Fichamento SOLOMON

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SOLOMON, Délcio Vieira. Como Resumir, Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1999. O autor descreve, passo a passo, a necessidade de estudantes e pesquisadores em adquirir técnicas práticas de resumo, a importância e a necessidade de fazê-lo como parte inerente ao próprio estudo. Aborda meios de estudo eficientes e de documentação, de técnicas de elaboração de monografias e a necessidade do plano a ser desenvolvido. 1. Dificuldade em resumir. Destaca a dificuldade de muitos estudantes em resumir e encontrar a idéia principal e os detalhes importantes de um texto. 1.1 Dificuldades inerentes ao próprio tipo de personalidade do estudante. Constata que a Psicologia tem-se dedicado ao estudo das diferenças individuais: Inteligência ou estilos cognitivos. Dois tipos são identificados: os niveladores – possuem facilidade em constatar semelhanças, em sistematizar e os aguçadores – que encontram as diferenças, que analisam. Ocorre ainda um terceiro tipo misto, onde as duas anteriores se fundem. Quando a dificuldade é identificada a solução é a aprendizagem, adquirindo novos hábitos e treinando. 1.2 Dificuldades provenientes do próprio texto Demonstra que a síntese, em primeiro caso pode ser difícil pela falta de compreensão do texto. E a segunda dificuldade pode ser proveniente do estilo. Nem todo autor é claro,

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SOLOMON, Délcio Vieira. Como Resumir, Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1999.

O autor descreve, passo a passo, a necessidade de estudantes e pesquisadores em

adquirir técnicas práticas de resumo, a importância e a necessidade de fazê-lo como

parte inerente ao próprio estudo. Aborda meios de estudo eficientes e de

documentação, de técnicas de elaboração de monografias e a necessidade do plano

a ser desenvolvido.

1. Dificuldade em resumir.

Destaca a dificuldade de muitos estudantes em resumir e encontrar a idéia principal

e os detalhes importantes de um texto.

1.1Dificuldades inerentes ao próprio tipo de personalidade do estudante.

Constata que a Psicologia tem-se dedicado ao estudo das diferenças individuais:

Inteligência ou estilos cognitivos. Dois tipos são identificados: os niveladores –

possuem facilidade em constatar semelhanças, em sistematizar e os aguçadores –

que encontram as diferenças, que analisam. Ocorre ainda um terceiro tipo misto,

onde as duas anteriores se fundem. Quando a dificuldade é identificada a solução é

a aprendizagem, adquirindo novos hábitos e treinando.

1.2 Dificuldades provenientes do próprio texto

Demonstra que a síntese, em primeiro caso pode ser difícil pela falta de

compreensão do texto. E a segunda dificuldade pode ser proveniente do estilo. Nem

todo autor é claro, conciso, objetivo, mesmo ao expor assunto de natureza científica.

2. Como encontrar a idéia principal.

Fica claro que é preciso ter um propósito inicial e ler em função dele. Um propósito

inicial pode ser o de ter idéia do assunto. Outro pode ser o de tirar a essência ou o

mais importante do que se vai ler. Depende do lugar de onde se propõe extraí-la: se

dum capítulo, duma seção, dum parágrafo.

2.1Do parágrafo

Um parágrafo contém, geralmente, uma só idéia principal. Esta é a definição de

parágrafo. Porém nem sempre os autores agem desta maneira. Se quisermos

adquirir a habilidade de encontrar o principal num parágrafo, é preciso adquirir o

hábito de querer sempre encontrar a idéia principal em todo o parágrafo que se lê.

2.2Do capitulo, seção, obra.

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O exame inicial deve ser feito. Percorrer toda obra através de seu índice, das partes,

dos capítulos, atentando para os títulos e subtítulos e procurando captar o esboço

ou plano seguido pelo autor. Devemos pressupor a existência desse plano e seu

desenvolvimento. Todo desenvolvimento lógico se faz através de proposições. Visto

que o autor, quando comunica, está na fase de agir dentro de um contexto de

justificativa, não mais de investigação, usará o método dedutivo.

3. Como encontrar detalhes importantes

Demonstra que as técnicas de localização da idéia principal apontam, também, os

detalhes importantes. Que são a base da idéia principal. Um leitor jamais pode ser

passivo. Ele deve analisar criticamente as idéias do autor, assim facilmente

localizará as idéias principais e os detalhes importantes.

4. A técnica de sublinhar

Demonstra que o sublinhar tem seu valor dentro de um propósito formulado, dentro

de um plano prévio, no tempo oportuno. Em primeiro lugar examina-se o capitulo e

formulam-se perguntas sobre ele. Procurando respondê-las à medida que se lê.

Nesta fase é preferível não sublinhar. Depois de terminada a leitura, volte a ler

buscando a idéia principal, os detalhes importantes, os termos técnicos, as

definições, as classificações, as provas. Isso é o que deve ser sublinhado, de tal

forma que, relendo, se consiga estrutura significativa do todo lido.

5. A técnica do esquema

O autor indica que o esquema e o resumo nos obrigam a participar mais ativamente

da aprendizagem, a assimilar a matéria, através dele temos mais facilidade e

eficácia no ato de repassar o que aprendemos. Pelo esquema conseguimos o inter-

relacionamento dos fatos e das idéias.

5.1 Características de um esquema:

a) Fidelidade ao original: esquematizar não é deturpar, mas sintetizar.

b) Estrutura lógica do assunto: organiza-se pelo esquema a relação da idéia

importante e seu desenvolvimento.

c) Adequação ao assunto estudado: o mesmo que funcionalidade

d) Utilidade de emprego: o esquema tem por objetivo auxiliar a captação do conjunto

e servir para comunicar algo.

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e) Cunho pessoal: o esquema traduz atitudes e modo de agir de cada um – varia de

pessoa para pessoa.

f) Flexibilidade: o esquema é que deve adaptar-se à realidade e não esta ao

esquema. (Esquema, SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia)

5.2 Indicações práticas para elaboração de esquemas.

1- Captar a estrutura da exposição do autor

2- Colocar os títulos mais gerais

3- Adotar o sistema de chaves

4- Utilizar o sistema de numeração progressiva

5- Usar alguns símbolos convencionais e convencionar abreviaturas

6- Recursos áudio-visuais

6. Como fazer resumo

O autor finaliza a elaboração de resumos apresentando indicações e práticas com

finalidade de estudo. Utilizando as técnicas que foram apresentadas, não resumindo

o texto antes que tenha tirado notas do conteúdo. E, ao redigi-lo, use frases curtas e

diretas. Evite referências extensas. O autor estimula o estudante a acostumar-se a

ler os resumos de livros, pois fazendo isso e confrontando-os com as obras de que

são síntese, têm-se belos modelos de como fazer um resumo.

Fichamento Biblográfico, SALOMON, D.V.