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01000 RH/FA 124b

Superintendncia de Recursos Humanos

FIAO ELTRICA

Treinamento & Desenvolvimento

Gerncia dos Centros de Formao e Aperfeioamento ProfissionalSete Lagoas fevereiro / 2010

01000 RH/FA 124b

Superintendncia de Recursos Humanos

FIAO ELTRICA

Treinamento & Desenvolvimento

Este trabalho substitui o de n 01000 RH/FA 124a

Gerncia dos Centros de Formao e Aperfeioamento ProfissionalSete Lagoas fevereiro / 2010

SUMRIO 1 2 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 4 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 6 7 8 8.1 9 10 10.1 10.2 10.3 CONCEITO ................................................................................................................... 5 OBJETIVOS .................................................................................................................. 5 CONSTITUIO DE UM PROJETO DE FIAO ................................................ 5 Fiao do Painel .............................................................................................................. 5 Desenho de Interligao .................................................................................................. 5 Lay-out da Sala de Controle (Arranjo dos equipamentos) .............................................. 6 Lista de Cabos ................................................................................................................. 6 Rota de Cabos .................................................................................................................. 6 Vista de Painel ................................................................................................................. 6 Lista de Material .............................................................................................................. 6 Lista de Equipamentos .................................................................................................... 7 DIRETRIZES PARA PROJETOS DE FIAO ....................................................... 7 PREPARAO DOS DESENHOS DE FIAO DOS PAINIS ........................... 8 Identificao dos Aparelhos ............................................................................................ 8 Identificaes de Fusveis e Minidisjuntores .................................................................. 8 Identificaes dos Blocos Terminais ............................................................................... 8 Identificaes de Instalaes Especiais ........................................................................... 9 Desenhos Orientativos para Fiao de Painis ................................................................ 9 PREPARAO DO DESENHO DE INTERLIGAES .................................... 9 EXECUO DA FIAO ......................................................................................... 10 EXECUO DA LISTA DE CABOS ....................................................................... 11 Identificao dos cabos .................................................................................................. 12 ROTAS PARA CABOS .............................................................................................. 12 COMPONENTES ........................................................................................................ 13 Bloco/Rgua Terminal ................................................................................................... 13 Caixa de Concentrao .................................................................................................. 14 Equipamentos ................................................................................................................ 14

10.4 10.5 10.6 10.7 10.8 11 12

Cabos ............................................................................................................................. 14 Conectores/Terminais: ................................................................................................... 16 Fitas usadas em montagens eltricas ............................................................................. 17 Marcadores para fios e cabos: ....................................................................................... 19 Abraadeiras: ................................................................................................................. 19 NOTAS ......................................................................................................................... 20 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...................................................................... 24

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FIAO ELTRICA 1 CONCEITO

uma forma de representao grfica, com o objetivo de detalhar e simplificar esquemticos, permitindo maior riqueza de detalhes no que concerne o trajeto e localizao de equipamentos. 2 OBJETIVOS A - Reduo de custos (originada por menor tempo de montagem e reduo de material) B - Permitir fcil montagem, manuteno, levantamento, comissionamento ou recepo da estao, etc... C - Documentao da instalao para futuras consultas e melhorias. D - Definir posies fsicas dos equipamentos. E - Organizar a instalao para a situao presente e prepar-la para o futuro. 3 3.1 CONSTITUIO DE UM PROJETO DE FIAO Fiao do Painel

A) Caracterstica: o desenho do painel visto por dentro, obedecendo a posio fsica relativa dos equipamentos. B) Funo: Enderear pontos de conexo entre equipamentos internos e externos, blocos terminais e painis. C) Contedo: Equipamentos secundrios com os seus terminais, blocos terminais, fusveis, etc. Obs.: Desenho feito sem escala. 3.2 Desenho de Interligao

A) Caracterstica: uma representao de todos os equipamentos externos, atravs de seus pontos de conexes (rguas terminais) e interligaes. B) Funo: Enderear os cabos para outros equipamentos externos e para os painis internos.

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3.3

Lay-out da Sala de Controle (Arranjo dos equipamentos)

A) Caracterstica: E a representao da disposio fsica dos equipamentos e painis na sala de controle. B) Funo: Dimensionar a casa de controle de modo que atenda a instalao no presente e esteja preparada para as futuras ampliaes. Obs.: Desenho feito em escala. 3.4 Lista de Cabos

A) Caracterstica: Fornece a funo, origem, destino, seo, comprimento, tipo de isolamento, nmero de condutores, etc. de cada cabo instalado. B) Funo: Contabilizar a quantidade de cabos necessria instalao e identificar cada um para facilitar eventuais pesquisas e modificaes. 3.5 Rota de Cabos

A) Caracterstica: Desenho elaborado sobre o desenho de fundaes, porem sem cotas, representando as canaletas, eletrodutos e os cabos lanados da instalao. B) Funo: Indicar os trajetos dos cabos e dimensionar os eletrodutos. 3.6 Vista de Painel

A) Caracterstica: Mostra as vistas dos painis de frente e de trs. Na vista de frente est indicada a barra mmica com os equipamentos secundrios de comando, controle e sinalizao; o projeto da barra mmica e da locao dos cubculos (ou painis) na casa de controle devem na medida do possvel, ser equivalente ao ptio externo. A vista traseira mostra, de uma maneira geral, os equipamentos de proteo. B) Funo: Definir as posies fsicas de cada equipamento no painel, distribuindo-os de uma maneira organizada/padronizada; orientar o montador de painis e ainda facilitar a visualizao da instalao pelo pessoal de operao. 3.7 Lista de Material

A) Caracterstica: a relao do material necessrio para a montagem da instalao, tais como; blocos terminais, fusveis, painis, baterias, carregadores, etc. B) Funo: Definir para o pessoal de montagem o material que dever ser requisitado ou adquirido para execuo da obra.

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3.8

Lista de Equipamentos

A) Caracterstica: Contm a descrio, tipo, modelo, fabricante, cdigo para requisio, nmero de instrues e catlogos relativos aos equipamentos. dividida em equipamentos externos e internos ou primrios e secundrios. B) Funo: Subsidiar o pessoal interessado em diversas situaes que possam ocorrer. 4 DIRETRIZES PARA PROJETOS DE FIAO

Este trabalho visa dar as diretrizes bsicas para execuo de projetos de fiao das subestaes de subtransmisso da Cemig, at a tenso de 138 kV. Estas diretrizes procuram melhorar os projetos nos aspectos tcnico/econmicos e uniformizar os critrios adotados, evitando-se as caractersticas pessoais de cada projetista. 1 - Os desenhos devem indicar em linha cheia as partes existentes e ou a serem construdas; em linha tracejada, as instalaes futuras. As Disposies dos Equipamentos devem seguir a orientao dos desenhos abaixo relacionados, fazendo-se as adaptaes necessrias. 22.000-OT/PS5-456, 460, 461, 462, 463, 464, 475, 513, 685. 2- Para se determinar as dimenses dos equipamentos, consultar o desenho: 2.000-DVPJ-1100 - Manual de Furaco de Painis. Caso algum equipamento no seja encontrado no manual, procur-lo no catlogo do fabricante e revisar o referido manual. Se algum equipamento ainda no estiver definido, porm, h necessidade de liberar o projeto para a obra, mesmo com pendncias, o projetista poder representar o equipamento em suas dimenses aproximadas e indicar a furaco com um asterstico, dentro de um retngulo. Esclarecer, atravs de nota, que esta simbologia significa que a furaco deve ser executada com o equipamento em mos. 3 - Junto com a representao de cada equipamento, indicar os seguintes dados: nmeros do circuito e da funo, nmero da folha correspondente no Manual de Furaco de Painis, nmero do item da Lista de Equipamento Eltrico. 4 - Indicar, em legenda, a cor da barra mmica, conforme tabela abaixo: TENSO kV 0,22 13,8 23 - 34,5 - 44 69 138 161 230 345 500 COR Marrom Amarelo Branco Preto Vermelho Azul Cinza Laranja Verde

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PREPARAO DOS DESENHOS DE FIAO DOS PAINIS

Terminada a disposio dos equipamentos nos painis e a locao dos cubculos na casa de controle, a etapa seguinte ser preparar os desenhos de fiao dos painis. Cada painel ser representado em uma folha de formato Al, padronizada. Este desenho, mesmo no sendo dimensional, deve representar cada aparelho em sua posio relativa no painel. Este procedimento preserva os espaos para os equipamentos que sero instalados em etapas futuras, alm da preocupao que se deve ter de tomar este desenho bem organizado e prximo do real. A vantagem desta disposio que ela mostra o painel visto por trs, na mesma disposio fsica em que o eletricista ir trabalhar. Quanto aos terminais dos equipamentos, devero ser indicados na posio correta e sua denominao ser feita de acordo com catlogos dos fabricantes. As ligaes entre os equipamentos externos e os dos painis e entre equipamentos de cubculos e ou painis no adjacentes, devero ser feitas atravs de blocos de doze terminais de 30A-600 Volts. Em casos excepcionais podem ser usados os blocos de seis terminais. Em cada lateral dos painis dos cubculos duplex cabem sete blocos, se no forem usados outros componentes. Nos painel simplex cabem oito. Observar que, quando forem projetados equipamentos de grande profundidade junto a uma lateral, no se deve instalar bloco terminal na referida lateral, pois, o acesso a ele fica difcil ou mesmo, impossvel. Podero ser usados ainda, blocos terminais individuais, montados em trilhos. Neste caso, verificar o comprimento mximo de trilho que cabe no espao disponvel da lateral. 5.1 Identificao dos Aparelhos

Os aparelhos (medidores, rels, etc.) sero identificados atravs de combinaes de letras do alfabeto, duas a duas, exceto "I e "O" a fim de se evitar confuso com os algarismos l (um) e o 0 (zero). A primeira letra indicar sempre a linha. Assim, a primeira linha inicia pela letra "A", a segunda pela letra "B" e assim por diante. A segunda letra indicar a ordem que o equipamento ocupa na linha. Assim sendo o primeiro equipamento de una determinada linha ter como segunda letra o "A"; o segundo equipamento ter como segunda letra o "B"; e assim por diante. Nos espaos vazios, reservar combinaes adequadas para incluses futuras. Para os equipamentos representados nas laterais dos painis tais como TC's e TP's auxiliares, diodos, etc, denomin-los por combinaes comeadas por "X": "XA", "XB", XC", etc. Se os agrupamentos de duas letras iniciadas por "X" no forem suficientes, usar tambm as combinaes com "Y": "YA", "YB", "YC", etc. 5.2 Identificaes de Fusveis e Minidisjuntores

Os conjuntos de fusveis ou minidisjuntores sero denominados pela letra U, em combinaes com as demais letras, exceto I e O. 5.3 Identificaes dos Blocos Terminais

Sero sempre denominados por uma nica letra a partir de A, iniciando na lateral esquerda, de cima para baixo. Reservar letras para incluses futuras e, como nos casos anteriores, no usar I e O.8

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5.4

Identificaes de Instalaes Especiais

Os equipamentos e materiais para instalaes especiais tais como: sistema de superviso e controle; telealarme; telecontrole, sero identificados conforme instrues especficas, relacionadas abaixo: 5.5 22.000-OT/PS2-1113 - Sistema de Superviso e Controle - Instruo para Projetos de Fiao. 22.000-OT/PS5-034 - Telealarme ST-16-M-AVEL -Critrios Bsicos para Projetos de Fiao. 22.000-OT/PS5- 324 - Sistema de Telecontrole - Instruo para Projetos de Fiao. Desenhos Orientativos para Fiao de Painis

Os desenhos de fiao de painis devem seguir sempre a orientao dos desenhos abaixo fazendo-se as adaptaes que forem necessrias. Indicar sempre a previso de blocos terminais futuros em linhas tracejadas. Os demais equipamentos e materiais futuros, em geral no sero identificados. Entretanto, se por algum motivo for conveniente indic-los, represent-los tambm atravs de linhas tracejadas. 6 22.000-OT/PS5-618 a 640.

PREPARAO DO DESENHO DE INTERLIGAES

A funo deste desenho , de modo geral, indicar as interligaes entre equipamentos externos e entre estes e os instalados na casa de controle. muito importante seguir as orientaes abaixo: Cada equipamento ser representado por seus blocos terminais e dever ocupar uma folha de formato A4; quando for absolutamente necessrio, usar mais de uma folha. Neste caso, sempre que possvel, utilizar uma folha para cada polo. As folhas devero ser agrupadas por sees, isto , o disjuntor, as desligadoras, os TC's, etc.; de uma mesma sada devero estar em folhas seguidas; logo apos outra seo e assim sucessivamente.

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EXECUO DA FIAO

Com os desenhos de fiao de painis e interligaes j preparados, pode-se iniciar a fiao. aconselhvel comear pelos diagramas de CA, executando-se todas as ligaes neles contidas. A seguir, repete-se o mesmo procedimento para os diagramas de CC. Para facilitar o servio, sugere-se usar um lpis amarelo ou de outra cor clara e colorir nos esquemticos as ligaes executadas. Como ilustrao, veja na pgina 23, alguns exemplos de como so representadas as ligaes, nos projetos de fiao. Nos projetos de fiao, existem algumas diretrizes que devero ser sempre seguidas e esto relacionadas a seguir: 1- Nunca ligar mais de dois terminais (de condutores) ao mesmo borne. No caso de blocos terminais individuais, montados em trilhos, ligar apenas um condutor ou seguir a orientao do fabricante. 2 - Procurar fazer os circuitos o mais curto possvel. 3 - Em painis, ligar sempre todos os condutores do mesmo cabo em terminais adjacentes de um mesmo bloco e, quando possvel, fazer o mesmo em equipamentos externos. 4 - As ligaes dos equipamentos instalados no ptio com os equipamentos instalados nos painis devem passar primeiro pelos blocos terminais. Nestes casos, devem ser usados, na medida do possvel, os blocos instalados mais em baixo. Este procedimento visa economia (os cabos so mais grossos e portanto mais caros) e tambm ocupam menor espao nas canaletas laterais dos cubculos.Uma particularidade deste item que os cabos dos TC's e TP's externos devem ser ligados s chaves de teste diretamente; sem necessidade de passar blocos terminais. 5-Quando os cubculos no forem montados na obra (por exemplo, em um fabricante ou em uma oficina da CEMIG), as interligaes entre cubculos devem obrigatoriamente passar por blocos terminais, mesmo no caso de cubculos adjacentes. 6-Para as ligaes internas num mesmo painel, usar cabo singelo com isolamento de PVC. Este cabo, desde que satisfaa o critrio de capacidade de corrente, ser sempre de bitola 1,5 mm2. No necessrio verificar o critrio de queda de tenso porque as distncias so pequenas. Quando for necessrio um cabo de bitola superior, fazer esta indicao no desenho de fiao. Neste caso, representar a fiao com um trao mais grosso e indicar a bitola do cabo. Estes cabos no constaro da Lista de Cabos. 7 - As ligaes entre cubculos e ou painis adjacentes ou entre painis de um mesmo cubculo devero ser feitas de acordo com o mesmo critrio do item 7.6. Estes cabos no precisam passar por blocos terminais, com a ressalva do item 7.5. Nos demais casos usar cabos interligando os blocos terminais e relacion-los na Lista de Cabos. 8 - As interligaes entre equipamentos externos devem ser feitas, de preferncia, no ptio externo.

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9 - Para disjuntor externo tripolar, com mecanismo de comando nos trs polos, verificar atravs do desenho Arranjo do Equipamento Externo-Planta, qual deles deve ser ligado casa de controle. No caso, o polo mais prximo. O objetivo principal economizar cabos e eletrodutos. 10 - Em geral, os fusveis j so dimensionados pelo Setor de Proteo e Controle. Entretanto, caso haja necessidade de dimensionar um fusvel, observar que sua corrente nominal deve ser 20% maior que a do circuito a ser protegido. Consultar documento 22.000-DVPJ-1150Servios Auxiliares -CA - Estudo para Dimensionamento. 11- Na fiao de TP's e TC's, aterrar cada enrolamento separadamente e sempre na casa de controle. Isto porque, em caso de curto, o potencial deve subir da casa para o ptio e no, do ptio para a casa. 12- Indicar sempre, como referncia, em cada folha de interligao, os desenhos usados para elabor-la (fabricante e esquemticos). 8 EXECUO DA LISTA DE CABOS

Concluda a fiao, necessrio dimensionar os cabos usados, os quais sero relacionados na Lista de Cabos. 1- Para o dimensionamento dos cabos, adotar os critrios abaixo: TC's e TP's: So dimensionados pela carga que suportam; conforme estudo 20.000OT/PS2-0115 (Dimensionamento de cabos secundrios de transformadores para instrumentos). Servios auxiliares - CA: Conforme estudo 22.000-DVPJ-l 150. Demais cabos: So dimensionados pelos critrios de corrente e de queda de tenso. As quedas de tenso admissveis para os diversos tipos de circuitos esto relacionadas na tabela a seguir: CIRCUITO ILUMINAO FORA MOTRIZ AQUECIMENTO MXIMO PERMISSIVEL 7% 7% 7%

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8.1

Identificao dos cabos

Cada cabo deve ser identificado por meio de fitas adesivas Scoch, ou anilhas plsticas numeradas, formando o nmero do cabo indicado na lista. Estas identificaes devero ser colocadas sempre no princpio e final do cabo. Os condutores individuais de cada cabo tambm devero ser identificados. Em cada ponta de cada condutor devero ser colocadas duas identificaes. A anilha mais prxima da extremidade do condutor dever indicar onde ele deve ser ligado. Exemplificando: se o condutor deve ser ligado ao bloco B, terminal 2, a anilha deve ser B2. J a outra anilha deve indicar de onde est vindo o condutor. Exemplo: se o condutor vem do terminal 5, de um equipamento representado na fiao por AC, a anilha deve ser AC-5. 9 ROTAS PARA CABOS

Este desenho elaborado simultaneamente com a Lista de Cabos. So representadas as fundaes das estruturas, equipamentos, edificaes, canaletas, eletrodutos e caixas de passagem. As canaletas devem ser definidas de tal maneira a atender s expanses futuras. Os cabos devem ocupar no mximo um tero do espao til das canaletas. Em subestaes antigas, j com as canaletas muito congestionadas, pode haver necessidade de se projetar canaletas paralelas s j existentes, para lanamento de outros cabos, ou para atender sequncia de montagem. Os eletrodutos devem ser dimensionados pelo seguinte critrio: A rea ocupada pela soma das reas das sees transversais dos cabos deve ser no mximo igual a um tero da seo til do eletroduto. Os eletrodutos enterrados diretamente no solo devem ser preferencialmente de ao galvanizado, podendo-se, em casos especiais, ser de PVC. Nos locais passveis de movimentao de veculos, se houver necessidade de optar por eletroduto de PVC, indicar no projeto para construir envelopes de concreto. No caso de eletrodutos que saem da rea da malha de aterramento, estes devem ser obrigatoriamente de PVC. Para os eletrodutos externos, devero ser adotados os de ao galvanizado. Evita-se usar o de PVC porque eles empenam devido a ao do tempo (sol e chuva). A nica exceo no caso de transformadores com proteo de tanque. Neste caso, os eletrodutos tm que ser de PVC, pois, os de ao galvanizados, sendo condutores, anulam a ao da chapa que isola a carcaa do tanque. Observar que o eletroduto de PVC, neste caso, no pode nem mesmo ser pintado com tinta na cor alumnio, pois a referida tinta condutora.

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10 COMPONENTES 10.1 Bloco/Rgua Terminal A) - Conceito: um conjunto de endereos, onde cada endereo tem dois pontos de conexo de entrada e dois pontos de conexo de sada. B) - Funo: Permitir a mudana de bitola de condutores Facilitar a conexo entre equipamentos externos e internos Diversificar pontos da fiao Proporcionar fcil acesso fiao de instrumentos, etc.

C) - Observao: Os blocos instalados na canaleta direita de um painel (vista posterior) recebero a fiao externa pelo lado direito. Por conveno, o endereo menor, dos usados para a fonte em DC o positivo (+). Os condutores correspondentes s fases A, B, C e N, ocupam endereos em ordem crescente e direta. K6: Representa rgua ou bloco K e terminal nmero 6.

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D) - Tipos de blocos / rguas:

Figura 1 Tipos de blocos e rguas

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10.2 Caixa de Concentrao composta por um ou mais blocos/rguas, com a finalidade de interligao de eq equipamentos externos ao painel, com isso, proporciona maior economia, facilidade de manuteno, segurana, etc. 10.3 Equipamentos So caracterizados pela lista de equipamentos como primrios e secundrios. Os equipamentos secundrios so representados da seguint forma: seguinte

= = > N Funo = = > Identificao do Equipamento no Desenho de Fiao

= = > Identificao dos Terminais = = > Terminais de Ligao

= = > Endereos de Ligao

Figura 2- Identificao de aparelhos

10.4 Cabos A)- Funo: Transmitir informaes, interligando eletricamente os equipamentos. Quando o smitir cabo possui uma funo mais especfica, esta deve ser mencionada na Lista de Cabos. Exemplo: Proteo, medio, controle, comando, alimentao, sinalizao, etc. Observao: O trajeto do cabo deve ser o mais econmico possvel; isto definido pelo to projetista na execuo do D Desenho de Fiao. B)- Representao:

9CABO 9 : 4 X 10 Bitola em mm2 N0 de condutores N0 do cabo14

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C)- Classificao:

D)- Tipos de isolamento: Os isolamentos podem ser divididos em duas categorias: Estratificados: Faz parte apenas o papel impregnado em composto viscoso. Slidos: Fazem parte uma diversificao de materiais e as diferentes misturas isolantes que se pode obter a partir de um mesmo material (PVC, Polietileno), etc. Para um mesmo material (PVC - Cloreto de Polivinila), dependendo do tipo de mistura to isolante, podem ser obtidas caractersticas eltricas, trmicas, mecnicas ou qumicas diferentes. Portanto, no suficiente dizer que um cabo isolado em PVC. To Torna-se necessrio acrescentar ao tipo considerado caractersticas bsicas das misturas empregadas. considerado Os isolantes slidos podem ser divididos em duas grandes categorias: Termoplsticos: Podem ser considerados como fludos com uma viscosidade muito elevada a baixas temperaturas e que reduz-se, com o aumento da temperatura, at ficarem lquidos. se, aumento Os cabos termoplsticos jamais devem chegar ao limite de fuso, o que, em termos prticos, significa no ultrapassar temperaturas da ordem de 160/170C evitar a movimentao relativa dos condutores no seio do is isolamento. Termofixos: Os termofixos no mudam de estado fsico nem altas temperaturas, pois, aumentando-se a temperatura alm dos limites admissveis, o material termofixo carboniza fixo carboniza-se, mas no fluidifica-se.

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Os termofixos podem chegar a temperaturas na ordem de 250 C, que o seu limite de resistncia trmica. Os principais materiais termofixos (muitas vezes tambm denominados elastmeros, porque na sua maioria possuem elasticidade de borracha), esquecendo a borracha natural, hoje ndo praticamente obsoleta, so: Borracha butlica; EPR - Copolmero do etileno e do propileno; Polietileno reticulado; Neoprene.

- Observao: A blindagem nos cabos de controle aterrada nas duas extremidades; j para os cabos de potncia deve ser executado apenas um aterramento. 10.5 Conectores/Terminais: Destinados a unir eltrica e mecanicamente dois condutores ou um condutor a um borne, os conectores so peas de variadas formas e tamanhos, cada qual melhor apropriado para determinado tipo de servio. Podemos classific-los como se segue: los Soldveis No Soldveis Terminais De emenda De derivao.

Exemplos:

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10.6 Fitas usadas em montagens eltricas Atualmente existe no mercado uma infinidade de tipos e modelos de fitas usadas por eletricistas/montadores e o uso adequado destas depende do conhecimento tcnico de cada tipo existente. A ttulo de informao, mostraremos as caractersticas tcnicas das fitas da PIRELLI Fita isolante - auto fuso: I -10 uma fita autoaglomerante isolante, de EPR, indicada para reconstituies isolantes at 35 kV ou protees externas, devido suas excelentes caractersticas qumicas e mecnicas. Possui elevada rigidez dieltrica e baixo fator de perdas Resistente ao efeito corona e ao aznio. Caractersticas tcnicas: Rigidez dieltrica: 23 kV/mm Resistividade volumtrica: l O16 /cm Espessura: 0,80 mm Especificao: ASTM-D-1373

Fita semi - condutor: C 20 uma fita autoaglomerante condutora, de EPR, indicada para reconstituies de blindagens eletrostticas em emendas enfaixadas e terminais. Possue baixa resistividade eltrica e excelentes caractersticas qumicas e mecnicas. E completamente compatvel com vrios tipos de isolaes dos cabos extrudados para mdia tenso: EPR, Polietileno, PVC, etc. Caractersticas tcnicas: Cor Preta Espessura: 0,80 mm Largura: 19 mm Comprimento: 4,5 m Resistividade: 10.700 /m2 Especificao: ASTM-D-1373

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Fita de silicone: S-30 E uma fita autoaglomerante isolante, de borracha silicnica, indicada para protees isolantes em emendas e terminais enfaixados com a finalidade de resistir s intempries, solventes e altas temperaturas. Proporciona um acabamento superficial liso, uniforme e resistente a descargas superficiais e corona. Caractersticas tcnicas: Cor: Vermelha Espessura: 0,50 mm Largura: 25 mm Comprimento: 9 m Rigidez dieltrica: 15 kV/mm Resistividade volumtrica: 3 x IO14 /cm Especificao: ASTM - D - 2148

Fita plstica isolante: P - 40 uma fita adesiva plstica, indicada para proteo eltrica e mecnica na maioria das emendas e terminais para cabos de energia em baixa e mdia tenso. Proporciona grande versatilidade de uso geral nas instalaes residncias e industriais de baixa tenso. Caractersticas tcnicas: Cor: Preta Espessura: 0,15 mm Largura: 19 mm Rigidez dieltrica: 7 kV Especificao: ASTM -P - MP70

Fita de malha de cobre: M - 50 uma fita metlica, confeccionada com fio de cobre 36 AWG, estanhado; indicada para reconstituio de blindagens eletrostticas em emendas e terninais para cabos de energia. de fcil aplicao e adapta-se a qualquer superfcie. Caractersticas tcnicas: Espessura: 0,50 mm Largura: 25 mm Comprimento: 5 m Resistividade: 0,009 /m.

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Geral: H outros tipos de isolantes, usados principalmente em outros pro sitos como as fitas de propositos Cambric (tecido impregnado de verniz), os lenis de Cambric, os papis isolantes, o papel de lenis fibra vermelha, os tubos isolantes de tecido ou plstico conhecidos como spagueti, as camisas de fiberglass, etc. Os tubos isolantes tipo spagueti podem ser muito teis no apenas na recomposio dos isolamentos dos condutores, como tambm com a finalidade de composio isolamentos identificao de circuitos. O esparadrapo e a fita crepe, alm de serem isolantes, permitem serem escritas em suas superfcies servindo como meio rpido de identificao de condutores, equipamentos, quan quando de montagem ou manuteno. 10.7 Marcadores para fios e cabos: Fabricados em PVC para identificao de cabos, fios e terminais, para todas as bitolas. Disponveis em caracteres impressos de 0 a 9, de A a Z e sinais eltricos. De fcil aplicao, dispensando a utilizao de ferramentas.

10.8 Abraadeiras: Abraadeiras de Nylon para chicotes e cabos de 20 a 225 mm de dimetro, fechamento autotravante e recuperveis, proporciona timo acabamento aos chicotes e painis. cotes Alguns fabricantes de abraadeiras possuem ferramentas de preciso e alta tecnologia, ferramentas prprias para aplicaes de abraadeiras em locais onde necessrio um perfeito tensionamento das mesmas. O tensionamento para cada tipo de abraadeira pr determinado pela regulagem das pr-determinado ferramentas antes da aplica aplicao.

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11 NOTAS 01 - Os desenhos esquemticos no definem posies fsicas; os de fiao sim. 02 - Em todas as conexes onde houver dois condutores num mesmo ponto, a norma de conexo a 90 no ser usada, pois induz ao montador cometer erros na montagem. 03 - Cada terminal deve possuir no mximo dois condutores conectados. 04 - Na fiao, alm da identificao por letras deve-se usar tambm o nmero de funo. 05 - Todo endereamento de cabo deve constar; equipamento, painel ou cubculo e nmero do desenho. 06 - A mudana de bitola se faz atravs de rgua ou bloco. 07 - O dimensionamento do condutor no feito unicamente por intensidade de corrente ou critrio de queda de tenso. O condutor deve possuir tambm resistncia mecnica suficiente quanto trao. 08 - O trajeto da fiao deve ser o menor possvel, sem prejudicar a tcnica e a confiabilidade. 09 - O desenho de fiao deve mostrar todos os terminais dos aparelhos, das ou blocos, mesmo os no utilizados. 10 Nos desenhos as revises aparecem contornadas e eliminaes hachuradas. 11 - Tecnicamente no se deve fazer uma fiao com emendas nos cabos, pois diminui a confiabilidade do circuito. 12 - Na execuo da fiao as ligaes devem ser feitas por equipamento, por medida de economia. 13 - A fiao representa a realidade fsica da montagem. 14 - O sentido do endereamento depende do equipamento tomado como referncia. 15 - Todo cabo deve ser identificado com nmeros iguais nas duas pontas.

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EXEMPLOS DE LIGAES NOS PROJETOS DE FIAO INTERLIGAO ENTRE DOIS INSTRUMENTOS DO MESMO PAINEL INTERLIGAO PAINEL

INTERLIGAO ENTRE BL NTERLIGAO BLOCOS TERMINAIS DE PAINIS DIFERENTES NO INIS DIFERENTES, ADJACENTES

INTERLIGAO ENTRE EQUIPAMENTO INSTALADO NO PTIO EXTERNO E UM O BLOCO TERMINAL DE PA PAINEL, NA CASA DE CONTROLE

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Desenho Esquemtico CA

Desenho de interligao

Desenho de Fiao

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