Fim de Semana ARTESP - edição 27
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EDIÇÃO 27 – 02 DE OUTUBRO DE 2015
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
01.10.2015
Brasil se compromete com meta da ONU para melhorar
sistemas de transporte público até 2030
Objetivo está fixado na Agenda de Desenvolvimento Sustentável,
aprovada pela Cúpula das Nações Unidas
O Brasil se comprometeu a, até 2030, expandir e melhorar os sistemas de
transportes públicos, com atenção especial às necessidades das pessoas mais
vulneráveis, como os idosos. A meta é uma das que estão fixadas na nova agenda
global das Nações Unidas, aprovada por unanimidade durante a Cúpula da ONU
sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Nova Iorque no último final
de semana.
Nela, os 193 estados-membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, assumem a
responsabilidade de proporcionar acesso a sistemas de transporte seguros,
sustentáveis e a preço acessível para todos nos próximos 15 anos.
Conforme o diretor-presidente do ONSV (Observatório Nacional de Segurança
Viária), José Aurelio Ramalho, a inclusão do tema em mais uma agenda da ONU
reforça a importância de medidas para aumento da segurança no trânsito. “Toda
vez que uma diretriz vem das Nações Unidas, por ser de âmbito mundial, isso
fortalece, dá legitimidade e consistência para o desenvolvimento de ações
voltadas ao tema. Isso saltou aos olhos das autoridades para a necessidade de o
mundo tomar alguma atitude”.
Ele explica que o investimento em transporte público de qualidade e acessível é
uma medida importante para aumentar a segurança no trânsito, já que reduz o
número de carros nas ruas. “A explosão das motocicletas é um exemplo. Hoje é
mais barato ter uma moto que andar de ônibus, pela disponibilidade, pelo custo e
pela frequência”, diz o diretor-presidente do ONSV. Para se ter uma ideia, em dez
anos, a quantidade de motocicletas no país mais que triplicou. E, embora esse
tipo de veículo represente 27% de toda a frota nacional, os acidentes com moto
respondem por 76% das indenizações pagas pelo Seguro Obrigatório DPVAT. “O
transporte público, se bem gerido e oferecido à sociedade com disponibilidade,
frequência e qualidade, leva o cidadão para esse modal e, com isso, se reduz o
risco de acidentes”, complementa.
O tema já foi tratado pela ONU nos Objetivos do Milênio, que preveem, entre
outras coisas, que todos os países devem tornar as cidades inclusivas, seguras e
sustentáveis. Também é abordado na Década de Ação pela Segurança no Trânsito,
na qual governos de todo o mundo assumiram a responsabilidade de adotar
medidas para reduzir, pela metade, as mortes em acidentes de trânsito até 2020.
Essa meta foi mantida na Agenda de Desenvolvimento Sustentável, que
contempla, ao todo, 17 objetivos globais.
02/10/2015
Governo quer fazer 16 leilões de rodovias até o final de
2016
Projetos estão inseridos no Programa de Investimento em Logística.
Somente neste ano, estão previstas cinco concessões ao setor privado.
O Ministério do Planejamento informou nesta sexta-feira (2) que o governo federal
pretende realizar cinco leilões de concessões de rodovias em 2015 e outros 11 em
2016. Os projetos estão inseridos no Programa de Investimento em Logística (PIL),
voltado para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que tem sua segunda fase
composta por investimentos projetados no valor de R$ 198,4 bilhões.
Segundo o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do
Ministério do Planejamento, Maurício Muniz, entre os projetos previstos para este
ano está o da Ponte Rio-Niterói, que já foi homologado em 16 de abril, com um
investimento total de R$ 19,6 bilhões para duplicação de pistas, terceira pista,
faixas adicionais e sinalização, entre outros. “Está praticamente garantido que ao
menos os editais serão publicados este ano”, disse.
Entre os outros projetos a serem leiloados em 2015, de acordo com o governo,
está o da BR 476-153-282-480, entre Paraná e Santa Catarina, cujo edital aguarda
aprovação do TCU.
“Há estudos para a BR 364-365, entre Goiás e Minas Gerais, e para a BR 364-060,
em Goiás, cuja consulta pública foi informada pela Agência Nacional de
Transporte Terrestre (ANTT), no Diário Oficial da União de hoje”, declarou. O
último trecho fica no Pará, na BR-163, e deve entrar em consulta pública nas
próximas semanas, acrescentou.
Em relação à BR 364/060/MT/GO, o objeto da consulta refere-se aos estudos,
edital e contrato do trecho que vai do entroncamento com a BR 163 (A), em
Rondonópolis, até o entroncamento com a BR-060(A), em Jataí, e do trecho da BR-
060 que vai do entroncamento com a BR-364, em Jataí, até Goiânia, informou o
Ministério do Planejamento.
"No total, a concessão [da BR 364] abrange 15 municípios de Mato Grosso e Goiás
e terá sete praças de pedágios. A previsão de investimentos é de R$ 5,46 bilhões,
que envolvem a duplicação de 362 km nos primeiros cinco anos", acrescentou.
Para 2016, o Programa de Investimento em Logística prevê outros 11 leilões, da
ordem de R$ 31,2 bilhões. “Somados, os investimentos do programa para 2015 e
2016 atingirão 7 mil km de rodovias”, afirmou Maurício Muniz.
Concessões
O representante do Ministério do Planejamento destacou o processo crescente de
concessões de rodovias nos últimos vinte anos.
“Entre 1995 e 2002, foram concedidos 1.316 km em seis rodovias. Entre 2003 e
2010, foram 3.305 km em oito ferrovias. E entre 2011 e 2014 (metade do tempo
dos dois períodos anteriores), foram 5.350 km em sete rodovias. Isso mostra o
quanto é possível avançar de forma mais ambiciosa que a etapa anterior”, disse
Muniz.
Ele também avaliou que há interesse da iniciativa privada nos projetos do PIL e
informou que mais de 300 estudos referentes aos leilões a serem realizados em
2016 já foram autorizados, abrangendo 11 rodovias, numa média de 27 estudos
por rodovia.
O secretário também destacou a liberação do Tribunal de Contas da União (TCU)
para os novos arrendamentos portuários utilizando o modelo de outorga. Estão
previstos para este ano os leilões de oito arrendamentos com valor de
investimentos de R$ 2,1 bilhões em Santos e no Pará.
Muniz lembrou que, desde do lançamento do programa, já foram autorizados
cinco novos Terminais de Uso Privado (TUPs) e uma expansão, com investimentos
de R$ 2,9 bilhões, e três novas prorrogações antecipadas, com R$ 4,7 bilhões de
investimentos.
29.09.2015
Concessionária da Semana: Autopista Regis Bittencourt –
São Paulo – Curitiba
Toda semana vamos indicar uma concessionária de rodovia para que você fale
sobre sua experiência no trecho que ela administra e apresente também suas
sugestões. Esta semana escolhemos a Autopista Regis Bittencourt, fiscalizada pela
ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Como todos sabem, é a rodovia que liga São Paulo a Curitiba (BR-116). Então, que
nota você dá para a concessionária? Faça sua crítica, sugestão ou elogio aqui.
Participe e compartilhe com seu amigos.
30.09.2015
Trecho São Paulo da Via Dutra recebe lançamento do
"Prêmio Estrada Sustentável - Melhores Práticas em
Gestão de Resíduos Sólidos"
A cidade de Guaratinguetá (SP) recebe, nesta sexta-feira (02), o lançamento
oficial do Primeiro Prêmio Estrada Sustentável – Melhores Práticas em
Gestão de Resíduos Sólidos. Realizado pela CCR NovaDutra, por meio do
Programa Estrada Sustentável e em parceria com a AGEVAP (Associação
Pró-Gestão das Águas na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), o
prêmio reconhece iniciativas públicas bem sucedidas realizadas por
municípios lindeiros à Via Dutra.
O evento, que acontece no Escritório da CCR NovaDutra, no bairro Vila
Paraíba, é destinado a representantes dos municípios. Na ocasião, serão
apresentados detalhes do prêmio que engloba cinco categorias: Resíduos
domiciliares, Resíduos de limpeza urbana; Resíduos de serviços de
saúde/hospitalar; Resíduos da construção civil; e Resíduos perigosos.
A gestora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da CCR NovaDutra,
Carla Fornasaro, ressalta a importância e o potencial sustentável dos
municípios margeados pela Via Dutra. “A Via Dutra é uma das rodovias
mais importantes do país também pela riqueza da região que a margeia. E
não falo só de potencial econômico, mas sustentável também. Esta é a
palavra da vez e a vocação do Programa Estrada Sustentável: identificar e
valorizar iniciativas que fazem a diferença em sua comunidade, em sua
região. Tenho certeza que teremos gratas surpresas com os trabalhos
inscritos no Prêmio Estrada Sustentável”, afirma.
REGULAMENTO
Podem ser inscritos até dois projetos por município, que devem estar em
andamento, com resultados mensuráveis em 2013, 2014 e/ou 2015. Os
participantes serão avaliados por uma banca examinadora que avaliará
critérios como replicabilidade, detalhamento do projeto e Inovação.
Os cinco vencedores – um por categoria, além do título de Município com
Melhores Práticas em Gestão de Resíduos Sólidos, receberão troféus. Todas
as iniciativas das cidades participantes vão compor o Guia de Melhores
Práticas, editado e publicado pela organização do prêmio.
As inscrições para o Prêmio deverão ser realizadas a partir do dia
05/10/15, através do preenchimento do formulário de inscrição,
disponível na aba ‘Links Úteis’ no site
www.estradasustentavel.com.br/residuos. Os concorrentes pode baixar o
formulário e, após preenchido, enviar para o email
[email protected]. Serão aceitos trabalhos
enviados até o dia 30/10/2015.
SERVIÇO – O lançamento do Prêmio Estrada Sustentável – Melhores Práticas
em Gestão de Resíduos Sólidos acontece às 9h, no Escritório da CCR
NovaDutra, na Avenida Pedro de Toledo, 380, no bairro Vila Paraíba, em
Guaratinguetá (SP). Confirmações de presença e mais informações pelo
email [email protected].
ESTRADA SUSTENTÁVEL - Lançado durante a Rio+20 (Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), em 2012, o Programa
Estrada Sustentável tem o desafio de reunir os diversos públicos que
interagem com a rodovia: municípios, empresas, terceiro setor, setor
acadêmico, governos e órgão públicos. O objetivo é que todos, juntos,
possam dialogar e promover ações de desenvolvimento sustentável nas
cidades às margens da via Dutra, e na rodovia, principal eixo que liga as
duas maiores economias do Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo. O programa
trabalha sete temas: Segurança Viária, Educação, Resíduos, Mobilidade,
Infraestrutura Verde, Empreendedorismo, e Saúde e Qualidade de Vida.
Sobre a CCR NovaDutra: A CCR NovaDutra é responsável pela administração da
Rodovia Presidente Dutra, via com 402 quilômetros de extensão e que liga as duas
regiões metropolitanas mais importantes do País: Rio de Janeiro e São Paulo. A
rodovia abrange uma região altamente desenvolvida, que responde por cerca de
50% do PIB brasileiro
Sobre o Grupo CCR: Fundado em 1999, o Grupo CCR é uma das maiores
companhias de concessão de infraestrutura da América Latina. Controla,
atualmente, 3.265 quilômetros de rodovias sob a gestão das concessionárias CCR
NovaDutra (SP-RJ), CCR ViaLagos (RJ), CCR RodoNorte (PR), CCR AutoBAn (SP), CCR
ViaOeste (SP), CCR RodoAnel (SP), Renovias (SP), CCR SPVias (SP) e CCR MSVia (MS).
Também faz parte do controle acionário da concessionária ViaRio, responsável
pela construção e operação do Corredor Expresso Transolímpica, no Rio de Janeiro.
O Grupo CCR atua ainda em negócios correlatos, tendo participação de 34,25% na
STP, que opera o serviço de cobrança automática de pedágios e estacionamentos. O
Grupo CCR também atua no setor de transmissão de dados de alta capacidade por
meio da Samm, empresa prestadora de serviços de comunicação multimídia e
conectividade IP com mais de 4.700 quilômetros de fibra óptica subterrânea. Além
disso, o Grupo CCR está presente no segmento de transporte de passageiros por
meio das concessionárias ViaQuatro, CCR Barcas e CCR Metrô Bahia, responsáveis,
respectivamente, pela operação da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, pelo
transporte aquaviário de passageiros no Rio de Janeiro e pelo sistema metroviário
de Salvador e Lauro de Freitas, além de ter participação na concessão do VLT
Carioca (Veículo Leve sobre Trilhos), que interligará a região portuária e o centro
do Rio de Janeiro. O grupo ingressou, em 2012, no setor aeroportuário, com a
aquisição de participação acionária nas concessionárias dos aeroportos
internacionais de Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao. No Brasil,
possui a concessionária BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto
Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Comprometida com o
desenvolvimento sustentável, a CCR assinou o Pacto Global da ONU e, em 2015,
faz parte da carteira teórica do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), da
BM&FBovespa, pelo quarto ano consecutivo. Emprega, atualmente, cerca de 12 mil
colaboradores.
30.09.2015
Empresas de transporte devem repassar aumento do
diesel para o frete
O aumento do preço dos combustíveis nas refinarias, anunciado pela Petrobrás
nessa terça-feira (29), impactará nos preços dos serviços de transporte. A
elevação de 4% para o diesel e de 6% para a gasolina passou a valer nesta quarta
(30). E os efeitos do reajuste devem chegar aos serviços de transporte, já que o
diesel é o principal insumo do setor.
A NTC&Logística (Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística)
estima que a alta impactará em até 1,4% nos custos operacionais das empresas.
“Nós recomendamos aos associados que repassem o valor para o frete. E como é
um aumento imediato, não tem muito o que esperar, porque, senão, vai ter
aumento de prejuízo”, diz o diretor-técnico da entidade, Neuto Gonçalves.
Segundo ele, o frete já está com uma defasagem média de 11%.
O setor de transporte vê com preocupação mais um aumento. Desde o início do
ano, o diesel já encareceu 7,4% - mais que a inflação no período, que foi de 6,8%.
Isso representa um aumento médio de R$ 0,19 o litro. A alta foi ocasionada,
principalmente, pelos impostos PIS/Cofins e Cide, que tiveram o reajuste
anunciado pelo governo federal em janeiro.
“Isso traz ainda mais dificuldade para o setor”, diz o diretor-executivo da CNT
(Confederação Nacional do Transporte), Bruno Batista. Segundo ele, o
enfraquecimento da atividade econômica já tem causado queda na demanda pelo
serviço de transporte. “Então, os transportadores passam a viver uma realidade
de mais ociosidade, devido à menor busca por seus serviços. No momento em que
os insumos sobem de custo, é o pior dos cenários possíveis”, explica Bruno
Batista.
Em 12 meses, as empresas do setor transportador acumularam perda de 6% nas
receitas líquidas. Apesar disso, até agora, o nível de emprego tem sido mantido.
No entanto, as repercussões de novos acréscimos nas despesas podem ter efeitos
ainda mais negativos. De acordo com o diretor-executivo da CNT, “isso é
insustentável ao longo do tempo. Com a economia sem uma reação, há
diminuição na demanda, o que ocasiona uma situação mais complicada. Tende-se
a ter elevação do nível de demissão e os autônomos ficarem ociosos por mais
tempo”.
E como 60% da produção brasileira é transportada por caminhões, o
encarecimento do frete tende a significar, também, aumento do preço final dos
itens em supermercados e lojas. “É uma cadeia de repasses. A parcela final deve
chegar aos produtos e o consumidor terá que arcar com essa conta”,
complementa Bruno Batista.
29.09.2015
Mortes no trânsito caem 18,5% no 1º semestre na cidade
de SP, diz CET
Houve 118 mortes a menos do que em igual período de 2014.
Número de mortes entre ciclistas caiu de 28 para 15, mostra pesquisa.
O número de mortes no trânsito caiu de 637 para 519 no primeiro semestre deste
ano na cidade de São Paulo, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira
(29) pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), uma diferença de 18,5%.
Foram 118 mortes a menos em comparação com o primeiro semestre de 2014. A
queda no número de mortes revelou-se em todas as categorias, segundo a
pesquisa. Entre passageiros e motoristas, caiu de 115 para 85; entre pedestres,
de 274 para 230; entre motociclistas, de 220 para 189; entre ciclistas, de 28 para
15.
O prefeito Fernando Haddad (PT) avaliou que os números são resultado de um
conjunto de políticas recentes da CET, pontuando o aumento do número de
ciclovias, o projeto CET no Bairro, faixas para pedestres e a inclusão de áreas com
velocidade reduzida.
"Só nesses 60 dias de redução nós conseguimos economizar o equivalente a 70
leitos hospitalares. Esses 70 leitos significam uma economia de R$ 40 milhões por
ano", declarou o prefeito. Questionado sobre a popularidade das políticas,
principalmente a da redução de velocidade nas marginais, Haddad disse que "o
que está acontecendo em São Paulo é aquilo que a teoria de mobilidade diria que
iria acontecer".
Segundo Haddad, especialistas previam que a medida diminuiria os acidentes e
melhoraria o trânsito. Para o prefeito, a recente divulgação na redução de
congestionamentos em São Paulo não se deve apenas à economia causada pela
crise atual. "Se é pela crise, isso teria que ser verificado em outras capitais
também. Em que outra capital isso também aconteceu? Só tem crise no estado de
São Paulo?", disse.
O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, reiterou que há a intenção de atingir a
meta da ONU e reduzir em 50% o número de mortes no trânsito. Ele disse que,
atualmente, a cidade tem 9,45 mortes por 100 mil habitantes e, apesar de cair de
um indice de 12 por 100 mil habitantes, o número ainda é alto. Para isso, ele
garante que a fiscalização e as políticas deverão ser intensificadas e rebateu
comentários sobre uma "indústria da multa".
"A melhor maneira de combater, se é que existe, é não cometer a infração. Aí não
tem indústria da multa. O que existe na verdade é que você tem 70% das pessoas
sem nenhuma multa na cidade de São Paulo. E você tem 5% que cometem 50% das
infrações. O que tem é uma indústria de infrações", disse o secretário.
A meta de São Paulo é reduzir a relação para seis mortes a cada 100 mil
habitantes até 2020, de acordo como compromisso da cidade com a Organização
das Nações Unidas (ONU) para a Década da Segurança Viária.
A Prefeitura diz que plantará uma árvore para cada vida salva. Nesta terça-feira, o
prefeito plantou uma árvore na Chácara do Jockey, na Zona Oeste, como parte da
campanha.
Haddad ressaltou a queda do número de acidentes com mortes envolvendo
ciclistas. "Onde tem ciclista tem mais segurança. Isso aí eu não tenho a menor
dúvida. Por que aumentou o número de ciclistas em São Paulo? As pessoas estão
se sentindo mais seguras", disse Haddad.
Recorde
A Prefeitura de São Paulo anunciou em abril a redução da velocidade nas
marginais Tietê e Pinheiros e redução na velocidade em outras vias para 50 km/h.
A medida entrou em vigor no dia 20 de julho, após o período abrangido pelo
balanço da CET divulgado nesta terça.
A redução da velocidade foi adotada porque o número de acidentes de trânsito
com mortos na cidade de São Paulo voltou a subir depois de seis anos
consecutivos de queda na cidade de São Paulo.
Foram 1.114 ocorrências em 2013, contra 1.195 em 2014, alta de 7,2%. O número
também é superior ao patamar de 2012, quando ocorreram 1.188 casos.
Uma das hipóteses estudadas pela Prefeitura para o crescimento de acidentes
fatais é o aumento da velocidade dos carros, em função da diminuição dos
congestionamentos.
A Marginal Tietê foi em 2014 a via com mais mortes em acidentes de trânsito na
capital, com 40 casos. A Marginal Pinheiros vem logo em seguida, com 33 mortes.
01.10.2015
Importações caem 32% com crise e dólar
Com uma queda de 32,7% nas importações, devido ao desaquecimento da
economia e à alta do dólar, a balança comercial brasileira registrou um superávit
de US$ 2,944 bilhões em setembro, como resultado de US$ 16,148 bilhões em
exportações e US$ 13,204 bilhões em importações. O número veio acima do
previsto por analistas, que projetavam saldo de US$ 2,5 bilhões. Porém, houve
forte queda nas exportações, provocada, principalmente, pelo recuo nos preços
das principais matérias-primas exportadas pelo Brasil.
Em setembro, as vendas externas tiveram queda de 13,8% em relação ao mesmo
mês do ano passado. As exportações de produtos básicos caíram 19,6%. As vendas
para o exterior de minério de ferro recuaram 40,4%; as de petróleo em bruto,
37,8%; as de algodão, 35,2%; e as de farelo de soja, 23,7%.
Houve avanço das quantidades embarcadas, ou seja, a queda nas exportações
reflete o recuo nos preços. O temor de uma desaceleração maior da China e a
expectativa de uma alta dos juros nos EUA ainda este ano afetaram as cotações
internacionais das commodities em setembro. A piora no cenário internacional
pode dificultar a retomada do crescimento brasileiro, já que, diante da crise
interna, os analistas tinham a expectativa de que um incremento nas exportações
ajudasse a tirar o país da recessão.
No acumulado do ano, a balança comercial acumula saldo de US$ 10,246 bilhões,
ante um déficit de US$ 742 milhões nos nove primeiros meses de 2014.
Este ano, o país deve registrar superávit comercial de US$ 15 bilhões, devido ao
novo patamar do dólar. A estimativa é do ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Em declarações anteriores, ele havia
falado em saldo de US$ 12 bilhões, mas, com a taxa de câmbio em torno de R$4, a
projeção mudou.
— O câmbio ajuda, e isso já aparece na balança comercial — afirmou o ministro,
em almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro ( ACRio).
— Temos chance de fechar com superávit no patamar de US$ 15 bilhões. É um
resultado fantástico, porque no ano passado tivemos um déficit de US$ 4,5
bilhões. Isso já dá uma ideia do que o realinhamento cambial produz.
Evidentemente, volatilidade cambial não é bom. Seria interessante que o câmbio
se estabilizasse em um patamar que desse ao setor exportador uma compensação
por alguns custos elevados que o Brasil tem, como logística e sistema tributário.
O resultado da balança de setembro foi o melhor para o mês desde 2011, quando
as exportações superaram as importações em US$ 3 bilhões.
Alívio na conta do petróleo
Além do desaquecimento da atividade econômica, o comércio exterior brasileiro
foi afetado pela conta petróleo. O déficit na balança comercial de petróleo e
derivados, que no ano passado estava em US$ 12,9 bilhões, baixou para US$ 3,5
bilhões no acumulado janeirosetembro de 2015. Dados divulgados ontem pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ( MDIC) mostram
que as importações brasileiras de combustíveis e lubrificantes caíram 61,9%; de
matérias-primas e intermediários, 26%; e de bens de consumo, 23,4%.
A queda das exportações brasileiras foi observada em todos os mercados de
destino: Europa Oriental, 51,2%; África, 22,6%; União Europeia, 19,6%; América
Latina e Caribe, exceto Mercosul, 14%; Oriente Médio, 13,7%; Estados Unidos,
13,3%; Ásia, 8,3%; e Mercosul, 4,5%. Já as vendas para a China subiram 22,8%.
Entre os manufaturados, caíram as vendas de açúcar refinado (33,7%), máquinas
para terraplanagem (28%), medicamentos (21,9%), tubos flexíveis de ferro e aço
(19,5%) e motores/geradores (18,5%).
29.09.2015
CNT: Setor de transporte é afetado pela crise econômica
…com insumos ficou acima da inflação no país, que de janeiro a julho acumulou
alta de 6,8%.
A carga tributária é a principal causa do aumento do combustível. O governo
federal optou por elevar as alíquotas do Pis/Cofins e Cide, que incidem sobre o
diesel e a gasolina, o que fez o preço do litro do diesel aumentar R$ 0,19. A
variação foi maior que a esperada pelo governo federal no início do ano, que era
de R$ 0,15. O boletim também atribui o cenário negativo do setor à reoneração da
folha de pagamento e alta de 2% da Selic, que impactam nas projeções de
investimentos dos transportadores.
A CNT alerta que “a soma desses fatores poderá inviabilizar a manutenção dos
empregos ao elevar ainda mais o custo das empresas. As consequências disso
serão mais graves em âmbito nacional, pois, essencial a todas as cadeias
produtivas, o transporte é um componente importante na composição do preço
de todos os bens e serviços consumidos no Brasil”.
27.09.2015
‘Maioria dos caminhoneiros usa drogas’, diz presidente de
sindicato
O uso de drogas como “rebites”, cocaína e até crack por caminhoneiros que
cruzam as estradas brasileiras, mostrado na primeira reportagem de uma série
especial exibida neste semana pelo RBS Notícias, é de conhecimento da polícia,
das empresas de transporte e dos representantes dos trabalhadores autônomos
em Santa Catarina.
Em entrevista ao Jornal do Almoço desta sexta-feira (25), o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos, Francisco Biazotto, afirmou
que o problema é grave. “Sem dúvida nenhuma, a maioria dos caminhoneiros
autônomos usa drogas”. Segundo Biazotto, a questão deveria ser debatida por
todos os envolvidos, “do governo ao trabalhador”.
“Não temos estrutura pra dar esse apoio. É muito difícil, porque o caminhoneiro
viciado em drogas não consegue se libertar, ele tem que tomar droga pra viajar e
pra dormir”, diz Biazotto.
Prazos de entrega
A questão também está presente entre os caminhoneiros que trabalham para
empresas, como afirmou o presidente da Federação das Empresas de Transporte
de Santa Catarina (Fetrancesc), Pedro José de Oliveira Lopes. “Nós não
estimulamos sair fora da jornada para cumprir a entrega, temos um
planejamento”, diz Lopes.
“Temos que separar o que é empresa, o que é autônomo, o que é uma empresa
responsável e a que não é”, pondera.
Segundo ele, porém, o uso de drogas faz parte de um contexto. “O psicólogo nos
dá um relatório, e é uma coisa estarrecedora, não é só a relação dele com a
estrada, é com a família, com ele próprio”, afirma.
Lopes diz ter sido contrário a uma decisão que alterou a jornada de trabalho.
“Nós não fomos ouvidos. Antes, ele [caminhoneiro] tinha que rodar quatro horas
pra 30 minutos que ele tinha pra descansar. Hoje são 5h30 pra descansar 30
minutos”.
‘Vista grossa’
Para Luiz Graziano, chefe de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em
SC, o uso de drogas na estrada afeta toda a sociedade. “Muitos já migraram do
rebite para a cocaína. O caminhoneiro coloca a vida dele e a de todos os usuários
da rodovia em risco.
Segundo Graziano, a maioria das empresas de transporte de cargas é série e
auxilia nos levantamentos feitos pela PRF. “Mas algumas, e infelizmente a gente
tem informações, se não estimulam, fazem vista grossa. Porque é impossível os
motoristas fazerem as entregas do jeito que eles querem se não fizerem uso disso
[drogas].
Lopes, da Fetrancesc, afirma estar trabalhando na coordenação de pontos de
parada em todo o Brasil, que permitam que os caminhoneiros tenham estrutura
para fazer paradas obrigatórias ao longo de seus trajetos. “Não podemos nos
fragilizar Nem a polícia pode dizer que não pode fiscalizar nem nós dizermos que
não podemos atender aos que eles precisam.”
Reportagem mostrou abusos
Durante quase um mês, uma equipe de reportagem do RBS Notícias percorreu 2
mil quilômetros de rodovias federais em Santa Catarina e no Paraná. Conversou
com motoristas, familiares e autoridades sobre o problema (assista ao lado à
primeira reportagem da série).
“Eu fui de São Paulo a Fortaleza, Fortaleza a Natal, Natal a Salvador, Salvador a São
Paulo, São Paulo a Santa Catarina. Isso deu perto de uns 15 dias sem dormir”,
relata um dos caminhoneiros ouvidos pela reportagem.
Para ficar acordado, a maioria recorre ao uso de um comprimido apelidado de
rebite. O medicamento é um tipo de anfetamina, que ajuda a tirar o sono e causa
dependência. A venda está proibida há quatro anos.
Desde então, para conseguir o remédio, só comprando contrabandeado e a um
preço alto. Muitos começaram a usar outras drogas ainda mais pesadas. Eles
compram de frentistas em postos de combustíveis, de colegas e até de
prostitutas, garantem.
“No começo eu usava pra virar a noite, eu trabalhava por comissão. Depois me
viciei. Usei cocaína, usei crack também, rebite para dirigir. Todos eles juntos”,
afirma um caminhoneiro.
Pressão dos prazos
A justificativa para os abusos é a pressão para cumprir horários determinados e
entregar a mercadoria no seu destino o mais rápido possível. “Se tu não
trabalhar, vem outro trabalhar no teu lugar que faça o horário, que não para. O
caminhão tem que rodar, faturar”, relata outro motorista ouvido pela reportagem.
Além de colocar em risco a própria vida, os motoristas drogados significam um
grande perigo para quem trafega nas rodovias. Segundo a Polícia Rodoviária
Federal, em 2014 aconteceram pelo menos 5.397 acidentes com caminhões nas
rodovias federais de Santa Catarina. Isso representa 30% de todos os acidentes
registrados ano passado.
Nessas batidas, morreram 237 pessoas, o equivalente a 44% de todas as mortes
registradas em 2014.
Acidentes sem lógica
“Nós registramos vários acidentes com caminhão tombando, sozinho, saída de
pista. Acidente que não tem uma explicação lógica pra ocorrer. A partir do
momento que você tem um caminhoneiro dirigindo sobre o efeito de droga e ele
causa um acidente e envolve a tua família, esse problema te atingiu”, relata Luiz
Grazziano, inspetor da policial rodoviária federal.
Em Santa Catarina não há um estudo específico sobre o problema. Mas em Mato
Grosso do Sul, o Ministério Público do Trabalho decidiu pesquisar e coletou a
urina de mais de 200 caminhoneiros. Os exames mostraram que 30% deles
estavam sob o efeito de drogas como cocaína, crack ou rebites, e 10% tinham
misturado mais de uma droga. Isso quer dizer que, de cada três caminhoneiros
dirigindo pelas estradas, há risco de pelo menos um estar drogado.
O procurador do trabalho de Mato Grosso do Sul Paulo Douglas de Moraes afirma
que o problema atinge a todos os brasileiros. “Mas atinge de forma muito mais
clara, mais forte, mais perversa, as famílias dos motoristas”, conclui.
A mulher de um dos caminhoneiros é prova disso. “Eu me vejo viúva de um
marido vivo. Só quer dormir, não tem vida social, sempre brigando, mal-
humorado. Todos eles têm o mesmo sintoma. Tem mulheres ficando doentes
junto com eles”, desabafa.
30.09.2015
Esclarecimento sobre posicionamento da ABCR acerca da
implantação da Lei dos Caminhoneiros em rodovias
concedidas.
Sobre matéria publicada nesta data, no jornal Bom Dia Brasil (TV Globo), sobre a
implantação da Lei dos Caminhoneiros, a ABCR esclarece que:
A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT- solicitou, às
concessionárias de rodovias federais, sugestões de locais para aplicação de
projetos de áreas de descanso nas rodovias concedidas. As concessionárias, em
conjunto com a ABCR, prontamente iniciaram um estudo de avaliação dos pontos
ideais de parada, que recentemente foi apresentado à Agência.
Com essa proposta, a ANTT e a ABCR iniciaram o desenvolvimento de um projeto
piloto a ser implementado ainda em 2015.
01.10.2015
CPI do Transporte aprova quebra de sigilos de Sacha Reck e
mais 18
Advogado é suspeito de ter beneficiado empresas na licitação do
transporte.
Ele nega e passa à CPI documentos sobre movimentação bancária e
fiscal.
A CPI do Transporte da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta quinta-
feira (1º) a quebra de sigilo telefônico do advogado Sacha Reck, do pai dele, Garrone
Reck, do ex-secretário de Transporte José Walter Vasquez, do ex-diretor do DFTrans
Marco Antonio Campanella, de dez representantes de empresas de ônibus do
transporte público da capital federal e de mais cinco pessoas. O pedido se deve à
suspeita de que o advogado, que trabalhou na elaboração do edital de licitação do
transporte público do DF, em 2012, tenha favorecido empresas das famílias Gulin, do
Paraná, e Constantino, de Brasília, com as quais já teve relacionamento comercial.
Sacha Reck nega o favorecimento e irregularidades em sua atuação no processo de
licitação.
O advogado se antecipou e entregou à CPI documentos sobre a movimentação
bancária e fiscal dele. "Estou disponibilizando minha vida financeira e fiscal. A
população do DF está muito aflita por essa discussão e como atuei nesse processo
tenho dever de abrir minha vida privada para deixar todo mundo seguro que não
cometi nenhum ato de desonestidade. Quero esclarecer que eu, Sacha Reck, não
pratiquei nenhum ato de desonestidade no Distrito Federal", afirmou.
Na semana passada, em depoimento à CPI, o empresário Wagner Canhedo Filho, do
grupo Viplan, disse que as empresas que não contrataram o escritório de advocacia
de Sacha Reck não venceram a licitação. O empresário disse que a contratação do
advogado foi determinada por Walter Vazquez e pelo ex-vice governador Tadeu
Fillipelli. O advogado nega. "Nunca estive com o Tadeu Filipelli, nem por telefone. A
comunicação que era feita com o governador ou vice-governador era feita pelo ex-
secretário Walter Vazquez. Minha comunicação era feita via de regra por email",
afirmou Reck na CPI.
Em nota, o ex-vice-governador Tadeu Filipelli disse na semana passada que “não cabe
fazer qualquer consideração à fala do empresário Wagner Canhedo Filho, que está
sendo investigado pela Polícia Federal exatamente por criar empresas fantasmas para
fraudar o fisco e para disputar a licitação do transporte coletivo do DF”.
O ex-secretário Vazquez também já negou em outras oportunidades participação em
eventuais irregularidades na licitação. Em entrevista ao G1 no ano passado, Vazquez
disse que Reck foi contratado pelo GDF para orientar a produção do certame porque
é uma "referência" na área. "Se houve alguma irregularidade, quem deve responder
por isso é o Sacha Reck", afirmou na época.
Garrone Reck, pai de Sacha, também já havia negado irregularidades no processo de
licitação e na contratação do filho como consultor do consórcio Logit-Logitrans
durante o processo que resultou na licitação do sistema de transporte coletivo do DF.
Os estudos de logística do sistema de transporte do DF foram elaborados pela
Logitrans, empresa que tem entre seus sócios Garrone Reck e Alex Reck, irmão de
Sacha. O G1 não conseguiu contato com o ex-diretor do DFTrans Marco Antonio
Campanella.
Sacha relatou que toma cuidado especial para trafegar pela capital federal. “Hoje
estou andando com carro blindado para me sentir mais seguro para vir aqui e dizer o
que preciso dizer tranquilo. Esse meu depoimento é importante e estou trazendo
várias questões aqui. A questão do carro é só para eu me sentir mais tranquilo.”
“O que traz toda essa confusão emBrasília é briga entre empresários, e na guerra, no
amor e na eleição vale tudo. Eu não estou acostumado com uma situação como essa.
Tenho minha família em Curitiba, que está preocupada, sobretudo pelo que o
Canhedo falou na semana passada.”
Relação com empresários
No momento da votação do requerimento, somente o deputado Rafael Prudente
(PMDB) não estava presente. Os quatro demais parlamentares integrantes da CPI
votaram a favor da quebra de sigilo telefônico dos 18 citados. Depois, o deputado
Ricardo Vale (PT) solicitou que a votação do ex-secretário fosse destacada. Foram
contrários À quebra de sigilo de Vazquez o deputado Ricardo Vale e o deputado
Rafael Prudente (PMDB), que chegou no final da votação.
O depoimento de Sacha Reck começou às 10h30. No decorrer da sessão, ele negou
por diversas vezes que a Marechal, da família Gulin, do Paraná, tenha sido cliente do
escritório de advocacia do qual era sócio. Ele disse que é advogado da Setransp,
sindicato das empresas de ônibus de Curitiba. O presidente do sindicato, Dante
Gulin, também é presidente da Marechal.
"Posso garantir que em relação às empresas que participaram da licitação do Distrito
Federal eu não tenho como clientes nenhuma das empresas que participaram da
licitação, inclusive a Marechal nunca foi meu cliente, meu cliente é a Setransp,
sindicato das empresas, e a Marechal é uma das 26 empresas que compõem o
sindicato."
Ele afirmou que a procuração que o cita como advogado da Marechal é referente a
uma ação coletiva. "Essa procuração era uma ação coletiva que estava no meio de
outras procurações e isso não configura essa empresa como minha cliente. Nunca
assinei contrato com a empresa Marechal. O presidente do sindicato é o Dante Gulin
que é sócio da Marechal, mas meu cliente é o sindicato e nunca tratei com ele a
questão da licitação do Distrito Federal."
"O contrato é claro que é para interesses coletivos e homogêneos. Assuntos da
concessão do transporte coletivo de Curitiba. Inclusive eu tenho uma lista de
todos os processos que localizamos a Marechal no Paraná. No Paraná, na lista das
ações da Marechal, a única ocasião que eu apareço como advogado da Marechal é
em ação coletiva do sindicato. Eu não tive vinculo com ninguém na licitação e
essa procuração esta sendo mal interpretada. Essa procuração não me dava
poderes para o Brasil inteiro, mas sim pelo processo de Curitiba. Eu não era o
procurador da empresa para tomar qualquer ato, mas só para aquela ação coletiva
em Curitiba."
Reck declarou que atua em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais. "Hoje, a
maioria das minhas atuações é de acompanhamento das concessões. Sempre que
as empresas querem discutir aspecto econômico, sou consultado e faço
acompanhamento."
Ele afirmou que tem clientes da família Constantino, mas negou que tivesse
assessorado o grupo durante a licitação. "Teve um caso em Marília. Eu já
assessorei a empresa Transporte Coletiva Grande Bauru, que não participou da
licitação."
Sasha Reck relatou ter recebido um telefonema do empresário Victor Foresti, dono
da Viação Cidade Brasília, inabilitada de participar do processo licitatório. Reck
disse que enviou um parecer orientando à inabilitação da empresa e que Foresti
ligou para o advogado em novembro de 2012 para questioná-lo. Foresti é casado
com a Cristiane Constantino, da Viação Pioneira e filha do empresário Nenê
Constantino.
“Nessa época tinha saído a decisão baseada no meu parecer inabilitando a
empresa dele. Na segunda abertura, por incrível que pareça, ele apresentou de
novo a mesma empresa com o mesmo problema, com o mesmo atestado. Eu
recebi mais uma ligação dele, ele trouxe mais informações e mantivemos nosso
posicionamento. Ele era insistente. Na primeira ligação ele ficava justificando,
querendo demonstrar que a frota era utilizada, houve uma discussão por causa da
insistência dele. Ele insistia que estava certo. A todo o momento que estive na
consultoria aqui, imaginava que estava sendo gravado ou interceptado.”
“Não considero que essa ligação do Victor tenha sido constrangimento. Ele foi
educado, foi pentelho, mas não me pressionou.”
A assessoria de Foresti disse que não vai comentar as afirmações de Sasha Reck
sobre o empresário. Sobre a afirmação de Wagner Canhedo na semana passada, o
advogado negou que algum empresário o tenha procurado. "Ninguém me
procurou de nenhuma empresa para qualquer tipo de ato inidôneo. A afirmação
do Wagner Canhedo não me surpreende porque desde o início ele é a pessoa que
começou a patrocinar todas as acusações. Ele entrou com uma queixa crime na
Polícia Civil. Nunca tive nenhuma procura do empresário Vagner Canhedo."
Ele falou que todas as ações contra ele estão sendo feitas por ex-permissionários
ou por "pessoas patrocinadas". "O que está acontecendo em todas essas ações é
que o lobo mau está sendo vestido de chapeuzinho vermelho e isso vai deixar
bem claro. As ações foram todas de ex-permissionários ou do Canhedo." Ao fazer
a afirmaçao, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, se exaltou por já ter
entrado com uma ação contra o advogado. "Recebi várias denúncias e nada
patrocinado. Na CPI de Curitiba o senhor disse que trabalhava com o BID [Banco
Interamericano de Desenvolvimento]. O senhor tem que tomar cuidado com as
falas do senhor porque são graves. Para fazer uma afirmação dessa tem que ter
provas. Eu tenho uma ação e olha essa sua afirmação que todas as ações foram de
permissionários ou de pessoas patrocinadas e eu tenho uma ação contra você. Eu
tenho uma ação contra o senhor."
O consultor, então, se corrigiu e disse que falava em permissionários. "Via de
regra, todas as ações, à exceção da da deputada Celina Leão, são vinculadas a
interesses de empresários. Estou aqui para tentar esclarecer e espero que consiga
superar a etapa."
Reck declarou que o edital previa obras que ainda não foram feitas. Ele disse
ainda que o GDF deveria fazer uma auditoria nas empresas de transporte público.
"Se o modelo está funcionando ou não, não diz respeito ao contrato, e sim se as
obras de infraestrutura que o edital previa não foram feitas. O edital previa
algumas obras que até agora não foram feitas", afirmou. "Foi desenvolvido um
projeto operacional, havia o compromisso do governo na época de fazer as obras
de infraestrutura, então o modelo desenhado previa integrações com o cartão."
Tarifa técnica
O presidente da CPI, Bispo Renato, questionou o advogado sobre o motivo da
escolha do modelo de tarifa técnica, uma vez que o estudo feito mencionava
outras formas. "Foi uma decisão política dentre várias opções, o assunto foi
discutido, quem tomou foi o secretário porque foi ele que assinou o edital. A
tarifa técnica, para o modelo que foi licitado, tinha uma defesa teórica
sustentável. Hoje o que está encarecendo é que o projeto não foi implementado,
tem que fazer uma auditoria, tem que ver se os custos que os empresários
colocam é real."
Ele falou que a Logit foi a responsável por fazer o memorial do cálculo da tarifa
técnica e negou que tenha acesso ao estudo. "Eu não as tenho porque dentro do
consórcio tinha a divisão de funções, cabia à Logit os cálculos, a Logitrans não
tinha. Isso tudo foi apresentado. Foi feito um estudo econômico, eu me lembro
que tinha isso, eu não fiz porque não tenho essa capacidade, sou advogado, sei o
que é cada coisa, mas não sei fazer o cálculo. O cálculo foi feito pela empresa
Logit na época."
02.10.2015
Parcialmente positivo
Escândalo da Volks sobre emissão de poluentes vai mostrar se as
montadoras são tão resistentes quanto seus carros
Os carros modernos têm uma série de recursos de segurança projetados para
resistir a engavetamentos horríveis. O escândalo da trapaça nas emissões de
poluentes envolvendo a Volkswagen (VW) vai mostrar se as montadoras têm a
mesma resistência dos veículos. A reputação e as finanças da VW certamente
sofrerão depois das tentativas da empresa de tapear as autoridades americanas
com relação aos níveis de emissão de óxidos de nitrogênio de seus carros a
diesel. Mas os efeitos também serão sentidos por uma indústria que já enfrenta
imensos custos para acompanhar as regras cada vez mais rigorosas a respeito das
emissões de poluentes e a eficiência do combustível, ao mesmo tempo sofrendo
com o excesso crônico de capacidade e baixo retorno.
A extensão da trapaça da VW está se tornando mais clara, bem como o custo cada
vez maior do estrago. Além do custo do reparo dos 11 milhões de veículos
afetados, para o qual a empresa vai destinar € 6,5 bilhões (US$ 7,3 bilhões), a VW
pode ser multada em bilhões de dólares nos EUA e sofrer um pesado golpe contra
suas atividades no país. Advogados estão preparando ações coletivas. Alguns
executivos podem ser processados. Tudo isso somado representa um desafiador
pacote de boas-vindas para Matthias Müller, novo diretor da empresa e substituto
de Martin Winterkorn.
O escândalo também significa um alto custo em reparos para as rivais da VW. Um
dos possíveis desdobramentos é a aprovação de regras mais rigorosas em todo o
mundo, para garantir que as emissões em condições reais correspondam mais
àquelas observadas nos testes, tanto para os motores a gasolina quanto a diesel.
O impacto disso será sentido principalmente na Europa. Metade dos carros
vendidos no continente é movida a diesel, e apesar do seu problema de emissão,
são econômicos no consumo de combustível - e também nas emissões de dióxido
de carbono. Eles desempenham um papel vital no cumprimento da exigência atual
segundo a qual novos carros não podem emitir mais do que 130g de (CO) por
quilômetro. Se as vendas de carros a diesel apresentarem queda agora, o custo de
cumprir o limite de 95g/km que entrará em vigor em 2021 será imenso.
Esse golpe atingiu a indústria quando esta já tinha sido afetada por uma súbita
desaceleração na China, maior mercado mundial de carros novos. As vendas
tiveram queda pelo terceiro mês seguido em agosto, levando o governo a reduzir
os impostos sobre a venda de carros menores e anunciar no dia 29 de setembro
novas medidas para tentar conferir vida nova ao mercado. Dois outros mercados
antes prósperos, Rússia e Brasil, estão agora em marcha a ré. Nos EUA, apesar de
as vendas estarem no ponto mais alto em dez anos, não se espera que elas
aumentem muito mais, e a retomada na Europa está se mostrando dolorosamente
lenta. Novas linhas de produção na China, encomendadas quando o mercado do
país estava prosperando, continuarão a ser instaladas, aumentando o excesso de
capacidade doméstica e internacional. Isso será particularmente verdadeiro se o
governo começar a exortar as joint ventures entre empresas chinesas e
estrangeiras a exportar em grande quantidade carros destinados ao mercado
externo. Esta semana, o lançamento do Model X, SUV elétrico da Tesla, foi um
lembrete de que novas empresas, como Google e Apple, têm planos para entrar no
mercado dos carros, abalando seus alicerces. Para uma indústria que raramente
obteve retorno sobre o custo do capital ao longo dos anos, o futuro não parece
animador.
Os gastos com capital, pesquisa e desenvolvimento das montadoras que
trabalham com o mercado de massas aumentaram 12% ao ano nos cinco anos
mais recentes. Mesmo antes do escândalo da VW, elas teriam de fazer novos
investimentos para atender ao limite de emissão de CO que entrará em vigor em
2012. Se não puderem mais depender dos carros a diesel - os modelos que menos
emitem carbono - como parte de sua estratégia, será necessário investir ainda
mais em motores a gasolina mais limpos, e sistemas de propulsão elétricos e
híbridos. Somando os investimentos necessários em áreas como conectar os
carros à internet e a tecnologia que dispensa o motorista, a conta será
astronômica.
Viciado em capital.
Enquanto isso, a indústria continua a consumir capital. O grau de destruição de
valor foi descrito por Sergio Marchionne, diretor da Fiat Chrysler, numa
apresentação intitulada "Confissões de um viciado em capital”, feita em abril. Ele
repreendeu a indústria pelo altíssimo custo de desenvolvimento dos novos
modelos. Calcula que até metade do custo seja ligado ao desenvolvimento de
tecnologias próprias "indistinguíveis" para o consumidor; e questionou a
necessidade de cada montadora ter programas distintos de desenvolvimento de
inovações para a economia de combustível, como os motores de três cilindros e
os câmbios de oito marchas.
O fato de existirem empresas menores e ainda rentáveis, como BMW e Subaru,
indica que as fusões podem não ser o único caminho para margens maiores. Mas,
na indústria, é difícil encontrar alguém que discorde de Marchionne. Um número
ainda menor aceita o remédio proposto por ele - a consolidação. A confissão
atendeu em parte aos propósitos da empresa dele. A Fiat Chrysler (cujo
presidente, John Elkann, faz parte do conselho administrativo da empresa dona
da The Economist) é ela mesma fruto de uma fusão recente. Agora seu diretor tem
algo maior em vista, uma fusão com a GM que criará uma gigante capaz de
produzir 15 milhões de carros por ano. A GM não aceitou as propostas.
Em teoria, a consolidação deve ajudar, cortando a duplicidade nos custos de
desenvolvimento, eliminando o excesso de capacidade produtiva, usando a escala
para obter negócios melhores dos fornecedores e acabando com camadas
administrativas sobrepostas. A indústria ainda está bastante fragmentada. Mas as
chances de uma bem-sucedida onda de fusões continuam remotas, por três
motivos. Primeiro, a maioria dos diretores das montadoras insiste que é possível
poupar o bastante com os planos atuais, como reduzir o número de "plataformas”
(chassis básicos) a partir dos quais seus modelos são produzidos. As esperanças
são depositadas em alianças frágeis, nas quais as empresas se mantêm
independentes, mas reúnem seus custos de desenvolvimento. Andrew Bergbaum,
da consultoria AlixPartners, diz que embora as alianças desse tipo funcionem bem
para projetos específicos, como o desenvolvimento de câmbios de alta eficiência,
elas não se prestam ao desenvolvimento de tecnologias mais "abrangentes” como
a conectividade e a direção autônoma.
Segundo, a história moderna das fusões entre montadoras teve muitos desastres:
basta pensar na união entre Daimler e Chrysler, ou a compra da Rover pela BMW,e
as tentativas da Ford de reunir Volvo, Jaguar, Land Rover e Aston Martin. As
montadoras têm culturas internas distintas, e é difícil juntá-las assim. Até o
momento, o sucesso da Fiat Chrysler é resultado principalmente das operações de
suas partes constituintes em diferentes regiões - Europa e Brasil, no caso da Fiat,
e EUA, no caso da Chrysler - evitando assim os conflitos. O mesmo pode ser dito a
respeito de Renault e Nissan, aliadas desde 1999. Até recentemente, a empresa
japonesa com expressivas operações nos EUA e a montadora europeia
compartilharam até recentemente uma mesma equipe de gerência sênior, mas
pouco além disso. Agora, as duas começaram a se integrar mais uma à outra. A
relativa distância mantida durante tanto tempo limitou o alcance do corte de
custos.
Uma megafusão bem-sucedida deveria trazer a oportunidade de cortar custos e
capacidade. Mas o terceiro motivo para ceticismo é o fato de governos, sindicatos
e grandes acionistas se oporem a isso. O governo francês tem participação na
Renault e na PSA Peugeot Citroën, resgatando ambas voluntariamente no passado.
A firma de pesquisas Sanford C. Bernstein destaca que BMW, Fiat, Ford, Honda,
Tata, VW e outras mantêm fortes elos com as famílias que as fundaram. Em certos
casos, sua participação lhes dá direito de veto, e é pequeno seu interesse em
vender ou aumentar a margem de lucro se isso significar drásticos cortes nos
empregos.
Mesmo se uma grande fusão fosse acertada, seriam necessários anos até que os
cortes nos custos começassem a superar os custos de integração. E o tamanho
pode trazer seus próprios problemas. Os da VW podem ser em parte atribuídos a
uma busca precipitada por ganhos de escala. As autoridade americanas devem
aplicar à empresa uma pesada multa, assim como fizeram com GM, por tolerar
chaves de ignição defeituosas, e com a Toyota por problemas de "aceleração não
intencional”. A desagradável conclusão: as montadoras precisam se tornar
maiores para escapar dos problemas, e os problemas afetam mais as empresas
que crescem.
01.10.2015
Deputados estudam criação de fundo federal para bancar
gratuidade no transporte público
Secretário do Ministério das Cidades diz que estão disponíveis R$ 37
bilhões para corredores de ônibus, mas que há falhas nos projetos de
estados e municípios
ADAMO BAZANI
Muitas das gratuidades no transporte público, como a estipulada no Estatuto do
Idoso para pessoas com 65 anos ou mais, são previstas em lei federais.
No entanto, são estados, municípios, empresas e, principalmente o passageiro,
que têm de arcar com o custo deste transporte gratuito.
Como os transportes são um serviço que beneficia não só os passageiros, mas a
sociedade em geral, inclusive quem não usa ônibus, trem ou metrô, não seria o
caso de recursos federais bancarem pelo menos uma parte destes custos com
gratuidades previstas por leis de abrangência nacional?
É o pensamento de deputados da Comissão de Desenvolvimento Urbano, da
Câmara Federal, que articulam a criação de um fundo para orçamentário para
subsidiar parte dos gastos dos municípios com transporte gratuito de idosos e
estudantes.
Assim, segundo os parlamentares, as tarifas para os passageiros pagantes se
tornariam mais baratas.
Em audiência pública na comissão nesta quarta-feira, dia 30 de setembro de 2015,
os parlamentares debateram o fundo que deveria estar disponível para o ano que
vem, mesmo com poucos recursos inicialmente, como defende o deputado Julio
Lopes, PP/RJ, autor do requerimento para o encontro.
CORREDORES DE ÔNIBUS TÊM R$ 37 BILHÕES À DISPOSIÇÃO:
O secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das
Cidades, Dario Rais Lopes, compareceu à audiência e explicou que estão em
andamento, com verbas federais, em especial do PAC – Programa de Aceleração
do Crescimento, 54 obras de BRT – Bus Rapid Transit no Brasil. São verdadeiros
BRTs com real separação dos ônibus dos demais veículos do trânsito, estações
fechadas em vez de pontos com pagamento de tarifa antes do embarque (pré-
embarque) e com piso no mesmo nível o assoalho do ônibus, pontos de
ultrapassagem e espaço para veículos maiores como ônibus articulados e
biarticulados.
Segundo o secretário, para estas obras em andamento e para novos corredores já
estão disponíveis neste ano R$ 37 bilhões, mas nem todo o dinheiro deve ser
liberado por erros nos projetos dos municípios e estados, que muitas vezes,
projetam estruturas inadequadas para a projeção de demanda de passageiros.
“Os nossos clientes, os municípios e os estados, muitas vezes não têm a formação, o
conhecimento, para fazer uma avaliação do que efetivamente precisa. Então, nós
recebemos um monte de pedidos para fazer BRT, um monte de pedido para fazer
corredor. Não necessariamente precisa fazer o BRT. O BRT, como nós falamos,
custa R$ 15 milhões por quilômetro”, disse à Agência Câmara.
Dario Rais Lopes defendeu a destinação de parte da Cide – Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico, o chamado imposto do combustível, para
baratear as tarifas de transporte público.
De acordo com o secretário, com a inclusão do transporte no Artigo 6º da
Constituição Federal, passando de serviço essencial para direito social, será mais
fácil a criação de fundos para o setor.
Esteve também na audiência o presidente da NTU – Associação Nacional das
Empresas de Transportes Urbanos, Otávio Cunha, que defendeu mais espaços
para os ônibus nas vias.
De acordo com Otávio Cunha, hoje os carros ocupam 70% das vias nas grandes e
médias cidades, mas não transportam sequer 25% das pessoas, uma ocupação
desigual.
O presidente da NTU disse no encontro que ações como da capital paulista, que
hoje conta com 481 quilômetros de faixas de ônibus, são positivas.
28.09.2015
DNIT diz que vai modernizar postos de pesagem
As 77 balanças do DNIT (chamadas de PPVs – postos de pesagem de veículos)
estão paradas desde outubro do ano passado porque o Ministério Público do
Trabalho (MPT) questiona a terceirização de seus funcionários. A assessoria do
DNIT informa que recorreu da decisão da Justiça e que está negociando um
acordo com o MPT para reativá-las.
Ao mesmo tempo, está em projeto um novo sistema de pesagem de veículos,
chamado de Postos Integrados de Fiscalização (PIAFs), que irão substituir os PPVs.
Com ele, os veículos serão pesados na velocidade normal da pista, através de
sensores. Só entrará no posto de pesagem o veículo em que for detectado excesso
de peso, e será autuado.
02.10.2015
Justiça do Rio autoriza motorista do Uber após prefeitura
proibir aplicativo
Um dia após a Prefeitura do Rio sancionar a lei que proíbe motoristas do
aplicativo Uber de prestarem serviço na cidade, a Justiça concedeu, nesta quinta-
feira (1º), uma liminar em favor de um único motorista, garantindo-lhe o direito
de transportar passageiros.
A decisão não vale aos demais motoristas do aplicativo na cidade.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, um usuário do Uber ganhou, em caráter
liminar, o direito de rodar sem receber multas e ter o veículo ou carteira de
motorista apreendidos.
O juiz Bruno Vinícius da Rós Bodart, da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital,
estipulou multa de R$ 50 mil para o caso de as autoridades descumprirem a
decisão.
O caso corre em segredo de Justiça e o nome do autor da ação não foi divulgado,
bem como a íntegra da decisão do magistrado.
Em nota em sua página oficial, a Justiça afirma apenas que a secretaria municipal
de Transportes e o Departamento de Transportes do Estado (Detro) estão
impedidos de aplicar qualquer tipo de sanção ao motorista. Apenas o motorista
que ajuizou a ação terá direito a gozar dos benefícios da decisão judicial.
Procurada, a Procuradoria Geral do Município, responsável por recorrer de
decisões judiciais dessa natureza, ainda não se pronunciou. A secretaria de
Transportes informou que um posicionamento ficará a cargo da procuradoria.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do Detro no
Rio. A Procuradoria do Estado informou que ainda não foi notificada e não irá se
pronunciar no momento.
LEI
A Prefeitura do Rio publicou na última quarta-feira (30) no "Diário Oficial" do
município um projeto de lei, aprovado na Câmara dos Vereadores, que prevê
multa aos motoristas que prestarem serviço por meio do aplicativo Uber.
A lei ainda não foi regulamentada e ainda não há consenso sobre qual autoridade
caberá multar e fiscalizar a aplicação da legislação.
O que se sabe até o momento é que a Prefeitura do Rio pretende lançar um
aplicativo de celular específico para taxistas, que demandará cadastro por meio
dos prestadores de serviço na cidade.
01.10.2015
Semana da Mobilidade: Apesar de serem 27% da frota,
motos representam 76% das indenizações do seguro
obrigatório
ADAMO BAZANI
Nas propagandas, símbolo de velocidade e liberdade. Na vida real, necessidade de
muita cautela. As motos, inicialmente encaradas como uma solução rápida e
barata de deslocamento, tirando até mesmo passageiros do transporte coletivo,
têm representado problemas no trânsito e para a saúde pública.
O Blog Ponto de Ônibus teve acesso ao balanço do primeiro semestre deste ano
das indenizações pagas pelo DPVAT – Seguro Obrigatório em caso de acidentes
com feridos e mortos. Os dados mostram que, apesar de representarem apenas
27% da frota de veículos no Brasil, entre janeiro e junho deste ano, os acidentes
com motos foram responsáveis por 76% das indenizações pagas. No mesmo
período do ano passado, o número foi muito semelhante: 75%.
Do total de indenizações por acidentes de moto no primeiro semestre deste ano,
82% ou 214 mil 784 casos foram por invalidez, 14% ou 37 mil 963 casos para
despesas médicas e 10 mil 254 ocorrências cobertas pelo DPVAT resultaram em
morte de quem estava na motocicleta.
O crescimento da frota de motocicletas e dos acidentes tem diversas explicações,
entre elas os financiamentos e incentivos tributários dados nos últimos anos pelo
Governo Federal a este meio de locomoção, a alta do preço do combustível, valor
das tarifas do transporte coletivo e a falta de investimentos necessários em redes
maiores e mais eficientes de metrô e corredores de ônibus.
Muitas pessoas que hoje se locomovem de motos antes usavam o transporte
público. Se com parte dos valores usados para incentivar as compras de
motocicletas, fossem criadas formas de subsidiar tarifas de ônibus e metrô, que
hoje recaem quase exclusivamente sobre o passageiro pagante (inclusive os
custos das gratuidades), e se os sistemas de transporte coletivo ganhassem
velocidade e eficiência com prioridade no espaço urbano após investimentos, os
deslocamentos e acidentes com motos seriam menores.
Não é apenas a quantidade de motos a causa do problema. Em geral, o
comportamento de motociclistas e motoristas, que parecem não se entender nas
vias, contribui muito para o alto número de acidentes. Especialistas apontam para
a necessidade de campanhas de conscientização de ambos personagens no
trânsito e maior fiscalização.
Equipamentos que fiscalizem melhor os motociclistas estão entre as medidas
imediatas, como os “radares-pistola” usados nas marginas dos rios Tietê e
Pinheiros, na Capital Paulista.
O excesso de velocidade é um dos principais fatores de acidentes com motos. Os
motociclistas não são apenas vítimas no trânsito, apesar da desvantagem em
relação ao tamanho dos carros, ônibus e caminhões. Têm chamado a atenção
também os casos em que os motociclistas acabam atropelando e até matando os
pedestres.
02.10.2015
Santos Brasil renova concessão e destrava ampliação de
R$ 1,3 bi
Terminal terá cais aprofundado para receber navios gigantes, com
menor custo de transporte por contêiner
Desde o ano passado, duas novas empresas passaram a operar em
Santos, aumentando a concorrência no setor
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
O governo federal autorizou nesta quarta-feira (30) investimentos de R$ 1,3
bilhão no terminal de contêineres da Santos Brasil, no Porto de Santos (SP). A
renovação do contrato da empresa por mais 25 anos, permitida por lei, foi
antecipada de 2022 para este ano em troca de um conjunto de obras e compra de
equipamentos para aumentar em 20% a capacidade do terminal, o maior em
movimentação anual do país até o ano de 2014. Com isso, a empresa terá direito a
explorar a área até 2047.
"O momento é difícil, mas isso não dura para sempre", disse o presidente da
empresa, Antônio Carlos Sepúlveda sobre o cenário de crise. "Precisamos investir
agora para estarmos prontos quando o país voltar a crescer." Segundo Sepúlveda,
o terminal terá seu cais ampliado de 980 metros para 1.200 metros de extensão e
de 13,70 metros de profundidade para 15 metros.
NAVIOS GIGANTES
A intenção é receber navios de maior porte, que começarão a navegar pelo novo
canal do Panamá, que está em ampliação. Hoje os maiores navios que operam no
país podem transportar cerca de 9.000 contêineres de 20 pés. A intenção é
receber os que podem levar até 13,8 mil. "Esse tipo de navio tem um custo por
contêiner bem menor. Isso vai trazer um ganho muito grande para o comércio
exterior do Brasil", aposta o presidente da empresa.
Outra parte do investimento prevê comprar seis novos guindastes e dobrar a
extensão dos ramais ferroviários para facilitar a movimentação dos contêineres
dentro do terminal para torná-lo mais competitivo. Desde o ano passado, dois
novos terminais de contêineres passaram a operar em Santos, aumentando a
concorrência nesse setor. "Nossa intenção não é ser o maior, e sim o mais
competitivo terminal de Santos", disse o presidente.
DÍVIDAS
Segundo Sepúlveda, a empresa tem uma dívida baixa, cerca de R$ 200 milhões, o
que abre a possibilidade de pegar empréstimos para realizar o investimento, que
deve começar no ano que vem e terminar até 2020. Parte do desembolso previsto
para as obras também será de capital próprio.
As antecipações de contrato em troca de investimentos estão sendo realizadas
desde 2013, depois que o governo reformulou a Lei de Portos. Outro grande
terminal de contêiner de Santos, a Libra Terminais, também foi autorizado a fazer
investimentos de R$ 750 milhões para dobrar a capacidade de movimentação, em
troca da renovação antecipada.
De acordo com o ministro Edinho Araújo (Portos), entre renovações de contratos e
autorizações para novos portos privados, o governo já garantiu investimentos nos
próximos cinco anos estimados em R$ 10 bilhões. Edinho, que é deputado federal
pelo PMDB de São Paulo, é o quarto ministro da pasta desde 2012 e deve perder o
cargo na reforma ministerial que a presidente Dilma anuncia nesta sexta (2).
02.10.2015
Seminário 20 Anos da Lei de Concessão
Passados 20 anos da promulgação da Lei de Concessão, assistimos a várias
transformações nos processo de atribuição, nos contratos em espécie, nas
matrizes de alocação de riscos, nas formas de aferição do equilíbrio econômico-
financeiro, nos mecanismos utilizados pela regulação para assegurar a qualidade
e a continuidade da prestação do serviço; enfim, nas diversas nuances envolvidas
no modelo. Muito se aprendeu, mas os desafios de fazer uma modelagem
adequada e de mantê-la no tempo persistem. Com o intuito de incentivar o debate
articulado sobre o que foi aprendido com o passado e ensejar reflexões sobre
como aprimorar as experiências futuras nas concessões dos setores de
infraestrutura (água, saneamento, energia e transportes), o Centro de Estudos em
Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV/CERI) promoverá nos
dias 05 e 06 de outubro de 2015, na FGV, Rio de Janeiro, o evento “20 Anos da Lei
de Concessão”, que contará com a presença de relevantes nomes, nacionais e
internacionais, com uma abordagem multidisciplinar e intersetorial.
02.10.2015
Montadoras têm pior setembro em nove anos
Balanço divulgado ontem pela Fenabrave, a entidade que representa as
concessionárias de veículos, confirmou o aprofundamento da crise enfrentada
pelo setor e o pior setembro nas vendas da indústria automobilística em nove
anos. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 200,1 mil
unidades foram licenciadas no mês passado, 32,5% abaixo do volume registrado
em setembro de 2014. Na comparação com agosto, que já tinha sido um mês
fraco, as vendas caíram 3,5%.
Não se via um setembro tão fraco desde 2006, quando 159,4 mil veículos tinham
sido emplacados no mesmo mês. Com isso, a queda das vendas no acumulado do
ano, que estava em 21,4% até o fechamento de agosto, avançou para 22,7%. Diante
de mais um resultado frustrante, a Anfavea, associação das montadoras, deve
revisar novamente para baixo suas previsões para desempenho de 2015.
A expectativa é que a nova estimativa seja divulgada na terça-feira, junto com os
resultados anunciados mensalmente pela entidade, que ainda incluem, além das
vendas, produção, exportação, estoques e emprego no setor. No início da semana,
Luiz Moan, presidente da Anfavea, adiantou que a retração nas vendas deve ficar
na faixa de 23% a 24%, indicando que a queda registrada até o momento deve se
acentuar ainda mais.
No total, os brasileiros compraram 1,95 milhão de veículos nos nove primeiros
meses de 2015, o que mantém o resultado do ano no nível mais baixo desde
2007. A falta de confiança, o alto endividamento das famílias, a dificuldade de
acesso ao crédito e a perda de renda estão entre os principais motivos por trás da
pior recessão dessa indústria desde os estragos provocados pelas crises asiática e
russa no fim da década de 90.
Em setembro, as vendas de carros tiveram o ritmo mais fraco do ano, com 9,2 mil
automóveis de passeio e utilitários leves, como picapes, emplacados a cada dia
útil. Pelo quarto mês consecutivo, o giro médio ficou abaixo da marca de 10 mil
unidades. Um ano atrás, as concessionárias estavam vendendo quase 13 mil
carros a cada dia que abriam as portas.
Se as coisas vão mal no mercado de automóveis, no segmento de veículos
comerciais pesados a situação é ainda pior, com queda de 47% das vendas de
caminhões no mês passado, se comparado ao mesmo período de 2014. Setembro
terminou com 5,9 mil caminhões licenciados, o pior resultado para o mês em 12
anos. Também na comparação anual, as vendas de ônibus recuaram 40,5% no mês
passado, para 1,5 mil coletivos.
Como resultado dos cortes drásticos nas encomendas das montadoras, a crise
também atinge em cheio a cadeia de suprimentos, onde cresce o número de
operações desativadas. Ontem, foi a vez de a fabricante de peças de motor Mahle
Metal Leve anunciar o plano de encerrar as atividades de sua forjaria em
Queimados, no Rio de Janeiro, uma unidade que vinha causando prejuízos ao
grupo. A medida foi proposta pela diretoria da empresa, com anuência do
conselho de administração, e deverá ser submetida ao conselho da subsidiária.
Segundo comunicado publicado pela Mahle, a decisão decorre da redução dos
pedidos dos clientes e da "falta de perspectiva futura" para novos pedidos.
28.09.2015
Transportadores de carga são orientados quanto ao
excesso de peso na BR-163/MT
Parceria entre a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e concessionária Rota
do Oeste realizou, nos meses de agosto e
setembro, operações de caráter educativo com
foco no combate ao excesso de peso do
transporte de cargas na BR-163/MT, nos
municípios de Rondonópolis, Cuiabá e Sorriso.
Durante a operação, os veículos identificados
com excesso de peso eram parados e os
motoristas recebiam orientação quanto aos
perigos de se trafegar com sobrepeso e sobre
as penalidades cabíveis a essa irregularidade.
Já foram realizadas 6.904 abordagens em veículos de carga na cidade de
Rondonópolis; em Cuiabá, 4.593; e em Sorriso, 2.599. Os veículos com peso a
mais do que o permitido foram autuados pela PRF, sendo que em Rondonópolis
foram constatados 21 veículos irregulares; em Cuiabá, seis; e, em Sorriso, 10.
As fiscalizações da ANTT acontecem rotineiramente em comandos operacionais
ou em postos fixos de inspeção. O objetivo das ações é coibir o excesso de peso
no tráfego de veículos de carga e passageiros, uma vez que oferece risco à
segurança viária e pode causar graves acidentes.
01.10.2015
Comitê buscará soluções para eliminar gargalos do
transporte aéreo de cargas no Brasil
Grupo, formado no âmbito da Conaero, elaborará diagnóstico sobre
entraves desse mercado no país
O Comitê Técnico de Cargas Aéreas, grupo criado no âmbito da Conaero
(Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias), elaborará um diagnóstico
sobre os gargalos do mercado de carga aérea no Brasil. Atualmente, esses
entraves inibem investimentos e limitam o aproveitamento pleno do potencial
desse modo de transporte. O
segmento movimenta em torno de
1,5 milhão de toneladas ao ano.
O objetivo principal do Comitê, ao
final, será discutir estratégias para
melhor desenvolver a logística de
cargas no país. As ações que serão
debatidas terão como meta
melhorar o processamento dos
carregamentos e implementar
soluções operacionais, novas
tecnologias e procedimentos de certificação, visando ampliar a segurança do
setor.
Outro trabalho em desenvolvimento pelo governo federal é o projeto piloto de
certificação de cargas (“Secure Freight”, “Carga Segura” em tradução livre), em
parceria com a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em
inglês) e outras entidades públicas e privadas do setor. A ideia é garantir
segurança e desafogar a infraestrutura dos aeroportos da burocracia do despacho
de cargas. Por meio da iniciativa, toda inspeção e verificação da segurança da
carga passaria a ser feita fora do aeroporto. O transporte do produto seria
monitorado, mantendo a carga segura ao longo da cadeia logística, até o
embarque na aeronave.
Outro plano é de criar e implantar um sistema em padrão para rastrear
informações de todas as cargas que estão vindo para o Brasil e estabelecer
mecanismos oficiais de monitoramento com segurança. Com o novo sistema,
pode ser possível, por exemplo, impedir o embarque de cargas suspeitas.
AGENDA 2015
Outubro
Seminário “20 Anos da Lei de Concessão”
05 e 06 de outubro, na FGV, Rio de Janeiro
9º Fórum de Gestão e Eficiência de Frotas
05 a 06 de outubro, em São Paulo
Novembro
2ª Conferência Global De Alto Nível Sobre Segurança No Trânsito
(ONU)
18 e 19 de novembro em Brasília
2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP
17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo