FoCA - 12ª Edição

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Distribuição Gratuita Quem nunca fez? Pág. 6 LOUCURAS! ELAS QUEREM MAIS UM... Pág. 10 SAIBA MAIS SOBRE O FILME: "Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos" Pág. 3 Ano 4 - 12" Edição, Maio 2013 A UM PASSO Da carreira profissional Pág. 8 RESPONSABILIDADE SOBRE RODAS Pág. 4

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O FoCA é um jornal realizado, como parte das atividades da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA), por estudantes de Jornalismo, Fotografia e Artes da Faculdade de Comunicação, Artes e Design (FCAD), do Ceunsp.

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Quem nunca fez? Pág. 6

LOUCURAS!ELAS QUEREM MAIS UM... Pág. 10

SAIBA MAIS SOBRE O FILME:

"Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos" Pág. 3Ano 4 - 12" Edição, Maio 2013

A UM PASSODa carreira profissional Pág. 8

RESPONSABILIDADE SOBRE RODAS Pág. 4

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EDITORIAL

Professora Orientadora: Ms. Roberta Steganha - [email protected] Editora chefe: Juliana Sandres - [email protected]

Repórteres: Carolina Namura, Hugo Antoneli, Joana Maria Silva, Stephanie Wang e Fábio Duran Repórter iniciante: Marcos Vinicius Rodrigues Fotógrafa: Marina Nishikava

Arte: Tais Fantoni Colaboração: Karina Rinaldi Diagramação: Juliana Sandres

EXPEDIENTE FoCA - 2013

www.facebook.com/FocaCeunsp

Idade: 27 anosTrabalha há 6 anos na FCAD

Função: Professor e coordenador de logística.

O que faz fora da FCAD : Baixista da Banda ‘Shaman’

e Produtor Musical.

Conheça um pouco mais sobre os profissionais que atuam na área técnica da FCAD

Idade: 22 anosTrabalha há 1 mês na FCAD Função : Comunicação Interna

O que faz fora da FCAD : Atua no mercado de RP

Idade : 22 anosTrabalha há 1 mês na FCAD

Função: Editor de vídeo e fotografia

O que faz Fora da FCAD: Atua como fotógrafo

Idade: 22 anosTrabalha a 1 mês na FCAD

Função: Comunicação externa (Social Mídia)

O que faz fora da FCAD: Produtora Executiva

Idade : 20 anosTrabalha há 1 mês na FCAD

Função: Técnico de áudio e gravação

O que faz fora da FCAD : Produtor Musical e vocalista da banda

‘Soul Master’

Mateus Alves

Fernando Quesada

Gilson Santos

Melissa Carvalho (Mel)

Mariana Gadernal

“Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos”

“Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos” é uma crônica sobre relacionamentos urbanos e contemporâneos. No filme Zeca é um aspirante a escritor de 30 anos que mergulha em uma crise criativa e existencial. Entre um rascunho e outro daquilo que deveria ser seu primeiro livro, Zeca passa a desconfiar que Júlia, sua esposa, o trai com outra mulher, Carol. Mas o principal conflito se estabelece quando Zeca, ao tentar comprovar a traição, também se apaixona por Carol.

A princípio o título, reforçado pela sinopse, nos fazem crer que se trata de uma comédia romântica. E talvez o seja – o filme tem boas doses de romance e humor, garantido, sobretudo, pelo tom irônico de certas passagens. Mas “Histórias de Amor” tem também preocupações existencialistas. O texto autorreferente deixa clara a premissa de estruturar um romance dentro desses 90 min (o que de fato é feito, já que essa é a duração do próprio filme), mas nenhuma fórmula mágica conduz a história. O imponderável acontece, e cabe a Zeca, somente a ele, tomar as decisões que levam ao desfecho.

Nos diálogos são várias citações à literatura, principalmente nas conversas entre Zeca e seu pai. Mas a maior referência literária não está explícita no texto, e sim no centro do conflito. A história de Zeca está muito próxima de Dom Casmurro. Machado de Assis aparece não só nas ironias, mas também no ciúme que toma o personagem. Zeca não sabe o que quer da vida, assim como o inseguro Bentinho, e tal como o personagem de Machado, o escritor cai de amores por

mulheres fortes e decididas.Zeca e Carol vivem um breve romance, que coloca em risco o casamento dele e a amizade dela com Júlia. E a traição de Júlia seria um fato consumado ou apenas paranoia de Zeca? O filme é feliz em omitir detalhes da relação de Júlia e Carol do espectador (a história se passa inteiramente sob o ponto de vista Zeca). Numa saída machadiana, e assim como Zeca, nunca descobrimos se as duas tiveram um caso.

Em muitos aspectos a história também lembra um filme noir. Sempre envolto pela fumaça de seu cigarro, Zeca se vê enredado em uma trama de obsessão e traição. Carol é a femme fatale por quem ele se mataria, se tivesse coragem para tanto. A diferença fica pela ausência de crimes. Se no noir os crimes ajudavam a retratar o mal-estar do pós-guerra, o mal-estar de Zeca vem do vazio: aos trinta anos não precisa trabalhar (ainda é sustentado pelo pai), está há cinco em um relacionamento estável e pertence a uma geração sem grandes propósitos. Talvez tenha sido justamente pela ausência de conflitos em sua vida que o personagem acreditou que era traído. E quando tudo parecia estar bem novamente, ele precisou criar outros obstáculos e armadilhas. Aos poucos, Zeca revela uma incapacidade de acreditar em si mesmo, incapacidade de ser feliz.

A narração de Zeca lembra a narração de redenção presente em muitos filmes noir. E embora ele não

Publicado no site Plano Sequência, como parte da AECA de Cinema. www.planosequencia.com

Autor: Melissa Vassalli

FoCA FoCAEQUIPE TÉCNICA FCAD CULTURA

esteja de fato morto enquanto narra o filme, é possível considerar ao final que uma parte dele tenha morrido – o homem mimado, que agia feito adolescente. Pois ainda que não tenha amadurecido completamente, Zeca não poderia reviver sua história e sair imune. A percepção do personagem de que “histórias de amor duram apenas 90 minutos, a vida possui histórias muito mais longas e interessantes” comprova isso. Foi só a partir de uma experiência real e profunda que, de banho tomado e alma lavada, Zeca pôde se sentar em frente ao computador e prosseguir com seu trabalho.

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Esta é a segunda edição do FoCA neste ano, com o grupo totalmente renovado. Nosso projeto está em fase de transformações e adaptações, portanto é possível notar algumas diferenças no leiaute desta edição para as anteriores.

Trazemos como matéria especial neste mês, uma reportagem que trata sobre as loucuras que os fãs fazem para ficarem um pouco mais perto de seus ídolos. Nossos repórteres escreveram também sobre o sonho de alguns jovens em conseguir tirar a Carteina Nacional de Habilitação e as dificuldades que surgem durante esse processo.

Além disso, o FoCA aborda um assunto recorrente entre os estudantes universitários: O estágio. Você sabe como se preparar para uma entrevista? Ou, o que fazer para ser um bom estagiário e ter a chance de ser efetivado em sua empresa? Então leia as dicas que preparamos para você e fique por dentro das exigências do mercado de trabalho.

Confira em nossa última página, algumas fotos da Virada Fashion FCAD, que começou na noite de sexta-feira (26) e seguiu pela madrugada. A Virada foi organizada pelos alunos de Eventos e envolveu estudantes de Moda e Fotografia.

-----------------------Obrigada FoCAs, pela superação de todos em finalizar esta edição.

Juliana Sandres

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VIDA UNIVERSITÁRIA

Conseguir tirar a carteira de habilitação pode ser o sonho de muitos jovens, mas, é claro que quando a ideia for sair com os amigos para um barzinho, e consumir bebidas alcoólicas, providências terão que ser tomadas para não ir contra a legislação. É então que o transporte público, os táxis e as caronas entram de volta na história. Ou, pelo menos, é o que deveria ser feito para se garantir a segurança.

A lei seca é um exemplo de que uma das funções da autoescola, além de ensinar a dirigir, é embutir nos jovens a conscientização sobre a legislação brasileira e a responsabilidade que se deve ter ao volante.

Nos últimos anos o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) tem tomado medidas que vem encarecendo os custos da primeira habilitação. Em 2009 houve o aumento do número exigido de aulas práticas e teóricas – hora/aulas de 15 práticas e 30 teóricas para 20 e 45, respectivamente. Em 2010 as autoescolas estenderam seus horários para se adaptar e oferecer aulas noturnas e no segundo semestre deste ano será implantado o simulador de direção, que também irá influenciar no preço da primeira habilitação. O simulador causará um acréscimo de 5 horas na carga horária, somente para a categoria B, que passará a ser de 50 horas/aula. Todas estas medidas foram criadas com o intuito de melhorar a capacitação dos condutores antes de habilitados, como forma de conscientização e preparação, para a redução das imprudências no trânsito, que podem trazer resultados fatais.

As aulas possibilitam que as pessoas saibam se realmente podem ser bons motoristas, como é o caso do analista de sistemas, Gil Cleber Barboza, 26, que logo na primeira aula quase bateu o carro de frente com um ônibus. Em outra situação ele passou em frente a um Hospital e por pouco não atropelou um vizinho que levava o neto ao médico. Além disso, suas aulas noturnas obrigatórias foram debaixo de chuva. “Tudo isso já indicava que isso não daria muito certo”, confessa. “Felizmente eu tenho bom senso o suficiente para aceitar essa realidade, pois na verdade eu nunca pensei em tirar habilitação, foi uma iniciativa da minha esposa, que acabou me arrastando”. Sua esposa, Katelyn Barboza, concorda: “É importante porque teoricamente,

Por Fábio Duran

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O sonho de muitos jovens é conquistar a tão sonhada Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e se ver livre da dependência dos pais, do transporte

público, de táxis e caronas.

seria uma maneira de formar motoristas mais capacitados e conscientes, pois no trânsito a pessoa está lidando com vidas. Isso deu certo no nosso caso, visto que um decidiu não ser motorista, pois viu que não levava jeito para isso, e o outro aprendeu da paciência e das leis para ser um bom motorista.”

Vanessa Marconi, 25, foi reprovada em seu primeiro exame prático, mas isso não a desanimou, já que sua família a estimulou na iniciativa: “Meu irmão, mãe e tia foram fundamentais, pois me deram muito apoio, porque quando eu reprovei no primeiro exame eu queria parar por achar que não iria conseguir. Foi aí que eles me deram uma superforça” e assegura: “Senti que me superei e que aprendi uma coisa que para mim parecia um bicho de sete cabeças. Enfim consegui e estou habilitada.”

Segundo Juliano Nazareth, instrutor de trânsito, há uma porcentagem considerável de pessoas que desistem após a primeira reprova, é neste momento que ele enfatiza a sua função. Além de ensinar, o instrutor também deve estimular os futuros condutores a vencer suas barreiras. “Tenho o hábito de dizer que dirigir é fácil, o difícil é você ser um condutor que tenha conhecimento e habilidade para conduzir um veículo de maneira segura, agradável e principalmente responsável”, declara.

Para Nazareth, o simulador que será implantado no segundo semestre deste ano, traz pontos positivos e negativos. O negativo se limita ao reajuste do preço: “O valor vai realmente aumentar, mas vamos olhar o lado bom, o simulador aumentará a segurança e tranquilidade do aluno”, mas ele reforça a importância do instrutor em preparar o aluno antes da primeira partida: “Os instrutores

RESPONSABILIDADE SOBRE RODAS

"Dirigir é fácil, o difícil é você ser um condutor que tenha conhecimento e habilidade para conduzir

um veículo de maneira segura, agradável e principalmente responsável”

têm por obrigação simular todos os movimentos práticos com o veículo parado para depois coloca−lo em movimentação; costumo falar que para você estar bem no trânsito tem que primeiramente estar bem dentro do veículo”. Ivone do Ó, instrutora teórica técnica, diz que o simulador também trará fatores importantes para a direção defensiva: “O aluno terá conhecimento de situações adversas que até o momento só conheceria no teórico”, afirma.

Todas as adaptações feitas pelo CONTRAN nos últimos anos vêm com a finalidade de formar melhores motoristas, pois os alunos serão os futuros condutores. Para isso, conhecimento de leis, normas e regras de trânsito, direção defensiva, primeiros socorros, meio ambiente, cidadania, sinalização, manutenção veicular, dentre outras informações relacionadas ao trânsito são de extrema importância antes de pisar no acelerador.

Muitos desistem após a primeira reporvação

Tais Fantoni

www.facebook.com/casa.tia

CURIOSIDADES SOBRE HABILITAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

CNH EMITIDAS “Em julho 2012, mais de 460 mil habilitações foram emitidas em todo o Estado de São Paulo – maior número já registrado em toda a história do Detran-SP, em um único mês. No mesmo período do ano passado, como comparativo, foram emitidos 396 mil documentos, demonstrando crescimento de 16%. O índice contempla a emissão de 1ª habilitação, 2ª via e renovação do documento, além da CNH Definitiva e da Permissão Internacional para Dirigir (PID).

Na última década, se comparados os anos de 2001 e 2011, houve aumento de 59% na emissão de CNHs em todo o Estado de São Paulo: em 2001 foram 2,8 milhões de documentos emitidos, enquanto em 2011 foram 4,5 milhões.”

Fonte: Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes Urbanos, Metropolitanos,

Intermunicipais, de Guarulhos e Região

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CUIDADO!

FoCA FoCA

Carteira de Habilitação: Um sonho de muitos jovens.

COMPORTAMENTO

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Quem nunca fez?

Existem várias formas de fanatismo: político, esportivo, religioso, musical, dentre outros, por toda a parte, assim como as discussões sobre os seus limites. John Lennon, o papa João Paulo II e a princesa Diana, foram vítimas de fãs enlouquecidos e são exemplos de como é importante discutir os limites de cada um, afinal, quem não tem um ídolo que admire, seja de qual área for?

Os estudantes Cíntia Gomes, 15, e Igor Fernandes, 16, são fãs do cantor Luan Santana. "Pela historia, vida e voz dele. Tudo nele me encanta. Tenho muito orgulho de ser fã dele", afirma Igor. Cintia admira a humildade e o carisma do cantor: "As músicas dele se encaixam com o meu estado sentimental", diz. Ela já chegou 13h antes do show começar só para ficar mais perto do ídolo: "Não é loucura, é amor. Eu faria tudo de novo", afirma. Igor foi mais longe: "Pulei o muro para tentar conseguir um abraço dele. Quando vi ele e chamei, os seguranças vieram e me tiraram. Quando eu vi tinha machucado meus braços e rasgado a minha calça. Não me arrependo, porque consegui falar um pouco com ele, mas eu não vou desistir", conta.

Para o psicólogo Alexandre Ferreira, ter ídolos é interessante e pode interferir positivamente ou negativamente na identificação na fase da adolescência: "O que determina a polaridade é o quanto interfere, a forma e a valorização que a pessoa atribui", afirma. "Hoje vivemos em um mundo globalizado e rico em programas televisivos brasileiros e internacionais que estimulam o consumismo e a criação diária de LO

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S novos ídolos", diz o especialista. Pesquisas indicam que o Brasil é o país que mais tem fã-clubes do mundo.

Maria Clara Sobral, 18, de Jornalismo e Danielle Tamanini, 17, curtem a banda de rock britânica Mcfly. "Fiz até uma tatuagem por eles. As músicas deles e as pessoas que eles são me conquistaram para valer e quando eu vi, o foco da minha vida estava neles", conta Maria. Além do Mcfly, Danielle também é fã de Tom Delonge, da banda norte-americana Blink 182: "Tom teve uma vida complicada, tudo sempre foi muito difícil, acho ele um verdadeiro exemplo, tenho muita admiração", fala. Apesar disso ela não se considera uma fanática: "Tenho admiração, mas não é doentio."

O especialista Alexandre Ferreira explica que, apesar de existirem muitos meninos admiradores, esse tipo de manifestação está mais presente na adolescência das meninas: "O sexo feminino, historicamente, é mais romântico, idealizador e sonhador. A menina foi acostumada a ouvir e a valorizar os contos de fada quando criança e com extensão na adolescência", teoriza o especialista que tem 17 anos de experiência na área. Uma pesquisa realizada pela Universidades DeVry, em Orlando, Estados Unidos, estima que 10% da população tem algum tipo de fanatismo. Os pesquisadores avaliaram 600 pessoas e

dividiram em três categorias: a primeira é mais leve, a segunda, onde se encontra a maioria dos entrevistados, é onde a adoração ganha uma intensidade maior e a terceira é classificada como patologia, onde se enquadra 1% dos ouvidos.

A tendência, segundo o psicólogo, é que essa idolatria cesse com o fim da adolescência. "Vai acabar sim, mas sempre lembrarei desses momentos felizes que ele me proporcionou", prevê Cíntia, fã de Luan Santana. "O amor que sinto por ele pode diminuir por causa do trabalho, estudos e não conseguir ir mais atrás, mas nunca deixarei de considerar e ter orgulho dele", revela Igor. Maria Clara conta que já foi mais fanática: "Comprava todas as revistas

Por Hugo Antoneli

Para Nietzsche, o fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos, mas no mundo dos famosos o

fervor dos fãs é o termômetro para o sucesso.

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"Hoje vivemos em um mundo globalizado e rico em programas televisivos brasileiros e internacionais

que estimulam o consumismo e a criação diária de novos ídolos"

que o Mcfly saía, ficava o dia todo mandando mensagens para eles no Twitter, mas agora estou mais tranquila", conta a estudante, que se define como uma fã mais madura: "O amor amadurece, mas não acaba", explica.

Não é o caso de Carina Silveira, 20, estudante de Jornalismo, ela é fã da banda Nx Zero: "É um sentimento inexplicável. Ninguém entende alguém na minha idade ir atrás de cinco garotos. Dizem que é passageiro. Mas eu vou atrás do que eu quero", relata. O fato se repete com Fábio Ribeiro, 31, que é dono do canal de vídeos no Youtube 'Ahsefordeu', onde conta, através dos vídeos, a realização do sonho de conhecer alguns dos atores do seriado Chaves, viajando até o México: "Quando se é fã, a gente quer conhecer os ídolos. Além de Chaves, Chapolin e Chapatinho, que são as obras mais conhecidas aqui no Brasil, sou um apaixonado por toda a obra de Bolaños (ator e autor de Chaves)", diz.

Ribeiro conheceu não só Roberto Bolanõs (Chaves) como Florinda Meza (dona Florinda), Ana Lilian (Paty), Ricardo de Pascual (seu Furtado), Edgar Vivar (seu Barriga) e visitou o cemitério onde estão enterrados Angeline Fernandez (dona Clotilde) e Ramon Valdez (seu Madruga). Apesar disso ele não se considera um fanático: "É uma palavra muito forte, prefiro usar admiração."

O fanatismo, segundo o psicólogo Ferreira, escraviza as ideias e os relacionamentos: "Não há face boa no fanatismo", afirma. Carina, fã do Nx Zero, afirma que já fez loucuras pela banda: "Fui com uma amiga até São Paulo com o dinheiro contado e sem saber andar lá, porque fomos

10% da população tem algum tipo de fanatismo

selecionadas para uma promoção", conta. "Já faltei no trabalho duas vezes para ir atrás deles. Liguei no trabalho falando que estava passando mal", relata. Os fãs também podem sofrer com o preconceito: "A partir do momento que a gente começa a gostar de um artista já começa a discriminação", revela Igor. Para Ferreira, quem é muito fanático não liga para as críticas, pois vive em outra realidade: "Pois não discrimina sua vida da do ídolo, ele deixa de viver sua realidade para viver a dele", explica o especialista.

Apesar da admiração pelos ídolos, Danielle, fã de Mcfly e Blink 182, acredita que isso tem que ter limite: "Colocar os ídolos em um grau de santidade, como se eles fossem perfeitos, esquecendo que são humanos, é muita alienação", critica. Segundo Ferreira, quando a família e os amigos perceberem que o fanático não vive a própria vida é hora de procurar ajuda: "Quando ele se distancia do desenvolvimento natural da idade, se fecha para relacionamentos, é hora de ligar o sinal de alerta", explica.

Como tudo na vida, a admiração por personalidades deve ter limite, afinal, ídolos são seres humanos, passíveis de erros, e a cobrança excessiva pode até prejudicar seu desempenho. No fundo, quem nós admiramos espelha um pouco do que queremos ser, e não há problema em querer tirar uma foto, obter um autógrafo ou até uma breve conversa, o que passar disso pode ser evasivo e desrespeitoso. Sem dúvida a juventude, que chega repentinamente, é a época mais marcante da vida e esses jovens sabem disso, e por isso mesmo, querem fazer tudo pelos ídolos, mas devem fazer esse tudo sempre com respeito e consideração ao outro.

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Fábio Ribeiro em uma de suas diversas visitas a Roberto Bolanõs, ator que representava o personagem Chaves na TV.

Fábio Ribeiro e seu ídolo, Roberto Bolaños.

A fã Carina Silveira e o cantor Di Ferrero, da banda NX Zero.

Cintia Gomes e o cantor Luan Santana.

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Ingressar na faculdade pode ser um grande desafio, tanto em relação a quantidade de trabalhos e avaliações que virão ao decorrer do curso, quanto a necessidade de obter horas complementares e a realização de estágios. O que algumas pessoas não sabem, é que a importância do estágio não é apenas para preencher os requisitos exigidos pelas universidades. Na maioria dos casos, são essenciais para complementação do aprendizado do aluno, tendo em vista que alguns conhecimentos só são adquiridos na prática, que é essencial para uma boa formação profissional.

A aluna do 5º semestre de jornalismo Nathali Ruiz, iniciou seu estágio em março deste ano, são 6 horas por dia, com uma hora de almoço. “Meu estágio não é remunerado, tenho apenas vale transporte e vale refeição. Resolvi aceitar nessas condições porque preciso terminar o estágio esse ano para poder me dedicar mais ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no ano que vem”.

Já Murilo Denardi, estudante do 7º semestre também de jornalismo, está estagiando há um mês e tem remuneração e auxílio transporte. Ele trabalha 6 horas por dia, porém, por escolha da empresa, comparece apenas três vezes por semana. “Quando iniciei o estágio, achei que seria difícil, pois nunca havia trabalhado na área. É muito tranquilo e estou feliz por estar fazendo aquilo que gosto”, conta.

Cecilia Faccin, integrante da equipe de Recursos Humanos do Grupo O Estado de São Paulo, contou que “assim como qualquer outro candidato a uma vaga na empresa, um candidato a estágio deve ter um bom domínio do português e deve atender aos pré-requisitos da vaga em questão, além de estar cursando o ensino superior”.As empresas esperam que os futuros estagiários depois de contratados, exerçam suas funções com dedicação, habilidade, força de vontade e entusiasmo. “O estagiário deve ser muito comprometido com o seu trabalho. Ele será treinado em suas funções e será cobrado pela entrega, da mesma maneira que os demais funcionários”, explica Cecilia.

A hora é agora!Chegou o dia da tão esperada entrevista, ou processo seletivo. E agora? Você sabe como se portar diante de um entrevistador? O Diretor de Atendimento do site Estagiários.com Web Services, Giuliano Bortoluci, dá as dicas do que é preciso fazer para se sair bem!Ele conta que a palavra chave é honestidade. “Fingir conhecimento, ou tentar passar a imagem de alguém que não é, será percebido pelo entrevistador e, com certeza, eliminará as chances de conseguir o estágio” e acrescenta ainda que “o estágio é aprendizado supervisionado, ou seja, não precisa ter vergonha de assumir que ainda não tem experiência na área. O entrevistador já sabe de sua condição e ele estará buscando identificar outras qualidades como, por exemplo: iniciativa, vontade de aprender, facilidade de comunicação, entre outras”.

“Se conselho fosse bom não seria dado, seria vendido...” Será?Esqueça esta máxima, pois nós do FoCA conseguimos ótimos conselhos e de graça, para você que nos acompanha e está prestes a concorrer àquela tão sonhada vaga.

Calma e tranquilidade na hora da entrevista é o que aconselha o Diretor de Atendimento. “Uma dica que sempre damos, é treinar o processo de

A UM PASSODa carreira profissional

Por Carolina Namura

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“O estagiário deve ser muito comprometido com

o seu trabalho. Ele será treinado em suas funções e será cobrado pela entrega, da mesma maneira que os

demais funcionários”

Estágio: uma palavra que tira o sono de muitos estudantes, principalmente dos que estão no último ano da faculdade e ainda não conseguiram as horas necessárias para se formar.

Karina Rinaldi

FoCA FoCAVIDA UNIVERSITÁRIA

Confira aqui algumas dicas para se sair bem nas entrevistas:

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Eu entro todo dia às 8h30, porém preciso acordar à 6h50. Tomo café da manhã em casa, depois pego o circular às 7h10 perto de casa e chego em Tietê por volta das 7h50, ou seja, fico até 8h30 esperando.

Quando chego no jornal já tenho meu próprio esquema:

1º Abro o meu e-mail (pessoal), vejo se tem algo importante tanto para o jornal como algo da faculdade por exemplo, depois já fecho e abro o e-mail que criei exclusivamente para mim no trabalho, este fica aberto o dia todo.

2º Abro o site da prefeitura de Tietê, este também fica aberto o dia todo, leio os releases que a assessoria publica e principalmente vejo os falecimentos, pois sou eu que faço.

3º Abro o site da Globo.com, uma porque eu costumo deixar aberto aqui em casa mesmo, outra que nós do jornal publicamos coisas não só da nossa cidade e região, mas também coisas

que acontecem no Brasil e no mundo, e também olho as regionais, Tietê, Cerquilho, Jumirim, que são as cidades que abrangemos.

4º Abro o Facebook, este também fica o dia todo, pois é uma das melhores comunicações possíveis, rápida e instantânea, sem contar que vejo as páginas relacionadas a Tietê, Cerquilho, Jumirim, e por incrível que pareça, acho muita notícia e pego charges também. Geralmente começamos a fechar o jornal na quinta-feira a tarde e segue por toda sexta-feira. Sempre aparece algo, aí quem decide se entra ou não é a dona do jornal. Depois, com todas as páginas prontas, imprimimos as 8 páginas em A4 mesmo e todos leem para achar erros e corrigir Sexta no fim da tarde a dona vem, passa folha por folha, pergunta se não tem erros, se ela gostar da forma que está montado ela aprova e já mandamos para gráfica (que fica em Piracicaba), se não, mudamos do jeito que ela quer e pronto.

Resumindo:- Recebo releases, leio, corrijo e salvo conforme a cidade;

- Recebo artigos de colaboradores, leio, corrijo e salvo o que for interessante;

- Entro no site da cidade de Tietê e faço as publicações de falecimentos;

- Recebo fotos de aniversários, batizados, casamentos, confraternizações, escrevo algo sobre o evento e salvo;

- Entro em portais a procura de notícias relevantes sobre o Brasil e o mundo, resumo a notícia e salvo;

- Dou ideias de pautas para a semana (Neste caso eu escrevo, vou atrás de fonte, foto etc.)

- Todos os textos mando para o diagramador no corpo mesmo, nada em anexo;

- Quinta-feira a tarde e sexta o dia todo, fechamos a edição do jornal.

O DIA-A-DIA DE UM ESTAGIÁRIO Murilo Denardi - Jornalismo

entrevista com um parente ou amigo para que tenha condições de ficar menos nervoso em situação real”, conta.

É ideal o estudante sempre avaliar bem a empresa e a proposta de estágio, pois deve contribuir com seu crescimento profissional, ao mesmo tempo em que deve refletir o que é aprendido em sala de aula. “O estágio não deve ser visto apenas como uma fonte de renda ou uma obrigação. Ele deve ser uma maneira de estabelecer bons contatos profissionais, ser uma fonte de aprendizado e ajudar o estagiário a crescer na carreira que escolheu”, aconselha Cecilia.

Outra dica é aproveitar o período da faculdade para estagiar em diferentes setores e áreas, pois esta é uma época em que o jovem tem a chance de buscar experiências diferentes para escolher com segurança a carreira que quer seguir. “Imagine, por exemplo, o caso de um estudante que somente tenha estagiado em uma única empresa e na mesma área. Como ele irá saber se não há outras áreas que sejam de seu interesse?” comenta a especialista. “Além disso,

um currículo pouco diversificado pode também restringir muito a busca por emprego depois da faculdade. Aconselho o estudante a seguir um caminho dentro de uma área especifica somente se ele tiver a absoluta certeza de que é aquilo que quer fazer por boa parte de sua vida profissional.”

Caminho certo

Para quem já está estagiando, o segredo para continuar na trilha do sucesso é simples: Não pare de estudar e se especializar na área do curso escolhido. Demonstre interesse em conhecer outros departamentos da empresa para entender o processo por completo e esteja sempre disponível para aprender e trocar conhecimentos com os demais colaboradores.Antes de iniciar o estágio, o estudante do último ano de jornalismo Murilo Denardi, só tinha tido a experiência da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA). “Estou aprendendo a utilizar as ferramentas dos programas para montar um jornal, coisa que na faculdade aprendemos resumidamente. Além do mais, sinto o funcionamento de uma redação de

verdade, coisas acontecendo a toda hora, pessoas ligando para passar informações, denúncias, correria do fechamento do jornal etc”, conta o futuro jornalista.

“Aconselho aos futuros estagiários a estarem abertos às possibilidades. No início pode ser um pouco complicado, mas garanto que vale a pena! É muito legal botar em prática aquilo que você aprende na faculdade. Além disso, tenha dedicação e anote tudo. Não leve nenhuma dúvida para casa”, comenta a estudante. O conselho de Denardi não é muito diferente quando comenta que tudo o que aprendeu nas aulas, serviu e ainda serve no estágio.

Para encerrar, vale aderir mais uma dica de Cecilia Faccin:

“Caso não tenha entendido algum processo ou atividade, não deixe nunca de perguntar. Entender a fundo suas funções e onde elas se encaixam nos processos da empresa é de extrema importância para exercer um bom trabalho e para mais tarde você poder propor mudanças e melhorias.”

Murilo Denardi, estudante do último ano de Jornalismo, em um dia de estágio.

"É muito legal botar em prática aquilo que você

aprende na faculdade. Além disso, tenha dedicação e anote tudo. Não leve

nenhuma dúvida para casa”

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Muitas pessoas sentem a necessidade de se especializar em outra área. Algumas vezes como complemento no campo que atua, outras vezes pela vontade de dar uma guinada na vida pessoal e/ou profissional. Segundo os dados da pesquisa do IBGE, a região Sudeste é a que tem maior percentual de graduados cursando a segunda universidade, 12,7% do total.

Diana Locatelli, 27, publicitária pós graduada em Marketing, está de volta à faculdade, cursando 5º semestre de Jornalismo. “Mesmo sendo estudante de Publicidade e Propaganda, fiz assessoria e fui contratada para apresentar um programa político. A partir daí eu tive certeza do que queria para mim, TV”. Diana afirma que mesmo com uma pós e quase duas graduações, não se sente preparada para o mercado de trabalho. “O sucesso se constrói todos os dias”, completou.

Aline Oliveira, 25, se divide entra fotografia e publicidade. Graduada em Publicidade e Propaganda, voltou para a faculdade em 2013, para se aprimorar na carreira de fotógrafa, sua grande paixão. “Entrei em publicidade porque tinha foto e a paixão só aumentou com o decorrer do tempo, hoje escolhi me aprimorar na profissão”, afirmou. Segundo ela o grau de dificuldade é o mesmo de uma primeira graduação, o que muda é a maturidade diante da nova etapa. “A meu ver, temos que fazer algo que nos faça bem, sem pensar muito em bens materiais”, disse.

Elas querem MAIS UM...Por Joana Maria Silva

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FoCA FoCAMERCADO

Apesar de ainda não ser tão conhecida entre os leigos em informática, a web 3.0 já mostra-se como um futuro próximo para a nova era da internet. Esta nova geração pode também ser conhecida como “Web Inteligente” ou “Web Semântica”.

O termo ainda é desconhecido para os usuários comuns. Os estudantes Débora Andrades, 22, e Wesley Gonsalves, 19, não souberam responder ao certo sobre o significado de “Web 3.0”. Débora disse: “Sei que é alguma coisa que visa melhorar os sites e o circuito de internet, focando menos em usuários. Mas foi só o que ouvi enquanto trocava a estação de rádio e o canal de TV”. Gonsalves respondeu com outra pergunta: “É algum tipo novo de velocidade de internet? Caso contrário eu não tenho ideia do que seja”. Estas declarações mostram que o novo termo ainda não está amplamente difundido.

Na verdade, a Web 3.0 se trata da terceira geração da internet. No momento ainda estamos vivenciando a Web 2.0. No artigo “Web Semântica: a rede inteligente”, Édrio Donizeti esclarece sobre as fases. “Já presenciamos a primeira geração, com

páginas estáticas. Em seguida, vivenciamos a segunda geração da web, composta de páginas dinâmicas, tendo como os maiores colaboradores os usuários. A terceira geração, conhecida como Web Semântica, surge com a proposta de torná-la mais inteligente, devido à grande quantidade de informação disponível na rede mundial de computadores.”

Segundo artigo escrito pelo criador da Web Semântica Tim Bernes-Lee, esta nova geração “nada mais é que a extensão da Web atual, que pretende embutir inteligência e contexto nos códigos Extensible Markup Language (XML), utilizados para confecção de páginas na Internet”. De acordo com a programadora de sistemas Camila de Freitas, 26, ainda não se sabe ao certo quando passaremos para a Web 3.0. “É difícil precisar, os maiores especialistas dizem que estamos realmente no final da Web 2.0. Dizem ainda que, a cada 10 anos mais ou menos, mudamos de etapa.”

A expectativa é de que com a nova geração da internet as pesquisas e consultas em sites sejam facilitadas e tenham resultados ampliados. Segundo o analista de suporte Alexander Phillip Tsalikis Polizio, 23, as buscas feitas pela rede de

computadores ainda vão evoluir muito. “Hoje , se você for pesquisar um destino de viagem, tem que abrir sites de hotéis, pesquisar preços, ver itinerários. Com a 3.0, você colocaria “viagem à Natal com custo abaixo de R$ 4 mil para 3 adultos” e o navegador te daria uma lista de possibilidades, incluindo listas de possíveis atividades a fazer ou de restaurantes para ir, por exemplo”, explica.

Pode parecer loucura pensar que a internet ficará mais “inteligente” e que nos ajudará a tomar decisões mais precisas de “para onde ir” ou “como ir” por exemplo. Mas, se pararmos para pensar, nem mesmo produtos como o jornal que se atualizava em tempo real ou os leitores biométricos do filme futurísco da década de 1980 “De Volta Para o Futuro” eram assim tão surreais. Claro que era difícil imaginar em 1985 - ano em que o filme foi rodado - que a tecnologia poderia evoluir tanto, mas como podemos constatar diariamente, ela evoluiu.

Portanto, abra a sua mente para as mais diversas possibilidades tecnológicas e fique preparado para as novidades que ainda virão. Pois elas sempre vêm, mais cedo ou mais tarde. O futuro está anunciado.

WEB 3.0: O FUTURO NOS ESPERA

Segundo a professora universitária Fernanda Cobo, alunos em uma segunda graduação tendem a ser mais maduros, pois sabem mais o que querem. "Costumam participar mais das aulas e agregam outro olhar ao debate acadêmico. No aprendizado, porém, não há muita diferença, pois depende da formação anterior, que muitas vezes não tem nada a ver com o curso atual, então em assuntos específicos todos se igualam."

Fernanda afirma que teve alunos que contribuíram ao debate com respeito e humildade diante da sala, com formação em Psicologia, Medicina, Química e Gastronomia. Já outros, que nem haviam concluído a graduação anterior

mostravam arrogância e completa: "Depende da pessoa. De uma forma geral, minha experiência com estes casos é fantástica e lembro-me da contribuição desses alunos até hoje”, lembra.

Para a também professora universitária Renata Becate, a presença de estudantes na segunda graduação colabora com a troca de experiências, entre alunos e também com o professor. Ela acredita que eles podem se sair melhor nas avaliações, pois sabem controlar a ansiedade, responsável por grande parte dos erros na hora de fazer as provas, o que não é comum acontecer com os alunos que cursam a universidade pela primeira vez. “Eles têm um desespero

inexplicável de fazer a prova correndo e sair”, afirma a professora.

Segundo Renata, uma maior facilidade no aprendizado vai depender muito da maturidade com que se encara o curso. "Os alunos que já passaram pela faculdade sabem que devem manter o foco, conhecem melhor o que funciona e o que não funciona, como método de estudos. Costumo contar com a colaboração de todos.”

A conclusão é que a bagagem cultural e o repertório diferenciado ajudam, mas não a ponto de haver profundas diferenças do desempenho entre um grupo e outro.

Curso concluído, diploma na mão e ‘adeus faculdade’. Nem sempre isso acontece, segundo último Censo do IBGE (2010), 10,8% dos universitários estão cursando a segunda graduação.

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"Os alunos que já passaram pela faculdade sabem que devem manter o foco, conhecem melhor

o que funciona e o que não funciona, como método de estudos."

NEGÓCIOS

A faculdade reúne um grande número de pessoas o que a torna um ambiente propício para o comércio ambulante. Esta prática tornou-se comum entre alguns estudantes na Faculdade de Comunicação, Artes e Design (FCAD), seja para possibilitar um rendimento além do trabalho, pagar as despesas ou mesmo para levantar o dinheiro para a balada. O estudante de Rádio e TV Douglas Messias, 19, percebeu na sugestão de sua mãe em vender lanches naturais na faculdade uma forma de complementar sua renda. “Vida universitária não é fácil”, refere-se aos gastos que envolvem os estudos. “Quem faz os lanches é a minha avó, eu acabo ajudando da forma que consigo mas a mágica quem faz é ela”, explica o jovem, que diz vender cerca de trinta lanches por dia. “Se eu manter a média, pago a parcela da faculdade”, declara. O namorado de Giovanna Ianes contou a ela sobre uma reportagem que chamou sua atenção, uma garota que vendia brigadeiro na faculdade e conseguia levantar mensalmente uma grande quantia em dinheiro. Desde fevereiro, os dois produzem o doce para venderem durante o

intervalo. Giovanna, diz que o custo da receita de brigadeiro é alto, de R$ 10 a R$ 12, receita para a média de dezoito brigadeiros que geram cerca de R$ 36, por dia.

Paulo Arruda, 22, estudante de fotografia, vende trufas desde a segunda semana de aulas e também ouviu dizer, pelos amigos, que vender produtos na faculdade pode gerar rendas satisfatórias. ''Soube de muitas pessoas que conseguiram bancar dois, quatro ou até cinco anos de faculdade vendendo trufas. Um amigo meu faz para vender. Peguei algumas com ele, levei para a faculdade e consegui vendêer todas. No início, a timidez foi a única dificuldade de Paulo, ao fazer sua clientela, mas o ''boca-a-boca'' entre os estudantes de sua sala o ajudou. ''Com o rendimento que conseui nos três primeiros meses de venda, paguei uma mensalidade do curso.''

QUEM QUER COMPRAR?Por Stephanie Wang

''Com o rendimento que conseui nos três primeiros

meses de venda, paguei uma mensalidade do curso.''

Pensando na balada, Igor Lopes, estudante de Rádio e TV, tomou a iniciativa de vender pão de mel para complementar a renda. “No começo vi algumas dificuldades para apresentar o produto mas usei o facebook e o celular marcando pontos onde eu estaria, para divulgar os doces”, conta. Igor leva em média quinze unidades por dia e consegue vender todas. “Sempre encomendam para o outro dia.” Entretanto, as ofertas na FCAD vão muito além do ramo alimentício. Ana Julia Grisante, 19, estudante de Jornalismo vendeu produtos eróticos por cinco meses, que lhe rendiam cerca de R$ 150 mensais. Ana Julia conta que os colegas estranhavam quando sabiam do que se tratava. ''As pessoas não aceitam muito bem quando voce diz que é sexy shop, mas depois perdem a vergonha e adoram. A maioria da clientela era composta pelas meninas e pelos gays, que sempre buscavam novidades, enquando os garotos só olhavam o catálogo". Mas para ela, foi dificil encontrar tempo entre os estudos e o trabalho fixo. ''Meu maior problema foi eu nao ter a disposição e o tempo necessários, para mais esta responsabilidade.'' Lamenta a estudante. E você, quer comprar ou quer vender?

Por Juliana Sandres

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FoCAA Virada Fashion, organizada pelos alunos de Eventos, começou na noite de sexta-feira (26) e seguiu pela madrugada.Os grupos, compostos por alunos de Moda e Fotografia, foram os responsáveis pelo desfile de moda e seu registro.