Exemplo de Monografia 2

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE QUALIDADE NA LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO Por: Leandro Neves de Souza

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE

MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE QUALIDADE NA

LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Por: Leandro Neves de Souza

Orientador

Prof. Ms. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2010

Page 2: Exemplo de Monografia 2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE

MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE QUALIDADE NA

LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para

conclusão do curso de Pós Graduação “Lato

Sensu” em Logística Empresarial

Por: . Leandro neves de Souza

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar,

pois ele foi responsável por mais esta

vitória na minha vida, minha esposa e

filhos e todos aqueles que de alguma

forma me ajudaram nessa caminhada.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha filha

Gabrielle, um símbolo de superação.

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Page 5: Exemplo de Monografia 2

RESUMO

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT )

em 2006 indica que o transporte representa aproximadamente 60% de todo os

custos logístico e no caso da distribuição, tem interação direta com o cliente ou

consumidor final, caracterizando assim a sua importância para o processo,

onde qualquer interferência pode acarretar em insatisfação por parte do

cliente. O transporte de carga principalmente no modal rodoviário apresenta

uma série de não conformidades, entretanto, o que atualmente vem chamando

a atenção são os crescentes números de assaltos efetuados por quadrilhas

especializadas em roubo de carga, que estão causando grandes transtornos

para os operadores logísticos e transportadoras, que tem a missão de

identificar no mercado ferramenta capaz de mitigar ou pelo menos reduzir o

volume de assaltos, de forma a garantir maior qualidade e pleno atendimento

ao planejamento logístico, neste contexto, o gerenciamento de risco vem se

apresentando como principal ferramenta para auxiliar no atingimento deste

objetivo garantindo qualidade e um diferencial competitivo para as empresas

que adotam.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada no presente trabalho, será basicamente de

Pesquisa bibliográfica em Livros e revistas acadêmicas da área baseada

inicialmente nos seguintes autores: Novaes (2004) e Ballou (1998) e sites na

internet especializados na matéria, por apresentarem acervo material completo

tais como, dados, pesquisas, artigos e cases que vão auxiliar na exploração do

tema.

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Page 7: Exemplo de Monografia 2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I - Logistica 10

CAPITULO II - Distribuição Física e Transporte 13

CAPITULO III - Panorama de Roubo de Carga no Transporte 23

CAPITULO IV - Gerenciamento de Risco 30

CONCLUSÃO - 34

BIBLIOGRAFIA - 37

INDICE - 38

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Page 8: Exemplo de Monografia 2

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o intuito de identificar através da literatura

disponível e cases empresariais, se o Gerenciamento de Risco é uma

ferramenta capaz de mitigar as ocorrências de assaltos no transporte de carga,

manutenindo assim a qualidade e o planejamento logístico.

O trabalho foi dividido em quatro capítulos, onde o objetivo foi

contextualizar o leitor com os principais conceitos de logística, traçando um

panorama do roubo de carga e finalizando com a definição e apresentação

das principais ferramentas de Gerenciamento de risco.

No primeiro capitulo é demonstrado os principais conceitos de

logística, onde segundo Novaes (2004) é o processo de planejar, implementar

e controlar de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de produtos, bem

como os serviços de informações associados, cobrindo desde o ponto de

origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do

consumidor, este conceito nos remete a quatro variáveis que norteiam a

logística contemporânea; valor de lugar, valor de tempo, valor de qualidade, e

valor da informação, variáveis estas que quando atendidas pressupõe um

diferencial competitivo para empresa.

No segundo capitulo o foco e na distribuição e no transporte, que é

parte integrante do processo logístico, segundo Novaes (2004) é a parte da

logística responsável pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares

certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo

possível. A principal ferramenta da distribuição é o transporte que representa

60% de todos os custos logísticos, desta forma qualquer melhoria implantada

no sistema de transporte para reduzir custo e mitigar os riscos terá como

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Page 9: Exemplo de Monografia 2

conseqüência para empresa o aumento de competitividade, através do

aumento da satisfação dos clientes.

O terceiro capitulo tem como objetivo demonstrar para o leitor, a

situação que hoje vive o País com relação ao roubo de carga, e para tanto,

alguns gráficos e estatísticas de evolução de delitos por região, por volume em

reais e quantidades são apresentados, ilustrando a falta de segurança que

hoje os operadores logísticos e transportadores vivem.

O quarto capitulo conceitua o Gerenciamento de risco, que segundo a

NTC & Logística em seu sitio define como um conjunto de técnicas e medidas

preventivas que visam identificar, avaliar e evitar ou minimizar os efeitos de

perdas ou danos que possam ocorrer no transporte de mercadorias, desde a

origem até o destino da carga, garantindo que o produto esteja no local

desejado, dentro do prazo previsto e de acordo com sua conformidade. O que

vai ao encontro dos preceitos logísticos, que é disponibilizar o produto no lugar

certo na hora certa em quantidade adequada ao menor custo possível.

Neste capitulo é ressaltado através de cases a importância que o GR

teve no processo logística da empresa .

Por fim o trabalho é concluído sob a luz da analise da importância do

Gerenciamento de Risco no processo Logístico.

empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor econômico

para satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.

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CAPÍTULO I

LOGÍSTICA

1.1 Origem da logistica

Apesar do termo ser contemporâneo para a maioria das pessoas, a

logística como conceito já era utilizada para atender as necessidades militares

desde a segunda guerra mundial . Para que houvesse o suprimento no campo

de batalha de medicamentos, alimentos e munição, na hora certa, era

necessário que uma equipe traçasse uma estratégia que permitisse o pronto

atendimento, ou, o atendimento das necessidades militares no menor tempo

possível com a efetividade desejada.

Esse tipo de tarefa na época , embora a sua importância, uma

atividade acessório que não tinha o devido reconhecimento.

1.2 Conceito de logística

Com o advento da globalização e conseqüente abertura de mercados,

verificou-se que os produtores e os consumidores se encontravam

geograficamente dispersos. As matérias-primas não necessariamente estão

próximas aos locais em que se estabelecem as empresas que as utilizam

como insumos em seus processos produtivos, e, posteriormente, estes bens

vêm a ser consumidos em terceiros territórios. Assim como nos ataques

militares, a logística é absolutamente fundamental no contexto das empresas,

para eliminação destas lacunas espaciais e temporais que impedem que haja

o fluxo ótimo de insumos e produtos. Os novos nichos de mercado, compostos

por consumidores cada vez mais apropriados de que qualidade é condição

sine qua non, passam então a exigir que os produtos estejam no local e na

hora exatos em que são demandados. Embora caracterizem um público que

10

Page 11: Exemplo de Monografia 2

também espera a prática do preço justo estes consumidores crescentemente

se tornam mais sensíveis a serviço, para determinar a escolha do produto que

será adquirido, em detrimento inclusive de qual seja a sua marca.

Martin Chistopher (1997) define logística como o processo de gerenciar

estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais,

peças e produtos acabados – e os fluxos de informações correlatas – através

da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as

lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo

custo

Para Moura (1989) a logística consiste em fazer chegar a quantidade

certa de mercadorias certas, nas condições e ao mínimo custo; a logística

constitui-se em um sistema global, formado pelo inter-relacionamentodos

diversos segmentos ou setores que a compõe. Compreende a embalagem e a

armazenagem, o manuseio a movimentação e o transporte de um modo geral.

Segundo Novaes (2004), Logística é :

“O processo de planejar, implementar e controlar

de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de

produtos, bem como os serviços de informações

associados, cobrindo desde o ponto de origem até o

ponto de consumo, com o objetivo de atender aos

requisitos do consumidor”

.

Cada autor tem uma definição própria para logística, entretanto, todos

convergem para o mesmo ponto, que é o cerne da logística, ou seja,

disponibilizar o produto certo, no lugar certo, na hora certa com qualidade e ao

menor custo possível.

11

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Esse conceito está relacionado diretamente com quatro variáveis que

são à base da Logística moderna. São eles:

Valor de Lugar: é importante entender que para que o consumidor

usufrua o produto em toda a sua plenitude , é necessário que a mercadoria

seja colocada no lugar desejado, ou seja, só produzir a cerveja não é

suficiente e necessário que ela esteja disponível no ponto de venda para

consumo.

Valor de tempo: Para o consumidor o produto tem que estar no lugar

certo, porém, no tempo adequado.Se a cerveja chegar no bar ao termino do

jogo final da copa do mundo também não terá valor para o cliente, pois mesmo

tinha interesse de consumo durante o jogo e não após.

Valor de Qualidade: alem de está no lugar certo e no tempo adequado,

é importante que o produto preserve as especificações com as quais foram

vendidas, ou seja, se ao abrir a cerveja o cliente identifica que a mesma está

com gosto ruim, todo o planejamento logístico se perde, aos olhos do

consumidor.

Valor da Informação: Os consumidores de hoje estão atentos aos seus

pedidos e precisam ser atualizados constantemente quanto ao seu

andamento.

Nesse contexto a logística é reconhecida como diferencial competitivo

entre as empresas já que, usando da maneira correta sem nenhum tipo de

interferência, permite a eliminação, ou atenuação de barreiras entre o mercado

e o consumidor.

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Page 13: Exemplo de Monografia 2

CAPITULO II

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E TRANSPORTE

2.1 Conceito de distribuição física

Segundo Novaes (2004), a distribuição é a parte da logística

responsável pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares certos,

no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo

possível e tem como foco principal. Neste contexto já se vê o grau de

complexidade deste processo, como se não bastasse a dificuldades inerentes

ao próprio processo de distribuição, a mesma ainda está suscetível a

interferências externas tais como desastres naturais , condições de rodovia e a

possíveis abordagens de meliantes na tentativa de subtrair a carga , e cada

uma destas ocorrências refletem diretamente na qualidade do serviço

prestado. É verdade que pode ocorrer algumas intempéries não passíveis de

controle ou prevenção, dada a sua força maior, entretanto, em alguns casos

como o de Roubo de carga, é possível adotar medidas preventivas que

inibam a ação dos meliantes..

2.2 Transporte

O Transporte está intimamente ligado ao processo logístico, e a

principal ferramenta da distribuição, para que o produto seja deslocado do

ponto de origem até o consumidor final é necessário que haja um intermediário

(transporte), Arbache ( 2004) relata que o transporte representa mais de 50

% dos custos logísticos, desta forma se torna evidente o seu papel estratégico

no processo, tendo em vista ser um fator que influencia diretamente no preço

do produto e na qualidade percebida pelo cliente.

O transporte é um elemento de enorme peso no

custo de distribuição ou logístico, para a maioria dos

13

Page 14: Exemplo de Monografia 2

produtos, e muito importante para os resultados

obtidos no serviço ao cliente. Seu desempenho pode

influenciar o resultado final e uma operação, alterando a

percepção de qualidade do serviço, pelo comprador.

(ARBACHE et al, 2004, p.63).

Nesse contexto, as empresas buscam fazer as suas entregas da

maneira menos onerosa possível. Mantendo-se competitiva através da

redução dos seus custo e consequentemente no preço ofertado para os seus

clientes, contudo, as transportadoras e operadores logísticos estão suscetíveis

aos riscos do transporte, de acordo com Baraldi (2004)’, os “riscos

empresariais são todos os eventos ou expectativas de eventos que impedem

que as empresas e as pessoas que nela trabalham, de ganhar dinheiro e

respeito”. Como eventos e expectativas incluem-se também as situações que

ocorrem, a revelia da empresa, como a violência e o roubo de cargas, os

acidentes de percurso devido as péssimas condições de nossas estradas,

entre outros, incluindo a fraude.

Para a distribuição urbana de entrega e coleta de mercadorias o modal

mais indicado é o rodoviário, que segundo dados da CNT (2006) carrega 60

% de todas as cargas transportadas no Brasil

Por fim é importante registrar que, qualquer melhoria implantada no

sistema de transporte para reduzir custo e mitigar os riscos terá como

conseqüência para empresa o aumento de competitividade, através do

aumento da satisfação dos clientes.

No próximo tópico veremos os principais modais de transporte

utilizados para distribuição de produtos, cabe ressaltar que, tendo em vista o

foco do trabalho, o modal rodoviária será o utilizado para efeito de estudo de

gerenciamento de rico, entretanto, com objetivo de fornecer informações que

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Page 15: Exemplo de Monografia 2

vão favorecer o discernimento do leitor todos os modais serão sucintamente

abordados.

2.2.1 Modais de transporte para distribuição de produtos

A escolha do modal de transporte para atendimento a determinada

empresa é definido com base em quatro variáveis: tipo de produto, tempo de

entrega , cubagem ocupada e valor agregado, com base nestas informações é

possível determinar o modal que poderá atender com o menor tempo possível

e nível de serviço desejado. Veja abaixo as características de cada modal de

transporte segundo artigo publicado no Sitio FIESP

Aéreo

É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado,

pequenos volumes ou com urgência na entrega. O Estado de São Paulo tem

hoje 32 aeroportos sob sua administração e 5 aeroportos com a INFRAERO

administrando (Guarulhos, Congonhas, Viracopos, São José dos Campos e

Campo de Marte).

O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre os demais modais,

pois é mais rápido e seguro e são menores os custos com seguro, estocagem

e embalagem, além de ser mais viável para remessa de amostras, brindes,

bagagem desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria

perecível, animais, etc.

Vantagens

É o transporte mais rápido

.Não necessita embalagem mais reforçada (manuseio mais

cuidadoso);

Desvantagens

Menor capacidade de carga;

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Page 16: Exemplo de Monografia 2

Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.

Ferroviário

A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 29.000 km e no

Estado de São Paulo cerca de 5.400 km. Os processos de privatização do

sistema iniciou-se em 1996, e as empresas que adquiriram as concessões de

operação desta malha, assumiram com grandes problemas estruturais. A

transferência da operação das ferrovias para o setor privado foi fundamental

para que esse setor voltasse a operar.

As empresas que operam a malha ferroviária brasileira são:

ALL – América Latina Logística,

CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste,

CVRD/EFC – Cia. Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás,

CVRD/EFVM – Cia. Vale do Rio Doce - Estrada de Ferro Vitória Minas,

FCA - Ferrovia Centro Atlântica,

Ferroban - Ferrovia Bandeirantes,

Ferronorte – Ferrovias Norte Brasil

Ferropar – Ferrovias do Paraná

FTC - Ferrovia Tereza Cristina,

MRS Logística,

Ferrovia Novoeste,

Ferrovia Norte-Sul, *

Portofer**,

* Norte-Sul – administrada pelo governo federal

** Portofer – administra a malha ferroviária do Porto de Santos

Vantagens:

.Adequado para longas distâncias e grandes quantidades:

.Menor custo de seguro;

16

Page 17: Exemplo de Monografia 2

Menor custo de frete.

Desvantagens:

Diferença na largura de bitolas;

Menor flexibilidade no trajeto;

Necessidade maior de transporto

Hidroviário

A Hidrovia Tietê-Paraná têm papel importante na logística das matérias

primas produzidas no Estado, particularmente no caso da movimentação de

graneis e seus insumos. Com a interligação entre os rios Tietê e o Paraná,

concluída 1999 em direção ao sul e vice-versa através da Eclusa de Jupiá, a

Hidrovia ampliou seu raio de ação em mais de 700 km, totalizando 2.400 km

entre rotas principais e secundárias, possibilitando, a baixo custo, o transporte

de mercadorias entre os países do bloco do Mercosul. Além disso, obras de

sinalização, recuperação e proteção de pontes, balizamento, dragagens,

retiradas de pedras e controle eletrônico, realizadas nos últimos anos, têm

possibilitado ampliar o volume transportado. Embora o transporte na Hidrovia

Tietê-Paraná apresente grandes taxas de crescimento, da ordem de 15% ao

ano, com algumas iniciativas se poderá crescer a taxas ainda maiores,

aumentando sua contribuição para o equilíbrio da matriz de transporte.

Portos / Terminais :

CNAGA – Conchas

Nova Meca – Anhembi

Cana Marambaia – Bariri

EPN – Anhembi

Gasa – Andradina

Sartico – Santa Maria da Serra

Usina Diamante – Jaú

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Quintella – Pederneiras

Cargill – Três Lagoas (MS)

Terminal Intermodal – Panorama

Terminal Intermodal – Presidente Epitácio

Terminal Intermodal – Bataguassú (MS)

Principais produtos transportados : soja, óleo vegetal, trigo, milho,

açúcar, cana de açúcar, sorgo, madeira e outros.

Marítimo

O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio

internacional ou longo curso refere-se ao transporte marítimo internacional.

Inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a

Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os outsiders, como aqueles de rota

irregular, os “tramps”.

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga;

Menor custo de transporte.

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distância dos centros de produção;

Maior exigência de embalagens;

Menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes

congestionamentos nos portos

Rodoviário

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Page 19: Exemplo de Monografia 2

No Brasil algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação

ruim, o que aumenta os custos com manutenção dos veículos. Além disso, a

frota é antiga (aproximadamente 18 anos ) e sujeita a roubo de cargas. O

transporte rodoviário caracteriza-se pela simplicidade de funcionamento.

Vantagens:

.Adequado para curtas e médias distâncias;

.Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no

acesso às cargas;

.Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;

.Serviço porta-a-porta: mercadoria sofre apenas uma operação

de carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de

destino);

.Maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso;

.Maior agilidade e flexibilidade na manipulação das cargas;

Facilidade na substituição de veículos, no caso de acidente ou

quebra;

Ideal para viagens de curta e média distâncias.

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos;

Menor capacidade de carga entre todos os outros modais;

Menos competitivo para longas distâncias,

2.2.2 Panorama do transporte rodoviário do Brasil

Apesar do alto custo operacional e do consumo excessivo de óleo

diesel, o transporte de carga pelo modal rodoviário, conforme gráfico abaixo, é

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Page 20: Exemplo de Monografia 2

o de maior representatividade, sozinho detém 60,45% de tudo o que é

transportado neste país, tendo como grande vantagem competitiva sua

flexibilidade operacional frente aos outros modais.

Gráfico 1 – Divisão percentual de volume de carga por modalFonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Conforme a avaliação analítica da Pesquisa Rodoviária CNT (2006), o

estado geral das rodovias considera eqüitativamente os pesos das

características de pavimento, sinalização e geometria de via. Os resultados

obtidos na avaliação dos 87.592 km de rodovias pesquisadas indicam situação

geral desfavorável das rodovias brasileiras pavimentadas: 64.699 km -

equivalentes a 73,9% da e em 22.893 km, as condições de conservação foram

classificadas nas categorias ótimo ou bom.

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Gráfico 2 – Condições gerais das rodovias Brasileiras

Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Page 21: Exemplo de Monografia 2

O Gráfico acima demonstra claramente que a competitividade das

empresas Brasileiras ficam prejudicadas a medida que, o custo logístico e

onerado em função das condições das rodovias. Para melhor entendimento é

de suma importância perceber os indicadores que validaram esse resultado:

Sinalização

A sinalização viária é um dos elementos mais importantes para a

avaliação das condições de segurança oferecidas pela rodovia aos seus

usuários. Uma sinalização adequada poderia reduzir drasticamente a

ocorrência de acidentes em nossas estradas e as suas conseqüências

negativas para o custo de transporte.

Gráfico 3 – Condições gerais nas sinalizações das rodovias Brasileiras

Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Pavimento

O gráfico abaixo demonstra a grande extensão de malha rodoviária

deficiente que apresenta, conforme identificado na pesquisa, uma grande

quantidade de afundamentos, buracos oscilações e trechos totalmente

destruídos .

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Page 22: Exemplo de Monografia 2

Gráfico 4 – Condições gerais do pavimento das rodovias Brasileiras

Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Geometria da via

Conforme gráfico abaixo a maioria das estradas Brasileiras não

apresentam condições ideais de geometria que ocasiona reduções de

velocidade operacional e aumento de tempos de viagens. Esses problemas

estão intrinsecamente relacionados à ausência de acostamentos e a ausência

de faixas adicionais situação que reduzem a segurança e, potencialmente,

geram problemas de saturação da capacidade viária.

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Gráfico 5 – Condições gerais na geometria das rodovias Brasileiras

Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Page 23: Exemplo de Monografia 2

Os gráficos acima demonstram total falta de competência pública na

administração das rodovias Brasileiras, o que sobremaneira prejudica o

processo logístico do País , diminuindo a competitividade das empresas

Brasileiras frente a outros países, a medida que, com custo Logístico maiores,

tende-se a ter produtos mais caros e com pouca competitividade no mercado

externo.

CAPITULO III

PANORAMA DO ROUBO DE CARGA NO TRANSPORTE

RODOVIÁRIO

O transporte rodoviário de carga, conforme estimativa do relatório CNT

(2006) é responsável por pelo menos 60% de toda a carga transportada no

País. O desempenho deste modal de transporte é bastante afetado pelas

condições de insegurança em nossas estradas, resultando numa alta

incidência e roubos e de prejuízos para as transportadoras e operadores

logísticos . Segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT)o

panorama do país vem sendo delineado pela falta de ação pública eficaz no

combate as quadrilhas especializadas e agentes criminosos que interceptam

a movimentação de mercadoria em todo território Nacional.

3.1 Estatística Nacional de roubo de cargas.

Segundo a Associação de Nacional de Transporte de carga e Logística (

NTC & Logística) de 2003 a 2008 tivemos um acumulado de 71.300

ocorrências de roubos e furtos no transporte de carga nas rodovias e vias

urbanas Brasileiras.

23

Page 24: Exemplo de Monografia 2

Gráfico 6 – Evolução anual de ocorrências

Esses números se tornam mais assustadores quando transformados em

valores, neste mesmo período (2003-2008) houve uma perda acumulada de

4.280 bilhões de reais, é preciso entender que esses dados interferem

diretamente no preço final do produto para consumidor e na qualidade dos

serviços prestados, já que a incidência de assalto significa a não entrega do

produto, apesar do caso ser fortuito não é bem visto pelo cliente, pois as suas

expectativas não foram atendidas.

Gráfico 7 – Evolução anual de ocorrências p/valores

Quando estratificamos essas informações percebemos que a grande

concentração de ocorrências se encontram no Sudeste do País contabilizando,

24

Page 25: Exemplo de Monografia 2

conforme gráfico abaixo, 79,82%do total de roubos e furtos de cargas

rodoviárias ocorridas no país entre 2003 e 2008.

Figura 1 – Distribuição do roubo de cargas no Brasil

O prejuízo acumulado só da região Sudeste é de 2.043 bilhões de reais

entre 2005 e 2008 conforme tabela abaixo:

Tabela 1 – Evolução por regiões do roubo de carga

Segundo estudo realizado pela COMPSUR (2006), identifica-se que as

mercadorias mais visadas pelos bandos que atuam em vias nacionais são os

eletroeletrônicos, os medicamentos e os têxteis, devido ao seu maior valor

25

Page 26: Exemplo de Monografia 2

agregado. Juntos, estes itens perfazem um total de mais de 50 % das cargas

roubadas no Brasil. Porém, se for considerado o item facilidade de venda dos

produtos receptados, os cigarros e os alimentos são roubados mais

freqüentemente, por terem preços mais acessíveis ao repasse.. As cargas

subtraídas causam prejuízos de grande montante às transportadoras e aos

operadores logísticas que atuam no Brasil, motivo pelo qual evidencia-se a

preocupação com a implementação de um sistema que mitigue ou reduza esse

tipo de ocorrência.

3.2 Roubos de carga no Rio de |Janeiro

O Estado do Rio de janeiro na ultima década, vem se destacando

negativamente no cenário nacional com seus altos índices de violência dentre

os diversos setores da sociedade, o mercado logístico esta sobremaneira

sendo afetado a medida que os indicadores de roubos de cargas continuam

em níveis alarmantes, e esse fato prejudica diretamente a sociedade local, que

vê o mercado de trabalho esvaziando já que muitas empresas em função das

condições inseguras, ocasionadas pela ineficiência do poder público, estão

instalando suas matrizes em outras praças. Dada a situação que se instaurou

no Estado, algumas empresas de transporte cobram frete diferenciados em

função do riscos e as seguradoras, dependendo da carga, se negam a fazer a

apólice. Não é preciso dizer que todo esse conjunto gera um aumento de custo

logístico, que tende a ser repassado para o preço final do produto onde o

maior prejudicado é o consumidor final.

3.2.1 Estatística de roubo de cargas por área do estado do Rio de

janeiro.

O numero de ocorrências de roubo de carga pela regiões do Estado

apresentou a seguinte distribuição, conforme demonstra tabela abaixo:

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Page 27: Exemplo de Monografia 2

Capital 58,9%

Interior 16,4%

Baixada

Fluminense15,8%

Grande Niterói 8,9%

Tabela 2 – Percentual de ocorrência de roubo de carga/RJ

Fonte: GEPDL/ISP

Bezerra, Maisa (2006) em sua dissertação enriquece a tabela acima

trazendo a seguinte informação: na capital. 84,9% dos casos ocorreram na

zona norte; 14% na Zona Oeste e 1,2% na Zona Sul. Na Zona sul são

encontradas grandes favelas, como Rocinha e Vidigal, porém é na Zona Norte

no entorno da Av.Brasil, na qual estão Como Vila do João, Morro do Alemão e

favela da Maré, que, apesar de apresentar condições similares às da Zona

Sula, são, muitas vezes, utilizadas como rota de fuga por marginais que

roubam veículos de carga.

Figura 2 – Mapa do Rio de Janeiro

BAIXADA FLUMINENSE

RIO DE JANEIROMANGARATIBA

ITAGUAÍ S.GONÇALO

NITERÓI MARICÁ

27

Page 28: Exemplo de Monografia 2

As áreas do interior do Estado que apresentam maiores incidências de

delito de roubo de carga englobam as cidades de Laje de Muriaé, Porciúncula,

Natividade, Varre-Sae, Cardoso de Moreira,Italva, Itaperuna, Bom Jesus de

Itabapoana, Teresópolis e São José do Rio Preto.

Na capital são apontados os bairros de Olaria, Penha, Complexo do

Alemão, Brás de Pina, Cordovil, Jardim América, Parada de Lucas, Vigário

Geral, Irajá , Vicente de Carvalho, Acari, Madureira, Coelho neto, Pavuna e

Rocha Miranda bem como bairros vizinhos, esse totalizando 35% dos roubos

de cargas ocorridos no Estado.

Na Baixada, a concentração maior de roubo de carga está em Duque de

Caxias (34%), seguido por Nova Iguaçu (15%), São João de Meriti (7,5%) e

Belford Roxo (5,3%).

Tabela baixo demonstra a evolução dos roubos de carga do Estado do

Rio de janeiro de 1996 até 2005:

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

1996 196 216 265 250 244 237 254 251 250 272 249 319 3003

1997 256 198 227 246 276 259 286 257 308 310 275 265 3163

1998 322 257 313 222 246 240 256 204 210 188 289 328 3075

1999 269 234 286 267 233 284 271 297 247 243 243 298 3172

2000 245 293 274 303 327 324 278 252 255 252 271 316 3390

2001 265 212 291 213 247 273 264 284 296 270 281 347 3243

2002 336 297 416 459 412 251 293 317 296 353 366 482 4278

2003 357 443 310 303 345 312 239 218 214 233 229 260 3463

2004 312 207 244 260 292 276 212 210 190 191 213 201 2808

2005 205 163 230 175 174 191 163 182 162 148 175 193 2161

Tabela 3 – Evolução do quantitativo de roubo de cargas no Rio de Janeiro

Em 2004 e 2005 houve uma significativa diminuição na quantidade de

ocorrências de assaltos no Rio de Janeiro, cabe ressaltar que este fato não se

deve ao fato da melhoria do trabalho policial e sim a um maciço investimento

28

Page 29: Exemplo de Monografia 2

tecnológico realizado pela empresas em ferramentas de Gerenciamento de

Risco, principalmente no rastreamento dos veículos.

Por fim, é visível a falta de segurança que hoje existe para as operações

logísticas do transporte rodoviário,Não só no estado do Rio de Janeiro, mas

tem todo Território Nacional, tendo em vista os altos índices de assalto , a

necessidade de solução imediata para esse problemas fez com que surgisse

algumas empresas engajadas neste nicho de negócio fornecendo soluções

que prometem através de aparatos tecnológicos e inteligência em riscos,

mitigar ou reduzir sensivelmente as ocorrências de assaltos. No próximo

capítulo veremos quais são as principais ferramentas que auxiliam no

Gerenciamento de Risco

CAPITULO IV

GERENCIAMENTO DE RISCO

A NTC &Logística em seu sitio define Gerenciamento Risco (Gris) como

um conjunto de técnicas e medidas preventivas que visam identificar, avaliar e

evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no

transporte de mercadorias, desde a origem até o destino da carga, garantindo

que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e de acordo

com sua conformidade. Neste contexto fica claro que o processo de Gris no

transporte de carga se inicia com o recebimento da mercadoria pelo

embarcador estendendo-se até a entrega do produto ao seu destinatário, ou

seja, o transportador é responsável pela segurança da carga enquanto esta

estiver em seu poder (na coleta, na armazenagem temporária, na transferência

e na entrega). A análise de riscos é que vai indicar-lhe os pontos de maior ou

menor risco e levá-lo ao tratamento adequado a cada etapa do processo.

29

Page 30: Exemplo de Monografia 2

Segundo NTC & Logística as principais atribuições do Gerenciamento

de Rico no Transporte rodoviário de carga são:

Redução dos riscos e da sinistralidade envolvidos na atividade empresarial, com conseqüente redução dos prêmios de seguros.

Preservação de vidas humanas e de bens materiais (segurança do patrimônio da corporação).Viabilização de seguros adequados às atividades operacionais da empresa, permitindo a redução de custos e a competitividade no mercado.

Cumprimento dos compromissos com clientes, garantindo que os produtos estarão no lugar certo e na hora certa.

Diferencial competitivo no mercado

Aumento da produtividade e da lucratividade.

Manutenção da imagem da empresa.

Motivação dos funcionários.

O Gerenciamento de Risco hoje já pode ser considerada parte

integrante da logística, onde a empresa que melhor utilizar as ferramentas de

Gris, terá um diferencial competitivo a seu favor num mercado extremamente

competitivo.

4.1 Ferramentas de Gerenciamento de Risco.

Como foi visto no tópico anterior, o Gerenciamento de Risco é o agente

integrador das várias ferramentas disponíveis, desta forma, a seguir será

apresentado de forma sucinta as principais ferramentas de Gerenciamento

Risco, conforme figura abaixo:

30

Page 31: Exemplo de Monografia 2

Ferramentas de Gris

RastreamentoMonitoramento

AssessoriaApoio Tático

EscoltasSeguros

Figura 3– Ferramentas do Gerenciamento de Risco

4.1.1 Rastreamento:

É o conjunto de equipamentos que permitem localizar o veículo e tomar

ações que reduzam o impacto do delito, normalmente é equipado com

software e alguns hardware chamado de módulo e inteligência embarcada,

que é composto de:

Localizadores via celular e/ou satélite: localiza o veículo e envia comandos para central de monitoramento, que trabalha 24 horas sem ineterrupção.

Sensores : proporciona abertura de portas da cabine e do baú e detecta vandalismo.

Atuadores: trava das portas do Baú, corte de combustível e alarme áudio-visual (sirene/pisca) e outros.

4.1.2 Monitoramento

É o acompanhamento, em tempo real, de um veículo rastreado com

possibilidade de realizar comunicação unilateral ou bilateral e de atuação

remota, com objetivo de mitigar riscos. Através de software próprio o sistema

oferece informações sobre o posicionamento dos veículos obtidas por meio

31

Page 32: Exemplo de Monografia 2

gráfico, apresentando estradas, principais acidentes geográficos, cidades e

bairros.

Com o uso desta tecnologia, empresas do segmento de transporte

rodoviário de cargas irão se beneficiar das informações em tempo real,

fornecida pelo sistema, otimizando rotas de coleta e entrega, diminuindo

assim, os riscos de possíveis ocorrências de sinistro.

4.1.3 Apoio tático

É o serviço de suporte a segurança por meio de moto

acompanhamento, pronta resposta e prospecção. Essa ferramenta tem o

cunho preventivo, identificando situações de perigo para posterior

comunicação a central de monitoramento, para que a mesma adote as ações

necessárias para evitar que haja a ocorrência.

4.1.4 Escolta

É o serviço de acompanhamento ostensivo de veículo realizado em

veículo identificado com, no mínimo, dois vigilantes devidamente capacitados,

uniformizados e armados, com objetivo claro de inibir ações de meliantes.

Normalmente essa ferramenta só é utilizada para transporte de cargas com

elevado valor comercial e atratividade, já que o custo de manutenção da

ferramenta e alto.

4.2 Relevância do Gerenciamento de Risco

Os dados e informações mostrados até agora neste trabalho evidenciam

que o Gerenciamento de Risco, frente as condições nacionais de segurança ,

é uma ferramenta indispensável para mitigar ou reduzir as ocorrência de

assaltos, em que num mercado altamente competitivo, as transportadores e

32

Page 33: Exemplo de Monografia 2

operadores logísticos se vêem obrigados incorporar esta tecnologia como

forma de sobrevivência..

Para ratificar o exposto Bezerra, Maisa (2006) em sua dissertação

realizou uma serie de entrevistas com profissionais envolvidos no setor com

os seguintes resultados:

Um Embarcador de Cosméticos ressaltou que a gestão de risco tem

caráter estratégico para empresa, afirmando que não contrata transportador

para efetuar sua distribuição sem que o mesmo possua Gerenciamento de

Risco eficiente, no que diz respeito a equipamentos modernos de

rastreamento, alarmes, sensores e pessoal devidamente treinados. Por conta

desta exigências os índices de sinistralidade diminui de 80% a 85% do ano de

2004 até o final de 2005. No decorrer de 2006, essa melhora vem sendo

mantida, demonstrando que o Gerenciamento de Risco, agregado a operação

é importante e fundamental para se chegar ao resultado esperado, que se

resume entregar ao cliente final a mercadoria solicitada, no prazo acordado

sem indícios de avaria.

Para o distribuidor de medicamentos, que recebe mercadorias de

diversas transportadoras, o Gerenciamento de Risco e imprescindível para o

transportador e para sua operação de entregas no Rio e região metropolitana

do Rio de Janeiro que envolve cerca de 120 veículos de carga.

Os cases listados abaixo foram frutos de visitas nas respectivas

empresas para identificar as sua melhores praticas.

BR Distribuidora: obteve taxa de redução de 40% nas ocorrências após

a implantação do Gerenciamento de risco;

Unilever : em 2000 tinha um a perda em função do roubo de carga de 5

Milhões, já em 2006 conseguiu um redução de 80% deste através da utilização

das ferramentas de segurança;

33

Page 34: Exemplo de Monografia 2

Souza Cruz: conseguiu uma redução de 47% entre 2001 e 2007 na

quantidade de delitos .

Os Exemplos acima demonstram claramente que o Gerenciamento de

Risco quando bem aplicado é o principal aliado do processo logístico, pois ,

permite o atendimento das premissa da logística: “ disponibilizar o produto no

lugar certo, em quantidade adequada, no momento certo, com qualidade e ao

menor custo possível.

CONCLUSÃO

A logística é um processo que ao longo dos anos vem ganhando

espaço no ambiente empresarial, é uma ferramenta que quando usada

estrategicamente de maneira correta, consegue agregar valor ao produto e

reduzir custos que influenciam diretamente nos preços praticados aos

consumidores.

A distribuição é uma das partes do processo logístico responsável

pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares certos , e a sua

principal ferramenta é o transporte que é responsável por mais de 50% de

todos os custos logísticos, este fato torna visível a importância desta etapa do

processo, que mesmo com um planejamento afinado está suscetível as

interferências externas tais como , condições climáticas, trânsito e a subtração

da carga por meliantes.

Na distribuição urbana, o modal mais utilizado é o rodoviário que

apresenta maior flexibilidade, entretanto, pode-se verificar com os números

apresentados no trabalho, que a ineficiência do poder público em gerir as

rodovias, dada as condições de sinalização, pavimentação e segurança,

trazem prejuízos aos consumidores finais a medida que, o aumento dos

custos logísticos refletem diretamente no preço do produto.

34

Page 35: Exemplo de Monografia 2

O modal rodoviário de carga, em função da situação das rodovias

aliado ao clima de impunidade que assola o País, vem obtendo um alto índice

de assalto, trazendo grandes prejuízos as transportadoras, operadores

logísticos e as empresas que utilizam o modal, desta forma, a cada dia as

empresas vem buscando soluções que mitigue ou reduza essas ocorrências.

Nesse contexto, várias empresas especializadas surgiram com

ferramentas de segurança, que quando utilizadas corretamente, podem reduzir

a incidência de assaltos, contribuindo positivamente para o processo logístico.

O Gerenciamento de Risco é o agente integrador das diversas

ferramentas de segurança existente tais como: rastreamento, monitoramento,

assessoria, apoio tático e escoltas. A ele cabe a indicação dos pontos de

maior ou menor risco para o tratamento adequado em cada etapa do processo

, garantindo que os produtos estarão no lugar certo e na hora certa, gerando

para empresa, redução do risco e da sinistralidade, preservação da vida

humana e de bens materiais e um diferencial competitivo no mercado.

Por fim, o trabalho nos leva a concluir , que dado o cenário exposto,

com situações irregulares das estradas e o crescente numero de ocorrência de

sinistros efetuados por quadrilhas especializadas em roubo de cargas, torna-se

necessário à adoção de medidas que mitiguem os riscos, de forma a garantir o

cumprimento do planejamento logístico, e o Gerenciamento de Risco através

das diversas ferramentas de segurança apresentadas no trabalho, corroborado

pelos cases ilustrados, torna-se o principal aliado das empresas de transporte

e operadores logísticos para redução do volume de assaltos e

consequentemente garantir a qualidade da prestação do serviço conforme

acordado com o cliente.

35

Page 36: Exemplo de Monografia 2

BIBLIOGRAFIA

ARBACHE, F. S. et al. Gestão de logística, distribuição e trade

marketing. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de

materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

36

Page 37: Exemplo de Monografia 2

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT). Transporte de

cargas no Brasil – ameaças e oportunidades para o desenvolvimento do

país. Disponível em <http://www.cnt.org.br>. Acesso em: 25 NOV 2009.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição:

estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

NTC & LOGÍSTICA. Roubo/furto de cargas – situação nacional.

Disponível em <http://www.ntcelogistica.org.br>. Acesso em 10 JAN 2010.

BARALDI, P. Gerenciamento de risco: a gestão de oportunidades, a criação de

controles internos e a avaliação de riscos nas decisões gerenciais. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2004.

MOURA, Reinaldo Aparecido. Logistica: Suprimentos, Armazenagem e

Distribuição Física, São Paulo: Instituto de Movimentação e Armazenagem de

Materiais – IMAM, 1989

CHRISTOPHER, Martins. Logistica e Gerenciamento da Cadeia de

Suprimento: estratégias para redução dos custos e melhoria dos serviços:

Pioneira, 1997.

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

37

Page 38: Exemplo de Monografia 2

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

LOGISTICA 10

1.1 – Origem da logística 10

1.2 – Conceito de logística 10

CAPÍTULO II

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E TRANSPORTE 13

2.1 – Conceito de distribuição física 13

2.2 – Transporte 13

2.2.1 – Modais de transporte para distribuição

de produtos 15

2.2.2 – panorama do transporte rodoviário

do Brasil 18

CAPITULO III

PANORAMA DO ROUBO DE CARGA DO TRANSPORTE

RODOVIÁRIO DO BRASIL 23

3.1 - Estatistica nacional do roubo de cargas 23

3.2 - Roubos de carga no Rio de Janeiro 26

3.2.1 - Estatística de roubo de cargas por

área do estado do Rio de janeiro. 27

CAPITULO IV

GERENCIAMENTO DE RISCO 30

4.1 - Ferramenta de gerenciamento de risco

4.1.1 - Rastreamento 31

4.1.2 – Monitoramento 32

4.1.3 – Apoio tático 32

4.1.4 – Escolta 32

4.2 – Relevância do gerenciamento de risco 33

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA 37

38

Page 39: Exemplo de Monografia 2

ÍNDICE 38

39

Page 40: Exemplo de Monografia 2

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE

MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE

QUALIDADE NA LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Autor: LEANDRO NEVES DE SOUZA

Avaliado por: Prof. Ms. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Data da entrega: Conceito:

40

Page 41: Exemplo de Monografia 2

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