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Carnaval X Namoro O Jornal do jovem inteligente. Edição 1. Março 2011. Carnaval é o tempo de curtir, tempo de sair para se divertir, conhecer novas pessoas, e fazer novos ami- gos, mas em um namora isso pode afetar à relação? Pode-se ver nesta época do ano muita curtição, muitos namoro rápidos, muito sexo, a mídia, a cultura propicia toda esta aventura para os famosos foliões, um feriado extremamente prolongado para que o jovem possa sair para “curtir”. Mas e os namoros onde ficam? De acordo com dados em novembro é a mês onde a o maior nascimento de crianças no Brasil, isto não é por acaso nove me- ses depois do carnaval? preocupam com o futuro. Droga de vida Em meio aos jovens, an- dar com pessoas que uti- lizam algum tipo de en- torpecente é praticamente normal. E, por conta disso, no mínimo um dos nossos amigos usa algum tipo de substância ilegal, mesmo que não saibamos. Eu acho deprimente ter de afirmar isso, mas a cada dia que passa milhares de adolescentes entram em um submundo de vício que parte da maconha até o crack e outras drogas muito mais pesadas. Artigo Problemas da adolescência Camisinha Gravidez DROGAS AIDS Gravidez: não é doença Dr. Amaury Mendes Júnior fala sobre a gravi- dez na adolescência. “Ex- ames de sangue, de urina e ginecológicos são in- dispensáveis e ajudam a evitar doenças e infecções que podem prejudicar o feto e até causar o aborto”, afirma. Fanzine

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Carnaval X NamoroO Jornal do jovem inteligente.

Edição 1. Março 2011.

Carnaval é o tempo de curtir, tempo de sair para se divertir, conhecer novas pessoas, e fazer novos ami-gos, mas em um namora isso pode afetar à relação?

Pode-se ver nesta época do ano muita curtição, muitos namoro rápidos, muito sexo, a mídia, a cultura propicia toda esta aventura para osfamosos foliões, um

feriado extremamente prolongado para que o jovem possa sair para “curtir”. Mas e os namoros onde ficam?

De acordo com dados em novembro é a mês onde a o maior nascimento de crianças no Brasil, isto não é por acaso nove me-ses depois do carnaval? preocupam com o futuro.

Droga de vida

Em meio aos jovens, an-dar com pessoas que uti-lizam algum tipo de en-torpecente é praticamente normal. E, por conta disso, no mínimo um dos nossos amigos usa algum tipo de substância ilegal, mesmo que não saibamos. Eu acho deprimente ter de afirmar isso, mas a cada dia que passa milhares de adolescentes entram em um submundo de vício que parte da maconha até o crack e outras drogas muito mais pesadas.

Artigo

Problemas da adolescência

Camisinha Gravidez DROGAS AIDS

Gravidez: não é doença

Dr. Amaury Mendes Júnior fala sobre a gravi-dez na adolescência. “Ex-ames de sangue, de urina e ginecológicos são in-dispensáveis e ajudam a evitar doenças e infecções que podem prejudicar o feto e até causar o aborto”, afirma.

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Carnaval X Namoro

Imagem Romero Brito

Carnaval da alegria, da música, dança e festa. O que poucos sabem é que esse período de folia pode levar ao fim de muitos compromissos amorosos.

Por João Pedro

Carnaval é o tempo de curtir, tempo de sair para se divertir, conhecer no-vas pessoas, e fazer no-vos amigos, mas em um namora isso pode afetar à relação?

Pode-se ver nesta época do ano muita curtição, muitos namoro rápidos, muito sexo, a mídia, a cultura propicia toda esta aventura para os famosos foliões, um feriado ex-tremamente prolongado para que o jovem possa sair para “curtir”. Mas e os namoros onde ficam?

De acordo com dados em novembro é a mês onde a o maior nascimento de crianças no Brasil, isto não é por acaso nove me-ses depois do carnaval?

Muitos jovens não se preocupam com o futuro e se esquecem que uma simples “transa”, pode mudar sua vida e princi-palmente de jovens mães que muitas vezes cuidam de seus filhos sozinhas.

Mas qual seria a solução? Camisinha, castidade, não sair.

Religiosamente falando a castidade é um dever de todos, uma forma de se preservar, pois seu corpo é templo do Espírito Santo não um objeto de desejos. Mas sabe-se que muitos jovens não se preocupam com a religião consideram ela como uma coisa de careta ou de velho.

No Brasil principalmente o Carnaval se baseia em nudismo, sexo, diversão e “curtição”. Deve – se tomar certo cuidado onde se vive, pois é aqui ou nesta folia que sua vida pode mudar.

Mas afinal o que é car-naval e o que é namoro? Carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e represen-tativas do mundo. Tem sua origem no entrudo portu-guês, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha.O entrudo acontecia num período anterior à quares-ma e, portanto, tinha um significado ligado à liber-dade. Este sentido per-manece até os dias de hoje no Carnaval. O namoro é o tempo de convivência, onde duas pessoas que se

gostam passam bastante tempo juntas. As razões para namorar podem ser diversas: amor, atração física, companheirismo.

Durante o tempo de nam-oro, o amor se desenvolve e se aperfeiçoa.Nos mundos atuais e principalmente no Carnaval a moda é “ficar”, expressão que quer dizer beijar, curtir. O famoso ficar realmente é muito bom, mas devemos tomar muito cuidado com esta moda, varias doenças po-dem ser transmitidas com um simples beijo é hora de aprender a se valorizar.

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Gravidez não é doençaO especialista Amaury Mendes esclarece dúvidas sobre os cuidados com a saúde no período de gestação.

É preciso cuidar bem da sua saúde e do bebê. “Exames de sangue, de urina e ginecológicos são indispensáveis e ajudam a evitar doenças e in-fecções que podem prej-udicar o feto e até causar o aborto”, alerta o gine-cologista.

Uma dieta saudável também e bastante reco-mendável. Nos três meses de gestação, o bebê não tem imunidade, portan-to, é preciso evitar qual quer tipo de contamina-ção, não ingerir bebidas alcoólicas e nem fazer uso de drogas. E o mais importante: cuidar muito bem da higiene intima.

“A gravidez altera o pH, a vagina da gestante fica um pouco inchada, mais molhada, com mais secreção, o que facilita a contaminação por bacté-rias”, revela.

Para o especialista o pré natal é de fundamen-tal importância durante esse período. “Nos três primeiros meses, a libido da mulher cai e muitos parceiros insistem em fazer sexo. Neste caso, a falta de lubrificação facil-ita a invasão de bactérias. Por isso, todo cuidado é pouco”.

Nos três primeiros meses e fundamental:

• Fazeropré-nataleumabateriadeexamesderotina.• Incluirnocardápioverduras,legumes,frutasecarnesmagras.• Evitarbebidasgasosasealcoólicas,excessodecarboidratos,comidajaponesa(ououtrosalimentoscrus)efastfood.• Nãousartinturanoscabeloseevitarinalarqualquerprodutoquímico.• Adiarasreformaemcasa.• Usarsaboneteslíquidosparaahigieneintimanahoradobanho• Cuidar-senarelaçãodesexoanalparaqueopênisnãoencosteàvaginaapósapen-etraçãonoânus.• Jamaisdeixardeusarcamisinha.

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Drogas: a sentença de morte anunciada

Não é um fenômeno único e isolado, o fato do grande aumento do uso de drogas entre os adoles-centes, durante a década passada, no Brasil, Esta-dos Unidos e em outros países. Acreditava-se que, na década de 60 os jovens passaram a consumir mais drogas com o advento da cultura e essa crença limitava-se somente aos jovens. Tal crença é uma ilusão e só pode obstruir as tentativas de se colocar o problema em perspec-tiva adequada.

O emprego e abuso propa-gado de drogas não se re-stringem aos adolescentes e não começou com o advento da cultura jo-vem dos anos 60, como qualquer um que tinha 20 anos na década de 20 pode atestar.

Conquanto possa haver diferenças significativas entre as gerações no que concerne aos seus padrões de uso de drogas, a socie-dade mais ampla, da qual os adolescentes são uma parte, vem-se desenvol-vendo como uma “cultura da droga” há muitos anos.

Por exemplo, de um quar-to a um terço de todas as prescrições médicas atual-mente feitas no Brasil, Es-tados são para estimulan-tes ou comprimidos para

regime (anfetaminas) ou tranqüilizantes. Entre 1964 e 1977, as receitas de Valium e Librium, , os dois tranqüilizantes mais usados, aumentou de 40

para 73 milhões por ano, só nos Estados Unidos.

Revistas, jornais, rádios, televisões bombardeiam as pessoas com mensa-gens insistentes de que o alívio para quase tudo - ansiedade, depressão, ex-citamento - depende “ex-atamente de engolir mais um comprimido”. Nas pa-lavras de um garoto de 13 anos: “Espera-se que nós não tomemos drogas, mas a TV está cheia de comer-ciais mostrando pessoas correndo para obter seus comprimidos porque al-guma coisa as incomo-da”. Os adolescentes que adotaram essa maneira de ver como a vida deve ser conduzida podem apenas estar refletindo modelos sociais e paternos.

Não podemos tapar o sol com peneira, não há lugar para complacência. Emb-ora seja certo afirmar, por exemplo, que “apenas” de 3% a 5% dos estudantes de nível colegial no Brasil, já experimentou maconha, isso significa mais de um milhão de jovens. Além disso, o uso de drogas “tradicionais”, sobretudo o álcool, tem aumentado nos últimos anos.

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Droga de VidaEm meio aos jovens, andar com pessoas que utilizam algum tipo de en-torpecente é praticamente normal. E, por conta dis-so, no mínimo um dos nossos amigos usa algum tipo de substância ilegal, mesmo que não saibamos. Eu acho deprimente ter de afirmar isso, mas a cada dia que passa milhares de adolescentes entram em um submundo de vício que parte da maconha até o crack e outras drogas muito mais pesadas. Já virou até clichê dizer que a parada final é a morte, mas isso não deixa de ser verdade. Em meio a esse cenário atual, uma das perguntas mais feitas é: de quem é a culpa?

Sem dúvida nenhuma, dos usuários. Vício não se herda dos pais, nem é imposto pela sociedade. Dos pais, recebemos ap-enas educação. Porém, mesmo com ela, muitos adolescentes preferem os conselhos de traficantes. E nenhum traficante que se preze vai forçar alguém a usar drogas, afinal ele é sempre um “amigo” e nun-ca ofereceria algo que não fosse “legal”. Além disso,

estudante que sempre teve acesso a tudo o que quis e nunca realmente trabalhou para receber dinheiro. É o tipo de adolescente que gasta de R$ 300 a R$ 400 em entorpecentes quando vai em festas.

Os motivos para o con-sumo são ainda mais in-coerentes. Como ressaltei, o apelo dos jovens é que usar drogas é “legal”. De muitos amigos, escutei que festas sem bebidas ou drogas não são “festas”. Existem tantas desculpas para esse consumo, uma mais ridícula que a outra, que me dá até vontade de rir. Não um riso feliz, mas aquele amarelo do coringa. Um que esconde a vergonha de pertencer a uma geração tão fútil, cujo lema ironicamente é “Viva a vida, pois a vida é curta”. Sim, curta para eles. Curta de ideias, de personalidade, de caráter... de todos os valores morais que realmente contam.

É uma “semivida”, na qual sua felicidade acabou dependendo desse estado eufórico em que você es-quece todas as derrotas.

Se não fossem os usuários, todo esse comércio ilegal já teria acabado há muito tempo. E esse usuário não deve ser idealizado como uma pessoa sem

sem condições, marginal-izada pela sociedade e que furta para pagar pelas dro-gas que consome. O usuário que sustenta esse tráfico é um

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Problemas da Adolescência

Camisinha

Vantagens

• De fácil aquisição, é o método ideal pararelaçõesocasionaisouimprevistas.• Pode ser utilizado sem contra-indicações,eéoúnicométodocontraceptivoquereduzain-cidênciagrandementededoençasvenéreascomoaSIDA(AidsnoBrasil),agonorréia,entreoutras.PorémpodefalharcontraoHPV(EfetividadedopreservativoContraDSTs,WHO,2004).

Desvantagens

• Se for mal aplicado ou utilizado mais deumavez,poderomper,nãoevitandoatransmis-sãodosémen.• Diminui a sensibilidade dos órgãos geni-tais,sendoreferidamaisfrequentementeaperdadesensibilidadenopénis.• Comoédeutilizaçãoúnica,ocustodecadapreservativonão éum factordesprezível, apesarde,noBrasil,ospostosdesaúdedaredepúblicafornecerem gratuitamente preservativos, sendoestesdalargurapadrão(52milímetros).• Algumaspessoassãoalérgicasaolátex,ma-terialdequesãocompostosamaioriadospreser-vativos disponíveis (existem também preservati-

vosemoutrosmateriais).

Precauções

• Convém utilizar marcas conhecidas comcontroledesegurançaerespeitarosprazosdeval-idade.NoBrasil,deveteroselodeaprovaçãodoInmetro.

AIDS

MAIS MENINAS COM AIDS – O alerta aopúblicojovemsobrevulnerabilidadesaoHIV/aidsampara-se em dados epidemiológicos doDepar-tamentodeDST,AidseHepatitesViraisdaSec-retaria de Vigilância em Saúde. De acordo comoBoletimEpidemiológico2010,oscasosdeaidsemhomensemulheresjovens,de13a19anos,de1980atéjunhode2010,correspondemaumtotalde12.693.Nessafaixaetária,onúmerodecasosdeaidsémaiorentreasmulheres:oitocasosemmeninosparacadadezemmeninas,enquantoquenasdemaisfaixasetáriasonúmerodecasosdeaidsémaiorentrehomensdoqueentremulheres.

Camisinha: Emrelaçãoaousodacamisinha,aPesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticasda População Brasileira (PCAP - 2008) mostraque,entrejovensde15a24anos,asmeninasestãomaisvulneráveisaoHIV.Emtodasassituações,osmeninosusammaispreservativodoqueelas.Na última relação sexual com parceiro casual, opercentualdeusodacamisinhaentreasmeninaséconsideravelmentemaisbaixo(49,7%)doqueen-treosmeninos(76,8%).Quandoorelacionamentosetornafixo,apenas25,1%delasutilizamacamis-inhacomregularidade;entreeles,opercentualéde36,4%.

Fique sabendo: OexamedeHIVpodeserfeitonos Centros de Testagem e Aconselhamento(CTA).Antesedepoisdatestagem,apessoapassaporaconselhamentoeorientação,comoobjetivode facilitar a interpretação do resultado.O testedeveserfeitonomínimo30diasapósasituaçãoderisco.