluente tratado para a próxima etapa.
OBSERVAÇÕES
O funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto deve ser altamente controlado de modo a proporcionar a plena eficiência do processo.
A manutenção periódica é um fator determinante no controle de qualidade, por isso em quase todas as etapas da ETE existem sistemas de by-pass
Na visita técnica de 04 de outubro de 2011 foi constatado que o canal de desinfecção UV não se encontrava em operação, visto que as lâmpadas estavam queimadas.
Descarte dos Resíduos das Estações de Tratamento nos Municípios Estudados
Nos municípios estudados, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo tem a Laguna de Araruama como o principal corpo receptor destes efluentes das estações de tratamento de esgoto.
Este lançamento na Laguna de Araruama é regulamentado pela Resolução Nº 008/2006 do Comitê das Bacias Lagos São João que fala dos níveis permitidos de fósforo e nitrogênio à lançados no corpo receptor Laguna de Araruama (índices máximo de 0,01 mg/l de fósforo e 0,1 mg/l de Nitrogênio).
No município de Armação dos Búzios o efluente é lançado num canal artificial que deságua no Canal da Marina que posteriormente deságua no Oceano Atlântico.
Efluente ETE Jardim EsperançaNo município de Cabo Frio foi inaugurada ainda este ano, no
bairro Jardim Esperança, a primeira estação de tratamento do entorno da Laguna de Araruama que não irá lançar os efluentes para dentro da Laguna.
Após a decantação, o efluente tratado é vertido para uma calha onde é direcionado ao Canal da Malhada uma vala de esgoto construída no passado para drenagem pluvial da região. Esse canal percorre um trecho de 12 Km até se encontrar com o Rio Una, onde haverá o deságue no oceano.
Córrego da Malhada
Locais de lançamento dos efluentesIguaba Grande São Pedro da Aldeia
Cabo Frio Búzios
Arraial do Cabo
Problemas com o Efluente de Arraial do Cabo
- Eutrofização -
Canal da Eclusa
Impacto Ambiental no Corpo Receptor Laguna de Araruama
As melhorias no abastecimento de água promovidas
pelas concessionárias, acarretaram um aumento do
volume de esgoto e uma elevação do aporte de água
doce através dos efluentes das ETES na Laguna.
Desta forma, a queda da salinidade e a entrada de
nutrientes pelos esgotos, trazem sérias consequências. O
sintoma mais nítido é a proliferação excessiva de algas,
que se desprendem do fundo, formando massas
flutuantes que acabam nas praias, empurradas pelos
ventos e correntes.
LAGUNA DE ARARUAMA - EUTROFIZAÇÃO
A presença de micro algas (fitoplancton), mudam a cor das águas da Laguna, antes transparentes.
Em alguns períodos a Laguna apresenta sinais de estar em processo de eutrofização de suas águas.
Entende-se por eutrofização o excessivo aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos.
Projeto de Revitalização do Rio Una
Este projeto além de propiciar um ganho ambiental para a Lagoa de Araruama, que deixará de receber esse volume de água doce, resolverá o problema da falta de perenidade do Rio, permitindo ainda a realização de projetos de irrigação nas áreas rurais. Na figura acima vemos a faixa marginal do Rio Una.
O Rio Una faz parte de uma bacia hidrográfica não perene, que percorre os Municípios de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Búzios. O Projeto de Revitalização consiste em viabilizar a condução dos efluentes tratados nas Estações de Tratamento destes municípios para córregos e rios, que por gravidade os conduzirão ao leito do Rio Una.
Os cursos d’água estudados foram o Rio Una e os corpos receptores imediatos dos futuros lançamentos, a saber:
Rio Arrozal-Papicu - Receptor dos efluentes da ETE Iguaba Grande
Rio Frecheiras - Receptor dos efluentes da ETE São Pedro da Aldeia
Córrego da Malhada - Receptor dos efluentes da ETE Cabo Frio (margem direita do canal) e já receptor dos efluentes da ETE Cabo Frio de Jardim Esperança (margem esquerda do canal
Bacia do Rio Una (em cinza) e demais bacias circunvizinhas
Rio Una
Recursos Liberados para transposição dos Efluentes das ETES para o Rio Una
O Secretário Estadual do Ambiente Carlos Minc, anunciou a liberação de recursos através do FECAM (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) para investimentos na recuperação da Laguna de Araruama, diminuindo os despejos de água doce no corpo lagunar. Sendo:
2.000.000,00 para a transposição de efluente da ETE de Iguaba Grande para a bacia do Una, e 3.000.000,00 para transposição do efluente da ETE de São Pedro da Aldeia
Água De Reuso
Nos municípios estudados, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Armação dos Búzios, nenhum deles estão utilizando os efluentes para qualquer forma de aproveitamento.
Já foi realizada uma experiência com o reuso do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto para construção civil na cobertura do Canal do Moçoró. Hoje existe um pré-projeto para reuso do efluente na irrigação do Horto Escola de São Pedro da Aldeia, além de outros projetos que estão em fase de estudo.
Irrigação e Aproveitamento grícola
O efluente gerado em estações de tratamento sanitários pode ser utilizado na irrigação de culturas agrícolas, e o lodo, utilizado como fertilizante orgânico.
Cabe ressaltar, que a Resolução CONAMA No 375/2006 (CONAMA, 2006) proíbe o uso de lodo de esgoto e derivados no cultivo de verduras, hortaliças e pastagens.
Os lodos são ricos em matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e micronutrientes. Existe, portanto, a alternativa de seu aproveitamento agrícola - aplicação direta no solo, uso em áreas de reflorestamento e produção de composto orgânico.
Também pode ser utilizado em culturas como a cana-de-açúcar, milho e cítricos.
Processo de higienização do lodo de ETE
Uso do lodo de ETE na agricultura
Energia do Biogás O biogás é uma mistura gasosa combustível, produzida através da digestão anaeróbia, ou seja, pela biodegradação de matéria orgânica pela ação de bactérias na ausência de oxigênio.
A digestão anaeróbia é realizada em biodigestores especialmente planejados, a mistura gasosa produzida pode ser usada como combustível, o qual, além de seu alto poder calorífico.
Thiago
Biodigestor
O biogás é uma mistura gasosa composta principalmente de:
Metano (CH4): 40 – 70% do volume de gás produzido. Dióxido de carbono (gás carbônico, CO2): 30 – 60% do volume de gás produzido.
Hidrogênio (H2): 0 – 1% do volume
Sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S): 0 – 3% do volume.
Figura: https://11afqa.wikispaces.com
Informação e participação pública
PÚBLICOPROJETO
PLANEJAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
EXECUÇÃO
Para uma ampla aceitação de projetos de reuso, é de importância fundamental envolver ativamente o público, desde a fase de planejamento, até a implementação definitiva do projeto
Objetivo Mecanismo
EDUCAÇÃO E
INFORMAÇÃO
Artigos de jornais, programas de rádio e TV,
palestras, visitas de campo, exibições, programas
escolares, filmes, relatórios, cartas, conferências.
ACOMPANHAMENTOReuniões públicas, audiências públicas,
pesquisa de opinião e questionários, programas de
perguntas e respostas.
INTERAÇÃO E
DIÁLOGO
Seminários, grupos de trabalho especiais,
entrevistas, grupos consultivos, contatos informais,
discussão em grupos.
CONCLUSÃOUm investimento no tratamento correto e destinação adequada
dos efluentes podem significar um grande salto para o
desenvolvimento de uma região, melhorando a vida da
população, gerando emprego e renda.
Sua disposição ambientalmente adequada reflete na saúde e bem estar da comunidade, gerando uma melhor qualidade de vida
Sane
O Código de defesa do consumidor (art. 22) estabelece que os órgãos públicos devam fornecer serviços adequados, eficientes, seguro e contínuo, sendo essencial à vida, tratando do princípio da igualdade, ao contrário do caráter mercadológico que estão imputando ao bem maior, a água. (BRASIL, 1990)
Sane
Melhora no fornecimento de água, nos últimos anos nos municípios de Cabo frio, Iguaba grande e São Pedro da Aldeia.
Abastecimento deficiente em Arraial do Cabo e Búzios
ETA’s
• Moradores pagam água sem consumir (sistema pré-pago)
• Falhas no abastecimento de água gera consumo em poços artesianos próximos a fossas sépticas e esgotos. - relevo - Arraial (Morro da Cabocla e Morro da Boa Vista)
• Ligações ClandestinasLigação Clandestina – Búzios
Imagem: Márcia Bispo
Sane
Arraial do Cabo
A empresa Municipal (ESAC) se encontra em situação preocupante e a saúde pública fica muito comprometida.
Manutenção e conservação precários
Substituição, de alguns equipamentos
ETE’S
Sane
Búzios, Cabo frio, Iguaba grande e São Pedro da Aldeia
A concessionária tem mostrado certa eficácia
juntamente com outros órgãos participativos;
Antecipamento de algumas etapas de abastecimento;
Imagem: JarmuthImagem: Sergio Santos
Sane
Indicadores comprovam as melhorias na Laguna:
• Aumento da quantidade, peso e variedade dos peixes;
• Redução das quantidades de nitrogênio e fósforo na água.
Imagem: Thiago Dutra
Sane
ObservaçõesAinda falta garantir as populações menos favorecidas:
Serviços de esgotamento sanitário; Abastecimento de água; Tarifa social; Descontos nas taxas de ligação; Ações socialmente justas.
Sane
Um convênio foi assinado, para ampliar em 80% a rede de esgoto dos oito municípios da região dos lagos. Com isso, a área terá o maior percentual de efluentes tratados no Estado do RJ. Ate 2041, está previsto gastos de aproximadamente R$ 254.685.288 em todos os municípios.
BIOSSÓLIDO O custo do tratamento do lodo pode chegar até 50% do custo operacional de uma Estação
Recirculação ao início do tratamento biológico;
Descarte no Aterro Sanitário Dois Arcos em São Pedro da Aldeia.
Foto Sane Almeida
Sane
Comentários e Sugestões
Biogás
Embora seja uma das alternativas, ainda não é viável economicamente pela baixa quantidade de massa.
Fertilizante Agrícola e Florestal
Macronutrientes Micronutrientes
Sane
Imagem: sanepar
Outras considerações
Agentes patogênicos Metais pesados Nitrogênio
O lodo de esgoto deve ser utilizado obedecendo rigorosamente todas as orientações técnicas que garantem a segurança do produto, da mesma forma que qualquer outro fertilizante, atendendo a todas as exigências da Resolução 375, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
Sane
O lodo como fertilizante é uma alternativa significante no faturamento da empresa, não só por fornecer um insumo importante aos produtores locais, como também diminuir gastos com taxas em aterros sanitários, transformando um problema ambiental em um benefício econômico e social.
Sane
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
OBRIGADO!
Antoine Lavoisier
BIBLIOGRAFIA1. VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e tratamento de esgotos – 3.ed. Belo Horizonte. Departamento de
Engenharia Sanitária e Ambiental; UFMG; 2005.
2. PRIMO, Paulo Bidegain da Silveira. e Bizerril, Carlos Roberto S. Fontenelle.Lagoa de Araruama. Perfil Ambiental do Maior Ecossistema
Lagunar Hipersalino do Mundo. 1ª Edição. Rio de Janeiro, 2002.
3. PEREIRA, Luiz Firmino Martins. A gestão participativa no caso do saneamento da região Dos lagos, rio de janeiro. Revista Discente. Revista Discente Expressões Geográficas. Florianópolis–SC, n. 03, p. 10-41, Maio de 2007.
4. PROSAB. Resíduos Sólidos do Saneamento: Processamento, Reciclagem e Disposição Final. Disponível em: Curitiba 2001. Acesado em 15 de setembro de 2011.
Sites:
http://www.vozdasaguas.com http://www.prolagos.com.br http://www.inea.rj.gov.br http://www.lagossaojoao.org.br