Eucalipto - Portal Atividade Ruralatividaderural.com.br/artigos/4f70c3c809c68.pdf · Eucalipto...
-
Upload
nguyenkhanh -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of Eucalipto - Portal Atividade Ruralatividaderural.com.br/artigos/4f70c3c809c68.pdf · Eucalipto...
Eucalipto
Aspectos Botânicos
O gênero Eucalyptus, pertencente à família Myrtaceae, tem sua origem na Austrália,
exceto pelas espécies E. urophylla e E. deglupta que ocorrem em ilhas na Oceania fora da
Austrália.
O Eucalyptus é dividido em 8 subgêneros: Blakella, Eudesmia, Gaubaea, Idiogenes,
Telocalyptus, Monocalyptus, Symphyomyrtus e Corymbia (hoje considerado gênero).
Atualmente, têm-se de 600 a 700 espécies já identificadas, com diferentes exigências
quanto à fertilidade de solo, tolerância a geadas e a seca, possibilitando seu plantio em mais de
100 países, todos com importância econômica.
No Brasil, as principais espécies plantadas são o E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E.
viminalis, híbridos de E. grandis X E. urophylla, E. citriodora, E. camaldulensis, outros.
A primeira descrição botânica do género foi da responsabilidade do botânico francês
Charles Louis L'Héritier de Brutelle, em 1788.“O nome do seu género faz referência à capa ou
opérculo que cobre os órgãos reprodutores da flor, até que cai e os deixa a descoberto. Este
opérculo é formado por pétalas modificadas. De facto, o poder atractivo da sua flor deve-se à
exuberante colecção de estames que cada uma apresenta, e não às pétalas, como acontece
com muitas plantas. Os frutos são lenhosos, de forma vagamente cónica, contendo válvulas
que se abrem para libertar as sementes. As flores e os frutos do eucalipto são, de facto uvas “.
Quase todos os eucaliptos têm folhagem persistente, ainda que algumas espécies
tropicais percam as suas folhas no final da época seca. Tal como outras mirtáceas, as folhas
de eucalipto estão cobertas de glândulas que segregam óleo - este género botânico é, aliás,
pródigo na sua produção. Muitas espécies apresentam, ainda dimorfismo foliar. Quando jovens,
as suas folhas são opostas, de ovais a arredondadas e, ocasionalmente, sem pecíolo. Depois
de um a dois anos de crescimento, a maior parte das espécies passa a apresentar folhas
alternadas, lanceoladas a falciformes (com forma semelhante a uma foice), estreitas e
pendidas a partir de longos pecíolo.
Figura 1 – Exemplar de Eucalyptus sp.
Fotografado por: Stephane Bocken
Usos
A partir do início do século XX, o eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil,
sendo usado durante algum tempo nas ferrovias, como dormentes e lenha para as locomotivas
chamadas de “marias-fumaças”e mais tarde como poste para eletrificação das linhas.
No final dos anos 20, as siderúrgicas mineiras começaram a aproveitar a madeira do
eucalipto, transformando-o em carvão vegetal utilizado no processo de fabricação de ferro-
gusa. A partir daí, novas aplicações foram desenvolvidas, com o aproveitamento total do
eucalipto.
Das folhas, extraem-se óleos essenciais empregados em produtos de limpeza e
alimentícios, em perfumes e até em remédios. A casca oferece tanino, usado no curtimento do
couro, pode ser mantida no solo afim de sua reciclagem e liberação de nutrientes ou, levada
para fábricas para serem queimadas, e assim, liberar energia.. O tronco fornece madeira para
sarrafos, chapas, lambris, ripas, vigas, postes, mourões, varas, esteios para minas, mastros
para barco, tábuas para embalagens e móveis ou usado como fonte de energia na forma de
lenha ou carvão. Sua fibra é utilizada como matéria-prima para a fabricação de celulose e
papel.
Doenças
1. Ferrugem
A Ferrugem é causada pelo fungo por Puccinia psidii que, atualmente, têm causado
sérios problemas em plantios jovens, viveiros e jardins clonais de Eucalyptus. sendo que O
fotoperíodo, temperatura e umidade são fatores condicionantes para a ocorrência da doença.
Ataca órgãos tenros (primórdios foliares com seus pecíolos, terminais de galhos e haste
principal) e seu indício é o encarquilhamento desses órgãos e sua cobertura por esporulação
de coloração amarelo-gema de ovo. Para o controle no campo, o uso de ungicidas para o
controle de Puccinia psidii não é economicamente viável. A melhor forma de controle é a
seleção de materiais genéticos resistentes. Em viveiros e jardins clonais, o controle de ataques
intensos utilizando fungicidas é eficiente, sendo recomendado o uso de mancozeb, oxicloreto
de cobre, triadimenol, diniconazole ou triforine.
Figura 2 – Esporos de Puccinia psidii
Fotografado por: Desmond Ogata
2. Cancro
O cancro do eucalipto é uma das doenças mais importantes de ocorrência no campo,
causada por várias espécies de fungos, como Cryphonectria cubensis, Valsa ceratosperma -
fase sexuada, e Cytospora spp. - fase assexuada e Botryosphaeria ribis. O cancro de
Cryphonectria cubensis foi considerado como a principal doença que afetou a cultura do
eucalipto no Brasil na década de 70. Trata-se de uma doença de ampla distribuição geográfica,
ocorrendo em regiões tropicais do continente americano.
Essa doença é caracterizada pela morte dos tecidos da casca, decorrente da ação de
vários agentes abióticos e bióticos. Os sintomas típicos ocorrem em plantios jovens, com até
dois anos e caracterizam-se por lesão margeada de calos, com a morte do câmbio e de parte
da circunferência do tronco. Trata-se de uma lesão profunda. Os calos são respostas da planta
ao patógeno, que impede o anelamento do tronco pela lesão. A presença desses calos indica
que a planta não morrerá, pois a lesão encontra-se delimitada pelos calos. O controle
recomendado é a utilização de espécies, procedências, progênies ou clones mais resistentes a
estes patógenos.
A nutrição das árvores também afeta o desenvolvimento do cancro.
Figura 3 – Sintomas de Cancro Foto: Júlio César Valente
3. Oídio
O oídio é causado pelo patógeno Oidium sp. Esse fungo ataca várias espécies de
eucalipto em condições de viveiro, casa de vegetação e campo. A espécie mais suscetível a
essa doença é o Eucalyptus citriodora.
Os sintomas aparecem principalmente em gemas e brotações, causando deformidade
ou morte das mesmas. Esses sintomas são caracterizados pelo recobrimento das partes
afetadas por estruturas de coloração esbranquiçada. Em mudas, o ataque sucessivo causa
superbrotamento, resultando em mudas de baixa qualidade. No campo, a ocorrência de oídio
causa perda da dominância apical, afetando a formação de um fuste reto.
Para o controle da doença em viveiro pode-se fazer aplicação de benomyl mais enxofre
molhável. No campo, a doença tende a desaparecer com o desenvolvimento da planta, através
da troca da folhagem juvenil pela adulta.
4. Mofo Cinzento
A doença mofo cinzento é causada pelo patógeno Botrytis cinerea, sendo comumente
encontrada em canteiros com alta densidade de mudas (700 mudas/m2), sob condições de alta
umidade (acima de 70%) e temperaturas amenas (outono e inverno). Esse patógeno vive
saprofitamente no solo e sua disseminação se dá principalmente pelo vento.
Inicialmente, as folhas apresentam-se enroladas, em seguida, secam-se e caem. As
partes afetadas apresentam coloração acinzentada (estruturas do patógeno). Por afetar os
tecidos jovens da parte aérea das mudas, causa morte do ápice ou mesmo a morte da planta.
O controle é feito através do manejo, como redução da densidade das mudas no viveiro,
dosagem correta de adubos nitrogenados e a retirada das folhas infectadas das plantas e as
caídas no solo. Além do manejo, o controle químico pode ser feito com pulverização de thiram,
manzate, captan, iprodione ou vinclozolin.
5. Manchas Foliares de Cylindrocladium
Doença causada pelos fungos do gênero Cylindrocladium, comum em viveiros de
mudas e em plantações de eucalipto, porém os danos não são tão consideráveis.
Os sintomas causados pela doença caracterizam-se por manchas de forma e coloração
variáveis. Pode ocorrer intensa desfolha, sendo que os brotos não são atingidos, o que
favorece a recuperação das plantas.A presença do patógeno pode também ser observada em
ramos, na forma de lesões necróticas escuras recobertas por estruturas de coloração
esbranquiçada.
Pode-se adotar medidas preventivas em caso de viveiros, onde a ocorrência da doença
é comum, através de pulverizações com fungicidas cúpricos ou ditiocarbamatos, alternados
com benomyl. No caso de plantios, a sugestão é a utilização de materiais genéticos resistentes.
6. Tombamento de Mudas ou “DAMPING-OFF”
O tombamento é uma doença causada pelos fungos Cylindrocladium candelabrum, C.
clavatum, Rhizoctonia solani, Pythium spp., Phytophthora spp. e Fusarium spp. Esses fungos
habitam o solo, onde vivem como saprófitasou na forma de estruturas de resistência.
Os propágulos desses fungos são disseminados através da água da chuva ou da
irrigação, vento ou partículas de solo aderidas a suplementos agrícolas, sendo que em
ambientes com alta umidade favorecem a ocorrência de tombamento. O ataque compromete
as sementes em germinação, afetando os tecidos tenros. Ocorre inicialmente no colo da
plântula, podendo se estender ao hipocótilo, com aspecto inicial de encharcamento, evoluindo
para uma coloração escura, com posterior tombamento e morte da muda.
Em canteiros novos, quando semeados a lanço, é comum a ocorrência da doença em
reboleiras. Esse problema pode ser evitado com o uso da semeadura direta em tubetes
suspensos. Porém, cabe ressaltar que a água de irrigação e o substrato devem estar livres de
inóculos dos patógenos. O uso de brita como material de cobertura do solo do viveiro evita a
contaminação. Ainda em relação ao substrato, este deve apresentar boa drenagem. Pode-se
usar fungicidas através da água de irrigação ou de pulverizações sobre o substrato e/ou
mudas, variando a periodicidade conforme a necessidade. Para o controle de Pythium e
Phytophthora, é recomendável o uso de metalaxyl, e para Rhizoctonia, uma combinação de
captan com um ditiocarbamato (maneb, zineb ou thiram). Para Cylindrocladium ou Fusarium,
pode-se usar benomyl juntamente com captan ou thiram.
7. Podridão de Raízes
Essa doença é comum em condição de má drenagem do substrato, que acaba
favorecendo a infecção das raízes por Phytophthora e Pythium.
As raízes morrem, ficando com coloração marrom-escura.
O controle é feito com o uso de substratos leves (baixa densidade dos componentes) e
da adequação da irrigação às características físicas do substrato, de modo que estes fiquem
bem drenados, sem excesso de água.
O controle químico da podridão de raiz é similar ao controle do tombamento.
8. Podridão de estacas e miniestacas
A podridão de estacas pode ser causada por Cylindrocladium spp., Rhizoctonia solani,
Fusarium spp., Botryosphaeria ribis e Colletotrichum sp. Essa doença foi problemática quando
se utilizavamacroestacas provenientes de macrojardim clonal em condiçõesde campo. Com a
evolução dos jardins clonais em campopara os minijardins clonais, tem-se verificado reduções
na ocorrênciadesta doença devido à utilização de soluções nutritivas efertirrigações
sistemáticas, que permitiran melhor estado nutricional das miniestacas em relação às
macroestacas e ao uso deareia e substratos inertes no processo de produção em vez de
solo,que é fonte de propágulos.Na maioria das vezes, a ocorrência de podridão em
miniestacasse deve a desequilíbrios nutricionais e não ao ataque depatógenos. Um nutriente
que está bastante associado a estas podridõesé o cálcio, quando em deficiência.
O sintoma da podridão é caracterizado por uma lesão escura na base da estaca, a qual
progride para o ápice, causando morte das gemas e impedindo o enraizamento. Podem ser
encontradas as estruturas dos diferentes patógenos relacionados à doença: frutificações
branco-cristalinas de Cylindrocladium, estruturas marrom-avermelhadas de Fusarium,
pontuações escuras (picnídios) de B. ribis ou acérvulos de Colletotrichum com ou sem massa
alaranjada.
Quando é causada por patógenos, recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio e/ou
fungicidas nos materiais envolvidos na produção de estacas, ou seja, as estacas, as caixas e
os recipientes devem ser tratados, e a casa de vegetação, após um ou dois ciclos, receber
tratamento com hipoclorito de sódio e sulfato de cobre. No entanto, se a podridão de
miniestacas estiver associada à carência de cálcio, sugere-se a aplicação foliar de cloreto de
cálcio na dose de 3 a 5 g.L-1 .
Fonte: Principais Doenças na cultura de Eucalyptus. Informações agronômicas Nº93-
Março de 2001.
Pragas
1. Formigas cortadeiras
. Estes insetos danificam o eucalipto na produção de mudas e no campo. O custo despendido
com o controle desta praga corresponde a 5% do custo total de implantação ou 30% do
investimento total da cultura ao final do terceiro corte. As saúvas ocorrem em todo o Brasil, as
espécies mais importantes são: Atta sexdens rubropilosa (saúva-limão) e Atta laevigata (saúva-
cabeça-de-vidro). Esses indivíduos constroem seus ninhos subterrâneos, interligados por
galerias, e usam substrato vegetal para o desenvolvimento de seu fungo, do qual se alimentam.
As quem-quéns também possuem importância econômica nas fases de viveiro e campo. O
gênero Acromyrmex possui as espécies que apresentam maior importância na cultura do
eucalipto. Seus ninhos também são subterrâneos, mas menores que os das saúvas.
Para o controle de formigas cortadeiras, o método mais eficiente é a aplicação de
produto químico tóxico utilizado diretamente nos ninhos, nas formulações pó, líquida ou
líquidos nebulizáveis, ou na forma de iscas granuladas, aplicadas nas proximidades das
colônias. O emprego de iscas granuladas, principalmente através de porta-iscas (PI) e
microporta-iscas (MIPIs), é considerado eficiente, prático e econômico. Oferecem maior
segurança ao operador, dispensam mão-de-obra e equipamentos especializados. A quantidade
de iscas utilizadas em MIPIs é variável dentro da faixa de 1,6 a 3,0 kg.ha-1, com MIPIs
espaçados de 6 x 6 m ou 6 x 9 m, aplicadas cerca de um mês antes do corte das plantas ou 15
dias após a roçada.
2. Cupins
Os danos causados pelos cupins em florestas plantadas, ocorrem desde o plantio até a
colheita.
As principais espécies que atacam o Eucalyptus, no Brasil, pertencem às famílias
Kalotermitidae, Rhinotermitidae e Termitidae. Na região Neotropical, as espécies de Eucalyptus
apresentam elevada mortalidade nos estádios iniciais do estabelecimento no campo, além de
danos em árvores vivas e em cepas, devido ao ataque de cupins. As espécies mais
susceptíveis são: E. tereticornis, E. grandis, E. citriodora e E. robusta.
O controle dos cupins pode ser realizado de três maneiras:
a. Aplicação de inseticidas nas covas em pré-plantio. Utilizar inseticidas que tenham como
princípios ativos os seguintes componentes: Aldrin, Heptacloro ou Teflutrina. Utilizar
aproximadamente 10 g do produto por cova.
b. Tratamento do substrato. Utilizar inseticidas que tenham longo período residual e com os
seguintes princípios ativos: Fipronil ou Bifentrina.
c. Imersão das mudas em uma solução contendo o inseticida.
3. Lagartas desfolhadoras
Várias espécies de lagartas desfolhadoras atacam os povoamentos de eucalipto, sendo
a Thyrinteina arnobia a principal praga. O dano causado pela T. arnobia e demais lagartas na
cultura do eucalipto é o desfolhamento da planta, podendo, em caso de ataques sucessivos,
paralisar o seu crescimento, diminuindo a produtividade.
As fêmeas apresentam-se com asas de coloração branca e pontuações negras bem
esparsas; possuem antenas filiformes e envergadura média de 48,6 mm. Os machos são
menores e apresentam coloração castanha variável nas asas anteriores, antenas bipectinadas
e envergadura média de 35 mm. Os ovos são verde-acinzentados e escurecem
progressivamente até a coloração preta, quando as lagartas estão prestes a eclodir. As
lagartas apresentam seis estádios com duração média de 26,8 dias, chegando a medir 50 mm
de comprimento no final desta fase. Para empupar, a lagarta elabora um casulo rudimentar,
cujos fios de seda são presos em uma ou mais folhas do eucalipto ou da vegetação rasteira.
Esta fase dura 9,3 dias.
O controle desta praga florestal pode ser feito utilizando-se de inimigos naturais
predadores e parasitas.
4. Besouro amarelo
Os adultos de Costalimaita ferruginea vulgata (Coleoptera: Crysomelidae) alimentam-se
das folhas, deixando-as perfuradas ou rendilhadas. Os ataques são mais severos em áreas
próximas a canaviais, em razão das larvas se desenvolverem em raízes de gramíneas.
Conhecidos por “vaquinha” e “besouro-amarelo-dos-eucaliptos”, estes insetos ocorrem
nos Estados de Rio Grande do Norte, Pará, Maranhão, Bahia, Goiás, São Paulo e Paraná. Em
Minas Gerais, são freqüentes em regiões de cerrados, danificando plantios jovens, devido à
migração dos adultos das plantas nativas. As larvas desenvolvem-se no solo e os adultos são
besouros de coloração parda-amarelada-brilhante, pequenos, com medida em torno de 5-6 mm
de comprimento, alimentando-se das folhas de eucalipto.
Para efetivo controle, pode-se favorecer o aumento da população de inimigos naturais,
ou em caso de surto, usar inseticidas químicos.
5. Bicudo australiano do Eucalipto
Adulto de Gonipterus scutellatus, apresenta coloração castanha-avermelhada, ou
acinzentada, mede cerca de 1 cm de comprimento. As larvas são verde-amarelada, com duas
linhas escuras sobre o corpo.
Este inseto é encontrado na região Sul, São Paulo e Espírito Santo, mas vem atingindo
novas áreas.
As folhas são atacadas tanto por larvas quanto por adultos, que se alimentam do limbo
foliar, prejudicando a produtividade da árvore.
Para efetivo controle, pode-se favorecer o aumento da população de inimigos naturais.
Figura 6 – Adulto de Gonipterus scutellatus
Foto: Moreno
Colheita e Transporte do Eucalipto
Na fase de corte são realizadas as operações de derrubada, desgalhamento,
traçamento e preparo da madeira para arraste e empilhamento.
Os principais equipamentos utilizados são: motosseras, tratores derrubadores empilhadores
“feller buncher” e tratores derrubadores com cabeçotes processadores “harvesters”
As operações de extração podem ser feitas por arraste, baldeação ou suspensão. Em
terrenos pouco acidentados, um caminhão do tipo 4 x 4 “forwaders”, ou até tratores agrícolas
com carretas, atendem bem esta etapa da extração.
A extração pode ser dividida em extração mecanizada (com a utilização de tratores) e não-
mecanizada (com a utilização de animais como bois, da própria gravidade, ou ainda utilizando-
se rios, principalmente na região Amazônica).
Os meios de extração mais utilizados no Brasil são: manual, animal, guincho, teleférico, trator
agrícola modificado “mini-skidder”, trator florestal arrastador “skidder”, trator agrícola com
carreta e auto-carregável convencional “forwarder”.
As maneiras mais comuns de desgalhamento são: manual com machado e motosserra,
grade desgalhadora e motosserra, cabeçote de harvester, e desgalhador e traçador mecânico.
O trabalho manual de descascamento tende a desaparecer, pois o trabalho é pesado e
de baixo rendimento; além disso, o mercado oferece bons descascadores mecânicos:
• Descascador mecânico portátil do tipo anelar, para descascamento no local do corte.
• Descascador mecânico de tambor rotativo, que é um equipamento de instalação mais
onerosa, porém de manutenção mais simples, destinado a operar principalmente no interior das
indústrias.
O transporte de madeiras está atrelado às leis de transporte de cargas vigentes no Brasil
devendo obedecer às normas de carga máxima por eixo e comprimento máximo dos
implementos no caso de carretas. As estradas florestais somam um total de 620.000 Km em
todo o território brasileiro. Para se obter um transporte eficiente e com custo menor deve-se
otimizar o sistema todo, como segue:
• Reconhecimento dos caminhos florestais a serem utilizados: escolher os que apresentarem
uma melhor relação entre distância e velocidade média.
• Realizar o processo de carregamento e descarregamento de maneira rápida e precisa a fim
de se reduzir o tempo de ciclo entre o carregamento no estaleiro e o descarregamento na
indústria.
• Utilizar o caminhão ou carreta com implemento adequado ao sistema de colheita escolhido.
• Realizar um treinamento com o operador a fim de se obter o máximo de produtividade sem
danificar o caminhão.
Referências Bibliográficas
· Principais Doenças na cultura de Eucalyptus. Informações agronômicas Nº93 Março de 2001.
· Principais Pragas na cultura de Eucalyptus. Informações agronômicas Nº93- Março de 2001.
· PAIVA, H.N., Notas de aula de ENF 333 Cultura de Essências Exóticas e
Nativas, 2008 II
· www.ambientebrasil.com.br
· www.wikipedia.com.br
Fonte: CIFloresta