EXPERIÊNCIAS NEGATIVAS NA MODALIDADE DE EAD

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EXPERIÊNCIAS NEGATIVAS NA MODALIDADE DE EAD

1. A FUNÇÃO DA TUTORIA NA EAD

Em relação as experiências negativas citadas no fórum a relação

professor-tutor e aluno foi a que mais apresentou problemas nos cursos em

EAD. A seguir destacamos alguns pontos negativos em relação a tutoria:

ausência no ambiente do curso

não tem habilidade para algumas competências

falta de ética profissional

não interage com a turma

não tem controle do processo ensino aprendizagem

não participa do planejamento do curso como um todo.

Esta realidade ainda infelizmente faz parte da EAD e está pautada em :

[...] um modelo de tutoria no qual, para o trabalho com várias turmas, existe um professor que sistematiza o conteúdo e planeja o curso, mas que ninguém tem acesso a ele (o professor), e vários tutores, indivíduos responsáveis pela mediação dos alunos com o conhecimento de conteúdos que não foi por eles (os tutores) sistematizados nem planejados, assumindo assim a função de “transpositores” de conteúdo.

(CARVALHO& RODRIGUES, 2011, p. 4).

Mas o ponto crucial da EAD está na relação entre o professor-tutor e o

aluno no ambiente virtual de aprendizagem. É fundamental entender que as

tecnologias por si só não são responsáveis pelo processo de ensino e

aprendizagem, o professor é fundamental para que o conhecimento ocorra.

Esse conhecimento deve ser mediado pelo professor num processo recíproco de

aprendizagem. A postura do professor-tutor não é de apenas ensinar, mas de

juntamente com o aluno aprender, construindo assim uma rede virtual

colaborativa de aprendizagens. O ambiente virtual nesta perspectiva é

[...] o espaço em que um embate é travado diante do próprio saber: de

um lado, a necessidade do professor ser o produtor do saber, de ser partícipe da produção do conhecimento histórico, de contribuir pessoalmente. De outro lado, a opção de tornar-se apenas um eco do que os outros já disseram. (SCHMIDT, 2006, p.57)

Para abarcar todas as funções de uma tutoria de qualidade o professor-tutor

deve ser um eterno pesquisador e sua formação ser continuada. Mas

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principalmente estar aberto para mudanças, pois a EAD é uma modalidade

de ensino que está em constante transformações.

2. FALTA DE QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA EAD

A falta de materiais de qualidade são alguns aspectos negativos na

EAD, mais especificamente nos ambientes virtuais de aprendizagens. A seguir

destacamos alguns exemplos citados pelos participantes do fórum:

materiais muito complexos

os materiais não dialogam com os cursistas

textos muito extensos e sem atrativos

Esta realidade está muito presente em cursos ofertados pela EAD. Mas é preciso:

superar modelos tradicionais, mudando o foco “da instrução” para o “processo de aprendizagem” e colocando em suas prioridades a adoção de formas inovadoras de interação/colaboração entre os participantes (alunos-alunos e alunos-docentes), assim como outras atividades e

estratégias. (STRUCHINER,M.&GIANNELLA, 2005,p.6). Além da superação de modelos tradicionais de ensino e aprendizagem

é preciso disponibilizar nos cursos de EAD ferramentas que possibilitam uma

proposta de educação colaborativa com materiais de qualidade para o aluno

virtual.

A aprendizagem virtual colaborativa vem tomando força nos últimos anos

como uma possibilidade de ampliação dos conhecimentos, indo além de uma

simples leitura de apostilas ou de materiais sem qualidade no qual o aluno é

um sujeito passivo, não participando do processo de construção de

conhecimentos significativos. A EAD precisa proporcionar “outras dimensões da

aprendizagem, caso contrário corre o risco de perder os alunos”

(PALLOFF.R.M &PRATT,2004, p.57).

A educação colaborativa poderá ser uma das alternativas para

proporcionar outros meios de aprendizagem ao aluno virtual.Pois possibilita o

debate, a discussão, a reflexão individual e coletiva, o respeito às idéias do grupo

em relação a um determinado tema, e principalmente a criação, tornando o

ambiente virtual mais interessante para o aluno virtual.

3. QUESTÕES RELACIONADAS AO PLÁGIO NA EAD

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Uma das questões negativas abordadas no fórum também refere-se ao

plágio na EAD. Consideramos que apenas constatar o plágio na EAD não irá

solucionar a origem do problema. É necessário criar mecanismos para evitar o

plágio e garantir uma reflexão crítica sobre esta prática muito frequente na

EAD. Em relação a pratica do plágio Morgan e O’Reilly(1999) afirmam que “a

maior parte dos plágios ocorre como resultado da ignorância das regras de

citação, não sendo algo intencional. E de acordo com Primo e Lesage (2001)

isso ocorre pelo fato de que os cursos pela Internet “estão redefinindo os

limites da propriedade intelectual”.

Uma medida importante que poderá ser adotada pelas instituições que

ofertam a EAD para diminuir o plágio é o de diversificar as atividades no

ambiente virtual. Pois o aluno que não produz um texto de qualidade, poderá ter

outras potencialidades, como por exemplo criar softwares, montar vídeos entre

outras coisas. Nesta perspectiva o “professor pode projetar atividades que

instiguem os alunos a desenvolverem suas habilidades em outro estilo de

aprender” (PALLOFF.R.M &PRATT, 2004, p.53).

Acreditamos que o grande desafio não esta em criar softwares

para detectar plágios. Mas o ofertar uma educação de qualidade com

a possibilidade de o aluno continuar o processo de construção de sua escrita e do

conhecimento sem recorrer ao plágio nos cursos ofertados pela EAD.

4. REFERÊNCIAS

CARVALHO.A.V.RODRIGUES.A.E. Paulo Freire e EAD: campo de múltiplas relações. Disponível em: <http://www.lanteuff.org/pigead/file.php/93/biblioteca/Semana_2_Texto_04.pdf> Acesso em 09, ago.2011. MORGAN, C&O’REILLY, M. Assessing Open na Distance Learners.London, England:Kogan, 1999. PALLOFF.R.M &PRATT, k. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line.Porto Alegre:Artmed,2004. PRIMO,L,H&LESGE,T.Survey of intellectual property Issues for distance Learning andOn-line educadores. Disponível em: <www.usdla.org/ED_magazine/iluminactive/FEB01_Issue/article03.html.> SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 8.ed. São Paulo: Contexto, 2003. STRUCHINER,M.&GIANNELLA,T.R. Educação a distância:conceitos e potencialidades. IN:STRUCHINER,M.&GIANNELLA,T.R. Aprendizagem e Prática Docente na Área da Saúde:paradigmas, conceitos e inovações. OPAS: Washington, 2005.