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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
Filipe Pereira Giardini Bonfim
Maria José Queiroz de Freitas Alves
Cristiano Soleo de Funari
Percília Cardoso Giaquinto
(Organizadores)
Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu
“ Em busca de produtos naturais bioativos”
24 e 25 de maio de 2018 - Instituto de Biociências
UNESP – Botucatu/SP
2018

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
REALIZAÇÃO:
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Profa. Dra. Maria José Queiróz de Freitas Alves (IB-UNESP)
Prof. Dr. Filipe Pereira Giardini Bonfim (FCA-UNESP)
Prof. Dr. Cristiano Soleo de Funari (FCa-UNESP)
Prof. Dr. Luiz Fernando Rolim de Almeida (IB-UNESP)
Profa. Dra. Percília Cardoso Giaquinto (IB-UNESP)
Prof. Dr. Luis Vitor Silva de Sacramanteo (UNESP –FCFAr) COMISSÃO EXECUTIVA
Adriana Beatriz Barretto
Bruno Camargo dos Santos
Gabriela Roque Miranda
Hilbaty Estephany Rodrigues da Silva
Isabella Barbosa Marques
Olívia Pak Campos
Nina Pacheco Capelini Alves

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
NATUREZA E IMPORTÂNCIA DO EVENTO
A cada ano o Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu se consolida. Proposto desde
1994, a décima terceira edição do evento já o credencia como encontro científico importante no
cenário regional e nacional. Concebido com a marca da interdisciplinaridade, o Workshop visa
oferecer as experiências dos palestrantes convidados para um número maior de pessoas
interessadas nas diversas áreas relacionadas com o trabalho de plantas medicinais, balizando
cientificamente as propostas. A troca de experiência também é contemplada, integrando
conhecimentos para facilitar os avanços no desenvolvimento de pesquisa nesta área.
Diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras têm dedicado esforços no
sentido de desenvolver as mais adequadas tecnologias nas diferentes áreas de pesquisa com
plantas medicinais, visando responder às demandas existentes, que incluem, dentre outras, a
pesquisa de novas fontes de fármacos ou outro material bioativo, biotecnologia, manejo
sustentável, análises fitoquímicas, todas elas em espécies vegetais exóticas ou nativas.
Para este ano, o tema geral será “Em busca de produtos naturais”, uma vez que muito
esforço vem sendo realizado em diversas instituições que trabalham nesta área para tornar esta
área de estudo mais sólida. Serão convidados profissionais e pesquisadores que têm experiência
nessa questão tão importante para a sociedade brasileira.
Como pode ser observado na programação (Figura 1), os pesquisadores participarão do
evento ativamente, seja como participante da mesa redonda ou de Palestras. A permanência dos
mesmos, durante o XIII Workshop, propiciará aos participantes a troca de experiência nas mais
variadas áreas do estudo de plantas medicinais, que com certeza extrapolará o previsto no
programa. Verifica-se, então, um crescente aumento no interesse e na participação nessa área,
nos eventos realizados no Brasil, sejam em nível regional quanto nacional. O grupo responsável
pelo Workshop, motivado pelo sucesso deste evento, idealizou e editorou a revista científica
“Revista Brasileira de Plantas Medicinais”, Qualis “A” – CAPES, periodicidade trimestral a partir de
2006, indexada em 5 bases internacionais e na base de dados SCIELO. Além disso, o grupo
participa da organização da Jornada Paulista de Plantas Medicinais, sempre que é convidado.

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
Figura 1 - Folder de divulgação – Programação do Evento.

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
RESUMOS
Índice
AÇÃO INSETICIDA DE ÓLEO ESSENCIAL DE AROEIRA-SALSA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis................ 8
AÇÃO INSETICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVEIRO-DA-ÍNDIA SOBRE OVOS DE Bemisia tabaci .................... 9
ALTERNATIVA VERDE PARA FINGERPRINTING CROMATOGRÁFICO DAS FOLHAS DE Cynara scolymus L. (Asteraceae) ....................................................................................................................................................................... 10
AMINAS BIOGÊNICAS EM CASCAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ......................................................................................................................................... 11
ANÁLISE DE FOLHAS DA Vernonia polyanthes Less POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA ACOPLADA A ESPECTROFOTOMETRIA DE ULTRAVIOLETA/VISÍVEL (HPLC-PAD/UV/Vis) ..................................... 12
ASSEPSIA EM SEMENTES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. PARA GERMINAÇÃO IN VITRO ....................... 13
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO: PROJETO DE EXTENSÃO PARA PROMOVER O AUTOCUIDADO DA GESTANTE .................................................................................................................................. 14
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “PACHA NADAN” AO LONGO DO AMADURECIMENTO .... 15
ATIVIDADE BACTERICIDA DAS NANOPARTÍCULAS DE AU COM E SEM AROEIRA CONTRA BACTÉRIAS E. coli 16
ATIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS CONTRA Leishmania amazonensis .................................................................... 17
AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE Eugenia dysenterica (Cagaita) SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RATOS ............................................................................................................................ 18
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE UM SHAMPOO ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave .................................................................................................................... 19
AVALIAÇÃO DA CINÉTICA BACTERIANA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Croton doctoris CONTRA BACTÉRIAS DE INTERESSE CARIOGÊNICO ................................................................................................................. 20
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS DO EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave .................................................................................................................... 21
AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA TESTES DE SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS COM DIFERENTES POLARIDADES PARA Staphylococcus spp. E Enterobactérias/Pseudomonas spp. ............................... 22
AVALIAÇÃO DO CARREGAMENTO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA.............................................. 23
AVALIAÇÃO DO EFEITO HIPOMETILANTE DO EXTRATO DE PRÓPOLIS E DO EGCG SOBRE O GENE RASSF1A EM LINHAGENS DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS ...................................................................................... 24
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CÂNCER DE MAMA COM PEQUENAS MOLÉCULAS DERIVADAS DA PRÓPOLIS BRASILEIRA .......................................................................... 25
BIOFERTILIZANTE ELIXIR® À BASE DE ÁCIDO HÚMICO E ÁCIDO FÚLVICO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Allium Schoenoprasum L. ............................................................................................................................................ 26
COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NOS MERCADOS TRADICIONAIS DE JUAZEIRO NO NORTE/CE27
COMÉRCIO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS E PERFIL DOS FEIRANTES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA ............................................................................................................................. 27
COMÉRCIO DE PLANTAS MEDICINAIS EM FEIRA AGROECOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE CRATO /CE. ................ 29
COMPONENTES QUÍMICOS DO CAULE DE Hylocereus undatus (Haw) Britton & Rose. ............................................. 30
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE HORTALIÇAS NEGLIGENCIADAS NA INTERVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS.................................................................................................................................................................. 31
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTI-CÁRIE DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Nectandra megapotamica (Spreng) Mez. ............................................................................................................................................ 32

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “NANWA KHOM”AO LONGO DO PROCESSO DE AMADURECIMENTO ....................................................................................................................... 33
COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS E POLPAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ...................................................................................... 34
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E PESO DE MIL SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA ................................................................................................................................................... 35
CONJECTURAS SOBRE O EMPREGO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA NA ATUALIDADE ... 36
DENSIDADE DOS CANAIS SECRETORES DE RESINA EM Copaifera langsdorffii (Leguminosae) EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO ........................................................................................................................................................ 37
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Ruta graveolens EM FUNÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS ............... 38
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ALCACHOFRA SUBMETIDAS A DIFERENTES SUBSTRATOS ........ 39
DETERMINAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO MÉTODO DPPH DE ASSA-PEIXE, ALECRIM-DO-CAMPO, AROEIRA-PIMENTEIRA E CRAJIRU ................................................................................................................................ 40
DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS DAS ESPÉCIES Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng. .......................................................................................................................... 41
DETERMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS NA SEPARAÇÃO DOS METABÓLITOS DE Bauhinia forficata Link POR CLAE-DAD, APLICANDO CONCEITOS DE QUÍMICA VERDE .................................... 42
DIVERSIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEAS EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL DE BOTUCATU-SP ........................................................................................................................... 43
DIVERSIDADE QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Annona emarginata COLETADAS EM DUAS LOCALIDADES DE SÃO PAULO ...................................................................................................................................... 44
EFEITO DA SECAGEM E FRAGMENTAÇÃO NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE MIRRA ......................... 45
EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE INFUSÕES DE MACELA - Achyrocline satureioides (Lam.) DC. ................................................................................................................................. 46
EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda .............................................................. 47
EFEITO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS COM SESQUITERPENOS PRESENTES NO ÓLEO ESSENCIAL DE Hymenaea courbaril ........................................... 48
EFEITO INIBITÓRIO DO CINAMALDEÍDO EM BIOFILMES DE Staphylococcus epidermidis ........................................ 49
EFEITO OVICIDA DE ERVA-BALEEIRA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis (LEPIDOPTERA: EREBIDAE) ...... 50
ESTUDO DAS RELAÇÕES SOCIAIS E JURÍDICAS DO USO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DE DOENÇAS NO BRASIL ........................................................................................................................................................................ 51
EXTRATOS VEGETAIS: APLICABILIDADE COMO SENSOR DE ACIDEZ PARA LEITE............................................... 52
FITOMASSA E TEOR DE FLAVONOIDES DE Passiflora incarnata L. CULTIVADA COM DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE FOSFATO .............................................................................................................................. 53
FITOTOXICIDADE DE Emilia sonchifolia L. SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS .............................................................................................................................................................. 54
FLAVONÓIDES EM ORA-PRO-NÓBIS IN NATURA E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO ...................................... 55
FLORES ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE TOXICIDADE ............. 56
GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA57
GERMINAÇÃO IN VITRO DE SEMENTES DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less....................................................................................................................................................................................58
INCORPORAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA NO JARDIM DE FUNGO..................................59 INFLUÊNCIA DO HORÁRIO DE COLETA NO RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE Schinus Terebinthifolius Raddi.................................................................................................................................................................................60
JARDIM COMESTÍVEL - PLANTANDO SAÚDE COLHENDO FELICIDADE. UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS..........61

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DAS PLANTAS CULTIVADAS NO JARDIM COMESTÍVEL DO BAIRRO JARDIM SANTA ELISA, BOTUCATU-SP.........................................................................................................................62
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS CONDIMENTARES PRODUZIDAS PELOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE AVARÉ/SP....................................................................................................................................................63
MORTALIDADE DE Sitophilus zeamais M. EXPOSTOS AO EXTRATO DE HIDROETANÓLICO DE Annona cacans W. ...........................................................................................................................................................................................64
O PERIGO DAS ASSOCIAÇÕES ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS.......................65
OCORRÊNCIA DE ISOFLAVONAS EM RESÍDUOS DA CULTURA DE SOJA...............................................................66
OCORRÊNCIA DE PLANTAS CONDIMENTARES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA: COMÉRCIO E PERFIL DOS FEIRANTES................................................................................................................................................67
PANORAMA QUÍMICO DE CACTOS DA MATA ATLÂNTICA: Rhipsalis Gärtner (Cactaceae).......................................68
PERFIL QUÍMICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Xylopia aromatica (Lam) Mart....................................................................................................................................................................................69
POPULARIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ................................................................................................................................................................ 70
POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UM FITOCOSMÉTICO COM PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE E FOTOPROTETORA, ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA PLANTA ANGIOSPÉRMICA DO GÊNERO Caryocar71
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Bidens pilosa L. E Coleus barbatus B. SOBRE GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Glycine max L. ......................................................................................... 72
POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO AQUOSO DE Cyperus rotundus L. SOBRE GERMINAÇÃO DE Salvia hispanica L. ........................................................................................................................................................................ 73
POTENCIAL ANTICARIOGÊNICO DE PLANTAS MEDICINAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE AO SUS (RENISUS) ............................................................................................................................... 74
PRODUÇÃO DE MUDAS DE Ocimum basilicum L. COM O USO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS .................................. 75
PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA INSERÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO DE FARMACOGNOSIA ....................................................................................................... 76
QUANTIFICAÇÃO DOS TEORES DE ATROPINA E ESCOPOLOMINA EM CULTIVARES DE Brugmansia suaveolens UTILIZANDO PRINCÍPIOS DA QUIMICA VERDE ............................................................................................................ 77
RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Vernonia polyanthes SOB DIFERENTES PROCESSAMENTOS ............... 78
TEMPERATURAS DE SECAGEM DE Vernonia polyanthes NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL ...................... 79
TEOR DE PROTEÍNA BRUTA E COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE ASSA-PEIXE (Vernonia polyanthes Less.)80
USO DO GENGIBRE (Zingiber officinale) NO TRATAMENTO DA HIPERCOLESTEROLEMIA EM COELHOS ............ 81

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AÇÃO INSETICIDA DE ÓLEO ESSENCIAL DE AROEIRA-SALSA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis
SILVA, C. S.1; BOMFIM, J.P. de A.1;CIRINO, T. S.;1. ; BONFIM, F.P.G.2; BUENO, R.C.O. de F.1
1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]; 4Departamento de
Horticultura – e-mail: [email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo
Tendo em vista que a espécie Anticarsia gemmatalis (Hueb, 1818) (Lepidoptera: Noctuidae),
lagarta-da-soja, é uma importante praga na cultura da soja e, considerando a importância da
utilização de diferentes táticas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), e que a principal tática de
manejo é o controle químico, a utilização de óleos essenciais se configura como uma ferramenta
que pode ser um aliado do MIP visando o controle alternativo desta praga. Desta forma, o estudo
do efeito de óleos essenciais de diferentes espécies vegetais é necessário para a validação desta
ferramenta como aliada ao agricultor. Assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar a ação
inseticida de óleo essencial extraído de folhas de aroeira-salsa Schinus molle L., aplicados em
diferentes concentrações sobre ovos de A. gemmatalis, em condição de laboratório. Ovos da
praga, provenientes de criação em laboratório, foram submergidos em solução contendo cada
tratamento e, posteriormente foram dispostos sobre bancada até a secagem dos produtos. Após
secagem, foram acondicionados em placas Petri e mantidas em sala climatizada (26±1ºC, 70±5%
de umidade relativa e fotofase de 12 h) até a eclosão das lagartas. Após sete dias, foi contado o
total de lagartas eclodidas e calculada a viabilidade e o efeito ovicida. As soluções foram
preparadas por meio da diluição do óleo essencial em água mais Tween 20 (0,5%). Foram
utilizadas as concentrações de 0 ppm (testemunha), 0 (água + tween 20), 156,25 ppm, 312,5 ppm,
625 ppm, 1.250 ppm, 2.500 ppm, 5.000 ppm e 10.000 ppm, totalizando nove tratamentos com
cinco repetições e cada repetição foi composta por uma cartela contendo 50 ovos. Os parâmetros
avaliados foram viabilidade dos ovos e efeito ovicida. Foi realizada a análise de variância e teste
Tukey à 5% por meio do software estatístico AgroEstat 1.1.0.712. Todos os tratamentos
apresentaram exerceram baixa mortalidade dos ovos (inferior a 40,0%). No tratamento com a
menor concentração, 156,25 ppm ocorreu menor eclosão de lagartas (62,0%), porém não houve
diferença deste com a testemunha.
Pag.8

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AÇÃO INSETICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVEIRO-DA-ÍNDIA SOBRE OVOS DE Bemisia tabaci
BOMFIM, J.P. de A.1; OLIVEIRA, L.A.1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de F.1
1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected];
[email protected]; [email protected]; 2Departamento de Horticultura – e-mail:
[email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu
O craveiro-da-índia, Syzygium aromaticum (L.) Merr. & Perry (Myrtaceae) é uma planta aromática,
rica em óleo essencial, cujo principal componente é o eugenol. Esse óleo tem potencial no controle
de insetos-praga, constituindo uma ferramenta no Manejo Integrado de Pragas (MIP), incluindo o
controle de mosca-branca, Bemisia tabaci (Genn.) (Hemiptera: Aleyrodidae) biótipo B, que é
considerada uma das pragas que mais causam prejuízos à agricultura mundial. Assim, objetivou-se
avaliar a ação inseticida de diferentes concentrações do óleo essencial do craveiro-da-índia sobre
ovos de mosca-branca. Insetos provenientes de criação foram transferidos para plantas de couve e
confinados em gaiolas tipo “clip cage” durante 48 horas, para oviposição. Após esse período, os
adultos foram retirados e as folhas destacadas das plantas. Em microscópio estereoscópico, foi
observado e quantificado o total de ovos depositados em cada folha. As soluções foram
preparadas por meio da diluição do óleo essencial em água mais Tween 20 (0,5%). As
concentrações foram de 0 ppm (testemunha), 625 ppm, 1.250 ppm, 2.500 ppm, 5.000 ppm e
10.000 ppm, totalizando seis tratamentos. As folhas de couve contendo os ovos foram
submergidas, durante 10 segundos e posteriormente, foram acondicionadas em placas de Petri
com papel filtro e tiveram o pecíolo envolto por algodão umedecido com água destilada. As placas
foram acondicionadas em sala climatizada (28±2ºC e fotofase 12 h). O delineamento experimental
foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. Os parâmetros avaliados
foram viabilidade dos ovos, efeito ovicida e eficiência do tratamento. Foi realizada a análise de
variância, teste Tukey à 5% e análise de regressão por meio do software estatístico SisVar5.6. Os
tratamentos que apresentaram maiores efeitos ovicida foram o óleo à 10.000 ppm e 5.000 ppm,
com mortalidades de 100,0% e 72,59%, respectivamente. Os demais tratamentos causaram
mortalidade inferior à 25,0%, sendo que as duas menores concentrações não diferiram da
testemunha. Na análise de regressão, o modelo quadrático foi o que melhor representou o efeito da
concentração do óleo na mortalidade dos ovos de mosca-branca, com ponto de máxima em 8.650
ppm e R2=97,4%.
Pag.9

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ALTERNATIVA VERDE PARA FINGERPRINTING CROMATOGRÁFICO DAS FOLHAS DE Cynara scolymus L. (Asteraceae)
SOUZA, O.A.1; FUNARI, C.S.2; CARNEIRO, R.L.3; RINALDO, D. 1 1FC, Unesp Bauru; 2FCA, Unesp Botucatu; 3DQ, UFScar São Carlos;
E-mail: [email protected])
Os metabólitos secundários presentes nas folhas de Cynara scolymus são considerados
responsáveis pelas suas propriedades hipocolesterolêmicas e antioxidantes. Sua presença na
RENISUS vincula-se ao seu uso consolidado como alternativa terapêutica dentre a população.
Porém, os estudos fitoquímicos da espécie por CLAE-DAD majoritariamente utilizam a acetonitrila
(MeCN), poluidora do meio ambiente e tóxica aos seres vivos. Desse modo, seria viável
desenvolver metodologias analíticas coerentes com a Química Analítica Verde, substituindo MeCN
por solventes ambientalmente amigáveis como água e etanol (EtOH) e simultaneamente visando
confiabilidade analítica com economia de recursos através de uma abordagem heurística no
desenvolvimento do método. Nesse contexto, o extrato hidroetanólico das folhas C. scolymus foi
preparado por maceração com EtOH/H2O (7:3, v/v) durante 144h. 50 mg do extrato seco foram
solubilizados em 1 mL de EtOH/H2O (7:3, v/v) e aplicados em cartucho Sep-Pak C18
(Phenomenex®), previamente ativado com EtOH e condicionado com EtOH/H2O (7:3, v/v).
Realizou-se a eluição com 2 mL de EtOH/H2O 7:3 e posterior filtração em microfiltro de PTFE (0,45
µm). 20 µL foram injetados no sistema CLAE-DAD (Jasco®) e analisados com coluna XBridge®
(150 x 4,6 mm; 5 μm). Realizou-se um planejamento Doehlert para 4 fatores (% inicial de EtOH,
temperatura, % de AcOH em H2O e vazão) com 24 experimentos (de tempo de gradiente e % final
de EtOH fixados em 30 min e 50%, respectivamente) utilizando o número de picos (n) e sua
distribuição pelo cromatograma (GCFR) como respostas a serem maximizadas. Os modelos
estimados por Análise de Variância (a 95% de confiança) indicaram que as melhores condições
cromatográficas seriam 5% de porcentagem inicial de EtOH, 35°C de temperatura de análise, 0,5%
de AcOH em água e vazão de 1 mL min-1. O método desenvolvido mostrou-se até 76% mais
sustentável em relação a métodos de referência da literatura, foi validado segundo recomendações
internacionais e permitiu a aplicação de 8 dos 12 princípios da Química Analítica Verde.
Pag.10

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AMINAS BIOGÊNICAS EM CASCAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E
APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO
Belin, M. A. F.¹*; Borges, C. V.¹; Monar, G. R. S.¹; Amorim, E. P.2; Minatel, I. O.¹; Lima, G. P. P.¹
¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica,
Botucatu, São Paulo, Brasil. 2Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA. E-mail: [email protected]
Banana (Musa spp) é o quarto alimento mais produzido no mundo. É muito consumida por suas
propriedades organolépticas, baixo custo e fácil acessibilidade. Suas cascas, normalmente descartadas,
possuem mais compostos bioativos que as polpas, e são fontes promissoras de aminas biogênicas (ABs)
como dopamina e serotonina. Compostos que contribuem com a sensação de saciedade e prazer, podendo
auxiliar no controle da obesidade e tratamento de diversas doenças como Parkinson e depressão. Contudo
ABs como a histamina podem ser tóxicas à saúde humana em grande quantidade. Esses compostos variam
com o genótipo, amadurecimento e processamento térmico. O objetivo do trabalho é avaliar o perfil de
aminas biogênicas em cascas de Musa spp, ao longo do amadurecimento e após processamento térmico.
Cascas nos estádios 2, 5 e 7 dos genótipos “Dangola” e “Pelipita” foram analisadas in natura; e o 5 foi
submetido à cocção por imersão e micro-ondas. Dopamina, serotonina e histamina foram quantificadas por
HPLC e expressas em massa seca. As concentrações de ABs variaram de 0,5 a 450,6 mg/100g. O quinto
estádio apresentou os maiores teores de dopamina em Pelipita (204,7 mg/100g) e de histamina nos dois
genótipos (Pelipita: 55,7 mg/100g; Dangola: 212,9 mg/100g). O segundo estádio apresentou maiores níveis
de serotonina para Pelipita (12 mg/100g) e dopamina para Dangola (450,6 mg/100g). O sétimo estádio
apresentou maiores concentrações de serotonina para Dangola (18 mg/100g). O processamento térmico
elevou os teores de dopamina (Pelipita: 288,4 e 297,1; Dangola: 440,4 e 191,4 mg/100g) em relação às
cascas in natura (Pelipita: 204,7; Dangola: 137,6 mg/100g). Em Dangola, a temperatura diminuiu a
serotonina (0,9-0,8 mg/100g), e o micro-ondas a histamina (58,4 mg/100g). Em Pelipita, o micro-ondas
gerou os maiores teores de serotonina (7,1 mg/100g) e os menores de histamina (21,3 mg/100g). As cascas
de Musa spp são interessantes fontes de aminas biogênicas. Níveis elevados de ABs em alimentos são
excelentes para regulação de doenças associadas à saciedade e bem-estar. Uma vez que os processos de
cocção aumentam os teores de dopamina, estas cascas apresentam interessante potencial para aplicação
no tratamento de doenças como obesidade, depressão e Parkinson.
Financiamento: CNPq; FAPESP
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ANÁLISE DE FOLHAS DA Vernonia polyanthes Less POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE
ALTA EFICIÊNCIA ACOPLADA A ESPECTROFOTOMETRIA DE ULTRAVIOLETA/VISÍVEL
(HPLC-PAD/UV/Vis)
Callegaro, E.S.1.; Bragagnolo, F.S. 1; Gomes, J.A.O. 1; Bonfim, F. P.G. 1; Funari, C.S. 1
1Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP. E-mail: [email protected]
As plantas medicinais continuam sendo fontes de matérias-primas ou fontes inspiradoras de novos
medicamentos. A espécie Vernonia polyanthes Less é considerada por pecuaristas e agricultores
como uma planta daninha, porém é utilizada na medicina popular brasileira e já teve atividades
relatadas na literatura, tais como antimicrobiana, antiofídica, antiulcerogênica, leishmanicida, etc. É
uma espécie listada na Relação Nacional de Plantas de Interesse do Sistema Único de Saúde
(RENISUS). Há relatos da presença de cumarinas, glicosídeos flavônicos, saponinas, esteroides,
triterpenos, alcaloides, taninos hidrolisáveis, flavonoides e óleos essenciais. Identificar as principais
classes de metabólitos presentes em folhas de V. polyanthes Less por meio de metodologias de
baixo impacto ambiental. 20 g da folha seca e moída foram extraídas por maceração dinâmica com
400 mL de EtOH/H2O 7:3 (v/v), por 24h. Após filtração, o extrato foi concentrado em evaporador
rotativo. Aproximadamente 100 mg do extrato seco obtido foi submetido à extração em fase sólida
(FE: C18, FM: EtOH/H2O 7:3 (v/v). Uma alíquota de 20 µL do eluato, a 20 mg/mL, foi analisada por
HPLC-PAD/UV/vis, nas seguintes condições: FE: C18, 150 x 4,6 mm, 5 µm; FM: HOAc (1%) (A) e
CH3CN-HOAc (1%) (B), no seguinte gradiente: 0-3 min, 3% B; 3-30 min, 3-40% B; 30-35 min, 40-
100% B; 35-40 min, 100% B; 40-45 min, 100-3% B. Vazão: 1,2 ml/mim; Os espectros foram obtidos
entre 200-600 nm [3]. A partir dos espectros de UV/vis obtidos durante a análise, foram observados
compostos com espectros compatíveis com derivados de ácido clorogênico (0-30 min), flavonoides
(10-25 min) e terpenos (25-45 min).
Agradecimento: CNPq
Pag.12

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ASSEPSIA EM SEMENTES DE Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. PARA GERMINAÇÃO IN VITRO
Alves, L. F.(1); Gavilan, N. H. (1); Pereira, A. M. S. (1,2); Bonfim, F. P. G. (1)
(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.
(2)Departamento de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP.
E-mail: [email protected]
Um dos maiores empecilhos para a propagação de sementes in vitro está na contaminação
endógena que ocorre ao meio de cultura. O uso de sementes de plantas nativas aumenta essa
taxa de contaminação, uma vez que o material de trabalho vem diretamente do campo, como é o
caso de sementes de Assa-peixe (Vernonia polyanthes), planta medicinal e alimentícia, nativa de
regiões de Cerrado. A fim de amenizar a contaminação durante os processos de cultivo in vitro, o
objetivo deste trabalho foi de estudar o efeito da assepsia em sementes de V. polyanthes para
utilização em procedimento de germinação in vitro. O experimento foi conduzido em delineamento
inteiramente casualizado, composto de 2 tratamentos (ausência e presença de assepsia) e 10
repetições com 5 unidades experimentais, onde cada tubo de ensaio correspondeu a uma unidade
experimental. A assepsia das sementes submetidas ao tratamento de presença de assepsia foi
realizada com imersão das sementes em solução de 1% de Cercobin por 3 horas + imersão em
solução de 0,5% hipoclorito de sódio por 30 minutos, com posterior lavagem em água destilada por
3 vezes. As sementes foram inoculadas em tubos de ensaio de 10 mL contendo meio de cultura
MS sem suplementação. Após 15 dias de inoculação, foi avaliada a porcentagem de germinação,
através de contagem de plântulas normais e a porcentagem de contaminação observada ao meio
de cultivo. A porcentagem de germinação de sementes tratadas foi superior à de sementes não
tratadas, correspondendo a 60% e 8% de germinação, respectivamente. Quanto à assepsia, não
houve diferença significativa para os tratamentos utilizados. Dessa forma, recomenda-se que novos
estudos sejam realizados para estabelecer um protocolo adequado de assepsia para sementes de
Assa-peixe, mesmo que a germinação tenha ocorrido em ambiente contaminado, para que a
prática seja eficaz é necessário que sejam obtidas plântulas normais e sadias, livres de qualquer
patógeno para que mudas vigorosas e sadias possam ser transplantadas em campo.
Agradecimento: CNPq – 405953/2016-0
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO: PROJETO DE EXTENSÃO PARA PROMOVER O AUTOCUIDADO DA GESTANTE
ROSA, G. S. R 1; STRACI, M. 1; PIERRI, M.E.S. 1; MOREIRA, R.R.M. 1
1Departamento de Princípios Ativos Naturais e Toxicologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Campus
de Araraquara, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
e-mail: [email protected]
A atenção em saúde da mulher no período gestacional é um desafio no que diz respeito à qualidade e no
rompimento do “modelo medicalocêntrico e hospitalocêntrico”. As rodas de conversas viabilizam encontros
dialógicos para produção e ressignificação de saberes, que aproxima o público-alvo (gestantes) dos
dirigentes, oferecendo-as a oportunidade de participar ativamente e de se compreender como agentes no
cuidado com sua saúde. Relatar a experiência de Rodas de Conversa como metodologia de educação em
saúde materno-infantil a fim de estimular o autocuidado e visando a Assistência Farmacêutica na gravidez e
lactação. Relato de experiência de rodas de conversas com 12 grávidas entre 16 e 36 anos participantes da
ONG Bebê a Bordo, Araraquara, São Paulo. Os encontros têm duração de uma (01) hora, duas (02) vezes
ao mês, com atividades educativas e lúdicas nos temas: cuidados no uso de plantas medicinais na
gestação, interações medicamentosas, cuidados no uso de fitoterápicos na gestação e lactação,
complicações na gravidez, alimentação funcional, plantas alimentícias não-convencionais (PANCs), plantas
medicinais na lactação, doulagem, plantas de uso tópico para o bebê, yoga, oficinas de preparo de chás e
escalda-pés, reiki e shantala. Pode-se observar que a desinformação sobre o uso de plantas medicinais,
interações medicamentos fármaco-planta, fármaco-fármaco e fármaco medicamento é uma realidade entre
as gestantes. Vinte por cento (20%) usa plantas medicinais, sob a forma de chá. Mais de 33% relatou que o
único medicamento que toma são os suplementos de sulfato ferroso e ácido fólico indicados pelo médico
durante a gravidez. Uma (01) grávida tem hipertensão e hipotireodismo e faz uso de metildopa e
levotiroxina. Notou-se avanços na participação das gestantes a partir do segundo encontro. Na roda de
conversa sobre interações medicamentosas, as participantes levantaram questionamentos e contaram
casos que conheciam de interações medicamentosas. Na mesma ocasião, participaram de uma oficina de
chá com plantas de uso permitido na gravidez. As rodas de conversa foi uma metodologia que trouxe
melhorias da relação comunicativa entre farmacêutico/paciente. Verificou-se a necessidade de
acompanhamento farmacoterapêutico contundente e pretende-se desenvolver acompanhamento
farmacoterapêutico das participantes utilizando o método Dáder.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “PACHA NADAN” AO LONGO DO AMADURECIMENTO
Monar, G. R. S ¹*; Borges, C. V.¹; Belin, M. A. F.¹; Amorim, E. P. 2 ; Lima, G. P. P.¹
¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil. 2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua
Embrapa, s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA.
E-mail: [email protected]
As frutas apresentam valor nutritivo e efeitos terapêuticos, fatores que estimulam seu alto
consumo. Um exemplo é a banana, com grande importância econômica e social, sendo o quarto
alimento mais produzido no mundo. Muitas vezes, suas cascas são deixadas de lado na
alimentação humana apesar de estudos demonstrarem maiores concentrações de compostos
bioativos que as polpas. Esses compostos podem apresentar atividade antioxidante e
farmacológica, as quais podem variar de acordo com o estádio de maturação dos alimentos. Assim,
o objetivo desse trabalho é avaliar a atividade antioxidante na casca da banana ao longo do
amadurecimento. Para realização das análises foram selecionadas cascas de bananas do genótipo
“Pacha Nadan” (banana do tipo para cozinhar) nos estádios de amadurecimento 2 (verde), 5
(amarelo) e 7 (amarelo com pontos pretos). A atividade antioxidante foi avaliada por
espectrofotometria, via FRAP e ABTS, e expressa em massa seca. A maior atividade antioxidante
foi encontrada no quinto estádio de amadurecimento (ABTS = estádio 5: 6722,8 mmol/100g TEAC;
estádios: 2 e 7: 4216,9 - 5808,0 mmol/100g TEAC; FRAP = estádio 5: 426,8 mmol Fe/Kg;
estádios: 2 e 7: 321,1 - 76,8mmol Fe/Kg). As cascas de Musa spp possuem quantidade apreciável
de atividade antioxidante, essa característica varia conforme o amadurecimento e pode contribuir
no retardo do envelhecimento e prevenção de algumas doenças.
Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241-9; 2017/23488-0; 2017/22537-7).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ATIVIDADE BACTERICIDA DAS NANOPARTÍCULAS DE AU COM E SEM AROEIRA CONTRA BACTÉRIAS E. coli
MACHADO A.C 1, DURANGO L.G.C.1, COELHO S.C.2, COELHO M.2, LOPES M.M.R.3, SALES-
PERES S.H.C.3, ANDREOTTI C.D.3, FORIM M.R.4
1UFSCAR-Universidade Federal de São Carlos/Química de Produtos Naturais; 2Faculdade de
Engenharia, Universidade do Porto/Engenharia Química; 3FOB/USP: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo/CIP:Centro Integrado de Pesquisa; 4UFSCAR: Universidade
Federal de São Carlos. E-mail: [email protected] M. urundeuva é uma árvore cujas folhas apresentam propriedades biológicas importantes, incluindo
flavonoides, óleos essenciais e taninos condensados e hidrolisáveis. Na medicina, o maior
interesse no uso de nanopartículas para aumentar a liberação do medicamento. A combinação da
medicina herbal com a nanotecnologia é capaz de potencializar a ação do extrato de plantas
reduzindo as doses altas e o efeito colateral e melhorando sua atividade. O objetivo desse estudo
foi avaliar as nanopartículas de Au com e sem o extrato de aroeira e apenas o extrato de aroeira
em diferentes concentrações contra a atividade bacteriana. O extrato de aroeira e as
nanopartículas foram preparados e em seguida a suspensão bacteriana foi padronizada do CMH
(Caldo Mueller Hinton) em cultura por 24 horas para a bactéria E. coli. Para o teste bacteriano foi
realizado nanopartículas de Au sem o extrato de aroeira (0.5nm, 3nm, 5nm) e nanopartículas de Au
com o extrato de aroeira (0.185 µg/mL, 0.073 µg/mL, 0.0363 µg/mL, 0.00363 µg/mL) e apenas o
extrato de aroeira (1 µg/mL, 1:1000 e 0.363 µg/mL,1:1000). As placas de 96 poços em estufa após
24 horas foram realizadas da diluição das amostras até 106 sendo transferida para placas de 96
poços. A diluição das placas nos poços foi colocada 25µL nos 4 quadrantes de cada placa petri em
triplicata para cada diluição (3 placas de petri/por diluição). Na solução A houve atividade
bactericida apenas na concentração de 5nm (73,5%). Na solução B houve atividade bactericida
apenas na concentração 0,185 µg/mL (25%). No extrato de aroeira houve melhor atividade
bactericida apenas na concentração 1 µg/mL (52,42%).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ATIVIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS CONTRA Leishmania amazonensis
MOREIRA R.R. D.1, PEREGO C. H. 1, SANTOS A. G. 1, CARVALHO F. A. 1, CAVALEIRO C. 2,
SALGUEIRO L.2, SOUSA M. C. 2, CARDOSO M. L. C. 3, COGO J. 3, NAKAMURA C. V. 3
1UNESP-Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Araraquara, São Paulo, Brasil. 2Universidade de Coimbra, Faculdade de Farmácia, Portugal
3Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. *e-mail: [email protected]
Leishmania amazonensis é uma espécie causadora de leishmaniose cutânea, que varia desde
pequenos nódulos cutâneos até a destruição macroscópica do tecido mucoso. As drogas
atualmente recomendadas para tratamento incluem antimoniais pentavalentes, anfotericina B e
miltefosina, porém apresentam toxicidade, falta de eficácia, exigência de hospitalização, ou alto
custo. Medicamentos mais eficazes são urgentemente necessários para tratar pacientes com
doença da leishmaniose. É urgente a busca por novas drogas contra Leishmania spp. Óleos
essenciais (OEs) são uma fonte potencial de novas drogas antiprotozoárias, e podem contribuir
para superar a resistência a drogas de parasitas protozoários. O presente trabalho tem como
objetivo avaliar a ação dos OEs do Melampodium divaricatum (partes aéreas), Polygonum acre
(partes aéreas), Hedychium coronarium (folhas e rizomas), Tagetes patula (partes aéreas) e
Casearia sylvestris (folhas) contra Leishmania. amazonensis (formas promastigotas). E aos óleos
mais ativos contra formas promatigotas testaram-se contra formas de amasitgote. Os OEs foram
obtidos por hidrodestilação. Formas promastigotas de L. amazonensis foram inoculadas em meio
de Warren suplementado com 10% de soro bovino fetal inativado contendo diferentes OEs, as
quais foram adicionadas apenas uma vez às culturas. As células foram cultivadas numa placa de
24 poços com cada poço contendo 1 ml do meio. Após o crescimento celular foi estimado pela
contagem em um hemocitômetro. Os exrimentos foram realizados em duplicado e os resultados
expressos µg/ml e percentagem de inibição do crescimento. OEs testados foram dissolvidos em
DMSO, dos quais a concentração final não excedeu 1%. Culturas amastigotas axênicas, obtidas
por transformação in vitro de promastigotas infectantes, foram mantidas em meio Schneider, pH
4,5, com 20% de soro fetal bovino a 32oC. OEs de M. divaricatum, P. acre, folhas de H.
coronarium, rizomas de H. coronarium, T. patula e C. sylvestris apresentaram valores de IC50 iguais
a 24,2, 27,5, 91,4,> 100 e 29,8 µg / ml, respectivamente, para promastigotas formas. M.
divaricatum, P. acre e C. sylvestris (os óleos mais ativos contra formas promatigotas) apresentaram
valores de IC50 iguais a 10,7, 6,8 e 14,0 µg / ml contra formas amastigotas. Novos estudos
precisam ser realizados, a fim de compreender os mecanismos de ação e avaliar a toxicidade
desses óleos essenciais e dos principais compostos.
Agradecimento: PADC- FCF- UNESP- Araraquara, São Paulo, Brasil.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE Eugenia dysenterica (Cagaita) SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RATOS
ONARY A.S.S.1, BAPTISTA-SILVA B.1, BISPO-DA-SILVA L.B.2; FIDELIS-DE-OLIVEIRA, P.3. 1Curso de graduação em enfermagem, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP;2 Departamento
de Farmacologia e Toxicologia, Universidade Federal de Uberlândia – UFU; 3Departamento de
Fisiologia, Instituto de Biociências, UNESP/BOTUCATU.
A Eugenia dysenterica (ED), conhecida como "cagaiteira", é uma árvore do cerrado cujo chá das
folhas é descrito popularmente por ter efeito sobre o sistema cardiovascular. Um estudo prévio do
nosso laboratório demonstrou que a administração intravenosa de ED promove redução dose-
dependente de pressão arterial média (PAM) via bloqueio de canais de cálcio. Portanto, o presente
estudo propõe verificar se o efeito hipotensor também se manifesta quando da administração do
extrato aquoso das folhas de ED por via oral. Para tanto, foram utilizados ratos Wistar machos
normotensos (360-400g) os quais foram submetidos à cirurgia (Ketamina, 70 mg/kg; Xilasina 7
mg/kg) de cateterização de arterial e veia femoral, para medida de pressão arterial pulsátil (PAP) e
administração de supradosagem de anestésico para eutanásia, respectivamente. Após 24 horas da
cateterização, foi realizado o registro basal de PA nos animais por meio de transdutor
mecanoelétrico acoplado a sistema de aquisição analógico/digital. Em seguida, os animais foram
desconectados do sistema de registro e submetidos à admnistração vo por gavagem de 1 mL/kg de
NaCl 0,9% (grupo controle) ou extrato aquoso liofilizado de folhas de ED (100 mg/kg).
Imediatamente após a administração vo, os animais foram reconectados ao sistema para
continuidade do registro de PAP. Foram analisadas as variações percentuais de PAM e frequência
cardíaca (FC) nos tempos de 10, 30 e 60 min após gavagem. Os resultados mostram que a
administração aguda vo de ED não promoveu alteração percentual significativa de PAM (10
min:3±8%; 30 min: 4±7%; 60 min: 8±7%) quando comparada à administração de NaCl 0,9% (10
min:12±0,3%; 30 min: 4±5%; 60 min: 4±1%). A FC também não se mostrou diferentes nos animais
que receberam ED (10 min:2±4%; 30 min: 8±8%; 60 min: -8±2%) quando comparados aos
controles (10 min:15±6%; 30 min: 10±1%; 60 min: 12±10%). Conclui-se que a dose de 100 mg/kg
via oral não foi capaz de promover hipotensão em ratos normotensos, fato que motiva um estudo
dose-dependente.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE UM SHAMPOO ENRIQUECIDO COM O
EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave
Fuzaro, C.C.1; Santos, L.1
1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis. E-mail: [email protected]
As folhas das monocotiledôneas do gênero Agave apresentam altas concentrações de saponinas,
glicosídeos de esteroides que possuem grande importância farmacológica e econômica, por
apresentarem importantes propriedades farmacológicas, entre elas a antifúngica. Sabe-se que as
dermatofitoses estão entre as principais infecções causadas por fungos, e que os medicamentos
disponíveis atualmente para combater essas infecções além de apresentarem vários efeitos
colaterais, estão levando a resistência de algumas espécies de fungos. Nesta direção, diante da
possibilidade do desenvolvimento de uma novo fitoproduto para o tratamento das dermatofitoses, o
objetivo desse estudo foi o de desenvolver um shampoo antifúngico enriquecido com o extrato de
uma planta monocotiledônea do gênero Agave. Para isso, inicialmente, por meio da prensagem de
suas folhas e centrifugação do suco resultante foi preparado o extrato vegetal. Posteriormente, foi
determinada a concentração mínima inibitória (CMI) desse extrato contra o fungo Trichopyton
rubrum. Numa próxima etapa, o shampoo enriquecido com o extrato vegetal foi desenvolvido. A
atividade antifúngica do shampoo foi realizada por meio da introdução da cultura líquida de
Trichophyton rubrum ao shampoo, seguida de sucessivas diluições em água peptonada a 0,1%,
até a obtenção de 3,7x102 células/mL. Na etapa seguinte, foi realizada a inoculação da solução
peptonada em meio de cultura sólido, e este foi incubado em estufa bacteriológica a 35ºC durante
24 horas, para posterior contagem do número de colônias formadas. Nesta análise o shampoo com
cetoconazol (SC) foi usado como controle positivo. Por último, a fim de comprovar a segurança do
shampoo a toxicidade aguda do extrato foi avaliada em ratos fêmeas Wistar (n=5), processo CEUA
– 004/2014. Os resultados mostraram que o extrato apresentou uma CMI de 0,75 mg/mL. Na
análise antifúngica do shampoo enriquecido com o extrato vegetal o número médio de colônias de
Trichopyton rubrum foi semelhante ao do shampoo enriquecido com o cetoconazol. A determinação
da toxidade aguda mostrou que o extrato analisado se apresenta inócuo quanto à incidência de
óbitos e com efeitos colaterais pouco expressivos e de curta duração. Em suma, os resultados
sugerem que a partir desse extrato é possível o desenvolvimento de um shampoo com atividade
antifúngica.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DA CINÉTICA BACTERIANA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Croton doctoris CONTRA BACTÉRIAS DE INTERESSE CARIOGÊNICO
OLIVEIRA A.B.1, DELBEM A.C.B.2, SALVADOR M.J.3, DELBEM A.C.B.2, FREITAS L.S.F.4,
OLIVEIRA M.A.C.4, KOGA-ITO C.Y.4, BRIGHENTI F.L.1
1Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, campus Araraquara; 2Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, campus Araçatuba;
3Universidade de Campinas, IB – Unicamp; 4Universidade Estadual Paulista (UNESP), ICT- São José dos Campos. E-mail: [email protected]
Estudos demonstram que extratos obtidos a partir das folhas de Croton doctoris possuem atividade
antimicrobiana. O objetivo deste estudo foi avaliar a cinética bactericida dessa planta contra
bactérias envolvidas na patogenia da cárie dentária. Folhas secas foram maceradas com 70% de
etanol (1:20 w/v; 72 h a 25 ºC). O etanol foi evaporado sob pressão reduzida e o extrato resultante
foi liofilizado. As seguintes cepas de referência foram utilizadas: Actinomyces naeslundii ATCC
19039, Lactobacillus acidophilus ATCC 4356, Streptococcus mutans ATCC 35688, e S. sobrinus
ATCC 33478. Inóculos foram preparados em caldo de BHI a partir de uma suspensão bacteriana
de 106 UFC/mL. As suspensões foram incubadas (37 ºC, 5% CO2) até que os microrganismos
atingissem a metade de sua fase exponencial. O extrato foi adicionado a concentrações de 1, 2 ou
4 vezes o valor da concentração inibitória mínima (CIM) e as suspensões foram tratadas durante 5,
15, 30, 60 e 120 min. Caldo BHI e clorexidina foram usadas como controles. As suspensões foram
diluídas e plaqueadas em ágar de BHI. Após incubação por 48 h a 5% CO2, o número de colônias
formadoras (UFC/mL) foi obtido. Após 2 h de tratamento, a % de morte foi de 55% para S. mutans,
54% para L. acidophilus, 100% para S. sobrinus e 29,7% para A. naeslundii. Em conclusão, o
extrato hidroalcoólico de C. doctoris demonstrou atividade antimicrobiana contra bactérias
cariogênicas.
Apoio financeiro: FAPESP (20008/04114-2 e 2008/53299-5)
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS DO EXTRATO DE UMA MONOCOTILEDÔNEA DO GÊNERO Agave
Kuae, L. Y.1; Soares, B. A.1; Santos, L.1 1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis
E-mail: [email protected]
Sabe-se que as monocotiledôneas do gênero Agave apresentam altas concentrações de
sapogeninas esteroidais, moléculas precursoras dos anti-inflamatórios glicocorticóides. Nesta
direção, diante da possibilidade do desenvolvimento de uma novo fitoterápico, o objetivo desse
estudo foi o de avaliar in vivo, em ratos Wistar, os perfis toxicológico, anti-inflamatório e analgésico
da fração alcoólica do extrato da hidrólise ácida (FAEHA) de uma planta monocotiledônea
(Processo CEUA - 003/2014). A FAEHA foi administrada oralmente em ratos machos (n=6/grupo)
nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg nos modelos de inflamação, edema de pata induzido por
carragenina, e de dor, teste da formalina. Na avaliação da toxicidade aguda, foram utilizados ratos
fêmeas (n=5) e a FAEHA foi administrada em dose única de 2000 mg/kg. Além da ocorrência de
morte, por 14 dias foi avaliada a manifestação de evidências de toxicidade, referentes ao controle
motor e da consciência. Por fim, com o objetivo de constatar se as atividades farmacológicas
avaliadas estavam relacionadas com a presença de sapogeninas, a existência destes metabólitos
foi analisada através de espectrometria de massas com alta resolução (HRESI-MS). A
determinação da toxidade aguda mostrou que a FAEHA se apresenta inócua quanto à incidência
de óbitos e com efeitos colaterais pouco expressivos e de curta duração. No teste analgésico, a
dose de 25 mg/kg foi capaz de inibir significativamente (p<0.05) a manifestação dos sinais álgicos.
No teste de edema de pata, as doses de 25 e 50 mg/kg apresentaram potente efeito
antiedematogênico (p<0.05). O estudo fitoquímico revelou presença de sapogeninas, sendo que
destas foram identificados dois tipos: hecogenina e tigogenina. Os resultados obtidos durante o
estudo permitem inferir que a FAEHA é capaz de atenuar os mecanismos que resultam nos
processos álgicos e inflamatórios, de modo eficaz e com baixo número de efeitos adversos. Sendo
que, as atividades constatadas devem estar relacionadas com a presença de sapogeninas, como
evidenciou o estudo fitoquímico. Em suma, os resultados sugerem que a partir da FAEHA é
possível o desenvolvimento de um fitoterápico com efeitos anti-inflamatório e analgésico.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA TESTES DE SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS COM DIFERENTES POLARIDADES PARA Staphylococcus spp. E
Enterobactérias/Pseudomonas spp.
MARQUES R.S.1; OLIVEIRA A.B. 1; GIRO E.M.A. 1; BRIGHENTI F.L. 1 1Faculdade de Odontologia de Araraquara (Unesp).
E-mail: [email protected]
A busca de novos compostos úteis no tratamento das doenças infecciosas deve-se tanto ao
surgimento de novos patógenos quanto a resistência que muitos micro-organismos apresentam
aos agentes terapêuticos atuais, isso levou ao avanço de técnicas microbiológicas e ao surgimento
de diversos testes de suscetibilidade microbiana in vitro. O objetivo desse trabalho foi avaliar dois
métodos de triagem de atividade antimicrobiana utilizando diferentes polaridades: o teste de
difusão em ágar e o teste de microdiluição em caldo. Sessenta extratos foram preparados a partir
de dez plantas coletadas no Pantanal Brasileiro, utilizando seis diferentes métodos de extração.
Para os testes microbiológicos foram utilizadas as cepas de referência: Staphylococcus aureus
ATCC 6538, Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Escherichia coli ATCC 25922,
Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027. Um inóculo em caldo BHI foi preparado contendo 1% de
uma suspensão a 106 UFC/mL. O teste de difusão foi realizado utilizando a técnica de dupla
camada em ágar. O teste de microdiluição em caldo foi realizado para análise da concentração
inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM). Os resultados foram analisados
através do cálculo de sensibilidade do método de difusão em ágar e a correlação entre o diâmetro
do halo de inibição e os valores de CIM e CBM. Tanto a sensibilidade quanto a especificidade
foram maiores que 0,9 considerando os dois grupos. Devido à ausência de falsos negativos no
grupo Enterobactérias / Pseudomonas spp., a sensibilidade foi 1,00 enquanto a sensibilidade para
o grupo Staphylococcus spp. foi 0,89. Por outro lado, o grupo Staphylococcus spp. apresentou
maior especificidade do que o grupo Enterobactérias / Pseudomonas spp. Não foi observada uma
correlação entre o diâmetro do halo de inibição e o valor da CIM. Pode-se concluir que o teste de
difusão em ágar é adequado para a realização de triagem de atividade antimicrobiana.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DO CARREGAMENTO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA
STEFANELLI, L.E.P.1; FORTI, L.C.1; TRAVAGLINI R.V. 1; FERREIRA L.C.; GALLO C.C.2 1 Departamento de Proteção Vegetal FCA/UNESP. 2 FMVZ – UNESP Botucatu. E-mail
As formigas cortadeiras são um grande problema na agricultura e nas plantações florestais,
atualmente as iscas granuladas funcionam muito bem no controle de formigas pois são de fácil aplicação,
no entanto a busca por novos ativos para o controle das pragas na agricultura é fundamental para evitar a
seleção de populações resistentes. Diante deste cenário os inseticidas botânicos podem representar uma
alternativa ao controle químico, em vista de que alguns extratos botânicos apresentam grande potencial de
utilização. O presente trabalho aferiu o carreamento de diferentes iscas granuladas utilizadas no controle de
formigas cortadeiras e a possibilidade da utilização de óleo de Neem (Azadirachta indica) na formulação das
iscas. Foram utilizados 3 tratamentos com diferentes ativos, sendo eles: sulfuramida (T1), (T2) Azadirachta
indica (4 %) e Tephrosia candida (T3). O experimento foi conduzido em laboratório (T= 25±2° C; UR=
70±10%). A testemunha foi a isca à base de polpa cítrica. Para avaliar o carregamento foram selecionados
15 pellets por tratamento ( com peso médio total de 0,3 g). A avaliação contou com 5 repetições, em
delineamento experimental inteiramente casualizado onde cada ninho representou uma repetição. O período
de avaliação seguiu o cronograma de observações a cada 2 h. Sendo que após o período de 8 horas, as
iscas não carregadas foram retiradas. Além do carregamento foi observada a devolução dos pellets.
Constatou-se o tratamento com sulfuramida e Tephrosia candida tiveram 100% de carregamento com o
período de 6 horas. O tratamento com óleo neem apresentou menor taxa de carregamento e maior taxa de
devolução, o que indicou alguma característica repelente ou deterrrente ao inseto, prejudicando assim seu
carregamento pelas formigas. Este indicativo sugere o potencial inseticida desta substância. O
carregamento é um fator interessante para a formulação adequada de iscas formicidas, mais pesquisas com
outras substâncias devem ser realizadas com compostos de maior atratividade e menor repelência ao
inseto.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DO EFEITO HIPOMETILANTE DO EXTRATO DE PRÓPOLIS E DO EGCG SOBRE O GENE RASSF1A EM LINHAGENS DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS
ASSUMPÇÃO, J.H.M.1; TAKEDA, A.A.S.1; SFORCIN2, J.M.1; RAINHO, C.A.1
1Departamento de Genética, 2Departamento de Mibrobiologia e Imunologia, Instituto de Biociências de
Botucatu (IBB) – UNESP. E-mail: [email protected]
A inativação do gene RASSF1 (Ras association domain family member 1) pela hipermetilação da região
promotora A é um evento frequente em muitos cânceres humanos. Evidências recentes indicam que
compostos de origem natural como a epigalocatequina-3-galato (EGCG), principal catequina do chá verde
(Camellia sinensis), podem inibir a atividade de DNA metiltransferases (DNMTs) e, consequentemente,
reativar a expressão de genes supressores de tumor silenciados no câncer. A própolis é uma substância de
origem natural, produzida pelas abelhas a partir de diferentes plantas, que resulta em uma composição
complexa e em diversidade de efeitos biológicos e farmacológicos. Portanto, o objetivo do presente estudo
foi investigar o potencial efeito hipometilante do extrato etanólico de própolis (EEP) e do EGCG.
Primeiramente, utilizou-se a abordagem in silico baseada em docking molecular para verificar se moléculas
derivadas da própolis podem interagir com o domínio metiltransferase (MTase) da DNMT1 (DNA
metiltransferase 1) humana. Foram selecionados os seguintes componentes da propolis: benzil benzoato,
ácido cafeico, CAPE (éster de ácido cafeico), ácido dihidrocinâmico, (2E,6Z)-farnesol, ácido ferúlico,
kaempferide, ácido p-cumárico, ácido hidrocinâmico e espatulenol. O modelo cristalográfico da DNMT1
humana e o seu inibidor intrínseco (SAH) foram utilizados como referências. Em paralelo, foram
selecionadas três linhagens celulares derivadas de carcinomas mamários humanos (MDA-MB-231, MDA-
MB436 e BT549) que apresentam 100% de metilação neste locus. As células (1x105) foram expostas ao
EEP (10µg/mL) ou ao EGCG (10µM) durante 96 horas. Em seguida, o DNA genômico foi extraído e
modificado pelo bissulfito de sódio. A análise de metilação do DNA foi baseada na técnica de MS-PCR
(Methylation Specific – Polimerase Chain Reaction. As simulações de docking indicaram que os compostos
CAPE, (2E,6Z)-farnesol e o ácido p-cumárico podem inibir a DNMT1 segundo os parâmetros: energias de
ligação negativa, melhor ocupação do sítio de ligação e interações químicas comuns com o complexo SAH-
DNMT1. No entanto, apenas o efeito hipometilante do EGCG foi confirmando nas linhagens MDA-MB-231 e
BT-459. Em conjunto, os dados obtidos indicam que embora alguns compostos derivados da própolis
potencialmente possam inibir a ação de DNMTs, a presença dos mesmos no EPP não é suficiente para
inibir in vitro a metilação do gene RASSF1.
Auxílio financeiro: CAPES
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CÂNCER DE MAMA COM PEQUENAS MOLÉCULAS DERIVADAS DA PRÓPOLIS BRASILEIRA
Assumpção, J.H.M.1; Sforcin2 J.M.; Rainho, C.A.1
1Departamento de Genética, 2Departamento de Mibrobiologia e Imunologia, Instituto de Biociências
de Botucatu (IBB) – UNESP. E-mail: [email protected]
A própolis é um produto natural produzido pelas abelhas a partir de exsudatos de origem botânica.
O seu extrato é amplamente utilizado para fins medicinais devido às suas diversas propriedades
biológicas. Porém, estudar o extrato da própolis sob um ponto de vista farmacológico sempre foi
um desafio, já que a sua composição química é dependente da localização geográfica, bem como
da origem botânica das substâncias coletadas pelas abelhas. Devido a essa questão, nos últimos
anos alguns estudos foram conduzidos com o de objetivo descrever a composição química da
própolis brasileira, que inclui flavonóides, terpenos e ácidos fenólicos. O presente estudo teve
como objetivo avaliar o efeito do extrato etanólico de própolis (EPP) e alguns dos seus ácidos
fenólicos sobre a viabilidade de linhagens celulares derivadas de carcinomas mamários humanos.
O efeito do EPP (6.25, 12.5, 25, 50 e 100µg/mL) e do ácidos ácido cafeico, hidrocinâmico e p-
cumárico (6.25, 12.5, 25, 50 e 100µM) foi avaliado pelo teste de MTT [(3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-
difeniltetrazólio] após exposição in vitro durante 24, 48, 72 e 96 horas. Utilizou-se a análise de
variância (ANOVA) e o teste de Dunnet para comparações entre cada tratamento e seu respectivo
controle. Foi calculado a IC50 relativa pela regressão não linear e o modelo de slope variável (four-
parameter logistic curve). O EEP reduziu a viabilidade celular das linhagens BT-20 e BT-549
(p<0,0002 e p<0,02), com IC50 igual a 18,06 e 25,45µgml, respectivamente; o ácido p-cumárico
reduziu a viabilidade de todas as linhas celulares estudadas com valores de p<0,00001 (BT-20 e
BT-549) e p<0,0002 (MDA-MB-231 e MDA-MB-436) e valores de IC50 iguais a 17.02, 13.94, 22.85
e 23.55µM nas linhagens BT-20, BT-549, MDA-MB-231 e MDA-MB-436, respectivamente. Esses
resultados indicam o efeito antiproliferativo do EEP e do ácido p-cumárico nas linhagens celulares
analisadas. Futuro estudos deverão ser conduzidos para se investigar os mecanismos moleculares
que explicam tais efeitos.
Apoio financeiro: CAPES
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
BIOFERTILIZANTE ELIXIR® À BASE DE ÁCIDO HÚMICO E ÁCIDO FÚLVICO NO
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Allium Schoenoprasum L.
SANTOS, A. G.1; MARQUES, I. B.1; SILVA, H. E. R1; BOMFIM, F. P. G.1
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu. Email: [email protected]
A cebolinha (Allium schoenoprasum L.) é uma espécie condimentar, com grande potencial para
desenvolvimento da agricultura familiar, comumente adotada como cultura secundária por
produtores de hortaliças, possui valor agregado e de mercado bastante expressivo. A cebolinha
possui ainda propriedades medicinais, logo se sugere que seu cultivo seja feito dentro de normas e
preceitos orgânicos. A adubação orgânica ainda aparece em vários estudos sendo um dos
principais entraves para o avanço desse sistema de produção, sendo inexistentes estudos sobre o
uso de biofertilizantes comerciais sobre o desempenho agronômico de culturas de interesse
econômico. O ELIXIR® é um biofertilizante ainda não comercializado no Brasil, devido à falta de
estudos e pesquisas quanto à eficácia nos parâmetros fitotécnicos das espécies vegetais. Este
produto é comumente extraído de lagoas de sedimentos, ricos em ácidos húmicos e ácidos
fúlvicos, que são ácidos orgânicos responsivos na produtividade de culturas agrícolas. Sendo
assim, objetivou-se com esse estudo avaliar doses crescentes de ácidos húmicos e ácidos fulvicos
nos desenvolvimento de mudas. O experimento foi conduzido no Departamento de Horticultura da
Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP/Botucatu, em casa de sobra. O delineamento
estatístico utilizado foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições, cada
parcela constituída por 10 unidades experimentais. Os tratamentos foram constituídos por doses do
biofertilizante, que foram obtidas através de 0, 24, 48, 60, 96 ml de Elixir® por 20 ml de água,
aplicadas a cada 15 dias sobre as mudas, totalizando 3 aplicações. Ao final foram avaliadas as
seguintes características: número de folhas, comprimento e diâmetro das mudas, peso fresco e
peso seco da parte aérea. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão
no software Sisvar 5.6. Pelo intermédio da análise de variância observou-se que não houve
diferença estatística entre os tratamentos, contudo observa-se superioridade nas médias de peso
seco na dose de 60 ml 20L-1.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NOS MERCADOS TRADICIONAIS DE
JUAZEIRO NO NORTE/CE
Bispo, G. L.1, Marques, I. B.1, Araújo, E. O.1, Chaves, P. P. N.1, Marco, C. A.2. (1) Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] (2) Universidade Federal do Cariri
– UFCA/CE. [email protected]. A etnobotânica se ocupa com o estudo das plantas, sendo uma ciência que emprega metodologias de
outras ciências, mas, sobretudo das ciências sociais e da botânica para estudar as interações entre o
homem, o mundo vegetal, o ecossistema e o meio ambiente atingindo assim sua cultura, seus costumes e
suas crenças. A relação entre o homem e as plantas medicinais, é algo muito relevante e digno de estudos
mais aprofundados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo etnobotânico acerca da
comercialização de plantas medicinais nos mercados tradicionais de Juazeiro no Norte. O estudo deu-se
através de pesquisa classificada como exploratória, descritiva, de abordagem quali-quantitativa, constituída
por entrevista estruturada e observação “in loco”. O universo da investigação foi representado por 14
comerciantes de ervanarias do Mercado Central e Mercado do Pirajá. Todos os ervanários responderam a
um questionário composto de perguntas objetivas e de múltipla escolha. Entre a diversidade de plantas
medicinais conhecidas, algumas com propriedades comprovadas cientificamente e outras apenas
empiricamente, podem ser encontradas nos mercados tradicionais de Juazeiro do Norte mais de 100
espécies. De acordo com a pesquisa, 57% dos ervanários comercializam entre 50 e 80 espécies, 14,2%
dispõem de mais de 100 espécies, e o restante (28,4%) dos entrevistados vendem menos que 50 espécies.
As mais procuradas são: boldo do chile (Peumus boldus Molina), camomila (Matricaria recutita L.), erva doce
(Pimpinela anisum L.), macela (Achyroclines atureioides (Lam.) DC.) e quixaba (Sideroxylon obtusifolium TD
Penn.). De acordo com as respostas dos comerciantes, nenhum deles cultiva nenhuma planta, as mesmas
são adquiridas de distribuidores. Do total de feirantes, 35,7% afirmou desconhecer a procedência da
mercadoria. Já 64,3% reportaram que grande parte do material vem das regiões Sudeste, Norte e Nordeste,
algumas do Sul e do Centro-Oeste e ainda há espécies importadas de países como Chile e Indonésia. Nos
estabelecimentos podem ser encontradas plantas medicinais em diversas formas, tais como: desidratadas,
in natura, processadas, embaladas e até mesmo em forma de xaropes. Conclui-se que são comercializadas
diversas espécies, adquiridas de várias partes do Brasil e do mundo e que os comerciantes não cultivam as
mesmas
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMÉRCIO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS E PERFIL DOS FEIRANTES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL PAULISTA
SANTOS, V.T.1; BONFIM, F.P.G.1; CAMPOS, O.P.2; PAGASSINI, J.A.V.1 1FCA/UNESP; 2UENP – CLM.E-mail: [email protected]
O trabalho teve por objetivo diagnosticar a disponibilidade atual de Plantas Alimentícias Não
Convencionais (PANC), bem como o perfil de seus comerciantes em feiras orgânicas no município
de São Paulo. Foram selecionadas como amostras não aleatórias as maiores feiras orgânicas (em
número de feirantes) de São Paulo: Feira Orgânica do Parque da Água Branca e Feira Orgânica do
Ibirapuera, localizadas nas Zonas Oeste e Sul, respectivamente. Através de questionário
semiestruturado, entrevistaram-se cada feirante com o objetivo de constatar: o conhecimento da
definição de PANC, informações censitárias (gênero, faixa etária, escolaridade, atividade familiar e
conhecimento da origem dos produtos), PANC comercializadas e a porcentagem de representação
delas na receita de vendas de cada um. Dos 52 comerciantes integrantes das duas feiras, 28
trabalham com PANC, sendo esses os entrevistados. Como resultado do perfil dos comerciantes,
observa-se que: 71% são do gênero masculino, 50% têm o ensino médio completo, 21% possuem
formação superior completa e as faixas etárias mais expressivas são: idade superior a 40 anos
(32%) e idade entre 20 a 30 anos (36%). Seguem, quase que em sua totalidade a atividade
familiar, sendo que 78% são produtores rurais, o que reflete na origem dos produtos que
comercializam, visto que a produção própria é o que predomina (89%) e vem seguida de produção
de vizinhos (18%) e vendas via vínculo trabalhista (7%), sendo que nada deste segmento de
plantas vem do CEAGESP. Foram encontradas 48 Plantas Alimentícias não Convencionais nas
feiras do município de São Paulo, sendo que as plantas mais ocorrentes foram: ora-pro-nóbis
(Pereskia aculeata Mill.), taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) e serralha (Sonchus oleraceus L.),
presentes em 71%, 68% e 61% das bancas, respectivamente. Seguidas por mostarda-folha
(Brassica juncea L.) Czern.), capuchinha (Tropaeolum majus L.), caruru (Amaranthus deflexus L.),
peixinho (Stachys byzantina K. Koch) e beldroega (Portulaca oleracea L.), presentes em 57%, 43%,
43%, 39% e 39% das bancas, respectivamente. Pela pesquisa, é possível observar que 71%
conhece o significado do termo PANC. Essa categoria representa até 25% da receita de vendas de
82% dos feirantes e até 50% da mesma receita de 14% dos feirantes, demonstrando a importância
das PANC na geração de renda para estas famílias.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMÉRCIO DE PLANTAS MEDICINAIS EM FEIRA AGROECOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE
CRATO /CE.
Bispo, G. L.1, Marques, I. B.1, Araújo, E. O.1, Marco, C. A.2, Chaves, J. T. L.3. (1) Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail:
[email protected], [email protected], [email protected], (2)
Universidade Federal do Cariri – UFCA/CE. [email protected], (3) Universidade Federal de Lavras -
UFV/MG, [email protected].
A etnobotânica é uma ciência que estuda as plantas medicinais e suas interações com o ambiente, as
crenças bem como sua produção e comércio. O sucesso do processo produtivo depende organização e
sistematização da legislação relativa à produção, coleta e comercialização tornando-se imprescindível o
conhecimento por parte dos comerciantes destes processos. Objetivou-se identificar as espécies de plantas
medicinais comercializadas em feiras agroecológicas, assim como o nível de informação dos comerciantes,
acerca da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O estudo foi realizado na Feira
Agroecológica da Associação Cristã de Base (ACB) localizada na cidade de Crato, no Ceará. A pesquisa
classifica-se como exploratória, descritiva e bibliográfica de abordagem quali-quantitativa por meio de
realização de entrevistas estruturadas com aplicação de questionário composto de perguntas objetivas e de
múltipla escolha com participação de 12 comerciantes de ervanários escolhidos de forma aleatória, cujo
propósito era avaliar o nível de satisfação do comerciante no mercado das plantas medicinais e seu
conhecimento das espécies como local de produção, princípio ativo, espécies mais vendidas e em relação à
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). De acordo com os dados coletados
observou-se que do total de entrevistados apenas 4 (33%) comercializavam algum tipo de erva. Deste total,
foram citadas 10 espécies entre elas capim santo (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf.), camomila (Matricaria
recutita L), alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e hortelã (Mentha suaveolens Ehrh.) que são produzidas pelos
próprios feirantes e algumas coletadas através do extrativismo. Todos os comerciantes possuem
conhecimento em relação à finalidade e uso das plantas medicinais comercializadas, pois verifica-se que
não houve divergência entre o que foi afirmado pelos comerciantes e os dados científicos sobre as plantas
medicinais. Em relação à legislação e a PNPMF até então os feirantes não tinham atentado a este ponto
apresentando como dificuldade a falta de apoio e políticas públicas que favoreça a produção e comércio
desse tipo de produto. Em suma, os comerciantes conhecem as espécies no que diz respeito ao seu uso,
entretanto dispõem de pouca informação acerca da legislação e a PNPMF sendo necessário incentivo e
programas de capacitação no segmento em estudo.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPONENTES QUÍMICOS DO CAULE DE Hylocereus undatus (Haw) Britton & Rose.
CARRARA V.1, KAMIKAWACHI . R.C.1, ALMEIDA O.J. G.1, VILEGAS, W.1
Instituto de Biociências, Campus do Litoral Paulista, Unesp, São Vicente/SP. E-mail:
O gênero Hylocereus (Haw) Britton & Rose (Cactaceae) é originário das regiões tropicais da
América, como América Central e América do Sul4. As características morfológicas que definem
este gênero são: flores alongadas e frutos de formato globuloso com sementes escuras2,6. Nesse
gênero encontram-se 15 espécies6, dentre elas o cacto Hylocereus undatus, conhecido como
Pitaya Vermelha de Poupa Branca, que atualmente vem sendo foco na pesquisa científica devido
ao seu grande potencial nutricional e alto valor de mercado. A família Cactaceae apresenta vários
relatos de uso medicinal por populações tradicionais, apresentando assim, grande potencial
fitoterápico1. Apesar da grande quantidade de estudos com o fruto de H.undatus, avaliando a
atividade biológica e, superficialmente, a composição química3,5, pouco se conhece a respeito da
parte vegetativa deste organismo, a qual, ao contrário do fruto, faz-se presente em todos os
períodos do ano, sendo de fácil acesso. O presente trabalho tem como objetivo elucidar a
composição química dos caules de Hylocereus undatus. Por meio de percolação foi obtido o
extrato hidroalcóolico, o qual foi analisado por infusão direta em modo negativo usando ionização
por Electrospray e analisador de Íon Trap (FIA-ESI-IT-MSn) no modo negativo e por cromatografia
líquida de ultra eficiência acoplada a espectrômetro de massas (UPLC-MS) no modo negativo.
Através análise por UPLC-MS foram observadas oito substâncias: seis flavonoides, uma saponina
e um alcaloide. Através desses resultados, conclui-se que o caule de Hylocereus undatus possui
uma grande diversidade química, sendo uma promissora fonte de substâncias. A próxima etapa
será a de isolar e elucidar a estrutura dessas substâncias.
Agradecimento: CNPq
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE HORTALIÇAS NEGLIGENCIADAS NA INTERVENÇÃO DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
Santos, R.C.¹; Bonfim, F.P.G.²
1Graduanda em Nutrição, UNESP - [email protected]; 2 Doutor em Fitotecnia, Docente UNESP/FCA - [email protected].
O consumo errado dos alimentos ou até mesmo sua ausência são algumas das causas principais
das deficiências nutricionais. Com isso, estudos mostram que, hortaliças negligenciadas,
conhecidas atualmente por plantas alimentícias não convencionais, podem trazer benefícios a
saúde humana, melhorando a inadequação nutricional. O objetivo deste estudo é comparar através
de uma revisão bibliográfica a composição nutricional de algumas Plantas Alimentícias Não
Convencionais de ocorrência espontânea, analisando se estas podem ter quantidades suficientes
para alcançar as necessidades diárias segundo a Ingestão Dietética de Referência (Dietary
Reference Intakes – DRIS) associando- as às enfermidades de origens nutricionais. A análise foi
feita registrando os principais macro e micronutrientes que causam deficiências nutricionais,
observando seu consumo diário através das DRIS, intituladas pela Anvisa. Foram, analisados
artigos científicos que traziam referências da composição nutricional da serralha, beldroega,
bertalha, mostarda, ora-pro-nobis, caruru e maria gorda. Através dos dados encontrados
percebemos a beldroega contem altas concentrações de Ferro e Zinco, 42mg e 34mg
respectivamente, o que demonstra níveis acima da recomendação diária ajudando na prevenção
de anemia, unhas coiloníqueas, dermatite, alopecia, cegueira noturna. A bertalha e o ora-pro-nobis,
possuem níveis elevados de Vitamina C o que permite o combate da deficiência por ferro, por ser
um auxiliador na absorção deste nutriente, além de evitar sintomas como pele e cabelo seco, mau
humor. E por fim, o caruru apresenta altos níveis de Cálcio, cerca de 45% do valor total
recomendado de acordo com as DRIS, o que ajuda na prevenção de cãibras, caries, ossos fracos e
perda de memória. Sendo assim, é possível concluir que as hortaliças não convencionais têm
fatores importantes para o combate de deficiências nutricionais, sendo necessário saber as
quantidades diárias relacionadas com o fator de absorção de cada nutriente. Porém estudos mais
aprofundados e precisos devem ser realizados para se ter uma maior especificidade do valor e
qualidade nutricional de cada planta.
Agradecimento: CNPq – 402855/2017-0
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTI-CÁRIE DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Nectandra megapotamica (Spreng) Mez.
Almeida, K. C. R.1; Silva, B. B.1; Miranda, M. L. D.1
1Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, Campus Pouso Alegre, Pouso Alegre-MG. E-mail: [email protected]
Os óleos essenciais são considerados fontes de substâncias naturais, que possuem diversas
atividades biológicas, como por exemplo, propriedade antioxidante, antibacteriana, antifúngica,
inseticida entre outras. Estes óleos essenciais são misturas complexas constituídas por
substâncias de baixo peso molecular, principalmente monoterpenos, sesquiterpenos e
fenilpropanoides. Nectandra megapotamica (Lauraceae), conhecida como canelinha, ocorre nas
regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, sendo utilizada na medicina popular para aliviar dores
reumáticas. Esta espécie é caracterizada pela presença de alcaloides indólicos, lignoides,
fenilpropanoides e flavonoides. As folhas frescas de N. megapotamica (300 g) foram coletadas no
município de Limeira – SP e submetidas ao processo de hidrodestilação em aparelho do tipo
Clevenger para obtenção do óleo essencial. O óleo essencial foi analisado por cromatografia
gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e por cromatografia em fase gasosa com
detector de ionização de chama (CG-DIC). Os constituintes majoritários identificados foram: -
bisabolol (27,0 %, 1) e γ-cadineno (10,8 %, 2) (Figura 1). A atividade antibacteriana foi avaliada
pelo método de microdiluição em caldo utilizando placa de 96 poços e os valores de concentração
inibitória mínima (CIM) foram expressos em µg/mL. O óleo essencial avaliado apresentou forte
atividade anticariogênica contra Streptococcus mutans (CIM = 50 µg/mL) e moderada para S. mitis
(CIM = 200 µg/mL). Em suma, o óleo essencial das folhas de N. megapotâmica apresentou
promissora atividade antibacteriana in vitro, tendo em vista sua ação frente à bactéria S. mutans,
que é considerada agente etiológico da cárie dentária. Outro aspecto digno de menção é que
poucos produtos naturais exibem atividade frente a esta bactéria.
Figura 1. Estrutura química do -bisabolol (1) e do γ-cadineno (2).
Pag.32
HO
1 2

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CASCAS DE BANANA “NANWA KHOM”AO LONGO DO PROCESSO DE AMADURECIMENTO
Monar, G. R. S ¹*; Borges, C. V.¹; Belin, M. A. F.¹; Amorim, E. P. 2 ; Lima, G. P. P.¹
¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil.
2 Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA- Rua Embrapa, s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas,BA. E-mail: [email protected]
A banana possui grande importância econômica e social, sendo o quarto alimento mais produzido
no mundo. Sua grande aceitação é proveniente dos aspectos sensoriais e valor nutricional, sendo
caracterizada como fonte energética e de compostos bioativos. Geralmente, suas cascas não são
utilizadas na alimentação humana, mas possuem elevado teor de bioativos com potencial
antioxidante, principalmente em relação às polpas, podendo ser utilizadas para prevenção e
promoção da saúde. Os níveis desses compostos e suas atividades antioxidantes podem variar de
acordo com a maturação dos alimentos. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar as possíveis
alterações nos compostos bioativos e na atividade antioxidante na casca da banana ao longo do
amadurecimento. Foram analisadas cascas de banana do genótipo “Nanwa Khom” (banana tipo
para cozinhar) nos estádios de amadurecimento 2 (verde), 5 (amarelo) e 7 (amarelo com pontos
pretos). Fenóis totais, carotenoides totais e a atividade antioxidante (via FRAP e ABTS) foram
avaliadas por espectrofotometria, e expressas em massa seca. Os maiores níveis de fenóis totais
(599,1 mg.100-1g), carotenoides totais (371,5 mg.100-1g) e atividade antioxidante (FRAP: 830,4
mmol/100g TEAC; ABTS: 5661,3 mmol/100g TEAC) foram encontrados no quinto estádio de
maturação. As cascas de Musa spp possuem quantidade apreciável de fenóis e carotenoides
totais, assim como de capacidade antioxidante, demonstrando seu grande potencial para aplicação
na indústria farmacológica e na alimentação humana, buscando a promoção a saúde.
Financiamento: CNPq; FAPESP
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS E POLPAS DE BANANA AO LONGO DO AMADURECIMENTO E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO
Belin, M. A. F.¹; Borges, C. V.¹; Monar, G. R. S.¹; Amorim, E. P.2; Lima, G. P. P.¹
¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil.
2Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas/BA – Rua Embrapa s/n, caixa postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA. E-mail: [email protected]
Banana (Musa spp) é o quarto alimento mais produzido no mundo. É muito consumida por suas
propriedades organolépticas, baixo custo e fácil acessibilidade. Suas cascas, normalmente descartadas,
apresentam mais compostos bioativos que as polpas, como os compostos fenólicos e carotenoides, com
potencial antioxidante, antibactericida, antiulcerogênica, anti-hipertensiva, antidiabética e anticâncer. Esses
compostos podem variar com genótipo, amadurecimento e processamento térmico. O trabalho objetiva
avaliar os compostos bioativos e capacidade antioxidante de cascas e polpas de banana ao longo do
amadurecimento e após processamento térmico. Frutos nos estádios de maturação 2, 5 e 7 do genótipo
“Dangola” foram analisados in natura; e o 5 foi submetido à cocção por imersão e micro-ondas, ou
fritura/grelha (apenas sem casca). Fenóis, flavonoides e carotenoides totais foram avaliados por
espectrofotometria e expressos em massa seca, assim como a atividade antioxidante via DPPH, FRAP e
ABTS. Os compostos bioativos variaram de 21,9 ug/g a 615,9 mg/100g, sendo sempre maiores nas cascas,
como a capacidade antioxidante. O estádio 7 apresentou maiores teores de fenóis totais na polpa (436,2
mg/100gEAG) e flavonoides totais na casca (221,2 mg/100gEQ), sendo esses compostos maiores no quinto
estádio da polpa (11,8 mg/100gEQ). Na polpa, os carotenoides não variaram com o amadurecimento, mas
diminuíram na casca; como os fenóis totais e capacidade antioxidante via ABTS (2128,1 mmol/100gTEAC).
O estádio 2 da polpa apresentou maior capacidade antioxidante (DPPH: 3mg/100gTEAC; FRAP: 52,7
mmolFe/kg; ABTS: 524,9 mmol/100g TEAC), assim como o estádio 5 da casca (DPPH: 36,3 mg/100gTEAC;
FRAP: 291,3 mmolFe/kg). O calor diminuiu os fenóis totais da polpa, mas não alterou esses compostos e os
carotenoides da casca. A fritura diminui os carotenoides (21,9 ug/g) e aumentou os flavonoides (24,7
mg/100gEQ) na polpa, mas diminuiu esses compostos na casca (105,7-133,7 mg/100gEQ) e a capacidade
antioxidante (ABTS: 4405,4 nmol/100gTEAC; DPPH: 36,3mg/100gTEAC). Na polpa, a capacidade
antioxidante foi maior in natura (DPPH: 3,4 mg/100gTEAC; FRAP: 60,8 mmolFe/kg), e após a imersão com
casca via ABTS (679 mmol/100gTEAC). Os teores de fenóis, flavonoides, carotenoides totais e capacidade
antioxidante dependem do estádio de amadurecimento e processamento térmico dos frutos de Musa spp,
sendo maiores nas cascas que nas polpas.
Financiamento: CNPq (Processo: 43058 / 2017-0), FAPESP (Processos: 2016 / 17241-9; 2017/23488-0;
2017/22537-7).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E PESO DE MIL SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Marques, I. B.1, Santos, A. G.1, Araújo E. O.1, Campos O. P., Bonfim, F. P. G1
(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail: [email protected]
Utilizada para fins medicinais, os capítulos florais da Calendula officinalis L. são fontes de flavonoides de
grande importância para a fitoterapia, possuindo atividade antiespasmódica, anti-inflamatória, antisséptica e
cicatrizante. O interesse em estudos acerca desta espécie é crescente, deste modo, o objetivo do presente
trabalho foi determinar a condutividade elétrica e peso de mil sementes de calêndula em função do manejo
da adubação orgânica com torta de mamona em campo. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Plantas
Medicinais da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP. O delineamento estatístico utilizado foi
inteiramente casualizado, constituído de três tratamentos, sendo o tratamento 1: sementes advindas de
plantas de calêndula que receberam adubação com torta de mamona no dia do transplantio; o tratamento 2:
sementes advindas de plantas de calêndula que receberam adubação com torta de mamona 14 dias antes
do transplantio e o tratamento 3: sementes advindas de plantas de calêndula que receberam adubação com
torta de mamona 28 dias antes do transplantio. Para o teste de condutividade elétrica foram utilizadas 7
subamostras de 25 sementes, colocadas em copos plásticos contendo 50 ml de água deionizada, com
embebição por 24 horas, conforme Vieira (1994), a leitura foi realizada em condutivímetro portátil. Para peso
de 1000 sementes foram utilizadas oito subamostras de 100 sementes de acordo com Brasil (1992). Os
dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade, no software Sisvar 5.6. Através da análise dos dados de condutividade elétrica observou-se
que os tratamentos diferiram estatisticamente entre si, tendo o tratamento 3 apresentado melhores valores
(157,28 μS/cm), já que menores valores de condutividade elétrica indicam menor degradação das
membranas celulares e processos de deterioração pouco avançados, seguido pelos tratamentos 2 (174,57
μS/cm) e 1(203,42 μS/cm). Para peso de mil sementes também foram observadas diferenças estatísticas
entre os tratamentos, sendo que o tratamento 3 apresentou os maiores valores de peso de mil sementes
(7,21g), seguido dos tratamentos 1 (6,88g) e 2 (6,50g). Assim, conclui-se que torta de mamona incorporada
28 dias antes do transplantio de mudas promove efeito direto na qualidade de sementes de calêndula.
Financiamento: CNPq
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
CONJECTURAS SOBRE O EMPREGO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA NA ATUALIDADE
DE PAULA, D. A. P.1; DESTRO, M. V. 1; SPADOTTO, A. J. 1
1 Biomedicina – Uninove/FMR E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected])
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, classificou a epilepsia como doença prioritária
recomendando que cada país coordene ações nas áreas médica e sociais visando seu estudo e controle.
Essa mesma instituição internacional, em 2017, alertou que aproximadamente 50 milhões de pessoas têm
epilepsia no mundo. A partir dessa realidade, e até mesmo antes da divulgação aberta desses dados,
pesquisas têm sido realizadas visando melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela epilepsia,
inclusive através do uso de substâncias consideradas proibidas. Existem três espécies de Cannabis a saber:
a sativa, a indica e a ruderalis. Essas três espécies contêm tetrahidrocanabinol (THC), porém em
proporções diferentes. Uma planta é considerada maconha quando apresenta uma concentração de
tetrahidrocanabinol superior a 0,31%, e o THC é o principal responsável pelos conhecidos efeitos
“psíquicos” da Cannabis no organismo. Além desses efeitos, existem relatos científicos do uso da Cannabis
como anticonvulsivante e ansiolítico, sendo que isso interessa, por analogia, para o tratamento da epilepsia.
Esta pesquisa teve como objetivo atualizar e relacionar os avanços biomédicos e sociais do uso da
Cannabis no tratamento da epilepsia no Brasil. Com vistas a esse objetivo realizou-se uma pesquisa
classificada como qualitativa no período de 10/09/2017 até 28/03/2018. Para a obtenção dos dados iniciais
realizou-se uma pesquisa de sondagem que foi sucedida por outra exploratória; os dados foram obtidos em
periódicos especializados e em sites oficiais nacionais e internacionais. Ao final, os resultados foram
colocados em uma matriz organizada em ordem cronológica e por assuntos. Pesquisas recentes apontam
que o canabidiol (CDB) - componente não psicoativo da planta Cannabis sativa (maconha) – pode
representar uma interessante alternativa no tratamento da epilepsia. Quando não atua diretamente nas
reações epiléticas, o CDB pode ajudar a evitar danos cerebrais melhorando a qualidade de vida dos
pacientes. O termo “maconha” não é bem aceito pela sociedade brasileira. Conclusão: Embora o caminho
para o uso da Cannabis sativa (canabidiol) esteja aberto para o tratamento da epilepsia, no Brasil ainda
existem resistências sociais quanto ao seu emprego terapêutico. Uma maior divulgação dessas pesquisas
poderia ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela epilepsia.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DENSIDADE DOS CANAIS SECRETORES DE RESINA EM Copaifera langsdorffii (Leguminosae) EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO
Palermo, Fernanda H.(¹); Seixas, Diana P.(¹); Piva, Tayeme C.(¹) e Rodrigues, Tatiane M.(¹)
(¹) Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Instituto de Biociências de Botucatu, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
Copaifera langsdorffii Desf. é uma leguminosa arbórea conhecida popularmente como copaíba ou
bálsamo. A secreção produzida por suas folhas e caule possui grande potencial medicinal, sendo
muito utilizada em fármacos com ação antimicrobiana, anti-inflamatória, antiulcerogênica,
antitumoral, cicatrizante e diurética, além de possuir importância biológica conferindo proteção à
planta contra herbivoria e infecção por patógenos. No caule desta espécie, canais secretores de
óleo-resina estão presentes em faixas de parênquima marginal ocorrentes no xilema secundário. C.
langsdorffii apresenta ampla distribuição no Brasil, sendo bastante comum no Cerrado, ambiente
caracterizado por forte sazonalidade com verão chuvoso e inverno seco, além de solos arenosos,
distróficos, ácidos e com altas taxas de alumínio. O objetivo deste trabalho foi verificar a densidade
de canais secretores produzidos no xilema secundário de C. langsdorffii nos períodos chuvoso e
seco. Amostras de caule secundário foram coletadas de indivíduos adultos de C. langsdorffii em
remanescente de Cerrado no município de Botucatu/SP, nos meses de julho/2008 e janeiro/2009 e
foram processadas de acordo com técnicas usuais em anatomia vegetal. A densidade de canais
secretores por mm2 formados na zona cambial foi mensurada com auxílio do programa ImageJ.
Dados pluviométricos foram obtidos junto à Estação Meteorológica do Departamento de Solos e
Recursos Ambientais. O mês de julho/2008 apresentou precipitação igual a 0mm; já em
janeiro/2009 a média de precipitação foi de 331,6mm. Nas amostras caulinares coletadas em
janeiro, a média de canais secretores formados na zona cambial foi de 2,5/mm2. Em julho, não
houve formação de canais secretores no câmbio vascular. Nossos resultados mostraram maior
formação de canais secretores na estação chuvosa, o que pode implicar na maior produção de
secreção nessa época. Estes dados contribuem para o manejo desta espécie e a obtenção de
técnicas mais sustentáveis para a extração do óleo-resina de C. langsdorffii.
Financiamento: FAPESP; CNPq
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE Ruta graveolens EM FUNÇÃO DE SUBSTRATOS
ALTERNATIVOS
VASQUE H.1;SANTIVAÑEZ A.1; GRASSI FILHO, H.2
1Departamento de Horticultura, FCA-UNESP, Botucatu. [email protected]; ariel_
[email protected]; 2Departamento de Solos e Recursos Ambientais FCA-UNESP,
Botucatu. [email protected]
A produção de mudas é uma das etapas mais importantes do sistema produtivo, capaz de interferir
diretamente no desenvolvimento, no tempo de colheita e na quantidade de compostos bioativos
produzidos pela planta. Visando buscar compostos alternativos para a produção de mudas de
plantas medicinais em substituição aos adubos químicos, objetivou-se com este estudo avaliar o
efeito da adição de cama de frango (CF), fibra de coco (FC), bokashi (BO) e torta de mamona (TM)
ao substrato comercial Carolina (SC) para a formulação de um composto alternativo na produção
de mudas de arruda. O presente estudo foi conduzido em casa de vegetação, no período de março
a abril de 2018. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro
tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: T1 (100%) SC; T2 (80%) SC + (20%) CF;
T3 (80%) SC + (20%) FC; T4 (80%) SC + (20%) TM. Após os substratos serem misturados, os
mesmos foram adicionados em bandejas de isopor contendo 200 células e em seguida, realizou-se
a semeadura das sementes. Cada repetição foi constituída por 30 plantas. Avaliou-se a
porcentagem de emergência, a massa do sistema radicular, da parte aérea e o índice de
velocidade de germinação (IVG). O maior IVG foi verificado com o substrato de cama de frango, no
entanto, para a porcentagem de emergência, massa seca do sistema radicular e parte aérea a fibra
de coco mostrou-se melhor, isso pode estar relacionado a uma maior retenção de umidade e um
maior teor de nutrientes nesse substrato, o que contribuiu para um melhor desenvolvimento das
plântulas. A mistura do substrato comercial com a fibra de coco demonstrou ser promissor para a
produção de mudas de arruda.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ALCACHOFRA SUBMETIDAS A DIFERENTES
SUBSTRATOS
MORAES, V.P1; JORGETTO, L.O.; BONFIM, F.P.G.; FERNANDES D.M.; SANCHES, A.C.N.
A Alcachofra (Cynara scolymus L.) é reconhecida por suas propriedades alimentícias e
farmacêuticas, sendo suas folhas, inflorescências e flores as porções utilizáveis (LORENZI E
MATOS, 2002). No aspecto medicinal, apresenta atividade hipolipidêmica, hepatoprotetora,
colerética, colagoga e antioxidante (NOLDIN e CHECHINEL FILHO, 2003). Essa espécie pode
ser propagada assexuadamente, através de divisão de rebentos, ou sexuadamente, via
sementes. Dentre as vantagens no uso de sementes constam a possibilidade de mecanização
dos cultivos, uma redução nos custos de implantação, maior garantia sanitária quando
comparada a propágulos vegetativos, redução do tempo de permanência da cultura na lavoura e
aumento do sistema radicular das plantas (COSTA, 2011). Diante disso, o objetivo do trabalho foi
avaliar o efeito de diferentes substratos na fase inicial de mudas de alcachofra. Foram utilizadas
sementes de alcachofra crioula, com 41% de germinação, as quais foram semeadas em
bandejas de poliestireno preenchidas com os seguintes tratamentos: substrato comercial, areia,
areia + composto orgânico, areia + composto orgânico enriquecido com 3% de P2O5 e areia+
composto orgânico enriquecido com 6% de P2O5. O delineamento experimental empregado foi
de blocos inteiramente casualizados, sendo utilizados 5 tratamentos e 10 repetições. Foram
avaliados, incialmente, o índice de velocidade de emergência (IVE) e o tempo médio de
emergência (TME) das plântulas. A análise estatística indicou que não houve diferença
significativa para os parâmetros avaliados.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DETERMINAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PELO MÉTODO DPPH DE ASSA-PEIXE, ALECRIM-DO-CAMPO, AROEIRA-PIMENTEIRA E CRAJIRU
MOREIRA, M. S. 1; SILVA, J.C.R.L. 1; SILVA, H.E.R. 1; TEIXEIRA, D. A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –
FCA/UNESP- Botucatu. Email: [email protected]
A procura por alimentos alternativos e produtos benéficos a saúde, é cada vez mais crescente, em
decorrência da mudança dos hábitos alimentares e do estilo de vida dos consumidores. Para esse
novo mercado destacam-se os produtos de origem vegetal com atividade antioxidante. Nesse
contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antioxidante de quatro espécies
medicinais. O estudo foi conduzido no Departamento de Horticultura da FCA- UNESP, câmpus de
Botucatu, avaliando as folhas das seguintes espécies: Vernonia polyanthes (Spreng) Less.;
Baccharis dracuncunfolia DC.; Schinus terebinthifolia Radd. e Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.)
B. Verlt, conhecidas popularmente como assa-peixe, alecrim-do-campo, aroeira-pimenteira e
crajiru, respectivamente. Para determinação da atividade antioxidante utilizando método do DPPH
(2,2- difenil-1-picril-hidrazila), pesou-se 0,2 g de material vegetal seco e moído. Adicionou-se 10 mL
de metanol a 100%, em seguida o extrato passou por um banho ultrassônico de 40ºC por 15
minutos e centrifugado por 30 minutos a 4000 rpm. Transferiu-se para tubo de ensaio em triplicata
uma alíquota de 0,3 mL do extrato e posteriormente adicionados 2,7 mL de solução do (DPPH).
Após 45 minutos ao abrigo da luz, realizou-se a leitura a 515 nm em espectrofotômetro. Os
resultados foram expressos em porcentagem de sequestro de radical livre (%SRL), mensurada a
partir do decréscimo da absorbância das amostras analisadas em relação à solução de DPPH. O %
SRL entre as amostras avaliadas foi variável, sendo o maior valor para a espécie Arrabidaea chica
(Humb. & Bonpl.) B. Verlt, com capacidade de sequestro de 80% dos radicais livres presentes no
meio. Já as demais espécies avaliadas apresentaram capacidade de sequestro de radicais livres
abaixo de 50%, com %SRL de 31,36%, 37,00% e 26,44%, referente a Vernonia polyanthes
(Spreng) Less., Baccharis dracuncunfolia DC. e Schinus terebinthifolia Radd. respectivamente. Os
valores obtidos de % SRL, podem ser relacionados aos compostos presentes nas folhas desses
vegetais, tais como os polifenóis. Das espécies analisadas, apenas Arrabidaea chica (Humb. &
Bonpl.) B. Verlt, apresenta capacidade de sequestro de radicais livres satisfatório.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS DAS ESPÉCIES Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng.
SILVA, H.E.R. 1; SILVA, J.C.R.L. 1; MOREIRA, M. S. 1; TEIXEIRA, D. A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –
FCA/UNESP. Email: [email protected]
As plantas medicinais são fontes promissoras de novas moléculas bioativas, com propriedades não
apenas terapêuticas, mas também funcionais que auxiliam na manutenção da homeostase dos
organismos vivos. Entre os metabolitos produzidos por plantas, com propriedades de interesse,
destacam-se os compostos fenólicos, que apresentam múltiplos efeitos benéficos à saúde humana,
tais como, atividade antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana e anticarcinogênica. Apesar
disso, a maioria das plantas medicinais ainda não teve seu potencial avaliado ou elucidado. Dessa
forma, o objetivo desse trabalho, consistiu em avaliar o conteúdo de fenólicos totais das espécies
Baccharis dracuncunfolia DC. e Astronium fraxinifolium Schott & Spreng. O estudo foi conduzido no
Laboratório de plantas Medicinais do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências
Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, câmpus de Botucatu. O
material vegetal utilizado de ambas as espécies foi obtido de espécimes localizados no Horto
Medicinal do departamento. Foram coletados frutos de A. fraxinifolium, conhecida popularmente
como aroeira, e folhas de B. dracuncunfolia DC., vulgarmente conhecida como alecrim-do-campo.
O conteúdo polifenóis foi determinado pelo método espectrofotométrico, a partir da leitura a 760 nm
da reação entre o extrato vegetal e a metodologia utilizada para a determinação dos foi a Folin-
ciocalteu. A reação ocorreu em meio básico devido a adição de bicarbonato de sódio (4%). Para
quantificação dos fenólicos presentes nas amostras foi utilizada a equação da reta, referente a
curva de calibração do padrão comercial ácido gálico (AG). Os resultados obtidos foram
mensurados em mg equivalentes de ácido gálico.100 g-1 de matéria seca. Os valores encontrados
de compostos fenólicos foram 2545,29 e 674,38 para a espécie A. fraxinifolium e B. dracuncunfolia
DC. respectivamente. Ao comparar os resultados com dados da literatura, observa-se que o valor
obtido para os frutos de aroeira e o alecrim-do-campo, apresentam potencial de aplicação de
propriedades funcionais de interesse, como atividade antioxidante, indicando potencial de
aplicação e realização de mais estudo com as espécies visando sua aplicação em setores
industriais, como nutracêutica e farmacêutica.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DETERMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS NA SEPARAÇÃO DOS METABÓLITOS DE Bauhinia forficata Link POR CLAE-DAD, APLICANDO CONCEITOS
DE QUÍMICA VERDE
Oliveira, M. E.1; Pelissari, J. H.2; Funari, C. S.3; Rinaldo, D.1
1Faculdade de Ciências da Unesp Bauru; 2Instituto de Química da Unesp Araraquara; 3Funari, C. S.
Facudade de Ciências Agronômicas da Unesp Botucatu. E-mail: [email protected]
A Bauhinia forficata, popularmente conhecida como “pata-de-vaca”, é uma das plantas pertencentes a lista
de plantas medicinais de interesse do SUS. Na medicina popular o chá das folhas é empregado no
tratamento de diabetes mellitus e estudos comprovam atividade hipogicemiante. Devido a demanda
identificada de B. forficata, métodos de controle de qualidade de extratos e/ou fitoterápicos são
necessários. Nesse contexto, a técnica mais utilizada é a CLAE. Existem vários trabalhos científicos que
aplicam a CLAE para análise de B. forficata, porém todos utilizam solventes tóxicos, como acetonitrila e
metanol, como constituintes da fase móvel. Em análises de rotina, como controle de qualidade, o volume
de resíduos gerados é grande, aumentando os custos das análises, devido ao tratamento desses resíduos,
e também coloca em risco a saúde do analista. Devido a esse fato, este trabalho teve por finalidade
identificar os parâmetros cromatográficos de maior influência na separação dos metabolitos secundários
presentes no extrato hidroalcoólico das folhas de B. forficata por CLAE com água e etanol (EtOH) como
fase móvel, utilizando uma abordagem multiparamétrica por Planejamento Fatorial Fracionário. Para
determinar a influência dos fatores cromatográficos, realizou-se um planejamento fatorial fracionário de 2
níveis e 7 fatores (2v7-2). Os valores dos níveis de cada fator foram atribuídos de acordo com o tempo de
retenção dos constituintes presentes no extrato, após análise por CLAE de modo reverso, com gradiente
exploratório [5:95 a 100:0, EtOH:H2O, v/v, em 30 min em 35°C]. Os parâmetros cromatográficos avaliados
foram: porcentagem inicial de EtOH (X1), porcentagem final de EtOH (X2), temperatura (X3), porcentagem
de ác. acético em H2O (X4), vazão da fase móvel (X5), tempo de análise (X6) e a fase estacionária (X7); a
resposta avaliada foi o número de picos que cada cromatograma apresentou. Com as respostas obtidas
nas análises, foi possível determinar que as variáveis X3, X1 e X7 apresentaram maior influência na
separação dos metabólitos de B. forficata por CLAE, utilizando EtOH e água como fase móvel. Com esses
dados torna-se possível desenvolver um método de análise verde por CLAE, de maneira racional e efetiva,
reduzindo o número de análises no processo de desenvolvimento.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DIVERSIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS DE OCORRÊNCIA ESPONTÂNEAS EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL DE BOTUCATU-SP
Cabral, M. N. F.1; Ferreira, M. I.
1; Gonçalves G. G.
1; Souza, H. T.
1; Ming, L. C.
1
1Departamento de Horticultura, UNESP/FCA - Botucatu -SP. [email protected]
Os estudos sobre as plantas medicinais proporcionam o descobrimento de novas espécies e
avanços na ciência farmacêutica, através da produção de novos fármacos. Além disso, expandem
o conhecimento do uso local e tradicional de plantas medicinais e ajudam a promover a
preservação da biodiversidade. Espécies espontâneas são aquelas que ocorrem naturalmente,
sem a necessidade de manejo ou cultivo. Nos Sistemas Agroflorestais (SAFs), a interação entre as
diferentes espécies recria a atividade de ecossistemas naturais, dessa forma, o estrato herbáceo
tende a ser diverso e ter ocorrência de diversas plantas espontâneas, e muitas com uso medicinal.
O objetivo da pesquisa foi realizar um levantamento das plantas medicinais de hábito herbáceo que
ocorrem espontaneamente em um Sistema Agroflorestal. O estudo foi realizado na área de manejo
do Grupo de Estudo em Agroecologia Timbó, da FCA. O levantamento foi realizado pelo método de
caminhamento coletando-se todas as espécies herbáceas espontâneas em estagio fértil, por quatro
vezes ao longo do ano. Todas as espécies coletadas foram preservadas na forma de exsicatas,
identificadas e depositadas no herbário BOTU da UNESP/Botucatu-SP. As plantas com potencial
medicinal foram determinadas por revisão de literatura, e comparação com as principais listas de
politicas publicas com plantas Medicinais no Brasil (RENISUS, ANVISA e Formulário de
Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira). Foram levantadas 36 espécies, pertencentes a 13 famílias
e 33 gêneros botânicos, dessas 34 foram classificadas como medicinais. A família mais
representativa foi Asteraceae com 13 espécies, seguida de Euphorbiaceae (5) e Lamiaceae (4). A
maioria das espécies encontradas no SAFs não consta nas listas brasileiras de plantas medicinais,
somente quatro espécies estão presentes: Ageratum conyzoides, Bidens pilosa, Plantago major e
Phyllanthus niruri, as duas ultimas estão representadas nas três listas. Desse modo, podemos
concluir que no total de plantas ocorrentes no SAF, 94,44% são reconhecidas pela literatura como
medicinal, confirmando o potencial desse sistema para a conservação da diversidade de espécies.
No entanto, algumas delas carecem de estudos agronômicos e protocolos farmacológicos que
assegurem seu cultivo e seu consumo, ainda que essas plantas possam oferecer benefícios para a
fitoterapia.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
DIVERSIDADE QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS DE Annona emarginata COLETADAS EM DUAS LOCALIDADES DE SÃO PAULO
CAMPOS, F. G.1; MONGOLO, A. 1; VIEIRA, M. A. R. 1; MARQUES, M. O. M. 2; BOARO, C. S. F. 1
1Departamento de Botânica, IB, UNESP, Campus de Botucatu, Botucatu, São Paulo; 2Centro de Recursos Genéticos Vegetais, Instituto Agronômico (IA), Campinas, São Paulo. E-mail:
Annona é um importante gênero da Família Annonaceae, principalmente por suas frutas
comestíveis. Espécies dessa família possuem diferentes metabólitos especializados, como os
óleos essenciais, constituídos principalmente por monoterpenos, sesquiterpenos e
fenilpropanoides. Estudos farmacológicos têm confirmado sua atividade biológica e de seus
constituintes, como antimicrobiana, antiinflamatória, analgésica, inseticida, revelando seu potencial
como matéria-prima alternativa para diversos setores industriais, como farmacêutico, alimentício e
cosmético. A síntese dos óleos essenciais pode ser influenciada pela interação entre os fatores
abióticos com a genética e/ou epigenética. (E)-cariofileno (29,29%), (Z)-cariofileno (16,86%), γ-
muuroleno (7,54%), α-pineno (13,86%), e tricicleno (10,04%) foram identificadas como substâncias
majoritárias do óleo essencial das folhas de Annona emarginata, cultivada em casa de vegetação.
Nenhum estudo comparou o perfil químico do óleo essencial de A. emarginata (Schltdl.) H. Rainer
variedade terra-fria, provenientes de diferentes regiões. Deste modo o objetivo foi avaliar a
composição química do óleo essencial de folhas de A. emarginata coletadas em São Bento do
Sapucaí e em Pardinho no estado de São Paulo. O óleo essencial das folhas foi extraído por
hidrodestilação, durante duas horas e analisado por cromatografia gasosa acoplada à
espectrometria de massa (CG-EM). As substâncias majoritárias do óleo essencial das plantas de
São Bento do Sapucaí foram α-pineno (9,0%), limoneno (11,1%), trans-cariofileno (13,7%) e ar-
curcumeno (20,2%), enquanto as de Pardinho foram β-elemeno (9,6%); β-selineno (12,6); α-
selineno (12,2) e espatulenol (7,2%). Conclui-se que o perfil químico do óleo essencial diferiu entre
as localidades avaliadas, mostrando que a importância desta investigação pode contribuir com
informações para a exploração sustentável da espécie.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO DA SECAGEM E FRAGMENTAÇÃO NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE
MIRRA
BOMFIM, J.P. de A.1; CIRINO, T.C.S.1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de F.1
1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail:[email protected]; [email protected];
[email protected]; 2Departamento de Horticultura – e-mail: [email protected].
Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo
A espécie Tetradenia riparia (Hochst.) Codd (Lamiaceae), popularmente conhecida por mirra, é uma espécie
arbustiva, com propriedades medicinais, aromática e apresenta óleo essencial em suas folhas. Vários
fatores podem influenciar no rendimento do óleo essencial de uma determinada espécie vegetal. Estes
fatores podem ser desde aqueles relacionados às condições ambientais onde a planta está sendo cultivada,
até fatores de coleta, secagem e conservação. Assim, esse trabalho objetivou verificar o efeito da secagem
e fragmentação de folhas de mirra no rendimento de seu óleo essencial. Ramos de mirra foram coletadas no
Horto de Plantas Medicinais do Departamento de Horticultura da UNESP-Botucatu, SP, e conduzidos ao
Laboratório de Plantas Medicinais do mesmo Departamento, onde as folhas foram destacadas, pesadas e
parte do material foi acondicionado em bolsas de papel e levadas à estufa para secagem. Com a outra parte
da amostra (folhas frescas) foi realizada a extração do óleo imediatamente após a coleta. Os tratamentos
avaliados foram: 1 – folhas frescas; 2 – folhas secas (48 horas, 40ºC) íntegras; 3 – folhas secas (48 horas,
40ºC) trituradas em moinho de facas. Para a extração, 100g de material fresco (ou a massa seca resultante
da secagem de 100g de material fresco) foram colocados em balão de vidro (2L) no qual foi adicionado 1 L
de água deionizada. Ao balão foi acoplado o aparelho Clevenger e levados à manta elétrica para fervura.
Após início da fervura, o material foi mantido por 3 horas no processo de extração e após o término, o óleo
foi retirado, acondicionado em microtubo plástico, pesado e determinado o rendimento com base na matéria
seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste Tukey para comparação de médias à 5,0%
de probabilidade, pelo software estatístico SisVar5.6. A extração a partir das folhas frescas foi a que
propiciou o maior rendimento de óleo (1,93%), diferindo dos demais tratamentos. Apesar do rendimento das
folhas secas trituradas ter sido maior que o das folhas secas íntegras (1,28% e 1,08%, respectivamente),
não houve diferença estatística entre os tratamentos. Com base nestes resultados, a melhor opção, quando
possível, é a extração a partir de folhas frescas.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE INFUSÕES DE MACELA - Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
SOUZA, H. T1; GONÇALVES, G. G1; MORAES, F.B1; CABRAL, M. N. F. BONFIM F. P. G1, MING L. C1.
1Departamento de Horticultura, UNESP/FCA - Botucatu -SP. [email protected]
Conhecida popularmente por macela ou marcela, a Achyrocline satureioides (Lam.) DC., pertence
à família Asteraceae. Estudos farmacológicos e clínicos vêm sendo realizados com a espécie há
décadas, visando validar seus usos medicinais descritos pelo saber popular do sudeste, sul do
Brasil e de outros países da América do Sul. A infusão de suas folhas, ramos e principalmente
inflorescências são recomendados pela medicina popular como anti-inflamatória, analgésica, para
cólicas nervosas, problemas gástricos, disenterias, entre outros. A pesquisa teve como objetivo
verificar a influência de diferentes temperaturas de secagem na atividade antioxidante de infusões
de inflorescências de macela. A coleta foi realizada em uma região de pastagem com ocorrência
espontânea de macela, próxima à cidade de Botucatu-SP, durante o período da Quaresma, na
sexta-feira santa antes do sol nascer, conforme recomendado pela tradição religiosa, pois acredita-
se que a coleta nessa época traga mais eficiência das propriedades medicinais da espécie. A
secagem foi feita em quatro temperaturas diferentes, sendo elas 40C°, 50C°, 60C° e em
temperatura ambiente, a última de acordo com o método popular de secagem, mantendo-a
protegida da luz. Após secagem, efetuou-se o preparo das infusões com 1,5g de inflorescência
para 100 ml de água fervente por 5 min, como recomendado pelo Formulário de Fitoterápico da
Farmacopeia Brasileira. A atividade antioxidante foi medida através do método DPPH, que consiste
na adição de 0,5 ml das infusões diluídas 1:3 (v/v) em água destilada, 3 ml de etanol e 0,3ml da
solução de radical DPPH 0,5 mM em etanol. Após 45 minutos de incubação no escuro, a
absorbância foi determinada em espectrofotômetro a 517 nm. Os dados foram submetidos à
análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Os
resultados obtidos nesse estudo demonstraram que as infusões preparadas com macela seca à
temperatura ambiente, apresentaram uma maior capacidade de redução do DPPH com 80,29%,
seguida da seca a 40°C (69%), 50°C (65,52%) e 60°C (49,90%). Desse modo, conclui-se que a
forma tradicional de secagem apresentou maiores concentrações de antioxidante, nos levando a
refletir sobre a necessidade da valorização do conhecimento tradicional e a ciência que o envolve.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda
JUNIOR, C.P. 1; BOMFIM, J.P. de A.1; SILVA, C.S.1; JUNIOR, J.D. 1; BONFIM, F.P.G.3; BUENO, R.C.O. de
F.1
1Departamento de Proteção Vegetal – e-mail: [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]; 2Departamento de
Horticultura – e-mail: [email protected]. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA, Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu - São Paulo
Óleos essenciais de diferentes espécies apresentam efeitos sobre a biologia e sobrevivência de insetos-
praga, podendo ser utilizados como tática no Manejo Integrado de Pragas. Dentre as pragas agrícolas,
Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) tem destaque por possuir grande número de
hospedeiros e apresentar muitas gerações ao ano. Assim, esse trabalho objetivou avaliar o efeito dos óleos
essenciais de alecrim-do-campo, escova-de-garrafa, aroeira-salsa, craveiro-da-índia, mirra, erva-baleeira e
aroeira sobre lagartas de S. frugiperda. Para a montagem do bioensaio, foram preparadas dietas artificiais,
nas quais foram misturados os óleos essenciais referente a cada tratamento, na concentração de 0,2%
(volume:peso). As dietas foram colocadas em recipientes plásticos e dispostas em bancada até atingirem
temperatura ambiente. Em seguida, lagartas recém-eclodidas, provenientes de criação em laboratório,
foram transferidas para os recipientes plásticos e estes foram envoltos por filme plástico para evitar a fuga
dos insetos. Diariamente as lagartas foram observadas até completarem a fase de pupa. Após 24 horas, as
pupas foram pesadas em balança analítica. O bioensaio foi realizado em condição de laboratório, com
temperatura de 26±1ºC, 65±5% de umidade relativa e fotofase de 12 horas. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com sete tratamentos mais a testemunha (dieta pura). Cada recipiente contendo
uma lagarta constituiu uma repetição e cada tratamento foi composto por 20 repetições. Foi realizada a
análise de variância e teste Tukey à 5% de probabilidade por meio do software estatístico SisVar5.6. O
tratamento contendo o óleo de escova-de-garrafa foi o que provocou maior período larval, com 15,05±0,17
dias, diferindo apenas do tratamento contendo erva-baleeira (13,70±0,21 dias) e da testemunha (13,75±0,25
dias). Os demais tratamentos não diferiram da testemunha, com fase larval variando de 14,40±0,24 à
14,90±0,23 dias. Quanto menor o período que o inseto leva para completar cada fase, menor será o período
entre as fases de ovo a adulto, aumentando o número de gerações da praga ao ano. Com relação ao peso
de pupa, as lagartas que se desenvolveram em dieta contendo óleo de escova-de-garrafa também
apresentaram pupas mais pesadas (2792±49 mg), diferindo apenas dos tratamentos com erva-baleeira
(2502±33 mg) e aroeira (2504±76 mg).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO DO TRATAMENTO IN VITRO DE LINHAGENS CELULARES DERIVADAS DE CARCINOMAS MAMÁRIOS COM SESQUITERPENOS PRESENTES NO ÓLEO ESSENCIAL DE
Hymenaea courbaril
Barbosa, B.M.1; Assumpção, J.H.M.1; Viveiros, M.M.H.2; Costa, J.G.C.3; Oliveira, A.G.4; Schellini,
S.A.2; Rainho, C.A.1
1Departamento de Genética, Instituto de Biociências de Botucatu (IBB); 2Departamento de
Oftalmologia, Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB); 4Departamento de Farmacologia,
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara (FCFAR) – UNESP; 3Universidade Regional
do Cariri (URCA). E-mail: [email protected]
Os carcinomas mamários são o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com estimativas
de aumento da sua incidência mundial nas próximas décadas. Aproximadamente 25%-50% dos
medicamentos utilizados na quimioterapia do câncer são derivados diretamente ou indiretamente
de plantas. Este estudo foi delineado para avaliar se os sesquiterpenos predominantes no óleo
essencial de H. courbaril, conhecido popularmente como jatobá e uma das espécies mais
importantes para a medicina popular do nordeste brasileiro, possuem atividade antitumoral em
linhagens derivadas de carcinomas mamários. Os compostos -humuleno e cariofileno foram
selecionados após a caracterização química do óleo essencial de H. courbaril por GC/MS (Gas
chromatography coupled to Mass Spectrometry). O efeito do tratamento in vitro com -humuleno e
cariofileno, isoladamente ou combinados, foi avaliado em quatro linhagens derivadas de
carcinomas mamários humanos do subtipo triplo negativo (MDA-MB-436, MDA-MB-231, BT-20 e
BT-549). A viabilidade celular foi determinada pelo teste de MTT [(3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-
difeniltetrazólio] após dois experimentos independentes em triplicatas: 2000 células/poço foram
expostas a diferentes concentrações dos compostos (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 g/mL) nos tempos
de 24, 48, 72 e 96 horas. Os dados foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) e pelo teste
de Dunnet. Um efeito antiproliferativo discreto foi observado apenas na linhagem BT-20 após a
exposição com as maiores doses de -humuleno por 96 horas. Entretanto, um efeito oposto foi
detectado na presença de ambos compostos nessa mesma linhagem (p<0.05). Novos estudos
devem ser realizados para se elucidar o provável efeito biológico de compostos químicos do óleo
essencial de H. courbaril sobre linhagens derivadas de cânceres humanos.
Auxílio financeiro: CNPq
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO INIBITÓRIO DO CINAMALDEÍDO EM BIOFILMES DE Staphylococcus epidermidis
Albano M.1, Alves F.C.B.
1, Andrade, B.F.M.T.
1, Pereira, A.F.M.
1, Furlanetto, A.
1, Rall, V.L.M.
1, Fernandes
Júnior, A.1
1Departamento de Microbiologia e Imunologia - IBB, UNESP. E-mail: [email protected]
Doenças infecciosas causadas por bactérias são causa de preocupação no mundo todo devido ao
aumento da resistência aos antimicrobianos convencionais. Assim, os produtos naturais
representam uma alternativa para combater tais microrganismos. O objetivo deste trabalho foi
determinar o efeito do cinamaldeído na formação de biofilmes de Staphylococcus epidermidis.
Diferentes concentrações subinibitórias de cinamaldeído foram testadas na formação de biofilme
de S. epidermidis ATCC 35984 e da linhagem isolada H2034590. As cepas foram cultivadas
overnight em meio Tryptic Soy Broth (TSB) contendo 1% de glicose, padronizadas pela escala 0,5
de McFarland e diluídas até 106 CFU/mL. 100 µL foram dispensados uma placa de 96 poços de
fundo chato contendo 100 µL de diferentes concentrações subinibitórias de cinamaldeído (6,25 a
90% da concentração inibitória mínima - CIM) ou 100 µL de TSB (controle). Após incubação
(37ºC/48h), cada poço foi lavado três vezes com tampão PBS estéril e a placa secou a temperatura
ambiente. O biofilme formado no fundo do poço foi fixado com 150 µL de metanol por 15 min,
corado com 150 µL de cristal violeta 1% por 15 min e a placa lavada em água corrente. Após
secagem, os biofilmes foram ressuspendidos em 150 µL de ácido acético 33% e realizada leitura
em espectrofotômetro a 570 nm. A formação de biofilme foi determinada através da fórmula:
(tratamento/ controle) x 100. Cada ensaio foi realizado em triplicata e repetido 3 vezes. As
concentrações de 70%, 80% e 90% da CIM de cinamaldeído foram capazes de reduzir a formação
de biofilme (p<0,05) de S. epidermidis quando comparado ao controle, com reduções de 74%, 84%
e 89% para a linhagem ATCC, e 73%, 80% e 84% para o isolado clínico. O cinamaldeído foi capaz
de reduzir a formação de biofilme de S. epidermidis, sugerindo que o composto poderia ser uma
estratégia alternativa e/ou complementar em tratamentos ou prevenção de contaminações por S.
epidermidis.
Suporte financeiro: FAPESP e CNPQ
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EFEITO OVICIDA DE ERVA-BALEEIRA SOBRE OVOS DE Anticarsia gemmatalis
(LEPIDOPTERA: EREBIDAE)
CIRINO, T. C. S.1; BOMFIM, J. P de A.¹.; SILVA, C. S.¹; BONFIM, F.P.G.²; BUENO, R. C. O. F.¹
¹Departamento de Proteção Vegetal, Pós-Graduação em Agronomia – Proteção de Plantas. E- mails:
[email protected], [email protected], [email protected], [email protected]/
²Departamento de Horticultura. E-mail: [email protected].
¹²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, FCA – Botucatu- SP.
A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Eribidae), está entre as principais pragas
da cultura no cenário brasileiro. A praga causa desfolha nas plantas de soja e consequentemente queda
na produtividade e perdas ao produtor (PANIZZI et al., 2004). O método mais empregado atualmente para
o controle de lepidópteros-praga na cultura da soja é o controle químico, fato explicado devido ao fácil
acesso a produtos fitossanitários por parte dos produtores e devido a eficácia comprovada contra pragas.
Essa prática, no entanto, além de aspectos positivos como baixo custo e resposta rápida, também
apresenta pontos negativos como contaminação do ambiente e a resistência de pragas. Devido a esses
problemas, outros métodos de controle para lepidópteros-praga são necessários. Deste modo, o objetivo
deste trabalho foi avaliar o efeito ovicida de diferentes concentrações do óleo essencial da erva-baleeira,
Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult, sobre ovos de A. gemmatalis. Os ovos utilizados foram
provenientes de criação, em laboratório, de A. gemmatalis. Os tratamentos foram produzidos a partir da
diluição do óleo essencial, em diferentes concentrações, em água mais Tween 20 (0,5%). As
concentrações foram de 0 (testemunha), 156,25, 312,5, 625, 1.250, 2.500, 5.000 e 10.000 ppm, além de
água + Tween 20. Os ovos foram submergidos por 10 segundos em cada tratamento e foram
acondicionados em placas de Petri. As placas foram acondicionadas em sala climatizada (28±2ºC e
fotofase 12 h). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com nove tratamentos o
número de tratamentos e cinco repetições, sendo cada repetição formada por uma cartela com 50 ovos.
Os parâmetros avaliados foram efeito ovicida e viabilidade dos ovos. Todos os resultados foram
submetidos a análise de variância e teste Tukey (5%) pelo programa SisVar5.6. Através dos resultados
pôde-se observar que as diferentes concentrações não tiveram efeito ovicida sobre os ovos da lagarta-da-
soja. Apesar da espécie vegetal não ter apresentado efeito sobre o ovo, pode ter efeito em outros estágios
da praga e em outras pragas de importância econômica, uma vez que a interação entre inseto e planta é
muito complexa e varia de acordo com os indivíduos envolvidos.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
ESTUDO DAS RELAÇÕES SOCIAIS E JURÍDICAS DO USO DA Cannabis sativa NO TRATAMENTO DE DOENÇAS NO BRASIL
MARTINS, J. P. M.1; GONÇALVES, L. F. B. 1; SPADOTTO, A. J. 1
1Direito – Uninove/FMR, E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]
Cannabis sativa é uma espécie de planta do gênero Cannabis. Derivam da Cannabis sativa duas
drogas consideradas ilícitas no Brasil a maconha e o haxixe. A Cannabis sativa e seus derivados
podem ser empregados como para proporcionar efeitos alucinógenos ou no tratamento de doenças
neurológicas, além de possuir efeito relaxante. É justamente essa dualidade de emprego da
Cannabis sativa, quer como medicamento ou como alucinógeno, que tem gerado discussões
sociais e jurídicas que precisam ser aperfeiçoadas visando um melhor equilíbrio social e respeito a
direitos. Essa pesquisa buscou analisar os elementos constituintes do uso da Cannabis sativa e
seus derivados no Brasil atual, visando colaborar com a manutenção de direitos. Esta pesquisa
teve seu início em 11/09/2017 e se estendeu até 26/03/2018, quando foi analisada a matriz de
dados produzida. A pesquisa teve duas fases, uma de sondagem e outra exploratória, ambas
embasadas em periódicos especializados, sites oficiais do Governo Federal e em jurisprudência.
No geral, a pesquisa foi classificada como qualitativa. Nem todo componente da Cannabis sativa
representa perigo ao seu usuário. Sendo uma das 113 substâncias químicas encontradas nessa
planta, o canabidiol (CBD) possui efeitos medicinais interessantes e tem sido empregado como tal.
O CDB não produz intoxicação ou euforia como ocorre com o delta-9-tetraidrocanabinol (THC),
este o principal elemento psicoativo presente na maconha. Os tribunais têm lançado decisões
autorizando o uso medicinal do canabidiol, responsabilizando solidariamente como dever de
tratamento a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA, através da Resolução RDC 17, de 6 de maio de 2015, definiu os
critérios e os procedimentos para a importação de produto à base de canabidiol por pessoa física
para tratamento de saúde. A falta de conhecimento das pessoas sobre a Cannabis sativa, seus
efeitos e seus componentes pode ser um dos motivos para sua restrição de uso medicinal. Mas,
não é somente o desconhecimento por parte das pessoas que tem restringido o uso dessa planta
para melhorar a qualidade de vida das pessoas, a própria jurisprudência precisaria ser mais
divulgada entre a população.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
EXTRATOS VEGETAIS: APLICABILIDADE COMO SENSOR DE ACIDEZ PARA LEITE
ARRUDA, A.A.
1; VEIGA-SANTOS, P.
2; BONFIM, F. P. G.³;
1Graduanda Engenharia Agronômica. Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA/UNESP
[email protected] 2Docente da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP - [email protected]
³Docente da Faculdade de Ciências Agronômicas FCA/UNESP - [email protected]
A acidez do leite é um dos principais indicadores de sua qualidade. Mas como avaliar esta acidez de forma
simples, que possa ser feito rapidamente pelo consumidor ou produtor rural? A estrutura química de
pigmentos naturais pode ser fortemente afetada conforme a acidez do meio, o que lhes confere uma
interessante capacidade quimocrômica. Este estudo visou, portanto, investigar extrato de hibisco, fonte de
pigmentos antocianina, como um sensor de acidez para leites. O fato deste extrato vegetal ser comestível,
atóxico e de baixo custo, facilita sua utilização de forma segura, sem necessidade de destruição da amostra,
diretamente no ponto de venda, local de consumo, ou mesmo de produção. Os extratos foram obtidos de
folhas de hibisco (Hibiscus acetosella) e de flores de hibisco (Hibiscus sabdariffa), e os resultados indicaram
uma alteração visível de coloração do leite conforme sua acidez aumentava, que pode ser notada tanto
visualmente quanto colorimetricamente (L, a, b e Chroma).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
FITOMASSA E TEOR DE FLAVONOIDES DE Passiflora incarnata L. CULTIVADA COM
DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE FOSFATO
SOARES, E.V.L. 1; GODOY, L.J.G2; PAGASSINI, J.A.V.1; FRANCISCO, D.3; TIBÃES, L.1; LYRA,
R.V.B.1
1Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp –FCA/UNESP; 2UNESP – Registro; 3Grupo
Centroflora. E-mail: [email protected]
Com este trabalho, objetivou-se avaliar a influência da adubação fosfatada e o efeito de quatro
níveis de irrigação sobre o rendimento de fitomassa e o acúmulo de flavonoides em Passiflora
incarnata L. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no departamento de Solos e
Recursos Ambientais FCA/ UNESP, em Botucatu. Foram utilizados quatro níveis de irrigação
baseados na evaporação do Tanque Classe A (50%, 75%, 100% e 125% da evapotranspiração da
cultura), além de cinco doses de fosfato reativo natural Bayóvar® (0, 500, 1000, 1500, 2000 mg
dm-3), em 6 repetições. As avaliações foram realizadas em no início de março (2018), sendo esse
um dos períodos de avaliação do primeiro ciclo. As leituras ocorreram antes da colheita, sinalizada
pela abertura de 50% das flores. Os dados obtidos foram: índice de flavonoides (IFLV) com o
Dualex Scientific®, medida indireta de clorofica (MIC) com N-tester®, altura (ALT), diâmetro do
caule (DIAM) e fitomassa seca (FS). Os resultados foram submetidos à análise de variância a 5 %
de confiança, com análise de regressão. Constatou-se que o IFLV foi influenciado
significativamente pelas diferentes doses de fósforo. As medidas de clorofila apresentaram
comportamento linear em relação às doses do adubo, com a tendência crescente em função das
maiores doses do nutriente. A irrigação também influenciou a MIC, porém de maneira quadrática
(ponto máximo do MIC na lâmina de 50%). A matéria seca, a altura e o diâmetro do caule não
foram influenciados por nenhum dos tratamentos, denotando que as doses de fósforo e as lâminas
de irrigação utilizadas nessas condições experimentais influenciaram mais os aspectos fitoquímicos
em relação aos aspectos biométricos. Portanto, sugere-se que a continuidade das investigações
são necessárias para a remodelação das melhores doses de fosfato reativo natural para cada ciclo
da cultura.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
FITOTOXICIDADE DE Emilia sonchifolia L. SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
ALFACE EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS
PRADO, M.1; LIZABELLO, L.F.1; SPERA, K.D.2; SANTOS, P.C.2, L.P. Silva3; SILVA R.M.G.1
1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Departamento de Biotecnologia; Laboratório de Fitoterápicos e Produtos Naturais. E-mail [email protected]
2 Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química de Araraquara 3 Fundação Educacional do Município de Assis
A fitotoxicidade caracteriza-se pela liberação de diferentes compostos secundários que podem
afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento e até mesmo inibir a germinação de sementes.
Entre estes compostos estão os aleloquímicos, responsáveis pela ação alelopática de diferentes
plantas. Atualmente, estes compostos estão sendo estudados para serem utilizados no controle de
competidores e/ou patógenos no manejo agrícola. Assim o presente trabalho avaliou a atividade
fitotóxica do extrato hidroetanólico das partes aéreas de Emilia sonchifolia em diferentes
concentrações (5, 10 e 20mg mL-1) por meio dos bioensaios laboratoriais de pré e pós-emergência
em sementes de Lactuca sativa L. No bioensaio de pré-emergência as diferentes concentrações do
extrato reduziram os índices de germinação (5mg/mL=8,37%; 10mg/mL = 72,31% e 20mg mL=
99,3%) quando comparados com o controle água, alterando ainda o tempo médio, velocidade
média e sincronismo da germinação, assim como observado nos bioensaios de pós-emergência,
onde alterações no desenvolvimento de plântulas de alface (radícula e hipocótilo) foram
observadas, apresentando inibição do crescimento da raiz principal e do hipocótilo quando
comparados com o controle. Portanto foi possível verificar que esta espécie possui atividade
fitotóxica, possivelmente causada por compostos aleloquímicos, apresentando assim potencial
para investigação de moléculas alvo de interesse agronômico.
Agradecimento: PIBIC/CNPq.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
FLAVONÓIDES EM ORA-PRO-NÓBIS IN NATURA E APÓS PROCESSAMENTO TÉRMICO
OLIVEIRA¹, D. A. M.; CORAL², M. C.; OLIVEIRA¹, F. M. R.; FENERICH¹, L. O.; BELIN¹, M. A. F.;
SANTOS¹, R. C.; GOMEZ, H. A. G.¹; LIMA¹, G.P.P.;
¹Departamento de Química e Bioquímica, Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu, SP. ²Pós-graduanda do
programa de biotecnologia, UNESP, Botucatu, SP. E-mail: [email protected]
Pereskia grandifolia Haworth (PG) e Pereskia aculeata Miller (PA) são classificadas hortaliças não
convencionais, conhecidas popularmente como ora-pro-nóbis. Destacam-se entre as hortaliças
negligenciadas por proporcionar uma alimentação acessível e rica em vitaminais e minerais. Além
disso, essas plantas apresentam compostos bioativos com potencial antioxidante, como por
exemplo, flavonoides, que atuam na redução de radicais livres. Submeter as hortaliças ao
processamento térmico torna o seu consumo mais palatável, entretanto, isso pode gerar alterações
nos teores de bioativos. Avaliar o teor de flavonoides totais de oras-pro-nóbis in natura e suas
possíveis alterações após diferentes processamentos térmicos. Folhas das espécies PG e PA
foram cultivadas sem o uso de agroquímicos, no Banco de Alimentos (Botucatu-SP) e submetidas
à cocção em água em ebulição, vapor e micro-ondas. Após maceração em nitrogênio líquido, os
flavonoides totais foram quantificados por espectrofotometria, segundo o método descrito por
Popova, et al. (2004), e expressos em miligramas equivalente de quercetina (eq. Q) de massa
fresca por 100 gramas mg eq. Q/100 g. O teor de flavonóides totais variou entre 66,5 e 169,9
mg/100g. Os tratamentos térmicos aumentaram os níveis de flavonoides totais, tanto para PA (88,6
- 115,2 mg eq. Q/100 g), quanto para PG (148,4 - 169,9 mg eq. Q/100 g), em relação às plantas in
natura (PA: 66,5 mg eq. Q/100 g e PG: 109,3 mg eq. Q/100 g). Pereskia grandifolia Haworth e
Pereskia aculeata Miller apresentam quantidade apreciável de flavonoides totais e o emprego de
temperatura aumenta a disponibilidade desses compostos, promovendo assim maiores benefícios
à saúde.
Apoio Financeiro: FAPESP (Processo: 2017/23488-0)
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
FLORES ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE
TOXICIDADE
MORET, I. M,1 BONFIM, F. P. G. 1, FUNARI, C.S. 1
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Botucatu
E-mail: [email protected]
Plantas alimentícias não convencionais (PANC) são aquelas que possuem uma ou mais partes que podem
ser utilizadas na alimentação. Os pesquisadores Kinupp e Lorenzi (2014) apresentam na sua obra uma lista
de 351 espécies de PANC do Brasil, detalhando modos de preparo culinário. Destas, 52 possuem flores
como elemento alimentício. Flores comestíveis têm ganhado destaque no mercado devido ao grande
marketing em relação à decoração de pratos e à diversidade culinária que elas podem oferecer, haja visto
seus sabores leves e adocicados. Apesar do mercado crescente, as flores não são comumente estudadas
como alimentos, o que indica que o caráter tóxico não é aspecto bem conhecido e pode estar oculto para a
comunidade. Sendo assim, objetivou-se com este estudo realizar, por intermédio de levantamento
bibliográfico, uma consulta sobre a toxicidade das flores comestíveis não convencionais. Por intermédio de
levantamento bibliográfico da obra de Kinupp e Lorenzi (2014) foram elencadas 30 espécies para este
estudo, adotando a exclusão de árvores, arvoretas, arbustos e subarbustos, selecionando as espécies de
desenvolvimento herbáceo, com potencial para consumo em saladas, denominadas também de “Salad
flowers”. O estudo foi realizado por consultas as plataformas Pubmed, Scielo, Web of Sciencie, Scholar e
Capes entre outras bases de dados a partir da busca de palavras-chave como: nome científico das plantas,
estudos toxicológicos e flores, em inglês e português. Das 30 espécies selecionadas, 36,7% foram
comprovadas como não tóxicas, 6,7% apresentaram níveis de toxicidade e 56,6% não foram encontrados
estudos toxicológicos. Dentre as espécies consideradas “não tóxicas”, a maioria dos estudos apresentaram
resultados somente em relação a baixas concentrações do extrato floral. Até a atualidade, poucos estudos
foram feitos em relação à toxicologia de flores alimentícias, visto que os dados são inexistentes para a
maioria das espécies. Muitos estudos avaliam atividade antimicrobiana, antifúngica ou outras propriedades
medicinais. É preocupante que o limite de ingestão diária dessas espécies ainda não seja conhecido, e
efeitos tóxicos podem ou não ser dose-dependentes. Esta falta de conhecimento pode acarretar diversas
implicações negativas, em especial para a saúde da população. Assim sendo, esta carência de conteúdo
confere uma abertura para novas pesquisas toxicológicas, o que enaltece sua importância social.
Apoio: CNPq – 402855/2017-5
Pag.56

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CALÊNDULA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Marques, I. B.1, Santos, A. G.1, Araújo E. O.1, Campos O. P., Bonfim, F. P. G1
(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected]
A Calendula officinalis L. é uma planta medicinal da família das Asteraceas, e seus capítulos florais
são fontes de substâncias de interesse para a fitoterapia. A produção e qualidade de sementes tem
relação direta com o manejo da adubação em campo. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi
avaliar a germinação e o vigor de sementes de calêndula em função do tempo de incorporação de
torta de mamona. O experimento foi conduzido no Laboratório de Plantas Medicinais da
FCA/UNESP. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado com três tratamentos e sete
repetições. O tratamento 1 consistiu em sementes de calêndula colhidas de plantas em que a
incorporação de torta de mamona ocorreu no dia do plantio, o tratamento 2 em sementes de
calêndula de plantas matrizes em que a incorporação da torta de mamona foi realizada 14 dias
antes do plantio, e o tratamento 3 em sementes de calêndula de plantas matrizes em que a
incorporação da torta de mamona foi realizada 28 dias antes do plantio. O teste de germinação foi
conduzido conforme Brasil (1992). Ao final do experimento calculou-se o índice de velocidade de
germinação (IVG) segundo Maguire (1962), a porcentagem de germinação e avaliou-se o peso
fresco e seco das plântulas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo Teste Tukey a 5%. Por intermédio da análise de variância é possível observar
que não houve diferença estatística para o comprimento de plântulas nem para o peso seco das
mesmas. O tratamento 3 apresentou maiores valores de peso fresco de plântulas (3,42g) e de
porcentagem de germinação (42,28%), bem como o maior índice de velocidade de germinação
(13,95%). Através dos dados obtidos é possível comprovar que o manejo da adubação com torta
de mamona influencia positivamente a germinação e vigor de sementes de calêndula, fato
relacionado à nutrição das plantas, visto que, a mineralização dos nutrientes se deu de forma
efetiva com a incorporação da torta aos 28 dias antes do transplantio das mudas.
Financiamento: CNPq
Pag.57

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
GERMINAÇÃO IN VITRO DE SEMENTES DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE Vernonia
polyanthes (Spreng.) Less.
Alves, L. F.(1); Gavilan, N. H. (1); Pereira, A. M. S. (1,2); Bonfim, F. P. G. (1)
(1)Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – FCA/UNESP.
(2)Departamento de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. E-mail:
[email protected], [email protected], [email protected],
Conhecida popularmente como assa-peixe, a Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. é uma planta
predominantemente encontrada em regiões de Cerrado, com propriedades medicinais e que está
relacionada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). O
objetivo deste trabalho foi de avaliar a germinação in vitro de sementes coletadas em diferentes
populações naturais de V. polyanthes. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente
casualizado composto por quatro tratamentos correspondentes às diferentes populações
(Nazareno - MG, Botucatu - SP, Cambuí - MG e Ponte Nova - MG) e seis repetições compostas por
dez unidades experimentais. As sementes foram inoculadas em tubos de ensaio de 10 mL
contendo meio de cultura MS sem suplementação. Ao final de 30 dias foi avaliada a porcentagem
de germinação através da contagem de plântulas normais e a porcentagem de contaminação
observada. Quanto a germinação, as sementes provenientes da população de Nazareno
apresentaram o melhor resultado, chegando a 60% de germinação. Ocorreu contaminação do
cultivo em todos os tratamentos, sendo o cultivo de sementes de Ponte Nova o menos afetado,
com 8% de contaminação. A população de Nazareno teve 40% de contaminação, no entanto, não
afetou a germinação das sementes. Dessa forma, recomenda-se o uso de sementes provenientes
de Nazareno para a uma maior germinação de sementes, além da necessidade de protocolos de
assepsia das sementes afim de evitar a contaminação do meio de cultivo.
Financiamento: CNPq – 405953/2016-0
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INCORPORAÇÃO DE ISCAS FORMICIDAS DE ORIGEM BOTÂNICA NO JARDIM DE FUNGO

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
STEFANELLI, L.E.P.1; FORTI, L.C.1; TRAVAGLINI R.V. 1; FERREIRA L.C.; GALLO C.C.2 1 Departamento de Proteção Vegetal FCA/UNESP. 2 FMVZ – UNESP Botucatu. E-mail
As formigas cortadeiras podem representar um grande problema na agricultura e
nas plantações florestais, apesar dos esforços de pesquisadores para desenvolver
estratégias e produtos efetivos. O presente trabalho teve por objetivo observar a
incorporação de diferentes iscas formicidas de origem botânica no jardim de fungo. Foram
utilizados 3 tratamentos com diferentes ativos, sendo eles: sulfuramida (T1), Azadirachta indica,
Óleo Neem ( 4%) (T2) e Tephrosia candida (T3). O experimento foi conduzido em laboratório (T=
25 ± 2° C; UR= 70 ± 10%). Na testemunha foi utilizada isca formicida à base de polpa cítrica. Para
avaliar a incorporação foi elaborada uma escala de notas de 1 a 4. Sendo a
nota 1, a taxa de incorporação na faixa de 0-25%; nota 2, 26 -50%; nota 3 51- 75%; e a
nota 4, 76-100 % respectivamente. A avaliação contou com 5 repetições, em
delineamento experimental inteiramente casualisado, onde cada ninho representou uma
repetição. O período de avaliação durou 24 horas, após esse período as iscas não
incorporadas no fungo foram retiradas. Constatou-se o tratamento com sulfuramida teve
boa incorporação, com todas notas 4. As notas de Tephrosia candida variaram entre 3 –
4. O tratamento com Neem, apresentou notas entre 2 e 3 de incorporação, indicando que
este composto apresenta alguma característica inseticida, pois nesta situação ocorreu alguma
deterrência ao inseto e facilidade de reconhecimento pelas formigas. Mais estudos de incorporação
de substâncias devem ser realizados, para avaliar a efetividade da incorporação de substâncias no
controle de formigas cortadeiras.
Pag.59

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
INFLUÊNCIA DO HORÁRIO DE COLETA NO RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE
Schinus Terebinthifolius Raddi
Nunes, N.S.¹; Guerrero. L.B, ²; Ronchi, H.S.3; Bonfim, F.P.G.4
1Graduanda em Engenharia Agronômica; 2Graduando em Engenharia Agronômica; 3Doutoranda
em Agronomia (Horticultura) da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – Botucatu-Brasil; 4Professor Doutor do Departamento de Horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da
Unesp – Botucatu-Brasil. E-mail: [email protected]
Os rendimentos de óleo essencial de material vegetal foliar de Schinus terebinthifolius Raddi
(Anacardiaceae) foram avaliados sob 05 tratamentos de diferentes horários de coleta. O
experimento foi realizado no Laboratório de Plantas Medicinais do Departamento de Horticultura,
Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, campus de Botucatu – SP. A coleta das amostras
ocorreu no mês de maio de 2018, em área próxima ao Departamento de Horticultura, sob as
coordenadas geográficas 22°50'33.5"S 48°25'59.2"W. Após a coleta, o material vegetal foi levado
para secagem em estufa de circulação forçada de ar, moído e armazenado até o momento da
extração. O delineamento experimental foi de inteiramente casualizado, apresentando cinco
tratamentos com quatro repetições cada. Os horários de coleta foram: 6h, 9h, 12h, 15h e 18h e as
repetições continham 300g de material vegetal cada. As amostras foram submetidas à
hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger durante duas horas após a fervura e o óleo extraído foi
coletado, pesado para o cálculo de rendimento e armazenado. O teor de óleo essencial foi
expresso com base na matéria seca das amostras. As análises demonstram que há diferença
significativa entre os tratamentos para o rendimento do óleo essencial, de forma que o maior teor
de óleo de SchinusterebinthifoliusRaddi foi alcançado as 15:00, com 0,69%.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
JARDIM COMESTÍVEL - PLANTANDO SAÚDE COLHENDO FELICIDADE.
UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS
MAGOSSO, B. B1; MELLO, Y. S.2; PAVÃO, K. P.3; BONFIM, F.P.G.4
1 IBB UNESP/Botucatu, [email protected]; 2 FCA UNESP/Botucatu, [email protected]; 3
Departamento de Saúde Pública, FMB UNESP/Botucatu, [email protected]; 4 Departamento de Horticultura, FCA UNESP/Botucatu, [email protected]
O século XXI tem sido marcado por um aumento da procura aos serviços de saúde pela população no
Brasil. Um sistema de saúde que desvaloriza o autocuidado na sociedade, adotando a alopatia e o modelo
biomédico como eficazes e seguros. Nas últimas décadas movimentos sociais e políticas públicas tentam
resgatar os saberes tradicionais de Plantas Medicinais e de Plantas Alimentícias Não Convencionais
(PANC). O objetivo deste projeto é construir um Jardim Comestível dentro de uma Unidade de Saúde da
Família (USF) no bairro Jardim Santa Elisa em Botucatu-SP, resgatando os conhecimentos locais com
pacientes e equipe de saúde criando um espaço de troca, promovendo saúde e bem estar. Trata-se de uma
pesquisação, aprovada pela CEP, com metodologia qualiquantitativa com aplicação de questionário
semiestruturado e escalas. O projeto foi idealizada pela professora Karina Pavão da FMB, e está sendo
realizado pelo grupo Timbó de agroecologia. Inicialmente foram identificadas moradores da área que tem
interesse em participar do projeto e juntos planejamos as ações. Iniciado em novembro de 2016 já foram
realizados mais 50 encontros na USF, com conversas Etnobotânicas, oficinas de autosuficiência, atividades
práticas e artísticas. Em forma de mutirão com a comunidade e estudantes da Universidade construímos
uma horta-mandala, feita de telhas reutilizadas, e uma cisterna para a captação da água da chuva. Temos
como parceiros a FMB, FCA, secretaria de agricultura, secretaria de saúde, INTERSAN e o Instituto
FloraVida. Ao final do projeto será feita a indicação terapêutica e nutricional das plantas presentes no
Jardim, produzindo uma cartilha com as plantas preconizadas pela Relação Nacional de Plantas Medicinais
de Interesse ao SUS (RENISUS). Pretende-se com este projeto promover a saúde, baseando em um
modelo mais vitalista, valorizando a integralidade do cuidado, controle social, educação popular e
empoderando a população no resgate de seus saberes e de seu autocuidado. Acreditamos que a
implantação de Jardins comunitários com o plantio de Plantas Medicinais em unidades de saúde seja uma
alternativa interessante para o SUS, tornando possível a troca de saberes entre a comunidade e a utilização
das plantas pela equipe médica.
Financiamento: CNPq – 402855/2017-0
Pag.61

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DAS PLANTAS CULTIVADAS
NO JARDIM COMESTÍVEL DO BAIRRO JARDIM SANTA ELISA, BOTUCATU-SP
MAGOSSO, B. B1; MELLO, Y. S.
2; PAVÃO, K. P.
3; BONFIM, F. P. G.
4
1 IBB UNESP/Botucatu, [email protected];
2 FCA UNESP/Botucatu, [email protected];
3 Departamento de Saúde Pública, FMB UNESP/Botucatu, [email protected];
4 Departamento de
Horticultura, FCA UNESP/Botucatu, [email protected]
O Jardim Comestível, presente no bairro Jardim Santa Elisa em Botucatu-SP, é um projeto de construção de
um jardim comunitário localizado dentro de uma Unidade de Saúde da Família. É desenvolvido por membros
da comunidade, da equipe de saúde e estudantes do Grupo Timbó de Agroecologia. Tem o objetivo de
resgatar e valorizar o saber popular em relação as PANC e Plantas Medicinais, promovendo uma melhoria na
segurança e soberania alimentar e nutricional, saúde e bem-estar da comunidade. São realizados encontros
semanais de atividades de cultivo e preparo das plantas, com conversas e oficinas práticas, buscando a
autossuficiência e empoderamento. Através de um mutirão construímos uma horta-mandala, com telhas
reutilizadas, de 12 metros de diâmetro e 13 canteiros de diferentes tamanhos, somando aproximadamente 70
m². Inicialmente foi feita a análise do solo para correção da acidez. As plantas são cultivadas de forma
orgânica, com incorporação de esterco, uso de microrganismos eficientes e cobertura morta. O manejo se dá
nas atividades semanais e a irrigação é por conta da comunidade, com uso de mangueira. As plantas foram
trazidas pelos participantes do projeto, retiradas dos quintais ou compradas. O seguinte artigo busca levantar
e caracterizar as espécies vegetais cultivadas na horta-mandala, levantando nome popular, nome científico,
origem, hábito, ciclo, altura, usos e partes utilizadas, pretende, também, avaliar.a potencialidade de cada
planta de acordo com o manejo empregado. Os dados foram coletados durantes os encontros semanais e a
identificação foi feita através de referências na literatura. Foi levantado 53 espécies de diferentes famílias e
origens, de hábitos rasteiros, herbáceos, arbustivo e arbóreos, de ciclos perene, semi perene e anual, com
alturas que variam de 3 a 145cm, com usos medicinais e alimentícios. Avaliando a potencialidade de acordo
com o manejo, criamos uma escala que varia entre alto, médio e baixo, levando em conta seu desempenho
produtivo nos canteiros da horta-mandala, sendo que ainda há plantas em processo de desenvolvimento. Com
o desenvolver das atividades pode-se observar um ganho na biodiversidade da região, oferecendo uma
oportunidade de acesso e uso dessas plantas pela comunidade e equipe médica.
Financiamento: CNPq – 402855/2017-0
Pag.62

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS CONDIMENTARES PRODUZIDAS PELOS
AGRICULTORES DA REGIÃO DE AVARÉ/SP
VERTUÃN, V.A. 1; BONFIM, F.P.G. 1 1Faculdade de Ciências Agronômicas– UNESP Campus de Botucatu.
E-mail: [email protected]
A etnobotânica é estudo das sociedades humanas e suas interações ecológicas, genéticas,
evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas (Alves et al. 2007). O levantamento etnobotânico
é essencial para a obtenção de características especíbficas de cada local de estudo, baseadas em
seus aspectos socioculturais. O mercado de plantas condimentares é instável, apesar do interesse
crescente e do maior valor agregado, se comparado as culturas tradicionais. Apesar de o mercado
ser limitado, estas plantas apresentam maior rentabilidade (Corrêa Júnior et al. 2006). E segundo
os autores, alguns requisitos básicos podem destacados visando o cultivo rentável, tais como a
identidade botânica assegurada e origem confiável, infraestrutura básica, grande quantidade de ser
mão de obra e uma pessoa experiente para gerenciar, além da formação de grupos de produtores.
O objetivo do presente trabalho foi fazer um levantamento etnobotânico das principais espécies
condimentares produzidas pelos agricultores da região de Avaré/SP.A pesquisa de campo foi
realizada através de entrevistas semiestruturadas para a coleta de informações registradas em
caderno de campo e fotografias. A metodologia utilizada foi a estatística descritiva, com síntese
apresentadas em forma de gráficos e tabelas. O mercado de plantas condimentares é pouco
explorado pelos produtores entrevistados, tendo como principais espécies condimentares
produzidas estão a salsinha (Petroselinum sativum), a cebolinha (Allium schoenoprasum) e
pimenta-dedo-de-moça (Capsicum baccatum). Contudo, há a necessidade da geração e adoção
de tecnologias de cultivo, a fim de torná-la economicamente competitiva a outras culturas e assim
despertar o interesse de produção dos produtores.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
MORTALIDADE DE Sitophilus zeamais M. EXPOSTOS AO EXTRATO DE
HIDROETANÓLICO DE Annona cacans W.
LIZABELLO, L.F.1, PRADO, M.1; SPERA, K.D.2; SANTOS, P.C.2, SILVA L.P.3; SILVA R.M.G.1 1 Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Departamento de
Biotecnologia; Laboratório de Fitoterápicos e Produtos Naturais, Avenida Dom Antônio 2100, CEP: 19806-900, Assis, São Paulo, Brasil. e-mail [email protected]
2 Universidade Estadual Paulista, Instituto de Química de Araraquara, Avenida Professor Francisco Degni nº55 Jardim Quitandinha, Araraquara, São Paulo CEP 14800-900
3 Fundação Educacional do Município de Assis, Avenida Getúlio Vargas, 1200, Vila Nova Santana, CEP: 19807-634, Assis, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
A utilização frequente e indiscriminada de insumos agrícolas, como adubos e defensivos sintéticos,
pode causar altos níveis de resíduos tóxicos nos alimentos, desequilíbrio biológico, contaminações
ambientais, intoxicações de seres humanos e animais, entre outros efeitos diretos e indiretos. A
utilização de extratos vegetais, como inseticidas alternativos, é uma forma de minimizar os
problemas provocados pelos inseticidas sintéticos. Com o objetivo de verificar a possibilidade do
extrato de Annona cacans ser uma alternativa adequada a utilização de inseticidas sintéticos,
foram delineados bioensaios laboratoriais por meio do teste de mortalidade do inseto. Na avaliação
dos bioensaios inseticidas realizados neste estudo, observou-se o efeito do extrato de A. cacans
sobre adultos de Sitophilus zeamais, em condições laboratoriais. O CL50 diminuiu
progressivamente com o aumento do tempo de exposição e de concentração do extrato para todos
os tratamentos. De acordo com os resultados obtidos é possível concluir que o extrato avaliado é
eficiente quanto à mortalidade dos insetos e que os extrato de A. cacans possuem compostos
fitotóxicos que podem favorecer e expandir sua utilização como fonte de inseticida natural.
Agradecimento: PIBIC/CNPq.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
O PERIGO DAS ASSOCIAÇÕES ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS
ALOPÁTICOS
SANTOS, L.1
; FUZARO, C.C.1
1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-
Assis. E-mail: [email protected]
Grande parte da população, principalmente de países em desenvolvimento como o Brasil, se utiliza de
plantas medicinais para fins terapêuticos. Desta forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
preconizou a realização de investigações experimentais, a fim de se estabelecer os princípios ativos
vegetais, a eficácia e segurança das plantas em uso. Nesta direção, em 2006, para atender a essa
determinação da OMS, o Ministério da Saúde brasileiro aprovou o Decreto nº 5.813 que estabelece a
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Entretanto, muito pouco mudou nos últimos anos
no Brasil, e a maioria dos usos populares ainda não é comprovado cientificamente, fazendo com que as
pessoas utilizem as plantas medicinais de forma errônea, acreditando que essas são desprovidas de
efeitos colaterais. Dentro desse contexto, esse projeto teve como objetivo avaliar o uso indevido de plantas
medicinais pela população, em especial, as associações realizadas com os medicamentos alopáticos.
Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa junto a duzentas residências do município de Assis-SP, para
definir quais plantas medicinais eram utilizadas em associação aos medicamentos alopáticos e quais
eram as finalidades terapêuticas. Os dados obtidos evidenciaram que a maioria dos respondentes não
conhece o verdadeiro potencial terapêutico das plantas medicinais que são por eles utilizadas, bem como
os efeitos resultantes das interações das plantas com os medicamentos alopáticos. Dessa forma, vinte
perigosas associações foram constatadas, tais como: chá de alho com anticoagulantes orais, aumentando
o risco de hemorragias; babosa com hipoglicemiantes, potencializando o efeito desses medicamentos; chá
de boldo com anti-inflamatórios, aumentando o risco de hemorragias; chá de camomila com ácido
acetilsalicílico, favorecendo a inibição plaquetária e a ocorrência de hemorragias e chá de gengibre
prejudicando a ação hipotensora dos beta-bloqueadores. Enfim, é notável que além dos incentivos para a
realização de estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos, que valorizem o conhecimento popular e
comprovem as ações farmacológicas e toxicológicas das plantas medicinais, o governo brasileiro deve,
por meio de medidas educacionais, divulgar os resultados obtidos à população, para que a eficácia e
segurança do uso das plantas sejam efetivamente asseguradas.
Pag.65

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
OCORRÊNCIA DE ISOFLAVONAS EM RESÍDUOS DA CULTURA DE SOJA
CARNEIRO, A.M.,¹ PILON, A.,2 BORGES M.,3; RINALDO, D.3; FUNARI, C.S.4
1Instituto de Biociências de Botucatu, UNESP, 2Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP-Ribeirão Preto, 3Instituto de Química, UNESP-Bauru, 4Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP-Botucatu.
E-mail: [email protected]
Aproximadamente 3,7 x 109 toneladas de resíduos agrícolas são produzidos anualmente no mundo,
considerando apenas seis culturas. (BENTSEN et al., 2014). A cultura de soja corresponde a cerca de 57%
da área cultivada no Brasil, sendo que a safra para 2018 está estimada para 118 milhões de toneladas de
grãos, podendo gerar, aproximadamente, 354 milhões de toneladas de resíduos. Além de seu uso na
alimentação animal e humana (THIAGO E DA SILVA, 2003; ZAHEER E HUMAYOUN AKHTAR, 2017), a
soja também desperta interesse do ponto de vista farmacológico, por ser uma das principais fontes de
isoflavonas, uma forma de fitoestrogênio (QUEIROZ et al., 2006). Por isto, é uma das espécies presentes na
lista de fitoterápicos que possuem registrados simplificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) (CARVALHO et al., 2008). Este trabalho teve como objetivo a identificação de isoflavonas em
resíduos da cultura de soja (folhas, caules e vagens). A estratégia de identificação empregada foi baseada
no cruzamento dos dados obtidos por análise por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a
espectrometria de massas, e dados quimiotaxonômicos. Foi possível identificar as isoflavonas não
glicosiladas daidzeína, genisteína e gliciteína, assim como as flavonas apigenina e 7,4’-dihidroxiflavona em
resíduos da cultura de soja. Estes resíduos mostraram-se como fontes destes compostos de interesse
farmacológico.
Agradecimento: CNPq
Pag.66

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
OCORRÊNCIA DE PLANTAS CONDIMENTARES EM FEIRAS ORGÂNICAS DA CAPITAL
PAULISTA: COMÉRCIO E PERFIL DOS FEIRANTES
PAGASSINI, J.A.V.1 SANTOS, V.T.1; BONFIM, F.P.G.1; CAMPOS, O.P.2; 1FCA/UNESP; 2UENP – CLM.E-mail: [email protected]
O objetivo foi diagnosticar a ocorrência de plantas condimentares, bem como o perfil de seus comerciantes
em feiras orgânicas da capital paulista. Foram selecionadas como amostras dirigidas as maiores feiras
orgânicas (em número de feirantes) de São Paulo: Feira Orgânica da Água Branca e Feira Orgânica do
Ibirapuera, localizadas nas Zonas Oeste e Sul, respectivamente. Por meio de entrevista semiestruturada,
aplicou-se um questionário a cada feirante para a obtenção de informações sobre: dados censitários
(gênero, faixa etária, escolaridade, atividade familiar e conhecimento da origem dos produtos), plantas
condimentares comercializadas e porcentagem de representação delas na renda de cada um. Dos 52
comerciantes das duas feiras, 29 trabalham com plantas condimentares, sendo esses os entrevistados.
Como resultado do perfil constatou-se que: 72% são do gênero masculino, 48% têm o ensino médio
completo, 21% possuem formação superior completa e as faixas etárias mais expressivas são: idade entre
20 a 30 anos (38%) e idade superior a 40 anos (31%). A maioria segue a atividade familiar, sendo que 72%
são produtores rurais, o que reflete na origem dos produtos comercializados, visto que a produção própria é
o que predomina (83%) e vem seguida de produção de vizinhos (24%) e vendas via vínculo trabalhista
(10%), sendo que nada deste segmento vem da CEAGESP. Foi detectada uma diversidade de espécies de
24 condimentares distintas, sendo a maioria comercializada in natura. As mais ocorrentes foram: manjericão
(Ocimum basilicum L.), cebolinha (Allium schoenoprasum L.), coentro (Coriandrum sativum L.), hortelã
(Mentha piperita L.), salsinha (Petroselinum crispum L.) e gengibre (Zingiber officinale Rosc.), com 86% de
ocorrência para as quatro primeiras, 79% para a salsinha e 55% para o gengibre. Na sequência, constatou-
se grande presença de pimenta (Capsicum spp.), louro (Laurus nobilis L.) e orégano (Origanum vulgare L.),
com níveis de presença de 72%, 45% e 41%, respectivamente. Pela pesquisa observa-se que essa
categoria representa até 25% da receita de vendas de 55% dos feirantes, representando também até 50%
da receita de 34% dos feirantes e até 75% da receita de 10% deles. Assim, é possível observar o impacto
que a venda de plantas condimentares representa para os comerciantes.
Pag.67

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
PANORAMA QUÍMICO DE CACTOS DA MATA ATLÂNTICA: Rhipsalis Gärtner (Cactaceae)
Kamikawachi, R. C.1*; Carrara, V.1; Almeida, O. J. G.1; Vilegas, W.1
1Universidade Estadual Paulista – UNESP IB/CLP. E-mail: [email protected]
Os cactos do gênero Rhipsalis Gärtner (Cactacea) distinguem-se dos demais por características
únicas: são epiftos, não apresentam espinhos e habitam florestas ombrófilas. Nesse gênero
ocorrem diversas espécies distribuidas por toda a América Latina com relatos de uso medicinal por
populações tradicionais, incluindo desde propriedades sedativas até o tratamento de doenças
coronárias1-4. No entanto, há lacuna a respeito da composição. Por isso, este trabalho iniciou a
investigação da composição química de seis espécies e uma subespécie de cactos do gênero
Rhipsali: R. cereuscula, R. clavata, R. elliptica, R. floccosa floccosa, R. floccosa hohenauensis, R.
paradoxa e R. teres. Foram coletadas no IB/CLP da UNESP de São Vicente, no período de
novembro de 2017 a março de 2018, secas em estufa de ar circulante a 40°C e em seguida
moidas. O pó resultante (1g) foi extraido com hexano (20 mL) para retirada dos ácidos graxos e em
seguida três vezes com metanol (10 mL), assistido por ultrassom (10 min cada extração). Alíquotas
dos extratos (1 mg) foram submetidas a clean-up em cartuchos de sílica de fase reversa eluídos
com 1 mL de metanol. Os eluatos (5ppm) foram preliminarmente analisados por espectrometria de
massas por infusão direta usando ionização no modo negativo por Electrospray e analisador Íon
Trap (FIA-ESI-IT-MSn). Em seguida, foram também analisados por cromatografia líquida de ultra
eficiência acoplada detector de fotodiiodos e a espectrômetro de massas (UPLC-DAD-MS). Foram
detectadas 39 substâncias: 31 saponinas triterpênicas derivadas dos ácidos oleanólico,
hidroxioleanólico e metoxioleanólico e flavonóides derivados de apigenina, kaempferol e
quercetina. Esses resultados, apesar de preliminares, corroboram os usos populares, uma vez que
as atividades hipocolesterolêmicas e anti-inflamatórias das saponinas5 e a atividade anti-
inflamatória dos flavonóides6 são bem conhecidas. Atualmente estamos procedendo ao isolamento
e identificação dessas substâncias.
Financiamento: CNPq e Capes.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
PERFIL QUÍMICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Xylopia aromatica (Lam.) Mart
Couto, C.1
; Galhardo, L.J.2
; Campos, F.G.2
; Vieira, M.A.R.2
; Marques, M.O.M.3
; Boaro,
C.S.F.2
1ETEC Dr. Domingos Minicucci Filho,
2
UNESP-Botucatu, Instituto de Biociência, 3IAC-Campinas,
Instituto Agronômico
A família Annonaceae possui diversidade de substâncias sintetizadas no metabolismo
especializado, como os óleos essenciais, com atividade na defesa do vegetal contra bactérias,
fungos e herbívoros, além de atuarem na atração de animais para dispersão dos pólens e
sementes. O potencial farmacológico se justifica com base na presença de elevadas quantidades
de sesquiterpenos, que apresentam diferentes atividades, encontrados, por exemplo, no óleo
essencial das folhas de Xylopia frutescens, com atividade antitumoral. Atividade fungicida e
bactericida foi identificada no óleo essencial de frutos de Xylopia aethiopica. Poucos estudos
avaliaram o perfil do óleo de X. aromatica, que também pode apresentar potencial farmacológico.
Dessa forma o objetivo foi caracterizar a composição do óleo essencial de Xylopia aromatica
(Lam.) Mart.. Folhas de 20 indivíduos de Xylopia aromatica (Lam.) Mart. foram coletadas em
cerrado do município de Botucatu, Bairro Rio Bonito - São Paulo, coordenadas geográficas
22º49’ Latitude Sul e 48º25’ Longitude Oeste com altitude de 750 metros, precipitação média
anual ± 1400 mm e temperaturas médias do mês mais quente ≥ 22ºC e do mais frio variando
entre 3 e 18ºC. As folhas coletadas foram secas em temperatura ambiente e posteriormente o
óleo essencial foi extraído por hidrodestilação em aparato tipo Clevenger, por duas horas e
analisado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG\EM). O óleo
essencial de Xylopia aromatica revelou monoterpenos (16,4%) e sesquiterpenos (72,8%). Entre
os monoterpenos, identificou-se β-felandreno (7,8%), como majoritário. Biciclogermacreno
(19,6%) espatulenol (16,9%) e uma substância não identificada (16,8%) revelaram-se entre os
sesquiterpenos majoritários. O único trabalho identificado na literatura e desenvolvido em cerrado
do estado de São Paulo revelou componentes majoritários, representados por α e β – pineno e
limoneno. Biciclogermacreno também majoritário, revelou porcentagens semelhantes nos dois
estudos realizados em São Paulo. Conclui-se que, espécies nativas avaliadas em diferentes
locais apresentam variação no perfil do óleo essencial que pode ter influência na sua atividade
biológica.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
POPULARIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS ATRAVÉS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Ferrarini, M.E.H.¹; Bloch, B. L. ¹; Moleiro, G.H.R. ¹; Ronchi, H.S. ¹, Bonfim, F.P.G¹
; Santos, R.C. ¹
Universidade Estadual Paulista (UNESP) E- mail: [email protected]
Plantas Alimentícias não convencionais (PANC) é o termo que se refere às plantas com potencial alimentício
difíceis de ser encontradas em mercados e feiras locais, e o consumo delas na alimentação cotidiana não é usual.
Apesar da vasta diversidade vegetal brasileira, a alimentação humana é restrita a poucas espécies. Nesse
contexto, o consumo das PANC pode ser muito vantajoso, especialmente no aspecto nutricional, sabor e
variedade. Muitas dessas plantas possuem valor nutricional notável comparado às plantas alimentícias
convencionais e, ainda, possuem sabor e textura comparáveis às convencionais, sugerindo aceitabilidade
positiva. A falta de conhecimento e baixa procura por essas espécies, impossibilita que agricultores se
interessem em produzi-las. É notória a necessidade popularização de seus usos e propriedades. O presente
trabalho se trata de um Projeto de Extensão Universitária que acontece com apoio da PROEX (Pró-reitoria de
Extensão Universitária). O projeto iniciou-se em março de 2017, foi idealizado e construído por estudantes e
pesquisadores de graduação e pós-graduação, membros do grupo de pesquisa HorgBio. Atualmente, o projeto
acontece em parceria com a FCA/UNESP e o Banco de Alimentos de Botucatu, local que cede o espaço no qual
as oficinas são desenvolvidas. O objetivo deste projeto é divulgar o potencial alimentício dessas espécies, para
que essa informação chegue à comunidade. Utiliza-se o método de alcance grupal, objetivando que a os
conhecimentos sejam transmitidos por interações e trocas de experiências entre as pessoas no meio social,
buscando alcançar o maior número de pessoas possível. O trabalho é realizado a partir de oficinas teórico-
praticas com enfoque na utilização e cultivo dessas espécies. As oficinas acontecem em módulos temáticos,
baseados na seleção uma ou mais espécies. Em 2017, trabalhamos a ora pro nóbis (Perekia Aculeata),
conhecida por seu alto teor de proteína. As oficinas teórico-práticas abordaram identificação, cultivo e
confecção de receita, buscando que além de conhecer-se o potencial alimentício, que as pessoas aprendam sobre
cultivo e preparo culinário. No presente módulo, do 1º semestre de 2018, trabalhamos o tema “Plantas
Espontâneas”, englobando as espécies capuchinha (Tropaeolum majus), caruru (Amaranthus deflexus), maria
gorda (Talinum paniculatum), physalis (Physalis angulata), serralha (Sonchus oleraceus) e trevinho (Oxalis
latifolia).
Financiamento: PROEX
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UM FITOCOSMÉTICO COM PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE E FOTOPROTETORA, ENRIQUECIDO COM O EXTRATO DE UMA PLANTA
ANGIOSPÉRMICA DO GÊNERO Caryocar
Machado, A.1; Pegorin, G.S. 1; Mayer, C.R.M. 1; Santos, L. 1
1Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis
Email: [email protected]
Sabe-se que as plantas angiospérmicas do gênero Caryocar são ricas em fenóis, um importante
antioxidante natural e, a quantidade desses compostos presentes em seus frutos mostra-se
muito superior à grande maioria dos frutos encontrados no Brasil. No entanto, com a exploração
extrativista de uma das espécies desse gênero, seu esgotamento já está previsto em um futuro
bem próximo. Assim, o aproveitamento de sua polpa no desenvolvimento de um fitocosmético
pode representar uma importante estratégia para sua preservação. Nesta direção, este estudo
teve por objetivo desenvolver um extrato hidroetanólico da polpa desse fruto (EHPC), e a partir
dele determinar sua toxicidade e suas atividades antioxidante e fotoprotetora. Além disso,
quantificar as concentrações de fenóis totais e flavonoides. O EHPC foi preparado por
maceração estática, adicionando 30g de polpa e 300 ml de solução hidroetanólica. A dosagem
de fenóis foi avaliada pelo método da Folin-Ciocalteau, e a de flavonoides pelo método do AlCl3.
A citoxicidade do extrato foi determinada pelo método do MTT. A atividade antioxidante foi
avaliada pelo método de DPPH, e a atividade fotoprotetora pelo método de Mansur. O EHPC não
afetou a taxa de sobrevivência das células no teste de citoxicidade. Na concentração de 1 mg/mL
o EHPC apresentou altos teores de compostos fenólicos (247 mg ácido gálico/g amostra) e
flavonoides (58,82 mg quercetina/g amostra). Na concentração de 1,75 mg/mL a atividade
antioxidante foi de 82,8%, com um EC50, concentração do extrato necessária para reduzir os
radicais de DPPH à hidrazina em 50% do total, de 0,807 mg/ml. Na avaliação da fotoproteção, o
EHPC surpreendeu, pois na concentração de 1 mg/mL demonstrou um FPS igual a 30. Os
resultados obtidos comprovam que a planta analisada pode ser aproveitada no desenvolvimento
de um fitocosmético, com potentes atividades antioxidante e fotoprotetora, podendo esse uso se
configurar em uma importante estratégia para a preservação dessa espécie.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Bidens pilosa L. E Coleus
barbatus B. SOBRE GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Glycine max L.
Campos, O.P. (UENP – CLM, [email protected]); Sorace, M. A. F. (UENP – CLM,
[email protected]); Cossa, C. A. (UENP – CLM, [email protected]); Neto, P. F. (UENP –
CLM, [email protected]); Cunha, J. P. B. (UENP – CLM, [email protected])
As plantas daninhas competem e/ou interferem no desenvolvimento da cultura de interesse,
provocando diminuição na produção final e na qualidade do produto. No que diz respeito ao
manejo de plantas invasoras e ao controle biológico, a utilização da alelopatia constitui alternativa
ao controle químico sintético. Muitas plantas possuem a capacidade de produzirem substâncias
alelopáticas que apresentam efeito direto ou indireto, benéfico ou maléfico sobre outras espécies.
Essa propriedade passou a ser observada e estudada, uma vez que essas substâncias têm
potencial de controle de outras espécies. Presentemente a soja, especialmente no caso da soja
RR® (resistente ao herbicida glyphosate) apresenta potencial para se tornar uma planta daninha
de difícil controle. Portanto o trabalho teve por objetivo avaliar o efeito alelopático de extratos
aquosos de folhas de Bidens pilosa L. e Coleus barbatus B. no controle na germinação e vigor de
sementes de soja RR®. Obteve-se os extratos na proporção de 10g de folhas frescas para 200 mL
de água. A solução inicial, considerada padrão (100%), foi diluída nas concentrações: 10%, 25% e
50%. Os extratos foram aplicados sobre as sementes de soja, já em ambiente para germinação. O
delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, em fatorial (2x4) + 1, 2 tipos de extratos, em
4 concentrações, mais uma testemunha (sem aplicação), contou-se portanto com 9 tratamentos.
Foram avaliados testes de primeira contagem de emergência, porcentagem de germinação e índice
de velocidade de emergência de sementes de soja RR®. As avaliações foram realizadas conforme
critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes. Os dados obtidos foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade. A emergência inicial das plântulas de soja RR®, bem como a germinação não foram
negativamente alteradas pelos tratamentos, salientando que os extratos nas diferentes
concentrações mostraram-se ineficientes para controle. A emergência das plântulas de soja foi
estimulada pelos tratamentos com 25 e 50% de extrato de B. pilosa L, evidenciando efeito
alelopático positivo.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
POTENCIAL ALELOPÁTICO DO EXTRATO AQUOSO DE Cyperus rotundus L. SOBRE GERMINAÇÃO DE Salvia hispanica L.
Campos, O.P. (UENP – CLM, [email protected]); Sorace, M. A. F. (UENP – CLM,
[email protected]); Cossa, C. A. (UENP – CLM, [email protected]); Marchi, R. C. S.
(UENP – CLM, [email protected])
As plantas liberam metabólitos que podem influenciar no desenvolvimento da vegetação adjacente,
fenômeno denominado alelopatia. A reação pode ser fitotóxica ou benéfica aos processos de
germinação e desenvolvimento vegetal, gerando assim interesse para manejo agrícola. Salvia
hispanica L. (chia) é uma Lamiaceae, rica fonte de ácidos graxos e antioxidantes naturais, sendo
matéria prima para alimentos funcionais, nutracêuticos e suplementos dietéticos, características
essas, que tem estimulado o aumento do seu consumo. A Cyperus rotundus L. (tiririca) é uma
Cyperaceae que se reproduz quase que exclusivamente por tubérculos. É uma espécie invasora
amplamente distribuída em diversos agroecossistemas conhecida por seus efeitos alelopáticos.
Apresenta elevado nível de AIB (ácido endolbutírico), fitorregulador específico para formação das
raízes das plantas. Estudos monstram que o extrato de tiririca, influenciou positivamente a
germinação de sementes de pinhão manso (Jatropha curcas L.), indicando possíveis influências
sobre germinação de outras espécies. Considerando a necessidade de manejos alternativos,
destinação utilitária para o tubérculo da tiririca e, o aumento do consumo de chia, o objetivou-se
identificar os efeitos alelopáticos de extratos aquosos de C. rotundus L. sobre a germinação de
sementes de S. hispanica L.. O extrato foi obtido a partir de 100g de tubérculos de tiririca para 200
ml de água, concentração inicial (CI) 1g 2 ml-1, que foi diluída em 50% CI e 25% CI. A solução foi
aplicada sobre as sementes de chia já em ambiente para germinação. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, contou-se com 4 tratamentos e 5 repetições, para as
avaliações foram feitos testes de primeira contagem, porcentagem de germinação e, índice de
velocidade de germinação (IVG). O extrato nas concentrações de 25% e 50% comprometeram a
primeira contagem, a porcentagem de germinação e o IVG das sementes de chia. Este evento
pode ser atribuído ao tipo de extrato e/ou as concentrações utilizadas, a forma de preparo e, o
método de aplicação, que são fatores decisivos, pois princípios ativos vegetais são instáveis e não
se distribuem de forma homogênea na planta.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
POTENCIAL ANTICARIOGÊNICO DE PLANTAS MEDICINAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE AO SUS (RENISUS)
Albuquerque Y.E.1, Rosselli E.R.2, Brighenti F.L.3
1Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP, 2Departamento de Clínica e Cirurgia, Universidade Federal de Alfenas, 3Departamento de Clínica
Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara – (UNESP). E-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão narrativa sobre o potencial anticariogênico das
plantas medicinais listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS
(RENISUS). Foram utilizados descritores pré-selecionados para as buscas nas bases de dados
PubMed e Google Acadêmico de artigos originais que avaliaram extratos de plantas listadas na
RENISUS contra micro-organismos cariogênicos. Os dados dos 30 artigos selecionados foram
apresentados de acordo com o tipo de estudo e o método aplicado. Apenas 17 plantas listadas na
RENISUS foram estudadas. Dos 24 estudos in vitro, apenas 6 realizaram testes com biofilmes.
Apenas Lippia sidoides e Punica granatum foram avaliadas em estudos clínicos randomizados ou
cruzados. A maioria dos estudos apresentaram resultados promissores, entretanto as metodologias
utilizadas são questionáveis. Pode-se concluir que poucas plantas listadas na RENISUS foram
avaliadas quanto ao seu potencial anticariogênico. Há a necessidade de estudos in vitro bem
delineados (avaliações mais completas que possam mimetizar as condições da cavidade bucal) e
de estudos clínicos randomizados que utilizem participantes com características próximas às da
população de interesse, o que poderia ter implicações diretas no desenvolvimento de novos
produtos odontológicos antimicrobianos eficazes.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE Ocimum basilicum L. COM O USO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS
VASQUE H.1; SANTIVAÑEZ A.
1; GRASSI FILHO, H.
2
1Departamento de Horticultura, FCA-UNESP, Botucatu. [email protected]; ariel_
[email protected]; 2Departamento de Solos e Recursos Ambientais FCA-UNESP,
Botucatu. [email protected]
O manjericão é uma planta condimentar e medicinal muito cultivado em hortas domésticas em quase todo o
Brasil. No entanto, existem poucas pesquisas agronômicas sobre a produção de mudas realizada para esta
cultura. Além disso, no cultivo de plantas medicinais é preferível utilizar resíduos orgânicos em vez de
minerais, para preservarem suas propriedades naturais e isento de compostos químicos. Objetivou-se avaliar o
efeito da adição de diferentes resíduos orgânicos: esterco de galinha (EG), fibra de coco (FC), bokashi (BO) e
torta de mamona (TM) ao substrato comercial Carolina (SC) para a formulação de um substrato para produção
de mudas de manjericão. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, no período de fevereiro a março de
2018 sendo realizado em blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos
foram: T1 (100%) SC; T2 (80%) SC + (20%) CF; T3 (80%) SC + (20%) FC; T4 (80%) SC + (20%) TM.
Após os substratos serem misturados, os mesmos foram adicionados em bandejas de isopor contendo 200
células. Posteriormente, realizou-se a semeadura das sementes contendo cada célula uma semente. A parcela
útil foi constituída por 30 plantas. Avaliou-se a porcentagem de emergência, massa do sistema radicular e
parte aérea e o índice de velocidade de germinação (IVG). A mistura do substrato comercial com o bokashi
foi superior entre os tratamentos para a massa seca da parte aérea. Para o IVG, porcentagem de emergência e
massa seca da raiz não constatou diferença significativa em relação às demais combinações de substratos.
Concluiu-se que entre os tratamentos avaliados o bokashi foi a melhor combinação de substrato para a
produção de mudas de manjericão.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA INSERÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO
CONVENCIONAIS: UMA ABORDAGEM NO ENSINO DE FARMACOGNOSIA
BOLINA, C. O.1; CARDOSO, Y. R. 2; SILVA, A. D. 2; FREITAS, L. M. F. 2; CARMO, J. P. M. 1
1Universidade Estadual de Goiás, Itumbiara, Docentes Curso de Farmácia; 2Universidade Estadual de Goiás, Itumbiara, Discentes Curso de Farmácia;
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]
A Farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo de propriedades físicas,
químicas, bioquímicas e biológicas de fármacos de origem natural, assim como busca novos
fármacos a partir destas fontes. Porém, com os avanços no mercado farmacêutico, os problemas
enfrentados pela saúde pública no Brasil, a conscientização da sociedade pela necessidade de
adoção de hábitos mais saudáveis para a promoção da saúde e prevenção de doenças, fez com
que o ensino de Farmacognosia passasse por transformações, permitindo a abordagem e o
resgate de plantas atualmente desconhecidas ou em desuso pela maior parte da população. As
plantas alimentícias não convencionais (PANC) se destacam pelo fácil cultivo e significativo valor
nutricional, tornando uma alternativa importante para complementar a alimentação das pessoas,
diversificar cardápios e nutrientes consumidos e até mesmo como fonte de renda para pequenos
agricultores. Desta forma, aliado ao ensino de Farmacognosia têm-se desenvolvido projetos da
extensão no Campus Itumbiara da Universidade Estadual de Goiás buscando inserir plantas como
ora-prob-nobis, major-gomes, beldroega, hibisco, peixinho-da-horta, jambu, fisalis, entre outros, na
alimentação da comunidade acadêmica por meio do cultivo em uma horta mantida pelos próprios
alunos dentro da instituição, doações de mudas, oferecendo lanches elaborados com as plantas,
tais como pães, bolos e patês, e palestras divulgando a composição nutricional/química destes
alimentos e os benefícios do consumo na promoção da saúde.
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
QUANTIFICAÇÃO DOS TEORES DE ATROPINA E ESCOPOLOMINA EM CULTIVARES DE Brugmansia suaveolens UTILIZANDO PRINCÍPIOS DA QUIMICA VERDE
BRAGAGNOLO, F.S. ¹, GIANETI, T.M.R.¹, REIS, R, B. ¹, GONÇALVES, G.G. ¹, RODRIGUES S.A.
¹, MING, L.C. ¹, FUNARI, C. S. ¹
Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. E-
mail: [email protected]; [email protected]
Os alcaloides tropânicos atropina e escopolamina são princípios ativos de alguns medicamentos
comerciais. Tais compostos estão presentes na planta Brugmansia suaveolens, popularmente
conhecida como trombeta, dentre outras [1]. A produção destes metabolitos pode variar com
diversos fatores, tais como sazonalidade, herbivoria e variabilidade genética. Porém, não há relatos
na literatura sobre a interferência da adubação sobre a produção de atropina e escopolamina na
espécie B. suaveolens. Portanto, este trabalho busca quantificar estas duas substancias em folhas
obtidas de cultivares de B. suaveolens submetidos a diferentes tratamentos de adubação orgânica
(tratamentos 1-4). Aproximadamente 50 mg de folhas secas foram moídas e umedecidas com 250
µL de solução borato de sódio (pH 9), por 1 h. Em seguida, foram adicionados 3 mL de
diclorometano (solvente de referência) ou 3 mL de acetato de etila (solvente verde alternativo),
extraindo-se por 4 h sob agitação constante. Os extratos foram secados em N2, sobre as quais 100
µL de agente derivatizante BSTFA foram adicionados e aquecidos a 80 °C por 15 min. Dois outros
extratos foram preparados da mesma maneira, mas não passaram por processo de derivatização
com BSTFA. Uma alíquota de cada um dos 4 extratos resultantes foi analisada por Cromatografia à
Gás acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) e comparados com padrões de referência dos
alcaloides de interesse [2]. Conclui-se ser o solvente diclorometano mais eficiente no processo de
extração dos alcaloides e que não seria necessária a etapa de derivatização. Em seguida, as
folhas de cada tratamento foram extraídas em quintuplicata (procedimento com tampão borato,
diclorometano e sem derivatização) e analisados por CG-EM. Os teores de atropina e
escopolamina foram calculados por meio de comparação com curvas de calibração obtidas com
padrões de referência. Observou-se maior teor de atropina para o extrato obtido de folhas de
plantas submetidas ao tratamento 4 (0,96 mg/g ± 0,11), com diferença estatisticamente significativa
em relação ao tratamento controle (sem adubação, 0,79 mg/g ± 0,03). Um maior teor de
escopolamina também foi observado para o tratamento 4 (0,86 mg/g ±0,13), porém sem diferença
estatisticamente significativa em relação ao tratamento controle (0,72 mg/g ± 0,05).
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Vernonia polyanthes SOB DIFERENTES PROCESSAMENTOS
Miranda G.R.¹, Ferrarini, M.E.H², Moleiro G.H.R.³, Fortuna G. C.4, Bonfim F.G.P. 5 1 Graduanda eng. agronomia, UNESP - [email protected]; 2 Bióloga, UNESP -
[email protected]; 3 Eng. Agrônomo, UNESP – [email protected]; 4 Mestre em Fitotecnia, UNESP –[email protected] ; 5 Doutor em fitotecnia, Docente
FCA/UNESP
Vernonia polyanthes Less, popularmente conhecida como assa-peixe, é uma planta que possui
propriedades farmacológicas, como anti-hipertensivo, diurético e broncodilatadora, e está dentro da
Relação de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). No presente
trabalho, buscamos analisar como a forma de processamento das folhas de assa peixe influencia
no rendimento de óleo essencial. O delineamentodo experimento foi inteiramente casualizado (DIC)
com três tratamentos: 1 – Folha Fresca, 2 – Folha Seca e 3 - Folha Seca Triturada (em moinho de
faca), com nove repetições por tratamento. As amostras foram coletadas dia 03 de abril de 2018
(13h00min), na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus Botucatu. Foram selecionados indivíduos de área nativa,
localizada no pomar didático do Departamento de Horticultura, que possuíam características
morfológicas semelhantes e ausência de insetos e fungos. O material vegetal foi separado em
amostras com 50 gramas de matéria fresca (Trat. 1), depois foram secas (Trat. 2 e Trat. 3) em
estufa de circulação de ar forçada a 45 °C por 48 horas, para quantificação do teor de óleo
essencial. As amostras foram submetidas à técnica de hidrodestilação pelo aparato do tipo
Clevenger. Em análise de matéria fresca obtivemos um rendimento de 0,012 chegamos à
conclusão que não é o método a ser utilizado já que este tem fatores limitantes como, por exemplo:
o volume de planta que comporta dentro do balão volumétrico, pois este, precisa de espaço para
que o vapor circule e arraste o óleo até o condensador, nos limitando em 50g gramas, permitindo
assim um valor ínfimo de óleo essencial. Entre massa seca obtivemos um rendimento de 0.25 e
massa seca triturada o rendimento foi de 0.87, observando assim maiores teores de óleo essencial
na seca e triturado por conta da assa peixe possuir óleo essencial em duas estruturas secretoras:
tricomas e nos ductos foliares, permitindo expor uma maior superfície de contato das folhas para o
processo de hidrodestilação.
Financiamento: CNPq – 405953/2016-0
Pag.78

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
TEMPERATURAS DE SECAGEM DE Vernonia polyanthes NO RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL
Ferrarini, M.E.H.1; Miranda, G.R. 1; Moleiro, G.H.R. 1; Fortuna, G.C. 1; Bonfim, F.P.G. 1
1Universidade Estadual Paulista (UNESP) . E-mail: [email protected]
Vernonia polyanthes Less. é uma planta da família Asteraceae que possui propriedades anti
hipertensivas, diuréticas e broncodilatadoras, pertencendo a Relação de Plantas Medicinais de
Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). A secagem de plantas para extração do óleo
essencial é um processo crucial em razão da possibilidade de perdas devido à volatilidade dos
óleos e degradação dos princípios ativos presentes. Portanto, a temperatura de secagem de
plantas para extração de óleos essenciais deve ser criteriosa, tornando-se essencial definir
metodologias mais apropriadas para cada espécie. Com base nesses pressupostos, o objetivo
deste trabalho foi determinar a temperatura de secagem ideal para obtenção de maiores
rendimentos do óleo essencial de Vernonia polyanthes. O delineamento experimental utilizado foi
inteiramente casualizado, com cinco repetições e quatro tratamentos, designados: T1 -
Temperatura Ambiente; T2 - 30 °C; T3 - 50 °C e T4 - 70°C. As folhas foram coletadas
aleatoriamente, no início de Abril, às 13:00h, de indivíduos nativos localizados no campus
Lageado, em Botucatu – SP. Logo após a coleta, as folhas foram colocadas nas estufas de
circulação de ar forçada e área de secagem natural, sendo retiradas após atingirem peso seco
constante. O óleo essencial das folhas foi extraído pelo processo de hidrodestilação em aparato do
tipo de Clevenger, sendo usados 50 gramas de biomassa seca das folhas em 1,5L de água
destilada em balão de 2L, por 120 minutos. As amostras de óleo essencial coletadas foram
pesadas e os dados obtidos foram submetidos à análise de variância com as médias comparadas
pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos
testados onde obtivemos rendimentos de 0.16, 0.24, 0.14, 0.23 % respectivamente, sendo assim, a
temperatura de secagem na estufa a 70° C é a mais indicadadevido ao menor tempo gasto para a
secagem do material em relação às outras temperaturas testadas em estufa e a secagem natural,
processo lento que aumenta a relação custo/produção.
Financiamento: CNPq – 405953/2016-0
Pag.79

Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
TEOR DE PROTEÍNA BRUTA E COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE ASSA-PEIXE (Vernonia polyanthes Less.)
Sabino, B.C.C.1; Alves, L. F.1; Moleiro, G.H.R1; Bonfim F.G.P.1
1Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – FCA/UNESP. E-mail: [email protected]
A Vernonia polyanthes Less., conhecida popularmente por assa-peixe, é nativa do Brasil,
considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), rustica e de fácil reprodução, suas
flores são muito atrativas para abelhas, possui propriedades medicinais, comumemte utilizada para
tratar doenças de pele, dores musculares, bronquite, pneumonia, cálculos renais, entre outras
patologias. Por ser considerada uma PANC, por anos fez parte da alimentação dos cidadãos e
estão sendo redescobertas. Afim de comprovar os benefícios que esta pode trazer para o
organismo, objetivou-se neste estudo determinar o teor de proteína bruta, bem como a composição
mineral de folhas de assa-peixe. Realizou-se a determinação do teor de proteína bruta pelo
método segundo a AOAC (2005); as folhas foram trituradas para obtenção de massa homogênia,
procedeu-se a digestão sulfúrica e a determinação do N total por arraste a vapor, os teores de
proteína bruta (PB) foram obtidos multiplicando-se o N total pelo fator de conversão 6,25 (fator de
transformação de nitrogênio em Proteína), através da formula indicada na metodologia que utiliza:
volume de HCl 0,1 gasto na titulação, volume de HCl 0,1 gasto na prova em branco, constante de
Normalidade, miliequivalente grama do nitrogênio e o peso da amostra em g. Para a determinação
da composição mineral, teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn foram retiradas amostras do
material vegetal, secas em estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC, posteriormente, procedeu-se
o peso de massa seca de cada amostra, foram trituradas em moinho tipo Wiley e conduzidas ao
Laboratório de análise química de plantas do Departamento de Solos e Recursos Ambientais da
FCA/UNESP-Botucatu para obtenção dos teores de minerais , onde foram determinados por
digestão Nitro-perclórica, a análise de P foi realizada através do método do espectrofotômetro VIS
e dos minerais K, Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn realizou-se através do método espectrofotometria de
absorção atômica. Assim foram obtidos 8, 75% de proteína bruta e as médias dos minerais P, K,
Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn foram respectivamente 6,7 g kg-1; 30 g kg-1; 8 g kg-1; 5,6 g kg-1; 1,2 g
kg-1; 40 g kg-1; 10 mg kg-1; 100 mg kg-1; 116 mg kg-1; 32 g kg-1. Através dos dados obtidos é
possível concluir que o assa-peixe é um alimento protéico e possui altos teores de minerais
importante à saúde humana, destacando nesta ocasião o Fe.
Financiamento: CNPq – 405953/2016-0
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Anais do XIII Workshop de Plantas Medicinais de Botucatu: Em busca de produtos naturais bioativos.
USO DO GENGIBRE (Zingiber officinale) NO TRATAMENTO DA HIPERCOLESTEROLEMIA EM COELHOS
MORAES, M. B.1; SILVA, L.M.F.L.1; ALVES, M. J. Q. F.1 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Departamento de Fisiologia/Instituto
de Biociências de Botucatu/UNESP. Email:[email protected]
O gengibre (Zingiber officinale) é um vegetal nativo da Ásia, raiz tuberosa utilizada tanto na
culinária quanto na medicina como medicamento. Com muitos benefícios à saúde, possui uma
substância chamada gingerol (responsável pelo sabor picante) que atua como propriedade
antioxidante e anti-inflamatória, protegendo o organismo contra fungos e bactérias. O gengibre
também é utilizado como termogênico natural, capaz de acelerar o metabolismo, favorecendo a
queima de gordura corporal, e melhorar o sistema digestivo. O objetivo deste trabalho foi
observar se o gengibre possui efeito em reduzir o nível de colesterol plasmático em coelhos com
hipercolesterolemia. O experimento foi desenvolvido com coelhos, divididos aleatoriamente em
grupo controle (G1) e grupo tratado (G2) e o protocolo experimental era composto de três fases:
na 1ª fase (30 dias), os coelhos recebiam ração normal, na 2ª fase (40 dias), foram alimentados
com ração suplementada com gema de ovo e óleo vegetal (RS) e na 3ª fase (30 dias) os animais
eram alimentados com RS e os coelhos G2 recebiam 5g de gengibre in natura.O valor basal do
colesterol plasmático dos animais na 1ª Fase foi de: 41,38 mg/dL para G1 e de 53,55 mg/dL para
G2; com a suplementação, 2ª fase, os valores aumentaram para 100,13 mg/dL e 104,34 mg/dL,
respectivamente e foram estatisticamente significativos (p<0,05). Na 3ª fase, os coelhos de G1
continuaram elevando o nível de colesterol, 158,32 mg/dL (p<0,05), e os coelhos tratados com
gengibre apresentaram diminuição no nível médio de colesterol, 72,81 mg/dL(p<0,05). Os
resultados aqui apresentados mostraram que o gengibre foi eficiente em reduzir o nível de
colesterol, na ordem de 30%, nos coelhos com hipercolesterolemia experimental. A ação
hipocolesterolêmica pode ser explicada pelo gingerol, pela presença de niacina e/ou por ação
dos flavonoides polifenólicos encontrados no gengibre, embora na presente pesquisa tais
princípios ativos não tenham sido isolados e investigados, motivando outros estudos.
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