Estudo dos eixos nacionais de integração e desenvolvimento

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  • ESTUDO DE ATUALIZAO DO PORTFLIO DOS

    EIXOS NACIONAIS DE INTEGRAO E DESENVOLVIMENTO

    Atualizao da Viso 2020 - Relatrio Final

    Volume 2 - Anexo I

    Pesquisa WebDelphi Nacional

    So Paulo, novembro de 2002

  • ndice Introduo.................................................................................................................1

    A - Perfil dos respondentes do questionrio nacional ..........................................4 1. Nomes....................................................................................................................................... 5 2. Cargos .................................................................................................................................... 11 3. Campo de atuao................................................................................................................. 12 4. Formao profissional.......................................................................................................... 13 5. Participao por regio ........................................................................................................ 14 6. Nvel de conhecimento dos respondentes ......................................................................... 15

    B - Questes e resultados......................................................................................16 1. Comrcio internacional e protecionismo ........................................................................... 17

    1.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 17 1.2 Perfil das exportaes brasileiras................................................................................... 18 1.3 Parceiros comerciais ...................................................................................................... 19 1.4 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 20

    2. Integrao regional, territrios e zonas econmicas exclusivas..................................... 24 2.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 24 2.2 Integrao sul-americana ............................................................................................... 25 2.3 Mercosul ......................................................................................................................... 26 2.4 Quais sero as implicaes da situao prevista de integrao sul-americana?.......... 26

    3. Meio ambiente e sustentabilidade ....................................................................................... 29 3.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 29 3.2 Poluio global ............................................................................................................... 30 3.3 gua ............................................................................................................................... 31 3.4 Biodiversidade ................................................................................................................ 35 3.5 Selecione as cinco tendncias ou descontinuidades mais importantes at 2020. ........ 36 3.6 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 37

    4. Demografia, amadurecimento do perfil etrio e qualidade de vida ................................. 39 4.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 39 4.2 Amadurecimento do perfil etrio..................................................................................... 40 4.3 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 41

    5. Trabalho, renda e desigualdade, pobreza e incluso social ............................................ 44 5.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 44 5.2 Distribuio de renda...................................................................................................... 44 5.3 Relaes de trabalho...................................................................................................... 45 5.4 Legislao trabalhista..................................................................................................... 46

    6. Urbanizao ........................................................................................................................... 49 6.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 49 6.2 Distribuio da populao urbana.................................................................................. 50 6.3 Qualidade de vida e a questo urbana........................................................................... 51 6.4 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 54

    7. Mudanas na infra-estrutura de transportes, energia e telecomunicaes.................... 57

  • 7.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 57 7.2 Transportes..................................................................................................................... 57 7.3 Energia ........................................................................................................................... 58 7.4 Telecomunicaes.......................................................................................................... 60 7.5 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 61

    8. A sociedade da informao, inovao e competitividade ................................................ 64 8.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 64 8.2 Sociedade da Informao............................................................................................... 64 8.3 Inovao e competitividade ............................................................................................ 66 8.4 Educao........................................................................................................................ 68 8.5 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 68

    9. Movimentos polticos ideolgicos - o papel do estado no processo econmico e produtivo ................................................................................................................................ 70 9.1 Conhecimento sobre o tema .......................................................................................... 70 9.2 Papel do Estado ............................................................................................................. 71 9.3 Participao poltica........................................................................................................ 72 9.4 Entraves ao crescimento ................................................................................................ 75 9.5 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020................. 76

    10. Viso Nacional 2020.............................................................................................................. 77 10.1 Indique seu grau de concordncia com a viso apresentada no Estudo dos Eixos ... 78 10.2 Proponha alguma alterao, apresentando uma nova viso ou descontinuidade: ....... 78

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 1 -

    Introduo

    Atualizao da Viso 2020 para os Eixos Nacionais de Integrao e Desenvolvimento

    Como explicitado na introduo ao Volume 1, o processo de Atualizao da Viso

    2020 utilizou a metodologia Delphi para elencar as principais caractersticas do pas,

    no horizonte definido pelo estudo. Essa tcnica um instrumento de anlise

    qualitativa, para prospeco estratgica e previso tecnolgica, que pode ser

    utilizado tanto no ambiente de negcios quanto no mbito genrico do panorama

    econmico do pas ou, ainda mesmo, em um setor empresarial especfico.

    A Tcnica WebDelphi baseia-se em um questionrio interativo, disponibilizado via

    Internet, que circula repetidas vezes por um pblico selecionado, sendo as respostas

    tabuladas a cada rodada. A cada nova rodada os participantes devem reavaliar suas

    respostas luz das respostas dadas e dos argumentos apresentados pelos demais

    participantes. Esse processo repetido at que haja uma convergncia satisfatria

    das opinies dos respondentes, definindo uma viso comum do futuro. A tcnica

    especialmente recomendada para situaes de rupturas tecnolgicas e de ausncia

    de dados histricos. Em se tratando de um horizonte de estudo to largo, 18 anos, o

    WebDelphi ideal. Em adio, possibilita a consulta a especialistas do Brasil todo,

    pois o uso da tecnologia digital tem acesso amplo e custo baixo, alm de economizar

    tempo, tanto para convite aos participantes, quanto para respostas e processamento

    do questionrio.

    O questionrio desenvolvido, aps um levantamento inicial, executado pela equipe

    do Programa de Estudos do Futuro da USP Profuturo -, objetivou chegar s Vises

    Regionais, enfocando dez temas principais, a saber:

    1. Comrcio internacional e protecionismo.

    2. Integrao regional, territrios e Zona Econmica Exclusiva.

    3. Meio ambiente e sustentabilidade.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 2 -

    4. Demografia, amadurecimento do perfil etrio e qualidade de vida.

    5. Trabalho, renda e desigualdade, pobreza e incluso social.

    6. A questo urbana.

    7. Mudanas na infra-estrutura de transportes, energia e telecomunicaes.

    8. A sociedade da informao, inovao e competitividade.

    9. Movimentos polticos ideolgicos - o papel do estado no processo econmico

    e produtivo e

    10. Viso 2020 da regio.

    A seleo de respondentes do WebDelphi procurou formar um grupo heterogneo e

    qualificado, que agrupasse pesquisadores, empresrios de ramos diversos da

    economia, membros do governo, profissionais liberais, cientistas, etc. Para tanto,

    foram utilizados e consolidados os nomes constantes dos bancos de dados do

    Programa de Estudos do Futuro, do Ministrio do Planejamento, e do Monitor Group.

    Esses nomes foram separados em 5 listas, pois a cada uma delas corresponderia

    um questionrio diferente. Para efeito de uma anlise mais rica e consistente, foram

    realizadas 5 pesquisas em paralelo, referentes aos Eixos do Pas:

    Regio 1 Eixo Sul

    Regio 2 Rede Sudeste e Eixo Sudoeste

    Regio 3 Eixos Oeste e Araguaia-Tocantins

    Regio 4 Eixos Transnordestino e So Francisco

    Regio 5 Eixos Madeira-Amazonas e Arco-Norte

    Essa diviso foi adotada porque se deu preferncia a que cada pessoa contribusse

    com a viso regional do Brasil em 2020 tratando apenas da regio para a qual

    possui contribuies, aproveitando seu conhecimento especfico e evitando desvios

    causados por respostas de pessoas que no possuem familiaridade com os temas

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 3 -

    nas regies que desconhecem. Foram convidadas aproximadamente 1.500 pessoas

    para participar do processo.

    Uma vez agrupados os respondentes, cada um deles recebeu, por e-mail, uma

    carta-convite para responder aos questionrios. Para assegurar a qualidade da

    pesquisa, foram distribudas senhas de acesso. Os questionrios atingiram, juntos, a

    marca de 150 respondentes, aps trs semanas de funcionamento. Um esforo

    contnuo de follow-up foi mantido durante o perodo, para assegurar um nmero

    mnimo de participantes para a pesquisa.

    So apresentados, a seguir, os resultados do WebDelphi Nacional.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 4 -

    A - Perfil dos respondentes do questionrio nacional

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 5 -

    1. NOMES Em Negrito os nomes dos respondentes que no autorizam divulgao de perfil.

    Nome Organizao Abdon Barretto Filho (Kharla Tavares) Predial Adm Hotis Plaza S.A. Ademar Romeiro UNICAMP - Instituto de Economia Adolfo Martins de Moraes SEPLAN - CGP Alberto Pfeifer Conselho de Empresrios da Amrica Latina Alejandro Odio Kraft Foods Brasil SA Alexandre Fradkin ACERP Assoc. Comunic. Educ. Roquette Pinto Alfredo Lisboa Ribeiro Tellechea Dist.de Prod Petrleo Ipiranga Almir Franco de S Barbuda Relaes do Brasil com Estados Estrangeiros e

    Organizaes Internacionais Alosio Pdua Pinto Ministerio do Planejamento Ambrozio Hajime Ichihara DNPM Amrico Rodrigues Filho Cincia e Tecnologia para o Setor Aeronutico Ana Lcia Delgado Assad Biotecnologia e Recursos Genticos - Genoma Ana Lucia Tostes de Aquino Leite Educao Ambiental Andre Hofmeister Gerdau S/A Andr Lus Lopes Rocha Ministrio da Integrao Nacional Andra de Castro Bicalho Climatologia, Meteorologia E Hidrologia Angela Gomes Miranda Novo Rio Papis Com. Ind. Ltda ngelo Bressan Filho Gesto Da Poltica Agropecuria Angelo Jos Pavan IBGE Antonio Roberto de Sousa Governo do Estado da Paraba Antonio Carlos Capeletti Sarmento Transporte Ferrovirio Urbano de Passageiros Antnio Carlos Holtz Secretaria de Energia Aristteles Passos Costa Neto SINDICON Armando Mariante Carvalho Metrologia e Qualidade Industrial Artur Nobre Mendes Territrio e Cultura Indgenas Baslio Villani Cmara dos Deputados Belmiro V. filho Federao das Associaes Comerciais do

    Amazonas Biramar Nunes de Lima Integrao da Cadeia do Agronegcio Braulio Ferreira de Souza Dias Ministrio do Meio Ambiente Brian Nicholson Agncia Desenvolvimento Tiet - Paran - ADTP Bruno Augusto Dizioli Ministrio da Defesa - Estado-Maior de Defes Bruno Nazrio Martins Proteo ao Vo e Segurana do Trfego Areo Byron Queiroz Banco do Nordeste Carlos Alberto La Selva Ministrio dos Transportes Carlos Augusto Pimenta Da Silva Gujo Alimentos Carlos Biedermann PricewaterhouseCoopers

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 6 -

    Nome Organizao Carlos Gardel Ribeiro Fundao Estadual do Meio Ambiente Carlos Henrique Amaral Queiroza Caixa Economica Federal Carlos Luiz Dias da Silva Gesto da Poltica de Comunicaes Carlos Marx Tornini FECEP-Federao do Comrcio do Estado do

    Par Carlos Passos Justo Energia na Rede Sudeste Carlos Roberto Azzoni FEA/USP, FIPE Carlos Roberto Gallo Energia no Eixo Sul Carlos Roberto Silvestrin ADTP - Agncia de Desenvolvimento Tiet ParanCelso Franco Damaceno OSR Claudia Reina Delaia EMBRAPA - CTAA Cristovo Raymundo Nonato B. Noronha Secretaria Estado Indstria Comercio Cynthia Losso Prudente Direitos Humanos, Direitos de Todos Dauberson Monteiro da Silva 1 Comisso Bras. Demarcadora de Limites Denise Valria de Lima Pufal Desenvolvimento Integrado e Sustentvel da

    Mesorregio do Bico do Papagaio e da Mesorregio do Vale do Rio Acre

    Dilma Seli Pena Pereira Agncia Nacional de guas Edgard Medeiros FIEPA - Federao das Indstrias do Estado do

    Par Edson Barcelos EMBRAPA Elival da silva Ramos Procuradoria Geral do Estado Emanuel Leite Borges Depto. Nacional de Infra-Estrutura de

    Transportesodagem Emanuel Malta Falco Calote Desenvolvimento Integrado e Sustentvel da

    Mesorregio do Vale do Jequitinhonha e do MucuriEne Gloria da Silveira (Sr.) Universidade Federal de Rondnia Enildo Lemos Vasconcelos Banco do Nordeste do Brasil S/A Enrique Ortega UNICAMP - Laboratrio Engenharia Ecolgica Eugnio Miguel Mancini Scheleder Secretraria de Planejamento e Investimentos

    Estratgicos/MP Eustquio J. Reis IPEA Evaldo Luiz da Silva Pereira Empresa Brasileira de Telecomunicao Fabio de Carvalho Caf Arbia Fbio Eduardo de Mello Cunha Ministrio da Integrao Nacional Felix de Bulhes Conselho Empresarial Brasileiro para o

    Desenvolvimento Sustentvel Fernando Antonio Caminha Dufire Secretaria de Infra-Estrutura Fernando Antnio de Souza Costa Produtividade do Algodo e de Outras Fibras Fernando Cristvam da Silva Jardim Faculdade de Cincias Agrrias do Par Fernando Gonalves Castelo Branco FIEMG Federao das Indstrias do Estado e

    Minas Gerais Fernando Luiz Restum Pertusier Luz No Campo

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 7 -

    Nome Organizao Flora Valladares Coelho Basa-Banco Da Amazonia Francisco Assis Carvalho Filho Time-Now Engenharia Ltda Francisco de Paula Coqueiro de Carvalho Banco do Estado do Piau S.A. Francisco Eullio Alves dos Santos Universidade Federal do Acre Francisco llton Moraes FAEPA Frederico de Miranda Oliveira (Clia Maria Macedo Valoic)

    FUNAI

    Frederico Jos da Silveira Monteiro Inovao Tecnolgica Em Telecomunicaes Geraldo Jose Carbone Bank Boston Banco Mltiplo Sia Gonalo Pedroso Branco de Barros Tribunal de Contas Estado MT Guy de Fontegalland Fibra-Feder.das Ind.de Braslia Helio Jos de Carvalho Monteiro Produo de Equipamentos para a Indstria

    Pesada Henrique Villa da Costa Ferreira Desenvolvimento Integrado e Sustentvel da

    Mesorregio da Metade Sul do Rio Grande do Sul Ida Maria de Oliveira Lima Transporte Rodovirio Urbano Ivo Jucksch Universidade Federal de Viosa Jairo Rodrigues da Silva Manuteno da Malha Rodoviria Federal Jayme Sirotsky RBS Participaes Jelson da Costa Antunes Auto Viacao 1001 Ltda Jerson Antnio Picoli Fed. das Empres.de Transp. Rod. dos Estados ES

    e RJ Joo Antnio Fleury Teixeira Gesto das Polticas Monetria, Cambial e de

    Crdito Joo Bosco de Carvalho Lima Freitas Sistemas Locais De Inovao Joo Carlos da Costa Secretaria da Fazenda do Estado do TO Joo Carlos Vasconcellos Secretaria do Turismo Joo Carlos Vilela Nogueira Dataclima Engenharia Ltda Joo Gilberto Lotufo Conejo Agencia Nacional de guas - SPR Joo Oliveira de Albuquerque Federao das Indstrias do Estado do Acre Jos Anibal Mesquita Barbalho FIERN - e Sind.das Indstrias de Construo Civil

    do Estado do RN Jos Antnio Diaz Dieguez Aplicaes Nucleares na rea Mdica Jos Antonio Muniz Lopes Energia no Eixo Madeira-Amazonas Jos Augusto Coelho Fernandes CNI Jos Cecchi ANP Jos de Moura Teixeira Lopes Associao Comercial do Amazonas Jos Domingos Gonzalez Miguez Mudanas Climticas Jos Edil Benedito Agncia Nacional de guas Jos Graa Aranha Instituto Nacional da Propriedade Industrial Jos Kogut Preveno e Controle do Cncer e Assistncia

    Oncolgica Jose Luiz Acar Pedro Banco De Credito Nacional S/A

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 8 -

    Nome Organizao Jos Luiz Vianna Moraes Secret. do Desenv. e dos Assuntos Internacionais Jos Maral dos Santos Jnior Qualidade Dos Insumos Agrcolas Jos Maria da Cunha Corredor Sudoeste e Oeste-Norte Jos Maria dos Santos Silva Correios Jos Nasser FIEAM Jos Nilton de Souza Vieira Desenvolvimento da Indstria Sucroalcooleira Josu da costa cardoso Banco da Amaznia Juarez Alexandre Baldini Rizzieri FEA-USP Juarez Correia Barros Jnior Trabalho Seguro e Saudvel Jlio de Castilhos Matzenbacher Machado Controle de Fronteiras para Proteo da

    Agropecuria Kazuyoshy Ofugi Fundao de Apoio Pesquisa/FAPDF Kensaku Saito Transporte Martimo de Petrleo e Derivados Kleber Luciano de Assis Ensino Profissional da Marinha Leon Chant Dakessian Grupo Votorantim Leonardo Lins de Albuquerque Energia Nos Eixos do Nordeste llenor Elemar Zilgler Banco do Brasil S/A Lucia Helena de Souza Gnone Ministrio dos Transportes+B109 Luciana Silva Moraes FASB Luciano Guerra Banco do Nordeste Luciano Santiago Rosas Cobrapi Engenharia Ltda Lucy Roman Bertolin Governo do Estado do Tocantins Luiz Caldas Milano Famil Sistema de Controle Ambiental Luiz Carlos Ciocchi Monitor Luiz Carlos de Miranda Joels Cincia e Tecnologia para a Gesto de

    Ecossistemas Luiz Carlos Mior EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuria e

    Extenso Rural de Santa Catarina Luiz Cludio de Vasconcelos Infra-Estrutura Urbana Luiz Fernando Santos Reis Sindicato Nacional da Indstria da Construo

    Pesada - SINICON Luiz Gladstone de Castro Almendra Servios Privados de Telecomunicaes Luiz Otvio Caldeira Paiva Turismo: A Indstria do Novo Milnio Luzia Guimaraes Faculdade Cndido Rondon Manasss Claudino Fonteles UECE Manoel Raymundo Garcia Secretrio Municipal de Planejamento, Meio

    Ambiente Marcelo Ribeiro Moreira Desenvolvimento Integrado e Sustentvel da

    Mesorregio Grande Fronteira do Mercosul Marcelo Silveira Rocha ENERGIPE Marcio Gomes Malta Banco do Nordeste do Brasil S.A. - BNB Marcos da Cunha Ribeiro Moore do NE Marcos de Oliveira Ferreira Previdncia Social Bsica

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 9 -

    Nome Organizao Maria Cristina Fischer Matos Resseguro Maria da Penha Amorin Shalters SINDIPOSTOS Maria de Lourdes de Sousa Maia Preveno e Controle das Doenas

    Imunoprevenveis Maria do Perptuo Socorro Alves de Souza Corredor So Francisco Maria do Rosrio Partidrio Fac. Cincias e Tecnologia - Univ Nova de Lisboa,

    Portugal Maria Helena Zockun FIPE Marlia Sardenberg Zelner Gonalves Cooperao Cientfica e Tecnolgica InternacionalMario Benjamn Vera Wall Ministrio do Planejamento Mrio de Carvalho Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais Mrio Guilherme Sebben Datasys Cia de Processamento de Dados Mario Mugnani Jr FIESP Mrio Srgio de Arajo Banco do Nordeste Martinho Cndido Velloso dos Santos Navegao Interior Nazareno Gomes Federao Indstrias Estado de Rondnia Nelson Brasil de Oliveira ABIFINA - Assoc. Bras. das Ind. de Qumica Fina,

    Biotec. e suas especial. Nelson F. M. Pfaltzgraff PS Contax & Associados Auditores e Consultores Nelson Gonalves Galvo Agncia Goiana de Desenvolvimento Industrial e

    Mineral Nelson Pacheco Sirotsky Grupo RBS Noda Haruko FIA Noelio Pires Banco do Nordeste do Brasil Nuno Duarte Bittencourt IBGE Oduval Lobato Neto Banco da Amaznia Olvio Dutra Governo do Estado do Rio Grande do Sul Osvaldo de Oliveira Nunes Reassentamento de Itaparica Otacilio Pedrinha de Azevedo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanas Otaclio Viana de Albuquerque Distribuio de Derivados de Petrleo, Gs Natural

    e lcool Otvio Augusto Gonalves Jardim Saneamento Vida Paulo Augusto da Costa Marinho CPRM Paulo de Oliveira Formosa Supermercados e Magazine Paulo Henrique Assumpo e Silva Sistema FIEMG Paulo Sller UFMT Paulo Vargas Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Priscila Koeller Rodrigues Vieira Ministrio da Cincia e Tecnologia Prof. Dr. Joo Sampaio Davila AMBIENTEC Raimundo Deusdar Filho Florestar Raymundo Nonato Botelho de Noranha Secretaria Estado Indstria Comercio Reinaldo Aparcio Rodrigues Indstria Petroqumica

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 10 -

    Nome Organizao Reinaldo Fernandes Danna Ministrio da Cincia e Tecnologia Reinaldo Pena Lopes Agricultura Familiar - Pronaf Renata Maria Paes de Vilhena Governo Eletrnico Renato de Oliveira Secretaria da Cincia e Tecnologia/RS Ricardo Jose Soavinski Ministerio do Meio Ambiente Richard Dulley Instituto de Economia Agrcola - Roberto de Paula Avelino Calha Norte Roberto Frana Auad Prefeitura Municipal de Cuiab Roberto Zaidan Corredor Araguaia-Tocantins Rodrigo Machado Malaspina Desenvolvimento Social da Faixa de Fronteira Rogrio Vilas Boas Teixeira de Carvalho Cia. Energtica de Braslia Rossana Ricciardi R. Ricciardi M.E. Rui Dias da Costa SENAI Sanelva Moreira Ramos de Vasconcelos Filho

    Gesto Da Poltica De Transportes

    Sergio Ferreira de Figueiredo Investimentos em Petrleo e Gs Sergio Luiz Rodrigues Novaes Coplaenge Engenharia de Projetos Srgio Nunes de Souza Cultura Exportadora Srgio Paz Magalhes Desenvolvimento Integrado e Sustentvel da

    Mesorregio de guas Emendadas Sergio Pinto Parreira SABESP Srgio Sant'Anna Pegoraro Construtora Pegoraro Simo Davi Silber Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas Simo Marrul Filho Recursos Pesqueiros Sustentveis Tarcisio da Silva Siqueira Produtividade da Citricultura Toshiya Aoshima Minolta Copiadoras do Amazonas Ltda Valdemir Diniz Banco do Brasil S/A Valter Albano da Silva Tribunal de Contas Estado MT Vera Lucia Santos Ribeiro Gesto da Poltica de Desenvolvimento Urbano Wady Charone Junior ELETRONORTE Welson Diniz Delegacia Regional do Ministrio das

    Comunicaes Whitney Lacerda de Freitas Proteo Da Amaznia Wlanir Santana Fecomercio Yolanda T. Bruzamolin Fundao Nossa Senhora da Penha do Esprito

    Santo (Rd. Amrica/Cidade)

    Total de respondentes: 212

    Mailing total convocado: 450 nacional + 1200 regionais

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 11 -

    2. CARGOS

    Cargo Nmero Participao % Governo 62 28% Assessor 11 5% Chefe 4 2% Consultor 5 2% Coordenador 10 5% Diretor 32 15% Gerente 15 7% Governador 3 1% Outros 14 6% Pesquisador 3 1% Presidente/ Scio 31 14% Professor 9 4% Reitor 3 1% Secretrio 10 5% Superintendente 5 2% Vice-Presidente 3 1%

    Figura 1: Cargos dos respondentes

    1%1%1%1%

    2%2%2%

    4%5%5%5%

    6%7%

    14%15%

    28%

    0%

    Vice-PresidenteReitor

    PesquisadorGovernador

    SuperintendenteConsultor

    ChefeProfessorSecretrio

    CoordenadorAssessor

    OutrosGerente

    Presidente/Diretor

    Governo

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 12 -

    3. CAMPO DE ATUAO

    Campo de Atuao Nmero Administrao/negcios 64 Poltico/institucional 82 Tcnico/engenharia 64

    Figura 2: Campos de atuao dos respondentes

    Poltico/ institucional

    40%

    Tcnico/ engenharia

    30%

    Administrao/ negcios

    30%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 13 -

    4. FORMAO PROFISSIONAL

    Formao Profissional Nmero Participao % Administrao de Empresas 22 10%

    Direito 8 4%

    Agronomia 11 5%

    Arquitetura 4 2%

    Biologia 5 2%

    Cincia 3 1%

    Cincia Poltica 3 1%

    Cincias Contbeis 5 2%

    Diplomacia 2 1%

    Economia 39 19%

    Engenharia 71 34%

    Geografia 2 1%

    Geologia 4 2%

    Letras 2 1%

    Matemtica e estatstica 4 2%

    Medicina 3 1%

    Militar 2 1%

    Outros 16 8%

    Sociologia 4 2%

    Figura 3: Formao profissional dos respondentes

    1%1%0,011%1%1%1%

    2%2%2%2%2%0,02

    4%5%

    8%10%

    0,1934%

    0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

    CinciaCincia Poltica

    DiplomaciaGeografia

    LetrasMedicina

    MilitarArquitetura

    BiologiaCincias Contbeis

    GeologiaMatemtica e estatstica

    SociologiaDireito

    AgronomiaOutros

    Administrao de EmpresasEconomia

    Engenharia

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 14 -

    5. PARTICIPAO POR REGIO

    Regio Nmero Participao %Regio 1 Rede Sudeste e Eixo Sudoeste 54 25% Regio 2 Eixo Sul 20 9% Regio 3 Eixos Centro-Oeste e Araguaia-Tocantins 79 37% Regio 4 Eixos Transnordestino e So Francisco 27 13% Regio 5 Eixos Arco-Norte e Madeira-Amazonas 35 16%

    Figura 4: Respondentes por Regio

    Regio 125%

    Regio 29%

    Regio 337%

    Regio 413%

    Regio 516%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 15 -

    6. NVEL DE CONHECIMENTO DOS RESPONDENTES

    1 Elevado 2 Acompanha os debates 3 - Pouco

    Questo Mdias 01 2,3 02 2,1 03 1,9 04 2,0 05 1,9 06 1,8 07 2,0 08 1,8 09 2,0

    Total 2,0

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 16 -

    B - Questes e resultados

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 17 -

    1. COMRCIO INTERNACIONAL E PROTECIONISMO

    1.1 Conhecimento sobre o tema

    24 14% 78 44% 75 42% Elevado Acompanha os debates Pouco

    A participao das exportaes brasileiras vem diminuindo em relao ao comrcio

    mundial. O Brasil exporta muitos produtos de baixo contedo tecnolgico, cujo valor

    de troca no mercado internacional est declinando. necessrio aumentar a

    participao de manufaturados e diversificar as exportaes em direo a mercados

    dinmicos e produtos de maior valor agregado. Seria importante reduzir o chamado

    "Custo Brasil" e incrementar o grau de inovao, o que permitiria tornar nossos

    produtos mais competitivos. Outra necessidade, atuar politicamente para obter

    uma maior abertura dos mercados europeu, americano e asitico.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 18 -

    1.2 Perfil das exportaes brasileiras

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 15 10% 52 34% 86 56%

    Participao elevada de produtos primrios (mais de

    50%) e de produtos com baixo contedo tecnolgico, com pouco dinamismo nas

    exportaes.

    Participao elevada dos manufaturados e de produtos com elevado valor agregado (mais de 70%), com grande dinamismo nas exportaes.

    Crescimento acelerado nas exportaes, com forte evoluo de produtos

    primrios e de manufaturados, mantendo a composio atual da pauta

    (manufaturados representando 56%)

    Figura 5: Perfil da exportaes

    Situao 110%

    Situao 356%

    Situao 234%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 19 -

    1.3 Parceiros comerciais

    De um modo geral, as exportaes brasileiras hoje se destinam Unio Europia

    (26%), Estados Unidos (24%) e Aladi1 (23%).

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 27 17% 11 7% 123 76%

    Brasil participando da ALCA (Mercado Comum das

    Amricas) e tendo essa rea como seu principal mercado.

    A Unio Europia recebendo a maioria das exportaes brasileiras devido retirada

    das barreiras que hoje existem.

    O Brasil tendo um comrcio mais equilibrado entre as regies (Amricas, Unio

    Europia e sia).

    Figura 6: Probabilidades das situaes

    Situao 117%

    Situao 376%

    Situao 27%

    1 Associao Latino-Americana de Integrao Aladi - Organismo intergovernamental que,

    continuando com o processo iniciado pela ALALC em 1960, promove a expanso da integrao da regio, objetivando garantir seu desenvolvimento econmico e social e tendo como meta final a criao de um mercado comum. - http://www.aladi.org/

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 20 -

    1.4 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020.

    Parceiros Comerciais

    z A integrao com a ALCA ser maior que com as demais reas de comrcio.

    Comrcio diversificado e intensivo em tecnologia mediana.

    z UE muito compromissada com o leste europeu e frica e o Brasil no sua

    prioridade. O comercio seguir o padro americano, mas com mais intensidade

    de produtos primrios.

    z A sia poder ser uma rea de grande expanso para o a produo de

    alimentos brasileiros.

    z Vencer as barreiras protecionistas dos pases desenvolvidos.

    z Com preos competitivos, produtos de qualidade e muita negociao as

    barreiras protecionistas de alguns pases podero ser vencidas.

    z A conquista de novos mercados, principalmente no continente asitico, vai

    contribuir para incrementar as exportaes.

    z As oportunidades da ALCA so inquestionveis. Portanto o Brasil no pode nem

    deve deixar de articular sua participao. Porm, fundamental que o pas

    possa negociar sua entrada no Bloco de forma positiva aos interesses nacionais

    e proporcional ao tamanho de seu mercado e de sua importncia no continente

    americano.

    z Atuar nos foros internacionais para discutir sobre o tema do preo justo das

    matrias primas e dos produtos industrializados, que permita remunerar

    corretamente aos produtores e ao meio ambiente.

    z Diversidade de mercados, assegurar no apenas a exportao de produtos

    primrios mas tirar mais-valias da transformao das matrias-primas e,

    portanto, criar riqueza.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 21 -

    Pauta de exportaes

    z No se deve ter uma mudana radical na distribuio, nem setorial nem

    geogrfica, das exportaes brasileiras. Provavelmente, as Amricas ganharo

    importncia como um todo - o que poder alavancar as exportaes de

    manufaturados - mas a UE dever absorver tambm um valor mais elevado de

    produtos brasileiros graas melhoria das condies de acesso proporcionadas

    pelo acordo de livre comrcio. As exportaes para a sia devero continuar a

    perder importncia - talvez a nica exceo sendo a China.

    z Um cenrio desse tipo - crescimento relativamente equilibrado para os dois

    maiores parceiros do Brasil (Amricas e Europa) - tem conseqncias positivas:

    a variedade de produtos exportados e de parceiros torna o pas menos

    vulnervel a mudanas no ambiente econmico de uma determinada regio.

    z O Brasil precisa identificar com muita preciso suas vantagens naturais e

    maximizar sua eficincia nelas. A melhoria da infra-estrutura para exportaes

    do Centro Oeste exemplo do que precisa ser feito. Por outro lado, iluso

    pensar que o Brasil ser um plo dinmico global para produtos de alto valor

    agregado enquanto no melhora substancialmente sua base educacional. J

    ouve progresso no governo FHC, mas (a) est muito aqum das necessidades,

    e (b) mesmo com a implementao de programas realmente fortes (que no o

    caso) os resultados podem demorar uma gerao para aparecer.

    z Melhorar a qualidade dos produtos manufaturados, inclusive compreender a

    respeito da qualidade exigida pelos consumidores estrangeiros; adotar

    tecnologia de ponta para aumentar os nveis gerais de produtividade; melhorar

    os nveis gerais de educao dos trabalhadores (anos de escolaridade) e treina-

    los continuamente; melhorar as embalagens contra a contaminao por agendes

    exgenos, automatizar e modernizar os portos nacionais, reduzindo o tempo de

    permanncia dos navios; reduzir os custos de exportaes, inclusive as taxas

    cobradas nos portos.

    z Reforma tributria para o setor, diminuindo a carga tributria hoje existente em

    cascata.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 22 -

    z Implementar uma poltica industrial visando ao desenvolvimento (ou

    consolidao) dos setores com forte vocao exportadora (ou em condies de

    adquirir esse status), centrada em incentivos P&D e estabelecer linhas de

    financiamento de longo prazo, seja para investimentos de capital seja para o

    trade finance.

    z Aumento expressivo dos investimentos voltados educao, principalmente na

    formao de tcnicos de nvel mdio.

    z Manuteno de um regime cambial tipo "dirty float" por parte do BC, com o

    objetivo de manter a desvalorizao real da moeda.

    z Haver um crescimento das exportaes de produtos manufaturados e

    primrios.

    z A ALCA criar fortes dificuldades para a alterao da pauta de exportaes, em

    benefcio de produtos de maior valor agregado. A participao destes na pauta

    de exportaes tender a depender fortemente de empresas

    internacionalizadas, com conseqncias negativas em termos da capacidade

    nacional de planejamento econmico estratgico, impacto negativo na

    distribuio da renda e da riqueza e manuteno dos desequilbrios regionais.

    z Dispondo hoje de comrcio diversificado e balanceado em termos de destinos e

    pauta, o Brasil deve prosseguir com a mesma composio da matriz exportada.

    Ao mesmo tempo, deve eleger setores prioritrios, no qual apresenta ou

    pretende adquirir vantagens comparativas, investir neles, e penetrar ou expandir

    suas exportaes nesses mercados.

    z Desafio: O Brasil precisa ampliar sua participao em todos os mercados

    internacionais de produtos em que tenha vantagem comparativa, que so os

    trabalho-intensivos e recursos naturais-intensivos. Aes especficas de grande

    valia seriam a promoo comercial; o desenvolvimento de marcas prprias; o

    investimento brasileiro no exterior, para o fornecimento de assistncia ps-venda

    e presena nos mercados.

    z Implicaes: ao concentrar esforos nos produtos em que temos maior

    vantagem comparativa, a ampliao do emprego (especialmente de menor

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 23 -

    qualificao) se intensifica. Tratando-se de produtos de tecnologia menos

    sofisticada, menor a exigncia de capitais na sua produo (isto , so

    produtos de menor relao capital/trabalho), liberando a poupana interna para

    usos mais prprios a pases pobres, carentes de capital. Esses produtos so

    normalmente os de consumo popular. Ampliando pela exportao a escala de

    produo desses produtos, espera-se maior reduo de custos, tornando-os

    acessveis, tambm, para a populao brasileira de menor renda. Desse modo,

    tanto pela ampliao do emprego de menor qualificao quanto pela reduo

    dos custos, promovida melhor distribuio de renda; esta, por sua vez, amplia

    a escala do mercado interno (ao trazer para o mercado a populao atualmente

    margem dele), tornando a produo dos bens de consumo de massa mais

    baratos, o que os tornaria ainda mais competitivos no mercado internacional.

    z Reduo do Custo Brasil, principalmente da carga tributria sobre a produo,

    e melhoria da infraestrutura.

    z Aumento da produtividade na produo primria.

    z Reduo das barreiras externas aos produtos primrios brasileiros.

    z O nvel tecnolgico dos produtos brasileiros ainda ser deficiente, em relao

    aos EUA e UE. O Governo dever aportar muito mais recursos para a pesquisa

    se quiser mudar essa tendncia.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 24 -

    2. INTEGRAO REGIONAL, TERRITRIOS E ZONAS ECONMICAS EXCLUSIVAS

    2.1 Conhecimento sobre o tema

    11 7% 109 72% 32 21% Elevado Acompanha os debates Pouco

    A Iniciativa de Integrao da Infra-estrutura Regional Sul-americana (IIRSA) tem

    como objetivo a integrao da regio, em projetos de energia, transporte e

    telecomunicaes, e iniciativas para a integrao comercial. J foram feitas duas

    reunies de nvel presidencial, entre 12 pases, nas quais foram discutidas metas de

    incremento de crescimento, de forma sustentada, e a distribuio dos resultados de

    forma justa para a sociedade. Constatou-se que ser necessrio aumentar tanto a

    competitividade da regio como sua produtividade. Somado a isso, ser importante a

    implantao de polticas que assegurem a reduo da pobreza e a conservao do

    meio ambiente.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 25 -

    2.2 Integrao sul-americana

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 50 36% 76 54% 10 7% 4 3%

    Integrao plena da infra-estrutura e do comrcio da regio, com livre circulao

    de mercadorias.

    H uma evoluo favorvel da integrao da infra-estrutura, mas

    permanecem importantes barreiras no tarifrias ao comrcio intra-regional.

    O nvel de integrao

    fsica e comercial

    semelhante situao de

    2002.

    As divises polticas e o protecionismo se

    manifestam na regio, aumentando as

    barreiras integrao fsica e econmica da

    regio.

    Figura 7: Probabilidades de integrao sul-americana

    Situao 136%

    Situao 46%

    Situao 37%

    Situao 254%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 26 -

    2.3 Mercosul

    Qual a sua viso sobre a situao do Mercosul em 2020?

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 11 - 8% 59 - 43% 60 - 43% 8 - 6%

    Evoluir na direo de se tornar um efetivo mercado comum, porm

    limitado aos membros atuais.

    Incorporar a maioria dos outros pases da Amrica do Sul, como um efetivo mercado

    comum.

    O Mercosul perde a importncia em

    funo da prevalncia da Alca.

    Nenhum mercado comum abrangente existir na Amrica

    do Sul em 2020.

    Figura 8: Situao do Mercosul em 2020

    Situao 18%

    Situao 48%

    Situao 343%

    Situao 243%

    2.4 Quais sero as implicaes da situao prevista de integrao sul-americana?

    z As implicaes so vrias: implicaes polticas, redundando na estabilizao e

    democratizao de todo o processo poltico dos pases componentes do

    Mercosul; implicaes sociais e econmicas, em funo da necessria

    estabilizao das respectivas economias nacionais e da vida econmica e

    financeira da populao; avano tecnolgico da base industrial sul-americana,

    para competir em melhores condies com os norte-americanos e europeus e,

    em alguns casos, com os asiticos; implicaes educacionais, com elevao da

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 27 -

    escolaridade no Brasil; reciclagem e treinamento de mo-de-obra. Implicaes

    na melhoria geral dos indicadores sociais e econmicos, notadamente no Brasil.

    z Ganhos de escala, integrao comercial e regional, crescimento da renda e do

    emprego.

    z Difcil alinhamento das polticas macroeconmicas dos pases-membros.

    z Dezoito anos no tempo suficiente para alterar a situao na Amrica do Sul.

    As diferenas econmicas entre os pases da regio so muito elevadas e as

    crises econmicas e polticas so decorrentes delas. A prevalncia desses

    fatores no constitui ambiente propcio construo de um mercado comum.

    z A incapacidade dos pases da regio de transformar em fatos concretos os

    propsitos de integrao e, sobretudo, a ausncia de projetos de integrao

    fundados no desenvolvimento conjunto de altas tecnologias aplicadas ao setor

    industrial limitaro as possibilidades do sub-continente tirar proveito da

    integrao do mercado continental. Alm disso, a instabilidade poltica dos

    pases do Mercosul, impedindo que este se torne uma referncia para a regio,

    dificulta o fortalecimento da nica trincheira plausvel de resistncia aos

    propsitos hegemnicos norte-americanos e, conseqentemente, uma

    negociao minimamente eqitativa do futuro mercado comum continental.

    z No mbito da Amrica do Sul existir uma maior integrao, com ampliao da

    infra-estrutura internacional, mas as presses norte-americanas sero muito

    fortes em favor da ALCA.

    z Novas estratgias polticas e um consenso dos governos sul-americanos, aps

    anlise das propostas da ALCA.

    z O Mercosul evoluir custa da integrao Argentina-Brasil, que sero sempre

    os membros importantes. Chile j fez sua escolha de no membro, por entender

    ser mais pragmtico permanecer como um pas de mltiplos acordos.

    z Reduo das disparidades entre os participantes; reduo das disparidades

    sociais de cada participante; estabilizao econmica e poltica entre os

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 28 -

    participantes; redistribuio da atividade econmica, buscando respeitar

    vocaes e nveis de competitividade.

    z A integrao virtuosa da Amrica do Sul, via infra-estrutura fsica e de

    comunicaes; fluxos de comrcio, capitais e tecnologia; e movimentos

    populacionais produtivos, associados ao turismo e oferta de mo-de-obra,

    permitiro regio livrar-se da integrao viciosa das redes criminais

    transnacionais - narcotrfico, trfico de armas, guerrilha e terrorismo - de modo

    autnomo, porm integrado ao sistema internacional. Essa "autonomia

    integrada" tem no Brasil um lder natural.

    z Hegemonia brasileira, seja para atender seus interesses nacionais -

    principalmente, a integridade das fronteiras, a manuteno da paz interna e o

    desenvolvimento scio-econmico de sua populao -, seja para aumentar seu

    poder relativo no mundo, a partir da organizao do espao de atuao natural

    do Brasil: a Amrica do Sul e o Atlntico Sul.

    z Se o pas liderar um posicionamento pr Amrica do Sul, podemos pensar num

    continente integrado, caso contrrio, poderemos nos tornar agregados dos

    pases lderes do Bloco.

    z Surgimento de empresas transnacionais sul-americanas. Movimento migratrio.

    Liderana do Brasil.

    z Na rea de energia eltrica, a maior implicao ser um aumento do intercmbio

    entre os pases.

    z No caso do Brasil, onde predomina a gerao hidroeltrica, seria possvel

    exportar energia em perodos hidrolgicos favorveis a preos competitivos

    (energia secundria) e importar em perodos secos.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 29 -

    3. MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

    3.1 Conhecimento sobre o tema

    45 - 23% 130 - 65% 24 - 12% Elevado Acompanha debates Pouco

    A Conveno sobre o Clima, adotada na Rio-92, prev que os pases

    industrializados devero reduzir suas emisses de gases que provocam o efeito

    estufa. J os pases em desenvolvimento no esto sujeitos a tais limitaes porque

    o seu crescimento econmico exige maior consumo de combustveis fsseis. O

    Protocolo de Kyoto (de 1997, ainda no ratificado por todos os pases, e, em

    especial, pelos EUA), criou vrios mecanismos de flexibilizao, para reduzir as

    emisses desses gases para o conjunto dos pases industrializados.

    Desenvolvimento limpo - Os pases industrializados tero de reduzir suas emisses

    em cerca de um bilho de toneladas de carbono por ano, dentro de dez anos.

    Projetos implementados em pases em desenvolvimento, como o Brasil, podero ser

    aceitos como uma das formas de cumprir o Protocolo de Kyoto.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 30 -

    3.2 Poluio global

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 1- 1% 76 - 51% 71 - 48%

    A conscientizao quanto poluio

    global e questes do Meio Ambiente

    pequena. Protocolo de Kyoto no ratificado

    pela maioria dos pases. Brasil

    interrompe projetos de Desenvolvimento Sustentado que

    atendam Conveno do Clima.

    A conscientizao quanto poluio global e sustentabilidade aumenta no

    mundo. O Protocolo de Kyoto ratificado pela maioria dos pases, inclusive os EUA. As exportaes, necessariamente, obedecem s

    convenes internacionais sobre a conservao do meio ambiente e a

    produo sustentvel. Investimentos internacionais importantes so

    direcionados ao Brasil para projetos de preservao ambiental, biodiversidade e seqestro de carbono via biomassa.

    Crescente conscientizao mundial em relao poluio global e meio

    ambiente. O Protocolo de Kyoto ratificado, at 2010,

    com fortes restries. A questo ambiental atua como

    barreira no tarifria, em muitos casos, mas alguns projetos com forte perfil

    ambiental atraem investimentos, em especial

    na Europa.

    Figura 9: Poluio global

    Situao 11%

    Situao 358%

    Situao 241%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 31 -

    3.3 gua

    A expanso demogrfica no Planeta coloca em risco a disponibilidade de oferta de

    gua de qualidade e a gua transforma-se em item estratgico da economia

    mundial. O pas, embora tenha recursos hdricos hoje abundantes (Aqufero Guarani

    maior reservatrio subterrneo da Amrica do Sul), enfrenta srias dificuldades

    para abastecer sua populao com gua potvel de qualidade. Uma razo a

    carncia de investimentos na captao, tratamento e distribuio; 20% dos

    domiclios brasileiros no so atendidos por rede de gua e apenas 50% pela coleta

    de esgotos. Acrescente-se a estas carncias a necessidade de irrigao, gerao de

    energia, transporte fluvial (comportas), e os usos mltiplos da gua.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 32 -

    Qual a situao prevista para 2020, quanto disponibilidade de gua?

    Regio Escassez muito

    grande, limitaes severas de oferta.

    Limitao de oferta para os usos mltiplos,

    mas sem escassez grave.

    Disponibilidade de gua de qualidade

    atendendo a todas as necessidades.

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Sul 11 - 7% 83 - 56% 53 - 37% Sudeste 39 - 26% 89 - 60% 21 - 14% Centro-oeste 18 - 12% 94 - 63% 38 - 25% Nordeste 93 - 62% 54 - 36% 3 - 2% Norte 8 - 5% 51 - 34% 90 - 61%

    Figura 10: gua Regio Sul

    Situao 256%

    Situao 17%Situao 3

    37%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 33 -

    Figura 11: gua Regio Sudeste

    Situao 260%

    Situao 126%

    Situao 314%

    Figura 12: gua Regio Centro-Oeste

    Situao 263%

    Situao 112%Situao 3

    25%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 34 -

    Figura 13: gua Regio Nordeste

    Situao 236% Situao 1

    62%

    Situao 32%

    Figura 14: gua Regio Norte

    Situao 234%

    Situao 15%

    Situao 361%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 35 -

    3.4 Biodiversidade

    A exemplo do que aconteceu na maioria dos pases desenvolvidos, a Mata Atlntica

    foi reduzida a cerca de 8% do que era originalmente. Isto torna as precaues de

    preservao dos recursos da Amaznia uma tarefa inadivel. A floresta tropical

    mida da Amaznia contm entre 15 a 20% do nmero total de espcies do planeta,

    a maioria das quais ainda pouco pesquisadas. O emergente biomercado e o

    conhecimento tradicional sobre a biodiversidade surgem como possibilidade para

    novos materiais, medicamentos, princpios ativos, alimentos, perfumes,

    conservantes, sal vegetal, variedades de plantas, sementes, pesticidas orgnicos e

    frutas. Tal potencial remete ao tema dos direitos de propriedade intelectual de seus

    detentores, de seu acesso ao mercado e de sua proteo no habitat de origem.

    Trs quartos das drogas utilizadas pelo receiturio mdico derivam de plantas

    descobertas por meio do conhecimento tradicional indgena. O aproveitamento da

    biodiversidade no mercado transformou-se em um negcio expressivo: a venda de

    medicamentos derivados de plantas, nos Estados Unidos, j alcana mais de US$

    15 bilhes/ano.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 36 -

    Quais sero as principais tendncias at 2020 sobre o uso, o aproveitamento

    econmico sustentvel, a preservao e a adequada compensao do

    conhecimento sobre a biodiversidade?

    3.5 Selecione as cinco tendncias ou descontinuidades mais importantes at 2020.

    88% 1. Parcerias entre Governos, Ambientalistas e Setor Privado criando formas de explorao dos produtos da floresta, sob o conceito estrito de desenvolvimento sustentvel. 69% 2. Criao de parques e reservas de proteo ambiental. 83% 3. Explorao do Turismo Ecolgico.

    18% 4. Proteo e assistncia especificidade dos grupos culturais inseridos em regies de preservao.

    85% 5. Explorao de marcas especficas, selos verdes e certificados de conformidade ambiental. 48% 6. Criao e ampla utilizao de Banco de Dados sobre Biodiversidade. 78% 7. Legislao especfica de proteo e explorao sustentvel da Biodiversidade.

    20% 8. Um programa de integrao scio-econmica sustentvel dos povos indgenas, preservando e valorizando sua cultura nativa.

    Figura 15: Biodiversidade

    Opo 188%

    Opo 269%

    Opo 383%Opo 4

    18%

    Opo 585%

    Opo 648%

    Opo 778%

    Opo 820%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 37 -

    3.6 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020.

    z A gua no necessariamente um bem escasso no Brasil, em termos de

    quantidade, mas poder ser em termos de qualidade. As regies menos

    desenvolvidas tero dificuldades de impor as infra-estruturas e os rigorosos

    padres de qualidade necessrios para manter essa qualidade. No entanto,

    essa dever ser a prioridade. As zonas metropolitanas tm problemas graves de

    urbanidade social, que esto a montante do problema da gua e que tm muito

    mais urgncia de serem resolvidos - quando estiverem em percurso de serem

    resolvidos, o problema da gua tambm se ir resolver, pois a os recursos

    econmicos no sero to escassos.

    Quanto biodiversidade, essa uma mais valia no Brasil, que dela deve tirar

    partido, do ponto de vista poltico e comercial / econmico. Representa um

    capital de recursos muito grande, que no impossvel de ser recuperado, de

    algum modo, e menos ainda ser utilizado de modo sustentvel. Para tanto so

    necessrias medidas que permitam uma fiscalizao muito forte e instrumentos

    legais e de planejamento que garantam o cumprimento, e indiquem o que deve

    ser feito, com que nvel de prioridade e com que recursos. Os incentivos que

    criam a valorizao dos produtos associados floresta, como os selos e

    certificados de qualidade, so muito importantes e devem constituir prioridade,

    bem como adequados mecanismos de controle. A cultura indgena outro dos

    conjuntos de valores que diferenciam o Brasil - numa era de globalizao em

    que o risco a grande tendncia para a uniformizao dos mercados e dos

    produtos, sendo a essncia humana e social, por natureza, essencialmente

    diversa, o que vai constituir mais-valia ser o que for diferente! Essa aposta na

    diferena poder ser uma bandeira importante para marcar valor e importncia

    numa sociedade globalizada.

    z A reduo da estratgia autoritria do "comando e controle" e o aumento da

    estratgia democrtica de parcerias e pactos, apoiadas em incentivos

    econmicos e demandas de mercados mais exigentes, devero proporcionar um

    avano mais consistente no desenvolvimento sustentvel com proteo do meio

    ambiente, na valorao das culturas locais, na diversificao da pauta de

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 38 -

    exportao brasileira e na maior agregao de valor aos produtos exportados

    pelo pas. Tal viso depende da abertura de mercados para mais produtos

    sustentveis certificados. O Brasil ter grandes oportunidades, tanto na escala

    regional quanto global, mas o aproveitamento dessas oportunidades depender

    de iniciativas criativas.

    z Sero crescentes as resistncias a produtos fabricados sem os devidos

    cuidados ambientais. O maior desafio desenvolver o pas de forma

    sustentvel, sem perder competitividade.

    z uma questo de sobrevivncia e bom-senso. Ns somos inquilinos do planeta

    Terra. Cuidar do meio ambiente cuidar da nossa casa".

    z Implicaes: havendo uma legislao adequada e motivando-se o uso

    sustentvel de nossa biodiversidade, e conseqente biotecnologia, nosso pas

    se colocar bem, na nova onda de desenvolvimento.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 39 -

    4. DEMOGRAFIA, AMADURECIMENTO DO PERFIL ETRIO E QUALIDADE DE VIDA

    4.1 Conhecimento sobre o tema

    22 - 13% 122 - 73% 22 - 13%

    Elevado Acompanha debates Pouco Os dados do IBGE, de 2000, indicam que a populao brasileira de

    aproximadamente 170 milhes de habitantes, dos quais 82% moram em reas

    urbanas. A populao do Pas considerada adulta, pois 55% tm entre 19 e 59

    anos de idade, e o contingente de pessoas maiores de 60 anos poder chegar a

    quase 15% da populao em 2020. As principais fontes de rendimentos dos idosos

    so as aposentadorias e penses. O Pas deve preparar-se para gerar recursos para

    o enorme contingente de idosos que teremos em 2020.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 40 -

    4.2 Amadurecimento do perfil etrio

    Levando em considerao o aumento previsto no percentual de idosos, avalie qual

    a situao futura mais provvel em 2020. (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 23 - 18% 45 36% 37 29% 20 - 16%

    Os idosos continuaro a

    trabalhar, em sua maioria, em

    empregos regulares de 8 horas/dia, com

    ou sem carteira assinada, para

    complementar sua aposentadoria,

    competindo com os mais jovens no

    mercado de trabalho. A renda adicional far com

    que o idoso represente um

    mercado consumidor

    importante e em franco crescimento

    at 2020.

    Os idosos, em sua maioria, procuraro novas carreiras, em

    atividades fisicamente mais leves, e com

    horrios flexveis. A jornada de trabalho mais curta e flexvel permitir conciliar

    atividades de lazer e descanso, e permitir

    s empresas fazer frente s flutuaes de

    demanda com contratos temporrios de trabalho em tempo

    parcial. Essa renda complementar permitir algum

    estmulo ao consumo de produtos de sade, lazer, turismo, estudo,

    etc.

    Os idosos faro parte de um grande

    contingente de aposentados, excludos do

    mercado de trabalho e com poucas

    opes de consumo e lazer, devido ao

    baixo nvel de renda. Os idosos e aposentados

    continuaro a viver predominantemente como agregados de famlias estendidas,

    contribuindo com sua aposentadoria

    para a renda familiar.

    A reforma do Sistema de Previdncia

    permitir alcanar um nvel adequado de

    equilbrio econmico, com eqidade na distribuio dos

    benefcios. A maioria dos aposentados de

    menor renda conseguir manter um padro de vida prximo

    ao de seu perfil de contribuio ao

    sistema, permitindo uma vida saudvel, combinando lazer,

    educao continuada e trabalho ocasional,

    como uma opo, no uma necessidade

    absoluta.

    Figura 16: Amadurecimento do perfil etrio

    Situao 118%

    Situao 416%

    Situao 329%

    Situao 237%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 41 -

    4.3 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020

    z Reforma da legislao trabalhista.

    z Aumento do segmento de servios especficos para o pblico em questo.

    z Crescimento da previdncia privada.

    z A reforma previdenciria, sobretudo da pblica, ser o grande desafio nacional

    nos prximos 20 anos, com enorme dificuldade (poltica) de se tornar realidade.

    z O pas est envelhecendo e no nos demos conta. Os conceitos em relao

    terceira idade no se transformaro nos prximos 15 ou 20 anos.

    z O maior desafio estruturar a produo de forma a criar oportunidades de

    trabalho para pessoas aposentadas.

    z A tendncia ocorrer uma flexibilizao na legislao trabalhista, de tal sorte

    que os aposentados possam voltar ao mercado de trabalho sem os mesmos

    encargos trabalhistas de um trabalhador no aposentado.

    z Melhores informaes e decises polticas, observando as tendncias de outros

    pases.

    z Reforma do sistema previdencirio visando a, principalmente, aumentar a

    contribuio dos funcionrios pblicos inativos e, dessa forma, gerar os recursos

    necessrios ao financiamento dos benefcios atuariais.

    z Desafios: A reforma da Previdncia Social, mudando do regime de repartio

    para o de capitalizao, uma exigncia reconhecida em todo o mundo e no

    Brasil tambm. Ainda que politicamente difcil de implementar, dezoito anos

    tempo suficiente para organizar a mudana sem traumas, especialmente entre

    os servidores pblicos. A velhice pobre sempre ser assistida sem contribuio

    prvia, sendo o financiamento da aposentadoria desse segmento realizado pela

    Assistncia Social, com recursos tributrios gerais e no atravs de planos de

    aposentadoria convencionais.

    z Implicaes: Tal reforma eliminar a principal fonte de desequilbrio nas finanas

    pblicas e carrear recursos de longo prazo para o mercado de capitais,

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 42 -

    favorecendo os investimentos (e portanto o crescimento da produo e do

    emprego). Na rea pblica, ao se eliminarem regras associadas ao atual sistema

    - como a exigncia de reajustes nas aposentadorias iguais aos concedidos aos

    salrios dos ativos - permitir o pagamento de salrios melhores aos servidores

    em atividade, que atualmente so inibidos por causa daquela regra.

    z Haver em 2020 uma mudana da atual situao de desempregados idosos,

    principalmente pela atuao dos governos, que tero de desenvolver programas

    para essa classe de profissionais, ainda com grande potencial de trabalho.

    z Mudanas ocorridas na estrutura populacional; o crescimento exponencial da

    populao brasileira com 60 e mais anos de idade, a longevidade e a queda da

    fecundidade acarretam conseqncias sociais, culturais, econmicas, polticas e

    epidemiolgicas no pas.

    z Haver um recrudescimento na demanda por servios e equipamentos pblicos,

    sobretudo dos servios de sade, esportes e lazer e ateno geral aos idosos,

    para cujo atendimento o pas no est preparado.

    z A ampliao da expectativa de vida, longe de significar a melhoria da qualidade

    de vida, face ao baixo nvel de renda da maior parte da populao, implica na

    extenso da fase produtiva dos idosos, sem que possam competir com os mais

    novos no mercado de trabalho, e dificulta a conciliao das atividades produtivas

    com o lazer.

    z Desafios: A promoo de uma mudana de cultura capaz de assegurar a

    participao, o convvio e a integrao do idoso com as demais geraes.

    z O reconhecimento do idoso como cidado e, portanto, portador de direitos,

    mediante a criao e oferta de condies para o funcionamento de canais

    prprios e autnomos de participao desse grupo social no planejamento e

    gesto das polticas pblicas especficas.

    z O atendimento s demandas de servios de sade, esportes, recreao, lazer,

    etc., voltados prioritariamente para a parcela da populao de idosos pobres,

    associando o crescimento quantitativo com a melhoria da qualidade de vida.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 43 -

    z A implementao de um sistema de informaes sobre as polticas, servios,

    planos, programas e projetos de ateno ao idoso, que permita o monitoramento

    e controle, pela sociedade, da aplicao dos recursos pblicos.

    z A adequao dos espaos, equipamentos e servios pblicos de transporte,

    lazer, etc., garantindo acessibilidade populao idosa.

    z O mercado de trabalho para os mais idosos continuar marginal e a

    concorrncia dos mais jovens crescente, principalmente com o advento das

    novas tecnologias da informao.

    z O mercado representado pelos idosos estar concentrado nas camadas de altas

    rendas. Nas camadas de menor poder aquisitivo, maioria da populao, os

    idosos pesaro no oramento familiar, sendo um fator de influncia negativa na

    mobilidade social ascendente dos indivduos mais jovens destas camadas. Uma

    reforma do sistema previdencirio, para ser efetivamente democratizante,

    deveria ser parte de um processo mais amplo de reforma poltica, que

    fortalecesse a transparncia das instituies e ampliasse os mecanismos de

    representao dos interesses da sociedade civil.

    z O nmero de empregos tende a diminuir, por conta da automao e

    informatizao. Por outro lado, a especializao das atividades ser uma

    realidade cada vez maior. Os idosos disputaro, por necessidade, espaos em

    condies desfavorveis e nada indica que o Pas lhes oferecer algo alm de

    passe livre nos transportes coletivos e descontos nas farmcias.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 44 -

    5. TRABALHO, RENDA E DESIGUALDADE, POBREZA E INCLUSO SOCIAL

    5.1 Conhecimento sobre o tema

    26 - 19% 101 - 75% 8 - 6% Elevado Acompanha debates Pouco

    5.2 Distribuio de renda

    O Brasil possui um dos piores ndices de distribuio de renda do mundo, onde os

    10% mais ricos possuem 47,6% da renda, e os 10% mais pobres possuem 0,9% da

    renda (Fonte: IBGE / PNAD).

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 17 - 13% 107 - 79 % 4 - 3% 8 - 6 %

    Distribuio de renda semelhante

    da Itlia em 2000

    Aprimoramento moderado da distribuio de

    renda

    Permanece a mesma

    distribuio atual

    Aumenta a concentrao da

    renda

    10% mais ricos 21,8% da renda 34,7 % da renda 47,6% da renda 52,4 % da renda

    10% mais pobres 3,5 % da renda 2,2% da renda 0,9% da renda 0,81% da renda

    Figura 17: Distribuio de renda

    Situao 113%

    Situao 46%

    Situao 33%

    Situao 278%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 45 -

    5.3 Relaes de trabalho

    Os ndices de desemprego de vrias capitais brasileiras tm atingido, na ltima

    dcada, pontuaes alarmantes, ultrapassando, muitas vezes, a marca de 15%. O

    crescimento da informalidade nas relaes de trabalho tem gerado problemas

    crescentes para o financiamento do sistema previdencirio.

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 4 - 3 % 27 21% 73 - 59% 22 - 17%

    ndice de desemprego estrutural em forte elevao, acima de 15% da populao

    ocupada.

    Desemprego estrutural crescente,

    atingindo de 10 a 15% da populao

    ocupada.

    ndice de desemprego estvel, em torno de 8% do pessoal ocupado.

    ndice de desemprego em queda, menor que 6%, considerando-se a populao ocupada.

    Figura 18: Relaes de trabalho

    Situao 13%Situao 4

    17%

    Situao 359%

    Situao 221%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 46 -

    5.4 Legislao trabalhista

    A flexibilizao da legislao trabalhista, a reduo da jornada e reduo de

    encargos com incorporao aos salrios so exemplos de medidas propostas para

    promover a criao de emprego e renda. No entanto para tornar possveis tais

    medidas ser necessria uma profunda reforma na CLT.

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 69 - 56% 11 - 9% 44 - 35%

    Ampla flexibilizao com pouca proteo e custos muito baixos

    de demisso e admisso. Encargos sociais baixos e reduo da informalidade.

    Permanecer a situao atual da CLT, com elevada rigidez e grande volume de

    trabalho informal.

    Ampliao da aplicao da CLT, com pequena

    flexibilizao e forte reduo da informalidade. Custo de

    encargos sociais relativamente altos.

    Figura 19: Legislao trabalhista

    Situao 156%Situao 3

    35%

    Situao 29%

    Descreva as implicaes e desafios destas tendncias para a Viso 2020.

    z Flexibilizao da Legislao Trabalhista, porm com algum grau de proteo ao

    trabalhador.

    z Reduo da informalidade pela flexibilizao acima.

    z Mudana de viso da justia trabalhista, deixando de ser to protecionista.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 47 -

    z Crescimento econmico sustentado, para propiciar reduo de informalidade e

    melhor distribuio de renda.

    z Esforo do Governo para promover e incentivar emprego e distribuio de renda.

    z Melhoria na qualificao profissional.

    z Investimento em educao o principal instrumento para viabilizao da

    incluso social, do aprimoramento das relaes de trabalho e,

    conseqentemente, da otimizao da distribuio de renda. Outro ingrediente

    indispensvel ao combate desigualdade a estabilidade da moeda, pois o

    ambiente inflacionrio penaliza principalmente as classes menos favorecidas,

    que no tm acesso aos mecanismos financeiros de proteo monetria.

    z A maior implicao dessas tendncias ser uma ampliao do mercado interno,

    o que, por certo, ser um fator positivo para o crescimento econmico do pas.

    z Maior desafio ser alcanar um razovel aprimoramento da distribuio de

    renda, que no ser alcanada se no houver um significativo incremento no

    nvel de escolaridade da populao.

    z Amadurecimento das lideranas polticas

    z Resgate da dvida social.

    z Estmulo ampliao de postos de trabalho, priorizando as atividades intensivas

    em mo de obra.

    z Promoo de uma reforma tributria que permita a transferncia de renda, de

    modo a minimizar as desigualdades, ao mesmo tempo em que propicia a

    ampliao da base tributria, trazendo para a formalidade as atividades

    informais.

    z Promoo de um processo de inverso de prioridades, com vistas a direcionar a

    aplicao dos recursos para os servios e equipamentos sociais bsicos.

    z A abordagem da questo do emprego apenas do ponto de vista da flexibilizao

    das relaes de trabalho e dos direitos sociais parece insuficiente. O resultado

    de tais medidas poderia criar, quando muito, uma situao de redistribuio da

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 48 -

    mesma massa salarial para um maior nmero de trabalhadores, o que no

    contribuiria para uma maior dinamizao da economia e redistribuio efetiva da

    renda.

    z Formas "alternativas" de organizao do mercado devem ser estimuladas,

    sobretudo cooperativas nos setores de servios e distribuio de bens, por

    exemplo, alm, obviamente, do estmulo ao empreendedorismo e s micro-

    empresas. Nesse aspecto, necessria uma reforma no ensino superior,

    incluindo uma formao voltada ao empreendedorismo, e uma infra-estrutura de

    apoio formao de novas empresas, na sada das universidades.

    z No que respeita ao ensino, deve-se investir fortemente no ensino tcnico, em

    reas de grande potencial de desenvolvimento e alto valor agregado (eletro-

    eletrnica, biotecnologias, etc.).

    z A tecnologia continua poupadora de emprego no setor industrial, assim o

    emprego dever crescer mais no setor tercirio.

    z A flexibilizao da CLT e a reforma da previdncia permitiro ao mercado se

    ajustar com nveis maiores de emprego e de salrio lquido. A reduo dos

    custos trabalhistas tornar a produo brasileira mais competitiva,

    internacionalmente, estimulando maior exportao, produo e emprego. Do

    mesmo modo, menor custo de produo ampliar o acesso da populao de

    menor de renda ao consumo. Maior mercado interno e externo significam mais

    empregos, melhor distribuio de renda, portanto mais consumo interno, e assim

    por diante, contribuindo para alargar o crculo virtuoso de crescimento.

    z Um forte trabalho de qualificao da mo de obra, a flexibilizao da Legislao

    Trabalhista, a melhoria da educao em todos os nveis, faro com que os mais

    pobres e a classe mdia possam melhorar seu padro de vida, com uma melhor

    distribuio de renda.

    z Tornar eficiente a arrecadao e eliminar os desvios de recursos.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 49 -

    6. URBANIZAO

    6.1 Conhecimento sobre o tema

    16 12% 105 80% 11 8% Elevado Acompanha debates Pouco

    As questes sobre crescimento econmico, elevao do nvel de renda e

    conseqente reduo da pobreza passam antes de tudo por um problema cada vez

    mais urgente: a urbanizao do pas. Mas antes de entrarmos propriamente na

    questo devemos observar sucintamente o que foi feito no passado sobre o assunto.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 50 -

    6.2 Distribuio da populao urbana

    A populao brasileira atual de 170 milhes de habitantes. A distribuio desta

    populao muito desigual. As regies sul e, principalmente, a sudeste arcaram

    com um crescimento mais acentuado.

    Levando em considerao uma populao de 203 milhes de pessoas segundo

    projeo do IBGE, qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 Situao 4 11 9% 35 29% 52 43% 23 - 19%

    Crescimento contnuo das metrpoles e das cidades

    mdias. Perda contnua de importncia

    das cidades pequenas na

    rea rural.

    Estabilidade populacional das

    metrpoles. Crescimento forte

    das cidades mdias.

    Perda continuada de pequenas

    cidades e rea rural.

    Estabilidade populacional das

    metrpoles. Crescimento moderado

    das cidades mdias. Crescimento moderado

    ou estabilizado das cidades pequenas.

    Estabilidade da populao na rea rural.

    Estabilidade ou diminuio das metrpoles.

    Crescimento moderado das cidades mdias.

    Crescimento das pequenas cidades.

    Crescimento da participao da zona rural

    no total da populao.

    Figura 20: Distribuio da populao urbana

    Situao 19%Situao 4

    19%

    Situao 343%

    Situao 229%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 51 -

    6.3 Qualidade de vida e a questo urbana

    Durante toda a dcada de 80 as cidades mdias registraram um crescimento

    superior aos centros urbanos nacionais, arcando com problemas tpicos destes,

    como: segregao espacial, na forma de favelas, loteamentos clandestinos em reas

    de proteo aos mananciais e problemas na infra-estrutura de transportes. No

    Estatuto da Cidade so enfatizados os pontos do planejamento urbano a serem

    tratados por intermdio de planos diretores e reorganizao de espaos urbanos.

    Qual a situao mais provvel em 2020? (indique uma alternativa)

    As Metrpoles (mais de 500.000 hab.)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 19 16% 26 21% 77 - 63%

    Exercem atrao como centros de cultura, lazer, empregos e

    negcios. Melhoria de infra-estrutura e

    qualidade de vida tornando-se plos de atrao de populao.

    Apresentam poucos atrativos em funo das dificuldades de congestionamento e violncia. Fuga da

    populao.

    Apresentam contrastes entre o dinamismo moderno e problemas tcnicos e sociais no resolvidos. Constituem uma qualidade de vida

    pouco atrativa, mas exercem atrao econmica. Mantero atual participao

    da populao.

    Figura 21: Grandes cidades

    Situao 116%

    Situao 363%

    Situao 221%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 52 -

    As Cidades Mdias (de 50.000 hab. a 500.000 hab.)

    Situao 1 Situao 2 83 68% 39 32%

    Apresentam grande atratividade pela qualidade de vida oferecida, acesso infra-estrutura

    social, econmica e cultural e se tornaro o polo dinmico de crescimento urbano.

    Passam a apresentar os problemas tpicos das grandes cidades, sem oferecer as vantagens das metrpoles. Oferecem poucos atrativos

    para a populao.

    Figura 22: Cidades mdias

    Situao 168%

    Situao 232%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 53 -

    As Cidades Pequenas (menos de 50.000 hab.)

    Situao 1 Situao 2 49 40% 73 60%

    Continuaro a oferecer poucos servios e oportunidades de

    avano para seus habitantes, sofrendo perdas populacionais

    continuadas.

    Passaro a oferecer infra-estrutura de comunicao e transporte que permitem acesso aos servios,

    equipamentos sociais e oportunidades econmicas com excelente qualidade de vida. Tornam-se um elemento dinmico do perfil demogrfico e econmico do pas.

    Figura 23: Cidades pequenas

    Situao 140%Situao 2

    60%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 54 -

    A Regio Rural

    Situao 1 Situao 2 37 32% 78 68%

    Continuar a apresentar a tendncia histrica de perda de participao na

    populao, com a emigrao acentuada para os centros urbanos maiores. A falta

    de infra-estrutura social, de oportunidades de desenvolvimento e de empregos

    contribuem para o esvaziamento contnuo das reas rurais do pas.

    A integrao maior das reas rurais, com a universalizao das telecomunicaes, melhoria

    dos transportes, o apoio pequena propriedade e o acesso do homem do campo aos servios sociais,

    revertem a tendncia histrica de perda populacional e revitalizam as reas rurais e as pequenas cidades nas quais predominam as

    atividades ligadas ao agronegcio.

    Figura 24: A Regio rural

    Situao 132%Situao 2

    68%

    6.4 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020.

    z Estabilizao dos aportes populacionais s grandes metrpoles.

    z De forma lenta, deve ocorrer uma desconcentrao do desenvolvimento, isto ,

    empresas sediadas em grandes cidades devem optar por expandir ou transferir

    seus negcios para cidades menores. Esse fato contribuiria para reduzir o

    crescimento das grandes metrpoles.

    z O desenvolvimento do Turismo Urbano e a oferta de bens e/ou servios

    melhores ajudaro as reas rurais.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 55 -

    z A maior oferta de servios e de qualidade nas cidades mdias e de pequena

    dimenso um cenrio desejvel mas depende exatamente da efetividade das

    polticas que se adotarem. O que parece inequvoco que as cidades vo

    crescer, e que, provavelmente, esse crescimento no ser nas grandes

    metrpoles, que, basicamente, oferecem uma qualidade de vida inferior. Se as

    pequenas cidades e as de mdia dimenso vierem a oferecer o emprego e

    servios urbanos de qualidade, tornar-se-o fortemente competitivas, em termos

    de atratividade da populao, e podero, mesmo, contribuir para o

    esvaziamento, ainda que muito lento, das grandes metrpoles.

    z Expanso da fronteira agropecuria e do aparecimento de muitas cidades de

    porte mdio, articulando a malha urbana.

    z Melhoria da qualidade de vida nos grandes centros urbanos.

    z Criao de plos de desenvolvimento para cidades pequenas e mdias.

    z Infraestrutura adequada de transportes, comunicaes e servios em geral para

    os grandes centros urbanos e cidades mdias.

    z Tecnologia e atrativos para fixar homem na zona rural.

    z Transformao da cultura de competitividade em cultura de solidariedade.

    z Democratizao do processo de gesto do desenvolvimento, mediante a

    incorporao da sociedade na tomada de decises e no compromisso com a

    implementao das polticas.

    z Insero do pas na economia globalizada, associada a uma poltica de

    desenvolvimento regional que resguarde a ampliao do mercado interno.

    z Implementao de poltica agrria, incluindo reforma fundiria, com acesso a

    financiamento e infra-estrutura, viabilizando a agricultura familiar, por se tratar de

    atividade geradora de postos de trabalho e fixadora do homem no campo.

    z Promoo do desenvolvimento das pequenas e mdias cidades, qualificando-as

    de modo a que ofeream suporte populao ocupada no campo.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 56 -

    z Os desafios das cidades continuaro a acontecer nos setores de saneamento,

    habitao e segurana. So setores nos quais a responsabilidade do governo

    assume maior peso, mas faltam recursos ao governo para o necessrio

    atendimento. As cidades pequenas, notadamente aquelas cuja economia

    assenta-se na base natural, continuar a perder populao, permanecendo

    apenas a populao idosa. Ela ser a efetiva base econmica. As cidades de

    mdio porte recebero grande nmero de pessoas vindas do campo.

    z Avano tecnolgico.

    z Redistribuio de renda.

    z Investimentos descentralizados em infraestrutura .

    z Incentivos produo fora dos grandes centros.

    z A agricultura, fortalecida, poder gerar maior arrecadao no meio rural,

    dinamizando o comrcio e melhorando os servios prestados pelos governos.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 57 -

    7. MUDANAS NA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES, ENERGIA E TELECOMUNICAES

    7.1 Conhecimento sobre o tema

    33 - 26% 81 - 64% 13 - 10% Elevado Acompanha debates Pouco

    7.2 Transportes

    Em 1993, a situao dos modais era a seguinte:

    - Rodovirio: transportava 62% das cargas

    - Ferrovirio: transportava 23% das cargas

    - Hidrovirio e navegao de cabotagem: 11%

    Era evidente nossa desvantagem competitiva, pois o custo do frete rodovirio nas

    longas distncias muito alto. Aps as privatizaes das ferrovias, rodovias e setor

    porturio, ocorridas nos anos 90, o modelo de transporte vigente no pas

    praticamente no se alterou. Entretanto, os custos porturios foram reduzidos a

    menos da metade e a produtividade dos portos triplicou. J nas rodovias houve

    instalao de mais pedgios e o preo do frete no diminuiu, ainda que estas

    melhorassem.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 58 -

    Na sua opinio, em 2020, como devero ser distribudas as modalidades de

    transportes no Brasil? (indique uma alternativa)

    Modal 1993 2000 2020

    Rodovia 62% 63% 1 quartil 45 mediana 50 3 quartil 60

    Ferrovia 23% 20% 1 quartil 21 mediana 25 3 quartil 30

    Hidrovia 11% 14% 1 quartil 15 mediana 18 3 quartil 20

    Dutovia / Outros 4% 3% 1 quartil 3,75 mediana 5 3 quartil 5,25

    Total 100% 100%

    Figura 25: Transportes

    Ferrovia26%

    Rodovia51%

    Hidrovia18%

    Dutovia / Outros5%

    7.3 Energia

    O Brasil tem 77% de sua eletricidade sendo gerada em usinas hidreltricas e a

    gerao atravs de termeltricas gs natural uma alternativa importante para

    atender ampliao da capacidade instalada do Pas. Fontes alternativas, como a

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 59 -

    irradiao solar (fotovoltaica), a fora dos ventos (elica) e resduos orgnicos

    (biomassa), tm no Brasil amplas possibilidades.

    Com relao matriz energtica bsica, no Brasil, como voc acredita que ser

    composta, em 2020?

    Fonte (em %) 2000 2020

    Hidreltrica / Nuclear 40,0% 1 quartil 35,75 mediana 40 3 quartil 45

    Petrleo 33,6% 1 quartil 24,75 mediana 29 3 quartil 31

    Gs Natural 3,7% 1 quartil 5 mediana 6 3 quartil 10

    Carvo 5,4% 1 quartil 3 mediana 4 3 quartil 5

    Biomassa exceto lcool 14,3% 1 quartil 12 mediana 15 3 quartil 16

    lcool 3,0% 1 quartil 4 mediana 5 3 quartil 5

    Outras 0,0% 1 quartil 0 mediana 1 3 quartil 3

    Figura 26: Energia

    Petrleo29,0%

    Gs Natural6,0%

    Carvo4,0%

    Biomassa exceto lcool15,0%

    lcool5,0%

    Outras1,0% Hidreltrica / Nuclear

    40,0%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 60 -

    7.4 Telecomunicaes

    O setor de telecomunicaes passou por mudanas estruturais causadas pelas

    mudanas no ambiente concorrencial e pelos avanos tecnolgicos. O novo

    arcabouo regulatrio baseado em dois pilares fundamentais: a universalizao e

    a competio. Para que a populao de baixa renda tenha acesso no s ao servio

    de telefonia bsica, como tambm, Internet e outros servios de interesse social,

    ser necessrio aplicar um montante muito expressivo de recursos no setor.

    Quanto universalizao do acesso, qual a situao mais provvel em 2020?

    (indique uma alternativa)

    Situao 1 Situao 2 Situao 3 11 - 10% 60 - 55% 38 - 35%

    A excluso dos mais pobres do mundo digital e do acesso informao e

    servios pblicos modernos via telecomunicaes

    continua a atingir mais de 30% da populao

    brasileira.

    O eventual acesso das famlias mais pobres a

    servios de voz e dados ofertado via telefones pblicos

    e centrais pblicas de telecomunicaes, inclusive

    Internet. Grande abrangncia de atendimento, por meio do

    uso coletivo dos servios.

    A meta da universalizao do servio praticamente atingida,

    com mais de 90% da populao urbana atendida. O

    acesso a servios pblicos, segurana e informao e

    conhecimento favorecido pelo acesso s telecomunicaes.

    Figura 27: Telecomunicaes

    Situao 110%Situao 3

    35%

    Situao 255%

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 61 -

    7.5 Descreva as implicaes e desafios dessas tendncias para a Viso 2020.

    Transporte

    z O transporte ferrovirio deveria ser predominante.

    z Devem ser claras as apostas em hidrovias, em detrimento da rodovia, numa

    tica de melhor gesto de recursos energticos, reduo de poluio, aumento

    de segurana e velocidade.

    z Uma poltica pblica que d prioridade ao transporte ferrovirio, inclusive de

    integrao com os pases do Mercosul, de cabotagem e fluvial necessria.

    Para que haja tal poltica, necessria uma capacidade de

    negociao/enfrentamento de interesses no sistema de transportes e no

    Congresso Nacional, por parte do Executivo.

    z A infra-estrutura rodoviria extensa e tende a manter-se na ordem de

    preferncia, embora a ferroviria fosse mais interessante (no h recursos pra

    construir trilhos). Quanto ao transporte hidrovirio, no dever entrar na ordem

    do decnio.

    Energia

    z Usinas termeltricas gs natural ou co-gerao devero ser o foco dos

    investimentos. Combustveis como carvo perdem espao por questes

    ambientais. Energia nuclear volta a ser alternativa limpa e rentvel. Gerao de

    energia solar e elica so de pouca produtividade.

    z A hidroenergia abundante e pode ser melhor aproveitada. As energias

    renovveis tm prioridade num mundo mais sustentvel e devem ser utilizadas

    para os fins onde so eficazes.

    z O potencial hidreltrico ainda pode crescer, embora de forma limitada. A

    utilizao do leo no progredir. Alternativas elicas e solares sero cada vez

    mais buscadas.

    z Para possibilitar o aumento da participao do gs natural na matriz energtica,

    um grande desafio ser a distribuio desse produto de forma que possa ser

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 62 -

    consumido em residncias e tambm no transporte, substituindo energia eltrica

    e derivados de petrleo.

    z A Petrobrs influir positivamente na matriz energtica, sobretudo atravs do

    investimento no gs natural, no curto prazo. O lcool tem condies de ser

    retomado com maiores nveis de eficincia, a depender da capacidade do

    Executivo contornar interesses corporativos do setor canavieiro. Finalmente, h

    um quadro favorvel para o desenvolvimento de polticas pblicas, inclusive no

    plano dos estados, que incentivem investimentos privados em fontes

    alternativas, como a elica, por exemplo.

    z O esgotamento das reservas de petrleo dever direcionar a matriz energtica

    para o uso de fontes renovveis de energia, como a fitomassa e outras

    alternativas mais limpas, como a energia solar.

    Telecomunicaes

    z Telefonia passa a ser universal, tal como a televiso. Dvida recai sobre a

    escala necessria para viabilizar competio. A consolidao do mercado j

    comeou.

    z A excluso econmica e social antecede a chamada excluso digital. O perodo

    de 15 ou 20 anos escasso para se mudar o paradigma concentrador da renda

    e a caracterstica excludente (socialmente) da sociedade brasileira. Um pas

    mais justo, solidrio e com igualdade de oportunidades no se constri em

    menos de 50 anos. Ademais, ainda nos resta um esforo de renovao de idias

    e ideais dos nossos dirigentes e das elites, que detm grande parte do capital no

    Brasil.

    z Para que famlias mais pobres tenham acesso aos servios de

    telecomunicaes o maior desafio est em uma reduo dos preos.

    z A tecnologia torna-se acessvel, com custos menores, e os oramentos pblicos

    devero ser melhores, para cumprir uma srie de compromissos sociais.

    z Os acessos internet, nos prximos 20 anos, viro a ser igualmente

    vulgarizados. Devem surgir outras tecnologias, mais rpidas e favorveis.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 63 -

    z Com a melhoria das telecomunicaes, e na educao, prevemos que, at 2020,

    a populao ter maior participao em servios de voz e dados, utilizando

    servios pblicos (inclusive pela internet).

    z A excluso digital continuar em nveis importantes. A difuso de telecentros

    pblicos no ser suficiente para a integrao da populao pobre.

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 64 -

    8. A SOCIEDADE DA INFORMAO, INOVAO E COMPETITIVIDADE

    8.1 Conhecimento sobre o tema

    19 - 16% 85 - 71% 15 - 13% Elevado Acompanha debates Pouco

    8.2 Sociedade da Informao

    O Brasil dispe dos elementos essenciais (tecnologia e infra-estrutura) para a

    conduo de uma iniciativa nacional rumo sociedade da informao. Mas a

    insero favorvel do Pas nessa nova onda da economia de servios requer um

    conjunto adicional de condies nas estruturas produtivas e organizacionais, no

    sistema educacional e nas instncias reguladoras, normativas e de governo.

    O crescimento recente das telecomunicaes tem democratizado o uso do telefone,

    mas, mesmo com as iniciativas de popularizao, o acesso Internet ainda restrito

    a poucos. Alm disso, preciso competncia para transformar informao em

    conhecimento e, tambm, encontrar formas de facilitar o uso da Internet para quem

    no possui familiaridade com redes eletrnicas e nem experincia com ambientes

    computacionais.

    Na sua opinio, o nmero de usurios da Internet evoluir dos aproximadamente 14

    milhes em 2002, para: _____milhes de usurios em 2020.

    Usurios internet Mediana 30 1quartil 50 3quartil 80

  • Visao 2020 Vol 2 Anexo I - 65 -

    Qual a situao mais provvel sobre a disponibilidade da Internet no Brasil, at 2020

    (indiqu