Exercícios resolvidos de Cálculo

download Exercícios resolvidos de Cálculo

of 24

Transcript of Exercícios resolvidos de Cálculo

Captulo 9EXEMPLOS DIVERSOSAgradecemos ao Professor Silvio Pinha Gomes do Departameneto de Anlise do IME-UERJ,por ceder, gentilmente estes exerccios.9.1 Limites[1] Determine o valor da constantea R para que existalimx01 + x (1 + a x)x2e calcule olimite.Soluo : Primeiramente racionalizemos a expresso:1 + x (1 + a x)x2=1 + x (1 + a x)x21 + x + (1 + a x)1 + x + (1 + a x)=1 + x (1 + a x)2x2(1 + x + (1 + a x))= x_1 2 a a2xx2(1 + x + (1 + a x))=1 2 ax(1 + x + (1 + a x))a2(1 + x + (1 + a x)).Logo, a condio necessria para que o limite exista que a primeira parcela seja nula, isto ,a =12; ento:limx01 + x (1 + a x)x2=limx014 (1 + x + (1 + a x))= 18.[2] Calcule: limx0_sen(x)xsen(x)xsen(x).Soluo : Primeiramente reescrevamos o expoente da expresso:sen(x)x sen(x)=sen(x)x1 sen(x)x.Fazendo t=1 sen(x)x, temos que1 t=sen(x)x. Por outro lado observamos que sex 0,ento t 0 e:sen(x)x sen(x)=1 tt=1t 1.Logo:limx0_sen(x)xsen(x)xsen(x)= limt0(1 t)1t1= limt0(1 t)1t(1 t)1= e1.363364 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS[3] Calcule: limx4_tg(x)tg(2x).Soluo : Primeiramente reescrevamos o expoente da expresso. Fazendo t = 1tg2(x), temosque tg(x) =1 t etg(2 x) =2 tg(x)1 tg2(x)=21 tt.Por outro lado observamos que se x 4, ento t 0 e:limx4_tg(x)tg(2x)= limt0_1 t21tt= limt0__1 t_2t1t= e2.[4] Determine as constantes k,b R tais quelimx+_k x + b x1000+ 1x999+ 1= 0.Soluo : Primeiramente reescrevamos a expresso:_k x + b x1000+ 1x999+ 1=k x1000+ k x + b x999+ b x10001x999+ 1=x1000(k 1) + b x999+ k x + b 1x999+ 1.Sabemos que limx+P(x)Q(x)=0 se grau(Q)>grau(P). Logo, k 1=0 e b=0, ou seja k=1 eb = 0.[5] Calcule:limx+_x +_x +x x.Soluo : Primeiramente racionalizemos a expresso:_x +_x +x x =__x +_x +x x __x +_x +x +x_x +_x +x +x=x +_x +x x_x +_x +x +x=_x +x_x +_x +x +x=x+xxqx+x+xx+ 1=_1 +_1x1 +_1x+_1x3+ 1.Logo:limx+_x +_x +x x = limx+_1 +_1x1 +_1x+_1x3+ 1=12.9.1. LIMITES 365[6] Determine a funo denida por:f(x) = limn+xn+222n+ x2n; x 0.Soluo : Observe que, se x = 0, ento f(0) = 0; se x = 2 temos:f(2) = limn+2n+222n+ 22n= limn+222n2 2n= 22.Se 0 < x < 2, temos:limn+xn+222n+ x2n= limn+xn+22n_1 +_x2_2n= 0,logo f(x) = 0 se 0 x < 2. Agora estudemos o caso x > 2:limn+xn+222n+ x2n= limn+xn+2xn_1 +_2x_2n= limn+x2_1 +_2x_2n= x2.Ento:f(x) =___0 se 0 x < 222 se x = 2x2se x > 2.[7] Calcule:limx1xn+ xn1+ xn2+ . . . . . . + x2+ x nx 1.Soluo : Dividindo os polinmios:xn+ xn1+ xn2+ . . . . . . + x2+ x n = (x 1) Pn(x),onde Pn(x) = xn1+ 2 xn2+ 3 xn3+ . . . + (n 2) x2+ (n 1) x + n. Logo:limx1xn+ xn1+ xn2+ . . . . . . + x2+ x nx 1=limx1Pn(x) = Pn(1).Por outro lado, Pn(1) = 1 + 2 + 3 + . . . . . . + (n 2) + (n 1) + n =n(n+1)2.[8] Calcule: limx0_cos(x) [[sen(x)]]_, 2 x 2.Soluo : Seja f(x) = cos(x) [[sen(x)]]. Se 2 x < 0, ento 1 sen(x) < 0 e [[sen(x)]] == 1,logof(x) =cos(x) + 1. Se0 x 0, ento:ln_1 + ext_= ln_ext_1 +1ext__= ln_ext_+ ln_1 +1ext_= xt + ln_1 +1ext_ln_1 + et_= ln_et_1 +1et__= ln_et_+ ln_1 +1et_= t + ln_1 +1et_.Logo:limt+ln_1 + ext_ln_1 + et_ = limt+x +ln_1+1ext_t1 +ln_1+1et_t= x.Se x = 0, ento limt+2ln_1 + et_= 0. Reescrevendo a funo:f(x) =_0sex 0x, sex > 0.Ento, f contnua emR.368 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS-3 33Figura 9.3: Grco de f.Determine as constantes tais que as seguintes funes sejam contnuas:[1] f(x) =___mx + 3 sex < 3cos_ x3_se3 x 3nx + 3 sex > 3.Soluo : Se x = 3, ento f(3) = cos() = 1. Por outro lado:limx3f(x) = limx3_mx + 3_= 3 m + 3 e limx3+f(x) = limx3cos_ x3_= 1.Como os limites laterais devem ser iguais, temos que 3 m + 3= 1, isto , m=43.Se x=3,ento f(3) = cos() = 1. Por outro lado:limx3f(x) =limx3cos_ x3_= 1 e limx3+f(x) =limx3_nx + 3_= 3 n + 3.e Como os limites laterais devem ser iguais, temos que 3 n + 3 = 1, isto , n = 43. Logo:f(x) =___4 x3+ 3 sex < 3cos_ x3_se3 x 34 x3+ 3 sex > 3.-3 3-11Figura 9.4: Grco de f.[2] f(x) =___sen(11 x22)3 x6sex < 2m sex = 2x3+5 x232 x+36x33 x2+4sex > 2.9.2. CONTINUIDADE 369Soluo : Primeiramente fatoremos os polinmios:x3+ 5 x232 x + 36x33 x2+ 4=(x 2)2(x + 9)(x 2)2(x + 1).Por outro lado:sen(11 x22)3 x6=sen_11 (x2))3 (x2), fazendo t = x 2, temos que x 2, ento t 0,e:sen(11 x 22)3 x 6=sen_11 (x 2))3 (x 2)=sen_11 t_3 t=113_sen_11 t_11 t.Se x = 2, ento f(2) = m. Logo:limx2f(x) = limx2sen_11 (x 2))3 (x 2)=limt0113_sen_11 t_11 t=113limx2+f(x) = limx2+x3+ 5 x232 x + 36x33 x2+ 4= limx2+x + 9x + 1=113.Ento, m =113e:f(x) =___sen(11 x22)3 x6sex < 2113sex = 2x3+5 x232 x+36x33 x2+4sex > 2.-1 1 2 3 4 5 6-11234Figura 9.5: Grco de f.[3] f(x) =___esen(x)1xsex < 0mcos( x) + n se0 x 3x3+11 x293 x+153x34 x23 x+18sex > 3.Soluo : Primeiramente fatoremos os polinmios:x3+ 11 x293 x + 153x34 x23 x + 18=(x 3)2(x + 17)(x 3)2(x + 2).Se x = 0, ento f(0) = m + n, e:limx0f(x) = limx0esen(x)1x= limx0_esen(x)1sen(x) _sen(x)x= 1,limx0+f(x) = limx0+_mcos( x) + n_= m + n,370 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSlogo, m + n = 1. Se x = 3, ento f(3) = m + n, e:limx3f(x) = limx3_mcos( x) + n_= m + n,limx3+f(x) = limx3+(x 3)2(x + 17)(x 3)2(x + 2)= limx3+x + 17x + 2= 4,logo, m + n = 4. Ento, temos o sistema:_m + n = 1m + n = 4,que tem solues m = 32 e n =52.f(x) =___esen(x)1xsex < 03 cos( x)2+52se0 x 3x3+11 x293 x+153x34 x23 x+18sex > 3.-2 2 4 61234Figura 9.6: Grco de f.[4] f(x) =___x+(m24)marctg(11 x)sex < 0m1 se x = 0sen(nx)ln(1+100 x)sex > 0.Soluo : Se x = 0, ento f(0) = m1. Logo, necessriamente devemos ter que:limx0f(x) =m24m= f(0) = m1,isto , m = 4. Por outro lado:limx0+f(x) = limx0+_sen(nx)nx _nxln(1 + 100 x)= n limx0+_xln(1 + 100 x)= n limx0+_1ln(1 + 100 x)1x.Como: limx0+ln(1 + 100 x)1x= ln_limx0+(1 + 100 x)1x_= ln(e100) = 100, temos, limx0+f(x) =n100;por outro lado, limx0+f(x) = f(0), temos que n = 300 e:f(x) =___x+124arctg(11 x)sex < 03 se x = 0sen(300 x)ln(1+100 x)sex > 0.9.3. DERIVADA 371-0.1 -0.05 0.05 0.1Figura 9.7: Grco de f.9.3 Derivada[1] Considere a funo f(x) = a+b cos(2 x)+c cos(4 x), onde a,b,c R. Sabendo que f_2_= 1,f(0)=f(0)=f(0)=f(3)(0)=0 e que fpode ser escrita na forma f(x)=senn(x), n N,determine a,b,c e n.Soluo : Primeiramente note que f(0)=a + b + c, f(0)=b + 4 c e f_2_=a b + c; logo,obtemos o sistema:___a + b + c = 0a b + c = 1b + 4 c = 0,cuja soluo a =38, b = 12 e c =18; ento:f(x) =38 cos(2 x)2+cos(4 x)8.Por outro lado, cos(4 x) = 2 cos2(2 x) 1 e cos(2 x) = 1 2 sen2(x), logo:f(x) =38 cos(2 x)2+cos(4 x)8=14 cos(2 x)2+cos2(2 x)4= sen4(x).Ento a =38, b = 12, c =18 e n = 4.[2] Determine a equao da reta tangente e a equao da reta normal curva y= arcsen_x12_no ponto onde a curva intersecta o eixo dos x.Soluo : Determinemos a interseo da curva com o eixo dos x. Se y= 0, temos:arcsen_x 12_= 0 x 12= 0 x = 1.Logo, o nico ponto de interseo (1, 0). Por outro lado, os coecientes angulares da retatangente e da reta normal curva so, respectivamente:m1= y=13 + 2 x x2 m1(1) =12m2= 1y= _3 + 2 x x2 m2(1) = 2.372 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSLogo, as equaes da reta tangente e da reta normal so, respectivamente:y=12 (x 1) x 2 y= 1y= 2 (x 1) 2 x + y= 2.[3] Determine a equao da reta normal curva y= xln(x), que paralela reta 2 x2 y+3 = 0.Soluo : Primeiramente, calculemos os coecientes angulares que precisamos. O coecienteangular da reta 2 x 2 y + 3 = 0 m1= 1. O coeciente angular da reta normal curva :m2= 1y= 11 + ln(x).Como as retas so paralelas, temos que m1= m2, isto :11 + ln(x)= 1 ln(x) = 2 x0= e2;logo, temos que y0=e2ln(e2)= 2 e2. A equao da reta normal curva que passa peloponto (e2, 2 e2) :y + 2 e2= x e2 y x = 3 e2.0.25 0.5 0.75 1 1.25 1.5-0.4-0.20.20.40.6Figura 9.8: A reta y x = 3 e2.[4] Determine os parmetros a, b e c R tais que a parbola y= a x2+ b x + c tangencie a retay= x no ponto de abscissa 1 e passe pelo ponto (1, 0).Soluo: Como o ponto(1, 0) deve pertencer parbola, substituindo na equao,temosque:(1) a b + c = 0.Como a parbola deve tangenciar a reta y= x no ponto de abscissa 1, temos que se y= 1, entox = 1. Isto , o ponto (1, 1) comum reta e parbola; substituindo na equao, temos que:(2) a + b + c = 1.O coeciente angular da reta m1=1 e o coeciente angular da reta tangente parbola m2= y= 2 a x + b, logo m2(1) = 2 a + b. Como m1= m2:(3) 2 a + b = 1.9.3. DERIVADA 373Logo, de (1), (2) e (3) temos o sitema:___a b + c = 0a + b + c = 12 a + b = 1,cuja soluo : a = c =14 e b =12.112Figura 9.9: Exemplo [4].[5] A forma de uma colina numa rea de preservao ambiental, pode ser descrita pela equaoy= x2+ 17 x 66, sendo 6 x 11. Um caador, munido de um rie est localizado noponto (2, 0). A partir de que ponto da colina, a fauna estar 100% segura?Soluo : Denotemos por P0=(x0, y0) o ponto alm do qual a fauna no pode ser vista pelocaador, situado no ponto (2, 0).A fauna estar a salvo, alm do ponto P0 onde a reta que liga(2, 0) colina seja tangente mesma.2Figura 9.10: Vista bidimensional do problema.Observe que y= 2 x + 17 o coeciente angular de qualquer reta tangente parbola; logo,no ponto P0, temos y= 2 x0 + 17 e a equao da reta tangente :y y0= (2 x0 + 17) (x x0).Como a reta passa por (2, 0), temos:(1) y0= (2 x0 + 17) (2 x0).O ponto P0 tambm pertence parbola; ento:(2) y0= x20 + 17 x066.374 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSIgualando (1) e (2):x204 x032 = (x08) (x0 + 4) = 0 x0= 8 e y0= 6.Ento, P0= (8, 6) e a fauna estar a salvo a partir de x > 8.[6] A reta tangente curva y= x4+ 2 x2+ x no ponto (1, 2) tambm tangente curva emum outro ponto. Ache este ponto.Soluo: O coeciente angular da reta tangente curva y= 4 x3+ 4 x + 1, como(1, 2) um ponto comum reta e a curva, temos y(1)=1. A equao da reta tangente que passapelo ponto (1, 2) : y=x + 1. Para determinar os pontos comuns curva e reta tangente,resolvemos o sistema:_y = x4+ 2 x2+ xy = x + 1,obtendo x42 x2+ 1 = (x21)2= 0 e x = 1. O ponto procurado (1, 0).-1 12Figura 9.11: Exemplo [6][7] O ponto P= (6, 9) pertence parbola x2= 4 y. Determine todos os pontos Q da parbolatais que a normal em Q passe por PSoluo : Um ponto arbitrrio da parbola Q =_a,a24_e o coeciente angular da reta normal curva : m1= 1y= 2x. A equao da reta normal curva no ponto Q :y a24= 2a (x a).Mas a normal passa pelo ponto (6, 9), logo:9 a24= 2a (6 a) a328 a 48 = (a 6) (a + 2) (a + 4) = 0.Os pontos procurados so Q1= (4, 4), Q2= (2, 1) e Q3= (6, 9).9.3. DERIVADA 375-4 -2 6149Figura 9.12: Exemplo[7].[8] Nos pontos de interseo da reta x y + 1=0 com a curva y=x2 4 x + 5, traam-se asnormais curva. Calcule a rea do tringulo formado pelas normais e pela corda que subtendeos referidos pontos de interseo.Soluo : Determinemos os pontos de interseco da reta x y + 1 = 0 com a curva:_y = x24 x + 5y = x + 1.Obtemos x25 x+4 = (x1) (x4) = 0; ento x = 1 e x = 4; logo temos os pontos P1= (1, 2)e P2= (4, 5). Por outro lado, os coecientes angulares das normais so dados por:m = 1y= 12 x 4;m(1) =12 e m(4) = 14. As equaes das normais em P1 e P2, so respectivamente:2 y x = 3,4 y + x = 24.Resolvamos o seguinte sistema para achar os pontos de interseco das retas normais:_2 y = x + 34 y = x + 24;obtemos y=92 e x = 6. Seja P3=_6,92_. A rea do tringulo de vrtices P1, P2 e P3 dada porA = |D|2, onde:D =1 1 11 4 62 5 9/2= 152 A =154u.a.376 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS1 4 6246Figura 9.13: Exemplo [8].[9] Esboce o grco da curva y2= x2(x + 3).Soluo : Primeiramente observamos que se mudamos y por y, a equao da curva no muda;logo a curva simtrica em relao ao eixo dos x. Por outro lado, y= f(x) = xx + 3, logoDom(f)=[3, +). Sex= 3, entoy=0 e sey=0, ento x=0 oux= 3. A curvaintersecta os eixos coordenados nos pontos (0, 0) e(3, 0). Determinemos os pontos crticos,derivando y= f(x) e igualando a zero:y=3 (x + 2)2x + 3= 0 x = 2.Note quey(3) no existe ef contnua em x= 3; comoDom(f)=[3, +), no pontox = 3 a reta tangente curva vertical. Determinemos os pontos extremos, estudando o sinalde y ao redor do ponto x = 2:y> 0 x > 2y< 0 x < 2,logo,x= 2 ponto de mnimo local ey= 2. Pela simetria em relao ao eixo dosx, seconsideramosy= xx + 3,o ponto(2, 2) de mximo. A curva no possui pontos deinexo ou assntotas.-3 -2 -1 1 2-2-112Figura 9.14: Exemplo [9].[10] Dada uma circunferncia de raio r, determine o comprimento de uma corda tal que a somadesse comprimento com a distncia da corda ao centro da circunferncia seja mxima?Soluo :9.3. DERIVADA 377yyrxFigura 9.15: Exemplo [9].Com as notaes do desenho, x2+ y2=r2; ento y=r2x2. O comprimento da corda C= 2 y; logo C= 2r2x2. Logo, a funo que devemos maximizar : f(x) = x+2r2x2.Derivando e igualando a zero:f(x) = 1 2 xr2x2= 0 2 x =_r2x2 5 x2= r2 x =r5.Derivando novamente:f(x) =2 r2(r2x2)3/2 f_r5_= 554 r< 0.Logo,r5 ponto de mximo e f_r5_=5 r.[11]Determineocilindrocircularretodevolumemximoquepodeserinscritonumconecircular reto.Soluo :B E CDAxyFigura 9.16: Seo bidimensional do problema.Com as notaes do desenho, sejam r e h o raio e a altura do cone, respectivamente; x e y o raioa altura do cilindro. Por outro lado, o ABC semelhante ao DEC; temos:ABDE=BCEChy=rr x y=hr(r x) (1).O volume do cilindro V= x2y; logo, de (1) temos que a funo a maximizar :V (x) = hr(r x2x3).378 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSDerivando e igualando a zero:V(x) = hr(2 r 3 x) x = 0 x = 0 ou x =2 r3.como x = 0, o nico ponto crtico x =2 r3 . Estudemos o sinal de 2 r 3 x:2 r 3 x > 0 0 < x 2 r3.Ento x=2 r3 ponto de mximo. Logo, o cilindro de volume mximo inscrito num cone temraio da base igual a 2/3 do raio da base do cone e altura igual a 1/3 da altura do cone.[12] Determine o trapzio de permetro mximo que pode ser inscrito num semi-crculo de raior.Soluo :BC DAn2ryxhFigura 9.17:O tringulo ADB retngulo pois inscrito num semi-crculo; note que y=2 r 2 n. Sabe-mos que num tringulo retngulo, cada cateto a mdia geomtrica entre a hipotenusa e suaprojeo sobre a hipotenusa; logo:x2= 2 r n n =x22 re y= 2 r 2 n = 2 r x2r.Ento, o permetro P, :P(x) = 2 x + 2 r x2r+ 2 r P(x) = 4 r + 2 x x2r.Derivando e igualando a zero:P(x) = 2 xr+ 2 = 0 x = r.Derivando novamente:P(x) = 2r P(r) < 0.Logo, P= 5 r. O trapzio de permetro mximo que pode ser inscrito num semi-crculo de raior tem base maior igual a 2 r, base menor igual a r e lados no paralelos iguais a r.9.4. INTEGRAO 3799.4 Integrao[1] CalculeI =_ln_tg(x)_sen(x) cos(x) dx.Soluo : Fazendo : u = ln_tg(x)_ du =sec2(x)tg(x)dx du =dxsen(x) cos(x). Ento:I =_udu =u22+ c =ln2_tg(x)_2+ c.[2] CalculeI =_sen(x) cos(x)1 + sen4(x)dx.Soluo : Fazendo : t = sen(x) dt = cos(x) dx. Ento:I =_t1 + t4dt =_t1 +_t2_2dt =arctg(t2)2+ c =arctg_sen2(x)_2+ c.[3] CalculeI =_x_1 + x2+_(1 + x2)3dx.Soluo : Note que 1 + x2+_(1 + x2)3= 1 + x2+ (1 + x2)1 + x2= (1 + x2) (1 +1 + x2),ento;_1 + x2+_(1 + x2)3=_1 + x2_1 +_1 + x2.Agora, fazendo:u = 1 +_1 + x2 du =x1 + x2dx;logo,I =_duu= 2u + c = 2_1 +_1 + x2+ c.[4] CalculeI =_xarctg(x) ln(x2+ 1) dx.Soluo : Integramos por partes:u = ln(x2+ 1) du =2 x1 + x2dxdv= xarctg(x) dx v=_xarctg(x) dx.Denotemos porI1=_xarctg(x) dx. Para achar v, novamente integramos por partes:u = arctg(x) du =dx1 + x2dv= xdx v =x22.Logo:I1=x2arctg(x)212_x21 + x2dx =x2arctg(x)212_ _1 11 + x2_dx=x2arctg(x)212_x arctg(x)=(x2+ 1) arctg(x)2x2.380 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSVoltando aI: v du =xx2+1_(x2+ 1) arctg(x) x= xarctg(x) x2x2+1 e:_v du =I1 + arctg(x) x,Ento:I = uv _v du =12_(1 + x2) arctg(x) x _ln(x2+ 1) 1arctg(x) + x + c.[5] CalculeI =_0xsen(x)1 + cos2(x) dx.Soluo : Fazendo x = t, dx = dt; se x = 0, ento t = e se x = , ento t = 0. Por ourolado:xsen(x)1 + cos2(x)=( t)sen( t)1 + cos2( t)=( t)sen(t)1 + cos2(t).Logo:I = _0( t) sen(t)1 + cos2(t)dt =_0 sen(t)1 + cos2(t) dt I 2 I =_0 sen(x)1 + cos2(x) dx.Observe que a integral denida no depende da varivel de integrao. Fazendo u=cos(x),ento du = sen(x) dx e:2 I = _11du1 + u2= _11du1 + u2= _arctg(1) arctg(1)=22.LogoI =24 .[6] Verique que:_10(1 x2)ndx =22n_n!_2_2 n + 1)!,n N.Soluo : Fazendo x = sen(t), dx = cos(t) dt; se x = 0, ento t = 0 e se x = 1, ento t =2. Poroutro lado, (1 x2)ndx =_1 sen2(t)_ncos(t) dt = cos2n+1(t) dt, ento:In=_10(1 x2)ndx =_/20cos2n+1(t) dt;integrando por partes:In= cos2n(t) sen(t)/20+ 2 n_/20cos2n1(t) sen2(t) dt= 2 n_/20cos2n1(t) dt 2 n_/20cos2n(t) dt= 2 n_/20cos2n1(t) dt 2 nIn,isto In=2 n2 n + 1In1, comoI0=_/20cos(t) dt = 1, logo:9.4. INTEGRAO 381I1=23I0=23=1 21 3I2=45I1=1 2 41 3 5I3=67I2=1 2 4 61 3 5 7I4=89I3=1 2 4 6 81 3 5 7 9...In=1 2 4 6 . . . (2 n 2) 2 n1 3 5 7 . . . (2 n 1) (2 n + 1)(1).Multipliquemos (1) por1 2 4 6 . . . (2 n 2) 2 n1 2 4 6 . . . (2 n 2) 2 n, ento:In=_(1 2) (2 2) (2 3) (2 4) . . . 2 (n 1) 2 n_21 2 3 4 5 . . . (2 n 2) 2 n(2 n + 1)=22n_1 2 3 4 5 . . . (n 1) n_2_2 n + 1_!=22n_n!_2_2 n + 1)!.[7] Determine a rea da regio limitada pelas curvas x2= 2 p y e x2y= p2(p y), onde p N.Soluo: Se mudamosx por x, as equaes no mudam, logo as curvas so simtricas emrelao ao eixo dos y. Determinemos as intersees das curvas com os eixos coordenados. Sex=0, ento y=0 e p2(p y)=0; se y=0, ento x=0; logo os pontos (0, 0) e (0, p) so ospontos de interseo das curvas com os eixos coordenados. Escrevendo y=x22 pey=p3x2+p2,determinamos a interseo das curvas, resolvendo o sistema:_y =x22 py =p3x2+p2,donde, x4+ p2x2 2 p4=0; fazendo u=x2temos u2+ p2u 2 p4=0 e x= p. Note quex = 0 o nico ponto crtico de ambas as curvas; para a parbola um ponto de mnimo e paraa outra curva um ponto de mximo.Figura 9.18: Regio do exemplo [7].382 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSPela simetria da regio, calculamos a rea no primeiro quadrante e multiplicamos o resultadopor 2:A = 2_p0_p3x2+ p2 x22 p_dx = p2_2 13u.a.[8] Determine a rea da regio limitada pela curva x6x4+ y2= 0 e pelos eixos coordenados.Soluo: Se mudamosx por x eypor y, a equao no muda, logo a curva simtricaem relao ao eixo dos x e dos y. Determinemos os pontos de interseo da curva com os eixoscoordenados. Se x = 0, ento y= 0 e se y= 0, ento x4(x21) = 0; logo os pontos (0, 0), (1, 0)e (1, 0) so os pontos de interseo da curva com os eixos. Consideramos y= x21 x2; logox [1, 1]. No difcil ver que emx=0 a curva possui um ponto de mnimo local e quex = 63so pontos de mximo local.-1 10.4-1 10.4Figura 9.19: Regio do exemplo [8].Pela simetria da regio, calculamos a rea no primeiro quadrante e multiplicamos o resultadopor 2.A = 2_10x2_1 x2dx.Fazendo x = sen(t), ento dx = cos(t) dt e x21 x2dx = sen2(t) cos2(t) dt; ento:A = 2_/20sen2(t) cos2(t) dt =12_/20_2 sen(t) cos(t)_2dt=12_/20sen2(2 t) dt =14_/20_1 cos(4 t)_dt=8u.a.[9] Determine a rea da regio limitada pelas curvas9 y x2 81=0, 4 y x2 16=0,y x21 = 0 e o eixo dos y.Soluo : Determinemos as intersees das curvas:(1)_9 y x2= 814 y x2= 16(2)_9 y x2= 81y x2= 1(3)_4 y x2= 16y x2= 1De (1) obtemos y= 13, logo x=6; de (2) obtemos y=10, logo x= 3 e de (3) obtemos y= 5,logo x = 2.9.4. INTEGRAO 3831 2 3 4 5 6459101 2 3 4 5 645910Figura 9.20: Regio do exemplo [9].Logo:A = 2_54_y 4 dy +_105_y 1 dy 9_109_y 9 dy= 20 u.a.[10] Determine o volume da calota esfrica de altura h se a esfera tem raio R.hRFigura 9.21: Regio do exemplo [10].Soluo: Fazendo uma rotao da esfera se for necessrio, consideramosy=R2x2e aseguinte regio:RR-hFigura 9.22:384 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSLogo:V= _RRh__R2x2_2dx = _RRh_R2x2_dx = _R2x x33RRh= h2(3 R h)3u.v.Em particular, se h = R, ento V=2 R33 o volume da semi-esfera de raio R; se h = 2 R entoV=4 R33 o volume da esfera de raio R.[11]Calculeovolumedoslidode revoluogerado pela rotaodaregiolimitadapelascurvas y= e2x1, y= ex+ 1 e o eixo dos x, em torno do eixo dos x.Soluo : Determinemos os pontos de interseo das curvas:_y = e2x1y = ex+ 1 e2xex2 = 0 ex= 2 x = ln(2).-0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.2123-0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.2123Figura 9.23: Regio do exemplo [11].Logo:V= _0ln(2)__ex+ 1_2_e2x1_2_dx = _0ln(2)_e4x+ 3 e2x+ 2 exdx=11 4u.v.[12] Calcule o comprimento de arco da curvas 5 y3= x2situado dentro do crculo x2+ y2= 6.Soluo : Determinemos os pontos de inteseo das curvas:_5 y3= x2x2+ y2= 6 5 y3+ y26 = (y 1) (5 y2+ 6 y + 6) = 0 y= 1.9.4. INTEGRAO 385-1 -2 1 2-1-212Figura 9.24: Regio do exemplo [12].Pela simetria da curva, consideremos x =5 y3/2, derivando x=352y1/2; ento:L = 2_10_1 +45 y4dy.Fazendo u = 1 +45 y4, obtemos:L =845_1+45/41u du =13427u.c.[13] Calcule a rea da regio determinada por y2=x32 ax e sua assntota, a = 0.Soluo : Se mudamos y por y, a equao no muda, logo a curva simtrica em relao aoeixo dos x. Note que a curva intersecta os eixos na origem.Figura 9.25: Regio do exemplo [13].A equao da assntota x = 2 a; ento consideramos y=_x32 ax e:A = 2_2a0_x32 a x dx = 2 lim2a_0_x32 a x dx.Fazendo x = 2 a sen2(t), temos que dx = 4 a sen(t) cos(t) dt. Por outro lado:_x32 a x dx =xx2 a xdx = 8 a2sen4(t) dt.386 CAPTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOSTemos, x = 0 t = 0 e x = sen2(t) =2 a; se 2 a t =2. Ento:2_0_x32 a x dx =a22_sen(4 t) 8 sen(2 t) + 12 t0=a22_sen(4 ) 8 sen(2 ) + 12 .Logo: A = lim/2a22_sen(4 ) 8 sen(2 ) + 12 = 3 a2 u.a.[14] Calcule a rea da regio limitada pela curva y=1x2(x + 1), x 1 e o eixo dos x.Soluo : Devemos calcular a rea da regio ilimitada:Figura 9.26: Regio do exemplo [14].Logo:A =_+1dxx2(x + 1)= limb+_b1dxx2(x + 1)= limb+_b1_1x+1x2+1x + 1_dx = limb+_ln(b) 1b+ 1 + ln(b + 1) ln(2)= limb+_ln_b + 1b_1b+ 1 ln(2)= limb+_ln_1 +1b_1b+ 1 ln(2)=_1 ln(2)_u.a.