FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Disciplina: Fisiologia Docente: Ana Claudia Pelizon.
Fisiologia do Hipotßlamo
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FISIOLOGIA DO HIPOTÁLAMO
HIPOTÁLAMO
Região encefálica abaixo do tálamo e responsável pela integração de muitospadrões comportamentais básicos que envolvem correlação da função neural eendócrina, especialmente aqueles relacionados com a regulação do meio interno.
SISTEMA LÍMBICO
O sistema límbico faz o controle do comportamento emocional. O termolímbico significa “borda”. Originalmente a sistema límbico foi usado para descrever as estruturas limites das regiões basais do cérebro.
O hipotálamo tem vias de comunicação com todos os níveis no sistemalímbico e representa menos de 1% da massa encefálica; porém é uma das maisimportantes vias eferentes motoras do sistema límbico. Ele controla a maioria dasfunções vegetativas e endócrinas do organismo, bem como muitos aspectos docomportamento emocional.
CENTROS DE CONTROLE DO HIPOTÁLAMO
Posteriores:
1. Hipotálamo posterior: - aumenta a pressão arterial- dilatação pupilar - calafrios
2. Núcleo dorsomedial: - estimulação gastrointestinal
3. Núcleo perifornical: - fome- raiva- pressão arterial
4. Núcleo ventromedial: - saciedade- controle neuroendócrino
5. Corpo mamilar: - reflexos mamilares
6. Zona periventricular: - controle neuroendócrino
Área hip. lateral: - sede e fome
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Anteriores:
7. Núcleo pré-ventricular: - liberação de ocitocina
- conservação de água
8. Área pré-óptica medial: - contração da bexiga- diminui freq. cardíaca- diminui pressão arterial
9. Núcleo supraóptico: - conservação de água
10. Área pré-óptica posterior e hipotalâmica anterior: - regulação da temperatura- sudorese- respiração
DESCRIÇÃO GERAL DAS FUNÇÕES VEGETATIVAS E DE CONTROLEHIPOTALÂMICO
Regulação cardiovascular
A estimulação de diferentes áreas em todo o hipotálamo pode provocar todoe qualquer tipo conhecido de efeito neurogênico sobre o sistema cardiovascular.
Regulação de água corporal
O hipotálamo regula água corporal por dois meios distintos:• Por controlar a sensação de sede, o que leva o animal a beber água;• Por controlar a perda de água na urina.
Quando os eletrólitos no interior dos neurônios ficam muito concentrados, oanimal apresenta desejo intenso de beber água. Ele procurará e beberá águasuficiente para fazer com que a concentração eletrolítica dos neurônios do centro da
sede retorne a seu valor normal.O controle da excreção renal de água está restrito, em grande parte ao
núcleo supra-ótico. Quando os líquidos corporais ficam excessivamenteconcentrados, os neurônios dessa região são estimulados. As fibras nervosasdesses neurônios se projetam para baixo, passando pelo infundíbulo até a hipófise,produzindo hormônio antidiurético, aumentando a reabsorção de água pelos ductoscoletores e consequentemente deixando a urina mais concentrada.
Regulação da temperatura corporal A parte anterior do hipotálamo, em especial a área pré-ótica, está
relacionada à regulação da temperatura corporal. O aumento da temperatura do
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sangue que flui para essa área aumenta a atividade dos neurônios sensíveis àtemperatura, enquanto a redução da temperatura diminui a sua atividade.
Aferentes de receptores cutâneos para o frio, células sensíveis à
temperatura no hipotálamo; centro integradores; hipotálamo anterior (resposta aocalor) e hipotálamo posterior (resposta ao frio) são responsáveis pela regulação datemperatura corporal.
Apesar dos sinais emitidos pelos receptores térmicos do hipotálamo seremextremamente potentes para o controle da temperatura corporal, os receptores paraoutras partes do organismo também desempenham papéis importantes na regulaçãoda temperatura. Isso é observado particularmente nos receptores térmicos na pele ede alguns tipos profundos específicos. Os receptores corporais profundos tambémsão encontrados em certas partes do organismo, sobretudo na medula espinhal, nasvísceras abdominais e no interior e ao redor dos grandes vasos.
Mecanismos que reduzem a temperatura quando o corpo está excessivamentequente:
O sistema de controle térmico emprega três mecanismos importantes parareduzir o calor do organismo quando a temperatura corporal está excessivamentequente:
- Vasodilatação: em quase todas as áreas do corpo os vasos sangüíneoscutâneos sofrem intensa dilatação. Este processo é causado pela inibição doscentros simpáticos eferentes motores no hipotálamo posterior, responsáveis pela
vasoconstrição. A vasodilatação pode aumentar a velocidade de transferência decalor para a pele por até 8 vezes.- Sudorese: o aumento adicional de um grau na temperatura corporal
provoca sudorese suficiente para remover dez vezes mais calor que o normal.- Diminuição da produção de calor: os mecanismos que causam produção
excessiva de calor como calafrios e termogênese química, fecal fortemente inibidos.
Mecanismos que aumentam a temperatura quando o corpo estáexcessivamente frio:
Quando o organismo fica excessivamente frio, o sistema de controle datemperatura desencadeia processos exatamente opostos aos supracitados. Essesmecanismos:
- Vasoconstrição: vasoconstrição periférica ou cutânea em todo organismo.É causada pela estimulação dos centros simpáticos eferentes motores dohipotálamo posterior.
- Piloereção: este termo refere-se aos “ pêlos eriçados”. A estimulaçãosimpática provoca a contração dos músculos eretores dos pêlos inervados nosfolículos pilosos, colocando esses pelos na posição vertical. A projeção vertical dospêlos permite-lhes reter uma espessa camada de ar isolante em contato com a pele,de modo que a transferência de calor para o meio ambiente fica muito reduzida.
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- Mecanismos de produção de calor: a produção de calor pelos sistemasmetabólicos aumenta a promover: - calafrios
- excitação simpática para prod. de calor
- secreção de tiroxina
• Calafrios: aumento do tônus da musculatura esquelética que leva atremer ou ter calafrios com conseqüente geração de calor.
• Excitação química simpática para produção de calor: Tanto aestimulação simpática quanto a epinefrina e a norepinefrina ou adrenalina enoradrenalina circulantes no sangue podem causar aumento imediato dometabolismo celular produzindo um efeito chamado de termogênese química. Estaresulta pelo menos em parte da norepinefrina e epinefrina ou de adrenalina enoradrenalina de desacoplar a fosforilação oxidativa, de modo que os alimentos emexcesso são oxidados com conseqüente liberação de energia sob a forma de calor.
• Aumento da produção de tiroxina: o esfriamento da área hipotalâmicaanterior e pré-óptica do hipotálamo também aumenta a produção do hormônioneurosecretor que é transportado pelas veias porta hipotalâmicas até aadenohipófise, que produzirá o hormônio tireoestimulante que será transportado atéa tireóide que por sua vez produzirá a tiroxina. O aumento da tiroxina determina oaumento do metabolismo celular por todo organismo, constituindo um mecanismo determogênese química. A exposição dos animais ao frio intenso por várias semanaspode determinar o aumento da glândula tireóide de 20 a 40%.
Regulação gastrointestinal e da ingestão de alimentos
A estimulação de diversas áreas do hipotálamo faz com que o animal sintafome extrema, apetite voraz e desejo intenso pela busca de alimento.
A área mais associada a fome é a área hipotalâmica lateral.. um centro quese opõe ao desejo de alimento, chamado centro da saciedade, fica situado nonúcleo ventromedial. Quando esses centro é estimulado, o animal que estiver comendo irá interromper abruptamente a ingestão de alimento e se tornaráindiferente a ele. Outra área intimamente associada ao hipotálamo e que participa docontrole geral da atividade gastrointestinal corresponde aos corpos mamilares, elescontrolam os padrões de muitos reflexos alimentares, tais como lamber os lábios e a
deglutição.
Fome: refere-se a um forte desejo de alimento, que está associado adiversas sensações objetivas. Por exemplo, um animal que passou muitas horassem se alimentar, o estômago sofre contrações rítmicas, conhecidas comocontrações da fome. Essas contrações provocam sensação de aperto ou deconstrição na região anterior do estômago causando o que se chama “dor da fome”.
Apetite: esse termo é quase sempre usado com o mesmo sentido da fome,exceto que, em geral, implica o desejo de certos tipos de alimentos, e não dequalquer nutriente. Assim, o apetite ajuda a pessoa a escolher a qualidade dosalimentos que irá ingerir.
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Saciedade: é o oposto da fome. Significa uma sensação de plenitude emrelação a necessidade de alimentos. Em geral, a saciedade surge após refeição
completa, em particular quando os depósitos de armazenamento nutricional, isto é, otecido adiposo e as reservas de glicogênio já estão repletos.
Centros neurais para regulação da ingestão de alimentos
Centro da fome e da saciedade
A estimulação do hipotálamo lateral faz com que o animal coma comvoracidade, constituindo a hiperfagia. Por outro lado, a estimulação dos núcleosventromediais do hipotálamo produz saciedade completa, e até mesmo na presençade alimento altamente apetitoso, o animal irá recusar, constituindo a afagia. Aslesões das duas áreas causam efeitos opostos:
• lesões ventromediais determinam ingestão voraz e contínua até oanimal ficar extremamente obeso.
• lesões dos núcleos laterais levam ou determinam a ausência total dodesejo de alimento, como conseqüência, a inanição. Por conseguinte, podemosrotular os núcleos laterais do hipotálamo como centros da fome ou alimentação, e osnúcleos ventromediais como centro da saciedade.
Fatores que regulam a ingestão de alimentos
• Regulação nutricional - (longo prazo)• Regulação alimentar (curto prazo)
Regulação nutricional – Longo Prazo
Está relacionada primariamente com a manutenção de quantidades normaisde reservas nutritivas no organismo.
Estudos neurofisiológicos da função do hipotálamo também se apoiam às
teorias glicostáticas, aminostático e lipostática, com base nas seguintesobservações:
• a elevação do nível de glicemia aumenta a freqüência de descarga dosneurônios glicorreceptores no centro da saciedade do núcleo ventromedial dohipotálamo;
• a mesma elevação do nível de glicemia diminui a descarga deneurônios glicossensíveis no centro da fome no hipotálamo lateral. Além disso,alguns aminoácidos e substâncias lipídicas também afetam as descargas dessesmesmos neurônios
Não obstante a pouca precisão de nossas informações a respeito dos
diferentes fatores de feedback que atuam na regulação da ingestão de alimentos alongo prazo, podemos fazer a seguinte afirmação geral: quando as reservas
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nutritivas do organismo caem abaixo do normal, o centro da alimentação dohipotálamo fica muito ativo, e o animal apresenta aumento da fome; Por outro lado,quando as reservas são abundantes, o animal perde a fome, desenvolvendo o
estado de saciedade.
Regulação alimentar – Curto Prazo
Quando o animal é impelido a comer pela fome, que processo interrompe aingestão de alimentos quando ele já comeu o suficiente?
Não são os mecanismos nutricionais de Feedback que acabamos dedescrever, visto que, para todos eles, é necessário o período de uma a várias horaspara que haja absorção de quantidade suficiente dos fatores nutritivos pelo sanguepara ocasionar a inibição da ingestão de alimentos. Contudo, é muito importante queo animal não coma em excesso e que ingira quantidade de alimento que seaproxime das suas necessidades nutricionais. Para essa finalidade, são importantesos seguintes mecanismos:
1. Enchimento gastrointestinal: quando o tubo gastrointestinal ficadistendido, em particular o estômago e o duodeno, sinais inibitórios são transmitidos,principalmente pelos VAGOS, para suprimir o centro da alimentação, reduzindoassim o desejo pelo alimento.
2. Fatores humorais e hormonais que suprimem a alimentação: o
hormônio gastrointestinal colecistocinina, liberado principalmente em resposta àgordura que chega ao duodeno, exerce forte efeito direto sobre o centro daalimentação, reduzindo a ingestão de alimentos.
3. Avaliação dos alimentos por receptores orais: quando um animal,portador de fístula esofágica recebe grande quantidade de alimento, embora ele sejaimediatamente devolvido ao exterior, o grau de fome diminui após passagem dequantidade razoável de alimento pela boca. Esse efeito ocorre apesar de o tubogastrointestinal não ter sido preenchido.
Por conseguinte, postula-se que vários fatores orais relacionados à
alimentação, como a mastigação, salivação, deglutição e o paladar “avaliam” oalimento à medida que ele passa pela boca. Após passagem de certa quantidade, ocentro hipotalâmico da alimentação fica inibido. Todavia, a inibição causada por esse mecanismo de avaliação é consideravelmente menos intensa e duradoura doque a causada pelo enchimento gastrointestinal, em geral 20 a 40min.
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