Fichamento de Políticas Docentes No Brasil

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS AGES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DEBORAH ANDRADE LEAL POLÍTICAS DOCENTES NO BRASIL” (ANDRÉ, GATTI E BARRETO) Fichamento submetido ao Curso de Pós- Graduação em Docência do Ensino Superior da AGES. PARIPIRANGA 2015

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Fichamento de Políticas Docentes No Brasil

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  • FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS AGES PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM DOCNCIA DO

    ENSINO SUPERIOR

    DEBORAH ANDRADE LEAL

    POLTICAS DOCENTES NO BRASIL (ANDR, GATTI E BARRETO)

    Fichamento submetido ao Curso de Ps-

    Graduao em Docncia do Ensino Superior

    da AGES.

    PARIPIRANGA

    2015

  • GATTI, Bernadete Angelina; BARRETO, Elba Siqueira de S; ANDR; Marli Eliza

    Dalmazo de Afonso. Polticas docentes no Brasil: um estado da arte. Braslia: UNESCO,

    2011.

    Trata-se de uma obra em que suas autoras trazem informaes que possibilitam entender as

    polticas atuais docentes do Brasil, os avanos e tudo que demanda maior ateno dos gestores

    pblicos. De incio, elas falam da importncia de compreender as polticas governamentais

    em relao aos docentes, tendo em vista que pode iluminar aspectos da relao fria entre

    legisladores e gestores dessas polticas e as novas postulaes de grupos sociais que

    reivindicam para si equidade, reconhecimento social e dignidade humana. Em seguida,

    alertam-nos no sentido de que para melhor entender as polticas docentes mister considera-

    las entre as polticas educacionais que as configuram. O carter histrico das polticas

    educacionais remete necessidade de analis-las com base no contexto nacional e

    internacional em que se inserem, s demandas de diferentes mbitos a que procuram

    responder e prpria evoluo das tradies educativas em que elas so desenhadas e postas

    em prtica. Na sequncia, apresentam polticas docentes no nvel federal e a perspectiva de

    um sistema nacional de educao, abordando sobre a Universidade Aberta do Brasil (UAB),

    as novas atribuies da CAPES na formao de profissionais do magistrio da educao

    bsica, a poltica nacional de formao e os fruns estaduais permanentes de apoio formao

    docente, pr-letramento, entre outros. No captulo cujo tema As polticas de formao

    inicial de professores, destaca-se o seguinte trecho: estamos assumindo que o papel da escola

    e dos professores o de ensinar, ao mesmo tempo formando e propiciando o desenvolvimento

    de crianas e jovens, uma vez que postulamos que, sem conhecimentos bsicos para

    interpretao do mundo, no h verdadeira condio de formao de valores e de exerccio de

    cidadania, com autonomia e responsabilidade social. Nesse sentido, a formao inicial dos

    professores tem importncia mpar, uma vez que cria as bases sobre as quais esse profissional

    vem a ter condies de exercer a atividade educativa na escola com as crianas e os jovens

    que a adentram, como tambm, as bases de sua profissionalidade e da constituio de sua

    profissionalizao. Sobre as Perspectivas de carreira e profissionalismo docente, segundo as

    autoras, vrios analistas do trabalho docente apontam para a complexidade atual do papel do

    educador escolar, que implica, no s domnio de conhecimentos disciplinares e metodologias

    de ensino, mas tambm compreenses sobre o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das

    crianas e dos jovens, e compreenso e capacidade de lidar com diferenas. De acordo com as

    trs, os modos de contrato, a distribuio diria de seu trabalho um trabalho que no se esgota no horrio escolar e que exige compromisso contnuo fazem que essa profisso porte tenso maior do que outras profisses. Com o objetivo de agregar aos dados do estado da arte

    das polticas docentes uma viso mais prxima e compreensiva de como essas polticas vm

    sendo implementadas pelos rgos executores, realizaram-se estudos de campo. Com esses

    estudos tinha-se a inteno de esclarecer alguns aspectos do desenvolvimento de aes em

    territrio, na direo da formao continuada de docentes em exerccio na educao bsica, os

    apoios a seu trabalho e as iniciativas de valorizao do trabalho do professor, nas perspectivas

    dos prprios responsveis por essas aes. No captulo em que se discutem Caminhos

    mltiplos nas polticas dos estados e questes comuns a estados e municpios, as autoras

    concluem que em muitos estados, as aes das secretarias de Educao dirigidas aos docentes

    so muito fragmentadas, e no so poucos os municpios em que elas sequer esto presentes;

    em outros, contudo, h programas integrados e de largo escopo em desenvolvimento a cargo

    dessas administraes. Para conclurem, elas retomam a questo das formas de interao das

    propostas gestadas em uma esfera de governo com as polticas definidas no mbito das outras

    esferas em que elas so implementadas. Segundo as autoras, quanto mais complexas as

  • polticas, maior distancia se instala entre formuladores e implementadores dessas polticas e

    que estes tendem a atuar segundo as suas prprias referncias, ao execut-las. Se no houver

    aderncia das propostas s polticas prprias dos estados e dos municpios, no caso das

    polticas federais, e destes ltimos, no caso das polticas estaduais que a eles se estendem,

    ficam comprometidas a possibilidade de desenvolvimento profissional dos docentes e a

    sustentao das conquistas adquiridas. A questo estende-se ainda ao interior das prprias

    redes de ensino, em que a aderncia dos docentes aos modelos de interveno propostos que

    definir, ou no, o sucesso das polticas.