Fluxo de Caixa Descontado

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MEC-SETEC INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS – Campus Formiga Curso de Tecnologia em Gestão Financeira EXPLICANDO O MÉTODO FDC MATEUS RODRIGUES Orientador: Prof. Alisson Ferreira

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Uma revisão bibliográfica sobre Fluxo de Caixa descontado

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MEC-SETECINSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS Campus FormigaCurso de Tecnologia em Gesto Financeira

EXPLICANDO O MTODO FDC

MATEUS RODRIGUES

Orientador: Prof. Alisson Ferreira

FORMIGA MG2015

MATEUS RODRIGUES

EXPLICANDO O MTODO FDC

Trabalho apresentado ao curso de Tecnologia em Gesto Financeira do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia, Campus Formiga, como requisito parcial para a matria de Avaliao de Empresas.

FORMIGA MG2015SUMRIO

1.FLUXO DE CAIXA DESCONTADO:12.TAXA DE CRESCIMENTO (G):23.MODELO CAPM:3REFERNCIAS:5

1. FLUXO DE CAIXA DESCONTADO:

A avaliao de uma empresa para a teoria de finanas volta-se, essencialmente, a seu valor intrnseco, o qual funo dos benefcios econmicos esperados de caixa, do risco associado a esses resultados previstos e da taxa de retorno requerida pelo proprietrio de capital e tratada na metodologia de avaliao de empresas pelo custo mdio ponderado de capital (WAAC). So esses parmetros bsicos, definidos pelas expectativas dos investidores com relao ao desemprenho econmico esperado e seu grau de averso ao risco, que determinas o valor de uma empresa. No entanto, o valor justo da empresa determinado atravs do fluxo de caixa projetado, descontado a uma taxa que reflita o risco associado ao investimento na mesma. (ASSAF NETO, 2008)Uma empresa avaliada por sua riqueza econmica expressa a valor presente, dimensionada pelos benefcios de caixa esperados no futuro e descontados por uma taxa de atratividade que reflete o custo de oportunidade dos vrios provedores de capital. (ASSAF NETO, 2008). Esta definio conhecida como fluxo de caixa descontado. O valor da empresa atravs do fluxo de caixa descontado pode ser obtido pela seguinte frmula:

VALOR = FCO / (1 + k) + FCO / ( 1 + k) + FCO / (1 + k) +.........+

Onde:

Valor: o valor econmico presente do investimento;FCO: o fluxo de caixa operacional;K: taxa de desconto, que representa o WACC;

Perodo residual a perpetuidade da projeo, onde no possvel identificar os detalhamentos dos fluxos de caixa para cada perodo. A importncia de um conhecimento mais amplo da perpetuidade essencial na avaliao das empresas no atual ambiente de negcios, principalmente em razo do valor da empresa ser constitudo, em parcela expressiva, pelo seu valor residual. Em alguns setores, como os de alta tecnologia e competitividade de mercado, por exemplo, os investimentos explcitos costumam superar a gerao operacional de caixa, apurando esses negcios valor econmico mais expressivo somente na perpetuidade.Admitindo a perpetuidade e a manuteno dos valores de fluxo de caixa, tem-se:

VALOR = FCO j / KConsiderando ainda que, os fluxos de caixa cresam todo ano a uma taxa g constante, a formulao do valor presente de um fluxo perptuo apresenta-se da seguinte forma:

VALOR = FCO / K g

Esta expresso, conhecida como modelo de Gordon, permite apurar o valor presente de um fluxo de caixa perptuo que apresenta um crescimento constante g.

2. TAXA DE CRESCIMENTO (G):

A taxa de crescimento dos fluxos de caixa (g) formada pelo percentual de reinvestimento dos fluxos operacionais de caixa (b) e a taxa de retorno deste capital aplicado (r). Por exemplo, se a empresa reinveste 40% de seus fluxos operacionais de caixa apurando uma taxa de retorno de 15% sobre o investimento, admite-se que o crescimento dos resultados de caixa atinja a taxa de 6% ao ano (g = 40% x 15%). A grande vantagem competitiva da empresa em agregar valor atravs de um maior crescimento, explicada basicamente pelas oportunidades identificadas de expanso e criao de novos negcios e produtos. Uma empresa criadora de valor deve buscar continuamente novas alternativas de crescimento, identificando suas estratgias competitivas nas oportunidades de negcios com ROI > WACC identificadas. (ASSAF NETO, 2008)A taxa de crescimento (g) pode ser definida pela equao:

g = b x r

Onde:

g = taxa de crescimento;b = taxa de reinvestimento dos fluxos operacionais de caixa;r = taxa de retorno do capital aplicado3. MODELO CAPM:

O modelo CAPM, estabelece uma relao linear entre risco e retorno para todos os ativos, permitindo apurar-se, para cada nvel de risco assumido, a taxa de retorno que premia essa situao. Embora apresente algumas limitaes, o modelo extremamente til para avaliar e relacionar risco e retorno, sendo o mais utilizado pela literatura financeira ao estimar o custo de capital prprio.O risco total de um ativo pode ser avaliado em duas partes: sistemtico e diversificvel. A parcela do risco sistemtico determinada por fatores conjunturais e de mercado que atingem todas as empresas. Esse risco permanece na carteira independentemente da diversificao, sendo relevante para todo investidor. Exemplos de risco sistemtico so: crise cambial, crise poltica, guerras, inflao etc.O risco diversificvel aquele que pode ser eliminado pela diversificao. Esse risco no deve preocupar o investido diversificado, sendo identificado apenas no contexto especfico da empresa. Um investidor diversificado deve exigir remunerao apenas do risco sistemtico incorrido. Exemplos de risco diversificvel: endividamento, concorrncia, greves, etc. Os benefcios da diversificao so demonstrados na figura abaixo, retratando o desempenho do risco medida que so adicionadas maiores quantidade de aes. Nesse grfico demonstrado que o risco total da carteira reduzido a media que so adicionada novas aes. Ao adicionar aes com baixa ou negativa, a correlao pode diminuir o risco do portflio, porm nunca elimin-lo. A parcela do risco eliminado a diversificvel, e um portfolio bem diversificado ainda mantm certo resduo de risco, definido por risco sistemtico. extremamente dificultoso eliminar esse risco, pois depende da incerteza de fatores conjunturais e macroeconmicos afetando todos os ativos.

O risco sistemtico contido em um ttulo com risco medido, no modelo do CAPM, por seu coeficiente beta, o qual pode ser mensurado pela inclinao da reta de regresso linear entre os retornos do ttulo e os retornos da carteira de mercado, normalmente identificada pela carteira de aes. A carteira de mercado considerada a mais diversificada, contendo apenas risco sistemtico, sendo o seu beta igual a 1.0. Para todo ativo com beta igual a 1.0 , entende-se que seu retorno move-se na mesma direo e com a mesma intensidade do retorno mdio da carteira de mercado. Nesse caso, o risco do ativo igual ao risco sistemtico da carteira de mercado. Um ativo beta maior que 1.0, indica um risco maior do que o de mercado, devendo esperar-se tambm uma taxa de retorno mais elevada de maneira a remunerar esse risco adicional. Ativo com beta inferior a 1.0, apresenta uma volatilidade menor que a de mercado, indicando um risco menor que o risco sistemtico presente na carteira de mercado, e tambm menor expectativa de retorno. A taxa de retorno requerida de um investimento determinada pela SML, e relaciona-se ao seu beta pela equao:

K= Rf + B (Rm Rf)

Onde:

K = taxa de retorno requerido para o investimento, entendido como custo de capital;Rf = taxa de retorno de um ativo livre de risco;Rm = taxa de retorno da carteira de mercado;B = coeficiente beta do ttulo;(Rm-Rf) = prmio pelo risco de Mercado;

REFERNCIAS:

ASSAF NETO, Alexandre. Finanas Corporativas e Valor. 3 edio. So Paulo: Atlas, 2008.

ASSAF NETO, Alexandre. Crescimento dos Fluxos de Caixa na Avaliao da Pepetuidade das Empresas. Disponvel em: < http://www.institutoassaf.com.br/> Acesso em: 07 maio. 2015.F

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