FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA CURSO DE … BIBLIOTECA... · obrigatório para obtenção de grau...

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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES MIRIAN LINS DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) BELÉM 2013

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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA

CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO

JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES

MIRIAN LINS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS

LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

BELÉM

2013

1

ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO

JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES

MIRIAN LINS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS

LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às

Faculdades Integradas Ipiranga como requisito

obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,

na tipologia monografia.

Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier

BELÉM

2013

2

ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO

JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES

MIRIAN LINS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS

LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às

Faculdades Integradas Ipiranga como requisito

obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,

na tipologia monografia.

Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier

Data: / /2013

Angelina Taynah da Rocha Marcelino

Jessica do Socorro Freitas Gomes

Mirian Lins da Silva

Banca examinadora:

__________________________________________________

Orientador: Esp. Stanley Soares Xavier

__________________________________________________

Prof.Ms. Dirceu Costa dos Santos

__________________________________________________

Prof. Anderly da Silveira Pantoja

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por ter iluminado meus caminhos ,pois em muitas vezes

busquei forças, motivação, para continuar com perseverança nessa caminhada e assim

poder ter concluído mais uma etapa em minha vida.

A minha mãe, Guimar Lins, por esta ao lado me incentivando e apoiando de

forma assídua, representando em minha vida um exemplo de garra, força, superação,

perseverança e luta, onde sem sombra de duvida soube ser a figura de pai e mãe,

transferindo com carinho e amor seus valores para minha vida.

Aos meus familiares e em especial aos tios, Adolfo Lins, Lucimar Lins e Paulo

Lins, que acreditaram em mim e depositaram confiança de que era capaz de retribuir,

com esforço, empenho e dedicação.

Ao meu namorado, Dennyson David, nesses três anos de vida acadêmica, por ter

estado ao meu lado, compreendendo, ajudando, apoiando, nos momentos difíceis e nos

de ausências necessárias que pouco a pouco foram sendo superados.

Ao meu professor, Anderly Pantoja que disponibilizou seu tempo e atenção,

apesar de seus inúmeros compromissos e afazeres e de que sem duvida sua contribuição

foi essencial para conclusão do presente trabalho.

A todos os professores que pude conviver neste período, por ter compartilhado

seus conhecimentos e intensificarem minha vontade em aprender, preenchendo de

sabedoria minha vida.

Aos meus colegas de turma e amigos que conquistei neste espaço de tempo

dentre os quais tive mais afinidade, e pude conviver nesse período de suma importância

em minha vida, e faço questão de lembrá-los: Glauciane Mendes, Jéssica Gomes,

Railson Salomão e Robson Oliveira. Às vezes nos desentendemos, porém nada que não

tivéssemos resolvido com a cabeça mais fria, sem dúvidas que suas companhias foram

essenciais para tornar nossa caminhada menos árduas, pois partilhamos momentos de

muitas alegrias.

A toda as outras pessoas, não menos importantes em minha vida, que me

ajudaram no processo de aprendizagem, não somente na formação profissional, e sim na

pessoal, fazendo me tornar cada dia, um ser humano mais evoluído, tomando como

referencias exemplos de vida, superação, dignidade, humildade, força e luta.

Mirian Lins da Silva

4

AGRADECIMENTOS

A Deus pela força e coragem que me concedeu, assim como todas as

oportunidades que surgiram ao longo desses anos, pela determinação que tive para

concluir mais uma etapa de minha vida.

Aos meus pais, a minha mãe Solange Gomes por ter me trazido ao mundo e me

ensinado a viver nele; ao meu pai Moacir de Souza por ser meu exemplo de vida, pelo

apoio e dedicação que ajudaram a chegar ate aqui.

A minha família em especial minha avó Maria Luiza Gomes por todos os

ensinamentos repassados, pela dedicação, companheirismo e por estar sempre ao meu

lado; as minhas tias Elisângela Gomes e Adriana Gomes pela força, atenção e todos os

incentivos aos longos doas anos; ao meu tio Luis Sergio Nogueira por ter me acolhido

no seio de sua família e me incentivado a concluir esta etapa; ao meu irmão Matheus

Gomes, meus primos Ana Flavia Nogueira e Silvio Luis Nogueira pelas alegrias e

pelos sorrisos que dei mesmo nos momentos de aflição.

Ao professor Anderly Pantoja por todo incentivo e dedicação, a todo

conhecimento repassado que me ajudaram a concluir este TCC.

A todos os professores que ao longo desses anos tive a oportunidade de

conviver e absorver conhecimentos importantes para minha formação profissional.

Aos meus amigos de sala de aula por dividirem comigo experiências, pelas

horas de estudo e por todas as alegrias vivenciadas e agradeço a minhas amigas Mirian

Lins e Angelina Rocha, pela dedicação e companheirismo durante estes meses de

confecção de nosso TCC.

Jéssica do Socorro Freitas Gomes.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ser meu Senhor e meu guia em todos os

momentos desta caminhada acadêmica, por iluminar a minha mente e sustentar o meu

coração nos momentos nos quais não via esperança. De Ti venho e a ti me devolvo.

Agradeço meu Tio James e minha avó Francisca por todo o apoio moral e

financeiro que me proporcionaram durante meu curso, por todos os conselhos e por

serem meu referencial de vida.

Agradeço a minha mãe Jani (minha rainha), imensamente pela criação

diferenciada, por todos os conselhos, por sempre lutar por uma boa educação para mim,

por suportar tudo visando me proporcionar um bom futuro, obrigada pelo amor,

obrigada por tudo. Perdão pelos momentos de ausência ao qual fui forçada a gerar, tudo

isto foi por um bem maior.

Agradeço meu Pai Augusto por toda a paciência que teve comigo, pelo apoio

imprescindível para a minha continuidade no curso.

Agradeço os meus irmãos Luã, Matheus e Bernardo pelos momentos de

descontração e pelo apoio diferenciado que tornaram os fardos mais leves e fáceis de

suportar.

Aos meus amigos por compreenderem e não desistirem da minha amizade e

companhia, mesmo sumindo por longos períodos, sou grata por sempre estarem de

braços abertos e sorrisos largos quando volto.

Agradeço aos amigos que conquistei nessa jornada acadêmica, com os quais tive

a oportunidade e honra de dividir momentos de estudo, cada pequena lição que me

deram foi bem recebida e as levarei para a vida toda. Em especial agradeço as minhas

amigas Jessica Gomes e Mirian Lins por todo apoio, companheirismo e sagacidade

necessárias para a construção deste trabalho, foi uma honra.

Agradeço aos mestres, por cada faísca que atiçava o fogo de conhecimento,

dessa forma não passando incólumes por meu aprendizado, entre estes os professores

Cláudio Teixeira, Fábio Wan-Meyl, Márcio Ferreira e Marliane Campos.

Agradecimento especial ao Mestre Anderly Pantoja por sanar brilhantemente as

nossas duvidas e nos orientar da melhor maneira possível para a melhor construção

desta monografia.

Angelina Rocha

6

“A matéria nada mais é do que energia

capturada”.

Dan Brown

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RESUMO

A técnica de Ressonância Magnética é valida para as investigações de problemas

articulares e desordens músculo esqueléticas. Por utilizar campos magnéticos intensos, e

radiação não ionizante, para a obtenção de imagens milimétricas da articulação do

joelho, a RM é utilizada como uma técnica avançada de estudo imaginológico,

produzindo imagens fidedignas da região de interesse com alto contraste entre as

estruturas. Descrever a contribuição da Ressonância Magnética na detecção das Lesões

do Ligamento Cruzado Anterior. Foram realizadas pesquisas em bancos de dados como:

Bireme, Scielo, PlubMed, Medline, e sites específicos de ortopedia; e foram realizadas

visitas às Bibliotecas da UEPA- CCBS e da ESAMAZ, tendo como base livros de

anatomia, Ressonância Magnética e Traumatologia. Foram encontrados e selecionados

22 artigos, seis Teses relacionadas e 18 livros que respondem aos objetivos da presente

pesquisa. A Ressonância Magnética associada com aplicação de protocolos corretos no

momento da aquisição das imagens com suspeitas de injurias no LCA eleva-se a

acurácia, podendo assim guiar os cirurgiões ortopédicos ao melhor tratamento. As

sequências corretas contidas nos protocolos, eleva-se a qualidade da imagem, podendo

assim esperar um exame com 90 a 95% de acurácia. Nas ponderações de imagens

obtidas com Saturação de gordura visualiza-se melhor o ligamento Cruzado Anterior,

T1 para estudo anatômico e T2 para estudo das lesões.

Palavras-chave: Joelho, Lesões de LCA, Ressonância Magnética, Acurácia.

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ABSTRACT

The MRI technique is valid for investigations of joint disorders and musculoskeletal

disorders. By using magnetic fields, and non-ionizing radiation, for obtaining milimeter

images of the knee joint, MRI is used as an advanced technique for imaginologic

studies, producing reliable images of the area of interest with high contrast between

structures. Describe the contribution of MRI in the detection of Anterior Cruciate

Ligament Injuries. Were searched in databases like: Bireme, SCIELO PlubMed,

Medline, and specific orthopedics sites; and visits were accomplished at the Libraries

of UEPA-CCBS and ESAMAZ, it was based on books of anatomy, MRI and

Traumatology. We found 22 articles, selected six Theses related and 18 books that

address the objectives of this research. MRI associated with application of the correct

protocols at the time of image acquisition with suspected ACL injuries amounts to

accuracy, and can help the orthopedic surgeons to develop a better treatment. The

correct sequences contained in the protocols, rises the image quality, so you can expect

an exam with 90-95% accuracy. In the weighting of images obtained with fat saturation

you can visualize the Anterior Cruciate Ligament better, T1 for for anatomical study

and T2 to injuries study.

Keywords: Knee, ACL Injuries, MRI, Aaccuracy.

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LISTA DE FIGURAS

Figura. 1. Principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior. ..................................... 16

Figura. 2. Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento

Cruzado Anterior. .................................................................................................................. 17

Figura 3. O próton de hidrogênio ......................................................................................... 20

Figura 4. O vetor de magnetização efetivo ............................................................................ 21

Figura 5. Precessão ................................................................................................................ 22

Figura 6. Transferência de energia durante a excitação ........................................................ 23

Figura 7. Flip angle (Ângulo de inclinação) .......................................................................... 24

Figura 8. Núcleos em fase (coerentes) e fora de fase (incoerentes) ...................................... 25

Figura 9. Curva de recuperação T1. ...................................................................................... 26

Figura 10. Curva de decaimento T2 ...................................................................................... 27

Figura 11. Sagital T2 Fat Sat (A) demonstrando o LCA integro e (B) demonstrando

Lesão total de LCA ................................................................................................................ 29

Figura 12. Sagital DP (A) LCA integro e (B) ruptura total de LCA ..................................... 30

Figura 13. Coronal DP Fat Sat demonstrando ruptura total de LCA .................................... 30

Figura 14. Coronal T1 para avaliação do alinhamento dos côndilos e meniscos .................. 31

Figura 15. Axial T2 Fat Sat demonstrando a ruptura total LCA ........................................... 31

Figura 16. T2 obliqua com ruptura total do LCA .................................................................. 32

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11

2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 12

2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 12

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 12

3. METODOLOGIA ......................................................................................................... 13

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 15

4.1 ANATOMIA DO JOELHO .......................................................................................... 15

4.2. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ..................................................................... 16

4.3. EPIDEMIOLOGIA ....................................................................................................... 18

4.4 MECANISMO DA LESÃO DE LCA .......................................................................... 19

4.4.1 Classificação das lesões ............................................................................................ 19

4.5 FÍSICA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .............................................................. 20

4.5.1 Decaimento t1 ............................................................................................................ 25

4.5.2 Recuperação t2 .......................................................................................................... 26

4.5.3 Ressonância magnética para a visualização do LCA ............................................ 27

4.5.4 Protocolo de Joelho ................................................................................................... 28

4.5.5 Imagens de LCA obtidas através da ressonância magnética ................................ 29

5 RESULTADOS ............................................................................................................... 33

6 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 35

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 36

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 37

11

1 INTRODUÇÃO

A ressonância magnética surgiu a mais de 50 anos como uma técnica

experimental, em 1952 Felix Bloch e Edward Purcel ganharam o prêmio Nobel de

Física pela descoberta da ressonância magnética; após esta descoberta em 1970 o

médico norte americano Raymond Damadian através de um estudo realizado com ratos

observou que os vários tecidos animais possuíam propriedades magnéticas distintas,

principalmente quando se comparou tecidos normais com tecidos cancerosos, após

patentear esta descoberta anos depois Damadian desenvolveu o primeiro equipamento

de ressonância magnética; o uso desta técnica vem crescendo vertiginosamente

agregada a elevada tecnologia, sendo utilizada em grande escala na área da saúde para

auxiliar no diagnóstico de patologias. (EMRF, 2005 apud Santos, 2008, FERREIRA E

NACIF, 2011. pag.10).

O joelho é a maior articulação sinovial do corpo, desempenhando um papel

fundamental na locomoção humana, composta por numerosas estruturas, entre elas estão

três ossos fêmur, tíbia e patela, e duas articulações tibiofemoral e patelofemoral,assim

como também possuem ligamentos, meniscos entre outras estruturas que servirão de

suporte para o joelho, causando estabilidade e tornando possível a realização de suas

funções (GARDNER, 1998, p 206; GROSS, 2000, p 326).

Localizado no joelho o ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura que

desempenha uma importante função de restringir os movimentos da articulação,

evitando a instabilidade, assim como, a rotação interna e externa da tíbia, este ligamento

é comumente lesionado, principalmente por jovens adultos e praticantes de algum

esporte; o mecanismo de lesão do LCA que geralmente ocorre é a torção do joelho,

podendo levar em casos extremos a ruptura total do ligamento. A Ressonância

Magnética neste contexto tem por objetivo auxiliar no diagnóstico de possíveis injurias

ligamentares.

A técnica de Ressonância Magnética é valida para as investigações de problemas

articulares e desordens músculo esqueléticas. Por utilizar campos magnéticos intensos, e

não radiação ionizante, para a obtenção de imagens milimétricas da articulação do

joelho, a RM é utilizada como uma técnica avançada de estudo imaginológico,

produzindo imagens fidedignas da região de interesse com alto contraste entre as

estruturas.

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2 OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Descrever a importância da Ressonância Magnética na detecção das Lesões do

Ligamento Cruzado Anterior (LCA).

2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS

• Revisar a anatomia e função do ligamento cruzado anterior;

• Descrever os principais tipos de lesões de Ligamento Cruzado Anterior;

• Demonstrar o protocolo para joelho, na Ressonância Magnética, e qual a melhor

sequência para avaliar lesões.

13

3 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos utilizados para a construção da presente

monografia foram pautados pela proposta de pesquisa embasada na revisão de literatura.

Esta pesquisa foi iniciada nos primeiros meses de 2013, utilizando como base de

banco de dados: Bireme, Scielo, PlubMed, Medline, SportsMed; utilizando informações

obtidas em sites específicos de ortopedia, como: o do Dr. Milton Miszputen, médico

especialista em radiologia ortopédica do esporte; do Instituto Cohen; do Hospital

Israelita Albert Einstein; Grupo do Joelho, etc. Abordando o assunto por palavras

chaves como: Ligamento Cruzado Anterior, LCA, Lesões de LCA, Ressonância

Magnética, ressonância Magnética na detecção de Lesões, Física da Ressonância

Magnética, Constituição do LCA, Graus de lesões, acurácia da RM de LCA; em inglês

foram pesquisadas as seguintes palavras chave: anterior cruciate ligament injury,

ligament injuries.

Para levantamento de dados bibliográficos foram realizadas visitas às

bibliotecas: da Universidade Estadual do Pará – Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde (UEPA-CCBS), localizada na Travessa Perebebuí, nº 2623, no bairro do Marco;

e da faculdade particular Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), localizada na Av.

Municipalidade, Nº 530, Bairro do Reduto; e Faculdades Integradas Ipiranga, localizada

na Av. Almirante Barroso, nº 777, Bairro do Marco. Obtendo como embasamento

teórico livros correlacionados à anatomia do sistema músculo esquelético, Ressonância

Magnética, patologias condrais e músculo esqueléticas,assim como lesões ligamentares,

tratamentos para lesões. Utilizando autores, como: Gray, Henry; Westbrook, Catherine;

Dutton, Mark; Silverthorn; Gross, Jeffrey; Netter, Frank. ; Ferreira e Nacif, etc.

Foram realizadas visitas técnicas no setor radiológico de hospitais e em clinicas

radiológicas na cidade de Belém, no intuito de observar a rotina dos serviços com

ênfase em exames de Ressonância magnética do joelho.

O estudo contou com livros divididos cronologicamente de 1995, Henry Gray

até 2013, Catherine Westbrook; artigos datados de 2005 a 2012, todos em formato de

arquivo PDF. As teses datadas de 2007 a 2010, todos em formato de arquivo PDF. As

teses obtidas tinham por objetivo a obtenção de nota de outorga de grau e obtenção de

nota em outorga de mestrado.

Assim apresentando como objetivo a contribuição da Ressonância Magnética na

detecção das lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) como método de imagem

14

visando uma melhor acurácia para esses tipos de lesões e posteriormente seu

tratamentos.

Foram encontrados 22 artigos, seis Teses, e 18 livros relacionados ao tema

proposto, foram abordados temas como anatomia, epidemiologia, lesões de LCA e

física da ressonância, assim como, sua acurácia.

15

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 ANATOMIA DO JOELHO

O joelho é uma das articulações mais importantes e complexas dos membros

inferiores, realizando funcionalmente movimentos de extensão e flexão com mínimo de

rotação, é extremamente elaborado incluindo três superfícies articulares que formarão

duas articulações distintas a patelofemoral e tibiofemoral, pois apesar de sua

proximidade com articulação tibiofemoral a patelofemoral pode ser considerada uma

entidade independente. (GRAY, 1993; DUTTON, 2006, pag. 708)

A articulação tibiofemoral é formada pela extremidade distal do fêmur e

extremidade proximal da tíbia, sobre essa apresenta uma grande demanda em relação

estabilidade e mobilidade, por esse motivo o joelho é uma das articulações mais

passiveis de lesões no corpo, pois os tipos de ocorrências de lesões nessa região podem

ser generalizados dentro das seguintes categorias: entorses ou distenções não especifica,

contusões, lesões de meniscos e/ou ligamentos incluindo aquelas por esforço repetitivo.

(WATKINS, 2001; DUTTON, 2006, pag. 709; BRITO, SOARES e REBELO, 2009;

SANTOS, D., 2010)

Ellenbecker (2002) apud Lima (2007) relata que articulação do joelho é capaz de

apresentar movimento em seis graus de liberdade, divididos em três de translação

(ântero-posterior, medial-lateral e proximal-distal) e três em rotação (interna-externa,

em varo-valgo e flexão-extensão), ocasionando pouca estabilidade intrínseca no joelho,

devido a localização articular se encontrar nas extremidades dos ossos fêmur e tíbia,

caracterizando movimento em alavanca. Por isto será imprescindível a presença de

estruturas adjacentes com funções estáticas (cápsula articular, os ligamentos, os

meniscos, os ossos) e dinâmicas (músculos e tendões) para garantirem estabilidade,

força, limitações rotacionais, transmissão de carga, absorção de choques, lubrificação

articular para condução perfeita do movimento articular (Figura 1).

16

Figura 1: Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior.

Fonte: NETTER, 2000.

4.2 LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

O LCA configura-se um ligamento complexo, com dimensões de 38mm de

comprimento por 11mm de espessura segundo Gray (1993), onde irá conectar-se

proximalmente na superfície medial do côndilo femoral lateral e se inserir distalmente

na superfície anterior do platô tibial médio, apresentando em seus locais de fixação

abertura em leque, com finalidade de criar uma área de inserção mais ampla, enquanto

sua sensibilidade sensitiva será constituída ricamente por receptores nervosos que

transmitirão informações de movimento, posição da articulação, eventos de estiramento

e dores, onde ao serem recebidas pelo Cerebelo, este emitirá um estimulo motor aos

músculos, ocasionando a chamada sensibilidade proprioceptiva. (NORKIN,C. e

LEVANGIE, 2001; SILVERTHORN, 2003; KAEMPF, 2009; WHITING, W. , 2009).

(Figura 2)

17

Figura 2: Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior.

Fonte: NETTER, 2000.

É uma estrutura única e um dos mais importantes ligamentos para estabilidade

do joelho, servindo como restritor primário à translação tibial anterior (TTA) em relação

ao fêmur e restritor secundário, atuando através de contenção à rotação interna e externa

do joelho, este será constituído por tecido conjuntivo denso e regular, que terá

finalidade funcional, força e/ou flexibilidade extremamente resistente estabelecidas

pelas fibras de colágeno arranjadas paralelamente, no qual seu principal tipo de célula

são os fibroblastos, porém as fibras elásticas constituídas por colágeno têm capacidade

de estiramento limitada na articulação tibiofemoral. (SILVERTHORN, 2003;

DUTTON, 2006, pag712; WHITING, W. C, 2009, pag. 151;).

18

4.3 EPIDEMIOLOGIA

Segundo Frutos (2011), a chance de ter alguma estrutura lesionada é de 80%

tendo como base os sintomas apresentados por cada paciente (inchaço na região, dor,

estalido audível, instabilidade ao andar), e a integridade do LCA é verificada através de

testes físicos e imaginológicos.

Estudos feitos na PUCRS apontam que o coeficiente de concordância kappa

entre a RM e a artroscopia, em relação às lesões, foi muito bom para lesões de

ligamento cruzado anterior (0,75) e a RM mostrou no dado estudo alta sensibilidade na

identificação de rupturas no LCA (94,3%). Os autores do estudo concluem que a RM é

uma ferramenta útil no auxilio do diagnostico clínico de lesões intra-articulares no

joelho. (KARAM, 2007)

Em estudo observacional e descritivo feito por Goés et al. (2005) tomando como

base a prática do futebol, o trauma pode ocorrer de maneira direta: quando há choque

entre dois jogadores ou objeto qualquer, que resultou em 29% das lesões de LCA; ou a

lesão pode ocorrer de forma indireta (71%). Focalizando somente na forma indireta de

ocorrer a lesão os seguintes dados foram obtidos: quando há uma rotação externa do

fêmur sobre a tíbia com o pé fixo (65%), por aterrissagem de um salto ou súbita

desaceleração (25%), hiperextensão da articulação do joelho (10%).

Segundo Cohen e Ferreti (2011), através de levantamento de dados realizado nos

EUA observou-se que das lesões de joelho, 40% correspondem a injuria nos ligamentos.

No qual 49% tiveram o ligamento cruzado anterior lesionado, destes 70% associados à

pratica de algum esporte. Entretanto, no Brasil não é possível obter dados numéricos

concretos sobre esse tipo de lesão, porém devido a prática esportiva do futebol em

locais irregulares e em pisos sintéticos supõe-se que a incidência das lesões no Brasil

seja igual ou superior a dos Estados Unidos.

19

4.4 MECANISMO DA LESÃO DE LCA

Na literatura lesão caracteriza-se através da ocorrência por uma alteração ou

deformidade tecidual, podendo esta atingir diferentes níveis teciduais e os mais variados

tipos de células. Estas podem ocorrer devido fatores fisiológicos ou mecânicos, por

trauma direto ou indireto, entre outros fatores. No Ligamento Cruzado Anterior os dois

tipos de lesão recorrentes são: a parcial e a total. (CAMANHO, 1996; GOÉS, 2005;

ALENTORN-GELI, 2009)

As lesões de LCA acometem principalmente jovens adultos e praticantes de

algum esporte. O mecanismo de lesão do LCA que comumente pode ocorrer é a torção

do joelho, em especial quando em algum movimento o pé permaneça fixo ao solo,

enquanto o corpo gira internamente em relação a perna. As lesões podem ocorrer

através de traumas diretos ou indiretos no joelho, ocasionados por fatores como,

hiperextensão da articulação, desaceleração súbita, aterrissagem por um salto etc. O

paciente ao buscar atendimento poderá relatar torção seguida de dor, estalido audível ou

perceptível no momento do trauma, edema e dependendo do grau da lesão este poderá

apresentar falseio e consequentemente incapacidade de retornar as suas atividades

normais. (BROWNER, 2000; CANAVAN, 2001; LIMA, 2007; MOREIRA, 2007;

ARLIANI, 2012)

4.4.1 Classificação das lesões

Grande parte dos indivíduos que são acometidos por algum tipo de lesão no

LCA, geralmente apresenta danos em estruturas adjacentes tais como, meniscos,

cartilagens ou outros ligamentos. As lesões ligamentares das entorses ocasionadas ao

LCA estão classificadas em graus de acordo com a escala de gravidade da lesão:

Grau I: ocasionado pela ausência de lesão ou minimamente estiramento,

podendo ocasionar ruptura microscópica da estrutura ligamentar, sem perda da

integridade sendo ainda capaz de promover a instabilidade da articulação. (BROWN,

1996; KARAM F.C. et al, 2007).

Grau II: caracteriza-se por uma lesão parcial do LCA causando uma

descontinuidade de algumas fibras que compõe a estrutura, gerando uma moderada

instabilidade á articulação. (BROWN, 1996; KARAM, F.C. et al, 2007).

Grau III: apresenta-se como uma forma mais grave de acometimento do LCA

devido a ocorrência da ruptura total da integridade ligamentar, o que ocasionará uma

instabilidade funcional mais acentuada a articulação, podendo ocasionar uma lesão

20

isolada de LCA ou associadas quanto ao comprometimento de estruturas adjacentes, tal

como ruptura de menisco medial e ligamento colateral medial. (BROWN, 1996;

KARAM, F.C. et al, 2007).

4.5 FÍSICA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A ressonância magnética baseia-se na interação entre um campo magnético

externo e o núcleo de hidrogênio ativo, sendo utilizado na RM clinica, pois é o mais

abundante no corpo humano apresentando uma elevada constante giromagnética.

Em seu núcleo o Hidrogênio possui prótons de carga positiva e uma propriedade

chamada de “Spin” ou momento angular, juntamente com o momento angular o próton

possui uma propriedade chamada “momento magnético”, onde o mesmo se comporta

como um pequeno imã. (OLIVEIRA, 2006; MAZZOLA, 2009; FERREIRA E NACIF,

2011; WESTBROOK et al, 2013).

Segundo Mazzola (2009), “Esta analogia é valida se visualizarmos o próton

como uma pequena esfera carregada (carga positiva) e girando em torno de seu próprio

eixo (spin).”, em toda partícula que apresenta nível alto de agitação (grande energia)

surge um campo magnético associado, o próton de hidrogênio comporta-se como um

dipolo magnético, ou um mini magneto (Figura 3).

Figura 3. O próton de hidrogênio. Este pode ser visto como uma pequena esfera (1), que possui um

movimento de giro, ou spin, em torno do seu próprio eixo (2); por ser uma partícula carregada

positivamente (3), irá gerar um campo magnético próprio ao seu redor (4), comportando-se como um

pequeno dipolo magnético (4) ou como um imã (5), com um momento magnético (μ) associado.

A diferença na resposta quanto à excitação magnética foi notada primeiramente

pelo médico norte-americano Raymond Damadian em 1970, este notou que cada pulso

de radiofrequência ressonante denotava em uma resposta especifica por tecidos normais

e aqueles com tumores malignos, emitindo assim dois tipos diferentes de sinais a

21

medida que as ligações covalentes destes relaxavam para o equilíbrio. (OLIVEIRA, G. e

BORDUQUI,T., 2012; FERREIRA e NACIF, 2011).

Alinhamento caracteriza-se pela interação entre o campo magnético do

hidrogênio e o campo magnético externo, o momento magnético do hidrogênio

denominado vetor de magnetização efetiva (VME) possui orientação aleatória, porem

quando há a aplicação de um campo magnético estático externo (B0), alguns núcleos de

hidrogênio tendem a se alinhar paralelamente a B0, enquanto que um pequeno número

de núcleos irão se alinhar no sentido antiparalelo (Figura 4); dependendo da potencia de

B0 e do nível de energia térmica do núcleo, pois os núcleos de baixa energia (spin up)

não possuem energia suficiente para se opor a B0, alinhando-se paralelamente; todavia

os núcleos de alta energia (spin down) têm energia suficiente para se opor a B0 dessa

forma alinhando-se antiparalelamente. (WESTBROOK, ROTH, TALBOT, 2013).

Figura 4: O vetor de magnetização efetivo.

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

Precessão é um fenômeno que irá ocorrer após o alinhamento do campo

magnético do hidrogênio com o campo magnético externo, o núcleo de hidrogênio

possui um campo magnético induzido em torno de si, apresentando movimento giratório

em torno de seu próprio eixo, ao ser influenciado por B0 irá produzir uma rotação

adicional ou oscilação dos momentos magnéticos do hidrogênio (VME), desenvolvendo

22

trajetórias circulares em torno de B0, dessa forma caracterizando a precessão (Figura 5).

(WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).

Figura 5: Precessão

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

Segundo Ferreira e Nacif (2011) e Westbrook et al (2013), a equação de Larmor

determinará o valor da frequência precessional que o núcleo de hidrogênio irá

desempenhar em torno de B0.

ω0 = Frequência Precessional

B0 = Potência do Campo magnético (externo)

= Razão Giromagnética (42,57MHz/T)

Os núcleos ativos em RM têm sua própria constante giromagnética, ou seja,

possuem frequências precessionais diferentes quando expostos a um campo de mesma

potência, o hidrogênio possuem razão giromagnética de 42,57MHz/T, uma vez que esta

é uma constante de proporcionalidade onde B0 é proporcional a frequência de Larmor,

ω0 = x B0

23

logo se o campo magnético aumentar consequentemente a frequência de Larmor se

elevará.

Ressonância é um fenômeno que ocorre quando um objeto é exposto a uma

alteração oscilatória que tem uma frequência próxima a frequência natural da oscilação,

para que este fenômeno ocorra é necessário que o núcleo seja exposto a uma alteração

externa, o núcleo ganhará energia da força externa e se a energia aplicada for

exatamente à sua frequência precessional ele entrará em ressonância. (WESTBROOK,

ROTH e TALBOT, 2013).

Para que os prótons de hidrogênio entrem em ressonância é necessário que seja

aplicado um pulso de radiofrequência (RF), uma excitação, exatamente na mesma

frequência de Larmor do hidrogênio, esta absorção de energia terá como consequência o

aumento da população dos átomos de hidrogênio em rotação negativa (spin down), a

medida que alguns átomos spin up ganham energia tornando seus núcleos de alta

energia, essa diferença de energia entre as duas populações corresponde a energia

necessária para produzir ressonância por excitação (Figura 6). À medida que a potência

do campo aumenta, diferença de energia entre os dois grupos de núcleos também

aumenta, de maneira que mais energia para produzir ressonância. (WESTBROOK,

ROTH e TALBOT, 2013).

Figura 6: Transferência de energia durante a excitação

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

24

A ressonância apresenta com como uma de usas consequências o afastamento de

(VME) do alinhamento em relação a B0, isso ocorre devido alguns núcleos de baixa

energia terem recebido por meio da ressonância a energia suficiente para se juntarem a

população de alta energia, a ressonância faz com que o VME não fique mais paralelo a

B0, criando um ângulo em relação a ele, este ângulo é denominado ângulo de inclinação

(flip angle) que geralmente terá inclinação de 90º, magnitude do ângulo de inclinação

depende da amplitude e da duração do pulso de RF; o VME recebe energia necessária

para mover-se 90º em relação a B0, onde B0 será denominado plano longitudinal e o

plano de 90º relacionado a B0 será o plano transverso; como o VME é um vetor por mais

que se utilizem ângulos diferentes de 90º existira sempre um componente de

magnetização em um plano perpendicular a B0 (Figura 7). (WESTBROOK, ROTH e

TALBOT, 2013).

Figura 7: Flip angle (Ângulo de inclinação)

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

Outra consequência da ressonância é que os momentos magnéticos dos núcleos

de hidrogênio se movem em fase em relação uns aos outros; a fase é a posição de cada

momento magnético na trajetória precessional em torno de B0 que será influenciado pela

sua frequência, os momentos magnéticos que estão em fase são denominados coerentes

e apresentam-se na mesma posição da trajetória precessional em torno de B0 em um

dado momento; enquanto que os momentos magnéticos que estão fora de fase são

denominados incoerentes devido não estarem na mesma posição na trajetória

precessional; quando ocorre a ressonância todos os momentos magnéticos se movem

para a mesma posição na trajetória precessional e ficam em fase (Figura 8).

(WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).

25

Figura 8: núcleos em fase (coerentes) e fora de fase (incoerentes)

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

4.5.1. Recuperação t1

De acordo com Westbrook, Roth e Talbot (2013), ao receberem o sinal de RF os

núcleos dissipam energia para a quadratura circundante, esta energia faz com que os

núcleos recuperem sua magnetização longitudinal. É um processo exponencial, sendo

seu tempo de recuperação constante denominado relaxamento T1. O tempo necessário

para que a recuperação de magnetização longitudinal alcance os 63% (Figura 9).

Seu contraste é lento no tecido adiposo por este ter núcleos que cedem energia

ao ambiente, por ter rotação molecular lenta a gordura possibilita, para estes, uma

recuperação de magnetização mais rápida se igualando à frequência de Larmor. Já no

caso da água os núcleos cedem energia ao ambiente, porém não consegue absorver

energia facilmente, seu núcleo não consegue igualar a sua mobilidade à frequência de

Larmor, levando mais tempo para relaxar e recuperar a sua magnetização longitudinal.

Logo, o vetor da gordura se realinha de forma mais rápida com B0, do que o vetor da

água. O TR controla o grau de recuperação T1, este deve ser curto. Na imagem o tecido

adiposo se apresenta com hipersinal ( brilhante) e a água apresenta-se com hiposinal

(escura). (FERREIRA e NACIF, 2011; WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).

26

Figura 9: Curva de recuperação T1.

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

4.5.2 Decaimento t2

De origem na interação entre os campos magnéticos de núcleos vizinhos, o

decaimento T2 pode ser denominado também como relaxamento spin-spin que acarreta

na perda de magnetização, esta perda ocorre no plano transversal de maneira coerente, é

uma razão de decaimento exponencial temporal. O tempo necessário para que a perda

de magnetização transversa atinja 63% e a magnetização transversal permaneça em 37%

(Figura10) (WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).

No plano transversal a interação dos núcleos de gordura é mais forte devido as

moléculas estarem bem próximas, a troca de energia entre esses núcleos é mais

eficiente, gerando assim maior interação spin-spin, resultando em uma perda transversal

de magnetização mais rápida. Em contrapartida o decaimento nas moléculas de água

demonstra-se menos eficiente, devido seus núcleos estarem mais distantes,

possibilitando assim uma redução das interações spin-spin, resultando em perda

transversal de magnetização gradual, a perda de magnetização é mais lenta. O TE

(Tempo de Eco) é o parâmetro responsável pelo grau de declínio T2, este deve ser

longo. Na imagem o tecido adiposo se apresenta com hiposinal (escuro) e a água

apresenta-se com hipersinal (brilhante). (FERREIRA E NACIF,2011; WESTBROOK,

ROTH e TALBOT, 2013).

27

Figura 10: Curva de decaimento T2.

Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013

4.5.3 Ressonância magnética para a visualização do LCA

O uso da imagem por Ressonância Magnética cresce vertiginosamente e a física

do aparelho proporciona uma melhor visualização de partes moles do corpo, fato este

que o torna o exame “ouro” na detecção e comprovação de lesões de Ligamento

Cruzado Anterior.

O paciente é posicionado em decúbito dorsal no magneto e a estrutura estudada,

no caso o joelho, é posicionada em extensão para ser realizado o exame, se o joelho for

flexionado em mais de 5 graus o ligamento pode parecer frouxo, criando assim um

falso-positivo, ou seja, será detectada uma falsa patologia no paciente. Utiliza-se para os

estudo de joelho a bobina de Radiofrequência específica para o joelho, que é posta junto

com os imobilizadores para evitar que o paciente movimente a estrutura. Segundo

Westbrook et al (2013), de acordo com as leis de Faraday se for colocada uma bobina

receptora ou qualquer fio condutor na área de um campo magnético em movimento, será

induzida uma voltagem na bobina receptora. O Ligamento Cruzado Anterior é melhor

visualizado em sequências sagitais obliquadas, por cortes paralelos do côndilo femoral

lateral. (Haaga et al, 2010).

Segundo Haaga et al (2010, p.48), O LCA pode parecer como uma banda sólida

ou como três ou quatro troncos separados de baixa intensidade de sinal, é melhor

visualizada na imagem a fixação tibial do LCA do que a fixação femoral deste. A

intensidade de sinal na inserção tibial em imagens ponderações T1 e Densidade de

Prótons (DP) é elevada devida interposição do tecido adiposo ou a diminuição da

densidade do ligamento.

28

Na RM as sequências em planos coronais e axiais tem utilidade na confirmação

de achados feitos em plano sagital. No plano coronal, as imagens mostram o LCA como

uma estrutura de forma curvilínea, em formato de leque, proximalmente o LCA

apresenta-se com intensidade de sinal baixa, porém de modo uniforme, enquanto

distalmente pode demonstrar intensidade de sinal levemente elevada. No plano Axial, o

ligamento não é bem observado em sua porção distal, as imagens mostram-se com

baixo sinal de banda, ficando assim achatadas contra a superfície medial do côndilo

femoral lateral. (Haaga et al, 2010; LIVONESI, P., MIRANDA, D. e PIEDADE, S.,

2012).

4.5.4 Diagnóstico das lesões de LCA por RM

A rotina de exames dos centros radiológicos não segue um protocolo fixo, devido

à variações de: Aparelho (Campo 0,5T, 1,0T, 1,5T ou 3T), fabricantes dos aparelhos,

estado do paciente, tempo de realização do exame, formação da equipe médica e técnica

(que irá determinar a melhor maneira de obter os dados), além das necessidades do

serviço. (Ferreira e Nacif, 2011). Os protocolos dados como padrão são adaptados para

cada serviço e equipamento de RM, que devem ser organizados e discutidos pelos

responsáveis no serviço radiológico. (BRANT,W. e HELMS, C., 2008; FERREIRA e

NACIF, 2011)

O presente protocolo de joelho (quadro 1) foi desenvolvido através de relato de

autores como melhor para visualizar as estruturas, separadas e como um todo. A

aquisição de dados na estrutura presente se dá nos três planos anatômicos (Sagital,

Coronal e Axial), com sequências ponderadas em T1, onde melhor se visualiza

anatomia musculoesquelética; em sequências ponderadas em T2 é possível visualizar

patologias. Por se tratar de uma estrutura musculoesquelética, é de suma importância

utilizar uma ferramenta de imagem chamada FAT SAT, que tem por função saturar a

gordura. Em casos de artefato metálico, para não comprometer a qualidade da imagem

utiliza-se sequências STIR (Short Time Invertion-Recover) que devido seu tempo de

inversão ser curto satura a gordura presente no local. Aquisições feitas em sequência DP

têm por função visualizar a densidade protônica do local, apenas locais com prótons de

hidrogênio em ressonância serão detectados e visualizados. (BRANT,W. e HELMS, C.,

2008; FERREIRA e NACIF, 2011)

29

As imagens obtidas no plano coronal obliquado com cortes ponderados em T2

sem saturação de gordura é possível observar todo o comprimento do Ligamento Cruzado

Anterior, da sua inserção na tíbia até a sua ligação no fêmur. (BRANT,W. e HELMS, C.,

2008; FERREIRA e NACIF, 2011)

Tipo de

sequência

T2 FAT

SAT/STIR T1

DP FAT

SAT T1

T2 SAT

FAT T2

Localizador Sagital Sagital Coronal Coronal Axial Oblíqua

Campo de

visão (FOV) 14 14 14 14 14 14

Espessura de

Corte (mm) 4 4 4 4 4 3

GAP 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.0

Nº de Cortes 20 20 20 16 20 09

Quadro 1: Protocolo de Ressonância Magnética para o joelho.

Fonte: Ferreira e Nacif, 2011. Adaptado.

4.5.5 Imagens de LCA obtidas através da Ressonância Magnética

Figura 11. Sagital T2 Fat Sat (A) demonstrando o LCA integro e (B) demonstrando Lesão total de LCA

Fonte: IMAIOS, 2013

30

Figura 12: Sagital DP (A) LCA integro e (B) ruptura total de LCA.

Fonte: IMAIOS, 2013

Figura 13. Coronal DP Fat Sat demonstrando ruptura total de LCA

Fonte: IMAIOS, 2013

31

Figura 14: Coronal T1 para avaliação do alinhamento dos côndilos e meniscos.

Fonte: IMAIOS, 2013

Figura 15: axial T2 Fat Sat demonstrando a ruptura total do LCA.

Fonte: IMAIOS, 2013

32

Figura 16:T2 oblíqua com ruptura total do LCA.

Fonte: IMAIOS, 2013

33

5 RESULTADOS

Foram encontrados e selecionados 22 artigos, 6 Teses relacionadas e 18 livros

que respondem aos objetivos da presente pesquisa.

Sendo excluídos da pesquisa artigos nos quais não respondiam aos objetivos do

estudo, como: Artigos que tratavam de tratamento para a reconstrução do LCA e

estudos muito antigos.

Autor/ano Tipo Características do estudo Resultados/conclusão

Karam et al

(2007)

ARTIGO

Estudo realizado na PUCRS

com 72 pacientes submetidos

a exames de Artroscopia de

joelho e previamente RM para

verificar a sensibilidade, a

especificidade, os valores de

verossimilhança e a

concordância entre

especialistas na classificação

das lesões.

Evidencia que a RM tem sido

um método de diagnostico por

imagem para investigação das

articulações do joelho em

substituição a artrografia nas

ultimas décadas,

Feretti e Cohen

(2007)

ARTIGO

Pesquisa de artigos em base

de dados informatizados

(MEDLINE, Cochrane,

LILACS e outras bases).

Estudo feito a partir de

levantamento de artigos em

banco de dados, sobre o

diagnóstico das lesões de LCA

comprovaram que a RM possui

sensibilidade de 100% e

especificidade de 71% na

detecção de lesões de LCA,

evitando assim a artroscopia

diagnostica em 22% dos casos.

Karam, 2006 TESE

Estudo transversal realizado

no Hospital São Lucas da

PUCRS, com pacientes de

ambos os sexos e com idade

igual ou superior a 14 anos,

avaliou-se patologias intra-

articulares do joelho através

de exames físicos e RM.

Os resultados obtidos no estudo

foram divididos em grupos, na

qual a acurácia global

demonstrou que a RM tem

sensibilidade superior a 90%

para detecção de Lesões de LCA.

Filho et al,

2010. ARTIGO

Estudo realizado no Hospital

de clínica da Conquista, BA;

com o objetivo de avaliar a

Concluiu-se que a Ressonância

Magnética de joelho tem para o

ligamento cruzado

34

validade da RM para o joelho

comparando-a com a

artroscopia como exame gold.

Avaliou-se 51 pacientes de

ambos os sexos, idade média

de 35,2 anos e com quadro

clinico sugestivo de lesões

intra- articulares do joelho.

Anterior: sensibilidade 95,7%,

especificidade de 82,1%.

Browner,

Bruce; Jupiter,

Jesse, 2000,

pag. 2118.

LIVRO Traumatismo do Sistema

Musculoesquelético

O uso da Ressonância magnética

demonstra especificidade e

sensibilidade de 90% na

avaliação do ligamento cruzado

anterior (LCA) quando

correlacionados com artroscopia.

Brown, David

E, 1996, pag.

310.

LIVRO Segredos em ortopedia

A RM é o melhor teste

diagnostico apresentado como

vantagem para ruptura de LCA.

Brant, William

E, 2008, pag.

119.

LIVRO Fundamentos de Radiologia -

Diagnostico por imagem

A RM é extremamente acurada

no diagnostico de ruptura de

LCA, com sensibilidade de

aproximadamente 100%.

35

6 DISCUSSÃO

Com base na literatura pesquisada com a finalidade de achados acerca da

acurácia da ressonância magnética comparada a outros métodos que evidenciem as

lesões de LCA conclui-se que a Ressonância Magnética nas últimas décadas tem sido

escolhida como melhor método diagnóstico de imagem para investigação de lesões

intra-articulares dos joelhos, devido sua alta sensibilidade e especificidade para

patologias associadas nesta articulação e escolhido por ser um exame não invasivo e de

boa visualização de partes moles comparado à outros métodos invasivos,como a

artroscopia e métodos imaginológicos que envolvam radiação ionizante.

Segundo Brown, David E (1996), o exame físico associado aos testes de

Lachman e o da gaveta anterior são os mais confiáveis para lesão de ligamento cruzado

anterior, onde o fêmur será estabilizado com a mão do examinador e a articulação em

aproximadamente 15-30° de flexão será aplicada uma força oposta, com a finalidade de

anteriorizaçao tibial buscando sugestão de frouxidão ligamentar. Enquanto o teste da

gaveta anterior o joelho estará fletido em 90° seguido de um puxão continuo e brando

posteriormente a tíbia, é feito em direção anterior, caso haja indicio de lesão de LCA é

sentido e também visualizado o degrau que ocorrera entre o côndilo femoral e platô

tibial. Em contrapartida para esse o melhor exame de diagnostico por imagem, é a

Ressonancia Magnetica por apresentar vantagens que incluem natureza não invasiva,

obtenção de imagens multiplanares, visualizações de edemas e lesões associadas de

estruturas adjacentes (ligamentos, meniscos, ósseos, etc.).

A literatura descreve que exames de Ressonância Magnética são úteis nos

diagnósticos de LCA (rupturas parciais e totais), podendo detectar rompimento de

estruturas que não são visualizadas em radiografias de rotina.

No presente estudo podem-se observar pontos de vistas que divergem acerca de

métodos que levem a detecção das lesões de LCA descritos na literatura pelos autores,

mas em relação a acurácia da RM, quanto a sensibilidade e especificidade na detecção

de lesões de Ligamento Cruzado Anterior (LCA) de forma isolada e/ou associada, esses

foram unânimes devido utilizarem em seus presentes estudos a RM como padrão,

excluindo outros tipos exames de diagnóstico por imagem que forneçam de maneira tão

fidedigna a anatomia do LCA.

36

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O joelho é uma articulação diartrodial ou dobradiça, estabilizada por músculos e

ligamentos, entre os ligamentos o cruzado anterior é o mais lesionado entre os

ligamentos do joelho. A função primária do ligamento cruzado anterior é limitar a

anteriorização da tíbia em relação ao fêmur e a secundária será através da contenção à

rotação interna e externa do joelho

Sabe-se que as lesões de LCA dependendo da classificação de seu grau (I, II e

III) podem ocasionar instabilidade da articulação do joelho sendo esta de forma aguda

ou crônica, interferindo assim nas atividades cotidianas ou de participar em atividades

recreativas dos pacientes acometidos com este tipo de lesão.

O método diagnóstico por imagem Ressonância Magnética demonstrou elevado

grau de sensibilidade e especificidade, contribuindo satisfatoriamente, na avaliação das

lesões de rupturas parciais ou totais de LCA e concomitantemente nas lesões associadas

(lesões do ligamento colateral ou dos meniscos), pois se caracteriza como método

imaginológico não invasivo, devido não utilizar as propriedades das radiações

ionizantes, demonstrando grande valia no auxilio dos possíveis tratamentos submetidos

aos pacientes, seja estes, conservadores ou cirúrgicos.

A RM de joelho vem sendo bastante utilizada por especialistas, devido sua

prática clínica em crescente desenvolvimento, levando em consideração suas

propriedades, dada a alta capacidade de distinguir os contrastes presente nos tecidos,

tornando-a um método capaz de evidenciar transtornos internos na estrutura, em casos

de lesões de LCA, podendo assim guiar os cirurgiões ortopédicos ao melhor tratamento.

Portanto utilizando as sequências corretas contidas nos protocolos, eleva-se a qualidade

da imagem, podendo assim esperar um exame com 90 a 95% de acurácia. Nas

ponderações de imagens obtidas com Saturação de gordura visualiza-se melhor o

ligamento Cruzado Anterior, T1 para estudo anatômico e T2 para estudo das lesões.

37

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