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1 Flora e Vegetação de um Sitio Arqueológico na Serra dos Núcleos, São João Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil Ricardo Montianele de Castro, Arthur Sérgio Mouço Valente, Ricardo Oliveira Garcia, Daniel Salgado Pifano & Kelly Antunes. Graduandos do curso de Ciências Biológicas na Universidade Federal de Juiz de Fora INTRODUÇÃO Na relação do homem com a paisagem natural, na maioria dos casos, observa-se uma unilateralidade, onde o poder modificador humano transforma o ambiente natural de acordo com o seu desejo. No caso do Brasil o desprezo pela vegetação silvestre é tamanho, que no consenso popular esta deve ser eliminada e substituída por culturas agrícolas ou pastagens, mesmo que não sejam utilizadas. Obviamente este desprezo parte do ideário de nossos colonizadores. A conseqüência imediata de tal fato é o extermínio contínuo que a Floresta Atlântica vem passando, através dos processos de expansão das fronteiras agrícolas e urbanas (ALMEIDA, 2000). A fragmentação da Floresta Atlântica, reduzida a ilhas de vegetação, certamente acarretará na extinção completa de toda a comunidade florestal componente deste ecossistema a partir de seu desequilíbrio “genético”, gerado por endogamias (FERNADEZ, 2000). A Zona da Mata de Minas Gerais, até o fim do século XVIII era chamada “zona proibida” e nela não havia se deflagrado o processo de colonização por europeus. Esta era mantida intocada como uma barreira aos exploradores de minérios, obrigando-os a passarem pelo caminho real, e dessa forma pagarem taxas, sobre os produtos extraídos, para a coroa portuguesa. Dessa maneira a região permaneceu intocada até o declínio da mineração em Ouro Preto e Mariana. A cultura do café, veio a substituir quase que completamente as florestas na região, sendo poucos os fragmentos de floresta "primários" encontrados na atualidade. Hoje a cultura do café já declinou razoavelmente, e os solos desgastados, cobertos por pastagens de capins africanos, reflete o empobrecimento sócio-ambiental da região.

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Flora e Vegetação de um Sitio Arqueológico na Serra dos Núcleos, São João Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil

Ricardo Montianele de Castro, Arthur Sérgio Mouço Valente, Ricardo Oliveira Garcia,

Daniel Salgado Pifano & Kelly Antunes. Graduandos do curso de Ciências Biológicas

na Universidade Federal de Juiz de Fora

INTRODUÇÃO

Na relação do homem com a paisagem natural, na maioria dos casos,

observa-se uma unilateralidade, onde o poder modificador humano transforma

o ambiente natural de acordo com o seu desejo. No caso do Brasil o desprezo

pela vegetação silvestre é tamanho, que no consenso popular esta deve ser

eliminada e substituída por culturas agrícolas ou pastagens, mesmo que não

sejam utilizadas. Obviamente este desprezo parte do ideário de nossos

colonizadores. A conseqüência imediata de tal fato é o extermínio contínuo que

a Floresta Atlântica vem passando, através dos processos de expansão das

fronteiras agrícolas e urbanas (ALMEIDA, 2000). A fragmentação da Floresta

Atlântica, reduzida a ilhas de vegetação, certamente acarretará na extinção

completa de toda a comunidade florestal componente deste ecossistema a

partir de seu desequilíbrio “genético”, gerado por endogamias (FERNADEZ,

2000).

A Zona da Mata de Minas Gerais, até o fim do século XVIII era chamada

“zona proibida” e nela não havia se deflagrado o processo de colonização por

europeus. Esta era mantida intocada como uma barreira aos exploradores de

minérios, obrigando-os a passarem pelo caminho real, e dessa forma pagarem

taxas, sobre os produtos extraídos, para a coroa portuguesa. Dessa maneira a

região permaneceu intocada até o declínio da mineração em Ouro Preto e

Mariana. A cultura do café, veio a substituir quase que completamente as

florestas na região, sendo poucos os fragmentos de floresta "primários"

encontrados na atualidade. Hoje a cultura do café já declinou razoavelmente, e

os solos desgastados, cobertos por pastagens de capins africanos, reflete o

empobrecimento sócio-ambiental da região.

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O município de São João Nepomuceno (43º W e 21º 30’S) (EMBRAPA

2003) foi fundado em meados do século XIX e teve seu auge econômico até o

início do séc. XX, mantido como conseqüência do ciclo cafeeiro. Hoje em dia o

município vive as “glórias” do passado, e um marasmo econômico que se

mantêm basicamente com a criação extensiva de gado leiteiro. Este tipo de

atividade altamente impactante negativamente, se reflete na formação da

paisagem vegetacional. O aspecto desta é similar à vegetação de cerrado

(diferenciado apenas pelo relevo do tipo mares de morro), dominado por

gramíneas, com algumas arvoretas espalhadas, e áreas de solo

completamente nu e erodido. As manchas de florestas se restringem aos topos

de morro e áreas de declividade extrema, onde muitas vezes o acesso para a

realização de manejo agrícola da área é encarado como pouco compensador.

Distando cerca de 2,5 Km a noroeste do centro do Município de São

João Nepomuceno, a Serra dos Núcleos é parte integrante da paisagem

urbana, com aproximadamente 4,5 Km de extensão e com cotas altimétricas

variando de 500 a 800 m. O nome Serra dos Núcleos é oriundo da história de

colonização européia no local. Núcleos familiares de colonização lá se

estabeleceram por volta da metade do século XIX. Estes colonos eram italianos

e se dedicaram principalmente à cultura cafeeira. Hoje podem ser encontrados

alguns descendentes destes imigrantes no local, e a atividade principal

desenvolvida é a criação extensiva de gado leiteiro (BARROSO, 2003). Estas

atividades agro-pastoris certamente influenciaram e influenciam o aspecto da

paisagem natural, tanto no que se refere aos estágios sucessionais que a

vegetação nativa é submetida, quanto no tocante ao uso e preservação dos

solos.

A análise da paisagem vegetacional da Serra dos Núcleos, surgiu como

uma ferramenta para investigações e inferências relacionadas ao estudo

arqueológicos que vem sendo desenvolvidos na localidade, pelo Setor de

Arqueoastronomia e Etnologia Americana da Universidade Federal de Juiz de

Fora, sob a coordenação da Drª Ana Paula de Paula Loures de Oliveira. Este

estudo da vegetação que procura evidenciar aspectos atuais da mesma, só se

tornará útil às inferências arqueológicas, quando for comparado com os dados

provenientes das prospecções paleo-palinológicas realizadas nas trincheiras de

escavação, e em lagoas sedimentares permanentes localizadas nas

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imediações. Dessa maneira será possível evidenciar a evolução da vegetação

no que se refere aos estádios sucessionais pela qual vem passando, no

decorrer da história geológica recente. Isso pode vir a facilitar inferências sobre

o modus vivendi dos povos aborígenes que aqui habitaram e foram

exterminados, complementando as informações obtidas através das relíquias

evidenciadas pelo trabalho de escavação.

O objetivo deste estudo foi amostrar e analisar a flora fanerogâmica da

Serra dos Núcleos, procurando a partir destes dados avaliar o estado de

conservação da área.

MATERIAL & MÉTODOS

Amostragem da flora local

Para a realização de uma amostragem mínima da flora que permitisse

qualquer abordagem sobre o desenvolvimento sucessional da vegetação na

atualidade, foi realizada uma expedição de cerca de 20 dias seqüenciais em

campo, em fevereiro de 2003. As amostras referentes à diversidade vegetal de

fanerógamos foram obtidas através da coleta de ramos terminais que

possuíssem folhas, flores e\ou frutos ou qualquer outra estrutura acessória

possível de ser coletada.

Para se obter o maior número de informações, tanto no que se refere à

diversidade vegetal de fanerógamos férteis na ocasião, quanto à diversidade

de habitats ocupados por estes, foram percorridos caminhos escolhidos

arbitrariamente, principalmente nos que se situavam na face sudeste da Serra,

tanto nas encostas, quanto nos topos dos morros. As encostas rochosas, mais

declivosas não puderam ser exploradas com maior detalhamento devido a

inviabilidades materiais. Apesar dessa infelicidade, acreditamos ser este o

ambiente local mais intocado da área. Isso se justifica pela dificuldade de

acesso a estes locais e ao mínimo retorno que poderiam propiciar à exploração

agrícola.

Acesso ao dossel

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A biologia de florestas possui um limitante físico inicial que é a altura do

dossel, que pode ultrapassar 50m alt. Existem maneiras cada vez mais

inovadoras para se superar tal situação, sendo utilizados até balões com

estruturas apropriadas para se observar o dossel por cima, o que é fascinante.

Superamos esse degrau de maneira mais modesta. Adaptamos parte

do equipamento utilizado em escaladas para ascendermos ao dossel. As

formas foram:

1) Usando cadeiras de alpinismo, mosquetes, estribo e fitas tubulares.

Duas fitas envolviam o tronco em um laço denominado “boca de lobo”, uma

presa a cadeira e outra presa a escada, ambas presas com mosquetão.

Enquanto a fita da escada estava firme, a fita da cadeira era movimentada para

cima, e ao contrário também. Esse é um método não agressivo à planta de

ascensão por tronco.

2) Usando o equipamento acima mencionado, mais estilingues, linha de

pesca, chumbada de pesca, corda de alpinismo e freios para rapel. A corda de

náilon amarrada à chumbada era arremessada pelo estilingue, mirando-se uma

bifurcação alta no tronco. Atingido o alvo, uma corda era erguida, anexada o fio

de náilon e então esta era ancorada ao tronco. Esta forma é menos impactante

à comunidade epifítica e permite uma ascensão rápida, alcançando-se alturas

surpreendentes. Para descer, os freios de rapel eram acoplados à corda e

presos à cadeira por um mosquete. Os inconvenientes limitantes, são a

formações perturbadas das capoeiras, onde o excesso de cipós pode até

inviabilizar o trabalho.

Catalogação do material botânico

Quando se retornava à base após cada dia de caminhadas e coletas,

todo material coletado que estava contido nos sacos plásticos era espalhado

ao chão e separado em molhos, por espécie. Feito isso, escolhiam-se os ramos

mais belos e representativos e acomodávamo-los entre as páginas interiores

de uma folha de jornal. Cada folha de jornal era colocada entre duas folhas de

papelão. Assim uma pilha era montada, sendo amarrada com duas cordas de

algodão e sustentada por duas grades de madeira, colocadas externamente às

folhas finais de papelão de cada extremidade da pilha.

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A herborização, que consiste na desidratação completa do exemplar

prensado foi feita em estufas aquecidas com lâmpadas elétricas Slovakiata Aa

ou em um forno improvisado, cavado num monte de areia. Este último foi uma

forma de contornar a super lotação da estufa elétrica devido à grande

quantidade de materiais coletados a cada dia.

Durante a montagem da prensa para herborização, os dados de campo

de cada espécimen coletado eram tomados. Além disso, notas sobre as

identificações realizadas em campo também foram registradas.

As identificações foram completadas no laboratório de Sistemática do

Herbário Leopoldo Krieger da Universidade Federal de Juiz de Fora (CESJ)

com o auxílio de bibliografia especializada e por comparações aos materiais já

identificados do acervo. Neste mesmo local os espécimens foram afixados em

folha de cartolina e etiquetados com os dados de campo e o número de coletor

dos cadernos de campo cada coletor responsável, e um número de tombo do

acervo. Estas pranchas finalmente foram revestidas por uma saia de papel

“Kraft” sendo indicadas a lápis, externamente, os dados taxonômicos do

espécime (FIDALGO, et al. 1989;JUDD, 1999; RAVEN, 1993; WALTER, 1993).

Análise dos dados de campo

Os dados de campo referentes às espécies foram registrados em

caderno de campo. Os aspectos observados foram hábito, categoria

ecofisiológica (ALMEIDA, 2000; LEITÃO-FILHO, 1993), síndrome de dispersão,

habitat, e os dados taxonômicos.

Foram observadas a partir destes dados:1) a representatividade de

espécies por família na amostragem;2) percentagem de espécie por hábitos;3)

a percentagem de espécies ocupando preferencialmente cada ambiente;4) os

estágios sucessionais da vegetação freqüentados preferencialmente pelas

espécies em fase reprodutiva, de acordo suas categorias ecofisológicas;5) e a

percentagem de espécies identificadas quanto ás suas síndromes de

dispersão.

Quanto aos ambientes ocupados pelas espécies vegetais coletadas,

foram categorizados em cinco tipos: interior de mata, borda de mata, pasto,

encosta rochosa e borda de curso d'água. O primeiro refere-se aos fragmentos

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de floresta secundária nos topos de morro e outros fragmentos isolados, sendo

delimitados pelas bordas de mata que se caracterizam pela presença de uma

vegetação de difícil transposição. Os pastos são áreas manejadas pelo

agricultor através de queimadas e roçadas, com gramíneas exóticas e

altamente infestado por plantas invasoras ou ruderais. As encostas rochosas

são áreas de alta declividade, pertencentes aos plútons gnáissicos que afloram

em alguns morros da Serra. Estas são colonizadas por uma vegetação saxícola

peculiar. As bordas de curso d'água referem-se às margens de córregos e

riachos e canais de irrigação.

As categorias ecofisiológicas de cada espécies referem-se

principalmente à tolerância dos vegetais à luminosidade e às condições

nutricionais do solo. São divididas aqui em pioneiras, secundárias iniciais e

secundárias tardias, a partir da obra de ALMEIDA (2000) e da de LEITÃO-

FILHO (1993). As pioneiras são aquelas plantas intolerantes à sombra e pouco

exigentes quanto às condições nutricionais do solo. São as colonizadoras de

ambientes degradados. Possuem ciclo de vida curto e porte pequeno a

mediano em geral. As secundárias iniciais são plantas que toleram certo

sombreamento e sucedem as pioneiras no desenvolvimento de uma floresta.

São, em geral, de maior porte e ciclo de vida mais prolongado Preferem solos

onde já exista um horizonte orgânico, mesmo que seja rudimentar. As plantas

secundárias tardias são aquelas que irão caracterizar a maturidade de uma

floresta. São totalmente tolerantes à sombra e muito exigentes quanto às

condições nutricionais do solo. O porte destas plantas é em geral, bastante

elevado e em muitos casos alguns indivíduos se destacam no dossel florestal

como árvores emergentes. Na análise aqui proposta a categoria sucessional foi

delimitada primariamente a partir das condições de tolerância ao

sombreamento e das necessidades nutricionais das espécies.

A análise das síndromes de dispersão referentes a cada espécie

identificada possibilitou esclarecimentos quanto à ocupação dos habitats onde

as espécies foram coletadas, além do fornecimento de informações sobre as

possíveis interações tróficas entre os vegetais e fauna. Basicamente os

vegetais podem ser dispersos por animais (zoocoria), pelo vento (anemocoria),

ou sem a interferência de agentes externos (autocoria). A zoocoria pode ser

dividida em endozoocoria, onde o animal ingere o propágulo e o defeca

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posteriormente, epizoocoria, onde os propágulos possuem estruturas

adaptadas a adesão temporária à superfície externa de um animal, ou

sinzoocoria, onde o animal transporta o propágulo carregando-o por vontade

própria. No caso das plantas autocóricas, os mecanismos de dispersão são

diversificados sendo possível perceber explosões que lançam a distâncias

razoáveis o propágulo. Entenda-se por propágulo aqui, qualquer estrutura

capaz de gerar um novo indivíduo independente da planta mãe.

Essas informações aliadas à visualização de filmagens e fotografias das

plantas e das paisagens, serviram como subsídio para uma análise sobre o

estado de conservação da área baseado no número de espécies amostradas e

nas características ecológicas das mesmas.

RESULTADOS & DISCUSSÃO

Amostragem da flora local

Durante vinte dias subseqüentes do mês de fevereiro de 2003 foram

coletados ca. 300 espécimes. Destes foram identificadas 210 espécies

pertencentes a 69 famílias botânicas. As famílias mais representativas foram:

Leguminosae 29 espécies, Rubiaceae e Euphorbiaceae com 13 espécies cada,

Bignoniaceae nove espécies, e Melastomataceae, Solanaceae e Verbenaceae

com sete espécies cada (gráfico 1).

8

Represetatividade de espécies por famílias botânicas

0

5

10

15

20

25

30

35

Acanthaceae

Am

aranthaceae

Apocynaceae

Aristolochiaceae

Asteraceae

Bignoniaceae

Brom

eliaceae

Cactaceae

Celastraceae

Chrysobalanaceae

Com

melinaceae

Convolvulaceae

Cucurbitaceae

Cyperaceae

Elaeocarpaceae

Euphorbiaceae

Gesneriaceae

Lauraceae

Leguminosae

Malpighiaceae

Melastom

ataceae

Mendonciaceae

Monim

iaceae

Myrtaceae

Orchidaceae

Piperaceae

Portulacaceae

Rubiaceae

Sapindaceae

Sm

ilacaceae

Sterculiaceae

Trigoniaceae

Verbenaceae

Vitaceae

Famílias bo tânicas

Núm

ero

de e

spéc

ies

Gráfico-1: Representatividade de espécies por famílias botânicas, referentes aos espécimes coletados e

identificados na Serra dos Núcleos em fev. de 2003.

Em laboratório, consultando-se bibliografia especializada, procurou-se

levantar a origem das espécies coletadas, no que se refere ao local onde essas

plantas ocorrem espontaneamente. Das 210 espécies identificadas, 182 são

nativas (gráfico 2), sendo muitas delas, plantas de ampla distribuição. Doze

espécies são de origem desconhecida. Dez espécies são presumivelmente

nativas. Quatro espécies são de origem realmente exótica sendo uma Asiática,

uma Africana, uma da Bacia do Prata e uma cosmopolita.

9

12 10 1 1 1 1

182

0

50

100

150

200

Número de espécies

1

Origem

Origem das espécies coletadas

??NativaAmérica CentralAsiaBacia do prataCosmopolitaNativa

Análise dos dados de campo

Os hábitos mais freqüentes foram o arbóreo e o herbáceo (com 30%

cada), seguidos pelos cipós (15%), pelas arvoretas (14%) e pelos arbustos

(10%). O hábito epifítico realmente foi pouco amostrado (1% das espécies

coletadas) devido a uma baixa ocorrência de espécies pertencentes a este

hábito (gráfico 3). Este fato pode ser um indicativo do deficiente estado de

conservação da área em estudo, já que em áreas detentoras de fragmentos

florestais mais conservados, localizadas nas proximidades, como na Reserva

Biológica da Represa do Grama em Descoberto-MG, a situação é justamente a

contrária, com altíssimo número de espécies epífitas ocorrentes (DE CASTRO

obs. de campo).

Gráfico-2: Categorização das espécies de acordo com localidade onde ocorrem espontaneamente.

Percentagem de hábitos por espécie

Arbusto10%

Árvore30%

Arvoreta14%Cipó

15%

Epífita1%

Erva30%

Arbusto

Árvore

Arvoreta

Cipó

Epífita

Erva

Gráfico-3: Diversidade percentual de espécies referentes aos hábitos dos vegetais coletados na Serra dos Núcleos

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Percentagem de espécies coletadas em cada ambiente

3%22%

11%43%

21% borda de curso d'água

borda de mata

encosta rochosa

Interior de mata

pasto

O ambiente onde mais se coletou (veja gráfico-4) foi o interior de mata, o

que não deixa de obedecer ao princípio da mega-diversidade de uma floresta

tropical típica. Mesmo sendo este caso, visualmente foi possível perceber o

enclausuramento pelo qual as relíquias florestais da área vêm passando onde

o sub-bosque, na maioria dos casos aparenta aspecto sujo, de pequena

transponibilidade e não raras vezes apresentando plantas de pequeno porte

invasoras, ao invés de ervas típicas do solo florestal. A percentagem de

espécies coletadas no interior da floresta foi 43% .

As bordas de mata seguiram em número de espécies, ao ambiente de

interior de mata, com 22% das espécies coletadas. Nada mais justo, se as

bordas de mata forem consideradas dentro do conceito de megadiversidade

das florestas tropicais. Na verdade uma floresta tropical não se manifesta de

maneira homogênea em seu continuum. Ao contrário, uma floresta se

apresenta em manchas de vegetação correspondentes a diversos níveis de

sucessão da vegetação (RICHARDS, 1981; TABARELI & MANTOVANI,

1999b). Desta forma uma floresta nunca será clímax em toda sua extensão,

pois sempre algum distúrbio ocorrerá numa floresta, como a morte e o

tombamento de uma árvore, abrindo uma clareira e permitindo que se inicie a

colonização de uma clareira partindo do início ao clímax da sucessão vegetal

(RICKFLES, 1996; RIZZINI, 1997).

O ambiente de pasto apresentou-se em terceiro lugar no ranking de

diversidade com 21% das espécies coletadas. Algo aparentemente

contraditório já que no pasto deveriam predominar grandes populações de

gramíneas selecionadas. Este problema na verdade é um reflexo do tipo de

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vegetação peculiar à região, que é a floresta estacional semidecidual montana

(VELOSO 1992, ALMEIDA-LAFETÁ 1998). O manejo de ervas daninhas nas

pastagens é bastante dificultoso devido à topografia que dificulta o trato

mecanizado, e a extensão das pastagens que dificulta o trato manual. Desta

forma a colonização destas por pioneiras de pequeno porte, que pelos

agricultores são denominadas invasoras de cultura, torna-se facilitado (KURT

1992; LEITÃO-FILHO 1972; LORENZI).

As encostas rochosas, com 11% das espécies coletadas, provavelmente

não foram bem amostradas, devido ao fato de em nenhum momento terem sido

percorridas continuamente do topo para a base. Isso sem dúvida é devido à

falta de disponibilidade material, principalmente cordas de tamanho suficiente

para a execução do transcurso com segurança. Mesmo sendo um ambiente de

difícil acesso ao homem e também pouco interessante a este, para muitas

plantas não há restrição alguma habitarem uma encosta rochosa. E este é o

caso de muitas plantas pioneiras de pequeno porte. Estas plantas que são

predominantes nas pastagens sujas, na verdade freqüentam todos os tipos de

ambientes que aqui tentamos delimitar. A justificativa para o predomínio deste

tipo de plantas deve-se à constante pressão antrópica que a área como um

todo vem recebendo. As plantas pioneiras de pequeno porte possuem várias

adaptações para sobreviverem em ambientes de condições extremas, no que

se refere à baixa disponibilidade de água, acidez do solo, teores nutricionais do

solo deficiente e catástrofes como fogo e geadas (RIZZINI 1997). É de se

ressaltar que algumas plantas classificadas neste caso, são de origem exótica.

As margens de curso d'água também foram pouco amostradas já que na

maioria dos casos a vegetação peculiar a este tipo de ambiente apresentou-se

completamente inexistente, estando substituída pela vegetação pioneira ruderal

freqüente nas pastagens locais.

A categoria ecofisiológica mais freqüente entre as espécies amostradas

foi a das pioneiras (60%). A riqueza desta categoria na amostragem é um

indicativo do nível sucessional pelo qual vem passando a paisagem da Serra

como um todo. Nas pastagens vem ocorrendo uma sucessão inicial dominada

por plantas de pequeno porte como já foi mencionado acima. Nas bordas de

mata também a situação é parecida, sendo possível perceber um maior

adensamento das plantas que ocupam este tipo de ambiente. Além disso, no

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próprio interior da mata nos topos de morro, devido ao formato e área

inadequados da mesma, o que não possibilita a existência de uma floresta

madura “saudável”, encontramos também espécies pioneiras. Veja gráfico-5.

As espécies secundárias seguem no ranking (32%), sendo composta

esta percentagem por plantas que ocupam o ambiente de mata. Muitas vezes a

amostra das espécies foi obtida a partir de indivíduos isolados, que foram

preservados com o objetivo de fornecer sombra ao gado. A ocorrência destas

espécies principalmente no interior da mata indica a idade em que se

estabeleceu o fragmento de floresta secundário, e o encurralamento do

mesmo. Este dado é corroborado pela baixíssima freqüência de espécies

clímax amostradas no ambiente (6%).

Percentagem de espécies relacionadas aos estágios sucess ionais

6%

60%

32%1% 1%

??SecundáriasClímaxPioneirasSecundárias

Quanto às síndromes de dispersão algumas informações puderam ser

obtidas. O tipo de síndrome de dispersão mais freqüente foi a endozoocórica

com 48% das espécies identificadas. Esta síndrome de dispersão é comum às

plantas florestais em seus diversos hábitos, ocupando estratos diferentes da

vegetação. Desta maneira especula-se que uma gama de animais pode estar

se beneficiando destas fontes energéticas. Este dado importa na questão da

regeneração natural. É fato que a fauna se desloca, e aqueles que podem

carregar propágulos o farão. Se admitirmos que os componentes da fauna local

se deslocam entre fragmentos próximos passando por áreas não florestadas,

estas receberão propágulos dos fragmentos circundantes. Este aspecto é

Gráfico-5: Percentagem das espécies amostradas relacionadas às suas categorias ecofisiológicas.

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interessante tanto na questão de se recuperar uma área de solo desgastado,

abandonado-o e permitindo uma incorporação gradual de matéria orgânica ao

mesmo; quanto na questão de se possuir uma área de floresta secundária, sem

o mínimo custo de manejo e insumos. Veja gráfico-6.

Apesar deste resultado aparentemente positivo temos em nosso ranking

do percentual de espécies em relação às síndromes de dispersão, em segundo

lugar as espécies anemocóricas e em terceiro as espécies autocóricas. Estas

síndromes de dispersão são características de plantas pertencentes à

categoria ecofisiológica das pioneiras. Somadas as duas (41%) alcançam um

percentual similar as endozoocóricas. Isso quer dizer aparentemente, que a

predominância destas características entre as espécies reflete-se no aspecto

da paisagem dominado por pasto infestado por invasoras ou ervas daninhas;

além da grande quantidade de cipós nas matas e bordas de mata que possuem

em sua maioria essas síndromes de dispersão. No caso dos cipós, o

predomínio destes em um ambiente florestal indica grau de perturbação alto na

comunidade. Os cipós atrapalham o crescimento de vegetais nobres como

muitas árvores, e também fragiliza a estabilidade sociológica da comunidade,

onde a queda de indivíduos arbóreos devido ao peso excessivo de cipós

juntamente com intempéries climáticas, gera grandes prejuízos à comunidade

florestal circundante. O manejo dos cipós deve ser feito com o auxílio técnico

de engenheiros florestais e pode ser inclusive, altamente rentável àqueles que

desejam realizar manejo florestal de modo a valorizar as espécies nobres, para

exploração e paisagismo.

Com relação às demais zoocorias houve uma baixa amostragem. As

sinzoocóricas que somam 4% da amostragem foram pouco frequentes pois

Percentagem das espécies relacionadas a suas síndromes de dispersão

4%

19%

48%

3%22% 2%1%

1%

? ?Anemo ?Zoo Anemo Endozoo Epizoo Sinzoo Auto

Gráfico-6: Percentagem de espécies relacionados às suas síndromes de dispersão

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esta síndrome de dispersão é relativa principalmente a plantas clímax. A baixa

amostragem de plantas clímax é uma justificativa para tal. Assim uma

questão pode ser levantada. Será que os agentes dispersores destas plantas

estão presentes no local? Esta dúvida surgiu, pois encontramos uma

população de Lecythis lanceolata Poir. (Lecythidaceae) com grande

adensamento de indivíduos. Em alguns levantamentos fitossociológicos onde é

encontrada a espécie, o número de indivíduos por hectare é geralmente baixo,

sendo que no local foram vistas ca. dez plantas adultas distantes de alguns

metros. Isso indica que os indivíduos desta espécie não estão se movendo e

acabam por permanecerem próximas aos parentais.

CONCLUSÃO

Este estudo, apesar de simplificado, devido às dificuldades e limitações

apontou um caso a respeito do estado de conservação da floresta atlântica na

Zona da Mata de Minas Gerais, que é preocupante. As espécies vegetais

relictuais restritas aos fragmentos de floresta secundários tem grande chance

de se extinguirem devido aos excessivos cruzamentos endogâmicos que

podem estar ocorrendo nestas comunidades, juntamente ao efeito de borda

que aniquilam a floresta de fora para dentro.

A aparência da vegetação que aqui tentamos representar através dos

dados florísticos, é permanentemente mantida por esforços humanos, onde a

compreensão da importância de se conservar aquilo está sob nossa

responsabilidade é nula.

A conseqüência da ignorância e falta de postura dos responsáveis pelas

políticas conservacionistas só serão lamentadas quando a paisagem

desertificada se manifestar em toda sua intensidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, D. S. Recuperação da Mata Atlântica. Ilhéus: Editus, 2000. 130p.

15

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16

GENTRY, A. H. A Field Guide To the Families and Genera of Woody Plants of Nothwett South America (Colombia, Ecuador, Peru ) with Suplementary Notes on Herbaceus Taxa. Washington: The University of Chicago Press, 1993. 895p. HEYWOOD, V. H. Flowering Plants of the World. Updated Edition. New York: Oxford University Press, 1993. 336p. JOLY, A. B. Botânica: Introdução à taxonomia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966. 634p. JUDD, W.S.; CAMPBELL, C. S.; KELLOGG, E. A. & STEVENS, P.F. Plant Systematics: A Phylogenetic Approach. Sunderland: Sinauer Associates, Inc., 1999. 464p. KISSMANN, K. G. & GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 1ª ed. São Paulo: BASF Brasileira S. A., 1992. 798p. LEITÃO-FILHO, H. F. et al.. Ecologia da Mata Atlântica em Cubatão (SP). São Paulo: Editora da Universidade Estadual Pulista; Campinas: Editora da Universidade de Campinas (natura naturata), 1993. 184p. LEITÃO-FILHO, H. F; ARANHA, C. &. BACHI, O. Plantas invasoras de culturas: vol II. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1982. 597pp. LORENZI, H. & SOUZA, H. M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1995. 736p. LORENZI, H. Arvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil vol I. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1992. 368p. LORENZI, H. Arvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil vol II. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1992. 368p. MABERLEY, D. J. The plant-book: A portable dictionary of hte higher plants. Cambridge: Cambridge University Press, 1987. 707p. OLIVEIRA-FILHO, A. T. & MACHADO, J. N. M.. Composição Florística de uma Floresta Semidecídua Montana, na Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais. Acta bot. Bras., São Paulo, vol. 7 n° 2, 71-88pp, 1993. PRIMACK, R. B. & RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: E. Rodrigues, 2001. 328p. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F. & EICHHORN, S. E.. Biologia Vegetal. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1996. 728p.

17

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ANEXO I

Quadro-1: Banco de dados referentes às espécies identificadas à partir dos espécimes coletados na Serra dos Núcleos em fevereiro de 2003. As letras das categorias significam: H= Hábito; E S= Estágio sucessional (categoria ecofisiológica); A= Ambiente ocupado preferencialmente; D= Síndrome de dispersão; O= Origem onde a planta ocorre espontaneamente. As letras referentes às variáveis significam: na categoria “Hábito”, E= erva, Arv= Árvore, Art= Arbusto, C= Cipó, Arb= Arbusto, Epí= Epífita; na categoria “Estágio sucessional”, C= Clímax, P= Pioneiras, S= Secundárias; na categoria “Ambiente”, Idm= Interior de mata, Er= Encosta rochosa, Bdm= Borda de mata, P= Pasto, Bca= borda de curso d’água; na categoria “Síndrome de dispersão”, A= Autocórica, Ez= Endozoocórica, Anm= Anemocórica, Epz= Epizoocórica, Sz= Sinzoocórica; na categoria “Origem”, N= Nativa, AC= América Central, A= Ásia, BP= Bacia do Prata, C= Cosmopolita.

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FAMÍLIA ESPÉCIE H E S A D O VERNÁCULO VULGAR Acanthaceae Ruellia E S Idm A N --

Agavaceae Agave E P Er A N Piteira

Amaranthaceae Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntze E P Bdm A N

Amaranthaceae Alternanthera paronichoides St. Hil. E P Er A N

Annonaceae Guatteria cf. australis St.Hil. Arv C Idm Ez N Pindaíba

Annonaceae Rollinia cf. laurifolia Schlecht Art S Bdm Ez N

Annonaceae Xylopia sericea A. St. Hil. Arv S Idm Ez N Pimenta de macaco

Apocynaceae Oxypetalum C P P Anm N ?

Apocynaceae Peschiera fuchsiaefolia Miers Arv P Bdm Ez N Esperta

Araceae Anthrium pentaphylum (Aubl.) G. Don. E C Idm Ez N Imbé

Araceae Xanthosoma E P Er Ez N Taióba

Aristolochiaceae Aristolochia cf. arcuata Mast. E P P Anm N ?

Asclepiadaceae Asclepias curassavica L. E P P Anm N Capitão de Sala

Asteraceae Centratherum punctatum Cass. E P P Anm N Perpétua Roxa

Asteraceae Cosmos bipinatus Cav. E P P Epz AC Picão de farde

Asteraceae Eupatoruim pauciflorum H.B.& K. E P P Anm N Botão azul

Asteraceae Wulffia stenoglossa D.C. E P Idm Anm N Cravo do campo

Asteraceae - E P P Anm ? ?

Asteraceae - Art P Er Anm ? ?

Begoniaceae Begonia cucullata Willd E P Bca Anm N Begonia

Bignoniaceae Adenocalymma salmoneum J. C. Gomes Art S Er Anm N ?

Bignoniaceae Arrabidaea leocopogon (Cham.) Sandwith. C P P Anm N ?

Bignoniaceae Arrabidaea pubescens (L.) A. H. Gentry C P Bdm Anm N ?

Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica Mart. Arv P Bdm Anm N Ipê verde

Bignoniaceae Fridericia speciosa Mart. C P Bdm Anm N ?

Bignoniaceae Lundia corymbifera (Vahl) Sandwith C P Bdm Anm N ?

Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum Schum. Arv P Bdm Anm N Cinco folhas

Bignoniaceae Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bur. ex Verlot Arv P Bdm Anm N Bolsa de Pr

Borginaceae Cordia corymbosa (L.) G. Don E P Bdm Ez ?N Pimenteira do campo

Borginaceae Cordia sellowiana Cham. Arv P Idm Ez N mata fome

Bromeliaceae Ananas E P P Ez N ?

Bromeliaceae Bilbergia cf. porteana Brongn ex. Beer Epí S Idm Ez N ?

Bromeliaceae Pitcairnia flamea Lindl. E C Er Anm N ?

Burseraceae Protium Arv C Idm Ez N ?

Cactaceae Rhipsalis baccifera (Mill.) Stearn. Epí S Idm Ez N Cacto macarrão

Cecropiaceae Cecropia hololeuca Miq. Arv S Bdm Ez N Embaúba branca

Cecropiaceae Cecropia pachystachya Trécul Arv P Bdm Ez N Embaúba

Celastraceae Maytenus robusta Reiss. Arv S Idm Ez N Saca rápido

Celtidaceae Celtis iguanaeus (Jacq.) Sarg. Art P Bdm Ez N Jameri

Celtidaceae Trema micrantha (L.) Blume Art P P Ez N Crindiúva

Chrysobalanaceae Hirtellacf. hebeclada Moric. Arv S Idm Ez N Comandatuva

Quadro – 1 (Cont.)

FAMÍLIA ESPÉCIE H E S A D O VERNÁCULO VULGAR

Clusiaceae Tovomitopsis Art C Idm ? N ?

Clusiaceae Vismia magnoliaefolia Cham. & Schldtl Arv P Idm Ez N Ruão

Commelinaceae Dichorisandra E S Idm Ez N ?

Connaraceae Connarus C S Idm Ez N ?

Convolvulaceae Ipomoea cf. nil (L.) Roth. C P P Anm N Corda de viola

Costaceae Costus spiralis (Jacq.) Roscoe E S Idm ? ?N Cana de macaco

Cyperaceae Scleria mitis Berg. E P Er A ? navalha de macaco

Cyperaceae ? Scleria E P Idm A ? ?

Cucurbitaceae Melothria fluminensis Gardn. C P P Ez N ?

Cucurbitaceae Momordica charantia L. C P P Ez A Melão de São Caetano

19

Cucurbitaceae Gurania C S Idm Ez N ?

Cucurbitaceae Wilbrandia hibiscoides Manso C P Idm Ez N ?

Cunoniaceae Lamanonia speciosa (Cambess.) L. B. Smith. Arv S Idm Anm N Guaperê

Dilleniaceae Davilla rugosa Poir. C P Bdm Ez N C caboclo

Elaeocarpaceae Sloanea Arv C Idm Ez N Pó de mico

Erythroxylaceae Erytroxylum Art S Idm Ez N ?

Euphorbiaceae Acalypha brasiliensisMuell. Arg. Arb P Idm A BP Tapa buraco

Euphorbiaceae Croton Arb P P A ? ?

Euphorbiaceae Croton lobatus L. Arb P Idm A N Café bravo

Euphorbiaceae Dalechampia C S Idm A N ?

Euphorbiaceae Dalechampia triphyllaLam. C S Bdm A N ?

Euphorbiaceae Euphorbia E P Bdm A N

Euphorbiaceae Euphorbia brasiliensis Lam. E P Bdm A N E de andorinha

Euphorbiaceae Euphorbia comosa Vell. E P Bdm A N Maleiteira

Euphorbiaceae Joannesia princeps Vell. Arv C Bdm Sz N Cutiera

Euphorbiaceae Mabea fistulifera Mart. Arv P Bdm A N Canudo de pito

Euphorbiaceae Manihot Art ? Idm A N Mandioca

Euphorbiaceae Pera Arv S Idm Ez N

Euphorbiaceae Sapium aff. glandulosum (L.) Morong Arv S P A N Tobocuva

Gesneriaceae Episcia porphyrotrica Leeuwenb. E P Er ?Anm N

Flacourtiaceae - Art P Bdm Ez ?N ?

Flacourtiaceae Carpotroche cf. brasiliensis Endl. Arv C Idm Ez N Ruchuchu

Labiateae Leonotis E P P Anm ? ?

Labiateae Origanum E P P A ? ?

Labiateae Scutellaria E ?S Idm A ?N ?

Labiateae Stachys E P P A ? ?

Lauraceae Nectandra aff. membranacea (Sw.) Griseb Arv S Idm Ez N Canela

Lauraceae Nectandra cf. oppositifolia Nees & Mart. ex Nees Arv S Idm Ez N Canela fedorenta

Lauraceae Ocotea brachybotra (Meissner) Mez Art C Idm Ez N Canela

Lauraceae Ocotea vilosa Kosterm. Arv C Idm Ez N Canela

Lauraceae - Arv ? Idm Ez N ?

Lecythidaceae Eschweilera ovata (Camb.) Miers Arv C P Sz N Biriba

Lecythidaceae Lecythis lanceolata Poir. Arv C Idm Sz N Sapucaia

Leg. - Caesalpinioideae Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr, Arv S Bdm Anm N Garapa

Leg. - Caesalpinioideae Cassia ferruginea Schrad ex. DC. Arv S Bdm A N Canafístula

Leg. - Caesalpinioideae Chamaecrista cf. nictitans Moench E P Idm A ? ?

Leg. - Caesalpinioideae Chamaecrista rotundifoliaGreeue E P P A N ?

Leg. - Caesalpinioideae Melanoxylon brauna Schott. Arv S Idm ?Anm N ?

Leg. - Caesalpinioideae Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Arv P P Anm N Sobrasil

Leg. - Caesalpinioideae Senna affinis (Benth.) Irwin & Barneby Arb P Bdm A N ?

Leg. - Caesalpinioideae Senna macranthera (DC. ex Collad.) Irwin & Baneby Arv P Idm Ez N Fedegoso

Leg. - Caesalpinioideae Senna multijuga (Rich.) H. S. Irwin & Barn Arv P Bdm A N Pau-cigarra

Quadro – 1 (Cont.)

FAMÍLIA ESPÉCIE H E S A D O VERNÁCULO VULGAR

Leg. - Caesalpinioideae Senna obtusifolia (L.) Irwin & Barneby Arb P Bdm A ?N ?

Leg. - Caesalpinioideae Senna ocidentalis (L.) Link. Arb P P ? ?N ?

Leg. - Faboideae Aeschynomene selloi Vog. E P P Epz ?N Carrapicho

Leg. - Faboideae Arachis Arb P P ? N Amendoim selvagem

Leg. - Faboideae Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex. Benth Arv S Bca Anm N Jacarandá preto

Leg. - Faboideae Deguelia spruceana (Benth.) Az. Tozzi Arv P Bca ? N Embira de carrapato

Leg. - Faboideae Desmodium adscens (Sw.) DC. E P P Epz ?N Carrapicho

Leg. - Faboideae Desmodium cf. pabulare Hoehne C P Bca Epz N Carrapicho

Leg. - Faboideae Indigifera suffruticosa Mill. Arb P P A N Anil

Leg. - Faboideae Macherium cf. firmum (Vell. Conc.) Benth. Arv P Bdm Anm N Bico de pato

20

Leg. - Faboideae Macherium hirtum (Vell.) Stellfeld Arv P Er Anm N Bico de pato

Leg. - Faboideae Platypodium elegans Vogel Arv P P Anm N Amendoim do campo

Leg. - Faboideae Rhyncosia cf. leucocephala C S Idm A N ?

Leg. - Faboideae Swartzia oblata Cowan Arv S Bdm Zoo N Saco de mono

Leg. - Mimosoideae Acacia polyphylla DC. C P Idm A N Arranha gato

Leg. - Mimosoideae Acacia plumosa DC. Arv P Bdm ? N Angico gambá

Leg. - Mimosoideae Anadenathera peregrina (Spreng.) Arv P Bdm A N Angico

Leg. - Mimosoideae Piptadenia aff. adiantoides (Sprengel) Macbr. Art P Er A N ?

Leg. - Mimosoideae Piptadenia gonoacantha Macbr. Arv P Bdm A N Pau-jacaré

Leg. - Mimosoideae Stryphnodendron polyphyllum Mart. Arv S Bdm ?Zoo N Barbatimão

Loranthaceae Phoradendron aff. crassifolium (Pohl) Eicl. C P Idm Ez N E de passarinho

Malpighiaceae Banisteriopsis muricata (Cav.) Cuatrec. C P Bdm Anm N ?

Malpighiaceae Byrsonima aff. sericea DC. Arv P Idm Ez N Murici

Malpighiaceae Tetrapterys C P Bdm Anm N ?

Malvaceae Gaya pilosa K. Schum E P P A N Guaxima

Malvaceae Pavonia comunis St. Hil. E P P A N Arranca-Estrepe

Malvaceae Sida cordifolia L. E P P A N Guanxuma-branca

Malvaceae Sida linifolia Cav. E P P A N Guanxuma de folha fina

Melastomataceae Clidemia Arb S Idm Zoo N Pixirica

Melastomataceae Clidemia hirta (L.) D. Don E P P Ez N Pixirica do barranco

Melastomataceae Leandra Arb S Idm Ez N ?

Melastomataceae Ossaea amygdaloides (DC.) Triana C S Idm Ez N ?

Melastomataceae Miconia latecrenata (DC.) Naudin Art P Idm Ez N Pixiricuçu

Melastomataceae Tibouchina grandifolia Cogn Arb P Er Anm N Tibuchina

Melastomataceae Tibouchina granulosa Cogn. Arv P Bdm Anm N Manacá

Meliaceae Cedrela fissilis Vell. Arv S P Anm N Cedro

Meliaceae Guarea guidonia(L.) Sleumer Arv S Bca Ez N Canjerana miúda

Meliaceae Trichilia Arv P Bca Ez N ?

Mendonciaceae Mendoncia cocccinea Ruíz & Pav. C S Idm ?Zoo N Mendoncia

Menispermaceae Abuta C S Idm Ez N Abuta

Menispermaceae Chondodendron C S Idm Ez N Abuta

Monimiaceae Siparuna Art S Idm Ez N ?

Moraceae Dorstenia arifolia Lam. E S Idm A N Carapiá

Moraceae Ficus arpazusa Casareto Arv P Bdm Ez N Gameleira

Moraceae Ficus gomelleira Kunth. ex Bouché Arv P Bdm Ez N Gameleira

Moraceae Ficus guaranitica Schodat Arv S Bdm Ez N Figueira

Moraceae Ficus mexiae Standley Arv S Idm Ez N Figueira de Mexia

Myrtaceae Campomanesia laurifolia Gardner Art S Idm Ez N ?

Myrtaceae Eugenia Art S Er Ez N ?

Myrtaceae Myrcia Art P Idm Ez N ?

Myrtaceae Myrcia Art P Idm Ez N ?

Myrtaceae Myrciaria Art S Idm Ez N ?

Ochnaceae Ouratea parviflora (DC.) Baill Arb S Idm Ez N ?

Quadro – 1 (Cont.)

FAMÍLIA ESPÉCIE H E S A D O VERNÁCULO VULGAR

Orchidaceae Cyrtopodium E P Er Anm N Cirtopódio

Orchidaceae Erythrodes hylibates (Rchb. f.) Garay & Pabst E S Idm Anm N ?

Orchidaceae Habenaria petalodes Lindl. E P Er Anm N ?

Orchidaceae Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. E S Idm Anm N

Oxalidaceae Oxalis E ?S Idm Anm N Azedinha

Piperaceae Ottonia propinqua Kunth. E S Idm Ez N ?

Piperaceae Piper E S Idm Ez N ?

Piperaceae Piper mollicomum Kunth. E P Idm Ez N ?

Piperaceae Peperomia E P Er Ez N ?

21

Poaceae Andropogon cf. bicornis L. E P Er Anm N Rabo de burro

Poaceae Lasiacis aff. sorghoidea (Desv.) Hitch. & Chase E ?S Idm Epz ?N ?

Poaceae Panicum E P Idm Epz ? ?

Portulacaceae Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn E P Er Ez N João Gomes

Rhamnaceae Colubrina glandulosa Perkins Arv P P A N Sobrasil

Rhamnaceae Gouania C P Er ? N ?

Rubiaceae Bathysa Arv S Idm A N Quina do mato

Rubiaceae Borreria verticilata (L.) G. F. W. Meyer E P P A ? Cordão de frade

Rubiaceae Chiococca alba Hitch. C S Idm Ez N ?

Rubiaceae Coccocypselum E S Idm Ez N Falsa ipeca

Rubiaceae Faramea Art S Idm Ez N ?

Rubiaceae Palicourea Arb S Idm Ez N ?

Rubiaceae Psychotria sp1 Arb S Idm Ez N ?

Rubiaceae Psychotria sp2 Art S Idm Ez N ?

Rubiaceae Psychotria sp3 Art S Idm Ez N ?

Rubiaceae Psychotria sp4 Art S Idm Ez N ?

Rubiaceae - Arb S Idm Ez N ?

Rubiaceae - Art S Idm Ez N ?

Rubiaceae - Arb S Idm Ez N ?

Rutaceae Hortia arborea Engl. Arv S Idm Ez N Casca d'anta

Rutaceae Zanthoxylon caribaeum Lam. Arv P Er Ez N Mamica de porca

Sapindaceae Allophylus edullis (St. Hil.) Radlkofen Art P Idm Ez N Murta branca

Sapindaceae Cupania oblongifolia Mart. Arv P Er Ez N Camboatã

Sapindaceae Cupania Art P Bdm Ez N Camboatã

Sapindaceae Cardiospermum C P Bdm A ? Balãozinho

Sapindaceae Paullinia stipularis Benth ex. Radlk C S Idm Ez N Guaraná

Sapindaceae Serjania C P Bdm Anm N ?

Sapotaceae - Arv S Idm Ez N ?

Solanaceae Brunfelsia Arb S Er A N Manacá

Solanaceae Capsicum E P Idm Ez N Pimenta

Solanaceae Cestrum amictum Schlecht. Arb P Bdm Ez N Dama da noite (falsa)

Solanaceae Solanum aculeatissimum Jacq. E P P Ez N Juá

Solanaceae Solanum cernuum Vell. Arb P Idm Ez N Panacéia

Solanaceae Solanum concinnum Schott ex Sendt. Arb P Bdm Ez N ?

Solanaceae Solanum lycocarpum A. St. Hil. Art P P Ez N Fruta de lobo

Smilacaceae Smilax C S Idm Ez N ?

Sterculiaceae Walteria indica L. E P P Epz C Falsa guanxuma

Tiliaceae Luehea candicans Mart. et Zucc. Art P Idm A N Açoita cavalo

Tiliaceae Luehea cf. grandiflora Mart. Arv P Bdm A N Açoita cavalo

Tiliaceae Luehea cf. paniculata Mart. Art P P A N Açoita cavalo

Trigoniaceae Trigonia C P Er Anm N ?

Urticaceae Urera baccifera Gaudich. Art P Er Ez N Urtiga

Verbenaceae Aegiphila lhotskiana Cham. Art P P Ez N tamanqueira

Quadro – 1 (Cont.)

FAMÍLIA ESPÉCIE H E S A D O VERNÁCULO VULGAR

Verbenaceae Lantana camara L. E P P Ez N cambará

Verbenaceae Lantana fucata Lindl. E P P Ez N ?

Verbenaceae Stachytarphetacf.cajanensis Cham. E P P Ez N ?

Verbenaceae Vitex polygama Cham. Arv P Bdm Ez N Maria preta

Verbenaceae Vitex Arv S Idm Ez N ?

Violaceae Hybanthus E ? Idm ? ?N ?

Vitaceae Cissus erosa Rich. C P Bca Ez N ?

Vochysiaceae Vochysia magnifica Warm. Arv C Idm Anm N Cinzeiro da terra

22

ANEXO II

Figura – 1: Perfil ilustrativo da vegetação de interior de floresta de topo de morro. Altura

máxima do dossel chega a 20 m. Observe a inclusão de um indivíduo (8) da categoria clímax.

Os cipós não foram representados fielmente. A epífita representada é Rhipsalis baccifera. Os

indivíduos estão numerados: 1) Apuleia leiocarpa, 2) Casearia, 3) Mimosoideae, 4) Indet sp1,

5) Indet sp2, 6) Casearia, 7) Sparattosperma leucanthum, 8) Byrsonima, 9) Piptadenia

gonoacantha 10) Xylopia serícea, 11) Xylopia serícea, 12) Solanaceae, 13) Myrtaceae