FGV / IBRE - Como desatar o nó da infraestrutura

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Armando Castelar - Como desatar o nó da infraestrutura O fortalecimento do setor de construção pesada é crucial para o Brasil superar seus históricos déficits de infraestrutura. E os rumos dessa indústria foram a base do Seminário Infraestrutura e Construção Pesada no Brasil, que a Fundação Getulio Vargas realizou por meio do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e da Revista Conjuntura Econômica. Composto por três painéis, o evento contou com discussões sobre os modelos de licitação, investimentos, políticas de incentivo, entre outros temas, com a participação de agentes públicos e privados. O evento aconteceu das 9h às 16h30 do dia 30 de setembro de 2014 na sede da FGV no Rio de Janeiro (Praia de Botafogo, 190 – 12º andar – Botafogo). Confira as fotos do evento e mais informações no site do FGV/IBRE: http://bit.ly/1rujbSx

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SEMINÁRIO

Infraestrutura e Construção

Como desatar o nó da infraestrutura

Armando Castelar Pinheiro | 2014

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Armando Castelar

Rio, 30 set 2014

Armando Castelar

Rio, 30 set 2014

Como desatar o nó da infraestrutura

Armando Castelar Pinheiro IBRE/FGV

Rio, 30 Setembro 2014

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Armando Castelar

Rio, 30 set 2014

Armando Castelar

Rio, 30 set 2014

• Setor público é a grande barreira

• Não faltam recursos, falta transformar a infraestrutura em uma prioridade

• Falta reduzir o risco do investimento

• Falta capacidade gerencial no setor público

• Falta estratégia: soluções pontuais, sem visão ampla

Por que investimento em infraestrutura é baixo?

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Rio, 30 set 2014

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Rio, 30 set 2014

• PAC: – Transportes, dois em cada três projetos têm atraso de dois anos

ou mais.

– Energia: 13 em 50 projetos acompanhados com atraso de dois anos ou mais

– Saneamento: de 138 obras acompanhadas pelo Instituto Trata Brasil em 2012, apenas 28 tinham andamento normal, contra 18 não iniciadas no prazo, 25 atrasadas, e 47 paralisadas

• Dados da ANEEL: atraso em 40% dos 18 mil km de linhas de transmissão concessionadas a partir de 2006, com atraso médio de 12 meses (Valor).

Falta de capacidade gerencial leva a atrasos e sobrecustos

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Rio, 30 set 2014

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Rio, 30 set 2014

• Obra de duplicação da Rodovia do Contorno, no Espírito Santo.

• Segundo superintendente do Dnit, falta de planejamento foi o principal complicador para o cumprimento do prazo.

"Esse projeto não previu todas as interferências e tivemos que ir resolvendo isso ao longo e no decorrer da obra. Isso acaba

gerando um atraso adicional que é motivado por essa falta de planejamento. No começo, tivemos um problema sério

envolvendo tubulação de gás, tivemos problemas com rede de distribuição de energia elétrica, desapropriação, e tudo isso foi sendo resolvido ao longo da obra.”(Entrevista ao G1, em 22 de

abril de 2012)

Falta de planejamento adequado

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Rio, 30 set 2014

• Má qualidade dos projetos básicos e dos estudos ambientais

• Inconsistências entre projeto básico e orçamento

• Projeto executivo e obra executada distintos do projeto básico que serviu para licitação

• Necessidade de aditivos superiores a 25% leva a re-licitações

• Contestações do TCU levam a paralisação devido a receio do gestor público de ser responsabilizado

• Paralisação eleva custos da obra, pois mesmo que nada seja feito, os custos indiretos e com a mobilização de pessoal e máquinas continuam se acumulando

Principais motivos para atrasos

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Rio, 30 set 2014

Armando Castelar

Rio, 30 set 2014

• Ênfase excessiva nos critérios de preço e de menos em qualidade

• Falta de boa fiscalização das obras

• Demora na obtenção de licenças ambientais

• Desapropriações

• Decisão política de avançar com projeto na ausência de preparativos suficientes

Principais motivos para atrasos (Cont.)

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Rio, 30 set 2014

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Rio, 30 set 2014

• Cada agência pública preocupada apenas com sua área

de atuação, seu mandato, e não com o resultado final do

processo

• Agências diferentes fazem requerimentos distintos sobre o

mesmo assunto

• Não há visão de custo benefício e a procura de instrumentos

alternativos de penalizações ou compensações

• O que fazer?

• Reduzir o custo de transação com mais concessões e parcerias

com setor privado, melhor planejamento e licenças prévias

• Aumentar coordenação entre agências

Institucionalidade errada

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Rio, 30 set 2014

• Falta de coordenação entre as diversas atividades desenvolvidas dentro de um projeto

• Por exemplo: – Iniciar projeto sem equacionar os pontos de interferência de

outras infraestruturas

– Falta de planejamento nas desapropriações, que podem ser feitas de forma não consistente com a execução da obra

– Insuficiência de sondagens

– Contratação da supervisão da execução bem antes do contrato de execução

– Conclusão de lotes não contíguos da obra (PISF)

– Falta de coordenação na execução: dormentes sem trilhos (FIOL)

Melhorar micro-planejamento