Estudo Seccional

45
ESTUDOS DE CORTE TRANSVERSAL

Transcript of Estudo Seccional

Page 1: Estudo Seccional

ESTUDOS DE CORTE TRANSVERSAL

Page 2: Estudo Seccional

Princípios Epidemiológicos

• População: conjunto completo de indivíduos que pode ser descrito de acordo com uma característica* comum a todos.

• critérios geográficos, que delimitam um espaço (bairros, municípios, países);

• sexo, faixa etária, ocupação

Amostra: apenas uma parte dos indivíduos que compõem a população

Page 3: Estudo Seccional

Tempo e Pesquisa

O INSTANTE O INSTANTE

Colher informaçãoColher informação

em um momentoem um momento

único de encontroúnico de encontro

A CONTINUIDADEA CONTINUIDADE

Busca adicional Busca adicional

de informação no de informação no

futuro ou histfuturo ou históória ria

passadapassada

Page 4: Estudo Seccional

Exposição Exposição - algo que - algo que pode influenciar a pode influenciar a saúde das pessoassaúde das pessoas

EfeitoEfeito - doença ou - doença ou problema apresentado problema apresentado pelas pessoaspelas pessoas

Exposição X Efeito

Page 5: Estudo Seccional

Entendendo Efeito e Exposição

Dos cardiopatas quantos nasceram em Porto Alegre e em Pelotas?

Quantos eram os homens e as

mulheres?

Quantos tiveram história familiar

positiva e negativa?

Page 6: Estudo Seccional

Raciocínio Epidemiológico

Todos expostos adoecem?Todos expostos adoecem?

Expostos podem não adoecer?Expostos podem não adoecer?

Pode ficar doente sem ter sido Pode ficar doente sem ter sido

exposto?exposto?

E aqueles que não se expõem E aqueles que não se expõem

nem ficam doentes?nem ficam doentes?

Page 7: Estudo Seccional

Identificando

Estudos Epidemiológicos

Page 8: Estudo Seccional

Classificação dos Métodos Epidemiológicos

 

 

Unidade de observação e

análise

Papel do investigador

Direção Temporal das Observações

Propósito do Estudo

IndividuadoPassivo

(Observação)

Serial

(Estudos prospectivos e retrospectivos)

Descritivo

AgregadoAtivo

(intervenção ou experimentaçã

o)

Instantâneos

(Estudos transversais)

Analítico

Page 9: Estudo Seccional

Unidade de Observação e Análise

Individuado Agregado

Page 10: Estudo Seccional

Tipos de estudo quanto ao papel do investigador

Observacionais Descrição de caso Série de casos Ecológico Corte transversal Caso-controle Coorte

Experimentais

Estudos clínicos randomizados

Ensaios comunitários

Page 11: Estudo Seccional

Direção Temporal das Observações

ProspectivoProspectivoss

RetrospectivoRetrospectivoss

TRANSVERSALTRANSVERSAL

CoorteCoorteCaso-Caso-controlecontrole

Page 12: Estudo Seccional

Propósitos do Estudo Descritivo

Descrever a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos.

Pode ser de incidência ou prevalência Identificar grupos de riscos Não há formação de grupo controle População só doentes, só sadios ou mistos Banco de dados: + abrangente + preciso

Page 13: Estudo Seccional

Propósitos do Estudo Analítico

Testar hipóteses Presença de grupo-controle Comparar resultados Investigar a relação exposição-doença, em

função do ponto de partida da observação ser a causa ou efeito.

Page 14: Estudo Seccional

Tipos de estudo

DescritivosexploratóriosGeração de hipóteses

Descrição de caso Série de casos Ecológico Corte transversal

Analíticos: Confirmação de hipóteses

Caso-controle Coorte Estudos clínicos

randomizados Ensaios comunitários

Page 15: Estudo Seccional

Estudos Analíticos

Doença

(efeito)

Exposição

(Causa)

Estudo transversal

CoorteCoorte

Caso-controleCaso-controle

Page 16: Estudo Seccional

Estudo TransversalEstudo Transversal

Sinonímia, definição, usos, Sinonímia, definição, usos, estrutura, estrutura, vantagens e vantagens e

limitaçõeslimitações

Page 17: Estudo Seccional

Sinonímia

Seccional Corte Corte transversal Vertical Pontual Prevalência

Page 18: Estudo Seccional

Definição

• Estudo epidemiológico que fornece um diagnóstico instantâneo da situação de saúde de uma população, com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo

Page 19: Estudo Seccional

Características

Diagnósticos comunitários da saúde local

Amostras representativas da população Caráter aleatório Mais empregado no campo da saúde

coletiva

Page 20: Estudo Seccional

Expostos

Não expostos

Doentes

Não doentes

População de estudo

População de estudo

InícioAvaliação e classificação

Page 21: Estudo Seccional

Expostos

Não expostos

Expostos

Não expostos

Doentes

Não doentes

Presente

População de estudo

População de estudo

InícioAvaliação e classificação

Page 22: Estudo Seccional

D oen tes (a ) N ã o-d oen tes (b )

E xp os tos

D oen tes (c ) N ã o-D oen tes (d )

N ao-E xp os tos

P op u laçã o

Page 23: Estudo Seccional

Usos

Identificação de novas doenças Identificação de populações sob risco Identificação de possíveis agentes causais

de doenças Identificação de fatores ou

comportamentos que aumentam ou diminuem o risco de uma doença

Page 24: Estudo Seccional

O Estudo de Prevalência permite

Descrever características da amostra: altura, peso, pressão arterial (médias), categorias de grupos etários, de hipertensos (proporções), moradores por domicílio (índices)

Determinar a presença de marcadores biológicos (antígenos, anticorpos, dosagem sérica de colesterol, etc) – estudos soroepidemiológicos

Calcular a Taxa de Prevalência Examinar associações entre variáveis, usando

Razão de Prevalência

Page 25: Estudo Seccional

Subtipos

Estudo de grupos em tratamento Inquéritos de morbidade na atenção

primária Inquéritos domiciliares Estudos em populações especiais Estudos multifásicos

Page 26: Estudo Seccional

Medidas de freqüência e Medidas de freqüência e associaçãoassociação

Page 27: Estudo Seccional

A Tabela Epidemiológica

Apresenta os problemas de saúde das Apresenta os problemas de saúde das

pessoas na forma de Exposição e Efeitopessoas na forma de Exposição e Efeito

Page 28: Estudo Seccional

Efeito Exposição

Sim Não

Total

Sim a b a+ b

Não c d c+ d

Total a+c b+d N= a+b+c+d

Analisando a tabela

Page 29: Estudo Seccional

Expostos

Não expostos

Não doentes

Doentes

a

c

b

d

a b+

c d+

a

a b+PE

=

c

c d+PNE

=

PE PNE

RP =

Page 30: Estudo Seccional

Prevalência Global de Bronquite crônica entre moradores da

cidade X

De 1129 sujeitos 94 sofriam de De 1129 sujeitos 94 sofriam de

bronquite.bronquite.

Portanto 94 Portanto 94 ÷ 1129 = ÷ 1129 = 0.0830.083 8,3%8,3%

Encontrou-se neste estudo umaEncontrou-se neste estudo uma

Prevalência global de 8,3%Prevalência global de 8,3% de Bronquite de Bronquite

CrônicaCrônica..

Page 31: Estudo Seccional

Cálculo da prevalência conforme o sexo do

participante

Efeito Bronquite

Exposição Sexo positivo negativo total Prevalencia %

Homens 50 423 473 50÷473= 10,5

Mulheres 44 612 656 44÷656 = 6,7

total 94 1035 1129 94÷1129 = 8,3

Page 32: Estudo Seccional

Medida de associação do estudo de Prevalência

Efeito Bronquite

Exposição

+ - total prev Razão de prevalencia

Homens 50 423 473 10,5

Mulheres 44 612 656 6,7

10,5÷6,7 =1,56

total 94 1035 1129 8,3

Page 33: Estudo Seccional

Analisando dados de pesquisa

Um inquérito epidemiológico avaliou as condições de saúde de 1000 pessoas. 300 eram migrantes e 18 delas fizeram tratamento psiquiátrico; 21 nascidas no local também foram ao psiquiatra.

Vejamos estes números na tabela:

Page 34: Estudo Seccional

Trabalhando na tabela

Efeito Trat

psiquiátrico

Exposição

+ - total prev Razão de Prevalencia

Migrante 18 282 300

Local 21 689 700

total 39 961 1000

Page 35: Estudo Seccional

Calculando prevalência

Entre os expostos: dividindo o número : dividindo o número de doentes pelo total de indivíduos de doentes pelo total de indivíduos expostos.expostos.

Entre não expostos: dividindo o número : dividindo o número de doentes pelo total de indivíduos não de doentes pelo total de indivíduos não expostos.expostos.

E Razão de Prevalência?

Page 36: Estudo Seccional

O que dizer sobre migração e doença mental?

Prevalência entre os expostosPrevalência entre os expostos 18 18300 = 0.06300 = 0.06

Prevalência entre os não expostosPrevalência entre os não expostos 21 21700 700 0.030.03

Razão de Prevalência Razão de Prevalência 0.06 0.060.03 0.03 22

Qual a Resposta a Esta Pergunta?

O sujeito pirou porque migrou ou migrou

porque pirou?

Page 37: Estudo Seccional

Migração (exposição) X Internação psiquiátrica

(efeito)

Informação sobre exposição e efeito foram colhidas no mesmo instante

Portanto : não podemos determinar quem

antecedeu o que neste tipo de estudo

Page 38: Estudo Seccional

Vantagens

Simplicidade, baixo custo Rapidez na coleta de dados Processo amostral fácil, com

representatividade Objetividade na coleta de dados Não há seguimento Detecção de características da população

(e em subgrupos) Identificação de casos

Page 39: Estudo Seccional

Limitações

Page 40: Estudo Seccional

Limitações

Condições de baixa prevalência Tamanho amostral grande Possibilidade Erros de classificação

(doença e exposição) Dificuldades operacionais Viés de prevalência Viés de confundimento Relação temporal Qualidade de dados retrospectivo

Page 41: Estudo Seccional

Limitações

Mede freqüência do fenômeno em

determinado ponto do tempo

Não há espera para observar o

EFEITO

Nem informação anterior sobre o

EFEITO

Page 42: Estudo Seccional

A relação temporal não fica clara

Dilema

Dificuldade para estabelecer causalidade

Page 43: Estudo Seccional

Conclusões

• São estudos exploratórios que permitam ao pesquisador planejar novos estudos com metodologias apropriadas para investigar as hipóteses que expliquem inter-relações de fenômenos pouco conhecidos

Page 44: Estudo Seccional

Conclusões

• Permitem testar a existência de associações de freqüência, ou estatísticas entre pelo menos dois eventos classificados como doença (agravo) e exposição (suposta causa), na amostra de indivíduos examinados

Page 45: Estudo Seccional

Conclusões

Útil no planejamento de saúde e

levantamento de questões; mas não

estabelece relação causal (não

esclarece relação de causa e efeito entre

os eventos), faz apenas um exame

pontual da relação exposição-doença na

trajetória temporal.