Ficha Pedagógica - Solo - Pa

download Ficha Pedagógica - Solo - Pa

of 14

description

Caderno didático para estudo do solo no ensino médio profissionalizante das Casas Familiares Rurais

Transcript of Ficha Pedagógica - Solo - Pa

  • SOLO

    O que eu conheo:

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    O que ns conhecemos: Hoje, 03 de julho de 2000, estamos fazendo um

    texto do que ns conhecemos sobre o solo. O solo para ser mais rico em

    adubao precisa que fiquem sobre ele todos os produtos que produzem

    adubo orgnico, como: folhas, vassouras de aa, paus podres e outros...

    Ns conhecemos dois tipos de solo: terra firme e vrzea. Todos os

    dois tipos so caracterizados por mata, restinga e igap, sendo mata alta e

    mata baixa. O solo apropriado para fazer o roado de mata alta, ou solo

    argiloso, mas tem algumas culturas que precisam de capoeira baixa e o aa

    prefere os igaps.

    Sem o solo no existe vida, nem do ser humano, nem da nossa

    querida floresta e nem dos animais.

    do solo que tiramos o sustento para a nossa vida e economia,

    como: alimentao, produo e medicina.

    Depois de saber que o solo vida para todos os seres vivos devemos cuidar bem do solo, no jogar plsticos, no colocar adubo qumico nem

    venenos e inseticidas qumicos.

  • A ORIGEM DO SOLO

    A natureza levou bilhes de anos para formar o solo em que a gente caminha. No

    incio no havia terra, era tudo um imenso bloco de pedra. Durante esse tempo ele recebeu

    muita chuva, vento, calor e frio. O calor e o frio rachavam a pedra; a gua e o vento

    lixavam os pedaos quebrados. Eles foram sendo partidos e decompostos cada vez mais e se transformando em areia grossa, areia fina, e nas argilas. Areias e argilas permaneceram em

    cima da rocha ainda no decomposta ou foram levadas, pelo vento e pela gua, para outros

    locais.

    Mas isso ainda no era solo; comeou a ser quando apareceram os primeiros seres

    vivos no incio muito pequenos, quase invisveis; depois um pouco maiores, at chegarem ao tamanho de rvores e animais. Eles nascem, vivem e morrem, aumentando no cho a

    quantidade de matria orgnica, onde se desenvolvem microorganismos que a decompem.

    A decomposio da matria orgnica produz cidos e outras substncias que alteram

    as areias e argilas, por meio de reaes qumicas, e as transformam numa massa de terra com

    muitas substncias, j ento cheia de vida isto o solo. A camada superior do terreno, com mais ou menos 30 cm de profundidade chamada

    de solo agrcola. a camada mais frtil, com matria orgnica, pequenos vegetais e animais

    teis s plantas, como minhocas e outros microscpicos; no solo agrcola so colocados os

    adubos e nele se desenvolve a maior parte das razes.

    O tempo foi passando; a matria orgnica e os seres vivos ficaram na camada de cima

    (que por isso mais escura), as areias e argilas foram levadas para baixo, pela chuva, e no

    fundo ficou a parte da rocha que no chegou a ser transformada a rocha-me. Estas camadas formam o perfil do solo e so conhecidas como horizontes. Os horizontes so simbolizados

    por 3 letras maisculas (A, B e C), sendo o horizonte A, o mais superficial e geralmente de

    cor escura devido a presena de

    matria orgnica. Logo abaixo

    vem o horizonte B e, em seguida,

    o horizonte C que formado por

    rocha. Estas letras (A,B e C)

    podem vir acompanhadas de

    nmeros ou outras letras

    minsculas, que indicam uma

    diviso do horizonte ou uma

    caracterstica prpria daquele

    horizonte.

    Nessa mistura de matria

    orgnica e mineral, as razes vo

    buscar alimento (nutrientes) e

    elementos tambm essenciais,

    como oxignio, hidrognio e

    carbono, que vem no ar e na gua

    que absorvem. por isso que para

    garantir ao mesmo tempo os

    suprimentos de ar e gua, que o

    solo precisa ser poroso. Os solos

    argilosos retm mais gua; Os

    arenosos retm menos.

    Os solos tm qualidades

    diferentes porque as condies em

  • que foram formados eram diferentes. No entanto, ns podemos melhorar as qualidades do

    solo, como tambm pior-las; isso possvel porque o solo um organismo vivo, que reage

    ao trabalho.

    Como chamada a camada superior do terreno que utilizada para a agricultura, e

    qual a sua caracterstica?

    -------------------------------------------------------------

    Composio do solo

    Os solos possuem quatro componentes principais: matria mineral, matria orgnica,

    gua e ar. Da proporo entre eles, extremamente varivel, depende a produtividade do solo.

    A figura abaixo ilustra a composio em volume de um solo que apresenta boas condies

    para crescimento das plantas.

    Como se observa, o espao poroso constitui cerca de 50% do volume do solo, sendo a

    proporo entre gua e ar sujeita a grandes variaes, em condies naturais, principalmente

    sob a influencia do clima. Basicamente a fase slida de um solo constituda de duas partes:

    mineral e orgnica.

    As partculas minerais do solo apresentam tamanhos variveis e so fragmentos de

    rochas ou minerais distintos, como quartzo e mica, etc.

    A porcentagem em peso das fraes areia, limo e argila d-nos a textura do solo, ou

    seja, sua composio mecnica, caracterizando-o quanto predominncia do tamanho das

    partculas que o compem.

    A textura a mais importante propriedade fsica do solo, pois as demais se relacionam

    com ela. uma propriedade que sofre pouca ou nenhuma mudana com o tempo, ou seja,

    uma caracterstica quase permanente do solo. Influi na capacidade do solo reter gua e na

    infiltrao e percolao de gua e aerao e pode afetar diretamente a capacidade de reteno

    de nutrientes.

  • Dos noventa ou mais elementos que entram como constituintes, das plantas, os

    dezesseis seguintes so, at o momento, considerados como essenciais sua nutrio:

    Carbono (C); hidrognio (H); oxignio (O); nitrognio (N); fsforo (P); potssio (K); clcio

    (Ca); magnsio (Mg); enxofre (S); ferro (Fe); mangans (Mn); cobre (Cu); zinco (Zn); boro

    (B); molibdnio (Mo) e cloro (Cl). Desses nutrientes considerados essenciais, o carbono

    retirado do ar, o hidrognio e o oxignio da gua e, os demais, do prprio solo.

    Os elementos nutritivos das plantas so divididos em dois grupos, com base na

    quantidade por elas absorvida: macronutrientes e micronutrientes. Macronutrientes so os

    elementos absorvidos em grandes quantidades pelas plantas(ex: nitrognio, fsforo, potssio,

    clcio, magnsio e enxofre) e micronutrientes so aqueles absorvidos em pequenas

    quantidades (ex: ferro, mangans, cobre, zinco, boro, molibdnio e cloro).

    O solo como um fator da produo agrcola, possui duas caractersticas bsicas que

    revelam o seu valor agronmico: fertilidade e produtividade.

    O termo fertilidade refere-se capacidade de um solo para fornecer nutrientes s

    plantas em quantidades adequadas e propores convenientes. Assim, a fertilidade de um solo

    pode ser conduzida a condies ideais pela interveno do homem, atravs das prticas de

    calagem e adubao fundamentadas em bases cientficas.

    A produtividade relacionada com a capacidade de uma solo em produzir rendimento

    s culturas, podendo apenas ser melhorada pela interveno do homem, com por exemplo,

    pela incorporao de matria orgnica em solo pobre nesse componente. A matria orgnica,

    melhorando a estrutura do solo, facilita as condies de desenvolvimento das razes das

    plantas, permitindo, portanto, a explorao de maior volume de solo.

    H fatores que caracterizam um solo de alta produtividade, como:

    - - Riqueza em nutrientes essenciais s plantas; - - Boas propriedades fsicas; - - gua disponvel suficiente para o bom crescimento dos vegetais; - - Quantidade adequada de matria orgnica decomposta; - - pH adequado; - - escassez de pragas e doenas.

    Como se v, todo solo produtivo frtil, mas nem todo solo frtil produtivo.

    Qual a diferena entre fertilidade e produtividade?

    Funo dos nutrientes nas plantas e seus principais adubos

    Nitrognio:

    - - d cor verde para as plantas; - - promove rpido crescimento; - - aumenta a folhagem; - - melhora a qualidade das hortalias de folhas comestveis; - - aumenta o teor de protenas das plantas alimentcias e forrageiras; - - alimenta os microorganismos do solo que decompem a matria orgnica; - - quando fornecido de modo desequilibrado em relao a outros nutrientes pode atrasar

    o florescimento e a maturao, e predispor as plantas ao ataque de doenas.

  • Exemplo de adubos que possuem nitrognio:

    Sulfato de amnio - em geral branco, s vezes cristalino, possui em mdia 20 % de

    nitrognio.

    Uria - em geral granulado e de cor branca, contm 45 % de nitrognio.

    Fsforo:

    - - estimula o crescimento das razes; - - garante uma "arrancada" vigorosa; - - apressa a maturao; - - estimula o florescimento e ajuda o formao das sementes; - - aumenta a resistncia ao frio dos cereais de inverno.

    Exemplo de adubos que possuem fsforo:

    Superfosfato triplo - apresenta-se na forma de gros acinzentados, possuindo em mdia 40 %

    de fsforo.

    Superfosfato simples - possui em mdia 16 a 20 % de fsforo.

    Farinha de ossos - possui 24 % de fsforo.

    Potssio:

    - - d maior vigor e resitncia s doenas; - - ajuda a produo de amido, leo e protena; - - aumenta a resistncia dos colmos e caules, evitando o acamamento; - - diminui o nmero de frutos chochos; - - aumenta a resistncia seca e geada; - - melhora a qualidade dos frutos; - - ajuda a formao de razes e tubrculos.

    Exemplo de adubos que possuem potssio:

    Cloreto de potssio - em geral avermelhado, possui 50 a 60 % de potssio.

    Sulfato de potssio - branco ou levemente avermelhado, possui no mnimo 48 % de

    potssio.

    Cinzas - considerada mais como um adubo misto, pois possui os mesmos elementos que se

    achavam na planta, menos o nitrognio, que se perde durante a queima.

    Exemplo de algumas cinzas:

    Cinza de palha de caf - 20 % de potssio.

    Cinza de palha de arroz - 2 % de potssio.

    Cinza de caieiras - 3 % de potssio.

    Nitrognio, fsforo e potssio so os 03 macronutrientes principais. Cite 02 funes de cada

    um destes nutrientes para a planta:

    ----------------------------------

  • ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM

    Assim como o suco de limo cido, a gua pura neutra e a soda custica ou o

    bicarbonato de sdio so alcalinos, tambm os solos podem apresentar-se com uma dessas

    caractersticas. Entretanto, precisamos saber o quanto so cidos ou alcalinos, para sua

    correo e uso adequados.

    Do mesmo modo que o metro uma medida de distncia, o pH uma medida de

    acidez, neutralidade ou alcalinidade.

    O ndice pH, que uma abreviao de potencial (p) de hidrognio (H), varia numa

    escala de 0 a 14, na qual o ndice 7 corresponde neutralidade, valores abaixo de 7 indicam

    acidez e, acima, alcalinidade. A utilizao dessa escala permiti-nos saber, por exemplo, que o

    suco de limo possui um pH em torno de 2,2, o vinho 3,7, a bebida de caf 5,0, o leite 6,8, o

    bicarbonato de sdio 8,3 e a soda custica 12,9.

    Essa caracterstica qumica do solo, representada pelo ndice de pH, denominada de

    reao do solo.

    A figura a seguir mostra as faixas de pH com as respectivas denominaes para a

    reao do solo.

    Em vista de que quase todos os nossos solos apresentam pH inferior a 7, portanto,

    cidos, a caracterstica qumica reao do solo recebeu a denominao popular de acidez do

    solo.

    O pH ideal para a mxima atividade microbiana no solo situa-se entre 6,0 e 6,5.

    nesta faixa de pH, portanto, que h maior decomposio da matria orgnica com

    fornecimento de hmus, que proporciona melhor estrutura ao solo.

    A disponibilidade de nutrientes no solo funo de seu pH. De modo geral, a faixa de

    pH em que ocorre maior disponibilidade de todos os nutrientes entre 6,0 e 6,5. Quando este

    elevado ou baixo, pode ocorrer deficincia nas plantas cultivadas nessas condies. Isto

    significa que, quando a colheita limitada pela acidez do solo, de pouco ou nada adianta o

    adubo. O uso do calcrio em terras muito cidas condio obrigatria para permitir o efeito

    dos adubos.

    Como se explica o efeito do calcrio sobre a produo?

    Diminuindo a acidez do solo at nveis adequados para a vida das plantas, a calagem eleva

    a produo por uma combinao favorvel de vrias coisas:

    - - diminui a concentrao de elementos que nas terras cidas podem se tornar txicos como o caso do alumnio, do mangans e do ferro;

    - - fornece clcio e magnsio, alimentos das plantas, corrigindo possveis deficincias; - - aumenta a disponibilidade do nitrognio, do enxfre, do fsforo e de outros

    nutrientes;

    - - ajuda as bactrias benficas a trabalharem na decomposio da matria orgnica, na fixao do nitrognio do ar;

    - - Ajuda o adubo mineral a funcionar melhor.

  • Qual a faixa de pH em que os nutrientes ficam mais disponveis para as plantas?

    O que pode acontecer com as plantas se forem cultivadas em solos com o pH muito alto ou

    muito baixo?

    Para a determinao da necessidade de calagem, devemos mandar fazer a anlise do solo

    em laboratrios oficiais, a fim de que possa elevar o pH de terra a valores prximos de 6.

    Como j vimos, os principais materiais usados na calagem so os calcrios, dos quais

    existem dois tipos principais:

    Calcrio calctico - um p branco acinzentado com 45% de xido de clcio.

    Calcrio dolomtico - com aspecto semelhante ao calctico, porm com, 20 a 40 % de xido

    de clcio e 10 a 20 % de xido de magnsio.

    Sempre que possvel deve-se preferir usar calcrio dolomtico pois o mesmo, alm de

    ter um poder neutralizante comparvel ao do calctico, fornece tambm o magnsio que pode

    corrigir uma possvel deficincia.

    Alm dos calcrios h ainda outros produtos que podem ser usados com a finalidade

    de se corrigir a acidez dos solos, ex: a cal extinta, e as cinzas.

    No que tange distribuio do calcrio, o mesmo deve ser misturado com o solo do

    melhor modo possvel, caso contrrio, o calcrio ficar no terreno do mesmo jeito como foi

    distribudo, pois ele exige contato ntimo com as partculas do solo e umidade.

    ADUBOS ORGNICOS

    A matria orgnica do solo resulta de resduos vegetais e animais. O gado ao

    caminhar, pastando, as minhocas, e muitas variedades de insetos, todos tomam parte na

    decomposio dos resduos e na sua disseminao pela superfcie do solo.

  • A matria orgnica do solo em geral uma boa fonte de alimentos para as plantas.

    Torna mais leve os solos pesados.

    A boa estrutura do solo e matria orgnica em si aumentam a capacidade que o solo

    tem para reter gua, ajudam a manter a gua til para as plantas e aumentam o arejamento do

    terreno.

    A matria orgnica, pois:

    - funciona como um armazm de nutrientes da planta, liberando-os gradualmente para o uso

    da cultura;

    - melhora as propriedades fsicas do solo, resultando: maior capacidade de armazenar gua,

    menor eroso e lavagem, condio mais favorvel para a germinao, melhor condio para o

    desenvolvimento e o funcionamento das razes, fornece nutrientes para os microorganismos

    do terreno, durante sua decomposio ajuda a transformar em solveis os compostos minerais

    da terra.

    ALGUNS ADUBOS ORGNICOS MAIS CONHECIDOS

    TORTA DE MAMONA

    Subproduto da fabricao do leo de rcino. Possui 5 a 6 % de nitrognio, 2 % de P2O5 e 1 %

    de K2O.

    ESTERCO DE GALINHA

    de composio muito varivel. Teores mdios: 2 % de N, 2 % de P2O5, e 1 % de K2O.

    ESTERCO DE CURRAL

    Resultante da mistura de fezes e urina do gado. Teores mdios: 0,5 % N, 0,25 % de P2O5 e

    0,5 % de K2O.

    Porque a matria orgnica importante para o solo?

  • COMPOSTO

    O composto o produto da fermentao de todos os resduos vegetais e animais. comum

    adicionar-se na preparao do composto substncias minerais com as cinzas e adubos

    fosfatados pouco solveis. Quando bem fermentado (3 a 6 meses) o composto tem aspecto e

    propriedades semelhante do esterco de curral.

    PREPARAO DO COMPOSTO

    Existem vrios processos de preparao.

    Um deles o seguinte: Faz-se

    primeiramente uma camada de restos

    vegetais (palha de arroz, caf, restos de

    cultura de milho, capim, restos de

    leguminosas, caroo de aa, etc.) com 5

    cm de espessura; molha-se bem e junta-se

    um pouco de cama de animais ou terra de

    curral, para se obter o material que

    provoque a fermentao; em seguida faz-

    se outra camada como a primeira,

    podendo-se juntar resduos animais, se

    houver. Completada a montagem pode-se

    distribuir uma ltima camada s de palha destinada apenas a cobrir o monte, protegendo-o.

    Na distribuio das camadas e durante o preparo no se deve comprimir muito o material

    porque isso prejudicaria a fermentao. Iniciada a fermentao deve-se conservar o material

    mido (mas no encharcado). 2 a 3 semanas depois do carregamento, o material deve ser

    revirado; para isso a massa em fermentao empilhada ao lado formando-se um novo

    monte; durante a operao deve-se molhar a massa; 5 semanas depois, novo reviramento

    acompanhado de rega. No intervalo dos reviramentos no esquecer de umedecer o material.

    Por ocasio do segundo reviramento do composto ele j deve apresentar sinais de

    decomposio; mostra-se escuro e no deixa perceber muito quais os materiais usados no seu

    preparo. Acontecendo isso, o composto estar pronto para ser usado. Em caso contrrio, a

    fermentao deve continuar fazendo-se um reviramento de vez em quando. Teores mdios:

    0,9 % de N, 2 % de P2O5 e 0,15 % de K2O.

    Mistura inoculante:

    25 a 30 litros de estrume fresco; 10 a 36 litros de estrume em fermentao; 5 a 6 litros de

    cinza; 5 a 6 litros de terra de curral.

    Quais os materiais encontrados no lote que podem ser utilizados na fabricao do composto?

    _

    ______________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

  • ADUBOS VERDES

    So plantas herbceas que se cultivam com o fim de incorpor-las ao solo. Geralmente

    usam-se leguminosas. A quantidade de N armazenado pelas leguminosas pode chegar a 150

    Kg/hectare.

    Embora a importncia da matria orgnica do solo e, portanto, das adubaes

    orgnicas seja enorme, necessrio que o lavrador tenha em mente o seguinte: os adubos

    orgnicos por si s no resolvem o problema de

    garantir ou aumentar a fertilidade dos solos.

    necessrio praticar sempre a adubao orgnica e a

    mineral. Nenhuma delas isoladamente satisfaz as

    exigncias do solo. As seguintes consideraes

    bastam para ilustrar essa afirmao: o teor de

    elementos nutritivos no esterco de curral - o adubo

    orgnico de uso mais generalizado e de efeitos bem

    mais conhecidos - muito baixo; alm disso, o

    esterco no representa para muitos solos, um adubo

    equilibrado uma vez que o teor de fsforo nele

    muito pequeno em relao aos teores de nitrognio e

    potssio. Em outras palavras, necessrio

    suplementar o esterco, o que vale dizer que a

    adubao mineral e a adubao orgnica se

    completam.

    CAUSAS DO EMPOBRECIMENTO DOS

    SOLOS

    Pela retirada da cobertura vegetal natural do

    solo, o equilbrio dinmico na relao solo-planta

    quebrado, e com isto o solo passa a comportar-se de

    modo diferente. Aps esta quebra, ocasio em que o

    homem comea a utilizar a terra para a agricultura,

    inicia-se um processo de desgaste e empobrecimento,

    devido a vrias causas, dentre as quais, esto:

    Retirada de elementos pelas colheitas - o

    agricultor anualmente, retira de suas terras grandes

    quantidades de nutrientes, que so exportados na

    forma de produtos vegetais e animais. Neste tipo de

    manejo deve ser considerado qual a parte de cultura

    que removida para fora da rea e qual a parte que

    fica como restos culturais, que podem devolver parte

    dos elementos minerais retirados do solo.

    Perda da Matria Orgnica - A matria

    orgnica provoca dois efeitos de acordo com sua

    decomposio:

    - Decomposio normal - o seu processo lento e

    constante, e o benefcio para o solo, torna-se mais

  • acentuado e sua influncia perdurar por um perodo bem maior de tempo;

    - Decomposio acelerada - seu efeito sentido, pois a matria orgnica um produto

    bastante instvel e pode, neste caso, ser perdida por volatizao ou lixiviao, sendo o fogo e

    o preparo do solo, prticas que mais contribuem para esta acelerao.

    Perda por Volatizao e Percolao - Estes processos empobrecem o solo tanto pela

    perda de solo como de elementos essenciais. No caso da percolao, a gua o pruincipal

    transportador das substncias que encontram-se em suspenso ou soluo no solo.

    Perda por Eroso - Com a retirada da cobertura vegetal, o solo fica exposto

    diretamente s foras erosivas. Em solos com pouca argila, a velocidade de infiltrao,

    normalmente alta. A enxurrada, por conseguinte a eroso, bem menor do que em solos de

    textura fina. Isto ocorre, principalmente, porque estas reas de solos arenosos ou siltosos esto

    quase sempre localizados em terreno planos. Quando o terreno declivoso, ocorre o inverso,

    ou seja, os solos arenosos ficam mais sujeitos eroso.

    A perda por eroso pode ser considerada como a principal causa do empobrecimento

    dos solos, pois, transporta o solo, fertilizantes, etc. Sem o devido controle atravs de prticas

    conservacionistas, a perda mais rpida.

    Se temos as causas do empobrecimento dos solos, temos tambm alternativas para

    amenizar as perdas, ao mesmo tempo em que podemos aumentar a produo com manejo do

    solo e da gua.

    Quando se inicia o empobrecimento do solo? Cite 03 fatores que causam o empobrecimento

    do solo.

    _____________________________________________________

    __________________________________________

  • OS SOLOS DO ESTADO DO PAR

    Os solos paraenses apresentam-se com uma certa diversidade, sendo caracterizados

    especialmente, pela intensa lixiviao (lavagem do solo pela gua das chuvas) a que so

    submetidos. Os solos paraenses podem ser classificados, genericamente, em solos de vrzeas

    e de terra firme. Os solos de vrzea, localizados nas margens dos rios, so adubados e

    drenados naturalmente pelas enchentes peridicas. J os solos de terra firme no sofrem efeito

    das enchentes dos rios. So geralmente profundos, bem drenados.

    Na terra firme de Gurup podemos encontrar o LATOSSOLO AMARELO, que tem sua

    origem relacionada a sedimentos areno-argilosos.

    O SOLO DA VRZEA

    GLEI POUCO HMICO - so solos formados a partir de deposies recentes. So

    mal drenados, pouco profundos e de textura argilosa dominante. Possuem bastante

    semelhana com os Glei Hmicos, diferindo destes por apresentarem, no horizonte A,

    colorao bem mais clara e menor contedo de matria orgnica, com valores que no

    excedem de 2,5 % de carbono.

    Caracterizam-se por apresentar condies hidromrficas (com formao atravs da

    gua), o que proporciona condies de oxidao ou de reduo devido a oscilao do lenol

    fretico, o que provoca o aparecimento de mosqueados (manchas) amarelos, avermelhados ou

    mesmo vermelhos, dentro do perfil (vista lateral do solo).

    Possuem perfil do tipo A e Cg ou A, Bg e Cg com profundidade varivel. Por sofrerem

    frequentemente a fertilizao natural atravs da colmatagem das partculas em suspenso nas

    guas dos rios. Apresentam boas possibilidades cultivos de vazante.

    Ocorre em toda a Amaznia, normalmente prximos aos rios e lagos encontrados na

    plancie, sob vegetao de floresta aluvial, de campo e pioneira.

    O que colmatagem?

  • Cite duas caractersticas do solo de vrzea?

    COLETAS DE AMOSTRAS DE SOLO

    As amostras de solo so pores de terra que se retiram de diferentes partes de um

    terreno, para serem analisadas. Estas amostras so estudadas em laboratrios que do como

    resultado sua composio fsica (granulometria) e qumica (nvel de pH e nutrientes). De

    posse destes dados o tcnico poder recomendar a quantidade de adubos e corretivos a serem

    usados para as diferentes culturas. Estas recomendaes so vlidas para um perodo de 4 a 5

    anos.

    Para cada tipo de terra dever ser feita um amostra composta que formada pela

    reunio de vrias amostras simples. Quanto maior o nmero de amostras simples mais

    representativa ser a amostra composta que ir ao laboratrio. Nunca misturar as amostras

    compostas.

    Antes da coleta de amostras preciso fazer uma diviso da rea em partes

    semelhantes. Esta diviso deve ser feita em funo de:

    Tipo e textura de solo: os solos podem ser siltosos, argilosos, arenosos e orgnicos.

    Cada tipo apresenta um nvel de fertilidade. Tipos de solos diferentes tm caractersticas

    tambm diferentes.

    Relevo do terreno: o tipo e a fertilidade do solo variam com o seu relevo. O terreno

    deve ser dividido conforme sua declividade.

    Cultivo e adubao anteriores: alguns cultivos aumentam a fertilidade do solo. Outros

    podem diminu-la. H plantas que retiram maior quantidade de nutrientes do solo que outras.

    Portanto tambm divide-se a rea conforme a cultura anterior e as adubaes.

    Como coletar as amostras

    O local da retirada da amostra no deve estar encharcado nem prximo a:

    formigueiros, cupins, estradas, residncias, galinheiros, ou depsitos de adubos;

    Para cada amostra composta so retiradas vrias amostras simples (pelo menos dez). Estas amostras simples so coletadas em toda a rea, que deve ser percorrida

    em zigue-zague;

    Antes de retirar a amostra deve-se limpar a superfcie do terreno, com ajuda de uma enxada, retirando a vegetao;

    Cavar um buraco com um palmo de profundidade, em forma de cunha. Usando o trado devemos enterr-lo no solo, girando at desaparecer a rosca;

    Retirar de uma das paredes uma fatia de terra com 2 dedos de espessura at 20 cm de profundidade;

  • Descartar as duas faixas laterais da fatia e colocar o pedao do meio dentro do balde. Este pedao a amostra simples. Percorrer a rea em zigue-zague at

    completar a amostragem.

    Completada a amostragem, se a terra estiver mida, despejar em local limpo sombra para secar. Depois, misturar bem as amostras simples, quebrando os

    torres, para ento retirar a amostra composta, que corresponde a 400 a 500

    gramas de terra, para ser colocada em saquinhos de plstico, de pano ou em

    caixinhas apropriadas;

    Finalizando a coleta, as amostras devem ser etiquetadas com identificao do proprietrio, municpio, cultura a ser instalada, nmero da amostra e enviada ao

    laboratrio mais prximo.

    Porque para se fazer a anlise do solo devemos tirar vrias amostras simples do terreno?