Fax urgente 54.

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http://www.apeoesp.org.br • [email protected] Nº 54 20/07/2011 SECRETARIA DE COMUNICAÇÕES C onforme aprovado pela Diretoria Estadual, a APEOESP realizará consulta à comunidade escolar sobre a divisão das férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e em julho. Tal impo- sição encontra-se na Resolução SE 44/2011. A consulta à comunidade faz parte de uma ampla campanha pela imediata revo- gação desta Resolução. Todos os trabalhadores têm direito a fé- rias integrais... e o Estado está querendo tirar este direito dos professores. A catego- ria necessita de um período ininterrupto de férias, suficiente para que possa estar com suas famílias e para se recompor das exte- nuantes jornadas de trabalho, muitas vezes em mais de uma escola. Também as es- colas precisam ficar totalmente vazias por período equivalente para que possam ser realizados trabalhos de manutenção ne- cessários para o bom andamento do ano letivo. Portanto, não vamos aceitar mais este ataque aos professores. Ações nas subsedes Reforçamos orientação às subsedes para que organizem ações, envolvendo a população e a comunidade escolar, contra a Resolução 44. Em anexo, encaminhamos modelo de panfleto e de cédula para a rea- lização do plebiscito (este material também está seguindo via Correio). A própria sub- sede poderá reproduzir o material. A panfletagem pode ser feita nas feiras livres, na saída de cultos e missas, em porta de bancos, praças públicas... o importante é dar visibilidade à campanha e obter apoio da população. O plebiscito não tem caráter científico. Para organizá-lo, basta uma urna e lista de presença onde quem vota assi- na. As subsedes devem ainda confeccionar uma faixa indicando a realização do plebisci- to que poderá ser feito em praças públicas. Conforme calendário aprovado pela Dire- toria, o próximo dia 26 será o momento específico para a realização do plebiscito, o que não impede que haja coleta de in- formações no decorrer da semana. Esta organização deve ser comunicada à Presi- dência do Sindicato via e-mail: presiden@ apeoesp.org.br com o título “organização do plebiscito”. Em breve, enviaremos in- formações sobre os procedimentos em re- lação à contagem das cédulas. Em anexo, também encaminhamos nota sobre o assunto enviada a todos os órgãos de imprensa. As subsedes podem repercu- ti-la na região. Férias parceladas! Você concorda com isso? Plebiscito em todas as regiões do Estado

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http://www.apeoesp.org.br  •  [email protected]

Nº 5420/07/2011

SECRETARIA DE COMUNICAÇÕES

Conforme aprovado pela Diretoria Estadual, a APEOESP realizará consulta à comunidade escolar sobre a divisão

das férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e em julho. Tal impo-sição encontra-se na Resolução SE 44/2011.

A consulta à comunidade faz parte de uma ampla campanha pela imediata revo-gação desta Resolução.

Todos os trabalhadores têm direito a fé-rias integrais... e o Estado está querendo tirar este direito dos professores. A catego-ria necessita de um período ininterrupto de férias, suficiente para que possa estar com suas famílias e para se recompor das exte-nuantes jornadas de trabalho, muitas vezes em mais de uma escola. Também as es-colas precisam ficar totalmente vazias por período equivalente para que possam ser realizados trabalhos de manutenção ne-cessários para o bom andamento do ano letivo.

Portanto, não vamos aceitar mais este ataque aos professores.

Ações nas subsedes Reforçamos orientação às subsedes

para que organizem ações, envolvendo a população e a comunidade escolar, contra a Resolução 44. Em anexo, encaminhamos

modelo de panfleto e de cédula para a rea-lização do plebiscito (este material também está seguindo via Correio). A própria sub-sede poderá reproduzir o material.

A panfletagem pode ser feita nas feiras livres, na saída de cultos e missas, em porta de bancos, praças públicas... o importante é dar visibilidade à campanha e obter apoio da população. O plebiscito não tem caráter científico. Para organizá-lo, basta uma urna e lista de presença onde quem vota assi-na. As subsedes devem ainda confeccionar uma faixa indicando a realização do plebisci-to que poderá ser feito em praças públicas. Conforme calendário aprovado pela Dire-toria, o próximo dia 26 será o momento específico para a realização do plebiscito, o que não impede que haja coleta de in-formações no decorrer da semana. Esta organização deve ser comunicada à Presi-dência do Sindicato via e-mail: [email protected] com o título “organização do plebiscito”. Em breve, enviaremos in-formações sobre os procedimentos em re-lação à contagem das cédulas.

Em anexo, também encaminhamos nota sobre o assunto enviada a todos os órgãos de imprensa. As subsedes podem repercu-ti-la na região.

Férias parceladas!Você concorda com isso?

Plebiscito em todas as regiões do Estado

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GOVERNO QUER DIVIDIR FÉRIAS

DOS PROFESSORES. VOCÊ CONCORDA?

A Secretaria Estadual da Educação, por meio da Resolução SE 44/2011, dividiu as férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e julho. Nenhuma categoria profissional do Brasil tem férias divididas assim.

Gostaríamos de saber sua opinião: 

concordo com a medida

não concordo

não tenho opinião formada

GOVERNO QUER DIVIDIR FÉRIAS

DOS PROFESSORES. VOCÊ CONCORDA?

A Secretaria Estadual da Educação, por meio da Resolução SE 44/2011, dividiu as férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e julho. Nenhuma categoria profissional do Brasil tem férias divididas assim.

Gostaríamos de saber sua opinião: 

concordo com a medida

não concordo

não tenho opinião formada

GOVERNO QUER DIVIDIR FÉRIAS

DOS PROFESSORES. VOCÊ CONCORDA?

A Secretaria Estadual da Educação, por meio da Resolução SE 44/2011, dividiu as férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e julho. Nenhuma categoria profissional do Brasil tem férias divididas assim.

Gostaríamos de saber sua opinião: 

concordo com a medida

não concordo

não tenho opinião formada

GOVERNO QUER DIVIDIR FÉRIAS

DOS PROFESSORES. VOCÊ CONCORDA?

A Secretaria Estadual da Educação, por meio da Resolução SE 44/2011, dividiu as férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e julho. Nenhuma categoria profissional do Brasil tem férias divididas assim.

Gostaríamos de saber sua opinião: 

concordo com a medida

não concordo

não tenho opinião formada

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Não aceitamos a divisão das férias dos professores!

Queremos soluções reais para os problemas da escola estadual

Em reunião realizada em 13 de julho último entre a APEOESP

e o Secretário Estadual da Educa-ção (SEE), professor Herman Vo-orwald, foi debatida a Resolução SE 44/2011, que divide as férias dos professores em dois períodos de 15 dias, em janeiro e julho: de-cisão inédita em relação a todas as categorias profissionais do Brasil.

A SEE alega a necessidade de melhor organização do calendário escolar e do início das aulas. Dian-te da contestação da APEOESP quanto à eficácia da medida, frente a tantas outras prioridades – entre elas a falta de professores na rede – ficou definido que uma comissão técnica composta por membros da SEE e da APEOESP analisará a Resolução, bem como um con-junto de questões que envolvem a organização do processo escolar para, no prazo máximo de 60 dias, apresentar suas conclusões. No nosso ponto de vista, a divisão das férias é não só injusta como desne-cessária, e apresentaremos nossas propostas na comissão para que a decisão seja revogada.

Entretanto, a SEE divulgou em seu site uma nota e enviou release à imprensa anunciando e justifi-cando a medida, voltando a alegar que ela atende a “reivindicações de representantes das entidades” nos polos organizados pela Secretaria e manipulando dados para demons-trar que a Resolução seria benéfica aos professores. A própria Secreta-ria, porém, reconheceu na reunião que houve pedidos para melhor organização do calendário, e não para divisão das férias.

Também é preciso diferenciar claramente os “polos” da Secre-

taria, que envolveram, quando muito, vinte mil pessoas escolhi-das por critérios da própria SEE, da organização dos professores – a APEOESP – que envolve dire-tamente 180 mil associados e se comunica permanentemente com toda a base da categoria e tem uma direção eleita com a parti-cipação voluntária dos professo-res, que compareceram em peso às ultimas eleições, com quase 70 mil votantes. Temos legitimi-dade, portanto, para representar a categoria e não fomos procura-dos para dialogar antes da adoção dessa medida. Mantém-se, por-tanto, o autoritarismo da SEE.

A nota, por outro lado, nada diz sobre o processo de discussão conjunto, cuja comissão, segundo informação que obtivemos, já tem os indicados da SEE.

Reafirmamos o que já disse-mos anteriormente: recesso não são férias e os professores têm direito a um período de descanso ininterrupto, como todos os de-mais trabalhadores. Outra coisa a considerar é o impacto dessa me-dida sobre o setor econômico. São mais de duzentos mil professores paulistas que movimentam, em maior ou menor grau, diversos se-tores da economia em suas férias.

Há uma série de questões mui-to graves na rede estadual de en-sino como a falta de professores. Provas superficiais de conheci-mentos, notas de corte e muitas regras contraditórias e excluden-tes levaram a essa situação. Outro fator determinante são os baixos salários e uma carreira inadequa-da e injusta, que oferece poucas oportunidades de evolução. Tudo

isso afasta os professores das es-colas estaduais. A propósito, ain-da não foi convocada a comissão paritária de gestão da carreira.

Há mais: as condições de tra-balho são sofríveis, as salas são superlotados e os professores ado-ecem. É preciso que o governo im-plante a composição da jornada de trabalho prevista na lei 11.738/08 (lei do Piso Salarial Profissional Nacional), com 1/3 de atividades fora da sala de aula, para que se possa ter na rede estadual de en-sino um programa efetivo e eficaz de formação continuada no pró-prio local de trabalho, elevando a qualidade de ensino.

Por que, diante de tantos pro-blemas, o governo prioriza a di-visão de nossas férias? É inexpli-cável, pois afeta sem necessidade um direito, cuja integridade é res-peitada por todos os dirigentes e patrões no nosso País.

Nós, da APEOESP, valorizamos a negociação e estamos empenha-dos em fazê-la acontecer. Mas tam-bém temos consciência dos nossos direitos e lutamos para preservá--los e conquistá-los. Estamos nas ruas e praças ouvindo a população em um plebiscito popular, pedindo seu apoio, e estaremos em todas as escolas na volta às aulas debatendo com a nossa categoria as melhores formas de luta.

O processo educacional preci-sa, sim, de melhor organização, mas isto não se fará contra os pro-fessores e sim com os professores.

Maria Izabel Azevedo NoronhaPresidenta da APEOESP

Membro do Conselho Nacional de Educação e do Fórum Nacional de Educação

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