Evangélico raimundo de oliveira - seitas e heresias cpad

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  • 1. E-book digitalizado por: Levita Digital Com exclusividade para: www.ebooksgospel.com.br
  • 2. ANTES DE LER Estes e-books so disponibilizados gratuitamente, com a nica finalidade de oferecer leitura edificante aqueles que no tem condies econmicas para comprar. Se voc financeiramente privilegiado, ento utilize nosso acervo apenas para avaliao, e, se gostar, abenoe autores, editoras e livrarias, adquirindo os livros. * * * * Se voc encontrar erros de ortografia durante a leitura deste e-book, voc pode nos ajudar fazendo a reviso do mesmo e nos enviando. Precisamos de seu auxlio para esta obra. Boa leitura! E-books Gospel
  • 3. SEITAS E HERESIAS Um sinal do fim dos tempos RAIMUNDO DE OLIVEIRA
  • 4. Todos os direitos reservados. Copyright 2002 para a lngua portuguesa da Casa Publicadora das Assemblias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina. Preparao de Original: Kleber Cruz Reviso: Patrcia Oliveira Capa: Eduardo Souza Projeto grfico do miolo: Daniel Bonates Editorao eletrnica: Osas Felicio Maciel CDD: 280 - Seitas ISBN. 85-263-0388-0 Para maiores informaes sobre livros, revistas, peridicos e os ltimos lanamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br Casa Publicadora das Assemblias de Deus Caixa Postal 331 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 23 edio/2002
  • 5. SUMRIO Introduo..........................................................................7 1. O Catolicismo Romano..................................................11 2. O Espiritismo.................................................................37 3. O Adventismo do 1- Dia........................+.......................65 4. As Testemunhas-de-jeov............................................77 5. O Mormonismo...........................................................101 6. O Evolucionismo.........................................................117 7. O Neomodernismo Teolgico...............+....................131 8. A Congregao Crist no Brasil...............+................ 141 9. S Jesus.......................................................................153 10. OTeosofismo.............................................................159 11. O Comunismo Marxista.............................................167 12. O Racionalismo Cristo........................................... 181 13. AMaonaria...............................................................203 14. Outras Seitas e "Ismos" Modernos..........................227 Bibliografia.....................................................................251
  • 6. Babel, fonte de inspirao das seitas falsas e heresias em todos os tempos
  • 7. INTRODUO Heresia deriva da palavra grega hiresis e significa: "escolha", "seleo", "preferncia". Da surgiu a palavra seita, por efeito de semntica. Do ponto de vista cristo, heresia o ato de um indivduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas prprias idias, ou as idias de outrem, em matria de religio. Em resumo, o abandono da verdade. O termo hiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Corntios 11.9; Glatas 5.20 e 2 Pedro 2.1. O estudo da heresiologia importante, sobretudo pelo fato de os ensinos herticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto , um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apstolos. O apstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versculos do captulo quatro da sua primeira epstola a Timteo, escreve: "Mas o Esprito afirma expressamente que, nos ltimos tempos alguns apostataro da f, por obedecerem a espritos enganadores e a ensinos de demnios, pela hipocrisia dos que falam men- tiras, e que tm cauterizada a prpria conscincia". O apstolo Pedro escreve tambm: "Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim tambm haver entre vs falsos mestres, os quais introduziro dissimuladamente heresias destruidoras, at ao ponto de negarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruio. E muitos seguiro as suas prticas libertinas, e, por causa deles, ser infamado o caminho da verdade; tambm, movidos por avareza, faro comrcio de vs, com palavras fictcias; para eles o juzo lavrado h longo tempo no tarda, e a sua destruio no dorme" (2 Pe 2.1-3). Uma seita identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos: 1. A Bblia Sagrada 2. A Pessoa de Deus 3. A queda do homem e o pecado 4. A Pessoa e a obra de Cristo 5. A salvao 6. O porvir Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos no se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita hertica. Entre as muitas razes para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes: 1. A ao diablica no mundo (2 Co 4.4). 2. A ao diablica contra a Igreja (Mt 13.25). 3. A ao diablica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19). 4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25). 5. A falsa hermenutica (2 Pe 3.16). 6. A falta de conhecimento da verdade bblica (1 Tm 2.4). 7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14). Esperamos, pois, que a leitura deste livro possa de alguma forma ajudar queles que esto procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38).
  • 8. I O CATOLICISMO ROMANO At h bem pouco tempo, os melhores livros escritos sobre seitas e heresias no incluam a Igreja Catlica Romana no seu esquema de estudos, talvez devido ao fato de grande parte deles terem sido escritos em pases onde essa igreja no exercia suficiente influncia para ser notada como tal. No esse o caso do Brasil, onde a grande maioria dos membros de nossas igrejas, teoricamente, veio do catolicismo romano, j que essa igreja majoritria (pelo menos nominalmente) em nossa ptria desde o seu descobrimento, em 1500. I. RESUMO HISTRICO DO CATOLICISMO A Igreja Catlica menciona o ano 33 d.C. como a data da sua fundao. Isto vem do fato de que toda ramificao do Cristianismo costuma ligar a sua origem Igreja fundada por Jesus Cristo. Porm, quanto ao desenvolvimento da organizao eclesistica e doutrinria da Igreja Romana, muito difcil fixar com exatido a data de sua fundao, porque o seu afastamento das doutrinas bblicas deu-se paulatinamente. 1.1. COMEO DA DEGENERAO Durante os primeiros trs sculos da Era Crist, a perseguio Igreja verdadeira ajudou a manter a sua pureza, preservando-a de lderes maus e ambiciosos. Nessa poca, ser cristo significava um grande desafio, e aqueles que fielmente seguiam a Cristo sabiam que tinham suas cabeas a prmio, pois eram rejeitados e perseguidos pelos poderosos. S os realmente salvos se dispunham a pagar esse preo. Graas tenacidade e coragem dos Pais da Igreja e dos famosos apologistas cristos, o combate da Igreja s heresias que surgiram nessa poca resultou numa expresso mais clara da teologia crist. Quando os imperadores propuseram-se a exterminar a Igreja Crist, s os que estavam dispostos a renunciar o paganismo e a sofrer o martrio declaravam sua f em Deus. Logo no incio do sculo IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Isso parecia ser o triunfo final do Cristianismo, mas, na realidade, produziu resultados desastrosos dentro da Igreja. Em 312, Constantino apoiou o Cristianismo e o fez religio oficial do Imprio Romano. Proclamando a si mesmo benfeitor do Cristianismo, achou-se no direito de convocar um Concilio em Nicia, para resolver certos problemas doutrinrios gerados por determinados segmentos da Igreja. Nesse Concilio foi estabelecido o chamado "Credo dos Apstolos". 1.2. CAUSAS DA DECADNCIA DA IGREJA A decadncia doutrinria, moral e espiritual da Igreja comeou quando milhares de pessoas foram por ela batizadas e recebidas como membros, sem terem experimentado uma real converso bblica. Verdadeiros pagos que eram, introduziram-se no seio da Igreja trazendo consigo os seus deuses, que, segundo eles, eram o mesmo Deus adorado pelos cristos. Nesse tempo, homens ambiciosos e sem o temor de Deus comearam a buscar posies na Igreja como meio de obter influncia social e poltica, ou para gozar dos privilgios e do sustento que o Estado garantia a tantos quantos fizessem parte do clero. Deste modo, o formalismo e as crenas pagas iam-se infiltrando na Igreja at o nvel de paganiz-la completamente. 1.3. RAZES DO PAPADO E DA MARIOLATRIA Desde o ano 200 a.C. at o ano 276 da nossa Era, os imperadores romanos haviam ocupado o posto e o ttulo de Sumo Pontfice da Ordem Babilnica. Depois que o imperador Graciano se negara a liderar essa religio no-crist, Dmaso, bispo da Igreja Crist em Roma, foi nomeado para esse cargo no ano 378. Uniram-se assim numa s pessoa todas as funes dum sumo sacerdote apstata e os poderes de um bispo cristo.
  • 9. Imediatamente depois deste acontecimento, comeou-se a promover a adorao a Maria como a Rainha do Cu e a Me de Deus. Da procederam todos os absurdos romanistas quanto hu- milde pessoa de Maria, a me do Salvador. Enquanto se desenvolvia a adorao a Maria, os cultos da Igreja de Roma perdiam cada vez mais os elementos espirituais e a perfeita compreenso das funes sobrenaturais da graa de Deus. Formas pagas, como a nfase sobre o mistrio e a magia, influenciaram essa igreja. O sacerdote, o altar, a missa e as imagens de escultura assumiram papel de preponderncia no culto. A autoridade era centralizada numa igreja dita infalvel e no na vontade de Deus, conforme expressada pela sua Palavra. 1.4. O CISMA ENTRE O ORIENTE E O OCIDENTE O cisma entre o Oriente e o Ocidente logo tornou-se evidente. O rompimento final aconteceu, em 1054, com a Igreja Ocidental, ou Romana, sediada em Roma, ento Capital do Imprio, por parte da Igreja Oriental, ou Ortodoxa, que assim separou-se da Igreja Romana, ficando sediada em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia. A Igreja Oriental guardou a primazia sobre os patriarcados de Jerusalm, Antioquia e Alexandria. Desde ento, a Igreja Romana, nitidamente desviada dos princpios ensinados por Jesus no seu Evangelho, esteve como um barco deriva, sem saber onde aportar. At que veio a Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero. Foi mais um cisma na j combalida Igreja Romana. II. PAGANIZAO DA IGREJA ROMANA Note a seguir o processo da gradual paganizao da Igreja Catlica Romana, desde que ela comeou a abandonar a simplicidade do Evangelho de Cristo, at os nossos dias: Sculo Ano Dogma ou Cerimnia I-II 33-196 Nesse perodo da Histria, a Igreja no aceitou nenhuma doutrina anti-bblica. II 197 Zeferino, bispo de Roma, comea um movimento hertico contra a divindade de Cristo. III 217 Calixto se torna bispo de Roma, pondo-se frente da propaganda hertica e levando a Igreja de Roma para mais longe do caminho de Cristo. III 270 Origem da vida monstica no Egito, por Santo Antnio. IV 370 Culto dos santos professado por Baslio de Cesaria e Gregrio de Nazianzo. Primeiros indcios do turbulo (incensrio), paramentos e altares nas igrejas, usos esses introduzidos pela influncia dos pagos convertidos. IV 400 Oraes pelos mortos e sinal da cruz feito no ar. V 431 Maria proclamada a "Me de Deus". VI 593 O dogma do Purgatrio comea a ser ensinado. VI 600 O latim passa a ser usado como lngua oficial nas VI celebraes litrgicas. VII 609 Comeo histrico do papado. VIII 758 A confisso auricular introduzida na igreja por religiosos do Oriente. VIII 789 Incio do culto das imagens e das relquias. IX 819 A festa da Assuno de Maria observada pela primeira vez. IX 880 Canonizao dos santos. X 998 Estabelecimento do Dia de Finados. X 998 Quaresma. X 1000 Cnon da Missa.
  • 10. XI 1074 Probe-se o casamento para os sacerdotes. XI 1075 Os sacerdotes casados devem divorciar-se, compulsoriamente, cada um de sua esposa. XI 1095 Indulgncias plenrias. XI 1100 Introduzem-se na igreja o pagamento da missa e o culto aos anjos. XI 1115 A confisso transformada em artigo de f. XII 1025 Entre os cnegos de Lio aparecem as primeiras idias da Imaculada Conceio de Maria. XII 1160 Estabelecidos os 7 sacramentos. XII 1186 O Concilio de Verona estabelece a "Santa Inquisio". XII 1190 Estabelecida a venda de indulgncias. XII 1200 Uso do rosrio por So Domingos, chefe da inquisio. XII 1215 A transubstanciao transformada em artigo de f. XIII 1220 Adorao hstia. XIII 1226 Introduz-se a elevao da hstia. XIII 1229 Probe-se aos leigos a leitura da Bblia. XIII 1264 Festa do Sagrado Corao. XIII 1303 A Igreja Catlica Apostlica Romana proclamada como sendo a nica verdadeira, e somente nela o homem pode encontrar a salvao... XIV 1311 Procisso do Santssimo Sacramento e a orao da Ave-Maria. XIV XV 1414 Definio da comunho com um s elemento, a hstia. O uso do clice fica restrito ao sacerdote. XV 1439 Os 7 sacramentos e o dogma do Purgatrio so transformados em artigos de f. XVI 1546 Conferida Tradio autoridade igual a da Bblia. XVI 1562 Declara-se que a missa oferta propiciatria e confirma-se o culto aos santos. XVI 1573 estabelecida a canonicidade dos livros apcrifos. XIX 1854 Definio do dogma da Imaculada Conceio de Maria. XIX 1864 Declarao da autoridade temporal do papa. XIX 1870 Declarao da infalibilidade papal. XX 1950 A assuno de Maria transformada em artigo de f. Vale salientar que alguns dos dados aqui registrados so apenas aproximados, pois muitas e muitas vezes as doutrinas eram discutidas, algumas durante sculos, antes de serem finalmente aceitas e promulgadas como artigos de f, ou dogmas. Um exemplo disto o dogma do Purgatrio, introduzido na Igreja Romana em 593, mas s declarado artigo de f no ano de 1439. III. PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA? A Igreja Catlica Romana considera o apstolo Pedro como a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja. Para fundamentar esse ensino, apela, principalmente, para a passagem de Mateus 16.16-19: "E Simo Pedro, respondendo, disse: Tu s o Cristo, o Filho de Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado s tu, Simo Barjonas, porque to no revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que est nos cus. Pois tambm eu te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno no prevalecero contra ela; e eu te darei as chaves do Reino dos cus; e tudo o que ligares na terra ser ligado nos cus, e tudo o que desligares na terra ser desligado nos cus". Dessa passagem, a Igreja Romana deriva o seguinte raciocnio: a. Pedro a rocha sobre a qual a Igreja est edificada. b. A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, s ele detm o poder de abrir a porta do
  • 11. Reino dos cus. c. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma. d. Toda autoridade foi conferida a Pedro at nossos dias, atravs da linhagem de bispos e papas, todos vigrios de Cristo na Terra. 3.1. UMA INTERPRETAO ABSURDA Partindo deste raciocnio, o padre Miguel Maria Giambelli pe o versculo 19 de Mateus 16 nos lbios de Jesus, da seguinte maneira: "Nesta minha Igreja, que o reino dos cus aqui na terra, eu te darei tambm a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judicirios, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu a ratificarei l no Cu, porque tu agirs em meu nome e com a minha autoridade" (A Igreja Catlica e os Protestantes, p. 68). Numa simples comparao entre a teologia vaticana e a Bblia, a respeito do apstolo Pedro e sua atuao no seio da igreja nascente, descobre-se quo absurda a interpretao romanista a respeito da pessoa e ministrio desse apstolo do Senhor. Mesmo numa despretensiosa anlise do assunto, conclui-se que: 1) Pedro jamais assumiu no seio do Cristianismo nascente a posio e as funes que a teologia catlico-romana procura atribuir-lhe. O substantivo feminino petra designa do grego uma rocha grande e firme. J o substantivo masculino petros aplicado geralmente a pequenos blocos rochosos, mveis, bem como a pedras pe- quenas, tais como a pedra de arremesso. Pedro petros = bloco rochoso e mvel e no petra = rocha grande e firme. Portanto, uma igreja sobre a qual as portas do inferno no prevaleceriam no poderia repousar sobre Pedro. 2) De acordo com a Bblia, Cristo a pedra. "Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mo, a qual feriu a esttua nos ps de ferro e de barro e os esmiuou" (Dn 2.34). "Edificados sobre o fundamento dos apstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo a principal pedra da esquina" (Ef 2.20). Nestes versculos, "pedra" se refere a Cristo e no a Pedro. Diz o apstolo Pedro: "Este Jesus a pedra rejeitada por vs, os construtores, a qual se tornou a pedra angular" (At 4.11, cf. Mc 12.10e 11). (Se desejar leia ainda Romanos 2.20; 9.33; 1 Corntios 10.4 e 1 Pedro 2.4.) 3-2. O TESTEMUNHO DOS PAIS DA IGREJA Dos oitenta e quatro Pais da Igreja antiga, s dezesseis crem que o Senhor se referia a Pedro quando disse "esta pedra". Dos outros Pais da Igreja, uns dizem que esta expresso se refere pessoa de Cristo mesmo, outros, confisso que Pedro acabara de fazer, e outros, ainda, a todos os apstolos. Portanto, se apelarmos para os Pais da Igreja dos primeiros quatro sculos, as pretenses da Igreja Romana com referncia a Pedro, redundam em sofismas. S a partir do sculo IV comeou-se a falar a respeito da possibilidade de Pedro ser a pedra fundamental da Igreja, e isto estava intimamente relacionado com a pretenso exclusivista do bispo de Roma. luz das palavras do prprio apstolo Pedro, Cristo apetra (= rocha grande e firme): "Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" (1 Pe 2.4). Todos os crentes so petros = blocos rochosos e moveis, "...vs mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdcio santo, a fim de oferecerdes sacrifcios espirituais, agradveis a Deus, por intermdio de Jesus Cristo" (1 Pe 2.5). IV. O ALEGADO PRIMADO DE PEDRO Da interpretao doutrinria que a Igreja Catlica Romana faz de Mateus 16.16-19, deriva outro grande erro: o ensino de que Jesus fez de Pedro o "Prncipe dos Apstolos", pelo que veio a se tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papas, no decorrer dos sculos, so legtimos sucessores.
  • 12. Esteve Pedro em Roma alguma vez? H uma opinio sobre uma remota possibilidade de que Pedro tenha estado em Roma. Oscar Cullman, telogo alemo, escreve: "A primeira carta de Pedro... alude em sua saudao final (5.13) estada de Pedro em Roma, ao falar de 'Babilnia' como lugar da comunidade que envia saudaes, pois que a opinio mais provvel que 'Babilnia' designa Roma". Tambm Lietzmann, em sua obra Petrus and Paulus in Rome (Pedro e Paulo em Roma), assim se expressa sobre o assunto: "Mais importante, porm, a debatida afirmao de que Pedro, no decurso de sua atividade missionria, tenha chegado a Roma e a morrido como mrtir. Visto que esta questo est inti- mamente relacionada com a pretenso romana ao primado, freqentemente a polmica confessional influi na discusso. A resposta a ela s pode ser fruto de pesquisa histrica desinteres- sada. Como, porm, ao lado das fontes neotestamentrias, vm, em considerao, principalmente testemunhos extra e ps-cannicos da literatura crist antiga, e, alm disto, documentos litrgicos posteriores, e ainda escavaes recentes, esta questo no pode ser aqui discutida em todos os seus pormenores. Queremos apenas lembrar que, at a segunda metade do sculo II, nenhum documento afirmava expressamente a estada e martrio de Pedro em Roma". 4.1. PEDRO, UM PAPA DIFERENTE Tenha ou no estado em Roma, o fato que, se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que apareceram at agora. Se no, vejamos: a. Pedro era financeiramente pobre (At 3.6). b. Pedro era casado (Mt 8.14,15). c. Pedro foi um homem humilde, pelo que no aceitou ser adorado pelo centurio Cornlio (At 10.25,26). d. Pedro foi um homem repreensvel (Gl 2.11-14). de estranhar que Tiago e no Pedro, o "Prncipe dos Apstolos", como ensina a teologia vaticana, fosse o pastor da comunidade crist em Jerusalm (At 15). Se Pedro tivesse sido papa, cer- tamente no teria aceito a orientao dos lderes da Igreja quanto obra missionria (At 15.7). Se Pedro tivesse sido papa, a ordem das "colunas", conforme Paulo escreve em Glatas 2.9, seria: "Cefas, Tiago e Joo", e no "Tiago, Cefas e Joo". 4.2. O PAPA, UM PEDRO DIFERENTE A prpria histria do papado uma viva demonstrao de que os papas jamais conseguiram provar serem sucessores do apstolo Pedro, j que em nada se assemelham quele inflamado, mas humilde, servo do Senhor Jesus Cristo. Vejamos, por exemplo: a. Os papas so administradores de grandes fortunas da igreja. O clrigo Jos Maria Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou, no final do ano de 1972, que o balano financeiro do Vaticano dispunha de um ativo de um bilho de dlares. b. Os papas so celibatrios, isto , no se casam, no obstante ensinarem que o casamento um sacramento. c. Os papas freqentemente aceitam a adorao dos homens. d. Os papas consideram-se infalveis nas suas decises e decretos. V. O PURGATRIO A idia do Purgatrio tem suas razes no budismo e em outros sistemas religiosos da antigidade. At a poca do papa Gregrio I, porm, o Purgatrio no havia sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista. Esse papa adicionou o conceito de fogo purificador crena, ento corrente, de que havia um lugar entre o cu e o inferno, para onde eram enviadas as almas daqueles que no eram to maus, a ponto de merecerem o inferno, mas tambm, no eram to bons, a ponto de merecerem o cu.
  • 13. Assim, surgiu a crena de que o fogo do Purgatrio tem poder de purificar a alma e todas as suas escrias, at faz-la apta a se encontrar com Deus. 5.1. ALEGADAS RAZES DESSE DOGMA Buscando provar a existncia do Purgatrio, a Igreja Romana apela para algumas passagens bblicas, das quais extrai apenas falsas inferncias, e nada mais. Entre os versculos preferidos, desta- cam-se os seguintes: "Se algum proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe- isso perdoado; mas se algum falar contra o Esprito Santo, no lhe ser isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mt 12.32). "Digo-vos que toda palavra frvola que proferirem os homens, dela daro conta no dia de juzo" (Mt 12.36). "...se a obra de algum se queimar, sofrer ele dano; mas esse mesmo ser salvo, todavia, como que atravs do fogo" (1 Co 3.15). 5.2. UMA DESCRIO DO PURGATRIO De acordo com a teologia romanista, o Purgatrio, alm de ser um lugar de purificao, tambm um lugar onde a alma cumpre pena; pelo que o fogo do Purgatrio deve ser temido grande- mente. O fogo do Purgatrio ser mais terrvel do que todo o sofrimento corporal reunido. Um nico dia nesse lugar de expiao poder ser comparado a milhares de dias de sofrimentos terrenos. O escritor catlico Mazzarelli faz seus clculos base de trinta pecados veniais por dia, e, para cada pecado, um dia no Purgatrio, perfazendo um total de mil e oitocentos anos, caso o pecador tenha sessenta anos de vida na Terra, devendo-se acrescentar aos veniais os pecados mortais absolvidos, mas no plenamente expiados. 5.3. QUEM VAI PARA O PURGATRIO? A pergunta: Que espcie de gente vai para o Purgatrio? responde o papa Pio IV: "1. Os que morrem culpados de pecados menores, que costumamos chamar veniais, e que muitos cristos cometem e que, ou por morte repentina, ou por outra razo, so chamados desta vida, sem que se tenham arrependido destas faltas ordinrias. 2. Os que, tendo sido formalmente culpados de pecados maiores, no deram plena satisfao deles justia divina" (A Base da Doutrina Catlica Contida na Profisso da F). Ptio da Catedral de So Pedro, em Roma, centro de peregrinao e de paganizao do mundo
  • 14. Apesar do fato de as almas no Purgatrio, segundo o ensino da Igreja Romana, terem sido j justificadas no batismo e pelo batismo, a justia divina, contudo, no ficou plenamente satisfeita. Desse modo, a alma, embora escape do inferno, precisa suportar, por causa dos seus pecados que ainda restam por expiar depois da morte, a punio temporria do Purgatrio. Isso foi categorica- mente afirmado pelo Concilio de Trento: "Se algum disser que, depois de receber a graa da justificao, a culpa perdoada ao pecador penitente, e que destruda a penalidade da punio eterna, e que nenhuma punio fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino a ser aberto, seja antema" (Seo VI). 5.4. SUFRGIOS PELOS QUE SE ACHAM NO PURGATRIO Entre o que pode assistir aos que se encontram no Purgatrio, h trs atos que se destacam no ensino romanista, que so: 5.4.1. ORAES PELOS MORTOS E de se supor que a prtica romanista de interceder pelos mortos tenha-se gerado da falsa interpretao s seguintes palavras de Paulo: "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prtica de splicas, oraes, intercesses, aes de graa, em favor de todos os homens" (1 Tm2.1). 5.4.2. MISSAS As missas so tidas como os principais recursos empregados em benefcio das almas que esto no Purgatrio, pois, segundo o ensino romanista, a missa beneficia no s a alma que sofre no Purgatrio, como tambm acumula mritos queles que as mandam dizer. 5.4.3. ESMOLAS Dar esmolas com a inteno de aplic-las nas necessidades da alma que pena no Purgatrio " jogar gua nas chamas que a devoram". Pretende a Igreja Romana que, "exatamente como a gua apaga o fogo mais violento, assim a esmola lava o pecado". Ainda sobre o Purgatrio, o Concilio de Trento declarou: "Desde que a Igreja Catlica, instruda pelo Esprito Santo nos sagrados escritos e pela antiga tradio dos Pais, tem ensinado nos santos conclios, e ultimamente, neste Concilio Ecumnico, que h o Purgatrio, e que as almas nele retidas so assistidas pelos sufrgios das missas, este santo concilio ordena a todos os bispos que, diligentemente, se esforcem para que a salutar doutrina concernente ao Purgatrio transmitida a ns pelos venerveis pais e sagrados conclios seja crida, sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiis de Cristo" (Seo XXV). 5.5. REFUTAO O Purgatrio no somente uma fbula engenhosamente montada, mas a sua doutrina se constitui num vergonhoso sacrilgio honra de Deus e num desrespeito obra perfeita efetuada por Cristo na cruz do Calvrio. Essa doutrina, alm de absurda e cruel, supe os seguintes disparates e blasfmias: No obstante Deus declare que j nenhuma condenao h para os que esto em Cristo Jesus (Rm 8.1), contudo, Ele se contradiz a si mesmo quando lana o salvo no Purgatrio, para expiar os pecados j purgados. Deus no queima os seus filhos no Purgatrio para satisfazer sua justia j satisfeita pelo sacrifcio de Cristo, mas para satisfazer a si mesmo! Ao lanar seus filhos no Purgatrio, Deus est com isto dizendo que o sacrifcio do seu Filho foi imperfeito e insuficiente! Jesus, que dos cus intercede pelos pecadores, v-se impossibilitado de livrar as almas que esto no Purgatrio, porque s o papa possui a chave daquele crcere! Dizer que as almas expiam suas faltas no Purgatrio atribuir ao fogo o poder do sacrifcio de Jesus, e ignorar completamente a obra que Cristo efetuou no Glgota!
  • 15. Que o castigo do pecado fica para depois de perdoado! Estes disparates provm dum erro da teologia vaticana, segundo o qual a obra expiatria de Cristo satisfez a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e no daqueles que foram cometidos posteriormente. Todas estas incoerncias sobre o dogma do Purgatrio esto em contradio com as seguintes afirmaes bblicas: a. Quanto perfeita libertao do pecado (Jo 8.32,36). b. Quanto ao completo livramento do juzo vindouro (Jo 5.24). c. Quanto completa justificao pela f (Rm 5.1,2). d. Quanto intercesso de Cristo (1 Jo 2.1). e. Quanto ao atual estado dos salvos mortos (Lc 23.43;Ap 14.13). f. Quanto bem-aventurada esperana do salvo (Fp 1.21,23;2Co5.8). O que a Igreja Catlica Romana chama "Purgatrio", a Bblia chama "Gehenna", ou "Inferno", lugar de suplcio eterno, de onde aqueles que nele so lanados, jamais sairo (leia Lucas 16.19-31 e veja que nada poder ser feito em favor daqueles infelizes que so lanados nesse lugar de terrvel suplcio). A esses est ordenado morrerem uma s vez, vindo depois disto o juzo (Hb 9.27), quando sero julgados e condenados ao Lago de Fogo. A salvao oferecida por Cristo uma salvao perfeita e total, pois ela o resultado da misericrdia de Deus e do sangue do seu amado Filho. "Se, porm, andarmos na luz, como ele est na luz, mantemos comunho uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustia" (1 Jo 1.7,9). O purgatrio do crente o sangue de Jesus. VI. A TRADIO E A BBLIA Em 1929, sobre a Bblia, escreveu o padre Bernhard Conway: "A Bblia no a nica fonte de f, como Lutero ensinou no sculo XVI, porque, sem a interpretao de um apostolado divino e infalvel, separado da Bblia, jamais poderemos saber, com certeza, quais so os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cpias que hoje possumos concordam com os originais. A Bblia, em si mesma, no mais do que letra morta, esperando por um intrprete divino; ela no est arranjada de forma sistemtica; obscura, e de difcil entendimento, como So Pedro diz de certas passagens das Cartas de Paulo (2 Pe 3.16, cf. At 8.30,31); como ela , est aberta falsa interpretao. Alm disso, certo nmero de verdades reveladas tm chegado a ns, somente por meio da Tradio divina" (The Question Box). No Compndio do Vaticano II, l-se o seguinte: "No atravs da Escritura apenas que a Igreja deriva sua certeza a respeito de tudo que foi revelado. Por isso ambas (Escritura e Tradio) devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de piedade e reverncia" (p. 127). 6.1. ESTABELECIDA A TRADIO Desde que muitas inovaes anticrists comearam a ser aceitas pela Igreja Romana, esta comeou a ter dificuldades em como justific-las luz das Escrituras. Desse modo, em vez de deixar o paganismo e voltar-se para a Bblia, o clero fez exatamente o contrrio: no Concilio de Tolosa, em 1229, tomaram a medida extrema de proibir o uso da Bblia pelos leigos. At a Reforma Protestante, a Igreja Catlica Romana no havia ainda tomado nenhuma posio no sentido de conferir Tradio autoridade igual da Bblia Sagrada. Isto devido generalizada ignorncia do povo a respeito das Escrituras. Porm, com o advento da Reforma Protestante no sculo XVI, o valor da Bblia, como nica regra de f e prtica do cristo, foi exaltado, e a sua mensagem pregada onde quer que se fizesse sentir a influncia desse evento. Como a maioria dos dogmas da Igreja Romana no tivesse o apoio da Bblia, o clero em mais uma demonstrao de rejeio das Escrituras, foi levado a estabelecer a Tradio como autoridade para apoiar os seus dogmas e enganos. A nfase bblica da mensagem reformada forou o clero da Igreja Romana a reavaliar a
  • 16. deciso do Concilio de Tolosa, e passou a permitir a leitura da Bblia pelos leigos, desde que satisfeitas as seguintes exigncias: a. Que a Bblia fosse editada ou autorizada pelo clero; b. Que os leigos no formassem juzo prprio dos seus ensinos; c. Que os leigos s aceitassem a sua interpretao quando feita pelo clero. Impedidos de interpretar a Bblia por si mesmos, os leigos estavam privados da possibilidade de ver quo desrespeitosos Bblia so os dogmas acobertados pela Tradio. S dessa forma, os dogmas fundamentados na Tradio estariam resguardados de julgamento e a Bblia reduzida, assim, a um livro ininteligvel e destitudo de autoridade. "A questo da autoridade na Igreja Romana foi sempre uma dolorosa questo, mas a Histria revela que a sua tendncia sempre foi de flutuar de um para outro ponto, com propenso para fincar-se no papado. Esta foi a evoluo da autoridade: das Escrituras para a Tradio, desta para a Igreja, da Igreja para o clero e deste para o papado que, em 1870, diria: A tradio sou eu" (F e Vida, maio de 1943). 6.2. TRADIO, TRAIO AO EVANGELHO A Tradio da Igreja Romana , sem dvida alguma, um "outro evangelho" (Gl 1.8); anttese do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Ela no tinha lugar na igreja primitiva. O Evangelho s, contm "todo o conselho de Deus" (At 20.27), dispensando, portanto, a tradio vaticana. Paulo, o maior escritor e doutrinador do Novo Testamento, cujo ministrio estava fundamentado no Evangelho, falou sobre a suficincia deste quando escreveu: "Antes de tudo vos entreguei o que tambm recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3,4, nfase do autor). A Tradio no pode resistir a uma anlise por parte de famosos cristos da antigidade, tampouco diante das Escrituras. Cipriano, no sculo III, disse: "A tradio, sem a verdade, o erro envelhecido". Tertuliano afirmou: "Cristo se intitulou a Verdade, mas no a tradio... Os hereges so vencidos com a Verdade e no com novidades". No ano 450, disse Venncio: "Inovaes so coisas de hereges e no de crentes ortodoxos". Jernimo, o tradutor da "Vulgata", traduo oficial da Bblia usada pela Igreja Romana, escreveu: "As coisas que se inventam e se apresentam como tradies apostlicas, sem autoridade e testemunho das Escrituras, sero atingidas pela Espada de Deus". A Confisso de F de Westminster traz num dos seus decretos algo que os catlicos deveriam ler e no esquecer, que diz: "O Supremo Juiz, pelo qual todas as controvrsias de religio so de- terminadas e todos os decretos de conclios, opinies de escritores antigos, doutrinas de homens e espritos privados sero examinados e cujas sentenas devemos acatar, no pode ser outro seno o Esprito Santo, falando atravs das Escrituras." VII. A VIRGEM MARIA A essncia da adorao na Igreja Catlica Romana gira no em torno do Pai, do Filho e do Esprito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria. No decorrer dos sculos as mais diferentes e absurdas crendices tm sido criadas em torno da humilde me do Salvador. 7.1. A TEOLOGIA MARIANA Decreta o Concilio Vaticano II: "Os fiis devem venerar a memria primeiramente da gloriosa sempre Virgem Maria, Me de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo". Dentre as muitas declaraes em torno de Maria, destacam-se as seguintes: 7.1.1. CONCEBIDA SEM PECADO "Da no admira que nos Santos Padres prevalece o costume de chamar a Me de Deus toda
  • 17. santa, imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Esprito Santo e formada nova criatura" (Compndio Vaticano II, p. 105). 7.1.2. SEMPRE VIRGEM "Maria sempre foi virgem: Esta doutrina tradicional da Igreja Catlica. No entanto a grande maioria das Igrejas Protestantes afirma que Maria no guardou a sua virgindade e teve outros filhos alm de Jesus" (A Igreja Catlica e os Protestantes, p. 88). 7.1.3. MEDIANEIRA E INTERCESSORA "A Bem-aventurada Virgem Maria invocada na Igreja sob os ttulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira" (Compndio Vaticano II, p. 109). 7.2. O CMULO DO ABSURDO H alguns anos foi publicado na imprensa de uma capital latino-americana um discurso de um cardeal catlico-romano. O eminente prelado recorda este sonho. Ele sonhou que estava na cidade celestial. Ouviu-se bater porta. Foi comunicado a Deus que um pecador da Terra estava pedindo entrada. "Cumpriu ele as condies?" foi a pergunta. A resposta foi: "No!" "Ento no pode entrar", foi o veredicto. Nesse ponto, a virgem Maria, que estava sentada direita do seu Filho, falou: "Se esta alma no entrar eu me ponho fora". A porta abriu-se e o pecador entrou. 7.3.0 TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS Invocando o testemunho das Escrituras, conclumos que: 7.3.1. MARIA NO FOI CONCEBIDA SEM PECADO O que a Bblia declara que "todos pecaram e carecem da glria de Deus" (Rm 3.23). S a respeito de Cristo que pode ser dito: "Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpvel, sem mcula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os cus" (Hb 7.26). 7.3.2. MARIA TEVE OUTROS FILHOS Alm de Joo 2.12, o Novo Testamento se refere aos irmos de Jesus, ainda em Mateus 12.46; 13.55,56; Marcos 3.31; Lucas 8.19; Joo 7.3,5,10; Atos 1.14; 1 Corntios 9.5 e Glatas 1.19. Os ensinadores romanistas dizem que aqueles a quem o Novo Testamento chama de irmos de Jesus, na realidade so seus primos. Esta interpretao errnea e visa fortalecer o dogma da perptua virgindade de Maria (leia Lucas 1.36, e veja que irmos e primos so distintos no Novo Testamento). O fato de Maria ter sido virgem no ato da concepo de Jesus ponto pacfico nas Escrituras, porm, afirmar que ela continuou virgem aps o parto anttese de Mateus 1.25: "Contudo, no a conheceu, enquanto no deu luz um filho, a quem ps o nome de Jesus". 7.3.3. MARIA NO EXERCE MEDIAO A FAVOR DO PECADOR "Porque h um s Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Tm 2.5). "Se, todavia, algum pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 Jo 2.1). 7-3-4- S CRISTO INTERCEDE PELO PECADOR "Por isso tambm pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25). Epifnio, grande apologista cristo do sculo IV, diz o seguinte aos catlicos de hoje: "No se devem honrar os santos alm do que justo, mas deve-se honrar o Senhor deles. Maria, de fato, no Deus nem recebeu do cu o seu corpo, mas de uma concepo de um homem e de uma mulher. Santo o corpo de Maria; ela virgem e digna de muita honra mas no foi dada para adorao, antes, ela adora aquele que nasceu da sua carne. Honre-se Maria, mas adore-se o Pai, o Filho e o Esprito Santo. Ningum adore a Virgem Maria".
  • 18. Ao mesmo tempo, disse Ambrsio de Milo: "Maria era o templo de Deus, no o Deus do templo. Deve-se adorar ento somente aquele que opera no templo". VIII. A MISSA Dentre os muitos chamados "sacramentos" da Igreja catlica Romana, destaca-se a missa. 8.1. DEFINIO DA MISSA O que a missa no contexto do Catolicismo Romano definido pelo padre Miguel Maria Giambelli: "O que ns, catlicos, chamamos 'missa', os primeiros cristos de Jerusalm chamavam de 'partir do po', porque foi exatamente isto o que fez Jesus na ltima ceia: 'Tomou o po, deu graas e partiu...'" S. Paulo lembra aos corntios que todas as vezes que eles se renem para comer deste po e beber deste clice, anunciam a morte do Senhor, isto , eles renovam o sacrifcio do Calvrio. "O apstolo Paulo alerta os corntios de que aquele po e aquele vinho, aps as palavras consagradas, no so mais po e vinho comuns, mas so algo de misterioso que esconde o corpo sagrado de Jesus, e quem, portanto, se atrever e comer deste po e beber deste vinho sem as devidas condies espirituais, comete uma profanao to sacrlega que o torna ru de um crime contra o corpo e o sangue do Senhor Jesus. Da porque So Paulo continua alertando os corntios a tomarem muito a srio o ato de comer deste po e beber deste clice consagrado na eucaristia, porque quem os come e bebe sem crer firmemente que so corpo vivo de Cristo, e, portanto, sem fazer distino entre o po comum da padaria e po consagrado 'come e bebe sua prpria condenao!'" (A Igreja Catlica e os Protestantes, p. 27). Deste ensino deduz-se que Giambelli afirma: a. Missa e santa ceia do Senhor so a mesma coisa. b. A missa renova o sacrifcio do Calvrio. c. O po e o vinho usados na missa so transubstanciados no prprio corpo de Cristo no momento da celebrao. d. Quem no diferenar o po que servido na missa do que vendido na padaria, "come e bebe sua prpria condenao". 8.2.0 QUE DIZEM AS ESCRITURAS Esse ensino errado, portanto, contrrio quilo que as Escrituras Sagradas ensinam. O recurso que a Igreja Romana usa para confundir o significado da expresso "... em memria..." com a palavra "... renovar", se constitui numa incoerncia, primeiro luz da Bblia, e depois luz da gramtica. No Dicionrio da Lngua Portuguesa, de Augusto Miranda, a expresso "em memria" tem como sinnimo a expresso "em lembrana"; enquanto a palavra "renovar" tem como sinnimo a palavra "recompor". Portanto, uma nada tem a ver com a outra. Se a morte de um amigo nos vem memria, isto no a mesma coisa que renov-la. Existem vrios versculos na Bblia que falam da impossibilidade de se renovar o sacrifcio de Cristo, entre os quais se destacam: Hebreus 7.26,27; 10.12-14; 1 Pedro 3.18 e Romanos 6.9. 8.3. O PROBLEMA DA TRANSUBSTANCIAO No h um s versculo nas Escrituras em apoio tese do Concilio de Trento de que o po e o vinho usados na missa, ao serem consagrados, tornam-se, ou transubstanciam-se, em Jesus, fsica e espiritualmente, assim como Ele est no cu. Veja, por exemplo: a. Mesmo aps a ressurreio, no obstante gozando do privilgio de um corpo espiritual, Jesus no bilocou-se, isto , Ele no esteve em dois lugares ao mesmo tempo. Se estava em Emas, no estava em Jerusalm. Ele estava num s lugar de cada vez. Como pretende, pois, a teologia vaticana provar que Jesus esteja fisicamente, tanto no cu como nas hstias espalhadas nos sacrrios dos templos catlicos por todo o mundo? b. Quando Jesus diz: "E eis que estou convosco todos os dias at a consumao dos sculos"
  • 19. (Mt 28.10), Ele no sugere que estaria fisicamente atravs do po e do vinho da missa, mas espiri- tualmente, assim como esteve com Paulo, conforme Atos 18.9,10. c. O corpo de Cristo hoje na Terra no o po e o vinho usados na celebrao da missa, mas a sua Igreja, conforme mostram as seguintes passagens bblicas: 1 Corntios 10.16,17; 12.27; Efsios 1.22,23; 4.15,16; 5.30. Outra prova de que missa e santa ceia do Senhor so cerimnias diferentes, que na missa os comungantes s tomam um elemento (a hstia) enquanto o vinho tomado exclusivamente pelo padre celebrante, quando a ordem novitestamentria : "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do po e beba do clice" (1 Co 11.28). IX. OS LIVROS APCRIFOS Muitas perguntas tm sido feitas e muitas questes tm sido levantadas quanto aos livros apcrifos. Os catlicos chegam mesmo a afirmar que a Bblia usada pelos evanglicos (aos quais cha- mam "protestantes") incompleta e falha por faltarem nela os livros apcrifos. Muitos evanglicos, por sua vez, perguntam por que a nossa Bblia no contm tais livros. 9.1. DEFINIO DE "APCRIFO" Empregamos aqui o termo apcrifo num sentido restrito, forando um pouco o sentido original da palavra, e pondo de parte o carter de certos escritos, aos quais o referido termo se aplica. A palavra "apcrifo", literalmente, significa "oculto". Porm, no decorrer dos tempos e em razo do uso, o termo j no tem o sentido de "oculto", mas de "esprio", isto , "no-puro". No tempo da Reforma, o termo "apcrifo" foi definitivamente aplicado a esses livros no- cannicos contidos na Vulgata, pois no faziam parte do cnon hebraico. Seu significado oposto ao termo "cannico" acarretou, para esses livros, o desprezo que se sentia pela literatura apocalptica e oculta, tanto judaica como crist-judaica. 9.2. RELAO DOS APCRIFOS O nmero de livros apcrifos vai muito alm daqueles que a Bblia de uso catlico contm, porm os mais conhecidos, e aqui citados, so aqueles que foram aprovados pela Igreja Catlica no Concilio de Trento, em 1546. Destes, mais da metade so inseridos nas Bblias de edio catlica. Alguns desses livros so tambm inseridos em Bblias de editoras protestantes, para estudo e investigao da crtica textual e devido ao seu relativo valor histrico. Os apcrifos consistem em livros assim chamados, e em acrscimos a livros cannicos. A sua aprovao pela Igreja Catlica deu-se, como j dissemos, em 1546, no Concilio de Trento, em meio a intensa controvrsia, havendo inclusive luta fsica resultante da contenda e dos debates em torno deles. Os livros, e acrscimos a livros cannicos, aprovados, foram os seguintes: Tobias, Judite, acrscimo ao livro cannico de Ester, Sabedoria de Salomo, Eclesistico, Baruque (contendo a Epstola de Jeremias), Cntico dos Trs Santos Filhos (acrscimo a Daniel), Histria de Susana e Bel e o Drago (tambm acrscimos a Daniel), 1 e 2 Macabeus. Eram 14 os principais apcrifos do Antigo Testamento. Destes, os no reconhecidos pelo Concilio de Trento foram 1 e 2 Esdras e A Orao de Manasses. 9.3. QUESTES A CONSIDERAR Por que estes livros so considerados apcrifos e no cannicos? A razo bvia que eles no suportam uma prova de canonicidade, como mostrado a seguir: Eles nunca fizeram parte do cnon hebraico. Eles nunca foram citados no Antigo Testamento. Josfo, o historiador judeu, os omite em seus escritos. Nenhum deles reclama a inspirao divina para si. Eles contm erros histricos, geogrficos e cronolgicos. Eles ensinam e apiam doutrinas que so contrrias s Escrituras em geral.
  • 20. Como literatura, s vezes no passam de mitos e lendas. Em geral, seu nvel espiritual e moral deixa muito a desejar. Jesus no os cita em seus escritos. Os apstolos e escritores dos Evangelhos, das Epstolas e do Apocalipse no se referem a eles nos seus escritos. Os famosos Pais da Igreja primitiva no se reportam a eles como fonte de inspirao dos seus escritos. Eles foram escritos muito tempo depois de encerrado o cnon do Antigo Testamento. Certamente que nem todas as igrejas tm a mesma opinio quanto ao valor dos apcrifos. A Igreja Reformada, por exemplo, sempre considerou os livros no-cannicos como de relativo valor, "para exemplo de vida e instruo de costumes, ainda que sem autoridade em matria de f".
  • 21. 2 O ESPIRITISMO O espiritismo , sem dvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detm o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu cresci- mento se d, em grande parte, devido ao fascnio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus. Alheio Palavra de Deus, e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constitudo numa espcie de "profundezas de Satans", pronto a tragar pessoas incautas que esto a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios. I. RESUMO HISTRICO DO ESPIRITISMO O espiritismo constitui-se no mais antigo engano religioso j surgido. Porm, em sua forma moderna como hoje conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque. 1.1. ESTRANHOS FENMENOS Em dezembro de 1847, Margaret e Kate, respectivamente de doze e dez anos, comearam a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princpio julgaram que esses rudos fossem produzidos por camundongos e ratos que infestavam a casa. Contudo, quando os lenis comearam a ser arrancados das camas por mos invisveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus luga- res, e uma mo fria tocou no rosto de uma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenmenos sobrenaturais. A partir da, as meninas criaram um meio de comunicar-se com o autor dos rudos, que respondia s perguntas com um determinado nmero de pancadas. 1.2. EXPANSO DO MOVIMENTO Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicao da poca, sesses espritas propagaram-se por toda a Amrica do Norte. Na Inglaterra, porm, a con- sulta aos mortos j era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os mdiuns norte-americanos encontraram ali solo frtil onde a semente do supersticionismo espiritista haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na poca, outros pases da Europa tambm foram visitados com sucesso pelos espritas norte-americanos. Na Frana, a figura de Allan Kardec a principal dos arraiais espiritistas. Lon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lio, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudnimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnao de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a misso de pregar uma nova religio, o que comeou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou O Livro dos Espritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligncia e inigualvel sagacidade, estudou toda a literatura afim disponvel na Inglaterra e nos Estados Unidos, e dizia ser guiado por espritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idia da reencarnao. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: Livro dos Mdiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cu e Inferno e Gnesis.
  • 22. Allan Kardec, o pai do Espiritismo Homem dotado de caractersticas fsicas e mentais de grande resistncia, Allan Kardec foi apstolo das novas idias que haveriam de influir na organizao do espiritismo. Fundou A Revista Esprita, peridico mensal editado em vrios idiomas. Ele mesmo assentou as bases da "Sociedade Continuadora da Misso de Allan Kardec". Morreu em 1869. II. SUBDIVISES DO ESPIRITISMO Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os prprios espritas admitem haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas: 2.1. ESPIRITISMO COMUM Dentre as muitas prticas dessa classe de espiritismo, destacam-se as seguintes: a. Quiromancia - Adivinhao pelo exame das tinhas das mos. O mesmo que "quiroscopia". b. Cartomancia - Adivinhao pela decifrao de combinaes de cartas de jogar. c. Grafologia - Estudo dos elementos normais e principalmente patolgicos de uma personalidade, feito atravs da anlise da sua escrita. d. Hidromancia - Arte de adivinhar por meio da gua. e. Astrologia- Estudo e/ou conhecimento da influncia dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; tambm conhecida como "uranoscopia". 2.2. BAIXO ESPIRITISMO O baixo espiritismo, tambm conhecido como espiritismo pago, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes prticas:
  • 23. a. Vodu - Culto de negros antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual catlico. Praticado principalmente no Haiti. b. Candombl - Religio dos negros ioruba, na Bahia. c. Umbanda - Designao dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba e dos candombls da Bahia, xang de Pernambuco, pajelana da Amaznia, do catimb e outros cul- tos sincrticos. d. Quimbanda - Ritual da macumba que se confunde com os da umbanda. e. Macumba - Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candombl, com elementos de vrias religies africanas, de religies indgenas brasileiras e do catolicismo. 2.3. ESPIRITISMO CIENTFICO O espiritismo cientfico tambm chamado "Alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo", "Espiritismo Profissional" ou "Espiritualismo". Ele se manifesta, inclusive, como "sociedade", como, por exemplo, a LBV (Legio da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo j falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida tambm como: a. Ecletismo - Sistema filosfico dos que no seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais prxima da verdade. b. Esoterismo - Doutrina ou atitude de esprito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um nmero restrito de iniciados, escolhidos por sua influncia ou valor moral. c. Teosofismo - Conjunto de doutrinas religioso-filosficas que tm por objetivo a unio do homem com a divindade, mediante a elevao progressiva do esprito at a iluminao. Iniciado por Helena Petrovna Blavastky, mstica norte-americana (1831-1891), fantica adepta do budismo e do lamasmo. 2.4. ESPIRITISMO KARDECISTA O espiritismo Kardecista a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil, e tem, como principais, entre as suas muitas teses, as seguintes: a. Possibilidade de comunicao com os espritos desencarnados. b. Crena da reencarnao. c. Crena de que ningum pode impedir o homem de sofrer as conseqncias dos seus atos. d. Crena na pluralidade dos mundos habitados. e. A caridade virtude nica, aplicada tanto aos vivos como aos mortos. f. Deus, embora exista, um ser impessoal, habitando um mundo longnquo. g. Mais perto dos homens esto os "espritos-guias". h. Jesus foi um mdium e reformador judeu, nada mais que isto. Evidentemente, o diabo um demagogo muito verstil e malevel, capaz de muitas transformaes. Aos psiclogos, ele diz: "Trago-vos uma nova cincia". Aos ocultistas, assevera: "Dou-vos a chave para os ltimos segredos da criao". Aos racionalistas e telogos modernistas, declara: "No estou a. Nem mesmo existo". Assim faz o espiritismo: muda de roupagem, como o camaleo muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, na essncia, continue sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diablico.
  • 24. A passada das bandeiras numa cerimnia do vodu haitiano III. A TEORIA DA REENCARNAO A teoria da reencarnao se constitui no cerne de toda a discusso espiritista. Destruda esta teoria, o espiritismo no poder subsistir. Sobre o assunto, escreveu Allan Kardec: "A reencarnao fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreio... A reencarnao a volta da alma, ou esprito, vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 24,25). 3.1. A BBLIA NEGA A REENCARNAO A Bblia jamais faz qualquer referncia palavra "reencarnao", tampouco confunde-a com a palavra "ressurreio". Segundo o dicionrio Escolar da Lngua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, "reencarnao" o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existncias com um s esprito; enquanto a palavra "ressurreio", no grego, anstasis e gersis, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situao para outra. No latim, "ressurreio" o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo "ressurreio" como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, unio da alma e do esprito ao corpo, aps a morte fsica. 3.2. RESSURREIO NA BBLIA No decorrer de toda a narrativa bblica, so mencionados oito casos de ressurreio, sendo sete de restaurao da vida, isto , ressurreio para tornar a morrer, e um de ressurreio no sentido pleno, final o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreio para nunca mais morrer, no somente pelo fato de Ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressur- reio real (1 Co 15.20,23). A expresso "ressurreio dentre os mortos", como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica uma ressurreio da qual somente os justos participaro. Os participantes da verdadeira ressurreio no mais morrero (Lc 20.36). A referida expresso e traduo correta do original. A palavra "dentre" indica que os mortos mpios continuaro sepultados quando os santos ressurgirem. Os sete outros casos de ressurreio na Bblia, por ordem, so: o filho da viva de Serepta (1
  • 25. Rs 17.19-22); o filho da sunamita (2 Rs 4.32-35); o defunto que foi lanado na cova de Eliseu (2 Rs 13.21); a filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43); o filho da viva de Naim (Lc 7.11-17); Lzaro (Jo 11.1-46); Dorcas (At 9.36-43). O caso da ressurreio de Jesus, que, como j dissemos, diferente, acha-se registrado em Mateus 28.1-10; Marcos 16.1-8; Lucas 24.1-12; Joo 20.1-10 e 1 Corntios 15.4,20-23. Quanto ressurreio propriamente dita, escreve Allan Kardec: "A ressurreio implica a volta da vida ao corpo j morto o que a cincia demonstra ser materialmente impossvel, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos". E evidente que esta teoria de Allan Kardec no pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e no nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreio dos mortos. No relevante citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos aps quatro e trs dias de sepultados: Lzaro e Jesus. 3.2.1. LZARO O testemunho de Joo captulo 11 que Lzaro: a) estava morto (vv.14,21,32,37); b) estava sepultado j havia quatro dias (vv. 17,39); c) j cheirava mal (v.39); d) ressuscitou ainda amortalhado (v.44); e) ressuscitou com o mesmo corpo e com a mesma aparncia que possua antes de morrer (v.44). 3.2.2. JESUS O testemunho das Escrituras quanto morte e ressurreio de Jesus Cristo, que: a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33). b) Jos de Arimatia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42). c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6). d) Mesmo aps ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrer a crucificao, porm, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27). 3.3. UMA TEORIA ABSURDA Procurando dar sentido bblico absurda teoria da reencarnao, Allan Kardec lana mo do captulo 3 de Joo para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnao. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a verso bblica do padre Antnio Pereira de Figueiredo como texto base de sua traduo, grifando o versculo 3 do citado captulo de Joo: "Na verdade te digo que no pode ver o reino de Deus seno aquele que renascer de novo" (nfase minha), quando o versculo naquela verso escrito da seguinte forma: "Na verdade, na verdade, te digo, que no pode ver o reino de Deus, seno aquele que nascer de novo" (nfase minha). "Renascer" j significa nascer de novo, enquanto "renascer de novo" constitui-se numa intolervel redundncia, mas no sem propsito por parte do espiritismo, que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnao tem fundamento na Bblia. IV. JOO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO? Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discpulos: "Por que dizem, pois, os escribas ser necessrio que Elias venha primeiro? Ento Jesus respondeu: De fato (...) Elias j veio, e no o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram (...) Ento os discpulos entenderam que lhes falara a respeito de Joo Batista" (Mt 17.10-13). Acerca de Joo Batista, disse mais Jesus: "E, se o quereis dar crdito, este o Elias que havia de vir" (Mt 11.14).
  • 26. 4.1. OPINIO ESPIRITISTA Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec: "A noo de que Joo Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crena fosse um erro, Jesus no a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade... ' ele mesmo o Elias, que havia de vir'. A no h nem figuras nem alegorias; uma afirmao positiva" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 25, 27). 4.2. OBJEO BBLICA Um dos conceitos de hermenutica mais conhecido aquele segundo o qual a Bblia interpreta-se a si mesma. Portanto, somos impedidos de lanar mos de recursos alheios ao contexto bblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos. A Bblia mesma d respostas s suas indagaes. A pergunta: "Joo Batista era Elias reencarnado ou no?" responde o prprio Joo Batista, dizendo: "No sou" (Jo 1.21). Sobre Joo Batista, diz Lucas 1.17: "E ir adiante dele no esprito e virtude de Elias, para converter os coraes dos pais aos filhos, e os rebeldes prudncia dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Isto no quer dizer que Joo fosse Elias, mas que no seu ministrio haveria peculiaridades do ministrio de Elias. De fato, a Bblia no trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministrios tenham tanta semelhana como Joo Batista e Elias. Lembra o refro popular: "Tal Pai, tal filho". Isto no quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnao do outro, mas sim, que existem hbitos comuns entre ambos. 4.3. CINCO PONTOS A CONSIDERAR Dentre as muitas razes pelas quais cremos que Joo Batista no era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes: Os judeus criam que Joo Batista fosse Elias ressuscitado, no reencarnado (Lc 9.7,8). Se os judeus realmente acreditassem que Joo era Elias reencarnado e no ressuscitado, no teriam em outra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. Joo Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, no podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lc 9.7,9). Se reencarnao o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existncias com um s esprito, evidente que um vivo no pode ser reencarnao de algum que nunca morreu. Fica claro assim que Joo Batista no era Elias, j que este no morreu, pois foi arrebatado vivo ao cu (2 Rs 2.11). Se Joo Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e no os judeus ou os espritas. queles que lhe perguntaram: "s tu Elias?", ele respondeu de- sembaraadamente: "No sou" (Jo 1.21). Se Joo Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfigurao de Cristo teriam aparecido Moiss e Joo Batista, e no Moiss e Elias (Mt 17.18). Fica evidente, portanto, que a Bblia no apia a absurda teoria espiritista da reencarnao. At mesmo os chamados "fatos comprovados" da reencarnao, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade no comprovam coisa alguma. V. A INVOCAO DE MORTOS Reencarnao e invocao de mortos so as duas principais estacas de sustentao de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo ruir irremediavelmente. 5.1. O QUE A BBLIA Diz Aos hebreus que saram do Egito e se aproximavam de Cana, por intermdio de Moiss, disse o Senhor Deus: "Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, no aprenders a fazer conforme as abominaes daquelas naes. Entre ti se no achar quem faa passar pelo fogo o seu filho ou a
  • 27. sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um esprito adivinhante, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao Senhor, e por estas abominaes o Senhor, teu Deus, as lana fora de diante de ti. Perfeito sers, como o Senhor, teu Deus. Porque estas naes, que hs de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porm a ti o Senhor, teu Deus, no permitiu tal coisa" (Dt 18.9-14). Com base nestas palavras de Moiss, no seu livro O Cu e o Inferno, aduz Allan Kardec: "... Moiss devia, pois, por poltica, inspirar nos hebreus averso a todos os costumes que pudessem ter semelhana e pontos de contato com o inimigo". 5.2. DEUS CONDENA A INVOCAO DE MORTOS Alegar que Moiss se opunha aos costumes pagos dos cananeus baseado em razes simplesmente polticas, como afirma Allan Kardec, atesta a completa ignorncia do espiritismo quanto s Escrituras Sagradas. A proibio divina de consultar os mortos no prova que havia comunicao com os mortos. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que no significa comunicao real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicao. Na prtica de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificaes, mentiras, farsas e manifestaes de demnios. o que acontece nas sesses espritas, onde espritos demonacos, espritos enganadores, manifestam-se, identificando-se como pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espritos tm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e at apresentando projetos ticos e humanitrios, que terminam sempre em destroos. So espritos que se prestam ao servio do pai da mentira, Satans. O povo de Deus, porm, possui a inigualvel revelao de Deus pela qual disciplina a sua vida: "Quando vos disserem: Consultai os que tm espritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; no recorrer um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-o os mortos? lei e ao testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra, nunca vero a alva" (Is 8.19,20). 5.3.0 ESTADO DOS MORTOS O testemunho geral das Escrituras que os mortos, devido ao estado em que se encontram, no tm parte em nada do que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9.5,6; Salmos 88.10-12; Isaas 38.18,19; J 7.9,10. Nenhum dos textos bblicos mencionados contradiz a esperana bblica da ressurreio dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdio eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem aps a morte, na sepultura, jamais poder voltar vida de outrora, e que na sepultura nada poder fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda esto na Terra. VI. SAUL E A MDIUM DE EN-DOR (Antes de prosseguir, tome a sua Bblia, abrindo-a no captulo 28 de 1 Samuel. Leia todo esse captulo e em seguida volte leitura deste livro.) Concluda a leitura desta poro das Escrituras, vm mente perguntas, tais como: ou no possvel comunicar-se com os espritos de pessoas falecidas? Foi ou no Samuel quem apareceu na sesso esprita de En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: A assemblia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasio. Essa tambm era a opinio de alguns dos mais destacados lderes da Igreja dos primeiros sculos, entre eles, Justino Mrtir e Origenes. J Tertuliano, Jernimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demnio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel. 6.1. ANLISE DO CASO At mesmo uma despretensiosa anlise de 1 Samuel 28 mostra com clareza meridiana que um esprito de engano, e no Samuel, foi quem apareceu na sesso esprita de En-Dor. Dentre as muitas
  • 28. provas contra a opinio de que Samuel apareceu naquela ocasio, destacam-se as seguintes: a. Nem a mdium nem o seu esprito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. S Deus exercia esse poder; pelo que no iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prtica que o prprio Deus condenou (Dt 18.9-14). b. Aps informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei. c. Se fosse Samuel quem aparecera na ocasio, ele no teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso, se Deus, e no Saul, lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv.15,16). d. O prprio Saul disse que Deus j no lhe respondia nem pelo ministrio dos profetas e nem por sonhos (vv. 6,15), pelo que Deus, no ltimo momento, no teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelao; no teria entrado em contradio com a sua Palavra, que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (J 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31); no teria criado a impresso de que tentar entrar em contato com os mortos no to mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18.9-14); no teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita mdium (1 Cr 10.13). e. Saul disse mdium a quem deveria chamar. De acordo com o estudo dos fenmenos psquicos, a mdium teria lido na mente de Saul qual seria a aparncia de Samuel, e a descrevera como Saul costumava v-lo. f. A mdium temeu porque: em seu transe ela reconheceu Saul (v. 12), que era conhecido como inimigo das prticas espiritistas; ou, ela viu um esprito adejando por cima da apario, que com "prodgios de mentira" se fazia passar por Samuel. g. O prprio Saul no viu Samuel. De acordo com a descrio da mdium, ele mesmo sups que a personagem descrita era Samuel. h. Quanto profecia abordada durante a sesso em En-Dor, J.K. Van Baalen, no seu livro O Caos das Seitas, d as seguintes possibilidades: a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse; a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (1 Sm 15.16,18), que vinha perseguindo Saul (1 Sm 16.2; 20.31, etc), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir; se um demnio se fazia passar por Samuel e falou por meio da mdium, ento a mulher ter- se-ia lembrado da profecia de Samuel, fazendo uso dela. i. No era necessrio que algum fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos, o salrio do pecado a morte. No captulo 15 de 1 Samuel, a questo dessa guerra j havia sido levantada bem antes de Saul consultar a mdium. j. A parte final do vaticnio da mdium no foi verdadeira no seu cumprimento, pois nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos. 6.2. PROFUNDEZAS DE SATANS A melhor maneira de se definir o espiritismo cham-lo de "profundezas de Satans" (Ap 2.24). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satans: o pai da mentira (Jo 8.44); sabe imitar a realidade com os seus embustes (x 7.22; 8.7); se transforma em anjo de luz (2 Co 11.14); tem o poder de operar milagres (2 Ts 2.9). Aqueles que se envolvem com o espiritismo esto sob as malhas da rede de Satans, correndo o perigo de jamais se libertarem dela.
  • 29. VII. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS? Para saber se os mortos podem ou no ajudar os vivos, leia a histria do rico e Lzaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16.19-31. Precisamente, os versculos 22 e 23 dizem: "E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abrao; e morreu tambm o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abrao e Lzaro, no seu seio". 7.1. UM QUADRO CONTRASTANTE Veja que contraste: Lzaro morre e levado ao Paraso de Deus, enquanto o rico, ao morrer, lanado no inferno de horror, de onde, em agonia, clama: "Pai Abrao, tem misericrdia de mim, e manda a Lzaro, que molhe na gua a ponta do seu dedo e me refresque a lngua, porque estou atormentado nesta chama" (v. 24). Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lzaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele infeliz; porm, o pai Abrao respondeu: "... Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lzaro, somente males; e, agora, este consolado, e tu, atormentado. E, alm disso, est posto um grande abismo entre ns e vs, de sorte que os que quisessem passar daqui para vs no poderiam, nem tampouco os de l, passar para c" (vv. 25,26). 7.2. ALGUMAS CONCLUSES DESTA PASSAGEM Feita uma anlise desta passagem, as concluses a que chegamos so: a. A vida no porvir ser uma conseqncia natural da vida que se viveu aqui na Terra: Lzaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraso, enquanto o homem rico, vaidoso e indiferente s necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e sofrimento. b. O lugar onde sero lanados os perdidos ser um lugar de sofrimento eterno, e no um lugar de purificao e aperfeioamento dos espritos. c. Se ao homem aqui, vivendo mpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape aps a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que , ao passo que o sacrifcio de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual j se teve notcia. d. Se um falecido pudesse, de alguma forma ajudar os seus entes queridos vivos, o rico no teria rogado a Abrao que envias- se Lzaro ou um dos mortos casa dos seus irmos, a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto. e. Se fosse possvel que o esprito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lzaro, um dos mortos, ou o prprio homem rico exercesse influncia junto aos parentes deste. f. Tudo quanto o homem precisa conhecer concernente salvao e vida eterna acha-se exarado nos escritos de Moiss, dos profetas, dos evangelistas e dos apstolos do nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a revelao divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: "Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se algum lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentar as pragas que esto escritas neste livro; e se algum tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirar a sua parte da rvore da vida, e da Cidade Santa, que esto descritas neste livro" (Ap 22.18,19). Assim, os chamados "bons ensinamentos" dos espritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais so do que ensinamentos de demnios, pois apresentam-se como nova fonte de revelao, em detrimento da verdadeira revelao de Deus a Bblia Sagrada. VIII. DE DEUS NO SE ZOMBA Correm grande perigo as pessoas que se do s tristes aventuras e experincias espiritistas. Para ilustrar isto, usaremos a histria do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim e o relacionamento de ambos com o espiritismo. Esta histria foi publicada no Anurio
  • 30. Esprita de 1971. Reportamo-nos a ela como meio de oferecer-lhe, leitor, subsdios no combate ao erro espiritista, e para advertir aqueles que se esto deixando iludir por esses ensinos de demnios. 8.1. A TRGICA MORTE DE JIM Pike tinha um nico filho, um, belo e culto rapaz. Em 1966, pai e filho encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova Iorque, e ali, no seu quarto de hotel, matou-se com um tiro. Jim tinha dificuldade em se relacionar com as pessoas. Era arredio mesmo em relao ao pai, e, por ironia, s depois da morte, atravs de mdiuns ame- ricanos e ingleses, teria conseguido, segundo o relato, comunicar-se com Pike. Jim tinha 22 anos, sua morte arrasou o pai. Tudo era mais dramtico porque, por incrvel que possa parecer, Pike no cria na vida aps a morte. Ele fora seminarista e se desiludira com o catolicismo; mesmo como bispo episcopal sua situao era embaraosa: sem admitir os dogmas da religio, via-se constantemente atacado e no poucas vezes taxado de herege. 8.2. COISAS ESTRANHAS COMEAM A ACONTECER Aps os funerais do filho, nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho coisas estranhas comearam a acontecer: roupas eram atiradas dos armrios, livros moviam-se das estantes, etc. Como qualquer pessoa que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em lugar de normalizar a sua situao com Deus, saiu procura de algum que pudesse explicar tais fenmenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com a mdium inglesa Ena Twigg. Uma sesso foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o esprito do seu filho Jim. O esprito dizia: "Tenho sido to infeliz!" Instado pelo pai, respondeu que no acreditara em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade. Acrescenta o Anurio: "Alm disso, o rapaz o exortou a prosseguir em suas pesquisas e predisse que o pai abandonaria sua igreja. Pike mostrou-se constrangido, mas Jim insistiu: 'Voc far. Isto ocorrer no dia 1Q de agosto'". 8.3- PIKE DEIXA A SUA IGREJA Logo aps voltar Amrica, Pike entrou em contato com o mdium americano Arthur Ford, com o qual participou de um programa de televiso. No citado programa, Ford, em transe, transmitiu mensagens que, dizia ele, serem de Jim a Pike. O programa produziu to grande escndalo, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro rebolio. A Igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deix-la. No muito depois da morte de um, aps ingerir forte dose de barbitricos, morre a senhora Maren Bergrud, secretria de confiana de Pike. Ela sofria de cncer. Certo dia, estando ela melhor de sade, os espritos segredaram-lhe ao ouvido que, se pusesse fim sua vida, poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretria, Pike ficou quase arra- sado; mesmo assim continuou buscando fenmenos relacionados com o alm-tmulo. 8.4. "O OUTRO LADO" Pike juntou todo o material das sesses espritas das quais havia participado, e escreveu o livro O Outro Lado. Pike foi presa fcil, caindo sob a armadilha do espiritismo sem nenhuma resistncia. Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psquicos. Num dos seus dilogos com o suposto esprito de um, indagou se o filho ouvira falar de Jesus, ao que ele respondeu: "Meus mentores me dizem: Jim, voc ainda no est em condies de compreender. Eu no o encontrei, mas todos falam a respeito dele como um mstico, um vidente. Eles no o mencionam como o salvador, mas como um exemplo. Voc compreende? Eu preciso dizer-lhe: Jesus triunfante. Voc no pode me pedir que lhe diga o que ainda no compreendo. Ele no o salvador, isto muito importante, mas um exemplo". Acrescenta o Anurio: "... agora Pike julga-se um cristo autntico".
  • 31. 8.5- A LEI DA SEMEADURA E DA COLHEITA Pike partiu para a Palestina, a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos prprios lugares por onde Jesus andou e exerceu o seu ministrio. A Bblia j no lhe valia coisa alguma. Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, no passava de um mito, um mstico, um vidente, nada mais que isso. Ali aconteceu o que certamente ele no previra: no dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi achado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia nos desertos prximos do mar Morto. Vale a pena lembrar e citar as palavras do apstolo Paulo, quando diz: "No vos enganeis; Deus no se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso tambm ceifar. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifar a corrupo; mas quem semeia no Esprito, do Esprito ceifar a vida eterna" (Gl 6.7,8). IX. VOCABULRIO ESPIRITISTA Assim como a pessoa conhecida pelo vocabulrio que usa, de igual modo o espiritismo mais bem identificado por seu vocabulrio, usado para comunicar os seus enganos. evidente que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajar espiritista, podem ter diferentes sentidos, por exemplo, de acordo com a cincia. Porm, na relao a seguir, vamos dar o significado de cada palavra, de acordo com a interpretao dada pelo prprio espiritismo. 9.1. PALAVRAS DE ENGANO Do grande universo de termos usados pelo espiritismo, destacam-se os seguintes: Mdium - Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com espritos de pessoas mortas. Mediunidade - E o fenmeno em que uma pessoa recebe um outro esprito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse esprito recebido passa a dominar a mente do mdium que recebe o controle e o domnio do seu prprio corpo. Clarividncia e Clariaudincia - Fenmenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espritos que a rodeiam, servindo de elo de ligao e comunicao entre o mundo visvel e o invisvel. Levitao - Fora psquica gerada por uma ou mais mentes na imposio de mos, onde um objeto ou uma pessoa pode elevar-se do solo. E muito praticada na parapsicologia, que uma falsa cincia. Telepatia - Comunicao por via sensorial entre duas mentes distncia; transmisso de pensamento. Criptestesia - E o fenmeno da sensao do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vivo. Premonio - Sensao, pressentimento do que vai suceder. Metagnomia - a resoluo de problemas matemticos, obras artsticas que se produzem e lnguas desconhecidas que se decifram (lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Esprito Santo). Telecinesia - Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, alteraes de balanos sem o toque de mos. Idioplastia - a alterao do corpo fsico em virtude do pensamento. 9-2. CARACTERSTICAS DESSES FENMENOS Cssio Colombo, em um "Estudo Sobre o Espiritismo", chama a nossa ateno para o fato de que esses "fenmenos": 1) No so fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade. 2) Ocorrem apenas com determinadas pessoas, que tambm recebem o nome de "clarividentes" ou "mdiuns". 3) Todos so, pelo menos na aparncia, fatos inteligentes.
  • 32. 4) So fenmenos que ningum tem a conscincia de causas. Da a atribu-los cada qual a outrem, ou seja, no h entidade responsvel pelos trabalhos. 5) Os fenmenos metapsquicos independem de espao e de tempo. H conhecimento direto, imediato. 6) H condies necessrias para as manifestaes metapsquicas: concentrao, penumbra, etc. O medo, a desconfiana e o sarcasmo perturbam essas manifestaes. 7) H quase sempre o que se tem chamado de projeo, isto , os fenmenos so objetivos e no subjetivos. No h alucinaes. 8) As mensagens medinicas so muitas vezes apresentadas de modo simblico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida. 9) Os fenmenos referidos vrias vezes ocorrem na hora da morte, supondo-se que, neste caso, os fenmenos surjam por causa da tenso emotiva e das condies vitais, que, fugindo regra, permitem a manifestao das foras latentes do esprito. 10) H comportamento nas manifestaes metapsquicas que parecem expressar existncia de personalidades diferentes dos que tomam parte da sesso. o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo. X. O ESPIRITISMO E AS SUAS CRENAS J dissemos que as duas principais estacas de sustentao do espiritismo so o dogma da reencarnao e a alegada possibilidade de os vivos se comunicarem com os espritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista muito mais que isto, como mostrado a seguir. 1O.1. COMPLEXO DOUTRINRIO O conjunto de doutrinas do espiritismo grande e complexo. Na verdade constitui-se num esquema de negao de toda a doutrina bblica crist. Veja, por exemplo, o que cr o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina crist. 10.1.1 DEUS "Abrogamos a idia de um Deus pessoal" (The Physical Phenomena in Spiritualism Revealed). "Deve-se entender que existem tantos deuses quantas so as mentes que necessitam de um deus para adorar; no apenas um, dois, ou trs, mas muitos" (The Banner of Light, 03.02.1866). 10.1.2. CRISTO "Qual o sentido da palavra Cristo! No , como se supe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito Cristo" (Spiritual Telegraph, n 37). "No obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espritos avanados mostra apenas que Cristo era um mdium e um reformador da Judia, e que agora um esprito avanado na sexta esfera" (Palavras do Dr. Weisse, citado por Hanson, em Demonology or Spiritualism). "Cristo foi um homem bom, mas no poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos" (Mensagem por um "esprito", citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretatior). 10.1.3. A EXPIAO "A doutrina ortodoxa da Expiao um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e imoral desde o mago... A razo dessa doutrina que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante!... Porventura o sangue no ferve de indignao ante tal doutrina?" (Mdium and Daybreak). 10.1.4. A QUEDA "Nunca houve qualquer evidncia de uma queda do homem" (A. Conan Doyle). "Precisamos rejeitar o conceito de criaturas cadas. Pela queda deve-se entender a descida do esprito matria" (The True Light).
  • 33. 10.1.5. O INFERNO "Posso dizer que o inferno eliminado totalmente, como h muito tem sido eliminado do pensamento de todo homem sensato. Essa idia odiosa, to blasfema em relao ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade em uma era brutal, quando os homens eram assustados com chamas, como as feras so espantadas pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of Spiritualism). 10.1.6. A IGREJA "Passo a passo avanou a Igreja Crist, e ao faz-lo, passo a passo a tocha do espiritismo foi retrocedendo, at que quase no se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio s trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Crist se tem imposto entre os mortais e os espritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como j fazia h mil e oitocentos anos" (Mmd and Matter, 08.05.1880). "Se o Cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve desaparecer. So a anttese um do outro..." (Mmd and Matter, junho de 1880). 10.1.7. A BBLIA "Asseverar que ela [a Bblia] um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, um grosseiro ultraje e um logro para com o pblico" (Outlines of Spiritualism). "Gostamos pouco de discutir baseados na Bblia, porque, alm de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sbios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitveis absurdos" (Carlos lmbassahy, O Espiritismo Analisado). 10.2. REFUTAO BBLICA DESSAS AFIRMAES ERRADAS A Bblia Sagrada, a espada do Esprito Santo, lana a doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que: 10.2.1. DEUS a. um ser pessoal (Jo 17.3; SI 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19); b. um ser nico (Dt 6.4; Is 45.5,18; 1 Tm 1.17; Jd 25). 10.2.2. JESUS CRISTO a. foi superior aos homens (Hb 7.26); b. apresentado na Bblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como mdium (At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fp 2.9-11). 10.2.3. A EXPIAO a. foi um ato voluntrio de Cristo (Tt 2.14); b. alcanada como conseqncia da f (At 10.43); c. adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graa (Ef 1.7). 10.2.4. A QUEDA a. sobreveio como conseqncia da desobedincia de Ado (Rm 5.12,15,19); b. decorreu da tentao do diabo (Gn 3.1-5; 1 Tm 2.14). 10.2.5. O INFERNO a. foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41); b. fica embaixo (Pv 15.24; Lc 10.15); c. ser a habitao final e eterna dos perversos (SI 9.7; Mt 25.41).
  • 34. 10.2.6. A IGREJA a. foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18); b. jamais ser vencida (Mt 16.18); c. guardada pelo Senhor (Ap 3.10). 10.2.7. A BBLIA a. a Palavra de Deus (2 Sm 22.31; SI 12.6; Jr 1.12); b. foi escrita sob inspirao divina (1 Pe 2.20,21); c. absolutamente digna de confiana (SI 111.7); d. descrita como pura (SI 19.8), espiritual (Rm 7.14), santa, justa e boa (Rm 7.12), ilimitada (SI 119.96), perfeita (SI 19.7, Rm 12.2), verdadeira (SI 119.142), no pesada (1 Jo 5.3). Disse Henrique Heine, o famoso poeta lrico alemo: "Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida e correr as tabernas da filosofia, depois de me haver entregue a todas as politiquices do esprito e ter participado de todos os sistemas possveis, sem neles encontrar satisfao, ajoelho-me diante da Bblia".
  • 35. 3 O ADVENTISMO DO 7 DIA No princpio do sculo XIX, quando pouca nfase era dada segunda vinda de Cristo, Guilherme (William) Miller, pastor batista do Estado de Nova Iorque, nos Estado