Fim de Semana ARTESP - edição 29

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EDIÇÃO 29 – 16 DE OUTUBRO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 16 de outubro de 2015.

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EDIÇÃO 29 – 16 DE OUTUBRO DE 2015

ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

15.10.2015

Levy diz que concessões dependem de ajuste fiscal

Orçamento equilibrado pode melhorar ambiente de negócios e atrair

investidores, diz Levy

As concessões de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos à iniciativa privada

dependem do ajuste fiscal para deslanchar, disse hoje (14) o ministro da Fazenda,

Joaquim Levy. Ao encerrar audiência pública na Câmara dos Deputados, ele

reiterou a importância de um Orçamento equilibrado para melhorar o ambiente de

negócios no país e atrair investidores.

"Vamos continuar a trabalhar para acelerar o Plano Nacional de Exportação e o

Programa de Investimentos em Logística. São programas que dependem de

investimento privado. Para isso, precisamos ter um Orçamento claro, seguro, que

vai ser caminho para atrair mais investimento para que as concessões sejam um

sucesso", declarou o ministro na última intervenção na audiência pública, que

durou quatro horas.

Assim como traz efeitos benéficos para a indústria, a alta do dólar também

beneficiará o turismo, disse Levy. Ele ressaltou, no entanto, que as concessões de

aeroportos são essenciais para melhorar a infraestrutura para os visitantes. "O

câmbio vai ajudar o turismo se a gente ajudar com infraestrutura. Os aeroportos

são exemplo para isso", destacou.

O ministro alertou que a aprovação de um Orçamento sem a meta de superávit

primário ¿ economia para pagar os juros da dívida pública ¿ de 0,7% do Produto

Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) pode levar à perda do

controle sobre o tamanho da dívida pública. Segundo Levy, no limite, o Brasil

pode perder o grau de investimento, que funciona como um selo de que não há

risco de o país dar calote na dívida pública.

"Evidentemente, se não tivermos um Orçamento robusto [para o próximo ano],

teremos problema. A questão é que isso terá efeito ruim sobre nossa dívida. Não

ter um Orçamento que garanta o grau de investimento é botar orçamento em

risco. Ninguém quer isso", disse Levy, apelando para que o Congresso aprove

propostas como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação

Financeira (CPMF), a repatriação de recursos do exterior e as demais medidas que

permitam ao governo ampliar a arrecadação em um ano de crise.

Como em outras ocasiões ao longo da audiência, Levy ressaltou que o Orçamento

equilibrado representa a primeira etapa para a recuperação da economia. As

outras são a recuperação do crédito e da demanda provocada pela melhoria do

ambiente de negócios e a votação de reformas estruturais que aumentem a

produtividade e melhorem a competitividade, como as reformas previdenciária,

tributária e trabalhista.

"O Orçamento de 2016 é robusto, firme, com as receitas necessárias e com

atenção no gasto público. Com o início das reformas estruturais, o [equilíbrio]

fiscal põe a gente no início da recuperação muito rapidamente. Esse é o caminho

para termos mais crédito e reduzir a inflação, dando uma sinalização para ver a

economia voltar a crescer", acrescentou o ministro. "A gente quer que os

carrinhos de compra voltem a estar cheios. Para isso, o que a gente precisa é

desse plano em três etapas."

Simplificação de tributos

Entre as medidas necessárias para recuperar a produção, Levy citou a

simplificação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributos cobrados sobre o

faturamento das empresas.

Ele também citou a unificação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) interestadual, que poria fim à guerra fiscal, e a aprovação das

propostas que permitem a repatriação de recursos mantidos legalmente no

exterior e introduzem a alíquota progressiva de Imposto de Renda sobre ganhos

de capital.

Segundo o ministro, a retomada do crescimento é um trabalho que exige

cooperação não apenas do governo, mas de todos os partidos políticos e setores

da sociedade.

"Equilibrar contas públicas não é trabalho apenas do governo, mas do Brasil. A

gente dar o rumo fiscal é trabalho do Brasil para o Brasil, para cada mãe e cada

criança deste país. Não se trata de decisão partidária, mas de decisões

imprescindíveis para o país voltar a crescer", concluiu o ministro.

14.10.2015

Prefeitura de SP publica edital de licitação dos transportes

Foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (14) o extrato do edital de

licitação dos transportes da cidade de São Paulo. A informação de que o edital

seria lançado esta semana já havia sido passada pelo prefeito Fernando Haddad,

em conversa com internautas em uma transmissão ao vivo no YouTube.

O prazo de concessão será de 20 anos, podendo ser renovados por mais 20. Com

a nova reorganização, o esquema de

linhas da cidade deve mudar, sendo em

três grupos: estrutural, de maior

demanda e entre regiões, local de

articulação, entre bairros, e local de

distribuição, entre os bairros e terminais

locais. A ideia é tornar o sistema mais

ágil e evitar sobreposições de linhas.

Atrasos em partidas

Uma das reclamações recorrentes é a demora nas paradas de ônibus por parte dos

usuários. A nova licitação quer minimizar as ocorrência e prevê um plano de

contingência para atrasos, com a criação de um centro de monitoramento.

“Atrasos na disponibilização de frota afetam o usuário. CCO e Concessionário

deverão em suas rotinas prever planos de contingência para situações

excepcionais” – diz o edital.

Atraso na publicação do edital

Inicialmente o edital de licitação era previsto para 2013. No entanto, com os

protestos realizados em junho daquele ano, onde a pauta que encabeçou as

manifestações era a mobilidade, a prefeitura decidiu por adiar a concorrência e

contratar uma auditoria internacional para “abrir a caixa preta do transporte”. A

prefeitura portanto deve oferecer 9,97% de Taxa Interna de Retorno, que hoje é

em torno de 18%.

Novas tecnologias

As novas empresas devem equipar parte ou toda a frota com ar refrigerado e

conexão Wi-Fi. Na prática parte dos operadores mesmo sem a certeza da

concessão já equiparam os novos veículos com estas funcionalidades.

Frota de trólebus sem ampliação

O número atual de trólebus na cidade deve ficar em torno de 200. Os operadores

questionaram o custo dos veículos elétricos, mas segundo a prefeitura os cálculos

foram considerados nas minutas.

16.10.2015

LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES EM SÃO PAULO: Frota de

Trólebus em São Paulo pode ter mais 30 veículos

De acordo com tabela no edital, estão previstos 231 ônibus elétricos

Mesmo estando longe do cumprimento da Lei de Mudanças Climáticas, que em

2009 determinou troca gradual de frota de ônibus em São Paulo para que em 2018

nenhum veículo dependesse mais de combustível fóssil, a licitação dos

transportes da cidade de São Paulo, prevê um número maior de ônibus elétricos

em circulação, mas com um aumento pouco significativo diante da necessidade

de veículos com menores emissões de poluentes.

Integrantes do Movimento Defesa do Trólebus, Matheus Lima e Thiago Silva,

apontaram que na relação de frota proposta pela prefeitura no certame para o lote

05 do Grupo Estrutural, que compreende os trólebus, há uma previsão de 231

veículos elétricos, sendo 137 trólebus de 15 metros e 94 trólebus do tamanho

padrão.

Hoje a frota de trólebus da cidade de São Paulo é de 201 veículos, entre padrons e

padrons de 15 metros.

A prefeitura de São Paulo diz que vai conceder remuneração especial para os

empresários com veículos não poluentes ou menos poluentes, incluindo os

ônibus elétricos puros, que dependem somente de bateria para se movimentar, e

os elétricos híbridos, com dois motores, um a combustão e outro elétrico.

15.10.2015

Fé na recuperação: Mercedes reafirma plano de

investimento no Brasil

Apesar da crise que derrubou a demanda por caminhões ao pior nível em nove

anos, a Mercedes-Benz, maior montadora de veículos comerciais do Brasil,

reiterou ontem o plano de investir € 500 milhões para "preparar" sua filial no país

a uma aguardada recuperação do mercado no futuro - ainda que o prazo dessa

retomada seja incerto para os próprios executivos do grupo.

"No passado, a economia brasileira trouxe resultados fantásticos. Vejo potencial

no país porque o Brasil provou isso no passado. Estamos convencidos de que vai

reagir", disse Stefan Buchner, chefe global da divisão de caminhões da Mercedes,

após participar de evento que apresentou a jornalistas os novos caminhões da

marca nas linhas média, semipesada e extrapesada, que chegam junto com um

aumento de 5% na tabela de preços da montadora.

"Vemos um futuro brilhante nos próximos anos. Para mim, a recuperação do

mercado é uma questão de tempo", acrescentou o executivo, citando a pujança do

agronegócio ao justificar sua expectativa. Ainda que não tenha se arriscado a

projetar quando a indústria de veículos de carga sairá do atoleiro, as declarações

de Buchner deram um tom otimista a um setor que tem convivido com notícias

negativas há quase dois anos.

Em 2015, as vendas de caminhões no Brasil caem 43,9%, levando a produção ao

menor patamar em doze anos. Não muito diferente à média da concorrência, a

Mercedes está vendendo 43% menos do que em 2014.

Mesmo assim, diretores da montadora garantiram que a empresa não vai tirar o

pé do acelerador na execução de projetos já aprovados. Pela cotação do euro na

época em que os investimentos foram anunciados, a Mercedes tem, em reais, um

orçamento de R$ 1,7 bilhão a desembolsar no negócio de caminhões e ônibus

entre 2014 e 2018. Não entra na conta os R$ 500 milhões desembolsados na

construção da fábrica que vai montar carros de luxo no interior paulista a partir

de fevereiro.

Parte desse investimento teve seus frutos revelados ontem, com o lançamento de

novos caminhões. Em tempos de vacas magras, o evento foi realizado na fábrica

de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, porque a montadora não quis gastar

o dobro para apresentar os modelos durante a Fenatran, o principal evento do

setor, que acontece no mês que vem no pavilhão de exposições do Anhembi, na

zona norte da capital paulista.

Mais do que desenvolver novos produtos, o programa contempla a reorganização

das atividades das fábricas da Mercedes, na qual a produção do caminhão leve

Accelo será transferida de Juiz de Fora, em Minas Gerais, para São Bernardo. A

fábrica mineira, nessa reestruturação, passará a concentrar a produção das

cabines de todos os modelos da montadora.

Outra parcela significativa dos investimentos será destinada à modernização da

fábrica do ABC. Ao alinhar a unidade ao padrão tecnológico das melhores fábricas

da multinacional alemã no mundo, Buchner revelou que o objetivo é integrar o

parque industrial paulista à rede global de produção de caminhões do grupo, a

exemplo do que já acontece na fabricação de motores. A partir dessa estratégia, a

produção brasileira teria condições, ao menos técnicas, de complementar

operações da Mercedes na Europa, saindo do cerco da América do Sul, que

absorve quase todas as exportações da filial brasileira. "Temos discutido

intensamente como fazer isso com a equipe de gestores daqui", disse o executivo

ao falar com jornalistas.

Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil, vê risco de o setor não iniciar

uma reação antes de 2018, mas diz que, a despeito da recessão, a montadora não

vai abortar projetos já iniciados. "Projetos de fábricas ou novos produtos têm

ciclo prolongado. Não se muda em um ano. Uma vez iniciado, não se pode parar",

afirmou o executivo, acrescentando que a decisão de investimento também se

fundamenta em objetivos de longo prazo. "Olhamos para os próximos cinco anos

e vemos quais são as necessidades", disse Schiemer.

A montadora já colocou em prática o recente acordo de adesão ao programa de

proteção ao emprego (PPE), o que lhe permite parar as atividades no ABC, sem

remunerar o dia de folga, uma vez por semana. A ferramenta, porém, não

soluciona totalmente o problema de ociosidade da fábrica, que gira ao redor de

40%, enquanto o PPE acertado com os empregados prevê a redução da jornada de

trabalho em até 20%.

Schiemer disse ontem que, pelo ritmo atual, a produção no ABC precisa ser

suspensa oito dias por mês, mais do que os quatro do PPE. A montadora, então,

poderá ter de fazer paradas adicionais às previstas no programa, assumindo,

contudo, nesse caso todo o custo das horas não trabalhadas. A Mercedes ainda

não fechou a programação das férias de fim de ano, mas Schiemer adiantou que a

montadora deverá fechar durante "boa parte" de dezembro. No ano passado,

quando as vendas de caminhões já estavam em baixa, a companhia interrompeu a

produção no ABC e em Juiz de Fora (MG) durante todo o mês de dezembro.

15.10.2015

ANTT regulamenta formas de verificação de veículo vazio

para isenção da cobrança de pedágio

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº

4.898, que dispõe sobre as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a

isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de

transporte de carga que circulam vazios em rodovias federais concedidas. A

norma está prevista pelo Decreto 8.433/2015, que regulamenta artigos da Lei nº

13.103/2015 (Lei dos Caminhoneiros).

A nova resolução estabelece que a condição de veículo vazio poderá ser verificada

a partir: de avaliação visual; da documentação fiscal associada à viagem; do

Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot); e do peso bruto total do

veículo. A verificação pode ser realizada em cabines específicas de pedágio;

postos de pesagem; por meio de fiscalização pela ANTT ou pela autoridade de

trânsito com circunscrição sobre a rodovia.

Concessionárias reguladas pela Agência terão o prazo de 90 dias para

apresentarem proposta operacional para a verificação da condição de vazio.

16.10.2015

Moreflex lança aplicativo para calcular custo por

quilômetro rodado do pneu

APP está disponível para celular com sistema Android

A Moreflex acaba de lançar um aplicativo que calcula o custo por quilômetro

rodado (CPK). O objetivo do app, disponível para celular com sistema Android, é

auxiliar os frotistas e os motoristas a

controlar o custo de cada pneu. Para o

diretor comercial e de marketing, Saulo

Gonlçalves, conhecer esses números é

fundamental para saber qual produto oferece

a melhor performance. “O importante neste

momento não é quanto se paga e sim o

quanto se economiza durante a vida da

carcaça. Quanto maior a quilometragem,

menor o custo e maior a economia”, destaca.

15.10.2015

Conheça os trechos mais perigosos de rodovias do país

…pela BR-101, em Serra (ES), com 126 registros. Em seguida, com 125 ocorrências,

está o trecho da mesma rodovia em São José (SC), com 125 casos. Em Caucaia

(CE), a BR-222 é a terceira mais perigosa neste cenário, com 102 casos. No Espírito

Santo, as BRs 101 e 262, em Linhares e Cariacica, respectivamente, figuram a

quarta e quinta posição no ranqueamento, sendo 87 registros na primeira e 82, na

segunda.

Atropelamentos

Os casos de atropelamentos mantiveram frequência em 2014. Foram 4.144

acidentes envolvendo pedestres, dos quais 1.204 resultaram em mortes e 1.912

em vítimas gravemente feridas. No Estado do Paraná, o número de pedestres

mortos representa 11,7% do total.

Entre as regiões, a Sudeste é a que tem mais casos de mortes por atropelamento,

com 33,1% dos registros. Em seguida vem Nordeste, com 31,4%; Sul, com 23,6%;

Centro-Oeste, com 7,8%; e Norte, com 4,3%.

Vinte rodovias concentram 55% dos registros de óbitos de pedestres e a maior

parte dos casos ocorre em trechos urbanos. A BR-116/SP foi a rodovia com a

maior quantidade de pedestres mortos, e a BR-381/SP, a rodovia com a maior

quantidade de mortos por mil quilômetros.

Prejuízo

O Brasil sofre um prejuízo anual de R$ 40 bilhões por acidentes de trânsito.

Estima-se que sejam gastos R$ 647 mil por vítima fatal. Já o acidente com vítima

tem um custo de R$ 90 mil, enquanto que os registros sem feridos trazem

prejuízos de R$ 23 mil. Por meio da pesquisa, constatou-se a necessidade de

desenvolver ações planejadas para reduzir a letalidade no trânsito e reduzir, além

do impacto monetário, os traumas causados às famílias e vítimas.

Só no ano passado, os 170 mil acidentes registrados em rodovias federais

provocaram um prejuízo de R$ 12,3 bilhões. Do total, 64,7% foram relacionados

às vítimas, como cuidados de saúde e perde de produção por conta do tratamento

ou morte. Outros 34,7% estão direcionados aos veículos, como danos materiais e

perdas de cargas, além de custos com a remoção dos automóveis acidentados.

Veja a relação completa dos pontos mais críticos de rodovias brasileiras:

16.10.2015

Financiamento de veículos entre janeiro e setembro cai

13,2%

Ao todo, foram negociadas 4,03 milhões de unidades, considerando

automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas

Conforme dados da Cetip, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames, o

número de financiamentos de veículos novos e usados entre janeiro e setembro

deste ano reduziram 13,2%, para 4,03 milhões de unidades. A pesquisa

considerou automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas.

No mesmo período de 2014 este volume era de 4,65 milhões. Nos nove meses

completos do ano, os financiamentos representaram 41,1% do total das vendas de

veículos novos e transferências de usados no Brasil, que somaram 9,8 milhões de

unidades no período. Em 2014, a proporção dos financiamentos era de 45,8% das

vendas totais.

Do total de veículos novos emplacados este ano (1,95 milhão de unidades), 91,7%

foram financiados, enquanto em usados (7,85 milhões) a proporção é de 28,5% no

acumulado.

A queda total no volume de financiamentos é muito maior nos veículos novos

chegou a 21,8%, para 1,79 milhões de financiados, enquanto o total de usados

parcelados caiu 4,9% no mesmo período, para 2,24 milhões de unidades.

O segmento de caminhões e ônibus novos diminuíram 50,6% em um ano, para

pouco mais de 59 mil unidades. Os usados retraíram 7,6%, para 98,8 mil veículos.

No total, somando novos e usados, o tombo é de 30,3%, para 157,8 mil unidades.

Automóveis e comerciais leves novos e usados somaram 3,15 milhões de

unidades financiadas em nove meses, 12,8% menor que o registrado no período

de 2014. Com 1,10 milhão de unidades, os novos apresentaram desempenho

negativo de 24,6%, enquanto os usados, com 2,05 milhões, diminuíram 12,8%.

14.10.2015

Fabricantes articulam movimento por obrigatoriedade de

extintor

…reverter a resolução do Contran. “Nós temos todos os laudos técnicos que

provam que o extintor é um item importante de segurança, que salva vidas. Então

o Denatran não tem argumento técnico para impor essa regra. Estamos com várias

ações judiciais em andamento e também contamos com a ajuda dos deputados,

para tentarmos reverter essa situação”, ressaltou.

Dossiê

A comitiva apresentou ao secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior,

um dossiê com argumentos contra a decisão do Contran. Eles alegam que a

medida coloca e risco a vida de motoristas baseado em dados do Corpo de

Bombeiros, Polícia Militar, Detrans e seguradoras. “Nós queremos uma avaliação

equilibrada, concreta e justa, pois, atualmente há uma frota de 35 milhões só de

carros de passeio em circulação no Brasil. São 35 milhões de vidas em risco”,

garantiu o presidente da ABRAVEA.

Outro ponto questionado pelo grupo é a razão de os extintores serem obrigatórios

somente para veículos como táxis, caminhões, ônibus e caminhonetes. “As

autoridades que tomaram a decisão da não obrigatoriedade do uso desses

extintores, então, reconhecem que há riscos para a vida e para o patrimônio das

pessoas. Mas só para alguns? Isto é um absurdo. Esta decisão é, no mínimo,

suspeita”, detonam. Para eles, esta decisão deve ser investigada para saber a

quais interesses ela serve”.

O documento mostra que os registros de incêndio em veículos de passeio

aumentaram 140% na comparação entre 2013 e 2014. Traz também estatística da

frota segurada. De 15 milhões de veículos segurados no período, 4 mil pegaram

fogo. “Como a frota total de veículos no País é de 40 milhões, equivale dizer que

10.800 de carros são incendiados por ano”, afirma o presidente.

O que o Contran diz?

A justificativa do Contran sobre o cancelamento da obrigatoriedade do uso de

extintores em carros de passeio é ancorada na estatística da Associação Brasileira

de Engenharia Automotiva, de que, entre 2 milhões de veículos cobertos por

seguros, somente 800 tiveram o incêndio como causa. Desse total, apenas 24

informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.

Além disso, o órgão argumenta que a tecnologia dos veículos para impedir

incêndios avançou bastante em relação a 1968, ano em que a obrigatoriedade do

extintor passou a valer. Os automóveis possuem sistema de corte automático de

combustível em caso de colisão e o tanque de combustível está fora da área de

concentração dos ocupantes do veículo.

13.10.2015

China vai criar pontos de carregamento para 5 milhões de

carros elétricos

O governo chinês anunciou que vai criar pontos de carregamento para 5 milhões

de automóveis elétricos até 2020.

Uma nova determinação divulgada pelo Conselho de Estado estabelece que, para

acelerar a construção das estações de carregamento, vai promover a entrada de

capital privado, incluindo a emissão de títulos ou a participação em fundos de

pensões.

Entre janeiro e agosto, as vendas de carros elétricos e híbridos na China

aumentaram 270% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a

108.654 unidades, segundo números da Associação de Fabricantes de Automóveis

da China.

Ao mesmo tempo, as vendas totais de automóveis nos primeiros oito meses do

ano caíram 0,24%, totalizando 15,01 milhões de unidades.

14.10.2015

Empresas dos Estados Unidos precisam de 50 mil

caminhoneiros, com salários anuais de até 73 mil dólares

De acordo com notícia veiculada no site da CNN Español, haverá uma carência de

cerca de 50.000 motoristas de caminhão nos Estados Unidos até o final deste ano,

de acordo com um novo relatório da American Trucking Association (ATA).

Apenas dois anos atrás, a escassez era de 30.000 motoristas e 20 mil a uma

década atrás.

Como se tornar caminhoneiro nos Estados Unidos

As empresas americanas precisam motoristas de caminhão para transporte de

mercadorias. Por não terem motoristas o suficiente as entregas diárias de todos

os tipos de itens são afetadas, de itens essenciais, como alimentos para

supermercados e gasolina para postos de combustível, ou pedidos on-line que a

Amazon envia aos seus clientes.

É um trabalho que não pode ser executado no estrangeiro e tem o potencial de

elevar o custo dos produtos e, em última instância, afetar a economia dos

EUA. Não é de admirar que as empresas estão dispostas a pagar por isso.

Os salários dos caminhoneiros subiram entre 8% a 12% ao ano nos últimos anos,

de acordo com Bob Costello, economista-chefe do ATA. Isso é muito maior do que

os salários de muitos americanos.

O salário anual médio de um motorista de caminhão que trabalha para uma frota

privada, como motorista de caminhão contratado pela Walmart, é de US$ 73 mil,

de acordo com a ATA.

O Departamento do Trabalho define o salário médio anual para todos os

motoristas de caminhão em torno de US$ 40 mil.

Mas não é um trabalho fácil de se fazer.

Há 1,6 milhão de motoristas de caminhão nos Estados Unidos. Destes, cerca de

750 mil são caminhoneiros “de aluguel”, o que significa que trabalham para uma

empresa de transportes que é contratada por outra empresa, tal como uma cadeia

de supermercados para entregar seu produto. Estes são, por vezes,

caminhoneiros que ficam na estrada por 10 dias antes de voltar para casa, diz

Costello.

Numa época em que os problemas para alcançar um equilíbrio trabalho-vida,

como férias remuneradas e horários flexíveis estão recebendo cuidados na

economia dos EUA, as empresas de transportes são desafiados a contratar e reter

trabalhadores.

Se somarmos a estes problemas o envelhecimento da população ativa e uma falta

de interesse dos jovens trabalhadores, o resultado é um grande déficit.

A média de idade dos condutores é de 49 anos, de acordo com a ATA. A idade

média de todos os trabalhadores dos EUA é de cerca de 42 anos, segundo dados

do Departamento do Trabalho. Costello admite que a indústria está atravessando

a pior dificuldade em reter trabalhadores jovens.

As empresas de transportes também têm dificuldade em recrutar as mulheres,

que se tornaram uma parte importante da força de trabalho nas gerações

anteriores.

As mulheres representam 47% da força de trabalho total dos EUA. No entanto,

apenas 6% de todos os motoristas de caminhão são mulheres, de acordo com o

Ministério do Trabalho e da ATA.

Para se qualificar, os motoristas devem ter pelo menos 21 anos, uma carteira de

motorista de caminhão comercial, passar uma verificação de antecedentes

criminais e um teste de drogas. Estes requisitos não mudaram em anos, dizem

especialistas.

No entanto, o que mudou é que há menos pessoas dispostas a estar na estrada

por vários dias e suportar as longas horas exigidas pelo estilo de vida de

condução do caminhão.

“Eles estão lutando para contratar ou manter os motoristas (jovens)”, diz Charlie

Young, vice-presidente do Trucker Path, uma app para a indústria de transporte.

13.10.2015

Nos EUA, presidente da Volkswagen admite que

manipulação era para ocultar emissões

O presidente do grupo Volkswagen nos Estados Unidos (EUA), Michael Horn,

admitiu que o objetivo do programa de informática ilegal instalado nos sistemas

de controle de gestão dos motores diesel entre 2008 e 2015, era ocultar à Agência

de Proteção Ambiental do país que os automóveis não cumpriam as normas norte-

americanas de emissão de óxido de nitrogênio.

Ele respondeu a uma série de críticas no Congresso dos EUA devido ao escândalo

de manipulação dos motores. Horn falou durante duas horas a integrantes do

Comitê da Câmara dos Representantes para a Energia e o Comércio (EPA).

Deixando muitas perguntas-chave sem resposta, o presidente da empresa

lembrou o seu desconhecimento prévio tanto da manipulação dos motores a

diesel quanto dos detalhes do programa que oculta as emissões reais dos

veículos.

À pergunta do presidente do comitê, um republicano eleito pelo estado da

Pensilvânia, Tim Murphy, se a Volkswagen tinha instalado o programa “com o

objetivo expresso” de ocultar as emissões poluentes, Horn respondeu: “sim, foi

instalado com esse objetivo”.

O executivo alemão, de 51 anos, acrescentou que não teve conhecimento do fato

até 1º de setembro deste ano, dois dias antes de o grupo ter admitido à EPA que

os veículos estavam manipulados e 17 dias antes de o escândalo se tornar

público.

Até agora, Horn garantiu que só sabia que os veículos não cumpriam as normas

de emissão graças a um estudo feito no início de 2014 por investigadores

independentes, mas que a empresa na Alemanha tinha informado que o problema

podia ser resolvido com a instalação de um novo programa de informática.

14.10.2015

Caminhoneiros sob efeito de drogas aumentam riscos de

acidentes

Um dos perigos no trânsito são caminhoneiros que dirigem à base de drogas

proibidas. Isso é muito mais comum do que a gente imagina. E as consequências

costumam ser trágicas. O consumo dessas drogas contribui muito para que o

número de acidentes aumente cada vez mais.

Um estudo do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul mostrou que

30% dos caminhoneiros estavam dirigindo sob efeito de drogas fortes,

principalmente cocaína e rebite, um remédio para emagrecer, proibido no Brasil

há quatro anos, que alguns motoristas de caminhão insistem em usar para tirar o

sono.

A nova Lei dos Caminhoneiros, aprovada no mês de março, obriga o motorista

que vai renovar a carteira, a fazer um exame capaz de identificar se ele usou

drogas nos últimos seis meses.

Pelo menos é o que está previsto na lei, mas essa regra foi adiada e ficou para

janeiro do ano que vem.

15.10.2015

Toyota vai comercializar 100 ônibus a hidrogênio que

devem circular nas Olimpíadas de 2020

Planos da montadora são de vender no ano 30 mil veículos

com tecnologia de menores emissões em 2020 e produzir

apenas automóveis limpos a partir de 2050

A Toyota informou que pretende comercializar em 2020 aproximadamente cem

ônibus movidos por células de combustível a hidrogênio. Os veículos que, em vez

de fumaça liberam vapor d’água re eduzem em 100% as emissões de poluentes,

devem prestar serviços urbanos nas Olimpíadas 2020 de Tóquio e depois do

evento devem permanecer no sistema de transportes japonês.

Mesmo com uma grande rede de transportes sobre trilhos, contando com trens,

metrô, monotrilhos, VLT – Veículos Leves sobre Trilhos, o governo japonês quer

investir cada vez mais em serviços de ônibus menos poluentes. É uma das

maiores frotas do mundo de ônibus elétricos, por exemplo.

O modelo da Toyota foi desenvolvido pela montadora em parceria com Hino

Motors, no Japão.

O sistema dos veículos tem duas pilhas de células de combustível e oito tanques

de hidrogênio somando 480 litros.

As duas baterias podem gerar saída de 114kW.

A Toyota anunciou também uma meta considerada ousada: a partir de 2050 zerar

a produção de veículos a diesel e a gasolina, contanto apenas com tecnologia não

poluente.

Em 2020, a expectativa é de vender 30 mil veículos “limpos”, incluindo o Toyota

Mirai, considerado o primeiro carro de passeio a hidrogênio vendido em larga

escala no mundo.

No Brasil, existem quatro ônibus elétricos-híbridos tendo como fonte de energia o

hidrogênio. Todos estão em testes no Corredor Metropolitano ABD, operado pela

Metra, entre as zonas Sul e Leste da Capital Paulista e a região do ABC.

O primeiro modelo foi apresentado em 1º de julho de 2009 e as três unidades

recentes tiveram apresentação em 15 de junho deste ano.

Nenhum deles opera comercialmente ainda.

Os ônibus foram desenvolvidos por um consórcio internacional com a

participação do Governo do Estado de São Paulo, Governo Federal e de empresas

brasileiras como a Metra, que vai operar os veículos no ABC, a Marcopolo, que fez

as carrocerias, e o Grupo Tutto, que faz a integração dos sistemas de propulsão a

célula de combustível.

No mundo, existem ônibus a hidrogênio em países como Estados Unidos,

Alemanha, Japão e China.

14.10.2015

Alerta: Combustível contaminado com ferro é vendido em

cinco estados

…velas de ignição acumulam resíduos que causam dificuldades de partida, falhas

de funcionamento em médias e altas rotações e elevação da emissão de

poluentes. Além disso, o carro passa a consumir mais.

Também foram detectados sinais de “fuga de corrente” nas peças analisadas,

termo usado na indústria para definir a perda de isolação das velas que reduz a

eficiência na queima de combustível. Por ter alto ponto de fusão, nem mesmo o

funcionamento do motor é capaz de promover a autolimpeza dos itens. “Em casos

de uso prolongado de velas contaminadas por óxido de ferro, a fuga de corrente

cobre a superfície do isolador da peça, o que pode induzir o mecânico a

confundir com uma vela carbonizada”, alerta Hiromori Mori, consultor de

Assistência Técnica da NGK.

A recomendação é substituir o jogo de velas de ignição e inspecionar o sensor de

oxigênio e o catalisador, que também poder estar comprometidos. Outra

orientação da fabricante é verificar a presença do combustível contaminado no

tanque.

14.10.2015

Novo Plano Nacional irá incrementar Controle de

Velocidade nas rodovias federais

Audiência pública realizada hoje detalhou o programa. Investimentos

serão de aproximadamente R$ 2 bilhões

O DNIT realizou na manhã desta quarta-feira (14) audiência pública para a

contratação do Novo Plano Nacional de Controle de Velocidade – PNCV, que prevê

a instalação, operação e manutenção de equipamentos eletrônicos para controle

de velocidade nas rodovias federais.

Na abertura do evento, o Coordenador Geral de Operações Rodoviárias, Alexandre

Fernandes, detalhou o Plano e ressaltou a importância dessa iniciativa da

autarquia para aumentar a segurança dos usuários das rodovias federais. “O novo

programa é uma ferramenta fundamental para a

redução do número de acidentes e também a de

vítimas nas rodovias federais”, enfatizou.

Com investimentos na ordem de R$ 2 bilhões, o

Novo PNCV contará com cerca de 3.500

equipamentos e 7 mil faixas monitoradas. Essa

nova etapa do programa contará com o Sistema

Integrado de Operações Rodoviárias – SIOR, um

sistema de pré-processamento que dará maior

agilidade e eficiência no envio de dados dos

equipamentos ao DNIT.

No novo programa os locais onde estão atualmente instalados os equipamentos

foram mantidos e eliminados aqueles que integram as rodovias do Programa de

Concessões de Rodovias Federais ou que não produziram o resultado esperado,

constatado a partir de um Estudo de Monitoramento da Eficácia. Além disso,

foram avaliados e introduzidos outros locais com grande potencialidade de

ocorrência de acidentes, segundo os anuários do Departamento de Polícia

Rodoviária Federal.

Implantado em 2011, o atual PNCV conta com 3.659 equipamentos eletrônicos

distribuídos nos 52 mil quilômetros de rodovias federais sob responsabilidade do

DNIT. São três tipos de equipamentos, sendo que dois deles funcionam em áreas

urbanas (Controlador de avanço de sinal vermelho e os REVs, também conhecidos

como Lombada Eletrônica). O outro tipo são os radares discretos, instalados nas

áreas rurais das rodovias, com o objetivo manter os veículos dentro dos limites

de velocidade considerados seguros para a via.

16.10.2015

Dez mudanças para o TCA com as novas regras do RNTRC

A CNTA preparou um resumo sobre o que muda para os autônomos

com as novas regras estipuladas pela ANTT para o recadastramento

do registro

Confira o resumo que a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores

Autônomos) preparou sobre o que realmente muda para a categoria

Transportador Autônomo de Cargas (TAC) com as novas regras estipuladas pela

ANTT – Agência Nacional do Transportador Terrestre:

1) Número de Veículos:

Antes da resolução: sem limite de veículos.

Agora: permitido o registro de até três veículos de carga por TAC. Se o

transportador tiver quatro veículos ou mais, ele se encaixa em uma nova

categoria: Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC).

2) Quantidade de motoristas auxiliares:

Antes: Sem limite de motoristas auxiliares.

Agora: Permitido o cadastro de até dois motoristas auxiliares pelo TAC.

3) Primeiro registro:

Antes: Era possível obter somente com a comprovação de experiência

mínima de três anos como motorista (INSS).

Agora: É obrigatório fazer o curso específico para TAC, exclusivamente pelo

Sest/Senat independente da experiência como motorista.

4) Renovação:

Caso já esteja cadastrado no sistema como TAC não precisa fazer curso

específico e nem comprovar experiência.

5) Identificação do veículo:

Adesivos: devem ser colados nas laterais externas da cabine de cada veículo

de carga e de cada reboque e semirreboque, em ambos os lados.

Antes: Letras e números

Agora: tarja de segurança criptografada mais dispositivos de identificação

eletrônica (TAGs), para identificação remota de irregularidades na

documentação, roubo de carga ou veículo.

6) Domicílio:

Antes: antes podia fazer o recadastramento em qualquer ponto de

atendimento do país.

Agora: obrigatoriamente no mesmo município onde o veículo está

registrado no Denatran e na Receita.

7) Mudança de endereço

Antes: podia trocar de endereço durante o recadastramento

Agora: não poderá trocar de endereço durante o recadastramento (somente

nos Detrans)

8) CPF e CNPJ

Antes: Agora: precisa estar com o CPF ou CNPJ ativos na Receita Federal

Agora: permanece igual

9) Contribuição sindical

Deve apresentar comprovante de pagamento do ano vigente.

10) Serviço de Atendimento ao Transportador

Antes: era o telefone da ouvidoria da ANTT

Agora: os pontos de atendimento deverão fornecer um número de telefone e

email sem custo para o transportador que poderá solicitar o conteúdo e

histórico de suas demandas e receber em até 72 horas.

15.10.2015

Maior mistura voluntária de biodiesel no diesel será

permitida em 2016

Conforme a resolução publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira

(14/10), o Conselho Nacional de Política Energética do governo federal autorizou

a comercialização e o uso voluntário de misturas de biodiesel ao óleo diesel em

quantidade superior ao percentual obrigatório a partir de 2016.

Com isso grandes consumidores como frotistas de caminhões ou empresas

ferroviárias que compram combustível diretamente de distribuidoras poderão

economizar quando o biodiesel

estiver mais barato que o diesel

fóssil.Por outro lado, a

resolução proíbe a venda do

diesel com maior mistura nos

postos de combustíveis

enquanto não houver uma

certificação técnica das

montadoras e fábricas de

equipamentos e motores.

Hoje, os postos de

abastecimento brasileiros

vendem diesel com uma mistura

obrigatória de 7% de biodiesel.

Frotas cativas ou consumidores rodoviários atendidos por ponto de

abastecimento terão limites máximos de adição de biodiesel ao óleo diesel de 20%

por cento, no caso do uso voluntário. Para o modal ferroviário, o limite será de

30%, o que vale também para uso agrícola e industrial. O uso experimental poderá

usar 100% de biodiesel.

Segundo o texto publicado, a mistura maior fica condicionada ao atendimento das

disposições complementares estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

13.10.2015

Brasil lança debênture padronizada de infraestrutura com

apoio do Banco Mundial

Nos próximos meses, o Brasil poderá contar com recursos externos para financiar

obras de infraestrutura. A pedido do governo brasileiro, o Banco Mundial lançou

uma debênture (título privado) para empreendimentos em estradas, ferrovias,

portos e aeroportos com recursos de investidores internacionais, principalmente

de fundos de pensão estrangeiros.

Apresentada pelo Banco Mundial à equipe econômica na semana passada, a

debênture foi oficialmente lançada em Lima. O Banco Mundial e o Fundo

Monetário Internacional promoveram na capital peruana a reunião anual com

ministros das Finanças e dirigentes dos bancos centrais dos países-membros.

De acordo com o Ministério da Fazenda e o Banco Mundial, o projeto será iniciado

nos próximos meses, como forma de aumentar o financiamento para concessões

do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo brasileiro. Na

primeira fase, o Banco Mundial aportará US$ 500 milhões no projeto, que terá a

possibilidade de participação de outras agências multilaterais de fomento, como

o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Tesouro Nacional usará o

dinheiro do Banco Mundial para emitir os papéis e subsidiar as garantias.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o instrumento criará oportunidades para

investidores, operadores e construtores nacionais e internacionais. A estrutura de

pagamento da debênture não foi detalhada, mas os investidores que comprarem

os papéis receberão juros atrelados ao rendimento do projeto durante a

construção e a exploração do empreendimento. Além disso, os títulos terão

garantias de alta qualidade. Caso os responsáveis pelo projeto de infraestrutura

deem calote em quem comprar os papéis, os credores poderão receber títulos

públicos federais.

Em nota conjunta do Ministério da Fazenda e do Banco Mundial, Joaquim Levy,

informou que espera que a solução de mercado desenvolvida pelo Banco Mundial

atraia financiamento do setor privado para a infraestrutura brasileira,

aumentando a segurança jurídica dos investidores, aprimorando a qualidade do

projeto e reduzindo as barreiras a novos empreendedores nos leilões de

concessão. O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe,

Jorge Familiar, destacou que o projeto poderá servir de modelo para financiar a

infraestrutura em outros países em desenvolvimento.

O lançamento de instrumentos financeiros para atrair capital estrangeiro para

empreendimentos de infraestrutura tinha sido pedido por Levy em debate com a

diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e com

o governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney. Em abril, o Banco Mundial

tinha anunciado que investiria US$ 1,5 milhão nos estudos para lançar as

debêntures.

15.10.2015

Caminhoneiros usuários de drogas buscam ajuda para

vencer o vício

Caminhoneiros que fazem uso de drogas buscam ajuda do poder público. O uso

dos chamados rebites, comprimidos que ajudam a tirar o sono e causam

dependência, por uma parcela dos caminhoneiros que cruzam as estradas do país

podem levar ao uso de outras drogas mais pesadas e ilegais, como a cocaína e o

crack. Motoristas que se tornaram dependentes buscam ajuda para tentar se livrar

do vício, como mostrou reportagem especial do RBS Notícias nesta quarta-feira

(14).

Do rebite ao crack

A mulher de um caminhoneiros que se viciou em drogas conta que o marido

começou com o rebite. Com o tempo, o comprimido não fazia mais efeito. Foi o

que levou o motorista para o crack e a cocaína.

“Numa dessas viagens, eu fui junto para São Paulo. A gente parou num posto de

gasolina. Aí eu desci do caminhão para procurar ele no banheiro. Ele estava se

drogando. Usando a pedra [crack]. A gente voltou no caminhão, peguei no bolso

dele o cachimbo ainda quente e joguei pela janela e no outro bolso também acho

que era pedra enrolada num papel”, conta a mulher.

O efeito da droga durou horas, ela lembra. “E ele continuou assim, não almoçou

nada, só saiu o efeito mesmo acho que eram umas 22h, que deu fome nele”.

“No momento em que há a ingestão da droga, acabou. A sequela, o resultado, o

malefício vão ser iguais de um de outro”, disse Ildo Rosa, do Conselho Nacional

dos Entorpecentes (Conem), ao comparar o caminhoneiro dependente com outros

usuários.

Dependência

A situação do caminhoneiro do começo da reportagem é de dependência, segundo

a mulher dele. “Ele é um viciado, não quer se tratar, ele não reconhece, ele acha

que pode parar a hora que quer”.

Ele já tentou parar duas vezes se internando em clínicas de recuperação. Em uma

delas, se surpreendeu. “Ele reencontrou os colegas de caminhoneiro, da estrada”.

Começo do vício

Outro caminhoneiro relatou o começo do vício. “Eu comecei a trabalhar com

caminhão, a puxar contêiner. Aí já me apresentaram a cocaína. Nós parávamos,

geralmente eram quatro, cinco caminhoneiros que andavam juntos. Já combinava

no rádio onde a gente ia parar para abastecer, para jantar”.

Segundo ele, o grupo juntava dinheiro. Cada um pegava cinco gramas da droga e

saíam para a estrada.

Outro caminhoneiro que conversou com a RBS TV também entrou nas drogas pelo

mesmo caminho: rebite, cocaína e crack.

“Até conhecer o crack na virada do ano, eu não aceitava que era dependente. Eu

cheirava todo dia. Tanto é que eu parava para almoçar e tinha que tomar uma

cerveja e cheirar. Eu tinha que ter cocaína todo o dia até que eu conheci o crack.

Quando eu conheci o crack acabou, desvastou com a minha vida. Eu caí na real

que eu era dependente”, contou.

Busca por tratamento

A saúde pública conta com um sistema para ajudar na recuperação, os Centros de

Atendimentos Psicossocial (Caps). “Ali, [o dependente] será acolhido por

profissionais de medicina, que terão como avaliar o comprometimento e o nível

de dependência desse usuário de drogas”, diz Ildo Rosa.

Dependendo do diagnóstico, a pessoa pode procurar o Conem para conseguir uma

vaga em uma comunidade terapêutica. É onde o último caminhoneiro citado está

atualmente.

Ele falou de duas razões que o levaram a buscar o tratamento. “Primeiro, pra

minha vida. Pra me ver livre dessa desgraça que é a droga. E segundo porque eu

podia me matar ou matar terceiros aí na estrada, porque andava igual a um

louco”.

O homem ainda quer seguir na antiga profissão de caminhoneiro. “Pretendo voltar

a fazer o que eu fazia, mas sem droga. Sei que não vai ser fácil, vou ter que matar

um leão por dia, mas nada é impossível”.

Por fim, a pedido da reportagem, aconselha os motoristas que viraram

dependentes. “Diria pra fazer o que eu fiz. Pedir ajuda, porque sozinho ninguém

consegue sair, não”.

Para saber mais informações sobre tratamento, é só entrar em contato com o

Conselho Estadual de Entorpecentes. O número é (48) 3224-1101.

AGENDA 2015

Novembro

2ª Conferência Global De Alto Nível

Sobre Segurança No Trânsito (ONU)

18 e 19 de novembro em Brasília

2ª Conferência Paulista de Ecologia e

Transportes - ARTESP

17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo