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FALÁCIAS Sobre como não argumentar.
Julian Dutra
Filosofia
2018
O QUE SÃO AS FALÁCIAS?
FALÁCIAS são formas de
raciocínio que são incorretas do
ponto de vista lógico. Com
frequência, porém, as falácias são
atraentes do ponto de vista retórico
ou, dito de outro modo, são
persuasivas, psicologicamente
atraentes.
Existem dois tipos gerais de
falácias: falácias formais e falácias
informais. Entre as informais, é
comum classificá-las como falácias
de relevância e falácias de
ambiguidade. Não iremos discutir
detalhes destas formas incorretas de
raciocínio nesta aula. Apenas iremos
discutir algumas definições e
exemplos.
ARGUMENTUM AD BACULUM
O argumento “ad baculum” (recurso à força) é a falácia que
se comete quando se apela para a força, ou ameaça de força,
para provocar a aceitação de ma conclusão.
Um exemplo divertido, se bem que ao mesmo tempo assustador de
argumento ad baculum no nível internacional é o que Harry Hopkins conta
sobre um ocorrido no encontro dos “Três grandes” em Yalta, no final da
segunda guerra mundial. Wiston Churchill havia sugerido ao papa que um
determinado curso de ação seria o correto. E Stalin teria manifestado o seu
desacordo, perguntando: “E quantas divisões disse o senhor que o Papa tem
prontas para entra em combate?”
ARGUMENTUM AD HOMINEM
O argumento “ad hominem” é uma falácia cometida quando,
ao invés de se tentar refutar a verdade do que o interlocutor
está afirmando, se ataca o homem que fez a afirmação.
O argumento ad hominem é falacioso porque o caráter de uma pessoa é
logicamente irrelevante para determinar a verdade ou falsidade do que ele
diz ou a correção ou incorreção de seu raciocínio.
ARGUMENTUM AD IGNORANTIAM
O argumento “ad ignorantiam” consiste em afirmar a verdade
de uma proposição (afirmação) na base de que, simplesmente,
ela não foi provada falsa e, inversamente, sustentar que uma
proposição é falsa porque não foi provada até agora como
verdadeira.
- Deus não existe
- Como você sabe disso?
- Porque é impossível provar sua existência, portanto, Ele não existe.
ARGUMENTUM AD MISERICORDIAM
O argumento “ad misericordiam” é a falácia que se comete
quando se apela para a piedade ou compaixão para se
conseguir que uma determinada conclusão seja aceita.
-“Você não concorda comigo porque não me ama mais”.
(OBS: Não façam joguinho com o crush ou namorada(o), crianças. Não pega bem e não é lógico)
ARGUMENTO AD POPULUM
O argumento “ad populum” é a tentativa de ganhar apelo
polular e usar a opinião popular para sustentar uma afirmação
como verdadeira.
“O melhor produto do mercado, porque é o que mais pessoas compram”.
“Todos aqui concordam com esta opinião, portanto ela é verdadeira”.
ARGUMENTUM AD VERECUNDIAM
O argumento “ad verecundiam”, também conhecido como
apelo à autoridade, é o recurso a uma autoridade como
justificativa para uma opinião ser aceita como verdadeira.
“Se os cientistas disseram, então é verdadeiro”.
“Você não é formado na área, então não pode falar sobre isso”.
GENERALIZAÇÃO APRESSADA (ok, sem nomes legais em Latim, agora)
A generalização apressada é a falácia de tomar algumas
características de um conjunto de objetos pertencentes a um
grupo como sendo próprias do grupo inteiro, isto é, de todos os
objetos daquele grupo.
“Fui roubado três vezes por ladrões negros em Porto Alegre... Só negros
roubam nesta cidade!”
FALSA CAUSA
A falsa causa (em latim post hoc ergo propter hoc, significando
“depois disto, logo por causa disto”) é a falácia de supor que um
evento é a causa de outro simplesmente com base no fato de
que o primeiro evento é anterior ao segundo.
“Melhorei daquela doença depois de rezar, isso mostra que Deus me curou e
que a oração tem poder”
OUTRAS FALÁCIAS
●Evidência anedótica:
tentativa de usar experiências
pessoas como prova
conclusiva de uma afirmação.
●Anfibologia ou
Ambiguidade: ocorre quando
as premissas usadas no
argumento são ambíguas
devido à má elaboração
sintática.
Exemplo: “Abraçou o pai o
filho”.
●Argumento de antiguidade
ou tradição: afirmar que algo
seja verdadeiro ou bom
porque é antigo ou porque
“sempre foi assim”.
●Falácia do espantalho: ao
invés de criticar as idéias de
seu adversário tal como elas
são, aquele que comete a
falácia do espantalho distorce
os argumentos de seu
adversário, geralmente
enfraquecendo-os, e ataca
essa versão ao invés da
original.
● Falsa dicotomia: supor
que existem apenas duas
soluções para um problema,
ou duas conclusões possíveis
(geralmente opostas) sobre
um assunto, e que se uma é
falsa, a outra é verdadeira.
● Reductio ad hitlerium:
tentativa de comparar o
argumento ou as conclusões
de alguém com a ideologia
nazista na tentativa de
estabelecer sua falsidade ou
simplesmente tentar
convencer as pessoas de que
o argumento de alguém é
ruim a partir da comparação
com o nazismo
É isso!
Dúvidas?