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Agrupamento de Escolas Fernão do Pó Folha informativa II I Série n.º 4 Janeiro de 20 10 EDITORIAL – O Desporto Escolar A prática desportiva integra há muito o currículo escolar mas, o seu papel na formação dos jovens, tem vindo a ganhar um relevo crescente. A criação do Desporto Escolar é a melhor evidência disso mesmo. A par do desenvolvimento de competências físico-motoras, a Educação Física e a prática do desporto em geral constituem-se, hoje, como excelente contexto para o desenvolvimento de competências sociais. Antes de mais, pela criação de hábitos de vida saudáveis mitigadores do stress e tantas vezes compensatórios de rituais alimentares criados pelo ritmo que a vida moderna impõe e pelo acesso simples e rápido a alimentos hipercalóricos. A competição saudável e o espírito de equipa são valores em decadência na nossa sociedade. Do meu ponto de vista, é na prática desportiva que reside a esperança de conseguirmos reforçar tais valores e de trazermos à tona, por vezes no contexto da equipa, o melhor de cada um. Se é certo que nas competições desportivas ao mais alto nível, nomeadamente nas que se encontram associadas a contextos financeiros milionários, muito do espírito mais saudável já se perdeu, nas competições amadoras, nas escolas e em particular no Desporto Escolar, “mantém-se acesa a chama olímpica”. «No Desporto Escolar todos podem participar sem limitações e todos podem ser grandes atletas quando se entregam de corpo e alma, vendo o seu esforço transformar-se em sucesso. Mesmo aqueles que, aparentemente, estariam limitados pelo facto de serem portadores de algum tipo de deficiência.» Gostaria ainda de sublinhar o papel do Desporto Escolar enquanto actividade integradora e de criação de laços entre as pessoas e entre estas e as instituições a que pertencem. Nos dias e/ou nas manhãs desportivas respira-se um ar diferente na escola. Todos o sentimos embora nem sempre o saibamos explicar. As crianças e os jovens apresentam-se com um semblante diferente do habitual e que deixa transparecer alegria e satisfação. Cria-se um clima de grande positividade que, para muitos alunos, infelizmente, se constituem como raros momentos de felicidade na escola. Por outro lado, a existência de quadros competitivos e de uma intensa actividade interna com grande [email protected] O NATAL O Natal fantástico Fantástico é o pinheiro Pinheiro bonito, Bonito é o brilho das estrelas Estrelas tão brilhantes! Brilhantes são as luzes Luzes que enfeitam as ruas, Ruas maravilhosas. Maravilhosas festas Festas natalícias Natalícias de Natal Natal de nascimento Nascimento de Jesus. (Francisca Silva - 3º ano CVL1) i i n n f f o o r r m m a a t t i i v v a a F F o o l l h h a a dinâmica de equipas, cria nos alunos sentimentos de pertença que os ajuda a identificarem-se com a escola a que pertencem e sentirem-se melhor quando lá estão. Por outro lado, todos podem participar sem limitações e todos podem ser grandes atletas quando se entregam de corpo e alma, vendo o seu esforço transformar-se em sucesso. Mesmo aqueles que, aparentemente, estariam limitados pelo facto de serem portadores de algum tipo de deficiência. O nosso aluno Nelson Nunes é um exemplo neste domínio e gostaria de publicamente expressar, enquanto Director do Agrupamento, o orgulho que todos sentimos pela distinção que recebeu como aluno do ano na área da Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Emanuel Vilaça Director do AEFP

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n.º 5, série III, Março de 2010

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EDITORIAL – O Desporto Escolar

A prática desportiva integra há muito o currículo escolar mas, o seu papel na formação dos jovens, tem vindo a ganhar um relevo crescente. A criação do Desporto Escolar é a melhor evidência disso mesmo.

A par do desenvolvimento de competências físico-motoras, a Educação Física e a prática do desporto em geral constituem-se, hoje, como excelente contexto para o desenvolvimento de competências sociais. Antes de mais, pela criação de hábitos de vida saudáveis mitigadores do stress e tantas vezes compensatórios de rituais alimentares criados pelo ritmo que a vida moderna impõe e pelo acesso simples e rápido a alimentos hipercalóricos. A competição saudável e o espírito de equipa são valores em decadência na nossa sociedade. Do meu ponto de vista, é na prática desportiva que reside a esperança de conseguirmos reforçar tais valores e de trazermos à tona, por vezes no contexto da equipa, o melhor de cada um. Se é certo que nas competições desportivas ao mais alto nível, nomeadamente nas que se encontram associadas a contextos financeiros milionários, muito do espírito mais saudável já se perdeu, nas competições amadoras, nas escolas e em particular no Desporto Escolar, “mantém-se acesa a chama olímpica”.

«No Desporto Escolar todos podem participar sem limitações e todos podem ser grandes atletas quando se entregam de corpo e alma, vendo o seu esforço transformar-se em sucesso. Mesmo aqueles que, aparentemente, estariam limitados pelo facto de serem portadores de algum tipo de deficiência.»

Gostaria ainda de sublinhar o papel do Desporto Escolar enquanto actividade integradora e de criação de laços entre as pessoas e entre estas e as instituições a que pertencem. Nos dias e/ou nas manhãs desportivas respira-se um ar diferente na escola. Todos o sentimos embora nem sempre o saibamos explicar. As crianças e os jovens apresentam-se com um semblante diferente do habitual e que deixa transparecer alegria e satisfação. Cria-se um clima de grande positividade que, para muitos alunos, infelizmente, se constituem como raros momentos de felicidade na escola. Por outro lado, a existência de quadros competitivos e de uma intensa actividade interna com grande

[email protected]

O NATAL O Natal fantástico Fantástico é o pinheiro Pinheiro bonito, Bonito é o brilho das estrelas Estrelas tão brilhantes! Brilhantes são as luzes Luzes que enfeitam as ruas, Ruas maravilhosas. Maravilhosas festas Festas natalícias Natalícias de Natal Natal de nascimento Nascimento de Jesus.

(Francisca Silva - 3º ano CVL1)

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dinâmica de equipas, cria nos alunos sentimentos de pertença que os ajuda a identificarem-se com a escola a que pertencem e sentirem-se melhor quando lá estão. Por outro lado, todos podem participar sem limitações e todos podem ser grandes atletas quando se entregam de corpo e alma, vendo o seu esforço transformar-se em sucesso. Mesmo aqueles que, aparentemente, estariam limitados pelo facto de serem portadores de algum tipo de deficiência.

O nosso aluno Nelson Nunes é um exemplo neste domínio e gostaria de publicamente expressar, enquanto Director do Agrupamento, o orgulho que todos sentimos pela distinção que recebeu como aluno do ano na área da Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Emanuel Vilaça Director do AEFP

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A NOSSA IDA À FEIRA DO LIVRO No dia 4 de Dezembro fomos à Feira do Livro na Escola sede do Agrupamento Fernão do Pó.

Quando chegámos entrámos na biblioteca para vermos os livros. Todos puderam ver, desfolhar e ler os livros que estavam expostos. Lá encontrámos alguns livros que já tínhamos trabalhado na sala de aula, por exemplo: “O livro que só queria ser lido”, “Gosto deles porque sim”.

Alguns alunos tinham levado dinheiro e escolheram um livro para comprar e ler. A seguir a professora Clara leu-nos uma história que gostava muito chamada “O abeto de Natal” que queria ser mastro de um barco mas acabou por ser uma árvore de Natal.

Conversámos um pouco e entretanto fomos para a carrinha para regressar à nossa escola.

3º e 4º anos – CVL1

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De seguida e já a sentirmo-nos “Reis Magos”, cantámos uma canção alusiva aos Reis, só que o refrão tinha um ritmo um pouco difícil. Valeu-nos a ajuda de dois colegas que já sabiam a canção e, desse modo, facilitaram-nos um pouco a tarefa. - Mas querem saber mais? O melhor estava para vir. A professora tinha uma surpresa – um Bolo-Rei – Que delícia!

E, apesar da nossa barriguita ainda estar cheia de doces do Natal e Ano Novo, não podem calcular como foi tão bom comer aquela fatia. Todos comeram e adoraram, pelo que se verificava nos sorrisos estampados nos nossos rostos. Ao Gabriel, até lhe “calhou” o brinde, um anjo para colocar no presépio. Só queria que vissem como ele ficou todo contente! Para mais tarde recordar … tirámos algumas fotografias! Todos estamos de acordo de que a escola é o melhor lugar para se festejar o dia de Reis.

Alunos do 4º ano Turma BBR2

O DIA DE REIS NA ESCOLA O dia de Reis na nossa Escola foi um dos melhores do Mundo! Foi uma manhã que decorreu dentro da normalidade, igual a tantas outras: falámos sobre a importância desse dia e lemos um texto dos três Reis Magos: Gaspar, Belchior e Baltazar. Segundo a tradição, a Estrela de Belém guiou os Reis Magos durante vários dias, desde o Oriente até ao local onde Jesus nasceu, levando ouro, incenso e mirra para oferecer a Jesus que tinha nascido numa gruta.

À tarde, quando terminámos as tarefas, a professora deu-nos uma coroa para recortar e seguidamente, nós, com todo o nosso gosto e carinho fomos enfeitá-la. Apesar das várias propostas para a embelezar,

desde papel prateado e dourado e até aos marcadores ou tintas, cada um de nós escolheu o que achou melhor. Ficaram lindas! Entretanto e à medida que íamos terminando as coroas, a professora ia aplicando agrafos para de seguida as colocarmos nas nossas cabeças. Era um espanto como estavam as nossas coroas e feitas por nós. Que orgulho!

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CHRISTMAS TEA

Mais um mês de Dezembro passou trazendo com ele o sempre aguardado Christmas Tea, recheado de Scones, Bolo Inglês e chá e que teve a participação dos alunos do Curso de Cozinha e do Curso de Empregados de Mesa. Esta actividade, da Secção de Línguas Germânicas da Escola Básica e Secundária Fernão do Pó, realizou-se no passado dia 17. Não podemos deixar de agradecer aos alunos e aos formadores que se disponibilizaram para confeccionar e servir este excelente Chá.

Luísa Martins, Professora de Inglês

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A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s F e r n ã o d o P ó � F o l h a i n f o r m a t i v a I I I S é r i e n . º 4 J a n e i r o d e 2 0 1 0

2010 – ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE

Mas afinal de que se trata? A biodiversidade engloba toda a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no planeta. Actualmente assiste-se a uma perda constante deste conjunto, com extinções e destruições com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. O Comissário Europeu do Ambiente, Stavros Dimas, referiu-se a este flagelo desta forma: "parar a perda de biodiversidade é uma absoluta prioridade para a União Europeia e um objectivo essencial para a Humanidade". Por isso, os líderes europeus estabeleceram o objectivo de travar a perda de biodiversidade na Europa e a recuperação dos habitats e sistemas naturais até 2010 – ano que ficará inteiramente marcado pelas comemorações dedicadas ao tema. Neste sentido, Portugal está a criar uma Comissão Nacional, que será presidida pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade. A nível nacional e europeu, está previsto um conjunto de medidas legislativas que irão incidir em medidas de protecção específicas para as espécies e habitats importantes. Para o Ano Internacional da Biodiversidade, está previsto um conjunto de políticas a nível nacional, comunitário e europeu. Segundo a Agência Europeia do Ambiente (AEA), as várias políticas incidem em medidas de protecção específicas para espécies e habitats importantes. O Ano Internacional da Biodiversidade vai ser também comemorado no nosso Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, através de diversas iniciativas promovidas pelo Clube Eco-Escolas. Exposições, Concursos de fotografia, Comemoração da semana da Floresta, Comemoração do Internacional da Biodiversidade, Edições especiais da Folha Verde e visitas de estudo.

Carlos Monteiro , Professor de Biologia e Geologia, Eco-Escolas.

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PÁGINA DAS CIÊNCIAS

Na verdade o acordo alcançado, ao não ter carácter vinculativo, bem pode deitar tudo a perder, pois como diz o nosso povo “de boas intenções está o inferno cheio”. Resta aos cidadãos a possibilidade de decidirem alterar o seu modo de vida, optando por uma praxis ambiental mais amiga do ambiente, diminuindo assim a sua pegada ecológica individual (acção individual, pensamento global). Ou então, continuaremos alegremente com o modelo económico herdado, predando todos os recursos possíveis do planeta e fundando uma nova Ilha da Páscoa. A natureza encarregar-se-á de nos bater à porta com violência e cobrar a factura que as rochas do passado documentam. Como disse o Padre António Vieira no célebre Sermão de Santo António aos Peixes: “Não é tudo isto verdade? Ainda mal.”

EMISSÕES DE CO2 : Só aquecimento global?

“Vamos ter, isso sim, um clima mais irregular, com fenómenos extremos mais violentos (secas, chuvas, ciclones e canículas) e alteração do padrão de circulação atmosférica com a natural criação de correntes de bloqueio que interferirão quer nas correntes atmosféricas, quer nas correntes oceânicas.”

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera, motivado segundo alguns cientistas, pelas actividades antrópicas, principalmente as associadas à queima de combustíveis fósseis, interfere de facto com um fenómeno atmosférico já conhecido, designado de “Efeito de estufa”. De concreto sabemos também que a alteração da composição química da atmosfera, através do aumento da concentração de CO2, provocará igualmente um aumento da temperatura da água dos oceanos. Este excesso de CO2 irá também ser absorvido pela água do mar o que a tornará mais ácida, interferindo na capacidade de muitos seres marinhos produzirem as suas protecções estruturais, (esqueletos externos), incluindo as amêijoas e os corais, organismos-chave no funcionamento dos oceanos. Por outro lado, é sabido que actualmente, mesmo em águas portuguesas, o nível de diminuição do fitoplâncton é preocupante e este constitui a base da cadeia alimentar dos oceanos. E os cientistas acrescentam: “Estas alterações na química dos oceanos são irreversíveis por muitos milhares de anos e as consequências biológicas podem durar ainda mais tempo”. Ao nível meteorológico que não fique a ideia errada de que com o aquecimento global iremos ter um clima mais ameno e favorável a férias. Esta ideia não poderia estar mais errada. Vamos ter, isso sim, um clima mais irregular, com fenómenos extremos mais violentos (secas, chuvas, ciclones e canículas) e alteração do padrão de circulação atmosférica com a natural criação de correntes de bloqueio que interferirão quer nas correntes atmosféricas, quer nas correntes oceânicas. A corrente de água vinda do Golfo do México, responsável pelo nosso inverno ameno, ao cessar, transporta-nos para uma idade dos gelos. Isso

já aconteceu e voltará a acontecer. Infelizmente, e apesar de todo este conhecimento, o alerta emitido por cientistas de

academias de todo o mundo, durante uma reunião preparatória da Conferência de Copenhaga, parece não ter surtido efeito nos líderes dos políticos mundiais.