_Felipe_Addor - A Luta Indígena Do Equador

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Felipe Addor. A luta indígena no Equador No momento da constituição dos Estados Nacionais, cmo o do equador 1830, os índios eram compreendidos, pelas elites brancas do poder local e estatal, como obstáculo ao progresso. Os índios deveriam ser ‘civilizados’, passar por uma trnaformaçao para deixar de ser índios. Sua cidadania, enquanto isso, era negada sob diversos pretextos, e como forma de mante-lo aquém dos direitos e da igualdade ao branco. Como forma de conserva-lo num status inferior e com um diferencial de poder efetivamente inferior. Basicamente sobre controle e sobre o jugo das diversas forças do poder social e local, como forma de ter controle e explorar da, barata e vilipendiada, mao de obra indigena. Nota-se o fortalecimento do código cultural de estigmatização e interiorização dos indígenas, fazendo uso de teorias racialistas, do evoluicinimo darwiniano e do evolucionismo antropológico, para justificar a subalternização. Esta subalternização implica naoreocnehcimento de direitos e nem empatia de nenhuma forma. Isto, por seu turno, permite a exploração intensificada pelo capital, o baixo salario pago e nenhum direito. Toda essa brocratizaçaõ sobre o indigena implicava que o indigena significava apenas uma coisa: força de trabalho barata. O estado teve partiicpaão direta ness eproceso ao aliviar completamente a regulamentação e controle sbre as relações de trabalho, tornando-as praticamente assunto privado e domestico. Boa parte da forma e da força da dominação situav-ase e eram “ejecutadas por consensos implícitos y la legitimidad silenciosa de la costumbre” (126). Movimento indigena ecquatorinao. Intensa arituclaão cm suas bases. Articulou os diverosso grupos indígenas ate então carentes de reocnheciemnto lega social e político e legimidade. Entrelaçou-se com as formas organizativas pre-existentes. “Portanto, A FEI atuava como tradutora da população indigena, mas direccionando suas demandas para dentro de uma discussão política de direitos d eclasse, de diretos dos trabalhaores agrícolas, sem, no entanto, pomover a luta por uma identificação de grupos que exigem um reocnehcimento colectivo étnico, ciudadanos-étnicos, na sua relaçaõa com o Estado ecuatoriano.” (128). Foi exitosa no começo, na conquistad a reforma agraria, porem perdeu força por sua incapacidade d erperesentar as demandas étnicas dos povos indígenas. “O enfraquecimento das estruturas dos poderes locais de domínio sobre as populações indígenas, atrelada à atuação da FEI com sua perspectiva classista do conflito, fez com que a submissão dos indígenas aos donos de fazenda fosse cada vez mnos num sentido olonizado e mais em uma relação tradicional capitalista de exploração de mao-de-obra: ‘las relaciones interétnicas económicas y simbólicas se asemejan cada vez más a simples vínculos contractuales (...) laborales o mercantiles anónimos’. " (129).

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Felipe Addor. A luta indgena no EquadorNo momento da constituio dos Estados Nacionais, cmo o do equador 1830, os ndios eram compreendidos, pelas elites brancas do poder local e estatal, como obstculo ao progresso. Os ndios deveriam ser civilizados, passar por uma trnaformaao para deixar de ser ndios. Sua cidadania, enquanto isso, era negada sob diversos pretextos, e como forma de mante-lo aqum dos direitos e da igualdade ao branco. Como forma de conserva-lo num status inferior e com um diferencial de poder efetivamente inferior. Basicamente sobre controle e sobre o jugo das diversas foras do poder social e local, como forma de ter controle e explorar da, barata e vilipendiada, mao de obra indigena. Nota-se o fortalecimento do cdigo cultural de estigmatizao e interiorizao dos indgenas, fazendo uso de teorias racialistas, do evoluicinimo darwiniano e do evolucionismo antropolgico, para justificar a subalternizao. Esta subalternizao implica naoreocnehcimento de direitos e nem empatia de nenhuma forma. Isto, por seu turno, permite a explorao intensificada pelo capital, o baixo salario pago e nenhum direito. Toda essa brocratizaa sobre o indigena implicava que o indigena significava apenas uma coisa: fora de trabalho barata. O estado teve partiicpao direta ness eproceso ao aliviar completamente a regulamentao e controle sbre as relaes de trabalho, tornando-as praticamente assunto privado e domestico. Boa parte da forma e da fora da dominao situav-ase e eram ejecutadas por consensos implcitos y la legitimidad silenciosa de la costumbre (126).

Movimento indigena ecquatorinao. Intensa arituclao cm suas bases. Articulou os diverosso grupos indgenas ate ento carentes de reocnheciemnto lega social e poltico e legimidade. Entrelaou-se com as formas organizativas pre-existentes.Portanto, A FEI atuava como tradutora da populao indigena, mas direccionando suas demandas para dentro de uma discusso poltica de direitos d eclasse, de diretos dos trabalhaores agrcolas, sem, no entanto, pomover a luta por uma identificao de grupos que exigem um reocnehcimento colectivo tnico, ciudadanos-tnicos, na sua relaaa com o Estado ecuatoriano. (128). Foi exitosa no comeo, na conquistad a reforma agraria, porem perdeu fora por sua incapacidade d erperesentar as demandas tnicas dos povos indgenas.O enfraquecimento das estruturas dos poderes locais de domnio sobre as populaes indgenas, atrelada atuao da FEI com sua perspectiva classista do conflito, fez com que a submisso dos indgenas aos donos de fazenda fosse cada vez mnos num sentido olonizado e mais em uma relao tradicional capitalista de explorao de mao-de-obra: las relaciones intertnicas econmicas y simblicas se asemejan cada vez ms a simples vnculos contractuales (...) laborales o mercantiles annimos. " (129).

O movient indigena tem como origem posicos classistas em torno dos camponeses, mas, aos poucos, foi assumindo questes tnicas, incoroporando as reivindicaes indgenas e negras. (129).Diferena entre luta andina, que lutvam pelo reocnehicento d esuas propriedades comunais; e da lua amaznica, que visava ao aotogoverno. No fim , a percepo mais tnica e menos classista predominou na luta do MIE pleo territrio. (131).EscolhasLuta de classe luta tnicaReconhecimento dapropriedade autogoverno

Como no tinham uma postura estritamente tnica, mas tambm com demandas que eram similares a muitos outros grupos do pas, foi a partir de ento que o MIE assume o psto de principal movimento social reivindicativo do pas.O MIE conseguiu articular um discuros naciona baseado nas demandas de maior participao, reisitencia e oposio ao modeo neoliberal em diro criao de um novo modelo de desenvolviemnto econmico, poltico, social e cultural para o pas. (132-3).Assumem uma questo social problemtica qe comum a outros grupos sociais.

Foi um dos motores da mobilizao, do Levanatamiento ANcional Indigena de 1990, a violncia sofrida pelo no reocnehciemnto estatal de sua cultura e de sua forma de ser, e contra a destruio de sua cultura promovida institucionalmente e legalmente pelo Estado.Em um texto imediatamente posteiro `mobilizao de 1990, Guerrero atenta para o fato de ainda serem muito presentes naquele momento as polticas que tinham como pano de fundo a aculturao dos povos indgenas e a busca por uma homogeneizao dos cidados equatorianos (...) (133)Assim, o movimento conseguir colocar em questionemnto a percepo do estado em relao aos povos indgenas, exigindo uma abordagem que valorizasse sua cultura, respeitasse seus ricnipios e considerasse a populao antiva como dferente. So os rimeirs passos que levariam a luta pelo Estado Plurinacional no Euador. (133)el mismo movimento indigena tiene ahora plena conscincia de su identidad, lo que ha servido de base para realizar su propuesta nacional y a largo plazo. (MACAS apud ADDOR). (133).As organizaoes ps dcada de 1990 sao estruturas baseadas na mobilizao das comunidades indgenas, cm lideres indgenas. Exigem autonomia, autogoverno, autodeterminao. Exigem reconhecimento tnico coletivo.MIE. Luta pela terra --> bandeira da plurinacionalidadePgina 134. Penltimo e ltimo pargrafo.MIE interlocutor e mediador das classes populares com o Estado (devido a agenda poltica abrangente e crtica ao sistema poltico vigente). Percepo da necessidade de estar dentro do Estado para promover as transformaes que demanda. 134-5O movimento social decide converter-se em um sistema poltico.

o que poderia ter sido uma articulao que permitirua a insero dos principais movimentos sociais do pas no Estado e garantiria, talvez, um dilogo mais prximo com as demandas das populaes inidgenas e outros grupos tradicionais, tornou-se um conflito poltico que ao mesmo tempo que enfraquece e divide o MIR, no permite que este contribua nas diretrizs e caminhos traados pelo atual governo. (144-5).

Quadro de excluso da cidadania indgena como forma de facilitar e baratear a explorao de sua fora de trabalho. Movimento indgena. Torna-se interlocutor e mediador das classes populares e de suas demandas. Torna-se movimento poltico, entra na disputa eleitoral. Enfraquece-se.