federal reserve

628
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UNB FACULDADE DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO FCI CURSO DE BIBLIOTECONOMIA AUTORES DE ARTIGOS DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DAS ÁREAS DE INFORMAÇÃO NO BRASIL: um estudo da produção científica CARLOS HENRIQUE DA SILVA SANTOS BRASÍLIA DF 2013

Transcript of federal reserve

  • UNIVERSIDADE DE BRASLIA UNB

    FACULDADE DE CINCIA DA INFORMAO FCI

    CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

    AUTORES DE ARTIGOS DE PERIDICOS CIENTFICOS DAS

    REAS DE INFORMAO NO BRASIL: um estudo da produo

    cientfica

    CARLOS HENRIQUE DA SILVA SANTOS

    BRASLIA DF

    2013

  • CARLOS HENRIQUE DA SILVA SANTOS

    AUTORES DE ARTIGOS DE PERIDICOS CIENTFICOS DAS

    REAS DE INFORMAO NO BRASIL: um estudo da produo

    cientfica

    Monografia apresentada na Faculdade de

    Cincia da Informao da Universidade de

    Braslia UnB, como parte das exigncias

    do curso de Graduao em

    Biblioteconomia, para a obteno do ttulo

    de Bacharel em Biblioteconomia.

    Orientador Prof. Jayme Leiro Vilan Filho.

    UNIVERSIDADE DE BRASLIA UNB

    BRASLIA DF

    2013

  • Santos, Carlos Henrique da Silva.

    Autores de artigos de peridicos cientficos das reas de

    informao no Brasil: um estudo da produo cientfica.

    62 f.: il.

    Orientador: Jayme Leiro Vilan Filho

    Monografia (Graduao) Universidade de Braslia,

    Faculdade de Cincia da Informao, 2013.

    1. Autores de artigos, 2. Elite produtora, 3. Produo

    cientfica, 4. Peridico cientfico, 5. reas de informao I.

    Santos, Carlos Henrique da Silva. II. Ttulo

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus, por ter me proporcionado a chance de chegar at aqui e

    que nos momentos de aflies e angustia segurou firme a minha mo e me guiou.

    Ao meu grande amigo e professor Jayme Leiro Vilan Filho pela calma, pelo

    conhecimento passado e pelo comprometimento que me ensinou a ter.

    Aos meus preciosos pais, Geralda Divina da Silva e Vagner Lopes dos Santos,

    que sempre me deram foras e me ensinaram a seguir um caminho digno.

  • No basta conquistar a sabedoria, preciso us-la.

    Marco Tlio Ccero

  • RESUMO

    Estuda a produo dos autores de artigos de peridicos cientficos das reas de

    informao (Arquivologia, Biblioteconomia, Cincia da Informao, Documentao e

    Museologia) do Brasil publicados entre 1972 e 2011. Objetiva primeiramente produzir

    uma lista padronizada para ter um controle dos nomes dos autores, podendo assim, de

    uma maneira simples, indicar quantos e quem so os autores de artigos que compem a

    comunidade cientifica das reas de informao no Brasil. Alm disso, visa identificar,

    a elite das reas de informao no Brasil. Para alcanar o objetivo pretendido utilizou-

    se como fonte de dados principal uma base de dados chamada ABCDM. O universo

    desta pesquisa so os 5305 artigos de peridicos cientficos das reas de informao

    publicados entre 1972 e 2011 no Brasil. Foram padronizados os cdigos de

    identificao de todos os autores de artigos cientficos de 1972 a 2011 das reas de

    informao no Brasil, assim pde-se, de uma forma mais gil, realizar os objetivos

    desta pesquisa, atingindo os seguintes resultados: (1) Gerou-se uma lista padronizada

    que contm todos os autores do universo da pesquisa; (2) Encontrou-se a quantidade de

    autores que compem a comunidade cientfica das reas de informao no Brasil, que

    juntos somam 4323 autores, e identificou-se todos estes autores; (3) Indicou-se quem

    so os autores que compem a elite produtora das reas de informao no Brasil por

    meio da aplicao da lei do elitismo de Price. Os dados obtidos comprovam que,

    segundo os critrios de Price, esta elite no produtiva, ainda assim, percebemos que

    muitos autores produzem pouco, enquanto poucos autores produzem muito.

    Palavras-chave: autores de artigos, produo cientfica, elite produtora, peridico

    cientfico, reas de informao, Brasil.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Modelo Garvey/Griffith Atualizado . ............................................................. 18

  • LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1 ndice de Transitoriedade. ............................................................................. 36

    Grfico 2 Autor x artigo. ................................................................................................ 37 Grfico 3 Nmero de autores por quantidade de artigos. ............................................ 38

    Grfico 4 Produo por autor. ........................................................................................ 38 Grfico 5 Autores responsveis por cerca de 50% da produo de artigos. ............... 39

    Grfico 6 Autores com produo superior a dois artigos. ............................................ 40 Grfico 7 Elite das reas de informao no Brasil. ...................................................... 41

    Grfico 8 Produo da elite das reas de informao no Brasil. ................................. 42 Grfico 9 Comparao da produtividade anual. ........................................................... 45

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Tipos de canais de comunicao. ................................................................... 19

    Tabela 2 Nmero de ttulos de peridicos correntes por pas. ..................................... 22 Tabela 3 Amostra dos autores membros da comunidade cientfica. ............................ 34

    Tabela 4 Nmero de autores por nmero de artigos. .................................................... 35 Tabela 5 Elite das reas de informao: os autores com maior produo ................... 43

    Tabela 6 Produtividade anual da elite das reas de informao .................................. 44

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ......................................................................................................... 12

    2 OBJETIVOS.............................................................................................................. 13

    2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 13

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ...................................................................................... 13

    3 REVISO E JUSTIFICATIVA............................................................................... 14

    3.1 COMUNIDADE CIENTFICA, AUTOR E AUTORIA .................................................... 14

    3.2 CINCIA E COMUNICAO ................................................................................... 16

    3.3 O FLUXO DA INFORMAO CIENTFICA ............................................................... 17

    3.4 CANAIS DE COMUNICAO .................................................................................. 19

    3.5 PERIDICOS CIENTFICOS .................................................................................... 20

    3.6 PERIDICOS EM CINCIAS DA INFORMAO ....................................................... 22

    3.7 BIBLIOMETRIA E LEI DO ELITISMO DE PRICE ....................................................... 25

    4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS .......................................................... 28

    5 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 31

    5.1 SELEO DA POPULAO .................................................................................... 31

    5.2 COLETA DE DADOS ............................................................................................... 31

    5.3 IMPORTAO DOS DADOS PARA PLANILHA ELETRNICA ..................................... 32

    5.4 ORGANIZAO DOS DADOS ................................................................................. 32

    5.5 PADRONIZAO DOS NOMES DOS AUTORES ......................................................... 32

    5.6 ELABORAO DE TABELAS E GRFICOS .............................................................. 33

    5.7 CLCULO DA ELITE ............................................................................................. 33

    6 APRESENTAO DOS DADOS ........................................................................... 34

    6.1 LISTA PADRONIZADA E COMUNIDADE CIENTFICA DAS REAS DE INFORMAO

    NO BRASIL ....................................................................................................................... 34

    6.2 PRODUO DOS AUTORES ................................................................................... 35

    6.3 ELITE PRODUTORA ............................................................................................... 40

    7 ANLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 46

    7.1 GERAO DA LISTA PADRONIZADA ...................................................................... 46

    7.2 INDICAO DA COMUNIDADE CIENTIFICA DA AI NO BRASIL .............................. 46

    7.3 INDICAO DA ELITE DA AI NO BRASIL. ............................................................. 47

    8 CONSIDERAES FINAIS................................................................................... 48

    9 SUGESTES DE CONTINUAO ...................................................................... 50

    10 REFERNCIAS ........................................................................................................ 51

    APNDICE A Lista padronizada .......................................................... 55

    APNDICE B Comunidade cientfica ................................................ 56

    APNDICE C Elite das reas de informao .................................... 59

    APNDICE D Produtividade da elite das reas de informao no

    Brasil ........................................................................................................... 61

  • 12

    1 INTRODUO

    O presente estudo foi realizado como requisito bsico para concluso do Curso

    de Biblioteconomia e trata da produo cientfica dos autores em peridicos brasileiros

    nas reas informao entre 1972 e 2011. As reas de informao consideradas nesta

    pesquisa so: Arquivologia, Biblioteconomia, Cincia da Informao, Documentao e

    Museologia.

    Este estudo visa indicar quantos e quem so os autores de artigos cientficos de

    peridicos nacionais das reas de informao publicados entre 1972 e 2011, e a partir

    da indicar a produo de cada um destes autores, possibilitando assim conhecer a elite

    produtora. Para alcanar o objetivo pretendido utilizou-se uma base de dados chamada

    ABCDM, que contm dados dos autores de artigos cientficos brasileiros, como fonte

    do universo desta pesquisa. Foram padronizados todos os autores de artigos cientficos

    de 1972 a 2011 das reas de informao no Brasil, assim conseguimos de uma forma

    simples e gil, atingir os resultados desejados.

    Iniciamos com uma reviso de literatura seguido da justificativa para realizao

    desta pesquisa. Logo aps expomos os objetivos deste estudo, e em seguida os

    procedimentos tomados para realizao destes objetivos. Por fim apresentamos os

    dados obtidos, analisamos os resultados e tecemos algumas consideraes finais. Como

    pode ser conferido nos tpicos a seguir.

  • 13

    2 OBJETIVOS

    2.1 Objetivo geral

    Pretende-se neste estudo obter elementos que possibilitem responder a pergunta

    anteriormente formulada por meio do seguinte objetivo: obter um quadro da produo

    cientfica dos autores (pessoas) de artigos publicados nos peridicos cientficos das

    reas de informao (Arquivologia, Biblioteconomia, Cincia da Informao,

    Documentao e Museologia) no Brasil, presentes na base de dados ABCDM cujos

    fascculos tenham sido publicados entre 1972 e 2011.

    2.2 Objetivos especficos

    1. Gerar uma lista onde deve conter para cada autor seu respectivo cdigo

    padronizado e algumas das possveis formas do seu nome, alm de dados

    sobre o autor como: gnero, e-mail, afiliao da poca do artigo e

    algumas notas sobre este autor;

    2. Indicar quantos e quem so os autores de artigos que compem a

    comunidade cientifica das reas de informao no Brasil;

    3. Indicar a elite produtora das reas de informao no Brasil.

  • 14

    3 REVISO E JUSTIFICATIVA

    De acordo com Pinheiro e Savi (2012, p. 6) atravs da cincia que o homem

    tenta conhecer o mundo e encontrar respostas para inmeras situaes e fenmenos. A

    comunicao cientfica importante para a cincia, pois possibilita que as descobertas

    sejam divulgadas. Os canais, tanto formais como informais, possibilitam a atualizao

    dos profissionais e a divulgao de informaes importantes ao desenvolvimento da

    cincia. Da mesma forma, a circulao da informao cientfica fundamental para o

    avano da cincia, pois atravs da troca de informaes que os membros da

    comunidade cientfica tomam conhecimento dos resultados das pesquisas realizadas.

    Nessa perspectiva, discute-se adiante sobre os aspectos relacionados

    comunidade cientfica, autor e autoria, cincia e comunicao, bem como, sobre o

    fluxo da informao cientfica, sobre os canais de comunicao e especificamente

    sobre produes cientficas, alm de bibliometria e da lei do elitismo de Price.

    3.1 Comunidade cientfica, autor e autoria

    Para Kuhn (1989, p. 9), a comunidade cientfica seria integrada por indivduos

    que, alm de compartilharem do mesmo paradigma estariam comprometidos com uma

    maneira coletiva de se praticar cincia. Em outras palavras, segundo Kuhn,

    impossvel desenvolver a prtica cientfica de modo solitrio. A cincia s existe, se

    existe uma comunidade cientfica. Tomaremos para este estudo a concepo mais

    ampla de comunidade cientfica, segundo Pinheiro e Savi (2012, p. 6) que conceitua

    comunidade cientfica como:

    um grupo de cientistas de uma mesma regio ou distantes geograficamente,

    que assumiram o compromisso de atuar dentro de normas construdas

    socialmente e valores culturais comuns, e que, por consequncia

    apresentaro prticas cientficas assemelhadas.

    De acordo com Nascimento e Gomes (2012, p. 4), a funo e o conceito de

    autor passaram por grandes modificaes ao longo da histria. Contudo, ainda segundo

    a viso de Nascimento e Gomes, nos textos cientficos sempre foram exigidas as

  • 15

    devidas identificaes, [...] na ordem do discurso cientfico, a atribuio a um autor

    era, na Idade Mdia, indispensvel, pois era um indicador de verdade. Uma proposio

    era considerada como recebendo de seu autor seu valor cientfico. (FOUCAULT,

    2010, p. 27).

    Para Nascimento e Gomes (2012, p. 4) textos com autoria reconhecida so

    considerados mais confiveis, em especial no meio acadmico, pois a chancela do

    nome do autor confere autenticidade e distino ao discurso. a partir de um nome

    que podemos reagrupar um certo nmero de textos, delimit-los, selecion-los, op-

    los a outros textos. (FOUCAULT, 2009, p. 44-45). Ainda de acordo com o autor, a

    possibilidade de atribuir um documento a essa ou quela pessoa transforma as

    informaes nele contidas em algo no cotidiano que deve [...] receber um certo

    estatuto.

    A partir dos sculos XVIII e XIX, com o advento da imprensa tipogrfica, h uma sensvel modificao na atividade e na visibilidade da funo de autor.

    Anteriormente, o discurso no era considerado um bem, um produto,

    portanto, no precisava ter um dono. (NASCIMENTO; GOMES, 2012, p. 5)

    Na viso de Foucault (2009, p. 45), como a escrita j no mais vista como

    transgresso, o autor passa a ser tratado como um produtor para o mercado e suas

    publicaes so recebidas como mercadorias. Foucault (2009, p. 45) diz que o autor

    de um documento o responsvel pela sua elaborao. Ainda segundo Foucault, o

    termo autor usado em sentido amplo incluindo-se entidades, editores, compiladores,

    artistas, etc. Para Nascimento e Gomes (2012, p. 5):

    o papel do autor sobrevive em sua atividade e funo, mesmo com diversas

    alteraes de meios (impresso e digital), de mtodos, de paradigmas entre

    outras mudanas que ocorreram no meio cientfico.

    Para este estudo seguimos a viso de Vilan Filho (2010, p.69-70) que considera:

    a) autor: a pessoa relacionada explicitamente no artigo como autor independentemente

    do tipo de participao efetiva; b) autoria: a relao de responsabilidade de um autor

    com um artigo.

  • 16

    3.2 Cincia e comunicao

    Seguindo o entendimento de Freires (2007, p. 169), pode-se afirmar que a

    cincia uma modalidade de produo, transferncia, uso e discusso da informao,

    cujo objetivo explicar, sistematizar e averiguar ilimitado nmero de fenmenos da

    realidade e da sociedade. Dessa forma, a partir das suas caractersticas, das suas

    propriedades e dos seus princpios, possvel indicar que a cincia prtica

    provisria, controlada, e, comunicvel.

    Nesse sentido, Mueller (2000, p. 21) declara que a primeira das propriedades da

    cincia o estudo dos fenmenos por meio da aplicao rigorosa de uma metodologia

    de pesquisa, que consiste em um conjunto de regras definidas, controladas e

    compartilhadas por uma comunidade de pesquisadores.

    com base no pressuposto do compartilhamento que surge a importncia da

    comunicao para a cincia. Desse modo, Meadows (1999, p. 28) afirma que a

    comunicao est no corao da cincia. A partir desse primeiro entendimento, pode-se

    inferir que a cincia sem a comunicao no perpetua. O que seria dos cientistas e

    pesquisadores isolados em seu mundo de conhecimento e longe dos instrumentos

    comunicacionais que do suporte divulgao e ao enriquecimento das matrias por

    eles mesmos defendidas?

    Conforme declarado por Freires (2007, p. 169) uma das caractersticas da

    cincia a comunicabilidade, sendo que o papel fundamental da comunicao reside

    na sua capacidade de imprimir nveis de confiabilidade aos resultados dos estudos

    cientficos. O autor se refere exposio e divulgao das pesquisas acadmicas

    realizadas pelos sujeitos e grupos, geralmente cientficos.

    Dessa forma, a primeira aproximao do conceito de comunicao cientfica

    com o campo das Cincias da Comunicao consiste na adoo da prpria

    designao do conceito de comunicao, enquanto conjunto dos fenmenos e

    dos processos de interao entre dois ou mais sujeitos (FREIRES, 2007, p.

    170).

    Segundo Leite e Costa (2007, p. 94) o estudo da comunicao cientfica envolve

    amplo leque de tpicos e questes complexas. Muitas dessas questes referem-se aos

    fatores condicionantes do fluxo da informao e do conhecimento, ao comportamento

    informacional dos atores e suas interaes no seio de comunidades cientficas, impacto

    de tecnologias, dentre outros.

  • 17

    Assim, partindo da premissa de que a cincia contribui para o avano de uma

    sociedade, torna-se primordial que esta interaja com os diversos meios de

    comunicao, depender da finalidade e do objetivo. Importa-se, sobre esse aspecto,

    que a comunicao atue no sentido de propagar e disseminar o conhecimento,

    estabelecendo a troca de informaes entre os diversos sujeitos e setores.

    3.3 O fluxo da informao cientfica

    O fluxo da informao um processo de transferncia da informao de um

    emissor para um receptor. Na comunicao cientfica engloba atividades ligadas

    produo, disseminao e uso da informao, desde a concepo de uma ideia at a sua

    explicitao e aceitao como parte do conhecimento universal (PINHEIRO e SAVI,

    2012, p. 6).

    Para Barreto (1998, p. 122) o fluxo um processo de mediao da informao

    gerada por uma fonte emissora e aceita por uma receptora, realizando uma das bases

    conceituais da cincia da informao: a gerao de conhecimento no indivduo e no

    seu espao de convivncia. Com o advento da comunicao eletrnica a sociedade vem

    sofrendo transformaes que afetam tambm a estrutura do fluxo de informao e

    conhecimento.

  • 18

    No modelo desenvolvimento por Garvey e Griffith (1972 apud, HURD 1996, p.

    22), o fluxo da informao cientfica percorre por diversos caminhos conforme

    demonstra a Figura 1 adiante.

    Figura 1 Modelo Garvey/Griffith Atualizado.

    Fonte: Atualizado de Hurd (1996, p. 22).

    Como afirma Mello (2011):

    apesar do modelo de Garvey e Griffith ter sido considerado um marco

    histrico da comunicao cientfica, tornou-se em parte defasado pela

    ausncia de previso de canais eletrnicos, possibilidades de comunicao

    cientfica que transformaram os ambientes acadmicos e de pesquisa.

    A Figura 1 mostra o modelo Garvey e Griffith atualizado por Hurd (1999, p.

    22), onde pode-se observar a presena de canais eletrnicos, convivendo com os

    canais de disseminao em formato impresso. (MELLO, 2011, p. 12).

  • 19

    3.4 Canais de comunicao

    Os canais de comunicao tornam possvel a divulgao das pesquisas e a troca

    de informaes entre os pesquisadores e profissionais da rea. Esses canais so

    classificados, segundo suas caractersticas, em formais e informais, conforme

    demonstra a Tabela 1 adiante.

    Tabela 1 Tipos de canais de comunicao e suas caractersticas.

    Fonte: Pinheiro e Savi (2012, p. 6).

    Sobre a relao dos canais formais e informais do processo de criao, estudos

    revelam indcios de que a comunicao informal que mais contribui para o fluxo de

    informao e conhecimento no mundo acadmico. Braga (1985, p. 86) ressalta que a

    comunicao formal responsvel por apenas 20% de todas as comunicaes no

    processo de gerao do conhecimento. Em contrapartida, as comunicaes que

    utilizam os canais informais representam 80% de toda a comunicao nesse processo.

    De acordo com Pinheiro e Savi (2012, p. 6), com o advento das Tecnologias de

    Informao e Comunicao (TICs) surge uma polmica na conceituao dos canais

    formais e informais que se utilizam de meios eletrnicos, definidos como canais

    eletrnicos de informao e considerados hbridos, pois possuem tanto caractersticas

    dos formais quanto dos informais.

    Entretanto, reservadas tais particularidades, pode-se afirmar que dentre os

    meios de comunicao que esto disposio da comunidade cientfica encontra-se a

    internet, a qual modificou sobremaneira a forma e o acesso s informaes cientficas.

  • 20

    A comunidade cientfica comeou a usar mecanismos para autopublicao e

    distribuio de publicaes acadmicas em formato eletrnico. A introduo

    de novas tecnologias de informao, com suas possibilidades de

    interatividade, hipertextualidade (liberdade na criao de textos provendo

    interconexes entre informaes vinculadas) e hipermediao, provocou uma

    mudana rpida do ambiente e no aumento de publicaes eletrnicas. O

    atual desenvolvimento de tecnologias de informao e da Rede Internet

    gerou mudanas nos conceitos de canais formais e informais de comunicao

    e introduziu inovaes no que diz respeito interao no processo de

    construo do conhecimento cientfico (MORENO e ARELLANO, 2005, p.

    78).

    Ainda segundo Moreno e Arellano (2005, p. 78), diversos aspectos contriburam

    para o uso da internet, enquanto suporte tecnolgico, como meio de comunicao

    cientfica. Dentre eles, destacam-se:

    a) o crescimento da produo da informao;

    b) o espao para armazenamento, difuso instantnea e

    compartilhamento globalizado;

    c) a necessidade da disseminao do conhecimento;

    d) o aumento dos custos na edio;

    e) o acesso restrito; e,

    f) o impacto dos resultados das pesquisas.

    Dentre os aspectos citados, a velocidade com que a internet leva a informao

    aos indivduos tornou-se fator determinante para o processo de comunicao cientfica.

    Leite e Costa (2007, p. 94) destacam que o uso da Internet e de tecnologias

    emergentes no contexto da comunicao cientfica tem proporcionado e ampliado, ao

    longo do tempo, uma srie de novas possibilidades e oportunidades de inovao nesse

    campo.

    3.5 Peridicos cientficos

    De acordo com Bohn (2003, p.1) os peridicos cientficos so canais

    importantes de comunicao, pois registram, divulgam e avaliam o conhecimento de

    determinada rea do saber. A referida autora considera ainda que se comparados com

    outras fontes de informao e apesar dos problemas que muitas vezes comprometem

    sua publicao regular, ainda mantm-se como canal de comunicao preferencial e

    gil que registra os resultados formais da pesquisa, estabelece prioridades da

  • 21

    descoberta cientfica e preserva o conhecimento.

    Conforme expe Packer (2011, p. 29):

    Os peridicos cientficos brasileiros publicam a partir de 2009 mais de um

    tero da produo cientfica do Brasil segundo os ndices bibliogrficos Web

    of Sciences (WoS) e Scopus, que so referncia internacional para a medida

    da produo cientfica dos pases. Ao alcanar esse marco, contriburam

    decisivamente para que o Brasil viesse a ocupar a 13 posio no ranking

    internacional de produo cientfica medido pelo nmero de artigos

    publicados. Ao mesmo tempo, a coleo de peridicos brasileiros publicados e indexados online em acesso aberto na Scientific Electronic Library Online

    (SciELO) atendeu, em 2010, uma mdia mensal de 10,6 milhes de

    downloads de artigos.

    Segundo o referido autor:

    A conquista desse marco reflete, alm dos avanos na produo da pesquisa

    cientfica brasileira, cuja comunicao se veicula proporcionalmente nos

    nacionais, as mudanas que ocorreram na cobertura dos ndices

    internacionais que favoreceram os peridicos dos pases em

    desenvolvimento, particularmente do Brasil. Tambm tiveram um papel os

    aperfeioamentos ocorridos nas polticas de infraestrutura e apoio ao acesso e publicao de informao cientfica, pela Capes, pelo CNPq e pela Fapesp,

    por meio dos programas do Portal de Peridicos, do programa nacional de

    financiamento da editorao e publicao de peridicos e do programa

    SciELO de indexao e publicao online (PACKER, 2011, p.29).

    Para ilustrar a argumentao de Packer (2011, p. 29) a respeito da posio

    brasileira no mbito internacional de produo cientfica, apresenta-se adiante a Tabela

    2 em que o autor demonstra o nmero de ttulos de peridicos correntes do Brasil e

    pases selecionados indexados em diretrios de peridicos e ndices bibliogrficos em

    dezembro de 2010.

  • 22

    Tabela 2 Nmero de ttulos de peridicos correntes por pas.

    Fonte: (PACKER, 2011, p.33).

    3.6 Peridicos em Cincias da Informao

    Na rea de cincia de informao, pesquisas conduzidas sobre peridicos

    brasileiros estabeleceram que estes so importantes fontes de referncia para a

    pesquisa (FORESTI, 1990, p. 55) para a comunicao e troca de informaes entre

    pares da comunidade cientfica na rea de biblioteconomia e cincia da informao

    (MENEZES e COUSINET, 1999, p. 284). Quando se trata da produo cientfica dos

    docentes dos Programas de Ps-graduao em Cincia da Informao no Brasil,

    segundo Poblacin e Noronha (2002), o peridico igualmente apontado como o

    formato mais usado para publicao de seus trabalhos. Ainda, os estudantes,

  • 23

    profissionais e pesquisadores tm o peridico como fonte de leitura preferencial

    (MUELLER; CAMPELLO; DIAS, 1996 p. 7). Por outro lado, a irregularidade, tiragem

    reduzida, sistemas de distribuio deficientes, so apontados como denominadores

    problemticos comuns para peridicos brasileiros na area de cincia da informao

    (MUELLER; CAMPELLO; DIAS, 1996, p. 8). Os mesmos pesquisadores apontam a

    falta de qualidade de editorao, falta de recursos financeiros, apoio institucional e

    irregularidade na frequncia de publicao como dificuldades a serem ainda superadas

    pelos profissionais responsveis pelos peridicos nacionais (BOHN, 2003, p. 2).

    A produo do conhecimento em qualquer rea do saber tem como papel

    fundamental servir de referncia para praticantes e estudiosos conforme ressalta Leite

    Filho (2008, p. 536). Logo, por ter um papel to importante, h uma crescente

    preocupao com a monitorao da produo cientfica no plano internacional - e o

    Brasil no exceo (YAMAMOTO; SOUZA; YAMAMOTO, 1999, p. 2). Por isso,

    estudos sobre a produo cientfica tm se tornado importantes, motivo pelo qual

    Alvarado (2008, p. 87) defende que a produo bibliogrfica dos autores tem sido

    objeto de diversos estudos em numerosos campos do conhecimento.

    Este crescimento da preocupao com a produo cientfica justifica-se,

    segundo Bufrem et al. (2007, p. 39), especialmente devido necessidade, sentida

    pelos pesquisadores, de informaes sobre as fontes disponveis para o domnio,

    sempre relativo, da literatura de sua rea e dos meios existentes para difuso de suas

    prprias pesquisas.

    Atravs de indicadores elaborados com base em nmeros de publicaes e

    citaes dos diversos pesquisadores, pode-se avaliar a produtividade dos autores e a

    qualidade das pesquisas dos cientistas, utilizando-se de ndices bibliomtricos, como

    afirma Meis (1999, p. 7). Neste estudo foi considerado o nmero de publicaes dos

    autores de artigos cientficos em peridicos publicados no Brasil para avaliar sua

    produtividade.

    Para o autor, aps elaborar seu documento, nasce a necessidade de se transmitir,

    ou melhor, publicar, pesquisas e/ou estudos a membros da comunidade cientfica,

    sendo que para isso usa-se peridico, o qual um canal formal de comunicao

    cientfica. (BORBA; COSTA; MARTINS, 2007, p. 83).

  • 24

    A publicao pode ser considerada como o produto final do trabalho do

    cientista: De um lado, comunica informaes; de outro, garante a propriedade

    cientfica e atravs dela o cientista passa a ser conhecido e reconhecido por seus pares

    (MOREL; MOREL 2008, p. 99). Alm disso, para Bufrem et al. (2007, p. 39):

    A publicao cientfica tornou-se, em seu processo histrico, um instrumento

    indispensvel no apenas como meio de promoo individual, mas enquanto forma de promoo e fortalecimento do ciclo criao, organizao e difuso

    do conhecimento. Por conseguinte, sua contribuio social um dos fatores

    que mais influenciam o ritmo de produo do conhecimento.

    Visto a importncia e a influncia que tem a publicao cientfica, a escolha dos

    peridicos para a publicao se d pela razo de que a produo cientfica de artigos se

    diferencia de qualquer outra produo. Na viso de Bufrem et al. (2007, p. 40) isso

    acontece por estar vinculada a uma organizao editorial e represent-la

    tematicamente. Deve identificar-se com os propsitos da linha editorial, esperando-se

    por isso que seja apoiada no processo de seleo por um corpo de consultores

    especializados.

    Uma das formas de publicaes de peridicos encontrados usualmente so os

    artigos cientficos. Estes so:

    um relato analtico de informaes atualizadas sobre um tema de interesse

    para determinada especificidade. o resultado de um estudo desenvolvido

    atravs de uma pesquisa, podendo ser atravs de um projeto de Ensino, de

    Pesquisa ou de Extenso. Seu objetivo divulgar os resultados de um estudo

    realizado procurando levar ao conhecimento do pblico interessado, as novas

    idias e abordagens. Ao escrever um artigo importante utilizar uma

    linguagem clara, correta, concisa e objetiva. Devem ser evitados os adjetivos inteis, rodeios e repeties desnecessrias. Geralmente publicado em

    revistas, jornais ou outros peridicos especializados e cientficos. (CENTRO

    DE ARTES DA UDESC, [s. d.])

    Em relao publicao de um artigo tcnico ou cientfico, Andrade e Lima

    (2007, p. 5) afirmam que existem vrias razes, tais como:

    Divulgao cientfica - A publicao de um artigo cientfico ou tcnico

    uma forma de transmitir comunidade tcnico-cientfica o conhecimento de

    novas descobertas, e o desenvolvimento de novos materiais, tcnicas e

    mtodos de anlise nas diversas reas da cincia.

    Aumentar o prestgio do autor - Pesquisadores com um grande volume de

    publicaes desfrutam do reconhecimento tcnico dentro da comunidade

    cientfica, alcanam melhores colocaes no mercado de trabalho, e

    divulgam o nome da instituio a qual esto vinculados. Apresentao do seu trabalho - Muitas instituies de ensino e/ou pesquisa,

    e vrias empresas comerciais frequentemente requerem que os seus

  • 25

    profissionais apresentem o progresso de seu trabalho e/ou estudo atravs da

    publicao de artigos tcnico-cientficos.

    Aumentar o prestgio da sua instituio ou empresa - Instituies ou

    empresas que publicam constantemente usufruem do reconhecimento tcnico

    de seu nome, o que ajuda a atrair maiores investimentos e ganhos para esta

    organizao.

    Se posicionar no mercado de trabalho - O conhecido ditado em ingls

    "publish or perish", ou seja, "publique ou perea", provavelmente nunca foi

    to relevante como nos dias de hoje. Redigir um artigo tcnico lhetrar uma

    boa experincia profissional, e contribuir para enriquecer o seu currculo,

    aumentando assim suas chances de obter uma melhor colocao no mercado de trabalho.

    3.7 Bibliometria e lei do elitismo de Price

    De acordo com Arajo (2006, p. 12) a bibliometria uma tcnica quantitativa e

    estatstica de medio dos ndices de produo e disseminao do conhecimento

    cientfico que surge no incio do sculo como sintoma da necessidade do estudo e da

    avaliao das atividades de produo e comunicao cientfica. Ainda segundo o autor,

    um dos principais marcos do desenvolvimento da bibliometria foi a lei de Lotka,

    A lei de Lotka, formulada em 1926, foi construda a partir de um estudo

    sobre a produtividade de cientistas, a partir da contagem de autores presentes

    no Chemical Abstracts, entre 1909 e 1916. Lotka descobriu que uma larga proporo da literatura cientfica produzida por um pequeno nmero de

    autores, e um grande nmero de pequenos produtores se iguala, em

    produo, ao reduzido nmero de grandes produtores. A partir da formulou a

    lei dos quadrados inversos: yx = 6/p2xa, onde yx a frequncia de autores

    publicando nmero x de trabalhos e a um valor constante para cada campo

    cientfico (2 para fsicos e 1,89 para qumicos, por exemplo). (ARAJO,

    2006, p. 13).

    Segundo Alvarado (2002, p. 14), desde o estabelecimento da lei da Lotka muitos

    estudos tm sido produzidos, tentando criticar, replicar ou reformular esta lei

    bibliomtrica. Alguns autores encontraram alguns problemas, como Rao (1986, p. 182)

    que diz que esta lei baseada em um conjunto pouco potente de dados e no foi

    testada estatisticamente. De acordo com Arajo (2006, p. 14) outros autores

    propuseram aperfeioamentos para a lei, dentre eles destaca-se Price que a partir de

    estudos realizados entre 1965 e 1971, props a lei do elitismo chegando concluso

    que 1/3 da literatura produzida por menos de 1/10 dos autores mais produtivos,

    levando a uma mdia de 3,5 documentos por autor e 60% dos autores produzindo um

    nico documento. Alvarado (2002, p. 14) descreve que segundo a lei de Price, se k

  • 26

    representa o nmero total de contribuintes numa disciplina, k representaria a elite da

    rea estudada, assim como o nmero de contribuintes que gera a metade de todas as

    contribuies.

    Segundo Price (1963, p. 46) pode-se estabelecer um limite e dizer que a metade

    do trabalho feito por aqueles com mais de 10 artigos, ou que o nmero dos grandes

    produtores parece ser da mesma ordem de magnitude que a raiz quadrada do nmero

    total de autores. Isto quer dizer que o nmero de membros da elite corresponde raiz

    quadrada do nmero total de autores, e a metade do total da produo considerado

    critrio para se saber se a elite produtiva ou no (ARAJO, 2006, p. 14).

    Retornando ao tema principal deste estudo, relativamente sobre o controle de

    produo dos autores, necessrio que se saiba quantos artigos este autor realmente

    produziu. Considerando que algumas pessoas, s vezes, usam mais de uma forma de

    nome, ou mudam de nome ao longo da carreira, ou usam nome e pseudnimos

    simultaneamente, ou usam um nico pseudnimo em conjunto com outra(s) pessoa(s)

    (MEY; SILVEIRA, 2009, p. 154), a contagem da produo de cada autor exige

    procedimentos especficos e muitas vezes trabalhosos.

    Aps pesquisar no Portal da Capes, Scielo, catlogo da BCE/UnB e base

    ABCDM no foram encontrados trabalhos que forneam um quadro da produo

    individual dos autores nas reas de informao no Brasil. Estudos e pesquisas tambm

    foram realizados nesse sentido, e diante da falta de trabalhos que forneam detalhes

    sobre a produo dos autores das reas de informao no Brasil, este trabalho prope-

    se a responder a seguinte questo: qual a produo de artigos de peridicos cientficos

    de cada autor (pessoa) que compe a comunidade cientfica das reas de informao no

    Brasil entre 1972 e 2011?

    Ao responder esta questo pode-se conhecer a produo destes autores, e assim

    ter um controle de suas autorias. Para Nascimento e Gomes (2012, p. 2):

    os estudos de autoria e de coautoria proporcionam no s uma viso ampla

    da classe profissional que compe a rea (suas caractersticas como gnero,

    titulao, vnculo institucional entre outras), mas tambm permitem a

    identificao dos fluxos informacionais que subjazem os elos estabelecidos

    pelos pesquisadores. Alm disso, atravs dessas pesquisas possvel identificar os autores mais produtivos identificando assim a elite da Cincia

    da Informao (CI).

    Ou seja, alm de saber a produo dos autores possvel relacionar fatores

    individuais (perfil acadmico, afiliao, financiamento, etc) os quais podem estar

  • 27

    associados produtividade dos autores, aprofundando ainda mais o conhecimento

    sobre a comunidade cientfica.

    Os tpicos expostos acima, nos permitiu ter um embasamento cientfico acerca

    dos pontos estudados nesta pesquisa, proporcionando assim que os objetivos deste

    estudo sejam atingidos de uma forma correta.

  • 28

    4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    A presente pesquisa pode ser tipificada como sendo, na viso de Collis e Hussey

    (2005, p. 70), um levantamento descritivo. Esse tipo de pesquisa "deve identificar e

    contar a frequncia de uma populao especfica, em um determinado momento, ou

    vrios momentos para comparao". Assim, a populao especfica aqui definida so

    os autores de artigos de peridicos cientficos das reas de informao no Brasil,

    obtidos a partir de levantamento efetuado na base de dados ABCDM.

    O universo da pesquisa trata-se de todos os artigos cientficos de peridicos

    nacionais das reas de informao1 publicados entre 1972 e 2011 que juntos somam

    5.305 artigos, extrados no dia 06 de outubro de 2011 da base de dados ABCDM,

    principal fonte dos dados. A contagem foi completa, ou seja, para cada autor (principal

    e/ou secundrio) foi creditado uma contribuio (ALVARADO, 2002, p. 15). Com isso,

    encontramos um total de 8356 autorias, uma vez que a cada autor independentemente

    se era primrio ou secundrio foi atribuda uma autoria (NASCIMENTO; GOMES,

    2012, p. 6).

    Havia algumas opes de fonte de dados, tais como a base de dados Brapci, a

    base de dados BV Arquivologia, Biblioteconomia e Cincia da Informao dentre

    outras. A escolha da Base ABCDM se deu principalmente por esta base ser a nica que

    inclu os artigos de peridicos cientficos sobre Museologia, alm de artigos sobre

    Arquivologia, Biblioteconomia, Cincia da Informao, Documentao e Museologia

    publicados em pases de lngua portuguesa, possibilitando assim que a coleta de dados

    fosse feita em uma nica fonte, e de forma simples, pois a base contm todo o universo

    1 Os peridicos includos no estudo so: (1) Acervo: Revista do Arquivo Nacional (ARAN); (2) Anais do

    Museu Histrico Nacional (AMHN); (3) Arquivstica.net (ANET); (4)Arquivo & Administrao (AA); (5)

    Biblos: Revista do Departamento de Biblioteconomia e Histria (BDBH); (6) Cadernos de Biblioteconomia

    (CB); (7) Cincia da Informao (CI); (8) Cincias em Museus (CIMU); (9) DatagramaZero (DGZ); (10) Em

    Questo: Revista da Faculdade de Biblioteconomia e Documentao da UFRGS (EQ); (11) Encontros Bibli:

    Revista Eletrnica de Biblioteconomia e Cincia da Informao (EB); (12) Estudos Histricos (EH); (13)

    Informao & Informao (II); (14) Informao & Sociedade (ISE): Estudos; (15) Informare: Cadernos do Programa de Ps-Graduao em Cincia da Informao (ICPCI); (16) Museologia e Patrimnio: Revista

    Eletrnica do Programa de Ps-Graduao em Museologia e Patrimnio PPG/PMUS (MP); (17) Perspectivas

    em CI (PCI); (18) Ponto de Acesso: Revista do Instituto de Cincia da Informao da UFBA (PA); (19) Revista

    ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina (RACB); (20) Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentao

    (RBBD); (21) Revista Brasileira de Museus e Museologia (MUSAS); (22) Revista da Escola de Biblioteconomia

    da UFMG (REBU); (23) Revista de Biblioteconomia & Comunicao (RBC); (24) Revista de Biblioteconomia

    de Braslia (RBB); (25) Revista Digital de Biblioteconomia e Cincia da Informao (RDBCI); (26) Revista do

    Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (RPHAN); (27) Revista Eletrnica Jovem Museologia (REJM); (28)

    Revista Museu (RM); (29) Transinformao (TRA).

  • 29

    deste estudo, alm desta base abranger a rea de Museologia, tivemos alguns outros

    motivos para escolha da ABCDM, dos quais podemos citar: familiaridade com a base

    adquirida em trabalhos anteriores, disponibilidade para acess-la, facilidade para

    manuse-la.

    Desenvolvida na FCI/UnB, a ABCDM foi implantada e est sendo mantida por

    meio do gerenciador de base de dados bibliogrficos CDS/ISIS for Windows (verso

    1.5 build 3 - 2003) da UNESCO. A ABCDM usada principalmente para estudos

    bibliomtricos em temas ligados comunicao cientfica, como produo cientfica,

    tendncias temticas e colaborao (coautoria).

    A base contm elementos que descrevem os artigos de peridicos e suas

    autorias, tendo sido construda a partir de dados dos prprios artigos e, de

    forma complementar, de outras fontes como Plataforma Lattes, sites

    institucionais e pessoais, ou ainda por meio de contatos com os autores. (VILAN FILHO, 2010, p. 70).

    Como neste trabalho o foco a produo dos autores, foram usados apenas os

    campos da base referentes ao autor pessoal, tanto primrio (100) quanto secundrio

    (700).

    Para melhor compreenso desta pesquisa, importante frisar os conceitos

    utilizados no mbito deste estudo, como considerado por Vilan Filho (2010, p. 69-70):

    Artigo unidade editorial identificada implcita ou explicitamente em um

    fascculo de peridico cientfico; Autor pessoa relacionada explicitamente

    no artigo como autor independentemente do tipo de participao efetiva;

    Autoria relao de responsabilidade de um autor com um artigo; reas de

    informao Arquivologia, Biblioteconomia, Cincia da Informao,

    Documentao e Museologia.

    importante ressaltar que a unidade de anlise deste trabalho autor, e que as

    variveis usadas neste estudo so autor e artigo, e com base nos critrios de

    Richardson (2009, p. 66) estas exercem uma relao de covariao, pois mudam

    conjuntamente. importante tambm frisar que a elite produtora foi calculada de

    acordo com a lei do elitismo de Price.

    Antes de adentrar nas etapas do desenvolvimento desta pesquisa, convm

    esclarecer detalhes pertinentes ABCDM. A base no possua padronizao dos nomes

    dos autores (pessoas), por isso se fez necessria uma padronizao destes para eliminar

    os casos de ambiguidade, distinguir autores que se apresentaram com o mesmo nome, e

    assim agregar para os autores (pessoas) seus artigos, ou seja, ter um controle efetivo

  • 30

    das autorias, permitindo atingir o objetivo deste trabalho, e principalmente obter uma

    classificao dos autores por sua produo de artigos cientficos nas reas de

    informao do Brasil.

    preciso deixar claro que neste trabalho considerou-se como reas de

    Informao (AI) o que a literatura geralmente trata como Cincia da Informao (CI),

    visto que a literatura considera Cincia da informao no como uma rea do

    conhecimento isolada, mas sim como um aglomerado de reas, isto , a reunio das

    reas de Arquivologia, Biblioteconomia, Documentao, Museologia e a prpria

    Cincia da Informao. Para ns o que a literatura trata como sendo CI ns

    consideramos como AI, ou seja, nesta pesquisa consideramos Arquivologia,

    Biblioteconomia, Cincia da Informao, Documentao e Museologia como sendo

    reas da Informao (AI).

    Encontrou-se alguns limites deste trabalho, tais como:

    a) Pode-se haver revistas que abrangem as reas de Informao que no esto

    includas no universo;

    b) Autores podem ter publicados em revistas de outras reas;

    importante ressaltar que neste trabalho considerou-se produo como sendo

    todos os artigos produzidos, ou seja a produo de um determinado autor a

    soma de todos os artigos que este autor produziu. E produtividade a relao

    produo x tempo, isto : a produtividade de determinado autor trata-se de

    todos os artigos produzidos por este autor em um determinado perodo.

  • 31

    5 DESENVOLVIMENTO

    Este trabalho foi realizado em sete etapas, descritas nos tpicos a seguir.

    5.1 Seleo da populao

    A seleo de registros foi realizada no dia 06 de outubro de 2011, atravs da

    base de dados ABCDM. Por meio do recurso busca expert do ISIS, seguindo alguns

    passos:

    a) Seleo de artigos de revistas - executou-se a primeira busca2 na ABCDM

    atravs do Ttulo da Publicao, excluindo-se assim os ENANCIBs e

    retornando 5330 registros;

    b) Excluso de artigos portugueses na segunda busca3 pesquisou-se apenas os

    registros referentes revista Cadernos de Biblioteconomia, Arquivologia e

    Documentao, revista de Portugal que retornou 25 registros;

    c) Seleo do Universo - a partir dos dados recuperados nas buscas anteriores,

    uma nova pesquisa foi feita. Basicamente a lgica desta ultima pesquisa4 : a

    primeira busca menos a segunda busca, ou seja, todos os registros referentes

    s revistas da base, menos os registros da revista Cadernos BAD, atingindo

    assim o nosso universo, que trouxe todas as revistas nacionais das reas de

    informao, exatamente 5305 artigos, que somam 8356 autorias.

    5.2 Coleta de dados

    Aps a busca que selecionou o universo da pesquisa, imprimiu-se o resultado

    2 Busca realizada atravs do comando ? P(440), que retorna todos os registros que tem o campo 440 (ttulo)

    presente, campo este que apenas os registros referentes s revistas possuem. 3 Busca realizada atravs do comando ? V440:, Arq, que retorna todos os registros que contenham no campo

    '550 (ttulo da obra) a expresso , Arq. 4 Busca realizada atravs do comando 1 not 2, excluindo assim a busca 2 da busca 1.

  • 32

    desta busca no formato5

    criado especificamente para a padronizao dos autores, que

    gera um arquivo .txt com todos os autores, tanto primrios quanto secundrios, e seus

    respectivos subcampos (MFN, sobrenome, nome, gnero, email, afiliao e notas).

    5.3 Importao dos dados para planilha eletrnica

    Os dados gerados foram ento introduzidos no programa MS-Excel (verso

    2007) atravs do comando Obter dados externos de texto localizado no menu

    Inserir. Aps essa importao obteve-se uma planilha eletrnica preenchida com os

    dados dos autores constantes no nosso universo, onde cada autor, seja primrio ou

    secundrio, tornou-se uma linha, e cada subcampo tornou-se uma coluna.

    5.4 Organizao dos dados

    Aps migrados os dados para a planilha no MS-Excel (verso 2007), ajustou-se

    a largura de cada coluna para visualizar o contedo das clulas e classificou-se as

    linhas por ordem alfabtica em dois nveis: primeiro por sobrenome do autor, e depois

    pelo nome, atravs do comando Classificar no menu Dados. Essa organizao

    aproximou os mesmos nomes e os possveis homnimos facilitando o trabalho.

    5.5 Padronizao dos nomes dos autores

    Com os dados organizados, a padronizao pde ser feita. A padronizao dos

    nomes dos autores foi feita atravs da identificao dos autores e a insero, em uma

    coluna especfica, de um cdigo para cada autor. Este cdigo foi criado

    especificamente para esta padronizao e consiste no sobrenome sucedido das iniciais

    do nome do autor, separados por , (virgula), e somente em caso de homnimos, ou

    casos que os cdigos fiquem iguais, deve-se acrescentar ao final do cdigo, entre

    5 O formato foi denominado CARLOS formado pelos comandos:

    ';'mfn(4)';'v100^b';'v100^a';'v100^g';'v100^e';'v100^c';'v100^d/ifp(v700)

    then(';'mfn(4)';'v700^b';'v700^a';'v700^g';'v700^e';'v700^c';'v700^d/) fi.

  • 33

    parnteses, a inicial do gnero (M quando masculino e F quando feminino), e se

    mesmo assim no for possvel diferenciar os autores inserir, ainda dentro dos

    parnteses, o ano de concluso da primeira graduao do autor com 4 dgitos. Todo o

    cdigo foi inserido em caixa alta, ou seja, todas as letras maisculas e sem

    espaamento entre os termos do cdigo, desconsiderando-se quaisquer tipos de

    acentuao. Exemplo: para Carlos Henrique da Silva Santos, sexo masculino, e

    graduado em 2013 o cdigo ficaria: SANTOS,CHS(M2013). Lembrando que para

    formao das iniciais dos nomes no so consideradas as preposies tais como: de,

    da, do, dentre outras. Em casos de sobrenome composto como, por exemplo, Santos-

    Jnior considera-se os dois juntos (ex.: SANTOSJUNIOR).

    A identificao dos autores foi feita com base nos subcampos do autor presentes

    na planilha organizada anteriormente, e se mesmo assim persistissem dvidas, foram

    feitas consultas em outras fontes tais como Plataforma Lattes, sites institucionais e

    pessoais.

    5.6 Elaborao de tabelas e grficos

    Esta etapa consiste na elaborao de tabelas e grficos que nos ajudaram a

    entender a produo dos autores em relao ao total, ou seja, a contribuio de cada

    autor na produo total dos artigos. No programa MS-Excel tabelas e grficos foram

    gerados com os autores e suas respectivas produes. Esses dados ajudaram a

    interpretar e entender a produo da comunidade cientfica das reas de informao no

    Brasil.

    5.7 Clculo da Elite

    Com todos os dados obtidos, tabelas e grficos criados, e com auxlio do

    programa LibreOffice Calc, pode-se indicar a elite produtora. Seguindo o mtodo

    criado por Price em sua lei do elitismo, calculou-se a raiz quadrada do nmero total de

    autores, atravs da funo RAZ, chegando assim ao nmero de autores que

    compem a elite das reas de informao no Brasil.

  • 34

    6 APRESENTAO DOS DADOS

    Aps todo o tratamento dos registros, no dia 17 de abril de 2012, constatamos

    que 4323 autores (pessoas) distintos publicaram 5305 artigos em peridicos cientficos

    nacionais das reas de informao. No que concerne autoria, foram detectadas 8356,

    incluindo e contabilizando autores e coautores de maneira igual, ou seja, para cada

    autor primrio e secundrio foi atribuda uma autoria. Os tpicos a seguir analisam e

    explicitam os resultados da pesquisa.

    6.1 Lista padronizada e comunidade cientfica das reas de informao no Brasil

    Com a padronizao completa, foi possvel elaborar uma lista padronizada para

    os autores do universo desta pesquisa, como pode ser conferido no APNDICE A, e no

    APNDICE E em CD-ROM.

    Atravs desta lista, em um arquivo do MS Word (verso 2007), foi elaborada

    uma listagem com o cdigo padronizado e o nome de todos os 4.323 autores que

    compem a comunidade cientfica das reas de informao no Brasil entre 1972 e

    2011. Abaixo seguem os dez primeiros nomes como exemplo da lista que pode ser

    conferida no APNDICE B e no APNDICE F em CD-ROM.

    Tabela 3 Amostra dos autores membros da comunidade cientfica.

    CDIGO NOME COMPLETO

    ABATH,RJ Rachel Joffily Abath

    ABDALLA,ERF Eidi Raquel Franco Abdalla

    ABE,N Naguia Abe

    ABE,V Veridiana Abe

    ABIB,G Gustavo Abib

    ABIB,J Jamil Abib

    ABRAHAO,LA Liane dos Anjos Abraho

    ABRANTES,MLM Maria Lusa Menezes Abrantes

    ABREU,AF Aline Frana de Abreu

    ABREU,D Dcio de Abreu

  • 35

    6.2 Produo dos Autores

    A produo dos 4.323 autores que compem a comunidade cientfica das reas

    de informao do Brasil entre 1972 e 2011 pode ser conferida no APNDICE G em

    CD-ROM.

    Alm destes dados que nos ajudou a alcanar os objetivos propostos, esta

    pesquisa nos forneceu alguns outros dados importantes que no poderamos deixar de

    analisar. Para facilitar as anlises destes dados elaboramos algumas tabelas e grficos,

    que seguem abaixo.

    Tabela 4 Nmero de autores por nmero de artigos.

    N/A N. Autores %

    1 3093 71,55%

    2 588 13,60%

    3 212 4,90%

    4 123 2,85%

    5 77 1,78%

    6 54 1,25%

    7 36 0,83%

    8 22 0,51%

    9 18 0,42%

    10 10 0,23%

    11 8 0,19%

    12 11 0,25%

    13 6 0,14%

    14 10 0,23%

    15 12 0,28%

    16 5 0,12%

    N/A N. Autores %

    17 7 0,16%

    18 3 0,07%

    19 4 0,09%

    20 6 0,14%

    21 1 0,02%

    22 1 0,02%

    23 6 0,14%

    26 2 0,05%

    27 2 0,05%

    28 1 0,02%

    31 1 0,02%

    34 1 0,02%

    35 1 0,02%

    37 1 0,02%

    41 1 0,02%

    TOTAL 4323 100%

    Obs.: N/A = Nmero de artigos produzidos. Dados em ordem crescente de NA.

    A Tabela 4 formada pelo nmero de artigos, seguido da quantidade de autores

    que produziram este nmero de artigos e o percentual que estes autores representam

    em relao ao total de autores da comunidade cientfica. Esta tabela nos permite

    confirmar a descoberta feita por Lotka, conforme abordado na reviso de literatura,

    que diz que uma larga proporo da literatura cientfica produzida por um pequeno

  • 36

    nmero de autores, e um grande nmero de pequenos produtores se iguala, em

    produo, ao reduzido nmero de grandes produtores, conforme abordado na reviso

    de literatura, ou seja, muitos autores produzem pouco, enquanto poucos autores

    produzem muito. Segundo a lei do elitismo de Price, 60% do total de autores

    contribuem com apenas um artigo, Estrada Lorenzo et al. (2003) chamaram esse

    fenmeno de ndice de Transitoriedade . Para ilustrar esse ndice nas reas de

    informao no Brasil foi elaborado o Grfico 1 a seguir:

    Grfico 1 ndice de Transitoriedade6.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Nota-se neste grfico que nas reas de informao no Brasil o ndice foi de

    cerca de 72%, nmero semelhante aos 71,92% encontrado por Nascimento e Gomes

    (2012) em sua pesquisa na rea da Cincia da Informao. Neste estudo, assim como

    na pesquisa de Nascimento e Gomes, o nmero de autores que produziu apenas um

    artigo superou em quase 12% o postulado pela lei do elitismo de Price, ndice

    considerado elevado pelos autores que justificam este alto ndice como sendo

    caracterstica de uma rea do conhecimento ainda em formao.

    6 Obs.: Autores Transeuntes so aqueles que produziram apenas um artigo (NASCIMENTO; GOMES, 2012).

    n = 4323

  • 37

    Atravs dos dados da produo de todos os autores gerou-se o grfico a seguir:

    Grfico 2 Autor x artigo.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Conforme podemos notar no Grfico 2, a mensurao da produo dos autores

    nos refletiu uma curva decrescente da quantidade de autores em relao a quantidade

    de artigos produzidos, percebe-se que h um grande declnio at que se chegue a um

    certo nivelamento. Esta curva ficou bem prxima da descrita por Callon, Courtial e

    Penan (1995). Para os autores esse tipo de distribuio reflexo das reas ainda em

    formao, ou com incio recente. Percebe-se neste grfico que o nmero de autores

    saiu de um declnio (de 1 a 9 artigos produzidos), e entrou em certo nivelamento no

    ponto referente a 10 (dez) artigos produzidos, para entender melhor este ponto foi

    elaborado o grfico 3 a seguir:

    N de autorias

    A

    u

    t

    o

    r

    e

    s

    n = 4323

  • 38

    Grfico 3 Nmero de autores por quantidade de artigos.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Com o auxilio do Grfico 3 percebe-se que a partir de 10 (dez) artigos

    produzidos a quantidade de autores no varia muito, oscila entre 0 (zero) e 12 (doze)

    autores, ou seja, no h uma variao elevada no nmero de autores quando a produo

    destes igual ou superior a 10 (dez) artigos. Analisando estes dados percebemos que

    quanto maior a produo, menor a quantidade de autores. Price (1963) estabeleceu um

    limite afirmando que 50% da produo dos artigos feita por autores com produo

    superior a 10 (dez) artigos. Para testar esta afirmao de Price nas reas de informao

    no Brasil criou-se o Grfico 4 a seguir:

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    n = 8356

    Grfico 4 Produo por autor.

    A

    u

    t

    o

    r

    e

    s

    N de autorias

  • 39

    Neste grfico vimos que os autores com produo infer ior a 10 (dez) artigos so

    responsveis por 81% da produo total, enquanto os autores que produziram mais de

    10 (dez) artigos, responsveis pelos outros 19% da produo total de artigos,

    percentual bem abaixo dos 50% postulado por Price (1963). Para encontrar os

    responsveis por metade da produo total de artigos elaborou-se o grfico 6 a seguir:

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Este grfico nos mostra que os autores com produo superior a 2 (dois) artigos

    so responsveis por 49% da produo total de artigos nas reas de informao.

    n = 8356

    Grfico 5 Autores x metade da produo.

  • 40

    Estes autores representam 15% do total de autores que compem a comunidade

    cientfica das reas de informao, conforme podemos ver no Grfico 6:

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Analisando o grfico 6 juntamente com o grfico 5 percebemos que 15% dos

    autores so responsveis por 49% da produo de artigos, enquanto 85% dos autores

    produziram os outros 51% dos artigos. Estes dados confirmar a descoberta feita por

    Lotka de que uma larga proporo da literatura cientfica produzida por um pequeno

    nmero de autores, e um grande nmero de pequenos produtores se iguala, em

    produo, ao reduzido nmero de grandes produtores. Em outras palavras podemos

    dizer que: muitos autores produzem pouco, enquanto poucos autores produzem muito.

    6.3 Elite produtora

    Verificou-se que a elite das reas de informao no Brasil, aqui representada

    pelos autores com maior produo, composta por 65 autores. Essa mensurao foi

    feita com base na lei do elitismo de Price (1963) esse postulado afirma que se n

    representa o nmero total de autores em uma disciplina, n representaria a elite da rea

    estudada. Essa elite seria responsvel pela publicao de metade de todas as

    n = 4323

    Grfico 6 Autores com produo superior a dois artigos.

  • 41

    contribuies. A raiz quadrada de 4323, que o nmero total de autores de artigos

    cientficos das reas de informao no Brasil, resultou em 65,75, optou-se por

    arredondar este nmero para baixo, isto para 65, pois assim o igualamos com o

    nmero de autores com produo superior a 13 (treze) artigos. Para ilustrar o tamanho

    desta elite foi feito o grfico a seguir:

    Grfico 7 Elite das reas de informao no Brasil.

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    No Grfico 7 vemos que os 65 autores que compem a elite produtora

    representam 2% do total de autores de artigos cientficos das reas de informao no

    Brasil.

    n = 4323

  • 42

    Para saber a produo da elite da AI foi elaborado o Grfico 8 a seguir:

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Este grfico nos mostra que a elite produziu 1262 artigos, ou seja , 65 autores,

    que juntos representam cerca de 2% do total de autores, so responsveis por 15% da

    produo total de artigos. Segundo os parmetros estabelecidos por Price (1963) , a

    elite das reas de informao no produtiva, j que de acordo com o autor a elite

    deveria ser responsvel por metade de todas as contribuies da rea. A produo

    mdia dos autores de artigos cientficos das reas de informao de cerca de 1,93,

    enquanto que a produo mdia da elite de cerca de 19,42 artigos.

    n = 8356

    Grfico 8 Produo da elite das reas de informao no Brasil.

  • 43

    Identificou-se quem so os autores (pessoas) que compem a elite produtora das

    reas de informao no Brasil. Segue abaixo a Tabela 5, com o nome dos 10 autores

    com maior produo, como amostra da lista que pode ser conferida completa no

    APNDICE C desta monografia.

    Tabela 5 Elite das reas de informao: os autores com maior produo

    CDIGO NOME COMPLETO PRODUO CONTRIBUIO

    SOUZA,FC Francisco da Chagas de Souza 41 0,49%

    TARGINO,MG Maria das Graas Targino 37 0,44%

    CALDEIRA,PT Paulo da Terra Caldeira 35 0,42%

    BARRETO,AA Aldo de A Barreto 34 0,41%

    CUNHA,MB Murilo Bastos da Cunha 31 0,37%

    MUELLER,SPM Susana P. M. Mueller 28 0,34%

    FIGUEIREDO,NM Nice Figueiredo 27 0,32%

    MOSTAFA,SP Solange Mostafa 27 0,32%

    FREIRE,IM Isa Freire 26 0,31%

    VIEIRA,AS Anna da Soledade Vieira 26 0,31%

    TOTAL 312 3,73%

    Obs.: Dados em ordem decrescente de artigos produzidos.

    Esta tabela composta pelo cdigo padronizado, o nome do respectivo autor,

    nmero de artigos produzidos, e o percentual de contribuio da sua produo em

    relao ao total de artigos produzidos. Atravs destes dados podemos indicar Francisco

    das Chagas de Souza como o autor com maior produo, este autor produziu 41 artigos

    contribuindo assim com quase 0,5% da produo total de artigos.

  • 44

    A ttulo de curiosidade investigou-se a produtividade da elite das reas de

    informao. Para saber, por exemplo, se o autor com maior produo tambm o mais

    produtivo. O resultado desta investigao pode ser conferido no APNDICE D desta

    monografia. Como exemplo da lista completa, segue abaixo uma tabela com a

    produtividade anual dos 10 autores com maior produo, que so membros da elite das

    reas de informao:

    Tabela 6 Produtividade anual da elite das reas de informao

    O/P Cdigo Nome Completo Prod Primeiro ltimo Anos Produtividade

    38 TOMAEL,MI Maria Ins Tomael 17 2000 2010 11 1,55

    1 SOUZA,FC Francisco da Chagas de Souza 41 1984 2011 28 1,46

    25 BLATTMANN,U Ursula Blattmann 19 1998 2011 14 1,36

    16 VALENTIM,MLP Marta Lgia Pomim Valentim 23 1995 2011 17 1,35

    2 TARGINO,MG Maria das Graas Targino 37 1982 2010 29 1,28

    57 CAFE,LMA Ligia Caf 14 2001 2011 11 1,27

    63 PEREIRA,EC Edmeire C. Pereira 14 1999 2009 11 1,27

    7 FIGUEIREDO,NM Nice Figueiredo 27 1974 1996 23 1,17

    48 CALDIN,CF Clarice Fortkamp Caldin 15 1999 2011 13 1,15

    50 FACHIN,GRB Gleisy R. B. Fachin 15 1998 2010 13 1,15

    TOTAL / MDIA 222 - - - 1,30

    Obs.: O/P = Ordem de maior produo. Prod = Produo.

    A Tabela 6 composta por: ordem de maior produo, cdigo padronizado do

    autor, nome completo do respectivo autor, nmero de artigos produzidos, ano do

    primeiro e do ltimo artigo produzido, total de anos que passou produzindo e a

    produtividade anual dos 10 autores da elite que possuem maior produo. Ao analisar

    esta tabela percebe-se que Francisco da Chagas de Souza, que o autor com maior

    nmero de artigos produzidos nas reas de informao, aparece com a segunda maior

    produtividade anual da elite com mdia de 1,46 artigos produzidos por ano, e temos

    Maria Ins Tomael, que possui a 38 maior produo, com a maior produtividade anual

    entre os membros da elite produtora das reas de informao, com mdia de 1,55

    artigos produzidos por ano.

  • 45

    Para ilustrar a produtividade do autor com maior produo e da autora com

    maior produtividade, elaborou-se o grfico a seguir:

    Fonte: Pesquisa de campo realizada.

    Obs.: Os autores esto representados pelos seus respectivos cdigos de padronizao.

    O Grfico 9 demonstra a produtividade anual da autora mais produtiva da elite

    das reas de informao, Maria Ins Tomael (tratado daqui para frente apenas como

    TOMAEL,MI), e do autor com maior produo de artigos cientficos nas reas de

    informao, Francisco da Chagas de Souza (tratado daqui para frente apenas como

    SOUZA, FC). Fazendo uma comparao entre a produtividade dos dois percebe-se que

    durante 4 anos, de 2005 2008, a produtividade da autora TOMAEL, MI foi maior do

    que a do autor SOUZA,FC, em todos os outros perodos a produtividade do

    SOUZA,FC foi superior. SOUZA,FC mesmo produzindo por um perodo maior do que

    a autora TOMAEL,MI, 28 anos de produo contra 11 anos, no deixou sua

    produtividade ficar baixa, ficando atrs da autora mais produtiva da elite, por menos

    de 0,1 artigo por ano. Isto mostra que este um autor importante para as reas de

    informao no Brasil.

    Grfico 9 Comparao da produtividade anual.

    n = 58

  • 46

    7 ANLISE DOS RESULTADOS

    Os resultados desta pesquisa nos possibilitou obter um quadro da produo dos

    autores de artigos cientficos das reas de informao no Brasil publicados entre 1972

    e 2011, conforme consta no APNDICE G Produo dos autores, disponvel no

    CD-ROM anexo a esta monografia.

    7.1 Gerao da lista padronizada

    O objetivo foi atingido. Produziu-se uma lista que contm o cdigo padronizado

    dos autores, algumas possveis formas de apresentao de seus nomes e alguns dados

    sobre estes autores. A lista contempla todos os autores do nosso universo, isto , os

    4.323 autores de artigos cientficos das reas de informao no Brasil publicados entre

    1972 e 2011. A lista pode ser conferida no APNDICE E Lista Padronizada em

    CD-ROM anexo a esta monografia, uma amostra desta lista pode ser conferida no

    APNDICE A Lista Padronizada.

    7.2 Indicao da comunidade cientifica da AI no Brasil

    O objetivo foi atingido. Com a lista padronizada gerada, foi possvel indicar, de

    uma maneira simples e gil, quantos e quem so os autores (pessoas) de artigos

    publicados em peridicos cientficos que compem a comunidade cientifica nas reas

    de informao no Brasil. Foi encontrado um total de 4.323 autores que tm seus nomes

    relacionados no APNDICE F Comunidade Cientfica disponvel no CD-ROM

    anexo a esta monografia, um exemplo desta relao pode ser conferida no APNDICE

    B Comunidade Cientfica.

  • 47

    7.3 Indicao da elite da AI no Brasil.

    O objetivo foi atingido. Identificou-se o tamanho da elite produtora das reas de

    informao no Brasil, e quem so os autores que fazem parte desta elite. Conforme

    pode ser conferido no APNDICE C Elite Produtora.

  • 48

    8 CONSIDERAES FINAIS

    Esta pesquisa foi voltada para indicar e analisar a produo dos autores de

    artigos cientficos de peridicos brasileiros das reas de informao no Brasil e se fez

    importante pelo fato de haver uma crescente preocupao com a monitorao da

    produo cientfica (YAMAMOTO; SOUZA; YAMAMOTO, 1999, p. 2).

    Para alcanar este objetivo trabalhou-se com todo o universo que composto

    pelos 5.305 registros de artigos publicados nos peridicos cientficos brasileiros das

    reas de informao entre 1972 e 2011, onde havia 4.323 autores (pessoas) e foram

    encontradas 8356 autorias. A contagem foi completa, ou seja, para cada autor

    (principal e/ou secundrio) foi creditado uma contribuio (ALVARADO, 2002, p. 15).

    Com isso, encontramos um total de 8356 autorias, uma vez que a cada autor

    independentemente se era primrio ou secundrio foi atribuda uma autoria

    (NASCIMENTO; GOMES, 2012, p. 6).

    Todos os objetivos propostos foram alcanados. Como resultado, concluiu-se:

    (1) a identificao de todos os 4.323 autores de artigos cientficos que compem a

    comunidade cientfica das reas de informao no Brasil; (2) uma lista padronizada

    com todos estes autores; (3) a indicao da produo de todos estes autores e o

    apontamento de quem so autores que compem a elite das reas de informao.

    Aps alcanados os resultados da pesquisa, constatou-se que a mdia de

    produo dos autores de artigos cientficos de peridicos nacionais das reas de

    informao cerca de 1,93 artigos, enquanto a mdia de produo da elite cerca de

    19,42 artigos. Alm disso, a produo de cada autor foi analisada e tambm a sua

    proporo em relao ao total de autores.

    Percebeu-se que cerca de 72% dos autores que compem a comunidade

    cientfica das reas de informao produziram cada um apenas um artigo, nmero que

    superou em quase 12% o postulado pela lei do elitismo de Price, este alto ndice

    caracterstica de uma rea do conhecimento ainda em formao.

    Vimos ainda que quanto mais cresce a quantidade de artigos, menor o nmero

    de autores que os produzem, ou seja, muitos autores produzem pouco enquanto poucos

    autores produzem muito, como confirmamos descobrindo que 15% dos autores

    (autores com produo superior a 2 artigos) so responsveis por 49% da produo de

    artigos, enquanto 85% dos autores (autores com produo de at 2 artigos) produziram

  • 49

    os outros 51% dos artigos. Sendo ento vlido para as reas de informao, o que

    afirmou Lotka: uma larga proporo da literatura cientfica produzida por um

    pequeno nmero de autores, e um grande nmero de pequenos produtores se iguala, em

    produo, ao reduzido nmero de grandes produtores.

    Os critrios estabelecidos pela lei do elitismo de Price foram aplicados e nos

    revelou o tamanho da elite das reas de informao no Brasil. Esta elite produtora

    composta por 65 autores (2%) que juntos produziram um total de 1262 artigos

    cientficos (15%). Para Price a elite deveria ser responsvel pela metade da produo

    cientfica total de qualquer rea do saber. Neste estudo, os responsveis por quase

    metade da produo so os 642 autores que produziram mais de 2 artigos. Percebeu-se

    ento que a elite das reas de informao no Brasil no to produtiva segundo as

    estimativas de Price. Identificou-se Francisco das Chagas de Souza como o autor com

    maior produo, este autor produziu 41 artigos contribuindo assim com quase 0,5% da

    produo total de artigos.

    Estudou-se ainda, a produtividade da elite das reas de informao. E

    descobriu-se que o autor com maior produo, aparece como o segundo autor mais

    produtivo dentre os membros da elite, com mdia de 1,46 artigos produzidos por ano.

    E que temos Maria Ins Tomael, que possui a 38 maior produo, com a maior

    produtividade anual entre os membros da elite produtora das reas de informao, com

    mdia de 1,55 artigos produzidos por ano.

    Assim, a partir deste estudo foi possvel obter um quadro mais completo e

    preciso sobre a produo dos autores de artigos brasileiros publicados entre 1972 e

    2011.

  • 50

    9 SUGESTES DE CONTINUAO

    A presente pesquisa viabiliza que estudos futuros possam responder, de maneira

    simples e gil, algumas questes que ainda existem sobre a produo dos autores,

    como por exemplo: Os autores que mais produzem so os mais citados? A lista

    padronizada produzida juntamente com as metodologias aplicadas nesta pesquisa para

    padronizao dos nomes dos autores pode servir como ferramenta para auxiliar no

    controle de autoridade na base de dados ABCDM.

    Sugere-se como continuao deste trabalho:

    1. Manter os dados atualizados, isto , continuar mensurando a produo

    dos autores nos perodos que esta pesquisa no comtemplou;

    2. Elaborar uma pesquisa que estude de forma mais completa a relao

    produo x produtividade;

    3. Analisar a qualidade da produo da elite das reas de informao no

    Brasil, relacionando fatores individuais (perfil acadmico, afiliao,

    financiamento, etc) que podem estar associados com a produtividade,

    aprofundando ainda mais o conhecimento sobre a comunidade cientfica.

  • 51

    10 REFERNCIAS

    ALVARADO, Ruben Urbizagstegui. A produtividade dos autores sobre a Lei de

    Lotka. Cincia da Informao, Braslia, v. 37, n. 2, p. 87-102, maio/ago. 2008.

    Disponvel em: . Acesso em: 06 de

    setembro de 2011.

    ______. A lei de Lotka na bibliometria brasileira. In: Cincia da Informao,

    Braslia, v. 31, n. 2, p. 14-20, maio/ago. 2002.

    ANDRADE, Inz Barcellos de; LIMA, Maria Cristina Miranda. Manual para

    elaborao e apresentao de trabalhos cientficos: artigo cientfico, 2007.

    ARAJO, Carlos Alberto. Bibliometria: evoluo histrica e questes atuais. In: Em

    Questo. Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 11-32, jan./jun. 2006.

    BARRETO, Aldo de Albuquerque. Mudana estrutural no fluxo do conhecimento : a

    comunicao eletrnica. In: Cincia da Informao. Braslia, v. 27, n. 2, p. 122-127,

    maio/ago. 1998.

    BORBA, Maria do Socorro de Azevedo; COSTA, Gustavo Csar Nogueira da;

    MARTINS, Rilda Antonia Chacon. O peridico cientfico online e sua importncia

    para a pesquisa. Interface, Natal/RN, v. 4, n. 2, p. 79-94, jul./dez. 2007.

    BOHN, Maria del Carmen Rivera. Autores e autoria em peridicos brasileiros de

    cincia da informao. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianpolis, n.16,

    2 sem. 2003.

    BUFREM, Leilah Santiago et al. Produo cientfica em cincia da informao: anlise

    temtica em artigos de revistas brasileiras. Perspect. cinc. inf. 2007, vol.12, n.1, pp.

    38-49. ISSN 1413-9936.

    CALLON, Michel; COURTIAL, Jean-Pierre; PENAN, Herv. Cienciometra el

    estdio cuantitativo de a actividad cientfica: de la bibliometra a la vigilancia

    tecnolgica. Gijn: Trea, 1995.

    CENTRO DE ARTES DA UDESC. Artigo cientfico. Santa Catarina: UDESC, [s.d.].

    http://www.scielo.br/pdf/ci/v37n2/a07v37n2.pdf

  • 52

    COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administrao. 2. ed. Porto Alegre:

    Bookman, 2005.

    ESTRADA LORENZO, Jos Manuel et al. Estudio Bibliomtrico de los Artculos

    Originales de la Revista Espaola de Salud Pblica (1991-2000) parte segunda:

    productividade de los autores y procedencia institucional y geogrfica. Revista

    Espaola de Salud Pblica. Madrid, v. 77, n. 3, p. 333-346, mayo/jun. 2003.

    Disponvel em: . Acesso em: 22 de maro de 2013.

    FORESTI, Noris Almeida Bethonico. Contribuio das revistas brasileiras de

    biblioteconomia e cincia da informao enquanto fonte de referncia para a pesquisa.

    In: Cincia da Informao. Braslia, Cincia da Informao, v.19, n. 1, p. 53-71,

    1990. Disponvel em: <

    http://www.brapci.ufpr.br/documento.php?dd0=0000002356&dd1=9a913>. Acesso em: 10

    de novembro de 2012.

    FOUCAULT, Michel. O Que um Autor. Lisboa: Vegas, 2009.

    ______. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collge de France, pronunciada em

    2 de dezembro de 1970. 20. ed. So Paulo : Loyola, 2010.

    FREIRES, Thiago Gaudncio Siebert. Relaes entre a Cincia da Informao e as

    Cincias da Comunicao: um estudo dos conceitos de representao documentria,

    mediao e comunicao cientfica / Thiago Gaudncio Siebert Freires; Marilda Lopes

    Ginez de Lara (Orientadora). So Paulo, 2007.

    HURD, J.; WELLER, A.; CRAWFORD, Susan Y. The changing scientific and technical

    communication system. In: From print to electronic. ASIS, 1996.

    KUHN, Thomas S. Qu son las revoluciones cientticas? y otros ensayos. Traduo

    de Antonio Beltrn. Barcelona: Paids, 1989.

    LEITE, Fernando Csar Lima; COSTA, Sely Maria de Souza. Gesto do

    conhecimento cientfico: proposta de um modelo conceitual com base em processos

    de comunicao cientfica. Ci. Inf., Braslia, v. 36, n. 1, p. 92-107, jan./abr. 2007.

    LEITE FILHO, Geraldo Alemandro. Padres de produtividade de autores em

    peridicos e congressos na rea de contabilidade no Brasil: um estudo

    bibliomtrico. RAC, Curitiba, vol. 12, n. 2, p. 533-554, abr./jun. 2008. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 de setembro de 2011.

    http://www.brapci.ufpr.br/documento.php?dd0=0000002356&dd1=9a913http://www.scielo.br/pdf/rac/v12n2/a11v12n2.pdf

  • 53

    MEADOWS, Arthur Jack. A comunicao cientfica. Braslia: Briquet de

    Lemos/Livros, 1999.

    MELLO, Gabriela Bentes de. Os tipos de orientao acadmica em artigos de autoria

    mltipla. Braslia: Universidade de Braslia, 2011.

    MENEZES, Estera Muszkat; COUZINET, Viviane. O interesse das revistas brasileiras

    e francesas de biblioteconomia e cincias da informao pela revista eletrnica no

    perodo de 1990-1999. In: Cincia da Informao. Braslia, v. 28, n. 3, p. 278-285,

    set./dez. 1999.

    MEIS, L. et al. Uso de indicadores exige cautela. Folha de S.Paulo, So Paulo, 12

    set. 1999. Caderno Especial Ranking da Cincia, p. 7. Disponvel em:

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/ranking/pag7a.htm. Acesso em: 08 de outubro de

    2011.

    MEY, Eliane Serro Alves; SILVEIRA, Naira Christofoletti. Catalogao no plural.

    Braslia, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2009.

    MOREL, Carlos Mdicis; MOREL, Regina Lcia de Moraes. Um estudo sobre a

    produo cientfica brasileira, segundo os dados do Institute for Scientific Information

    (ISI). Cincia da Informao, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p. 99-109, 2008.

    MORENO, Fernanda Passini; ARELLANO, Miguel ngel Mrdero. Publicao

    cientfica em arquivos de acesso aberto. Arquivstica.net. Rio de Janeiro, v.1, n.1,

    p.76-86, jan./.jun. 2005.

    MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. A cincia, o sistema de comunicao cientfica

    e a literatura cientfica. In: CAMPELLO, Bernardette santos; CENDN, Beatriz

    Valadares; KREMER, Jeannette Marquerite (org.). Fontes de informao para

    pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2000. cap. 1, p. 21-34.

    (Coleo Aprender).

    NASCIMENTO, Bruna Silva do; GOMES Maria Yda Falco Soares de Filgueiras. A

    Cincia da Informao no Brasil: um retrato da rea atravs do estudo de autoria.

    XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Cincia da Informao - XIII ENANCIB 2012. GT 7:

    Produo e Comunicao da Informao em CT&I. Rio de Janeiro: Fiocruz, out. 2012.

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/ranking/pag7a.htm

  • 54

    PACKER, Abel L.. Os peridicos brasileiros e a comunicao da pesquisa nacional.

    Rev. USP [online]. 2011, n. 89, pp. 26-61. ISSN 0103-9989.

    PINHEIRO, Liliane Vieira; SAVI, Maria Gorete Monteguti. O fluxo de informao na

    comunicao cientfica: enfoque nos canais formais e informais. Centro de Cincias

    da Educao. Programa de ps-graduao em cincia da informao. Universidade

    Federal de Santa Catarina, 2012.

    PRICE, John Derek de Solla. Litle science, big science. New York: Columbia

    University Press, 1963.

    RAO, I. K. Ravichandra. Mtodos quantitativos em biblioteconomia e cincia da

    informao. Braslia: Associao dos Bibliotecrios do Distrito Federal, 1986.

    VILAN FILHO, Jayme Leiro. Autoria mltipla em artigos de peridicos cientficos

    das reas de informao no Brasil. 2010, 215 f. Tese (Doutorado em Cincia da

    Informao Faculdade de Cincia da Informao, Universidade de Braslia, 2010.

    YAMAMOTO, Oswaldo H.; SOUZA, Carina Cavalcanti de; YAMAMOTO, Maria

    Emlia. A produo cientfica na psicologia: uma anlise dos peridicos brasileiros no

    perodo 1990-1997. Psicologia: reflexo e crtica. Porto Alegre, vol. 12, n. 2, 1999.

    Disponvel em: . Acesso em:

    10 de setembro de 2011.

    http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/veiculos_de_comunicacao/PRC/VOL12N2/19.PDFhttp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/veiculos_de_comunicacao/PRC/VOL12N2/19.PDFhttp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/veiculos_de_comunicacao/PRC/VOL12N2/19.PDF

  • 55

    APNDICES

    APNDICE A Lista padronizada

    Segue abaixo uma amostra da lista padronizada dos 4323 autores de artigos cientficos das reas de informao no Brasil entre 1972 e

    2011, contendo o cdigo padronizado, e as possveis formas de apresentao do sobrenome e nome destes autores, seguidos de MFN dos

    artigos produzidos, gnero, e-mails, afiliaes e notas dos autores. Organizada por ordem alfabtica do Cdigo de padronizao. A lista

    completa esta contida no arquivo APNDICE E - Lista padronizada disponvel no CD ROM anexo a esta monografia.

  • 56

    APNDICE B Comunidade cientfica

    Segue abaixo os cem primeiros autores da lista que indica quem so os 4323 autores de

    artigos cientficos que compem a comunidade cientifica das reas de informao no

    Brasil, contendo o cdigo padronizado e o nome do respectivo autor. A lista esta

    organizada por ordem alfabtica do Cdigo de padronizao. Para conferir a lista

    completa vide o arquivo APNDICE F Comunidade cientfica no CD-ROM anexo a

    esta monografia.

    CODIGO NOME COMPLETO

    ABATH,RJ Rachel Joffily Abath

    ABDALLA,ERF Eidi Raquel Franco Abdalla

    ABE,N Naguia Abe

    ABE,V Veridiana Abe

    ABIB,G Gustavo Abib

    ABIB,J Jamil Abib

    ABRAHAO,LA Liane dos Anjos Abraho

    ABRANTES,MLM Maria Lusa Menezes Abrantes

    ABREU,AF Aline Frana de Abreu

    ABREU,D Dcio de Abreu

    ABREU,J Juliana de Abreu

    ABREU,JG Joel Gomes de Abreu

    ABREU,LFC Luiz Fernando de Carvalho Abreu

    ABREU,M Martha Abreu

    ABREU,MS Marcelo Abreu

    ABREU,NR Nlsio Rodrigues de Abreu

    ABREU,PGF Paulo Gustavo Frankilin de Abreu

    ABREU,RMRM Regina Abreu

    ABREU,VLFG Vera Lcia Furst Gonalves Abreu

    ABROMOVICH,F Fanny Abromovich

    ACERENZA,E Ermelinda Acerenza

    ACHIAME,F Fernando Achiam

    ACIOLI,S Sonia Acioli

    ACOSTA,JG Jarbas Gregue Acosta

    ACSELRAD,H Henri Acselrad

    ADINOLFI,G Goffredo Adinolfi

    ADOLFO,LB Luciane Baratto Adolfo

    AFONSO,L Lcia Afonso

  • 57

    CODIGO NOME COMPLETO

    AGANETTE,E Elisangela Aganette

    AGRA,MCM Mary Cristina de Menezes Agra

    AGUDO,A lvaro Agudo

    AGUIAR,AC Afrnio C. Aguiar

    AGUIAR,AVC Andra Carvalho de Aguiar

    AGUIAR,CA Carolina Amaral de Aguiar

    AGUIAR,GFS Gilberto F. S. Aguiar

    AGUIAR,JS Jlia Saldanha de Aguiar

    AGUIAR,S Sonia Aguiar

    AGUSTINLACRUZ,MC Mara del Carmen Agustn Lacruz

    AIRES,RVX Rachel Virgnia Xavier Aires

    AITA,MF Marcelo Ferreti Aita

    AITA,TB Tatiana Bocardo Aita

    ALARCON,OE Orestes Estevam Alarcon

    ALBAGLI,S Sarita Albagli

    ALBERTI,V Verena Alberti

    ALBERTON,A Anete Alberton

    ALBRECHT,RF Rogria Fernandes Albrecht

    ALBUQUERQUE,AC Ana Cristina de Albuquerque

    ALBUQUERQUE,ALP Antnio Luiz Porto e Albuquerque

    ALBUQUERQUE,AS Almir dos Santos Albuquerque

    ALBUQUERQUE,CA Cludia Alencar Albuquerque

    ALBUQUERQUE,EM Ednaldo Maciel Albuquerque

    ALBUQUERQUE,LC Lynaldo C. Albuquerque

    ALBUQUERQUE,MBM Marli B. M. de Albuquerque

    ALBUQUERQUE,MEBC Maria Elizabeth B. C. de Albuquerque

    ALBUQUERQUE,SRN Snia Regina Nogueira de Albuquerque

    ALBUQUERQUE,YM Yves da Mota e Albuquerque

    ALCAIDE,GS Grabriel Santos Alcaide

    ALCANTARA,A Alexandre de Alcntara

    ALCARA,AR Adriana Rosecler Alcar

    ALCIDES,MCM Maria Carolina Moreira Alcides

    ALENCAR,C Clo Alencar

    ALENCAR,MCF Maria de Clefas Faggion Alencar

    ALENCAR,SS Sandra Siebra Alencar

    ALENCAR,V Vera Alencar

    ALESSI,C Clris Alessi

    ALEXANDRE,Y Yolanda Alexandre

    ALIPRANDINI,DH Dario Henrique Aliprandini

  • 58

    CODIGO NOME COMPLETO

    ALISAL,E Eloisa del Alisal

    AL-KABI,MN Mohammed N. Al-Kabi

    ALLEVATO,SR Sonia Regina Allevato

    ALMEIDA,AG Aurora da Graa Almeida

    ALMEIDA,AM Adriana Mortara Almeida

    ALMEIDA,AR Anamaria Rego de Almeida

    ALMEIDA,AS Andreia Senna de Almeida

    ALMEIDA,ATS Adjovanes Thadeu Silva de Almeida

    ALMEIDA,CAF Ccero Antnio F. Almeida

    ALMEIDA,CC Carlos Cndido de Almeida

    ALMEIDA,FMV Flora Mafalda Vieira de Almeida

    ALMEIDA,HM Helena Moreira de Almeida

    ALMEIDA,IM Ida Muniz de Almeida

    ALMEIDA,J Jaime de Almeida

    ALMEIDA,JMF Jos Maria Fernandes de Almeida

    ALMEIDA,LAS Luiz A. dos Santos Almeida

    ALMEIDA,LP Leonardo Pinto de Almeida

    ALMEIDA,MA Marco Antnio de Almeida

    ALMEIDA,MB Mauricio B. Almeida

    ALMEIDA,MC Maria do Carmo de Almeida

    ALMEIDA,MCB Maria Christina Barbosa de Almeida

    ALMEIDA,MFP Maria de Ftima Paiva Almeida

    ALMEIDA,MS Marina dos Santos Almeida

    ALMEIDA,NBF Neilia Barros Ferreira de Almeida

    ALMEIDA,O Orlando de Almeida

    ALMEIDA,P Plinio de Almeida

    ALMEIDA,PEM Paulo Eduardo Maciel de Almeida

    ALMEIDA,PP Patrcia Pinheiro Almeida

    ALMEIDA,RL Robson Lopes de Almeida

    ALMEIDA,SS Samuel Soares de Almeida

    ALMEIDA,VRV Vera Regina Valente de Almeida

    ALMEIDAFILHO,N Naomar de Almeida Filho

    ALMEIDAJUNIOR,OF Oswaldo Francisco de Almeida Junior

  • 59

    APNDICE C Elite das reas de informao

    Segue abaixo a lista que indica quem so os 65 autores (pessoas) que compem a elite

    produtora dos autores de artigos cientficos das reas de informao no Brasil. A lista est

    organizada por ordem decrescente de produo e contm o cdigo padronizado, o nome

    do respectivo autor, nmero de artigos produzidos, e o percentual de contribuio da sua

    produo em relao ao total de artigos produzidos.

    CDIGO NOME COMPLETO PRODUO CONTRIBUIO

    SOUZA,FC Francisco da Chagas de Souza 41 0,49%

    TARGINO,MG Maria das Graas Targino 37 0,44%

    CALDEIRA,PT Paulo da Terra Caldeira 35 0,42%

    BARRETO,AA Aldo de A Barreto 34 0,41%

    CUNHA,MB Murilo Bastos da Cunha 31 0,37%

    MUELLER,SPM Susana P. M. Mueller 28 0,34%

    FIGUEIREDO,NM Nice Figueiredo 27 0,32%

    MOSTAFA,SP Solange Mostafa 27 0,32%

    FREIRE,IM Isa Freire 26 0,31%

    VIEIRA,AS Anna da Soledade Vieira 26 0,31%

    BUFREM,LS Leilah S. Bufrem 23 0,28%

    CAMPELLO,BS Bernadete Campello 23 0,28%

    MIRANDA,ALC Antonio Miranda 23 0,28%

    OHIRA,MLB Maria de Lourdes Blatt Ohira 23 0,28%

    ROBREDO,