FELIZMENTE_HA_LUAR_-_ACAO

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Felizmente Há Luar --> AÇÃO ESTRUTURA EXTERNA A peça divide-se em dois actos. No interior de cada acto não há divisão em cenas. ESTRUTURA INTERNA (sucessão de microações) PRINCIPAIS MOMENTOS/EPISÓDIOS DO ACTO I O povo, vítima da miséria e da opressão, sonha com a sua salvação, motivado pela esperança ue lhe inspira o !eneral !omes "reire de Andrade, #$ura ue de#ne como %ami$o do povo&' Vicente, um homem do povo, considera !omes "reire um %estran$eirado& e tenta convencer os populares ue o ouvem de ue o $eneral nunca será um aliado do povo' mais tarde, será levado por dois polícias unto do $overnador, . *i$uel "ora+, maniestando-se um traidor para a classe social a ue pertence (esta atitude valer-lhe-á a ascensão social, pois o $overnador alicia-o com a promessa de ue lhe dará o car$o de chee da polícia)' D. Miguel, preocupado com a hiptese (para ele, iminente) de uma revolução, manda icente vi$iar a casa de !omes "reire' Bee!"o#, $overnador do reino, inorma . *i$uel e /rincipal 0ousa de ue, em 1is2oa, se prepara, eectivamente, uma revolução contra o poder instituído (o seu inormador é o capitão Andrade 3orvo, um ex-maçon, ami$o de *orais 0armento, tam2ém maçon). Os $overnadores do reino tomam a decisão de destruir o líder dos conspiradores' Mo$i! S$%ento  e An# $#e Covo di spõem-se a denunciar o che e da cons pi ração em 1is2oa, mediante intimação de . *i $uel, no sentido do cumprimento de uma %missão&' Vicente inorma os $overnadores (4eresord, . *i$uel e /rincipal 0ousa) do n5mero de pe ssoas u e entram em casa de !omes "reire e anuncia a identidade de al$umas' An#$#e Covo, po r sua ve+, revela aos $overnadores ue são muitas as pessoas ue partilham o ideal da revolução, a#rmando ue á tinham sido enviados emi ssá rios desta causa para a pr oví ncia' Andrade 3orvo adianta o nome do chee dos conspiradores6 o $eneral !omes "reire de Andrade' D. Miguel ordena ue se prendam os conspiradores, a2arcando um n5mero si$ni#cativo de pessoas' por outro lado, tenta ue a sua atitude sura de orma  usti#cada, pensando, assim, impedir a estranhe+a perante a sua decisão, cuo o2ectivo é a repressão e a eliminação de !omes "reire (os seus ar$umentos 2aseiam-se no patriotismo e na deesa do nome e da vontade de eus).

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Felizmente Há Luar --> AÇÃO

ESTRUTURA EXTERNA

A peça divide-se em dois actos. No interior de cada acto não há divisão em cenas.

ESTRUTURA INTERNA (sucessão de microações)

PRINCIPAIS MOMENTOS/EPISÓDIOS DO ACTO I

• O povo, vítima da miséria e da opressão, sonha com a sua salvação, motivadopela esperança ue lhe inspira o !eneral !omes "reire de Andrade, #$ura uede#ne como %ami$o do povo&'

• Vicente, um homem do povo, considera !omes "reire um %estran$eirado& etenta convencer os populares ue o ouvem de ue o $eneral nunca será umaliado do povo' mais tarde, será levado por dois polícias unto do $overnador, .*i$uel "ora+, maniestando-se um traidor para a classe social a ue pertence(esta atitude valer-lhe-á a ascensão social, pois o $overnador alicia-o com apromessa de ue lhe dará o car$o de chee da polícia)'

• D. Miguel, preocupado com a hiptese (para ele, iminente) de uma revolução,manda icente vi$iar a casa de !omes "reire'

• Bee!"o#, $overnador do reino, inorma . *i$uel e /rincipal 0ousa de ue,em 1is2oa, se prepara, eectivamente, uma revolução contra o poder instituído(o seu inormador é o capitão Andrade 3orvo, um ex-maçon, ami$o de *orais0armento, tam2ém maçon).Os $overnadores do reino tomam a decisão de destruir o líder dosconspiradores'

• Mo$i! S$%ento  e An#$#e Covo  dispõem-se a denunciar o chee daconspiração em 1is2oa, mediante intimação de . *i$uel, no sentido documprimento de uma %missão&'

• Vicente  inorma os $overnadores (4eresord, . *i$uel e /rincipal 0ousa) don5mero de pessoas ue entram em casa de !omes "reire e anuncia aidentidade de al$umas'

• An#$#e Covo, por sua ve+, revela aos $overnadores ue são muitas aspessoas ue partilham o ideal da revolução, a#rmando ue á tinham sidoenviados emissários desta causa para a província' Andrade 3orvo adianta onome do chee dos conspiradores6 o $eneral !omes "reire de Andrade'

D. Miguel ordena ue se prendam os conspiradores, a2arcando um n5merosi$ni#cativo de pessoas' por outro lado, tenta ue a sua atitude sura de orma usti#cada, pensando, assim, impedir a estranhe+a perante a sua decisão, cuoo2ectivo é a repressão e a eliminação de !omes "reire (os seus ar$umentos2aseiam-se no patriotismo e na deesa do nome e da vontade de eus).

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PRINCIPAIS MOMENTOS/EPISÓDIOS DO ACTO II

• O ato inicia-se e7atamente como o anterior, ou sea, M$nuel interro$a-se %8ueposso eu a+er9 0im ue posso eu a+er9&' através do seu monlo$o, o espectador

toma conhecimento da prisão de !omes "reire ocorrida na madru$ada anterior'

• A pol&ci$ proí2e os a$lomerados populares'

• M$til#e e7prime a sua dor e revolta ace : situação do marido, o $eneral !omes"reire' contudo, decide intervir, de modo a conse$uir a sua li2ertação'

• Ant'nio #e Sou!$ ($lc)o, o %inseparável ami$o& de *atilde e do $eneral, sur$ecomo uma vo+ ue critica o poder instituído e o comportamento a2usivo dos$overnantes, ue tentam en$anar o povo, mencionando o nome de eus'

• M$til#e procura 4eresord, a #m de interceder pelo marido' o2ectivo ue nãoalcança, pois, através do diálo$o com *atilde, o $overnador humilha !omes "reire'

• O p$#e a dá inormação de ue será eita uma acção de $raças em todas asparuias e i$reas dos conventos por todos aueles ue se tinham insur$ido contrao $overno (esta ocorreria num omin$o)'

• M$til#e aperce2e-se da indierença dos populares perante a situação em ue seencontra !omes "reire (na realidade, eles não t;m ualuer hiptese de o audar' atraição a ue o povo é o2ri$ado é sim2oli+ada na moeda ue *anuel oerece a

*atilde)' sa2e-se, entretanto, ue icente é chee da polícia'

• Ant'nio #e Sou!$ ($lc)o transmite a notícia de ue a situação de !omes "reire écada ve+ mais crítica (não são autori+adas visitas, encontra-se nas masmorras :sescuras, não lhe permitiram escolher um advo$ado, descuida-se a sua hi$iene ísicae a sua alimentação)'

• M$til#e tenta pedir a . *i$uel ue li2erte o marido' o $overnador não a rece2e'

• M$til#e pede a /rincipal 0ousa ue li2erte !omes "reire' /rincipal evoca %as

ra+ões do <stado& como motivo da morte do $eneral, apesar de *atilde o acusar decumplicidade em relação ao destino do seu marido'

• (ei Diogo, ue conessara !omes "reire, revela a sua solidariedade para com*atilde'

• M$til#e acusa /rincipal 0ousa de não adoptar o comportamento ue seria deesperar de um 2ispo'

• Sou!$ ($lc)o inorma a esposa do $eneral de ue á não havia o$ueiras em 0.

 =ulião da 4arra, para onde !omes "reire tinha sido levado, o ue leva *atilde aimplorar, de novo, a /rincipal 0ousa a vida do marido.

• M$til#e tenta consolar-se através da reli$ião' depois, lançará aos pés de /rincipal0ousa a moeda ue *anuel lhe dera.

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• M$til#e assiste : e7ecução do marido, vendo o seu corpo ser devorado pelaschamas, ainda ue ima$ine ue o seu espírito vem a2raçá-la' proeti+a uma novavida para /ortu$al, sim2oli+ada no clarão da o$ueira e na lu+ do luar, ruto de umarevolução ue encerraria o período da ditadura.

PARA*E*ISMO ESTRUTURA*

3ada um dos actos apresenta uma estrutura paralela e, a partir dos diálo$osentre os $overnadores e os delatores, os episdios do acto >> sur$em comoconseu;ncia daueles ue ocorrem no primeiro6

 *anuel interro$a-se so2re o ue a+er para alterar a sua situação e a da sua classesocial'

 O povo lamenta a sua miséria'

  A che$ada dos polícias a+ dispersar os populares (no acto >, os dois políciasprocuram icente para ue este traia s sua classe' no acto >>, a polícia proí2e os%auntamentos&)'

  No acto >, os diálo$os entre os $overnadores, icente, Andrade 3orvo e *orais0armento uncionam como o plano de preparação para a condenação de !omes"reire' no acto >>, os diálo$os entre os $overnadores e *atilde si$ni#cam aeectivação das intenções dos representantes do poder ? destruir !omes "reire'

 O acto > termina com a prisão de populares ue conspiravam contra o $overno e como apelo de %morte ao traidor !omes "reire d@ Andrade&, eito por . *i$uel' o #naldo acto >> apresenta-nos a morte do $eneral (mas tam2ém ecoa o $rito de esperançade *atilde6 "eli+mente Bá 1uarCD).