Fisioterapeuta de sucesso

12
*Autor Correspondente Universidade Federal do Ceará Rua Alexandre Baraúna, 949 CEP: 60430160 Fortaleza-CE-Brasil tel: (85) 87098834 e-mail: [email protected] TRAJETÓRIA DE VIDA DE UM FISIOTERAPEUTA DE SUCESSO: EDUARDO SANTANA DE ARAÚJO. Alessandra Façanha Bezerra Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Débora Carlos de Andrade Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Isabel Oliveira Monteiro Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Lidiany da Silva Venâncio* Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Taiane Maria Rodrigues de Almeida Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Thércia Girão Rodrigues Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC Orientador: Rodrigo Ribeiro de Oliveira Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

description

 

Transcript of Fisioterapeuta de sucesso

Page 1: Fisioterapeuta de sucesso

*Autor Correspondente

Universidade Federal do Ceará

Rua Alexandre Baraúna, 949

CEP: 60430160

Fortaleza-CE-Brasil

tel: (85) 87098834

e-mail: [email protected]

TRAJETÓRIA DE VIDA DE UM FISIOTERAPEUTA DE SUCESSO:

EDUARDO SANTANA DE ARAÚJO.

Alessandra Façanha Bezerra

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Débora Carlos de Andrade

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Isabel Oliveira Monteiro

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Lidiany da Silva Venâncio*

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Taiane Maria Rodrigues de Almeida

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Thércia Girão Rodrigues

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Orientador: Rodrigo Ribeiro de Oliveira

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Page 2: Fisioterapeuta de sucesso

2

RESUMO

O fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, mestre em saúde pública pela

Universidade de São Paulo (USP) – 2008, é um dos principais responsáveis pela

implantação e divulgação da Classificação Internacional de Funcionalidades,

Incapacidades e Saúde (CIF) no Brasil. Esse modelo de classificação influencia no

tratamento do usuário, promovendo uma maior facilidade de comunicação entre ele e o

profissional, visto que leva em consideração os aspectos biopsicossociais. O indivíduo

passa a ser visto de forma mais humanizada, como resultado da interação de diversos

fatores, deixando de lado a antiga metodologia de apenas diagnosticar a doença e tratá-

la da forma mais objetiva. Este artigo tem por objetivo relatar a trajetória de vida de

Eduardo Santana de Araújo, destacando suas conquistas profissionais e de que maneira

elas influenciam na evolução da profissão. Essas informações foram obtidas através de

questionário e estudos acerca do tema, e servirão como fonte de informação para

graduandos, graduados em fisioterapia e outros interessados nessa área.

Palavras-chave: Fisioterapia, Eduardo Santana de Araújo, CIF.

ABSTRACT

The physiotherapist Eduardo Santana de Araújo, master in public health

from the University of São Paulo (USP) - 2008 is one of the main responsible for the

implementation and dissemination of the International Classification of functions,

Disability and Health (ICF) in Brazil. This model of classification influence in the

treatment of user, promoting a greater ease of communication between him and the

professional, because it takes into account the biopsychosocial aspects, the individual is

seen more humanized, as a result of the interaction of several factors, leaving aside the

old methodology of only diagnose the disease and treat it the way more objective. This

article aims to relate the life trajectory of Eduardo Santana de Araújo, highlighting their

professional achievement and how they influence the evolution of the profession. These

informations were obtained through questionnaires and studies about the topic, and will

serve as a source of information for undergraduate students, graduated in physiotherapy

and others interested in this area.

Key words: Physiotherapy, Eduardo Santana de Araújo, ICF.

Page 3: Fisioterapeuta de sucesso

3

INTRODUÇÃO

A Fisioterapia é uma ciência aplicada, cujo objeto de estudo é o movimento

humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas suas

alterações patológicas, quer nas suas repercussões psíquicas e orgânicas, com objetivos

de preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou

função.1

Falaremos sobre a trajetória de vida de Eduardo Santana de Araújo,

fisioterapeuta, Mestre em Saúde Pública, USP/2008. Doutorando em Saúde Pública,

USP, "Fellow Senior" da Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos e Chefe de admissão e

Coordenador do Programa HODU-CIF Brasil.2

É importante discorrer sobre a trajetória de vida para que acadêmicos

possam conhecer a prática da profissão, seus aspectos e suas vertentes, o que vai

contribuir para sua formação profissional.3 Esses conhecimentos ajudam a compreender

a história da profissão e auxiliam os discentes a criar identidade profissional.

O professor Eduardo Santana de Araújo trabalha diretamente com a

Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que foi

criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2001 com a participação de 65

países, que estudaram durante sete anos para que esse modelo se tornasse uma avaliação

completa, onde é levada em consideração a “vida”, ou seja, engloba todos os aspectos

que possam afetar a saúde das pessoas (físico, mental, social e político). A CIF traz o

olhar para a funcionalidade do indivíduo para com o meio em que está inserido, o que se

reflete na coletividade. Políticas Públicas em saúde e educação, por exemplo, podem ser

tomadas através da utilização da CIF, por estudos de seus dados.4

A CIF hoje é considerada referência em relação à humanização no

atendimento. Ela traz uma visão renovada e ampliada acerca do conceito de saúde e das

condições necessárias para manter-se a qualidade de vida dos indivíduos. Seu formato

integra avaliação e gestão, de forma a interligar esses itens, tornando-se um ótimo meio

para serem trabalhadas políticas públicas em saúde.

O Prof. Eduardo Santana de Araújo tem hoje um papel fundamental no

estudo, implantação e divulgação da CIF no Brasil. Ele tem dedicado seu tempo a

estudar a aplicação da CIF dentro do sistema único de saúde (SUS) e em como a

fisioterapia pode utilizá-la. Faz ainda palestras e cursos a fim de orientar as pessoas

sobre sua utilização correta. Em 2011 foi convidado e recebido pelo ministro da saúde

1 BRASIL. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução COFFITO-80 de 09 de maio de 1987.

Disponível em: < http://coffito.org.br/conteudo/con_view.asp?secao=27>. Acesso em 14 maio 2012.

2 (LATTES, 2012) Plataforma Lattes. Eduardo Santana de Araujo. Jan, 2012. Disponível em:<

http://lattes.cnpq.br/2639340029038470 > Acesso em: 14 maio 2012.

3 História de Vida: Trajetória de Uma Professora de Educação Física. Betti, Irene C. Rangel ; Mizukami, Maria da

Graça Nicoletti. MOTRIZ - Volume 3, Número 2, Dezembro/1997. Disponível em: <www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n2/3n2_ART07.pdf>. Acesso em: 14 maio 2012.

4 Programas e Projetos da Organização Mundial da Saúde. HODU-CIF, 2010. Disponível em: <

http://hoducif.webs.com/cif.htm>. Acesso em: 14 maio 2012.

Page 4: Fisioterapeuta de sucesso

4

Alexandre Padilha a apresentar a CIF em seu gabinete, o que representou um importante

passo para a implantação desse modelo de classificação no Brasil.

Esse artigo vem reforçar o papel da CIF no Brasil e no mundo, bem como a

sua importância. Ainda é um modelo muito recente e pouco conhecido, o que gera

dificuldade no seu entendimento principalmente por profissionais da área da saúde que

não sabem como lidar com essa ferramenta, sendo esta a principal barreira enfrentada

pelo estudo. Vale ressaltar que essa nova classificação só vem a acrescentar aos

conhecimentos pré-existentes e apesar de tão detalhado e bem elaborado, não descarta o

uso, por exemplo, da CID.

Assim, esse artigo tem o objetivo de relatar a trajetória de vida do

fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, a fim de auxiliar na formação profissional

em fisioterapia e outras áreas relacionadas, tendo em vista o trabalho dele junto a

classificação.

Page 5: Fisioterapeuta de sucesso

5

MATERIAIS E METÓDOS

2.1 Amostra:

O fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, doutorando e mestre em Saúde

Pública pela Universidade de São Paulo, chefe de admissão e coordenador do Programa

HODU-CIF Brasil, que foi escolhido pelo seu sucesso profissional e, sobretudo devido

sua relevância no processo de implantação da CIF no Brasil.

2.2 Instrumentos para obtenção de dados:

Foi elaborado um questionário com enfoque na sua formação acadêmica e

seu trabalho com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

(CIF), enviado e recebido por e-mail e seu currículo Lattes.

2.3 Caracterizações do questionário e da entrevista:

Foi elaborado um questionário com 13 perguntas e enviadas por e-mail ao

entrevistado, que as respondeu em 5 dias.

2.4 Organizações de dados:

Após a entrevista, foi feita a análise de seu conteúdo e, com o conhecimento

do currículo Lattes e revisões de literatura sobre o assunto, foi produzido o estudo.

Page 6: Fisioterapeuta de sucesso

6

DISCUSSÕES E RESULTADOS

Eduardo Santana de Araújo formou-se em fisioterapia no ano 2000 na

Universidade Santa Cecília (UNISANTA). Sua opção inicial era educação física.

Contudo, após ver a descrição do curso de Fisioterapia em um folheto da faculdade

interessou-se pela área. Em seu o primeiro ano de graduação participou do XIII

Congresso Nacional de Fisioterapia o que despertou ainda mais seu interesse pela

profissão. Outro fator que o incentivou a seguir a carreira foi perceber a autonomia que

a área oferece, de poder trabalhar sozinho em um emprego liberal, não necessariamente

formal.

Acerca das experiências obtidas durante a graduação afirma: “Foram as

experiências reais as que mais contribuíram para o aprendizado. Acho que modifiquei

reações. Aprendi a esperar mais e a jamais duvidar da capacidade de alguém. Aprendi

que todos somos capazes de qualquer coisa e tudo na vida só depende de treinamento.”

Em 2001 ingressou na especialização de fisioterapia traumato-ortopédica na

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A Fisioterapia traumato-ortopédica

atua na prevenção e tratamento das doenças dos ossos, músculos, articulações e

ligamentos. Trabalha na recuperação de pós-fraturas, entorses, luxações, traumas ou

contusões musculares, amputações, distúrbios mecânicos da coluna vertebral, pós-

cirurgias, dentre outras, utilizando recursos objetivando alívio de quadro álgico,

eliminação de processo inflamatório, melhora na circulação sangüínea, fortalecimento

muscular, recuperação de movimentos, equilíbrio, propriocepção e reeducação postural.

Em 2002 passou por extensão universitária em Reeducação Postural Global

(RPG) no Centro Científico e Cultural Brasileiro de Fisioterapia. A RPG busca, através

das queixas e da avaliação postural do indivíduo, visto que a postura é a responsável

pela estatística e dinâmica do corpo, tratar algias e suas repercussões nas práticas

diárias, baseando-se não somente na postura, mas também na organização e tensão

musculares.

Em 2003 fez especialização em fisioterapia respiratória no Hospital do

Câncer de São Paulo, uma área nova da profissão, contudo, considerada de grande

importância, por se fazer indispensável em indivíduos acometidos por agravos no

sistema respiratório que, devido a sua complexidade mecânica, poderia trazer risco à

manutenção da vida.

A fisioterapia sempre esteve muito ligada à reabilitação, entretanto, com a

evolução e a mudança de objeto de estudo da profissão, o profissional abandonou o

caráter reabilitador e passou a abranger novas áreas de atuação, como as de prevenção e

promoção da saúde ampliando-se, dessa forma, o campo de atuação do fisioterapeuta.

Sobre essa transição, Eduardo acredita que as mudanças são meros fatos naturais do

desenvolvimento de uma profissão. Essa evolução exige do profissional uma formação

continuada, onde coisas ficam para trás e novas aparecem, existindo a necessidade de se

manter atualizado; informa ainda que seu processo de inserção no mercado esteve

Page 7: Fisioterapeuta de sucesso

7

distante dessa influência do desenvolvimento ou identidade da profissão. Eduardo

começou suas atividades profissionais na academia Play Sports em Mogi Mirim-SP,

teve ainda seu consultório particular e trabalhou em hospitais como Hospital Modelo,

Santa Casa de Misericórdia de Santos-SP, Hospital Israelita Albert Einstein.

No mês de lançamento da CIF (Classificação Internacional de

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) no Brasil (dezembro de 2003), Eduardo leu

sobre o assunto. Na época trabalhava no Hospital Albert Einstein e enfrentava

diariamente situações onde precisava relacionar assistência e administração. Isso fez

com que enxergasse a CIF como possível comunicante entre essas áreas, mas apesar dos

seus esforços não conseguiu fazer essa correlação sozinho e buscou ajuda, ingressando

no mestrado em 2006 na Faculdade de Saúde Pública, USP, que concluiu em 2008 com

o título “A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)

em Fisioterapia: uma revisão bibliográfica.”

A partir daí seus trabalhos passaram a ser direcionados para o estudo da

CIF. Além de seu mestrado, Eduardo publicou capítulos de livros, ministrou cursos e

palestras, publicou artigos em periódicos. Publicou um livro intitulado “Manual de

Utilização da CIF em Saúde Funcional”. Hoje faz doutorado na Universidade de São

Paulo-USP com o projeto de pesquisa: “Utilização da Classificação Internacional de

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde na prática da Fisioterapia: Uma contribuição para

a geração de dados epidemiológicos sobre funcionalidade”.

A CIF vem como um manual de instrução para facilitar o trabalho do

profissional com técnicas bem elaboradas, políticas bem estruturadas e estudadas. Traz

uma linguagem unificada, objetiva e padronizada, com uma série de aplicabilidades, por

exemplo: funciona como uma ferramenta investigativa, isto é, medindo resultados

acerca da qualidade de vida das pessoas; como ferramenta pedagógica, permitindo a

elaboração de programas sociais; e, sobretudo, como uma ferramenta de política social,

pois a partir dos dados coletados pode-se comparar a saúde das populações e então

elaborar as políticas públicas de acordo com as necessidades observadas em cada uma

delas; em relação a isso Eduardo diz: “Tanto acredito quanto luto por isso. Vejo

movimentos e fico feliz. O tempo será o necessário e o correto. Temos que trabalhar

muito. ''

Com uma proposta mais humanizada, a CIF leva em consideração o

indivíduo, suas funcionalidades e o ambiente no qual este está inserido, relacionando

componentes da saúde e do bem-estar, dividindo-os em duas listas de domínios:

Funções e estruturas do corpo e Atividades e Participação. Vale ressaltar que ela não

classifica os fatores pessoais devido à grande variedade social e cultural, entretanto isso

não irá comprometer a qualidade e a compreensão dos dados obtidos, visto que eles têm

seu impacto previsto no qualificador de desempenho em Atividades e Participação. Essa

proposta mais humanizada representa um avanço significativo na abordagem

profissional e no decorrente tratamento oferecido ao paciente que em caso de

deficiência pode ser reinserido na sociedade. Num paciente diabético que teve sua perna

amputada, por exemplo, a CIF vai procurar meios para que o paciente continue com

suas atividades diárias, fazendo com que este desempenhe suas funções normalmente,

seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro ambiente.

Page 8: Fisioterapeuta de sucesso

8

Vários países fazem uso dessa classificação. Segundo Eduardo em países

como a Alemanha, a literatura afirma que os objetivos desse modelo têm sido

alcançados, e que a OMS tem observado e investido nesse aspecto, mas que ainda há

necessidade de um uso mais abrangente para se efetivar o alcance desses objetivos.

Em 2001, a OMS recomendou que os profissionais utilizassem a CIF. E em

2009, o COFFITO regularizou o uso dessa classificação no Brasil, sendo mais rápido

dos conselhos profissionais nessa regulamentação, levando em conta que nenhum outro

manifestou-se com relação a esse caso, essa atitude do COFFITO não obriga, mas

reforça a recomendação da OMS de utilização desse modelo de classificação.

Apesar de todos os benefícios, a CIF enfrenta dificuldade na sua

implantação, devido sua complexidade, tamanho e falta de treinamento dos

profissionais; ciente disso Eduardo escreveu o livro Manual de utilização da CIF em

Saúde Funcional, a fim de ajudar profissionais a compreender e utilizar essa ferramenta

de forma adequada.

Atualmente, Eduardo tem seu consultório em Cotia-SP, é professor da

Faculdade Mario Schenberg, e coordenador do Departamento Nacional de Classificação

Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) que funciona no Centro de

Pesquisas da Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos (HODU).

Page 9: Fisioterapeuta de sucesso

9

CONCLUSÃO

Com a presente elaboração deste artigo podemos observar um pouco sobre a

trajetória de vida de Eduardo Santana de Araujo, concluindo que a experiência e a

prática foram suas maiores aliadas rumo a uma carreira brilhante e que, muitas vezes, é

necessário saber esperar e confiar na capacidade das pessoas, a fim de podermos obter

os melhores resultados.

A partir da análise da vida de Eduardo, percebemos que ele sempre esteve

numa busca constante pelo aperfeiçoamento profissional. As especializações em

traumato-ortopédica e em fisioterapia respiratória só demonstram que ele procura

conhecer as diversas aplicabilidades da fisioterapia, além de tentar acompanhar a

evolução que essa profissão vem sofrendo ao longo dos anos. Afinal, ela tende a se

afastar da idéia de reabilitação e se aproxima, cada vez mais, da idéia de prevenção, o

que nos permiti concluir que o profissional da área da saúde necessita de uma formação

continuada.

A vida profissional de Eduardo foi fortemente marcada pelo lançamento da

CIF no Brasil, do seu desenvolvimento e de sua implantação. Ele demonstra a ligação

dela com a fisioterapia e como essa profissão, no sentido de prevenção, contribui

grandemente para que os objetivos da CIF possam ser alcançados. Portanto, ele nos

permitiu concluir a importância do desenvolvimento por parte dos profissionais de

saúde de projetos e programas sociais, para que, dessa forma, possamos melhor executar

nossa profissão.

Através deste artigo podemos perceber a importância do conhecimento da

historia de vida de outros profissionais bem sucedidos, assim como o impacto que estas

informações possuem dentro do âmbito profissional, pois elas nos fornecem uma base

sólida para melhor desenvolver a profissão e para uma maior valorização da fisioterapia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo foi importante para a construção da identidade

profissional, mostrando potencial de crescimento da fisioterapia a partir do relato da

história de sucesso do doutor Eduardo Santana de Araújo. Ele é a prova de que uma

educação continuada, aliada a responsabilidade profissional são os principais

mecanismos de desenvolvimento tanto da profissão como de todos os meios os quais

venha a trabalhar. Acerca da CIF ficou comprovada a importância histórica que

Eduardo assume como colaborador na inserção, estudo e divulgação da mesma em

âmbito nacional.

Page 10: Fisioterapeuta de sucesso

10

REFERÊNCIAS

1. OMS, Nov 2001. disponível em:

<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/SPP_Arquivos/PessoascomDeficienc

ia/ClassificacaoInternacionaldeFuncionalidades.pdf>. Acesso em: 10 maio 2012.

2. História de Vida: Trajetória de Uma Professora de Educação Física. Betti,

Irene C. Rangel; Mizukami, Maria da Graça Nicoletti. MOTRIZ - Volume 3,

Número 2, Dezembro/1997. Disponível em:

<www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n2/3n2_ART07.pdf>. Acesso em: 14

maio 2012.

3. AMORIM FILHO, Mário Lucio de ; RAMOS, Glauco Nunes Souto. Trajetória

de vida e construção dos saberes de professoras de educação física. Rev. bras.

educ. fís. esporte (Impr.) [online]. 2010, vol.24, n.2, pp. 223-238. ISSN 1807-

5509. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092010000200006> .

Acesso em: 14 maio 2012.

4. Eduardo Santana de Araujo é recepcionado em Brasília. Site da granja, 22 dez.

2011. Disponível em:

<www.granjaviana.com.br/noticias.asp?cn=1&scn=0&id=1344>. Acesso em: 14

maio 2012.

5. Gava, Marcus Vinicius. Fisioterapia: história, reflexões e perspectivas. São

Bernardo do Campo: UMESP, 2004.

6. Deliberato, Paulo César Porto. Fisioterapia preventiva em saúde geral. In:

.Fisioterapia preventiva.1. ed. Manole, 2002. cap. 1.

7. Gobbi, Fátima Cristina Mortorano; Carvalheiro, Leny Vieira. Avaliação em

Reeducação Postural Global. In: .Fisioterapia Hospitalar: Avaliação e

planejamento ao tratamento fisioterapêutico. São Paulo: atheneu, 2009. cap. 18.

8. Azevedo, Carlos Alberto. Fisioterapia Respiratória Básica. In: . Fisioterapia

Respiratória Moderna. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993. cap. 1.

9. Britto, Raquel Rodrigues; Brant, Tereza Cristina; Pereira, Veronica Franco.

Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia Respiratória. 1. ed. Barueri:

Manole, 2009.

10. Araujo, Eduardo Santana de. A classificação internacional de funcionalidade,

incapacidade e saúde (CIF) em fisioterapia: uma revisão bibliográfica. [S.I]:

Biblioteca digital USP, 2012. Disponível em:

<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-03102008-112435/>. Acesso

em: 14 maio 2012.

11. Organización Mundial de la Salud, Classificación Internacional del

Funcionamiento, de la Discapacidad y de la Salud. 2001.

Page 11: Fisioterapeuta de sucesso

11

APÊNDICE

1. Porque escolheu a fisioterapia como profissão? O que foi fundamental para a sua

escolha?

2. Quando você iniciou a graduação em fisioterapia, o que mais despertou seu interesse

dentro da profissão?

3. Nas últimas décadas ocorreram mudanças significativas nas áreas de conhecimento e

atuação dos fisioterapeutas. Qual a sua opinião acerca dessas modificações? Esse

processo de construção de identidade da profissão acarretou algum tipo de dificuldade

durante a sua formação e a sua inserção inicial no mercado de trabalho?

4. Ao começar em uma profissão, os profissionais costumam levar experiências pessoais

para entender e/ou atuar em sua área especifica. Algum fator pessoal interferiu na

maneira como você lida e/ou enxerga a profissão?

5. Durante sua formação você deve ter passado por diversas experiências. Até que ponto

essas experiências modificaram sua vida e como elas contribuíram para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional?

6. A CIF é uma forma de avaliação mais humanizada, que leva em consideração o

individuo, suas funcionalidades e o ambiente no qual este está inserido; representando

um avanço significativo na abordagem profissional e no decorrente tratamento oferecido

ao paciente, quando comparada à outros modelos de avaliação. Qual motivação o levou

a trabalhar com esse modelo de classificação?

7. Em sua opinião, quais seriam os aspectos negativos e os principais empecilhos na

implantação da CIF?

8. A CIF foi regulamentada em 2001 pela OMS, mas apenas em 2009 o COFFITO

regularizou seu uso no Brasil. O que você acha que foi responsável por essa demora?

Essa regulamentação tardia pode ter alguma consequência ruim a longo ou até mesmo a

curto prazo?

9. Levando em consideração a relevância do uso da CIF na interdisciplinaridade e até

mesmo no processo de humanização do atendimento, qual a importância da CIF para

fisioterapeutas, pacientes e até mesmo para outros profissionais da área da saúde?

10. Você acredita que a não classificação de fatores pessoais na CIF, ocasionado devido

à grande variação social e cultural, pode comprometer a qualidade, a compreensão e o

uso dos dados obtidos com esse modelo?

11. Com base no conceito e abordagem da CIF, você acredita no sucesso de um

provável uso dos dados obtidos com esse modelo no Brasil, para servirem de base na

implantação de políticas públicas assistenciais que atendessem as necessidades

observadas no país?

Page 12: Fisioterapeuta de sucesso

12

12. Atualmente, os objetivos propostos por esse novo modelo de classificação foram

alcançados?

13. Você fez especialização em fisioterapia traumato-ortopédica e respiratória, mas hoje

seu foco é a CIF, tanto que seu mestrado e agora seu doutorado são em saúde pública e

ambos voltados para a mesma. Com esse projeto você conseguiu realização

profissional?