Ficha Informativa - Clima De Portugal

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MATERIAL DIDÁCTICO – FOLHA DE ROSTO D E S I G N A Ç Ã O ( S ) : O Quadro Natural de Portugal – O Clima 3- GRÁFICO TERMOPLUVIOMÉTRICO Gráfico onde estão simultaneamente representadas as variações da temperatura e da precipitação ao longo do ano e num determinado lugar. Meses secos São aqueles em que a precipitação total mensal é inferior ao dobro do valor da temperatura média desse mês. (P ≤2T) Ou seja, são aqueles meses em que a barra da precipitação está abaixo da linha da temperatura Meses húmidos São aqueles em que a precipitação total mensal é igual ou superior ao dobro do valor da temperatura média desse mês. (P >2T) 4- DISTRIBUIÇÃO DA TEMPERATURA EM PORTUGAL CONTINENTAL 4.1- Variação Anual das Temperaturas Médias Mensais em Portugal Continental Variação irregular - Variação sazonal das temperaturas médias mensais: Valores mais baixos nos meses de Inverno, com destaque para Janeiro Valores mais elevados durante os meses de Verão, como é o caso de Julho e de Agosto 4.2- Distribuição Anual das Temperaturas Médias Mensais em Portugal Continental Independentemente da variação da temperaturas média ao longo do ano, em que: Invernos são mais frios Verões mais quentes Verifica-se contrastes regionais, marcam o território continental. O Regime térmico é então caracterizado no geral:

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MATERIAL DIDÁCTICO – FOLHA DE ROSTO

| D E S I G N A Ç Ã O ( S ) : O Quadro Natural de Portugal – O Clima

3- GRÁFICO TERMOPLUVIOMÉTRICO Gráfico onde estão simultaneamente representadas as variações da temperatura e da precipitação ao longo do ano e num determinado lugar.

Meses secos São aqueles em que a precipitação total mensal é inferior ao dobro do valor da temperatura média desse mês. (P ≤2T)Ou seja, são aqueles meses em que a barra da precipitação está abaixo da linha da temperatura

Meses húmidosSão aqueles em que a precipitação total mensal é igual ou superior ao dobro do valor da temperatura média desse mês. (P >2T)

4- DISTRIBUIÇÃO DA TEMPERATURA EM PORTUGAL CONTINENTAL

4.1- Variação Anual das Temperaturas Médias Mensais em Portugal Continental

Variação irregular - Variação sazonal das temperaturas médias mensais:

Valores mais baixos nos meses de Inverno, com destaque para Janeiro

Valores mais elevados durante os meses de Verão, como é o caso de Julho e de Agosto

4.2- Distribuição Anual das Temperaturas Médias Mensais em Portugal Continental

Independentemente da variação da temperaturas média ao longo do ano, em que:• Invernos são mais frios • Verões mais quentes

Verifica-se contrastes regionais, marcam o território continental.

O Regime térmico é então caracterizado no geral:

Contraste Norte-Sul, mais acentuado no Inverno:

O Sul regista, ao longo do ano, temperaturas médias mais elevadas do que o Norte do país;

Diminuição das temperaturas médias de Sul para Norte, ou seja, em latitude;

Por um contraste Oeste-Este (litoral-interior):

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Nos meses mais quentes, no Verão, a temperaturas aumenta de oeste para Este, ou seja, o litoral regista temperaturas mais amenas e o interior valores mais elevados, com excepção da Cordilheira Central e das restantes áreas de maior altitude;

Nos meses mais frios, no Inverno, a temperatura diminui de Oeste para Este, ou seja, no interior as temperaturas são mais baixas, nomeadamente no nordeste e nas áreas de maior altitude, como a Cordilheira Central.

Isotérmicas reduzidas ao nível do mar em Portugal ContinentalSe reduzirmos o território nacional ao nível médio das águas do mar, retira-se o efeito da topografia, o que permite concluir que:

Comparando o traçado das isotérmicas de Janeiro e Julho, verifica-se que a distribuição espacial das temperaturas apresenta um padrão diferente nos dois meses;

Em Janeiro: A disposição das

isotérmicas é oblíqua em relação à linha de costa - de modo geral, a temperatura diminui de sudoeste para nordeste.

As temperaturas máximas registam-se no sudoeste algarvio e as mínimas no nordeste transmontano, revelando a influência da latitude e da proximidade ou afastamento ao oceano;

Em Julho: A disposição das

isotérmicas é quase paralela à linha de costa – a variação da temperatura faz-se do litoral para o interior, onde se registam os valores

mais altos. Esta disposição deve-se ao facto de, no Verão, a influencia do Atlântico ser mais importante, como evidenciam as inflexões para

este, no vale do Mondego, e para Oeste, no vale superior do Douro. No vale do Mondego, a influência do atlântico faz-se sentir até mais para o interior. No vale superior do Douro, a disposição concordante do relevo em relação à linha de costa, diminui a influência dos ventos

húmidos do Atlântico e permite a penetração dos ventos quentes de leste. Na cordilheira central, as isotérmicas sofrem um inflexão para Este

devido ao facto de ser um sistema montanhoso discordante, logo receptora da influência dos ventos de Oeste que ali vão amenizar as temperaturas durante o Verão.

Distribuição da temperatura média anual em Portugal Continental, 2006

A distribuição espacial da temperatura média em Janeiro e Agosto revela contrates regionais no regime térmico no território continental, o mesmo acontecendo com a repartição da temperatura média anual. Assim:

Na temperatura média anual diminui de Sul para Norte (à medida que a latitude aumenta a temperatura diminui): • a temperatura média anual mais baixa regista-se no Norte do

país e nas áreas de montanha, o que comprova não só a influência da latitude, mas também do relevo;

• a temperatura média anual mais elevada regista-se no litoral algarvio (latitude);

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A temperatura média anual é também mais elevada no norte interior, no vale superior do Douro, em virtude de ser uma área protegida dos ventos húmidos de Oeste, o que reflecte o maior afastamento ao oceano Atlântico (maior continentalidade);

A temperatura média anual é mais baixa no Norte e nas áreas montanhosas

Amplitude Térmica Anual em Portugal Continental

As regiões que registam uma menor amplitude térmica anual inferior a 8º C, são as que estão mais próximas do oceano, nomeadamente no centro litoral, entre o cabo Carvoeiro e o cabo da Roca, e a sudoeste do Cabo de São Vicente.

As regiões que registam uma maior amplitude térmica anual, superior a 18º C, localizam-se a uma maior distância do oceano, entendendo-se ao longo da faixa fronteiriça, onde se destaca:

Região do nordeste, por estar não só protegida da influência dos ventos húmidos de Oeste pelas montanhas concordantes, mas também por estar mais exposta aos ventos secos e frios no Inverno e secos e quentes no Verão vindos de Leste;

A região do vale superior do Tejo por estar abrigada dos ventos de Oeste pelo sistema montanhoso formado pelas serras da Gardunha e Muradal;

O vale do Guadiana, devido à influência dos ventos de Leste.

4.3- OS FACTORES DE VARIAÇÃO• a latitude;• a topografia (altitude e orientação geográfica);• proximidade ou afastamento em relação ao oceano;• correntes marítimas.

4.3.1- A influência da latitude A medida que a latitude aumenta, o ângulo de incidência vai diminuindo, logo as regiões que se localizam para Norte

recebem os raios solares com uma maior inclinação.

PORTUGAL localiza-se na zona temperada do hemisfério Norte, ou seja, a norte do trópico de Câncer. Devido à sua localização geográfica, o ângulo de incidência nunca é máximo. Assim:- O Norte tem a temperatura média anual inferior à registada no Sul, uma vez que, devido à sua maior latitude, o ângulo de incidência dos raios solares é menor e a massa atmosférica a percorrer por estes é maior, o que provoca a diminuição da radiação solar incidente por unidade de superfície e, consequentemente, o decréscimo da temperatura. - No Sul a temperatura média anual é superior devido:

Ao maior ângulo de incidência dos raios solares e à menor massa atmosférica por estes atravessada sobre esta região, o que se traduz numa maior quantidade de radiação solar recebida por unidade de superfície e um aumento da temperatura;

À influência, sobretudo no Algarve, das massas de ar quente e seco oriundas do Norte de África, principalmente do Deserto do Sara, que fazem aumentar a temperatura nesta região.

4.3.2- A influência da topografiaÀ escala local, as elevações do solo e respectiva orientação condicionam a quantidade de radiação solar recebida e a temperatura.Assim, a influência da topografia, tal como acontece para a radiação solar, faz-se sentir sobre a temperatura através da:

Altitude Orientação geográfica das montanhas em relação:

- aos raios solares;- à linha de costa.

O contrate do relevo:- Norte - mais montanhoso- Sul - mais plano

Tendo em conta o gradiente térmico vertical Os valores de temperaturas média anual mais baixos ocorrem, então, no Centro, na Cordilheira central, e no Norte de

Portugal.

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Orientação geográfica das vertentes

Montanhas concordantes – constituem um obstáculo aos ventos húmidos de oesteMontanhas discordantes – favorecem a circulação dos ventos húmidos

Norte de Portugal Continental Montanhas concordantes (Peneda-Gerês, Marão, Larouco) que fazem com que o ar se torne cada vez

mais seco de Oeste para Este, logo uma região no interior será mais seca e quente no Verão e mais fria no Inverno, como é o exemplo do vale superior do Douro.

Resto do País Montanhas Discordantes (Cordilheira Central) ou não existem, os ventos de oeste penetram mais

facilmente para as regiões do interior, amenizando, então as temperaturas ao longo do ano.

4.3.3- A influência da proximidade ou afastamento do oceanoA influência do oceano Atlântico é, dada a posição geográfica de Portugal e a extensão da costa portuguesa, um factor relevante na variação regional da temperatura doar, uma vez que a circulação atmosférica se faz, à nossa latitude, de Oeste para Este.

A Influência do ar húmido marítimo sobre o território continental vai diminuindo: De Norte para Sul, devido ao traçado da linha de costa que recua para Este, a Sul do Cabo da Roca; De Oeste para Este, ou seja à medida que aumenta a distância ao Atlântico (aumenta a continentalidade), uma vez que os

ventos húmidos de Oeste, ao longo do seu trajecto pela superfície continental, vão perdendo humidade, tornando-se mais secos, de forma mais gradual ou mais brusca, de acordo com a altitude e com a orientação da topografia.

ASSIM, nas áreas próximas ao oceano Atlântico (menor continentalidade), a amplitude térmica anual é fraca, comparativamente às áreas mais afastadas.

4.3.3- A influência das correntes marítimas

Principais correntes marítimas do Atlântico Norte

As correntes quentes (que se deslocam da região intertropical para as médias e altas latitude) contribuem para moderar as temperaturas invernais, permitindo a amenização das temperaturas dos lugares localizados junto à costa.

Em Portugal, especialmente durante o Inverno, temos a corrente de Portugal, que deriva da corrente do Golfo e influencia a temperatura dos lugares localizados junto ao litoral, não permitindo que esta seja muito reduzida.

5- DISTRIBUIÇÃO E VARIAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL

5.1- VARIABILIDADE MÉDIA SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO 1976-2004

A precipitação em Portugal Continental apresenta uma distribuição IRREGULAR, distinguindo-se dois períodos:

MAIS CHUVOSO – Outubro -Fevereiro/Março. O Inverno concentra cerca de 42% da precipitação anual;

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MAIS SECO – Abril – Setembro, com destaque para Julho e Agosto (Primavera de Verão). O Verão concentra apenas cerca de 6% da precipitação anual.

5.2- CAUSAS DA VARIAÇÃO SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO

5.3- DISTRIBUIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL

• Grande irregularidade do volume, do ritmo das precipitações e distribuição geográfica.

• A quantidade anual de precipitação, de modo geral:• diminui de norte para sul • litoral para o interior (sendo o contraste mais evidente entre as regiões do

norte e do sul do país)• No noroeste e nas áreas de montanha, registam-se os maiores valores de

precipitação, enquanto no vale superior do Douro e no sul do país, sobretudo no interior, se registam os mais baixos.

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5.4- AS CAUSAS DA REPARTIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO

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6- O CLIMA EM PORTUGAL CONTINENTAL