Fichamento 1 - A Industrialização Brasileira

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As profundas transformações econômicas e sociais verificadas no Brasil após a 2º Guerra Mundial, destacando-se o incremento do processo de industrialização através do papel destacado do Estado e das empresas transnacionais bem como os desequilíbrios estruturais que marcaram o período analisado.

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C E S I TCENTRO DE ESTUDOS SINDICAIS E DE ECONOMIA DO TRABALHO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASINSTITUTO DE ECONOMIAPs-Graduao em Economia do Trabalho e Sindicalismo - 2014

Aluno: Eduardo Rocha Silveira Junior (RA: 154354)

HO 600 - A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRAPARA A AULA DO DIA 19/09/2014(Fichamento n 1)1. Identificao da Obra:SERRA, Jos. Ciclos e Mudanas Estruturais na Economia Brasileira. In: Belluzzo, Luiz G. e Coutinho, Renata. Desenvolvimento capitalista no Brasil: ensaios sobre a crise. (Volume 1). Campinas: IE/UNICAMP, 1998. 2. Palavras-chave:Capitalismo, economia brasileira, economia primrio exportadora, industrializao, bens de capital, bens de consumo durveis, bens de consumo no durveis, estrutura social, crescimento econmico, Estado, empresas estatais, transnacionais, ciclos econmicos, emprego, Populao Economicamente Ativa (PEA), balana comercial, Plano de Metas, milagre econmico, inflao e desequilbrios econmicos.3. Tema da Obra: As profundas transformaes econmicas e sociais verificadas no Brasil aps a 2 Guerra Mundial, destacando-se o incremento do processo de industrializao atravs do papel destacado do Estado e das empresas transnacionais bem como os desequilbrios estruturais que marcaram o perodo analisado.

4. Elementos centrais a serem destacados na anlise empreendida (muito resumidamente)

4.1. Caracterizando o Brasil como um pas de industrializao retardatria, o autor afirma que o 2 ps-guerra marca um crescimento anual de 9% a indstria manufatureira, que se torna de fato o eixo dinmico da economia e faz o pas crescer 7% ao ano. Essa mudana da estrutura econmica (que sepulta o antigo fazendo e d luz a uma sociedade urbano industrial) provocar tambm profundas mudanas na estrutura social do Brasil.4.2. Os nmeros falam por si: entre 1949 e 1970, a indstria de transformao teve um salto de 26% para 33,4%, enquanto que agricultura verifica uma reduo de sua participao relativa no Produto de 25% em1949 para 13,2 em 1979/1980. 4.3. Em relao ao setor externo, nota-se a inverso do peso dos setores agrcola e industrial. Enquanto o primeiro (centrado no caf) v cair sua participao no total exportado de 60% em 1949/1950 para 13,4% em 1978/1979, o segundo agiganta-se, pois salta de 10,5% em 1968 para 45% em 1980.4.4. A mudana da estrutura econmica operada pelo forte curso industrializante provocou profundo abalo na estrutura social vigente que, num parto doloroso, fez emergir uma nova estrutura social erguida j sob as bases de uma sociedade urbano-industrial.4.5. De 1940 e 1980, a proporo do setor secundrio na PEA salta de 10,3% para 25,3%. Cresce tambm a PEA nos servios e os nveis de escolaridade: os analfabetos entre as pessoas de mais de 15 anos de idade caem de 56% em 1940 para 26,1% em 1980. 4.6. No obstante, esses indicadores progressistas, a outra face desse processo revela a ampliao das desigualdades sociais a partir dos anos 60 e, em 1974/1975, cerca de um tero das famlias viviam abaixo da linha de pobreza absoluta.4.7. O autor destaca que no desenvolvimento do capitalismo brasileiro o Estado cumpriu papel significativo no desenvolvimento do processo industrializante. E o fez lanando mo dos clssicos instrumentos fiscais e monetrios, do controle do mercado de trabalho, do provento de bens pblicos, mas, sobretudo pela (1) definio, articulao e sustentao financeira dos grandes blocos de investimentos que determinaram as modificaes nas estruturas econmicas do ps-guerra e (2) a criao da infraestrutura e produo direta de insumos intermedirios para industrializao pesada.4.8. Coube ao capital estrangeiro e s empresas estatais o papel de principais protagonistas da industrializao brasileira. O capital privado nacional completava assim o trip Estado/capital privado nacional/capital privado externo. Tal processo promoveu a ampliao do mercado interno; a adoo de polticas e protecionistas e apoio substituio de importaes; investimentos estatais; entrada de capital estrangeiro no setor manufatureiro; fortes incentivos e subsdios fiscais, creditcios e cambiais aos investimentos privados e o crescimento da oferta agrcola.4.9. Nem mar de Almirante nem cu de Brigadeiro. O forte processo desenvolvimentista da estrutura socioeconmica brasileira fundamentalmente desde os anos 30, passando pelo Plano de Metas, Plano Trienal e milagre econmico provocou desequilbrios internos e externos.4.10. No tocante indstria, verifica-se, por fim, que o Brasil sofria (e ainda sofre) com problema de importaes de capital, cuja superao, numa poca histrica marca pelo capitalismo monopolista (marcado pelo poderio da grande empresa), tem diante de si gigantescas montanhas: tecnologia, mercado restrito e incentivo interno produo, via financiamento capaz de competir com as facilidades de financiamentos externos.4.11. Creio, por fim, ser esse o maior problema para o Brasil transitar de um mercado interno restrito (baseado no departamento de produo de meios produo fraco que no gera endogenamente nem excedente nem massa salarial para circular no departamento de bens de consumo) para um mercado interno ampliado (que cumpre justamente este papel).

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