Fim de Semana ARTESP - edição 29
description
Transcript of Fim de Semana ARTESP - edição 29
15.10.2015
Levy diz que concessões dependem de ajuste fiscal
Orçamento equilibrado pode melhorar ambiente de negócios e atrair
investidores, diz Levy
As concessões de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos à iniciativa privada
dependem do ajuste fiscal para deslanchar, disse hoje (14) o ministro da Fazenda,
Joaquim Levy. Ao encerrar audiência pública na Câmara dos Deputados, ele
reiterou a importância de um Orçamento equilibrado para melhorar o ambiente de
negócios no país e atrair investidores.
"Vamos continuar a trabalhar para acelerar o Plano Nacional de Exportação e o
Programa de Investimentos em Logística. São programas que dependem de
investimento privado. Para isso, precisamos ter um Orçamento claro, seguro, que
vai ser caminho para atrair mais investimento para que as concessões sejam um
sucesso", declarou o ministro na última intervenção na audiência pública, que
durou quatro horas.
Assim como traz efeitos benéficos para a indústria, a alta do dólar também
beneficiará o turismo, disse Levy. Ele ressaltou, no entanto, que as concessões de
aeroportos são essenciais para melhorar a infraestrutura para os visitantes. "O
câmbio vai ajudar o turismo se a gente ajudar com infraestrutura. Os aeroportos
são exemplo para isso", destacou.
O ministro alertou que a aprovação de um Orçamento sem a meta de superávit
primário ¿ economia para pagar os juros da dívida pública ¿ de 0,7% do Produto
Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) pode levar à perda do
controle sobre o tamanho da dívida pública. Segundo Levy, no limite, o Brasil
pode perder o grau de investimento, que funciona como um selo de que não há
risco de o país dar calote na dívida pública.
"Evidentemente, se não tivermos um Orçamento robusto [para o próximo ano],
teremos problema. A questão é que isso terá efeito ruim sobre nossa dívida. Não
ter um Orçamento que garanta o grau de investimento é botar orçamento em
risco. Ninguém quer isso", disse Levy, apelando para que o Congresso aprove
propostas como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), a repatriação de recursos do exterior e as demais medidas que
permitam ao governo ampliar a arrecadação em um ano de crise.
Como em outras ocasiões ao longo da audiência, Levy ressaltou que o Orçamento
equilibrado representa a primeira etapa para a recuperação da economia. As
outras são a recuperação do crédito e da demanda provocada pela melhoria do
ambiente de negócios e a votação de reformas estruturais que aumentem a
produtividade e melhorem a competitividade, como as reformas previdenciária,
tributária e trabalhista.
"O Orçamento de 2016 é robusto, firme, com as receitas necessárias e com
atenção no gasto público. Com o início das reformas estruturais, o [equilíbrio]
fiscal põe a gente no início da recuperação muito rapidamente. Esse é o caminho
para termos mais crédito e reduzir a inflação, dando uma sinalização para ver a
economia voltar a crescer", acrescentou o ministro. "A gente quer que os
carrinhos de compra voltem a estar cheios. Para isso, o que a gente precisa é
desse plano em três etapas."
Simplificação de tributos
Entre as medidas necessárias para recuperar a produção, Levy citou a
simplificação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributos cobrados sobre o
faturamento das empresas.
Ele também citou a unificação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) interestadual, que poria fim à guerra fiscal, e a aprovação das
propostas que permitem a repatriação de recursos mantidos legalmente no
exterior e introduzem a alíquota progressiva de Imposto de Renda sobre ganhos
de capital.
Segundo o ministro, a retomada do crescimento é um trabalho que exige
cooperação não apenas do governo, mas de todos os partidos políticos e setores
da sociedade.
"Equilibrar contas públicas não é trabalho apenas do governo, mas do Brasil. A
gente dar o rumo fiscal é trabalho do Brasil para o Brasil, para cada mãe e cada
criança deste país. Não se trata de decisão partidária, mas de decisões
imprescindíveis para o país voltar a crescer", concluiu o ministro.
14.10.2015
Prefeitura de SP publica edital de licitação dos transportes
Foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (14) o extrato do edital de
licitação dos transportes da cidade de São Paulo. A informação de que o edital
seria lançado esta semana já havia sido passada pelo prefeito Fernando Haddad,
em conversa com internautas em uma transmissão ao vivo no YouTube.
O prazo de concessão será de 20 anos, podendo ser renovados por mais 20. Com
a nova reorganização, o esquema de
linhas da cidade deve mudar, sendo em
três grupos: estrutural, de maior
demanda e entre regiões, local de
articulação, entre bairros, e local de
distribuição, entre os bairros e terminais
locais. A ideia é tornar o sistema mais
ágil e evitar sobreposições de linhas.
Atrasos em partidas
Uma das reclamações recorrentes é a demora nas paradas de ônibus por parte dos
usuários. A nova licitação quer minimizar as ocorrência e prevê um plano de
contingência para atrasos, com a criação de um centro de monitoramento.
“Atrasos na disponibilização de frota afetam o usuário. CCO e Concessionário
deverão em suas rotinas prever planos de contingência para situações
excepcionais” – diz o edital.
Atraso na publicação do edital
Inicialmente o edital de licitação era previsto para 2013. No entanto, com os
protestos realizados em junho daquele ano, onde a pauta que encabeçou as
manifestações era a mobilidade, a prefeitura decidiu por adiar a concorrência e
contratar uma auditoria internacional para “abrir a caixa preta do transporte”. A
prefeitura portanto deve oferecer 9,97% de Taxa Interna de Retorno, que hoje é
em torno de 18%.
Novas tecnologias
As novas empresas devem equipar parte ou toda a frota com ar refrigerado e
conexão Wi-Fi. Na prática parte dos operadores mesmo sem a certeza da
concessão já equiparam os novos veículos com estas funcionalidades.
Frota de trólebus sem ampliação
O número atual de trólebus na cidade deve ficar em torno de 200. Os operadores
questionaram o custo dos veículos elétricos, mas segundo a prefeitura os cálculos
foram considerados nas minutas.
16.10.2015
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES EM SÃO PAULO: Frota de
Trólebus em São Paulo pode ter mais 30 veículos
De acordo com tabela no edital, estão previstos 231 ônibus elétricos
Mesmo estando longe do cumprimento da Lei de Mudanças Climáticas, que em
2009 determinou troca gradual de frota de ônibus em São Paulo para que em 2018
nenhum veículo dependesse mais de combustível fóssil, a licitação dos
transportes da cidade de São Paulo, prevê um número maior de ônibus elétricos
em circulação, mas com um aumento pouco significativo diante da necessidade
de veículos com menores emissões de poluentes.
Integrantes do Movimento Defesa do Trólebus, Matheus Lima e Thiago Silva,
apontaram que na relação de frota proposta pela prefeitura no certame para o lote
05 do Grupo Estrutural, que compreende os trólebus, há uma previsão de 231
veículos elétricos, sendo 137 trólebus de 15 metros e 94 trólebus do tamanho
padrão.
Hoje a frota de trólebus da cidade de São Paulo é de 201 veículos, entre padrons e
padrons de 15 metros.
A prefeitura de São Paulo diz que vai conceder remuneração especial para os
empresários com veículos não poluentes ou menos poluentes, incluindo os
ônibus elétricos puros, que dependem somente de bateria para se movimentar, e
os elétricos híbridos, com dois motores, um a combustão e outro elétrico.
15.10.2015
Fé na recuperação: Mercedes reafirma plano de
investimento no Brasil
Apesar da crise que derrubou a demanda por caminhões ao pior nível em nove
anos, a Mercedes-Benz, maior montadora de veículos comerciais do Brasil,
reiterou ontem o plano de investir € 500 milhões para "preparar" sua filial no país
a uma aguardada recuperação do mercado no futuro - ainda que o prazo dessa
retomada seja incerto para os próprios executivos do grupo.
"No passado, a economia brasileira trouxe resultados fantásticos. Vejo potencial
no país porque o Brasil provou isso no passado. Estamos convencidos de que vai
reagir", disse Stefan Buchner, chefe global da divisão de caminhões da Mercedes,
após participar de evento que apresentou a jornalistas os novos caminhões da
marca nas linhas média, semipesada e extrapesada, que chegam junto com um
aumento de 5% na tabela de preços da montadora.
"Vemos um futuro brilhante nos próximos anos. Para mim, a recuperação do
mercado é uma questão de tempo", acrescentou o executivo, citando a pujança do
agronegócio ao justificar sua expectativa. Ainda que não tenha se arriscado a
projetar quando a indústria de veículos de carga sairá do atoleiro, as declarações
de Buchner deram um tom otimista a um setor que tem convivido com notícias
negativas há quase dois anos.
Em 2015, as vendas de caminhões no Brasil caem 43,9%, levando a produção ao
menor patamar em doze anos. Não muito diferente à média da concorrência, a
Mercedes está vendendo 43% menos do que em 2014.
Mesmo assim, diretores da montadora garantiram que a empresa não vai tirar o
pé do acelerador na execução de projetos já aprovados. Pela cotação do euro na
época em que os investimentos foram anunciados, a Mercedes tem, em reais, um
orçamento de R$ 1,7 bilhão a desembolsar no negócio de caminhões e ônibus
entre 2014 e 2018. Não entra na conta os R$ 500 milhões desembolsados na
construção da fábrica que vai montar carros de luxo no interior paulista a partir
de fevereiro.
Parte desse investimento teve seus frutos revelados ontem, com o lançamento de
novos caminhões. Em tempos de vacas magras, o evento foi realizado na fábrica
de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, porque a montadora não quis gastar
o dobro para apresentar os modelos durante a Fenatran, o principal evento do
setor, que acontece no mês que vem no pavilhão de exposições do Anhembi, na
zona norte da capital paulista.
Mais do que desenvolver novos produtos, o programa contempla a reorganização
das atividades das fábricas da Mercedes, na qual a produção do caminhão leve
Accelo será transferida de Juiz de Fora, em Minas Gerais, para São Bernardo. A
fábrica mineira, nessa reestruturação, passará a concentrar a produção das
cabines de todos os modelos da montadora.
Outra parcela significativa dos investimentos será destinada à modernização da
fábrica do ABC. Ao alinhar a unidade ao padrão tecnológico das melhores fábricas
da multinacional alemã no mundo, Buchner revelou que o objetivo é integrar o
parque industrial paulista à rede global de produção de caminhões do grupo, a
exemplo do que já acontece na fabricação de motores. A partir dessa estratégia, a
produção brasileira teria condições, ao menos técnicas, de complementar
operações da Mercedes na Europa, saindo do cerco da América do Sul, que
absorve quase todas as exportações da filial brasileira. "Temos discutido
intensamente como fazer isso com a equipe de gestores daqui", disse o executivo
ao falar com jornalistas.
Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil, vê risco de o setor não iniciar
uma reação antes de 2018, mas diz que, a despeito da recessão, a montadora não
vai abortar projetos já iniciados. "Projetos de fábricas ou novos produtos têm
ciclo prolongado. Não se muda em um ano. Uma vez iniciado, não se pode parar",
afirmou o executivo, acrescentando que a decisão de investimento também se
fundamenta em objetivos de longo prazo. "Olhamos para os próximos cinco anos
e vemos quais são as necessidades", disse Schiemer.
A montadora já colocou em prática o recente acordo de adesão ao programa de
proteção ao emprego (PPE), o que lhe permite parar as atividades no ABC, sem
remunerar o dia de folga, uma vez por semana. A ferramenta, porém, não
soluciona totalmente o problema de ociosidade da fábrica, que gira ao redor de
40%, enquanto o PPE acertado com os empregados prevê a redução da jornada de
trabalho em até 20%.
Schiemer disse ontem que, pelo ritmo atual, a produção no ABC precisa ser
suspensa oito dias por mês, mais do que os quatro do PPE. A montadora, então,
poderá ter de fazer paradas adicionais às previstas no programa, assumindo,
contudo, nesse caso todo o custo das horas não trabalhadas. A Mercedes ainda
não fechou a programação das férias de fim de ano, mas Schiemer adiantou que a
montadora deverá fechar durante "boa parte" de dezembro. No ano passado,
quando as vendas de caminhões já estavam em baixa, a companhia interrompeu a
produção no ABC e em Juiz de Fora (MG) durante todo o mês de dezembro.
15.10.2015
ANTT regulamenta formas de verificação de veículo vazio
para isenção da cobrança de pedágio
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº
4.898, que dispõe sobre as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a
isenção da cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de
transporte de carga que circulam vazios em rodovias federais concedidas. A
norma está prevista pelo Decreto 8.433/2015, que regulamenta artigos da Lei nº
13.103/2015 (Lei dos Caminhoneiros).
A nova resolução estabelece que a condição de veículo vazio poderá ser verificada
a partir: de avaliação visual; da documentação fiscal associada à viagem; do
Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot); e do peso bruto total do
veículo. A verificação pode ser realizada em cabines específicas de pedágio;
postos de pesagem; por meio de fiscalização pela ANTT ou pela autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a rodovia.
Concessionárias reguladas pela Agência terão o prazo de 90 dias para
apresentarem proposta operacional para a verificação da condição de vazio.
16.10.2015
Moreflex lança aplicativo para calcular custo por
quilômetro rodado do pneu
APP está disponível para celular com sistema Android
A Moreflex acaba de lançar um aplicativo que calcula o custo por quilômetro
rodado (CPK). O objetivo do app, disponível para celular com sistema Android, é
auxiliar os frotistas e os motoristas a
controlar o custo de cada pneu. Para o
diretor comercial e de marketing, Saulo
Gonlçalves, conhecer esses números é
fundamental para saber qual produto oferece
a melhor performance. “O importante neste
momento não é quanto se paga e sim o
quanto se economiza durante a vida da
carcaça. Quanto maior a quilometragem,
menor o custo e maior a economia”, destaca.
15.10.2015
Conheça os trechos mais perigosos de rodovias do país
…pela BR-101, em Serra (ES), com 126 registros. Em seguida, com 125 ocorrências,
está o trecho da mesma rodovia em São José (SC), com 125 casos. Em Caucaia
(CE), a BR-222 é a terceira mais perigosa neste cenário, com 102 casos. No Espírito
Santo, as BRs 101 e 262, em Linhares e Cariacica, respectivamente, figuram a
quarta e quinta posição no ranqueamento, sendo 87 registros na primeira e 82, na
segunda.
Atropelamentos
Os casos de atropelamentos mantiveram frequência em 2014. Foram 4.144
acidentes envolvendo pedestres, dos quais 1.204 resultaram em mortes e 1.912
em vítimas gravemente feridas. No Estado do Paraná, o número de pedestres
mortos representa 11,7% do total.
Entre as regiões, a Sudeste é a que tem mais casos de mortes por atropelamento,
com 33,1% dos registros. Em seguida vem Nordeste, com 31,4%; Sul, com 23,6%;
Centro-Oeste, com 7,8%; e Norte, com 4,3%.
Vinte rodovias concentram 55% dos registros de óbitos de pedestres e a maior
parte dos casos ocorre em trechos urbanos. A BR-116/SP foi a rodovia com a
maior quantidade de pedestres mortos, e a BR-381/SP, a rodovia com a maior
quantidade de mortos por mil quilômetros.
Prejuízo
O Brasil sofre um prejuízo anual de R$ 40 bilhões por acidentes de trânsito.
Estima-se que sejam gastos R$ 647 mil por vítima fatal. Já o acidente com vítima
tem um custo de R$ 90 mil, enquanto que os registros sem feridos trazem
prejuízos de R$ 23 mil. Por meio da pesquisa, constatou-se a necessidade de
desenvolver ações planejadas para reduzir a letalidade no trânsito e reduzir, além
do impacto monetário, os traumas causados às famílias e vítimas.
Só no ano passado, os 170 mil acidentes registrados em rodovias federais
provocaram um prejuízo de R$ 12,3 bilhões. Do total, 64,7% foram relacionados
às vítimas, como cuidados de saúde e perde de produção por conta do tratamento
ou morte. Outros 34,7% estão direcionados aos veículos, como danos materiais e
perdas de cargas, além de custos com a remoção dos automóveis acidentados.
Veja a relação completa dos pontos mais críticos de rodovias brasileiras:
16.10.2015
Financiamento de veículos entre janeiro e setembro cai
13,2%
Ao todo, foram negociadas 4,03 milhões de unidades, considerando
automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas
Conforme dados da Cetip, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames, o
número de financiamentos de veículos novos e usados entre janeiro e setembro
deste ano reduziram 13,2%, para 4,03 milhões de unidades. A pesquisa
considerou automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas.
No mesmo período de 2014 este volume era de 4,65 milhões. Nos nove meses
completos do ano, os financiamentos representaram 41,1% do total das vendas de
veículos novos e transferências de usados no Brasil, que somaram 9,8 milhões de
unidades no período. Em 2014, a proporção dos financiamentos era de 45,8% das
vendas totais.
Do total de veículos novos emplacados este ano (1,95 milhão de unidades), 91,7%
foram financiados, enquanto em usados (7,85 milhões) a proporção é de 28,5% no
acumulado.
A queda total no volume de financiamentos é muito maior nos veículos novos
chegou a 21,8%, para 1,79 milhões de financiados, enquanto o total de usados
parcelados caiu 4,9% no mesmo período, para 2,24 milhões de unidades.
O segmento de caminhões e ônibus novos diminuíram 50,6% em um ano, para
pouco mais de 59 mil unidades. Os usados retraíram 7,6%, para 98,8 mil veículos.
No total, somando novos e usados, o tombo é de 30,3%, para 157,8 mil unidades.
Automóveis e comerciais leves novos e usados somaram 3,15 milhões de
unidades financiadas em nove meses, 12,8% menor que o registrado no período
de 2014. Com 1,10 milhão de unidades, os novos apresentaram desempenho
negativo de 24,6%, enquanto os usados, com 2,05 milhões, diminuíram 12,8%.
14.10.2015
Fabricantes articulam movimento por obrigatoriedade de
extintor
…reverter a resolução do Contran. “Nós temos todos os laudos técnicos que
provam que o extintor é um item importante de segurança, que salva vidas. Então
o Denatran não tem argumento técnico para impor essa regra. Estamos com várias
ações judiciais em andamento e também contamos com a ajuda dos deputados,
para tentarmos reverter essa situação”, ressaltou.
Dossiê
A comitiva apresentou ao secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior,
um dossiê com argumentos contra a decisão do Contran. Eles alegam que a
medida coloca e risco a vida de motoristas baseado em dados do Corpo de
Bombeiros, Polícia Militar, Detrans e seguradoras. “Nós queremos uma avaliação
equilibrada, concreta e justa, pois, atualmente há uma frota de 35 milhões só de
carros de passeio em circulação no Brasil. São 35 milhões de vidas em risco”,
garantiu o presidente da ABRAVEA.
Outro ponto questionado pelo grupo é a razão de os extintores serem obrigatórios
somente para veículos como táxis, caminhões, ônibus e caminhonetes. “As
autoridades que tomaram a decisão da não obrigatoriedade do uso desses
extintores, então, reconhecem que há riscos para a vida e para o patrimônio das
pessoas. Mas só para alguns? Isto é um absurdo. Esta decisão é, no mínimo,
suspeita”, detonam. Para eles, esta decisão deve ser investigada para saber a
quais interesses ela serve”.
O documento mostra que os registros de incêndio em veículos de passeio
aumentaram 140% na comparação entre 2013 e 2014. Traz também estatística da
frota segurada. De 15 milhões de veículos segurados no período, 4 mil pegaram
fogo. “Como a frota total de veículos no País é de 40 milhões, equivale dizer que
10.800 de carros são incendiados por ano”, afirma o presidente.
O que o Contran diz?
A justificativa do Contran sobre o cancelamento da obrigatoriedade do uso de
extintores em carros de passeio é ancorada na estatística da Associação Brasileira
de Engenharia Automotiva, de que, entre 2 milhões de veículos cobertos por
seguros, somente 800 tiveram o incêndio como causa. Desse total, apenas 24
informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.
Além disso, o órgão argumenta que a tecnologia dos veículos para impedir
incêndios avançou bastante em relação a 1968, ano em que a obrigatoriedade do
extintor passou a valer. Os automóveis possuem sistema de corte automático de
combustível em caso de colisão e o tanque de combustível está fora da área de
concentração dos ocupantes do veículo.
13.10.2015
China vai criar pontos de carregamento para 5 milhões de
carros elétricos
O governo chinês anunciou que vai criar pontos de carregamento para 5 milhões
de automóveis elétricos até 2020.
Uma nova determinação divulgada pelo Conselho de Estado estabelece que, para
acelerar a construção das estações de carregamento, vai promover a entrada de
capital privado, incluindo a emissão de títulos ou a participação em fundos de
pensões.
Entre janeiro e agosto, as vendas de carros elétricos e híbridos na China
aumentaram 270% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a
108.654 unidades, segundo números da Associação de Fabricantes de Automóveis
da China.
Ao mesmo tempo, as vendas totais de automóveis nos primeiros oito meses do
ano caíram 0,24%, totalizando 15,01 milhões de unidades.
14.10.2015
Empresas dos Estados Unidos precisam de 50 mil
caminhoneiros, com salários anuais de até 73 mil dólares
De acordo com notícia veiculada no site da CNN Español, haverá uma carência de
cerca de 50.000 motoristas de caminhão nos Estados Unidos até o final deste ano,
de acordo com um novo relatório da American Trucking Association (ATA).
Apenas dois anos atrás, a escassez era de 30.000 motoristas e 20 mil a uma
década atrás.
Como se tornar caminhoneiro nos Estados Unidos
As empresas americanas precisam motoristas de caminhão para transporte de
mercadorias. Por não terem motoristas o suficiente as entregas diárias de todos
os tipos de itens são afetadas, de itens essenciais, como alimentos para
supermercados e gasolina para postos de combustível, ou pedidos on-line que a
Amazon envia aos seus clientes.
É um trabalho que não pode ser executado no estrangeiro e tem o potencial de
elevar o custo dos produtos e, em última instância, afetar a economia dos
EUA. Não é de admirar que as empresas estão dispostas a pagar por isso.
Os salários dos caminhoneiros subiram entre 8% a 12% ao ano nos últimos anos,
de acordo com Bob Costello, economista-chefe do ATA. Isso é muito maior do que
os salários de muitos americanos.
O salário anual médio de um motorista de caminhão que trabalha para uma frota
privada, como motorista de caminhão contratado pela Walmart, é de US$ 73 mil,
de acordo com a ATA.
O Departamento do Trabalho define o salário médio anual para todos os
motoristas de caminhão em torno de US$ 40 mil.
Mas não é um trabalho fácil de se fazer.
Há 1,6 milhão de motoristas de caminhão nos Estados Unidos. Destes, cerca de
750 mil são caminhoneiros “de aluguel”, o que significa que trabalham para uma
empresa de transportes que é contratada por outra empresa, tal como uma cadeia
de supermercados para entregar seu produto. Estes são, por vezes,
caminhoneiros que ficam na estrada por 10 dias antes de voltar para casa, diz
Costello.
Numa época em que os problemas para alcançar um equilíbrio trabalho-vida,
como férias remuneradas e horários flexíveis estão recebendo cuidados na
economia dos EUA, as empresas de transportes são desafiados a contratar e reter
trabalhadores.
Se somarmos a estes problemas o envelhecimento da população ativa e uma falta
de interesse dos jovens trabalhadores, o resultado é um grande déficit.
A média de idade dos condutores é de 49 anos, de acordo com a ATA. A idade
média de todos os trabalhadores dos EUA é de cerca de 42 anos, segundo dados
do Departamento do Trabalho. Costello admite que a indústria está atravessando
a pior dificuldade em reter trabalhadores jovens.
As empresas de transportes também têm dificuldade em recrutar as mulheres,
que se tornaram uma parte importante da força de trabalho nas gerações
anteriores.
As mulheres representam 47% da força de trabalho total dos EUA. No entanto,
apenas 6% de todos os motoristas de caminhão são mulheres, de acordo com o
Ministério do Trabalho e da ATA.
Para se qualificar, os motoristas devem ter pelo menos 21 anos, uma carteira de
motorista de caminhão comercial, passar uma verificação de antecedentes
criminais e um teste de drogas. Estes requisitos não mudaram em anos, dizem
especialistas.
No entanto, o que mudou é que há menos pessoas dispostas a estar na estrada
por vários dias e suportar as longas horas exigidas pelo estilo de vida de
condução do caminhão.
“Eles estão lutando para contratar ou manter os motoristas (jovens)”, diz Charlie
Young, vice-presidente do Trucker Path, uma app para a indústria de transporte.
13.10.2015
Nos EUA, presidente da Volkswagen admite que
manipulação era para ocultar emissões
O presidente do grupo Volkswagen nos Estados Unidos (EUA), Michael Horn,
admitiu que o objetivo do programa de informática ilegal instalado nos sistemas
de controle de gestão dos motores diesel entre 2008 e 2015, era ocultar à Agência
de Proteção Ambiental do país que os automóveis não cumpriam as normas norte-
americanas de emissão de óxido de nitrogênio.
Ele respondeu a uma série de críticas no Congresso dos EUA devido ao escândalo
de manipulação dos motores. Horn falou durante duas horas a integrantes do
Comitê da Câmara dos Representantes para a Energia e o Comércio (EPA).
Deixando muitas perguntas-chave sem resposta, o presidente da empresa
lembrou o seu desconhecimento prévio tanto da manipulação dos motores a
diesel quanto dos detalhes do programa que oculta as emissões reais dos
veículos.
À pergunta do presidente do comitê, um republicano eleito pelo estado da
Pensilvânia, Tim Murphy, se a Volkswagen tinha instalado o programa “com o
objetivo expresso” de ocultar as emissões poluentes, Horn respondeu: “sim, foi
instalado com esse objetivo”.
O executivo alemão, de 51 anos, acrescentou que não teve conhecimento do fato
até 1º de setembro deste ano, dois dias antes de o grupo ter admitido à EPA que
os veículos estavam manipulados e 17 dias antes de o escândalo se tornar
público.
Até agora, Horn garantiu que só sabia que os veículos não cumpriam as normas
de emissão graças a um estudo feito no início de 2014 por investigadores
independentes, mas que a empresa na Alemanha tinha informado que o problema
podia ser resolvido com a instalação de um novo programa de informática.
14.10.2015
Caminhoneiros sob efeito de drogas aumentam riscos de
acidentes
Um dos perigos no trânsito são caminhoneiros que dirigem à base de drogas
proibidas. Isso é muito mais comum do que a gente imagina. E as consequências
costumam ser trágicas. O consumo dessas drogas contribui muito para que o
número de acidentes aumente cada vez mais.
Um estudo do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul mostrou que
30% dos caminhoneiros estavam dirigindo sob efeito de drogas fortes,
principalmente cocaína e rebite, um remédio para emagrecer, proibido no Brasil
há quatro anos, que alguns motoristas de caminhão insistem em usar para tirar o
sono.
A nova Lei dos Caminhoneiros, aprovada no mês de março, obriga o motorista
que vai renovar a carteira, a fazer um exame capaz de identificar se ele usou
drogas nos últimos seis meses.
Pelo menos é o que está previsto na lei, mas essa regra foi adiada e ficou para
janeiro do ano que vem.
15.10.2015
Toyota vai comercializar 100 ônibus a hidrogênio que
devem circular nas Olimpíadas de 2020
Planos da montadora são de vender no ano 30 mil veículos
com tecnologia de menores emissões em 2020 e produzir
apenas automóveis limpos a partir de 2050
A Toyota informou que pretende comercializar em 2020 aproximadamente cem
ônibus movidos por células de combustível a hidrogênio. Os veículos que, em vez
de fumaça liberam vapor d’água re eduzem em 100% as emissões de poluentes,
devem prestar serviços urbanos nas Olimpíadas 2020 de Tóquio e depois do
evento devem permanecer no sistema de transportes japonês.
Mesmo com uma grande rede de transportes sobre trilhos, contando com trens,
metrô, monotrilhos, VLT – Veículos Leves sobre Trilhos, o governo japonês quer
investir cada vez mais em serviços de ônibus menos poluentes. É uma das
maiores frotas do mundo de ônibus elétricos, por exemplo.
O modelo da Toyota foi desenvolvido pela montadora em parceria com Hino
Motors, no Japão.
O sistema dos veículos tem duas pilhas de células de combustível e oito tanques
de hidrogênio somando 480 litros.
As duas baterias podem gerar saída de 114kW.
A Toyota anunciou também uma meta considerada ousada: a partir de 2050 zerar
a produção de veículos a diesel e a gasolina, contanto apenas com tecnologia não
poluente.
Em 2020, a expectativa é de vender 30 mil veículos “limpos”, incluindo o Toyota
Mirai, considerado o primeiro carro de passeio a hidrogênio vendido em larga
escala no mundo.
No Brasil, existem quatro ônibus elétricos-híbridos tendo como fonte de energia o
hidrogênio. Todos estão em testes no Corredor Metropolitano ABD, operado pela
Metra, entre as zonas Sul e Leste da Capital Paulista e a região do ABC.
O primeiro modelo foi apresentado em 1º de julho de 2009 e as três unidades
recentes tiveram apresentação em 15 de junho deste ano.
Nenhum deles opera comercialmente ainda.
Os ônibus foram desenvolvidos por um consórcio internacional com a
participação do Governo do Estado de São Paulo, Governo Federal e de empresas
brasileiras como a Metra, que vai operar os veículos no ABC, a Marcopolo, que fez
as carrocerias, e o Grupo Tutto, que faz a integração dos sistemas de propulsão a
célula de combustível.
No mundo, existem ônibus a hidrogênio em países como Estados Unidos,
Alemanha, Japão e China.
14.10.2015
Alerta: Combustível contaminado com ferro é vendido em
cinco estados
…velas de ignição acumulam resíduos que causam dificuldades de partida, falhas
de funcionamento em médias e altas rotações e elevação da emissão de
poluentes. Além disso, o carro passa a consumir mais.
Também foram detectados sinais de “fuga de corrente” nas peças analisadas,
termo usado na indústria para definir a perda de isolação das velas que reduz a
eficiência na queima de combustível. Por ter alto ponto de fusão, nem mesmo o
funcionamento do motor é capaz de promover a autolimpeza dos itens. “Em casos
de uso prolongado de velas contaminadas por óxido de ferro, a fuga de corrente
cobre a superfície do isolador da peça, o que pode induzir o mecânico a
confundir com uma vela carbonizada”, alerta Hiromori Mori, consultor de
Assistência Técnica da NGK.
A recomendação é substituir o jogo de velas de ignição e inspecionar o sensor de
oxigênio e o catalisador, que também poder estar comprometidos. Outra
orientação da fabricante é verificar a presença do combustível contaminado no
tanque.
14.10.2015
Novo Plano Nacional irá incrementar Controle de
Velocidade nas rodovias federais
Audiência pública realizada hoje detalhou o programa. Investimentos
serão de aproximadamente R$ 2 bilhões
O DNIT realizou na manhã desta quarta-feira (14) audiência pública para a
contratação do Novo Plano Nacional de Controle de Velocidade – PNCV, que prevê
a instalação, operação e manutenção de equipamentos eletrônicos para controle
de velocidade nas rodovias federais.
Na abertura do evento, o Coordenador Geral de Operações Rodoviárias, Alexandre
Fernandes, detalhou o Plano e ressaltou a importância dessa iniciativa da
autarquia para aumentar a segurança dos usuários das rodovias federais. “O novo
programa é uma ferramenta fundamental para a
redução do número de acidentes e também a de
vítimas nas rodovias federais”, enfatizou.
Com investimentos na ordem de R$ 2 bilhões, o
Novo PNCV contará com cerca de 3.500
equipamentos e 7 mil faixas monitoradas. Essa
nova etapa do programa contará com o Sistema
Integrado de Operações Rodoviárias – SIOR, um
sistema de pré-processamento que dará maior
agilidade e eficiência no envio de dados dos
equipamentos ao DNIT.
No novo programa os locais onde estão atualmente instalados os equipamentos
foram mantidos e eliminados aqueles que integram as rodovias do Programa de
Concessões de Rodovias Federais ou que não produziram o resultado esperado,
constatado a partir de um Estudo de Monitoramento da Eficácia. Além disso,
foram avaliados e introduzidos outros locais com grande potencialidade de
ocorrência de acidentes, segundo os anuários do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal.
Implantado em 2011, o atual PNCV conta com 3.659 equipamentos eletrônicos
distribuídos nos 52 mil quilômetros de rodovias federais sob responsabilidade do
DNIT. São três tipos de equipamentos, sendo que dois deles funcionam em áreas
urbanas (Controlador de avanço de sinal vermelho e os REVs, também conhecidos
como Lombada Eletrônica). O outro tipo são os radares discretos, instalados nas
áreas rurais das rodovias, com o objetivo manter os veículos dentro dos limites
de velocidade considerados seguros para a via.
16.10.2015
Dez mudanças para o TCA com as novas regras do RNTRC
A CNTA preparou um resumo sobre o que muda para os autônomos
com as novas regras estipuladas pela ANTT para o recadastramento
do registro
Confira o resumo que a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos) preparou sobre o que realmente muda para a categoria
Transportador Autônomo de Cargas (TAC) com as novas regras estipuladas pela
ANTT – Agência Nacional do Transportador Terrestre:
1) Número de Veículos:
Antes da resolução: sem limite de veículos.
Agora: permitido o registro de até três veículos de carga por TAC. Se o
transportador tiver quatro veículos ou mais, ele se encaixa em uma nova
categoria: Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC).
2) Quantidade de motoristas auxiliares:
Antes: Sem limite de motoristas auxiliares.
Agora: Permitido o cadastro de até dois motoristas auxiliares pelo TAC.
3) Primeiro registro:
Antes: Era possível obter somente com a comprovação de experiência
mínima de três anos como motorista (INSS).
Agora: É obrigatório fazer o curso específico para TAC, exclusivamente pelo
Sest/Senat independente da experiência como motorista.
4) Renovação:
Caso já esteja cadastrado no sistema como TAC não precisa fazer curso
específico e nem comprovar experiência.
5) Identificação do veículo:
Adesivos: devem ser colados nas laterais externas da cabine de cada veículo
de carga e de cada reboque e semirreboque, em ambos os lados.
Antes: Letras e números
Agora: tarja de segurança criptografada mais dispositivos de identificação
eletrônica (TAGs), para identificação remota de irregularidades na
documentação, roubo de carga ou veículo.
6) Domicílio:
Antes: antes podia fazer o recadastramento em qualquer ponto de
atendimento do país.
Agora: obrigatoriamente no mesmo município onde o veículo está
registrado no Denatran e na Receita.
7) Mudança de endereço
Antes: podia trocar de endereço durante o recadastramento
Agora: não poderá trocar de endereço durante o recadastramento (somente
nos Detrans)
8) CPF e CNPJ
Antes: Agora: precisa estar com o CPF ou CNPJ ativos na Receita Federal
Agora: permanece igual
9) Contribuição sindical
Deve apresentar comprovante de pagamento do ano vigente.
10) Serviço de Atendimento ao Transportador
Antes: era o telefone da ouvidoria da ANTT
Agora: os pontos de atendimento deverão fornecer um número de telefone e
email sem custo para o transportador que poderá solicitar o conteúdo e
histórico de suas demandas e receber em até 72 horas.
15.10.2015
Maior mistura voluntária de biodiesel no diesel será
permitida em 2016
Conforme a resolução publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira
(14/10), o Conselho Nacional de Política Energética do governo federal autorizou
a comercialização e o uso voluntário de misturas de biodiesel ao óleo diesel em
quantidade superior ao percentual obrigatório a partir de 2016.
Com isso grandes consumidores como frotistas de caminhões ou empresas
ferroviárias que compram combustível diretamente de distribuidoras poderão
economizar quando o biodiesel
estiver mais barato que o diesel
fóssil.Por outro lado, a
resolução proíbe a venda do
diesel com maior mistura nos
postos de combustíveis
enquanto não houver uma
certificação técnica das
montadoras e fábricas de
equipamentos e motores.
Hoje, os postos de
abastecimento brasileiros
vendem diesel com uma mistura
obrigatória de 7% de biodiesel.
Frotas cativas ou consumidores rodoviários atendidos por ponto de
abastecimento terão limites máximos de adição de biodiesel ao óleo diesel de 20%
por cento, no caso do uso voluntário. Para o modal ferroviário, o limite será de
30%, o que vale também para uso agrícola e industrial. O uso experimental poderá
usar 100% de biodiesel.
Segundo o texto publicado, a mistura maior fica condicionada ao atendimento das
disposições complementares estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
13.10.2015
Brasil lança debênture padronizada de infraestrutura com
apoio do Banco Mundial
Nos próximos meses, o Brasil poderá contar com recursos externos para financiar
obras de infraestrutura. A pedido do governo brasileiro, o Banco Mundial lançou
uma debênture (título privado) para empreendimentos em estradas, ferrovias,
portos e aeroportos com recursos de investidores internacionais, principalmente
de fundos de pensão estrangeiros.
Apresentada pelo Banco Mundial à equipe econômica na semana passada, a
debênture foi oficialmente lançada em Lima. O Banco Mundial e o Fundo
Monetário Internacional promoveram na capital peruana a reunião anual com
ministros das Finanças e dirigentes dos bancos centrais dos países-membros.
De acordo com o Ministério da Fazenda e o Banco Mundial, o projeto será iniciado
nos próximos meses, como forma de aumentar o financiamento para concessões
do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo brasileiro. Na
primeira fase, o Banco Mundial aportará US$ 500 milhões no projeto, que terá a
possibilidade de participação de outras agências multilaterais de fomento, como
o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Tesouro Nacional usará o
dinheiro do Banco Mundial para emitir os papéis e subsidiar as garantias.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o instrumento criará oportunidades para
investidores, operadores e construtores nacionais e internacionais. A estrutura de
pagamento da debênture não foi detalhada, mas os investidores que comprarem
os papéis receberão juros atrelados ao rendimento do projeto durante a
construção e a exploração do empreendimento. Além disso, os títulos terão
garantias de alta qualidade. Caso os responsáveis pelo projeto de infraestrutura
deem calote em quem comprar os papéis, os credores poderão receber títulos
públicos federais.
Em nota conjunta do Ministério da Fazenda e do Banco Mundial, Joaquim Levy,
informou que espera que a solução de mercado desenvolvida pelo Banco Mundial
atraia financiamento do setor privado para a infraestrutura brasileira,
aumentando a segurança jurídica dos investidores, aprimorando a qualidade do
projeto e reduzindo as barreiras a novos empreendedores nos leilões de
concessão. O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe,
Jorge Familiar, destacou que o projeto poderá servir de modelo para financiar a
infraestrutura em outros países em desenvolvimento.
O lançamento de instrumentos financeiros para atrair capital estrangeiro para
empreendimentos de infraestrutura tinha sido pedido por Levy em debate com a
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e com
o governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney. Em abril, o Banco Mundial
tinha anunciado que investiria US$ 1,5 milhão nos estudos para lançar as
debêntures.
15.10.2015
Caminhoneiros usuários de drogas buscam ajuda para
vencer o vício
Caminhoneiros que fazem uso de drogas buscam ajuda do poder público. O uso
dos chamados rebites, comprimidos que ajudam a tirar o sono e causam
dependência, por uma parcela dos caminhoneiros que cruzam as estradas do país
podem levar ao uso de outras drogas mais pesadas e ilegais, como a cocaína e o
crack. Motoristas que se tornaram dependentes buscam ajuda para tentar se livrar
do vício, como mostrou reportagem especial do RBS Notícias nesta quarta-feira
(14).
Do rebite ao crack
A mulher de um caminhoneiros que se viciou em drogas conta que o marido
começou com o rebite. Com o tempo, o comprimido não fazia mais efeito. Foi o
que levou o motorista para o crack e a cocaína.
“Numa dessas viagens, eu fui junto para São Paulo. A gente parou num posto de
gasolina. Aí eu desci do caminhão para procurar ele no banheiro. Ele estava se
drogando. Usando a pedra [crack]. A gente voltou no caminhão, peguei no bolso
dele o cachimbo ainda quente e joguei pela janela e no outro bolso também acho
que era pedra enrolada num papel”, conta a mulher.
O efeito da droga durou horas, ela lembra. “E ele continuou assim, não almoçou
nada, só saiu o efeito mesmo acho que eram umas 22h, que deu fome nele”.
“No momento em que há a ingestão da droga, acabou. A sequela, o resultado, o
malefício vão ser iguais de um de outro”, disse Ildo Rosa, do Conselho Nacional
dos Entorpecentes (Conem), ao comparar o caminhoneiro dependente com outros
usuários.
Dependência
A situação do caminhoneiro do começo da reportagem é de dependência, segundo
a mulher dele. “Ele é um viciado, não quer se tratar, ele não reconhece, ele acha
que pode parar a hora que quer”.
Ele já tentou parar duas vezes se internando em clínicas de recuperação. Em uma
delas, se surpreendeu. “Ele reencontrou os colegas de caminhoneiro, da estrada”.
Começo do vício
Outro caminhoneiro relatou o começo do vício. “Eu comecei a trabalhar com
caminhão, a puxar contêiner. Aí já me apresentaram a cocaína. Nós parávamos,
geralmente eram quatro, cinco caminhoneiros que andavam juntos. Já combinava
no rádio onde a gente ia parar para abastecer, para jantar”.
Segundo ele, o grupo juntava dinheiro. Cada um pegava cinco gramas da droga e
saíam para a estrada.
Outro caminhoneiro que conversou com a RBS TV também entrou nas drogas pelo
mesmo caminho: rebite, cocaína e crack.
“Até conhecer o crack na virada do ano, eu não aceitava que era dependente. Eu
cheirava todo dia. Tanto é que eu parava para almoçar e tinha que tomar uma
cerveja e cheirar. Eu tinha que ter cocaína todo o dia até que eu conheci o crack.
Quando eu conheci o crack acabou, desvastou com a minha vida. Eu caí na real
que eu era dependente”, contou.
Busca por tratamento
A saúde pública conta com um sistema para ajudar na recuperação, os Centros de
Atendimentos Psicossocial (Caps). “Ali, [o dependente] será acolhido por
profissionais de medicina, que terão como avaliar o comprometimento e o nível
de dependência desse usuário de drogas”, diz Ildo Rosa.
Dependendo do diagnóstico, a pessoa pode procurar o Conem para conseguir uma
vaga em uma comunidade terapêutica. É onde o último caminhoneiro citado está
atualmente.
Ele falou de duas razões que o levaram a buscar o tratamento. “Primeiro, pra
minha vida. Pra me ver livre dessa desgraça que é a droga. E segundo porque eu
podia me matar ou matar terceiros aí na estrada, porque andava igual a um
louco”.
O homem ainda quer seguir na antiga profissão de caminhoneiro. “Pretendo voltar
a fazer o que eu fazia, mas sem droga. Sei que não vai ser fácil, vou ter que matar
um leão por dia, mas nada é impossível”.
Por fim, a pedido da reportagem, aconselha os motoristas que viraram
dependentes. “Diria pra fazer o que eu fiz. Pedir ajuda, porque sozinho ninguém
consegue sair, não”.
Para saber mais informações sobre tratamento, é só entrar em contato com o
Conselho Estadual de Entorpecentes. O número é (48) 3224-1101.